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Geração, Transmissão e Distribuição de Energia

Daniel Simião Nunes Oliveira


Gustavo José Gonçalves Freire

Eficiência Energética
Qualidade de Energia

22 de agosto de 2016

GTD (UNIVASF) Eficiência Energética 1 / 48 22 de agosto de 2016 1 / 48


Sumário

1 Introdução
O que é Qualidade de Energia?
Apresentação
Qualidade do Produto
2 Qualidade do Produto
Classificação dos Nı́veis de Tensão
Indicadores Para Análise
Fator de Potência
Harmônicos
Desequilı́brio de Tensão
Flutuação de Tensão
Variação de Tensão de Curta Duração
Variação de Frequência
3 Qualidade do Serviço e Distribuição
4 Estudos de Caso
Equipamento Analisador de Energia
5 Correção do Fator de Potência
Dimensionamento
Escolha dos Equipamentos
6 Análise da Qualidade de Energia

GTD (UNIVASF) Eficiência Energética 2 / 48 22 de agosto de 2016 2 / 48


Introdução

Daniel Simião (UNIVASF) Eficiência Energética 3 / 48 22 de agosto de 2016 3 / 48


Introdução

A Energia Elétrica é uma das formas de energia que a humanidade mais utiliza, graças a sua
facilidade de transporte, baixo ı́ndice de perda energética durante conversões.

Figura 1 : Energia Elétrica

Daniel Simião (UNIVASF) Eficiência Energética 4 / 48 22 de agosto de 2016 4 / 48


Introdução

O que é Qualidade de Energia?


É uma medição de variáveis elétricas cujo intuito é analisar o comportamento de um sistema
elétrico em operação e as cargas a ele conectado.
Está associada a uma grande variedade de fenômenos eletromagnéticos que caracterizam a
tensão e corrente num determinado instante, num determinado local, num sistema de
potência(*)
Qualquer problema no suprimento da energia, verificado por desvios de tensão, corrente ou
frequência, que resulta em falha ou má operação da carga/equipamento alimentado (**)
(*) IEEE Std1159
(**)Adaptação de Dugan e outros

Figura 2 : Qualidade de Energia

Daniel Simião (UNIVASF) Eficiência Energética 5 / 48 22 de agosto de 2016 5 / 48


Introdução

Qualidade de Energia
Qualidade de energia = produtividade
Impactos econômicos
Setor comercial US$57,0 BI/Ano
Setor industrial US$20,0 BI/Ano
Setor residencial US$1,5 BI/Ano
Nos EUA as perdas estão na faixa de US$80,0 BI/Ano (fonte: dpto. de energia)
No Brasil podemos estimar perdas na faixa de US$13,0 BI/Ano (por proporcionalidade)

Daniel Simião (UNIVASF) Eficiência Energética 6 / 48 22 de agosto de 2016 6 / 48


Introdução

Há muitas formas de mensurar a gravidade de um blecaute: a magnitude da demanda


interrompida, a sua duração, o seu impacto econômico, o número de consumidores afetados.

Figura 3 : Maiores blecautes no mundo por população afetada

Daniel Simião (UNIVASF) Eficiência Energética 7 / 48 22 de agosto de 2016 7 / 48


Introdução

A revisão dos diversos indicadores de qualidade ao longo das três dimensões (confiabilidade,
conformidade e atendimento comercial) indica que houve melhoras substanciais na qualidade do
fornecimento de energia elétrica no Brasil nas últimas décadas.

Figura 4 : Qualidade do Serviço Público

Daniel Simião (UNIVASF) Eficiência Energética 8 / 48 22 de agosto de 2016 8 / 48


Introdução

Segundo o Instituto Acende Brasil, a frequência de interrupções está associada principalmente às
condições fı́sicas dos ativos da distribuidora: a configuração da rede, o grau de redundância e o
estado dos equipamentos (idade dos equipamentos e qualidade de sua manutenção).

