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Divisão da Engenharia

Licenciatura em Engenharia Eléctrica


3o Nível
Máquinas Eléctricas II

Operação em paralelo de geradores de corrente contínua

Discentes: Docente:
Jovane Miguel Graciano Msc. Martinho Gafur
Leonel Alcídio Chichava Nsc. Narciso Nota
Lucrência Maria J.J. Baulene
Manuel Gimo

Songo, Setembro de 2021


Instituto Superior Politecnico de Songo
Licenciatura em Engenharia Eléctrica
3o Nível

Máquinas Eléctricas II

Operação em paralelo de geradores de corrente contínua

Discentes: Docentes:
Jovane Miguel Graciano Msc. Martinho Gafur
Leonel Alcídio Chichava Mac. Narciso Nota
Lucrência Maria J.J. Baulene
Manuel Gimo

Trabalho elaborado pelos estudantes do Curso de


Engenharia Eléctrica do Instituto Superior
Politécnico de Songo na Cadeira de Máquinas
Eléctricas II, orientado pelo Engenheiro Gafur no
âmbito de avaliação.

Songo, Setembro de 2021


Resumo
Um gerador CC, como o motor CC, possui três componentes principais: enrolamento
de estator, armadura e comutador. No gerador CC, o enrolamento do estator e
alimentado com tensão CC para produzir um campo magnético fixo. Pelo facto de essa
tensão dar origem ao campo magnético do estator, recebe 0 nome de tensão de
excitação. Esse campo magnético corta as espiras do enrolamento da armadura (ou
vice-versa) quando ele, por acção mecânica, girar dentro do campo.

A máquina corrente contínua pode produzir força mecânica rotativa, motor, ou gerar
energia eléctrica CC a partir de uma força rotativa, gerador. Este trabalho mostra as
principais características do gerador CC, tipos de ligação, vantagens e desvantagens
de cada uma, seguindo a mesma filosofia adoptada, ou seja, vamos desenvolver uma
teoria mínima e realizar simulação para operação em paralelo do gerador CC.

i
Lista de Símbolos e abreviaturas

AC – Corrente Alternada

CC – Corrente continua

G2 – Gerador 2

G1 – Gerador 1

f.e.m – Força electromotriz

V – tensão [V]

I – corrente [A]

Vta – Tensão nos terminais da armadura, [V]

Vg – Tensão gerada na armadura ou forca electromotriz f.e.m, [V];

Vt – Tensão nos terminais do gerador, [V];

ra - resistência do circuito da armadura (incluindo a resistência de contacto nas


escovas), [Ω];

rs – resistência do campo em série, [Ω];

rf – resistência do campo em derivação , [Ω];

Ia – corrente de armadura, [A];

Is – corrente do campo em série (Is = Ia ou Is =IL), [A];

If – corrente do campo em derivação, [A];

IL – corrente da carga ( ou corrente na linha), [A]

ii
Índice
1. Introdução............................................................................................................................................ 1
1.1. Objectivos e Metodologia .......................................................................................................... 1
1.1.1. Objectivo Geral ................................................................................................................... 1
1.1.2. Objectivos específicos ....................................................................................................... 1
1.1.3. Metodologia ......................................................................................................................... 1
2. Máquinas de Corrente Continua ...................................................................................................... 2
2.1. Geradores de Corrente continua (Dínamos).......................................................................... 2
2.2. Classificação dos geradores CC quanto a excitação ........................................................... 4
2.2.1. Gerador com excitação independente; ........................................................................... 4
2.2.2. Gerador com excitação em Derivação ou shunt ........................................................... 5
2.2.3. Gerador com excitação em série ..................................................................................... 6
2.2.4. Gerador com excitação composta ................................................................................... 6
2.3. Regulação de tensão nos Geradores CC .............................................................................. 7
2.4. Operação em paralelo do gerador CC .................................................................................... 7
2.4.1. Vantagens de operação em paralelo .............................................................................. 7
2.4.2. Relação de tensão e corrente para fontes de f.e.m em paralelo ................................ 8
2.4.3. Operação em paralelo de Geradores-Derivação ........................................................ 10
2.4.4. Condições necessárias para operação em paralelo de Geradores-Derivação ...... 10
2.4.5. Operação em paralelo de Geradores compostos ....................................................... 11
2.4.6. Condições necessárias para a operação em paralelo de geradores compostos .. 12
2.4.7. Procedimento para por geradores em paralelo ........................................................... 14
3. Circuito de excitação externa de um gerador de corrente contínua ........................................ 15
3.1. Forma de onda do sinal de saída do circuito ........................................................................... 16
4. Conclusão .......................................................................................................................................... 17
5. Referências bibliográficas .................................................................................................................. 18