Figura 5 : Pertubações na rede elétrica

Daniel Simião (UNIVASF) Eficiência Energética 9 / 48 22 de agosto de 2016 9 / 48


Introdução

A preocupação com a qualidade da energia é algo que deve ser estudado de forma integrada
entre gerador e fornecedor de energia, fabricante de equipamentos, projetista das instalações
e o usuário da energia elétrica
Outra tendência é a necessidade de se estudar os distúrbios de forma correlata e não mais
isolados.

Afunda-
mento e Variação de
elevação frequência
de tensão

Harmônica Qualidade Ruı́dos e


e inter-
harmônicas
de Energia Distúrbios

Dese-
Surto e
quilı́brio
Transitórios
de tensão

Figura 6 : Pilares da Qualidade de Energia

Daniel Simião (UNIVASF) Eficiência Energética 10 / 48 22 de agosto de 2016 10 / 48


Introdução

A cerca da Qualidade de Energia, podem ser feito os seguintes questionamentos:


Porque as concessionárias seriam sempre as “culpadas” por eventos de QE?
As plantas e instalações não possuem cargas que podem provocar estes fenômenos?
Saberı́amos identificar as causas dos problemas?
Quais instrumentos utilizamos?
As concessionárias não estariam também sendo prejudicadas nos desligamentos de seus
clientes?
A compatibilidade entre fontes e cargas é sempre conhecida?
Saberı́amos avaliar e sobretudo rastrear as perdas no processo, tal qual fazemos com matéria
prima com defeito?

Daniel Simião (UNIVASF) Eficiência Energética 11 / 48 22 de agosto de 2016 11 / 48


Introdução

Outros questionamentos essenciais:


Comportamento da carga (a carga é distorcida, possui harmônicas, ”tempo”da carga)
Existem afundamentos de tensão por razões internas?
Deseja-se somente corrigir o fator de potencia, ou também filtrar as harmônicas? Ou só
filtrar as harmônicas? E as perdas nas instalações?
Quais os limites e valores de referencias das instalações?
Motores mantém velocidade nominal sob qual regime de tensão?
O que acontece com gerador na presença de capacitores?
Previsto/Realizado – comissionamento

Daniel Simião (UNIVASF) Eficiência Energética 12 / 48 22 de agosto de 2016 12 / 48


Introdução

Algumas possı́veis causas de parada de máquinas e equipamentos:


Defeito interno nos próprios equipamentos
Má operação, falha humana
Incompatibilidade ao processo
Incompatibilidade a aspectos ambientais (temperatura,poeira, etc)
Instalações inadequadas
Incompatibilidade à qualidade da energia fornecida.

Daniel Simião (UNIVASF) Eficiência Energética 13 / 48 22 de agosto de 2016 13 / 48


Introdução

Indicadores da Qualidade de Energia:


Definições
Como medir?
Quais os limites?
Para que servem?
O que se deseja?
Quais os impactos?
Quais os custos associados?
Por que as normas não coincidem em suas exigências? Quais os escopos das normas?
Quais vantagens trazem estas análises?

Daniel Simião (UNIVASF) Eficiência Energética 14 / 48 22 de agosto de 2016 14 / 48


Introdução

Principais normas relacionadas a Qualidade de Energia:


ANEEL PRODIST - MODULO 8-procedimentos de distribuição de energia elétrica no sistema
elétrico nacional – PRODIST- módulo 8 – qualidade da energia elétrica
IEEE 1159 - recomendações praticas para monitoração de QE
IEEE1100 - recomendações práticas para alimentação e aterramento de equipamentos
eletrônicos
IEEE519 - recomendações práticas e requerimentos para as harmônicas em sistemas
elétricos de potência
IEEE1453 - técnicas de medição de flicker
IEC61000-3-2 - Limites de emissão de correntes harmônicas para equipamentos de correntes de
até 16 A
IEC61000-3-3 - limitação de variação de tensão, flutuação de tensão e flicker em redes BT
para equipamentos com correntes menores que 16A.
IEC61000-3-4 - limites de emissão de correntes harmônicas para equipamentos superiores à 16A
IEC61000-3-5 - limites de variação de tensão, flutuação de tensão e flicker em redes BT para
equipamentos com correntes maiores que 16 A.
IEC 61000-4-30 - Métodos de medição de qualidade de energia
EN50160 - Caracteristicas da tensão de alimentação de redes publicas