iii
Índice de figuras

Figura 1: Circuito equivalente de um gerador CC (excitacao composta com derivacao


longa) .............................................................................................................................. 2
Figura 2: Diagrama esquematico equivalente do circuito de um gerador CC com
excitacao independente. ................................................................................................. 4
Figura 3: Esquematico equivalente dum gerador com excitacao shunt. ......................... 5
Figura 4: Esquemático do gerador com excitação série.................................................. 6
Figura 5: Esquematico das excitacoes compostas. ........................................................ 7
Figura 6: Relacao de corrente e tensao para fontes de f.e.m em paralelo. ..................... 9
Figura 7: Divisao de carga entre dois geradores-derivacao CC ligados em paralelo. ... 10
Figura 8: Dois geradores-Derivação ligados em paralelo.............................................. 11
Figura 9: Dois geradores hipercompostos devidindo a carga em paralelo. ................... 12
Figura 10: Possivel ligacao errada dos campos-série e da barra equalizadora, em
laboratório, provocando curto-circuito. .......................................................................... 13
Figura 11: Uso de reostato e chaves para ligacoes em paralelo dos campos-série de
geradores compostos. ................................................................................................... 14

iv
1. Introdução
O presente trabalho aborda sobre operação em paralelo do gerador de CC, referir que
gerador é uma máquina que converte energia mecânica de rotação em energia
eléctrica. A associação em série de dois ou mais geradores é efectuada quando se
pretende aumentar a tensão total, a qual um só gerador não consegue fornecer mais
como também aumento da potência fornecida. A associação de geradores em paralelo
de dois ou mais é efectuada quando se pretende aumentar a corrente fornecida e
manter com sua tensão nominal e também aumento da potência fornecida.

1.1. Objectivos e Metodologia

1.1.1. Objectivo Geral


 Abordar sobre operação em paralelo do gerador CC

1.1.2. Objectivos específicos


 Falar da relação de tensão e corrente para fontes de fem em paralelo;
 Falar da operação em paralelo de geradores-Dedicação;
 Falar da operação em paralelo de geradores compostos;
 Explicar o procedimento para pôr gerador em paralelo;
 Apresentar simulação do gerador em paralelo.

1.1.3. Metodologia
A elaboração do presente trabalho baseou-se na consulta dos manuais de máquinas
eléctricas e de electrotecnia, consultas online através da página do youtube.

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2. Máquinas de Corrente Continua
As máquinas de corrente contínua podem ser motores ou geradores. Um motor é uma
máquina que converte energia eléctrica contínua em energia mecânica de rotação. O
gerador, por sua vez, é uma máquina que converte energia mecânica de rotação em
energia eléctrica continua A energia mecânica pode ser fornecida por uma queda de
água, vapor, vento, gasolina, óleo diesel ou por um motor eléctrico.

2.1. Geradores de Corrente continua (Dínamos)


Os geradores de corrente contínua, também denominadas por dínamos, são máquinas
eléctricas que convertem energia mecânica de rotação em energia eléctrica continua.

Figura 1: Circuito equivalente de um gerador CC (excitação composta com derivação longa)

Fonte: Maquinas Eléctricas e transformadores – Kosow

As relações entre tensão e corrente em circuitos equivalente de um gerador CC são, de


acordo com lei de Ohm e as leis de Kirchhoff:

Vta = Vg – ra.Ia (1)

Vt = Vg – (ra + rs).Ia (2)

IL = Ia – If (3)

Onde:

Vta – Tensão nos terminais da armadura, [V]

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Vg – Tensão gerada na armadura ou forca electromotriz f.e.m, [V];

Vt – Tensão nos terminais do gerador, [V];

ra - resistência do circuito da armadura (incluindo a resistência de contacto nas


escovas), [Ω];

rs – resistência do campo em série, [Ω];

rf – resistência do campo em derivação , [Ω];