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PRODIST ANEEL

Estão sujeitos ao PRODIST:


Concessionárias, permissionárias e autorizadas dos serviços de geração distribuı́da e de
distribuição de energia elétrica (denominadas neste documento como distribuidoras);
Consumidores de energia elétrica conectados ao sistema de distribuição, em qualquer classe
de tensão (BT, MT e AT), inclusive consumidor ou conjunto de consumidores reunidos por
comunhão de interesses de fato, ou de direito;
Agente importador ou exportador de energia elétrica conectados ao sistema de distribuição;
Transmissoras detentoras do DIT – demais instalações de transmissão;
ONS.

Fonte: ANEEL – Prodist – Módulo I 12/2016

Daniel Simião (UNIVASF) Eficiência Energética 16 / 48 22 de agosto de 2016 16 / 48


PRODIST ANEEL

Os ı́ndices de qualidade da energia, que são alvo de fiscalização estão definidos no módulo 8 do
mesmo PRODIST, citado acima, e abrangem os seguintes setores:
Consumidores com instalações conectadas em qualquer classe de tensão de distribuição;
Produtores de energia;
Distribuidoras;
Agentes importadores ou exportadores de energia elétrica;
Transmissoras detentoras de Demais Instalações de Transmissão – DIT;
Operador Nacional do Sistema – ONS.
Os procedimentos de qualidade de energia elétrica definidos neste módulo se aplicam aos
Sistemas Individuais de Geração de Energia Elétrica com Fontes Intermitentes – SIGFI, exceto o
que estiver disposto em Resolução especı́fica.

ANEEL – Prodist – Módulo 8 02/2016

Daniel Simião (UNIVASF) Eficiência Energética 17 / 48 22 de agosto de 2016 17 / 48


Qualidade do Produto

Os aspectos considerados da qualidade do produto em regime permanente ou transitório são:


Tensão em regime permanente;
Fator de potência;
Harmônicos;
Desequilı́brio de tensão;
Flutuação de tensão;
Variações de tensão de curta duração;
Variação de frequência.

Daniel Simião (UNIVASF) Eficiência Energética 18 / 48 22 de agosto de 2016 18 / 48


Qualidade do Produto

Gustavo José (UNIVASF) Eficiência Energética 19 / 48 22 de agosto de 2016 19 / 48


Tensão em Regime Permanente

São estabelecidos os limites adequados, precários e crı́ticos para os nı́veis de tensão em regime
permanente, os indicadores individuais e coletivos de conformidade de tensão elétrica, os critérios
de medição, de registro e dos prazos para compensação ao consumidor, caso as medições de
tensão excedam os limites dos indicadores.

Figura 7 : Forma de onda - 380V rms (60Hz)

Gustavo José (UNIVASF) Eficiência Energética 20 / 48 22 de agosto de 2016 20 / 48


Tensão em Regime Permanente

Classificação dos Nı́veis de Tensão

(a) Faixas de Tensão em (b) Pontos de conexão em Tensão Nominal igual


Relação à de Referência ou inferior a 1 kV (380/220)

Tensão de Referência (TR )


Faixa Adequada de Tensão (TR − ∆ADINF , TR + ∆ADSUP )
Faixas Precárias de Tensão
(TR + ∆ADSUP , TR + ∆ADSUP + ∆PRSUP ou TR − ∆ADINF , TR − ∆PRINF , TR − ∆ADINF )
Faixas Crı́ticas de Tensão (> TR + ∆ADSUP + ∆PRSUP ou < TR − ∆ADINF − ∆PRINF )
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Tensão em Regime Permanente

Indicadores Para Análise:


DRP - Duração relativa da transgressão de tensão precária

nlp
DRP = × 100[%] (1)
1008
nlp - Número de leituras situadas nas faixas precárias
DRC - Duração relativa da transgressão de tensão crı́tica

nlc
DLC = × 100[%] (2)
1008
nlc - Número de leituras situadas nas faixas crı́ticas