Ia – corrente de armadura, [A];

Is – corrente do campo em série (Is = Ia ou Is =IL), [A];

If – corrente do campo em derivação, [A];

IL – corrente da carga ( ou corrente na linha), [A]

Equação da tensão no Gerador CC

A tensão media Vg gerada por um gerador pode ser calculada através da fórmula:

( )

Onde:

Vg – Tensão media gerada por um gerador CC, [V];

P – número de polos;

Z – número total de condutores da armadura;

– fluxo por pólo, [Wb];

– velocidade da armadura (ou rotor), [rpm];

– número de caminhos paralelos através da armadura, dependendo do tipo de


enrolamento da armadura.

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2.2. Classificação dos geradores CC quanto a excitação
Os geradores CC recebem seus nomes de acordo com o tipo de excitação de campo
utilizado.

2.2.1. Gerador com excitação independente;


No gerador de excitação independente os enrolamentos do indutor e do induzido são
independentes entre si, isto é, não são ligados um ao outro. O indutor é alimentado por
uma fonte própria e o induzido fornece corrente a carga.

O dínamo de excitação independente apresenta relativamente aos outros as seguintes


aplicações, vantagens e inconvenientes:

 É utilizado em situações que exijam tensões muito altas ou muito baixas;


 É utilizado frequentemente como excitador dos grandes alternadores;
 Permite uma boa regulação de tensão, fornecendo tensão estáveis para grandes
variações de carga;
 Constitui a excitação ideal utilizada nos ensaios laboratoriais de máquinas
eléctricas;
 Apresentam no entanto o inconveniente de necessitar de uma fonte de
alimentação auxiliar para o circuito indutor.

Figura 2: Diagrama esquemático equivalente do circuito de um gerador CC com excitação independente.

Fonte: Maquinas Eléctricas e transformadores – Kosow

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2.2.2. Gerador com excitação em Derivação ou shunt
Quando a excitação é produzida por um enrolamento de campo conectado através de
toda (ou quase toda) a tensão de linha produzida entre as escovas da armadura, o
gerador CC é chamado gerador-shunt.

Figura 3: Esquemático equivalente dum gerador com excitação shunt.

Fonte: Maquinas Eléctricas e transformadores – Kosow

Vantagens, inconvenientes e aplicações:

 Mantém uma tensão razoavelmente constante, quando funciona na zona pouco


inclinada da característica em carga. Devido, por isso funcionar nesta zona;
 Para cargas elevadas, há necessidade de ajustar a tensão, regulando a
excitação tanto mais quanto maior for a corrente I.
 Se a velocidade diminuir consideravelmente, a resistência crítica pode ser
ultrapassada e a máquina pode-se dexescitar;
 É, portanto, utilizado na alimentação de redes de corrente continua,
funcionamento dentro da sua zona de estabilidade limitada.

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2.2.3. Gerador com excitação em série
Quando a excitação é produzida por um enrolamento de campo ligado em série com a
armadura, de modo que o fluxo produzido é função da corrente da armadura e da
carga, o gerador CC é chamado gerador-série.

Figura 4: Esquemático do gerador com excitação série.

Fonte: Maquinas Eléctricas e transformadores – Kosow

2.2.4. Gerador com excitação composta


Quando a excitação de campo é produzido por uma combinação dos dois tipos de
enrolamentos (série e shunt), enrolamento de campo-série excitado pela corrente da
armadura ou corrente de linha e enrolamento de campo-shunt excitado pela tensão da
armadura, o gerador é chamado de gerador composto.

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Figura 5: Esquemático das excitações compostas.

Fonte: Maquinas Eléctricas e transformadores – Kosow

2.3. Regulação de tensão nos Geradores CC


A regulação de tensão de um gerador é a diferença entre a tensão nos terminais sem
carga (SC) e com carga máxima (CM), e é expressa como uma percentagem do valor
da tensão nos terminais com carga máxima (carga nominal ou plena carga).

( )

Uma regulação com baixa percentagem, característica de circuitos de iluminação,


significa que a tensão nos terminais do gerador é praticamente a mesma com a carga
máxima ou quando esta sem carga (em vazio).