Limites para os indicadores: DRC < 0.5% e DRP < 3%

Gustavo José (UNIVASF) Eficiência Energética 22 / 48 22 de agosto de 2016 22 / 48


Fator de Potência

O valor do fator de potência deverá ser calculado a partir dos valores registrados das potências
ativa e reativa (P,Q) ou das respectivas energias (EA, ER), utilizando-se as seguintes fórmulas:

P EA
fp = p ou √ (3)
P2 + Q2 EA2 + ER 2

Valores de referência indicado pelo PRODIST:


Para unidade consumidora ou conexão entre distribuidoras com tensão inferior a 230 kV:
(0, 92 < fp < 1, 0)(indutivo)
Para unidade consumidora ou conexão entre distribuidoras com tensão inferior a 230 kV:
(1, 0 < fp < 0, 92)(capacitivo)

Gustavo José (UNIVASF) Eficiência Energética 23 / 48 22 de agosto de 2016 23 / 48


Harmônicos

As distorções harmônicas são fenômenos associados com deformações nas formas de onda das
tensões e correntes em relação à onda senoidal da frequência fundamental.
As expressões para o cálculo das grandezas DITh % e DTT% são:

Vh
DITh (%) = × 100 (4)
V1
qP
hmáx
h=2 Vh2
DTT (%) = × 100 (5)
V1

Figura 9 : Valores de referência globais das distorções harmônicas totais

Gustavo José (UNIVASF) Eficiência Energética 24 / 48 22 de agosto de 2016 24 / 48


Harmônicos

Figura 10 : Nı́veis de referência para distorções harmônicas individuais de tensão

Gustavo José (UNIVASF) Eficiência Energética 25 / 48 22 de agosto de 2016 25 / 48


Desequilı́brio de Tensão

O desequilı́brio de tensão é o fenômeno associado a alterações dos padrões trifásicos do sistema


de distribuição.
A expressão para o cálculo do desequilı́brio de tensão é:

V−
FD(%) = × 100 (6)
V+
ou alternativamente
s √
1 − 3 − 6β
FD(%) = 100 × √ (7)
1 + 3 − 6β
sendo β:
4 + V4 + V4
Vab bc ca
β=
2 2 + V2 2

Vab + Vbc ca

O valor de referência nos barramentos do sistema de distribuição, com exceção da BT, deve ser
igual ou inferior a 2%. Esse valor serve para referência do planejamento elétrico em termos de
QEE e que, regulatoriamente, será estabelecido em resolução especı́fica, após perı́odo
experimental de coleta de dados.

Gustavo José (UNIVASF) Eficiência Energética 26 / 48 22 de agosto de 2016 26 / 48


Flutuação de Tensão

A flutuação de tensão é uma variação aleatória, repetitiva ou esporádica do valor eficaz da


tensão.
A flutuação de tensão geralmente decorre da operação de cargas variáveis. O seu principal
efeito é a variação do fluxo luminoso de lâmpadas (principalmente de lâmpadas
incandescentes).

Figura 11 : Fenômeno da flutuação de tensão

A determinação da qualidade da tensão de um barramento do sistema de distribuição quanto


à flutuação de tensão tem por objetivo avaliar o incômodo provocado pelo efeito da
cintilação luminosa no consumidor, que tenha em sua unidade consumidora pontos de
iluminação alimentados em baixa tensão.

Gustavo José (UNIVASF) Eficiência Energética 27 / 48 22 de agosto de 2016 27 / 48


Variação de Tensão de Curta Duração

Variações de tensão de curta duração são desvios significativos no valor eficaz da tensão em
curtos intervalos de tempo.