2.4. Operação em paralelo do gerador CC

2.4.1. Vantagens de operação em paralelo


Um sistema útil normalmente consiste de varias estações centrais geradoras, todas
operando em paralelo. Em cada estação central pode haver vários geradores DC
operando em paralelo há numerosa vantagem na subdivisão de um sistema gerador

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em vantagem em várias centrais menores. Estas vantagens também se aplicam ao uso
de varias unidade geradoras menores, em lugar de uma maior, embora esta última
tenha um rendimento maior quando carregado a sua capacidade nominal. As principais
vantagens de operação em paralelo de sistema ou centrais são:

a) Se uma única unidade de grande potencia constitui uma estação e, por uma razão
qualquer, deixa de funcionar, com isto deixará de funcionar a estação; enquanto, se
uma das várias unidades menores necessitar de um reparo, as demais ainda estarão
disponíveis para fornecer o serviço necessário.

b) Uma única unidade, para operar com rendimento máximo, deverá ser carregada até
sua capacidade nominal. É antieconómico operar-se uma unidade grande se as cargas
supridas são pequenas. Varias unidades menores, operadas em paralelo, podem ser
removidas ou adicionadas, de forma atender as flutuações da demanda dela,
funcionando assim a estação ou o sistema no seu rendimento máximo.

c) Se há necessidade de um reparo ou de uma parada geral para manutenção, as


unidades menores facilitam as operações, de ponto de vista de peças de reposição ou
reserva, bem como dos serviços a executar.

d) Quando aumentar a demanda media do sistema ou da central, instalar – se -ao as


unidade adicionais para acompanhar o acréscimo da demanda. O capital empregado
inicialmente será menor e o seu crescimento corresponderá ao crescimento da
demanda media.

e) Há limites físicos e económicos para a capacidade possível de uma só unidade. Por


exemplo, em uma determinada estação geradora, a carga pode chegar a 10 milhões de
KVA.

2.4.2. Relação de tensão e corrente para fontes de f.e.m em paralelo


Um circuito em paralelo é definido como aquele no qual a mesma tensão entre os
terminais existe em todas as unidades (em paralelo). Quando se ligam em paralelo
varias fontes de f.e.m, como mostra na equação 6 a mesma tensão, 𝐿, Nos
barramentos, liga em paralelo as várias fontes, bem como a carga, Z (desprezando

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qualquer queda nas linhas que interligam os vários geradores). As relações, a seguir
apresentadas, são verdadeiras independentemente de que as fontes sejam baterias,
geradoras DC.

( )

Pelo teorema Millman, na qual a solução para 𝐿Obtido usando se alei de corrente de
kirchhoff.

( )

Figura 6: Relacao de corrente e tensao para fontes de f.e.m em paralelo.

Fonte: (Kosow, 1971)

Onde:
Eg – é a tensão gerada pelas fontes
VL – é a tensão terminal no barramento;
IL – é a corrente total entregue pelas diferentes fontes à carga;
ZL – é a impedância (ou resistências) equivalente da carga;
Z1, Z2, Z3 – são as impedâncias (ou resistências) internas equivalentes das respectivas
fontes de f.e.m;
I1, I2, I3 – são as respectivas correntes entregues pelas fontes de f.e.m.

Nas equações acimas, não é necessário que cada fonte produza a mesma f.e.m
gerada, ou entregue a mesma corrente á carga. Mas que qualquer unidade sirva como

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fonte de f.e.m como indica a (eq.7), é necessário que a f.e.m gerada por aquela
unidade exceda a tensão de barramento 𝐿, a fim de que ela entregue corrente ao
barramento. Se uma fonte de f.e.m produz uma tensão 𝑔, Que seja exactamente igual
á igual tensão terminal de barramento, 𝐿, Diz-se que a fonte está flutuando na linha,
isto é, não entrega nem solicita corrente do barramento. No funcionamento como
gerador, quando a fonte entrega potência ao barramento, Potencia gerada excede a
potência da carga dentro da própria fonte.