Figura 12 : Classificação das Variações de Tensão de Curta Duração


Gustavo José (UNIVASF) Eficiência Energética 28 / 48 22 de agosto de 2016 28 / 48
Variação de Frequência

O sistema de distribuição e as instalações de geração conectadas ao mesmo devem, em


condições normais de operação e em regime permanente, operar dentro dos limites de
frequência situados entre 59,9 Hz e 60,1 Hz.
As instalações de geração conectadas ao sistema de distribuição devem garantir que a
frequência retorne para a faixa de 59,5 Hz a 60,5 Hz, no prazo de 30 (trinta) segundos após
sair desta faixa, quando de distúrbios no sistema de distribuição, para permitir a recuperação
do equilı́brio carga-geração.
Havendo necessidade de corte de geração ou de carga para permitir a recuperação do
equilı́brio carga-geração, durante os distúrbios no sistema de distribuição, a frequência:
Não pode exceder 66 Hz ou ser inferior a 56,5 Hz em condições extremas;
Pode permanecer acima de 62 Hz por no máximo 30 (trinta) segundos e acima de 63,5 Hz por no
máximo 10 (dez) segundos;
Pode permanecer abaixo de 58,5 Hz por no máximo 10 (dez) segundos e abaixo de 57,5 Hz por no
máximo 05 (cinco) segundos.
Variações de tensão de curta duração são desvios significativos no valor eficaz da tensão em
curtos intervalos de tempo.

Gustavo José (UNIVASF) Eficiência Energética 29 / 48 22 de agosto de 2016 29 / 48


Qualidade do Serviço e Distribuição

Gustavo José (UNIVASF) Eficiência Energética 30 / 48 22 de agosto de 2016 30 / 48


Qualidade do Serviço e Distribuição

Nı́veis de tensão:
Devem ser mantidos dentro de parâmetros pré-estabelecidos e são fiscalizados por órgãos
competentes. Considerando os parâmetros de:
Continuidade de serviço;
Duração Equivalente por Consumidor (DEC) – tempo médio sem energia / consumidor no
perı́odo considerado
Frequência Equivalente de Interrupção (FEC) – média do número de interrupções /
consumidor no conjunto considerado
Simetria do sistema
Forma de onda

Gustavo José (UNIVASF) Eficiência Energética 31 / 48 22 de agosto de 2016 31 / 48


Indicadores de Continuidade do Serviço de Distribuição de E.E.

Figura 13 : Evolução do DEC em 2016.

Figura 14 : Evolução do FEC em 2016.

Gustavo José (UNIVASF) Eficiência Energética 32 / 48 22 de agosto de 2016 32 / 48


Estudos de Caso

Gustavo José (UNIVASF) Eficiência Energética 33 / 48 22 de agosto de 2016 33 / 48


Equipamento Analisador de Energia

A seção 2.6 do módulo 8 do PRODIST, estabelece os requisitos mı́nimos necessários do


equipamento utilizado para a medição, mostrados a seguir:
Taxa amostral: 16 amostras/ciclo;
Conversor A/D (analógico/digital) de sinal de tensão: 12 bits;
Precisão: até 1% da leitura.
Da mesma forma o equipamento deve fornecer as seguintes informações:
Valores calculados dos indicadores individuais;
Tabela de medição;
Histograma de tensão.

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Equipamento Analisador de Energia

O equipamento utilizado para análise foi o Analisador de energia RE6000, da EMBRASUL, Figura
15a. Este equipamento e seus acessórios apresentam as seguintes caracterı́sticas:
Taxa amostral: 133 amostras/ciclo;
Conversor A/D de sinal de tensão: 16 bits;
Aquisição de perturbações: 130 us;
Precisão: até 1% da leitura;
8 canais de medição simultânea;
Módulo N (Neutro), capaz de verificar sistemas desbalanceados;
Módulo H (Harmônicas): até 50a ordem.

(a) Analisador de Energia (b) Equipamento em uso

Figura 15 : Analisador de Energia RE6000

Gustavo José (UNIVASF) Eficiência Energética 35 / 48 22 de agosto de 2016 35 / 48


Correção do Fator de Potência

Gustavo José (UNIVASF) Eficiência Energética 36 / 48 22 de agosto de 2016 36 / 48


Correção do Fator de Potência

Figura 16 : Demonstrativo de faturamento elétrico

Gustavo José (UNIVASF) Eficiência Energética 37 / 48 22 de agosto de 2016 37 / 48


Correção do Fator de Potência

Nesta seção será apresentada sucintamente as necessidades de correção de fator de potência de


um cliente, identificado aqui por Cliente A, baseando-se nas exigências da concessionária da
região.