2.4.3. Operação em paralelo de Geradores-Derivação


Os geradores-derivação se adaptam à operação em paralelo, particularmente devido à
sua característica tensão decrescente com a carga. Isto pode ser contactado por um
exame da fig. 7, que mostra dois geradores-derivação (de características externas ou
capacidades diferentes) ligados em paralelo, entregando corrente a uma carga externa.
Uma vez que eles estão em paralelo, a mesma tensão V L existe no barramento. O
gerador 2 entrega uma corrente I2 e gerador 1 entrega uma corrente I1 ao barramento e
à carga.

Figura 7: Divisão de carga entre dois geradores-derivação CC ligados em paralelo.

Fonte: (Kosow, 1971)

2.4.4. Condições necessárias para operação em paralelo de Geradores-Derivação


Dois geradores-derivação devem repartir igualmente a carga total em proporção às
suas capacidades de saída em Kilowatt, as seguintes condições serão necessárias:

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1. Cada gerador deve ter a mesma tensão nominal e a mesma regulação em
tensão (queda de tensão desde a vazio até plena carga).
2. As polaridades de todos os geradores ligados em paralelo devem ser tais que
estejam em oposição (isto é, mais com mais, menos com menos), e as tensões
geradas devem ser mais altas que a tensão do barramento.

Figura 8: Dois geradores-Derivação ligados em paralelo.

Fonte: Kosow, 1971

2.4.5. Operação em paralelo de Geradores compostos


À primeira vista, poderia perecer que o funcionamento em paralelo de geradores
compostos fosse tão simples quanto o dos geradores-derivação.

Isto será verdade, se os geradores compostos forem diferencialmente compostos, ou


cumulativamente hipocompostos.

Mas os compostos planos ou hipercpmpostos não operam satisfatoriamente em


paralelo, a não ser que se lhes acrescenta uma compensação adicional. A
característica externa ascendente dos geradores planos e hipercompostos leva à
instabilidade como mostra a fig. 9a. Se a máquina primária do gerador 1 aumentar sua
velocidade, o efeito no desempenho do gerador será:

1. O gerador 1 desenvolve uma f.e.m gerada mais elevada, carregando-se mais.


Mas esta carga mais elevada no gerador 1 faz com que a tensão, tenda a

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aumentar. O gerador 1 assume mais carga, aumenta novamente a tensão, e
assim sucessivamente, até que ele assume toda a carga.
2. O gerador 2, ao mesmo tempo, perde carga, sua tensão cai, então ele assume
menos carga com uma nova queda na tensão resultante, até que ele deixa de
suprir a carga e passa mesmo a ser alimentado como motor, devido à diferença
de tensão entre os geradores 2 e 1.

Figura 9: Dois geradores hipercompostos devidindo a carga em paralelo.

Fonte: Fonte: Kosow, 1971

Consegue-se equilíbrio estável entre geradores compostos cumulativos através de uma


barra equalizador, ou seja um barramento ou um cabo de baixa resistência, ligado ao
lado da armadura do campo-série da mesma polaridade em cada máquina. Com efeito,
a barra equalizador coloca em paralelo todos os campos-série de todos os geradores
compostos ligados em paralelo.

2.4.6. Condições necessárias para a operação em paralelo de geradores


compostos
Ao colocar em paralelo os campos-série de todos os geradores compostos em paralelo,
a barra equalizador mantém a mesma tensão aplicada em todos aqueles campos. Esta
relação eléctrica favorece o equilíbrio estável e tem o mesmo efeito do produzido por
uma característica de tensão descendente na igualação da carga. A acção da barra
equalizador é a que se segue:

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1. Suponha que o gerador 1 aumenta a tensão nos seus terminais, devido a um
acréscimo de velocidade da sua máquina primária, como antes. O acréscimo de
tensão, devido a uma característica ascendente de tensão, produz um
acréscimo de carga. A corrente aumentada na armadura e no campo-série do
gerador 1 causa um acréscimo na tensão de todos os campos-série (de todos os
geradores) colocados em paralelo através da barra equalizador.
2. O gerador 2 (e todos os outros ligados ao barramento) produz uma tensão
gerada mais alta, devido ao acréscimo de corrente no seu campo-série, fazendo
com que ele assuma uma maior parcela da carga, que por sua vez, faz com que
a tensão cresça correspondentemente.
3. Deve-se ligar uma barra equalizador ao terminal comum ao campo série e à
armadura no lado de mesma polaridade para cada máquina.
4. A resistência de todos os campos-série deve ser, mais ou menos, inversamente
proporcional às capacidades (KW nominais) dos geradores ligados em paralelo.

Figura 10: Possível ligação errada dos campos-série e da barra equalizadora, em laboratório, provocando curto-
circuito.

Fonte: Kosow, 1971

É precisamente por isso que, quando se usa um reóstato divisor de corrente para
ajustar a característica de um gerador composto cumulativo, ele não mais poderá ser
posto em paralelo com o campo-série de uma dada máquina, uma vez que este
reóstato actuaria em todos os geradores igualmente devido à acção paralelizadora da

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barra. Geradores compostos em paralelo são ajustados através de reóstatos em série
como mostra a figura 11.

Figura 11: Uso de reostato e chaves para ligacoes em paralelo dos campos-série de geradores compostos.

Fonte: Fonte: Kosow, 1971

2.4.7. Procedimento para por geradores em paralelo


O procedimento para colocar geradores em paralelo com um barramento (ou com
outros geradores) é basicamente o mesmo, quer se trate de geradores derivação, quer
se trate de geradores compostos. Consiste nos passos seguintes (em relação à Fig.
11):

1. Suponha que o gerador I já está funcionando e suprindo de corrente a carga. Se


se trata de uma experiência de laboratório, o gerador 1 pode ser considerado
como o barramento.

2. O gerador 2 é posto a funcionar à velocidade nominal e tem a sua tensão


ajustada ao valor da tensão nominal do barramento. (Presume-se que o sentido
do campo-série já tenha sido verificado, ao se alimentar uma pequena carga
com o gerador e ao curto circuitar-se o campo série. Se a tensão diminui, isto
significa que o campo-série está ligado cumulativamente: se a tensão aumenta,
significa que ele está ligado diferencial mente.) Presume-se que as ligações de
chave e do campo-série também tenham sido verificadas com um voltímetro.

3. A chave bipolar do gerador 2 é fechada para colocar em paralelo os campos-


série. O reóstato de campo deve ser ajustado para dar a tensão nominal do
barramento,

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= . A chave monopolar pode ser então fechada, e o gerador 2 fica flutuando
na linha.

4. A resistência do reóstato de campo deve ser então reduzida para aumentar a


corrente de campo do gerador 2, de modo que ele assuma uma parte da carga
suportada pelo barramento.

5. Para desligar-se um gerador do barramento, diminuir-se-á a sua corrente de


campo, até que ele fique flutuando. Abrir-se-ão então as chaves, desligando-o
do barramento. Após esta operação, reduzir-se-á a velocidade da sua máquina
primária, até que o conjunto pare.

3. Circuito de excitação externa de um gerador de corrente


contínua

Figure 12: Circuito de excitação do gerador CC

É apresentado por cima o circuito de excitação de um gerador de corrente contínua.


Como pode-se atentar fez-se uso de uma fonte externa (motor) para accionar um
gerador CC a partir de acoplamento mecânico do seu eixo.

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O gerador contém uma resistência variável que ajuda a regular a corrente e a tensão
na saída.

3.1. Forma de onda do sinal de saída do circuito


Na figura abaixo pode se observar a forma onda de saída do gerador CC com uma
excitação externa, como pode-se observar a forma de onde de sair é contínua.

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4. Conclusão
Depois de uma profunda investigação sobre operação em paralelo de gerador CC
concluiu-se que existem dois modos de produzir o campo magnético fixo no estator,
sendo excitação independente e a auto-excitação. Considerando excitação
independente a alimentação da bobina de campo por tensão CC externa. A fonte CC
produz excitação no shunt, a fonte motora é aplicada ao eixo da armadura que,
enquanto gira, tem suas bobinas frequentemente cortando o campo, induzindo uma
tensão que pode ser medida com um voltímetro conectado às escovas.

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5. Referências bibliográficas
[1]. Chapman, S. J. (2013). Fundamentos de Máquinas Electricas (5ª ed.). são paulo:
[2]. verônica de Abreu Amaral. Kosow, I. L. (1971). Máquinas eléctricas e
transformadores (Vol. I). cidade de nova Iorque: Globo. Pereira, T. (2007).
manualcontinua.

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