Figura 17 : Dados extraı́dos do Software ANL6000

Gustavo José (UNIVASF) Eficiência Energética 38 / 48 22 de agosto de 2016 38 / 48


Correção do Fator de Potência

Os registros que devem ser levados em consideração são os ı́ndices de distorções harmônicas da
tensão existentes no sistema, visando uma baixa probabilidade de ocorrência de ressonância no
sistema.

Figura 18 : DHT extraı́dos do Software ANL6000

Gustavo José (UNIVASF) Eficiência Energética 39 / 48 22 de agosto de 2016 39 / 48


Correção do Fator de Potência

Levando em consideração os valores de potências médias mostrados acima. Assumindo um fator


de potência desejado de 0,96 e mantendo a potência média ativa de 254,137 kW, obteremos a
potência aparente, S’ de:
254, 137
S0 = = 264, 726kVA (8)
0, 96
Sabe-se que:
p
Q0 = S 02 − P 02 (9)
q
Q 0 = (264, 726)2 − (254, 137)2 = 74, 123kVar (10)

Onde Q0 é a diferença entre a potência reativa média, QM , e a potência reativa do banco de


capacitores, QC . Logo:

QC = 137, 603 − 74, 123 = 63, 48kVar (11)

Gustavo José (UNIVASF) Eficiência Energética 40 / 48 22 de agosto de 2016 40 / 48


Correção do Fator de Potência

Para implantação do projeto fı́sico, é necessário um banco de capacitor trifásico, mediante os


cálculos realizados na etapa anterior.

(a) Vista interna (b) Vista do painel

Figura 19 : Banco De Capacitor 80kva Weg Trifásico

Gustavo José (UNIVASF) Eficiência Energética 41 / 48 22 de agosto de 2016 41 / 48


Correção do Fator de Potência

Valor do Banco De Capacitor 80kVA Weg Trifásico R$ 10.899,00


Demanda contratada de 251,50 kVA
Consumo Reativo Exc. Na Ponta 204,79(kVARh)
Consumo Reativo Exc. Na Ponta 4.124,40(kVARh)
Valor gasto com reativo excedente de R$ 1.507,95
Tempo de retorno do investimento 8 meses
O resultados financeiros são satisfatórios?
A qualidade no funcionamento elétrico da planta é satisfatória?

Gustavo José (UNIVASF) Eficiência Energética 42 / 48 22 de agosto de 2016 42 / 48


Análise da Qualidade de Energia

Gustavo José (UNIVASF) Eficiência Energética 43 / 48 22 de agosto de 2016 43 / 48


Análise da Qualidade de Energia

Nesta seção será apresentada sucintamente a análise da qualidade de energia elétrica de um


cliente, identificado aqui por Cliente B, no aspecto dos nı́veis de tensão em regime permanente.
Sendo tomado como base e referência para isto, a seção 8.1 do módulo 8 do PRODIST, vigente
desde o dia 01 de janeiro de 2016.

Figura 20 : Local de instalação do aparelho

Gustavo José (UNIVASF) Eficiência Energética 44 / 48 22 de agosto de 2016 44 / 48


Análise da Qualidade de Energia

Figura 21 : Painel de instalação do aparelho

Gustavo José (UNIVASF) Eficiência Energética 45 / 48 22 de agosto de 2016 45 / 48


Análise da Qualidade de Energia

Figura 22 : Gráfico dos nı́veis de tensão das três fases ao longo do tempo em que o equipamento esteve
instalado no local.

Gustavo José (UNIVASF) Eficiência Energética 46 / 48 22 de agosto de 2016 46 / 48


Análise da Qualidade de Energia

Figura 23 : Imagem do relatório gerado pelo equipamento.

Gustavo José (UNIVASF) Eficiência Energética 47 / 48 22 de agosto de 2016 47 / 48


FIM

Obrigado!

Gustavo José (UNIVASF) Eficiência Energética 48 / 48 22 de agosto de 2016 48 / 48

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