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ÍNDICE
AGRADECIMENTOS.................................................................................................
DEDICATÓRIA...........................................................................................................
DECLARAÇÃO DE HONRA.......................................................................................
ÍNDICE DE TABELAS...............................................................................................
ÍNDICE DE FIGURAS..............................................................................................VIII
RESUMO...................................................................................................................XIII
CAPÍTULO 1: INTRODUÇÃO.....................................................................................
1.7Justificativa....................................................................................................
2.1.1Transporte Ferroviário................................................................................
I
Proposta de reabilitaҫão da superestrutura da linha férrea de Ressano Garcia, com vista ao aumento
do fluxo de carga.
3.1.1 A Empresa................................................................................................
3.2.1 Características..........................................................................................
5.1.1 Superestrutura..........................................................................................
6.2 Conclusões....................................................................................................
6.3 Recomendações.............................................................................................
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS............................................................................
BIBLIOGRAFIA............................................................................................................
II
Proposta de reabilitaҫão da superestrutura da linha férrea de Ressano Garcia, com vista ao aumento
do fluxo de carga.
AGRADECIMENTOS
Em primeiro lugar agradecer a Deus pela vida. Em segundo plano, agradecer a todos que
não mediram esforços para apoiarem-me durante a realização do presente trabalho, em
especial:
Ao senhor Sambo, que pela sua humildade disponibilizou-me dados que permitiram-me
iniciar a execução do trabalho.
Ao senhor Élio Mussangae, que pelo seu gesto de humildade e profissionalismo me foi
dando ideas construtivas para o trabalho.
Ao meu colega Jorge Mutombene pela sua humildade e companherismo que foi possível
com ele chegar a tempo e hora às aulas.
A minha namorada Jéssica pelo apoio que me tem dado dia após dia;
III
Proposta de reabilitaҫão da superestrutura da linha férrea de Ressano Garcia, com vista ao aumento
do fluxo de carga.
DEDICATÓRIA
À mina familia, em especial ao meu pai que me incentivou e encorajou durante o curso de
Licenciatura em Engenharia Ferroviária.
IV
Proposta de reabilitaҫão da superestrutura da linha férrea de Ressano Garcia, com vista ao aumento
do fluxo de carga.
DECLARAÇÃO DE HONRA
Eu, Neves Fernando Cossa declaro por minha honra que o presente relatório do
estágio acadêmico do Curso de engenharia ferroviária, é exlusivamente de minha
autoría, não constituindo cópia de nenhum trabalho realizado anteriormente e as
fontes usadas para a realização do trabalho encontram-se referidas na bibliografia.
Assinatura: __________________________________
V
Proposta de reabilitaҫão da superestrutura da linha férrea de Ressano Garcia, com vista ao aumento
do fluxo de carga.
ÍNDICE DE TABELAS
Tabela 9: Indicação dos factores de correção dos comboios de carga e de passageiros com
dimensionamento da plataforma.......................................................................................
Tabela 10: Resumo das tonelagens médias equivalentes transportadas por dia......................
Tabela 12: Classificação das linhas segundo o tráfego "norma UIC 719 ̵ R para o
dimensionamento da plataforma."....................................................................................
VI
Proposta de reabilitaҫão da superestrutura da linha férrea de Ressano Garcia, com vista ao aumento
do fluxo de carga.
Tabela 15: classificação de solos, segundo a norma UIC 719 ̵ R para o dimensionamento
da plataforma.......................................................................................................................
Tabela 16: classificações de solos para o subleito, norma UIC 719 ̵ R para o
dimensionamento da plataforma.........................................................................................
linhas de resguardo............................................................................................................
VII
Proposta de reabilitaҫão da superestrutura da linha férrea de Ressano Garcia, com vista ao aumento
do fluxo de carga.
ÍNDICE DE FIGURAS
VIII
Proposta de reabilitaҫão da superestrutura da linha férrea de Ressano Garcia, com vista ao aumento
do fluxo de carga.
Figura20: AMV.......................................................................................................................
IX
Proposta de reabilitaҫão da superestrutura da linha férrea de Ressano Garcia, com vista ao aumento
do fluxo de carga.
Figura 43:a) desgaste da lança do AMV PK 66 +500m; b)linha assoreada PK 7+500m .......
Figura 44: a)Troço do PK 54.500 a PK 55.380 com elevado nível de desgate das travessas
X
Proposta de reabilitaҫão da superestrutura da linha férrea de Ressano Garcia, com vista ao aumento
do fluxo de carga.
XI
Proposta de reabilitaҫão da superestrutura da linha férrea de Ressano Garcia, com vista ao aumento
do fluxo de carga.
XII
Proposta de reabilitaҫão da superestrutura da linha férrea de Ressano Garcia, com vista ao aumento
do fluxo de carga.
XIII
Proposta de reabilitaҫão da superestrutura da linha férrea de Ressano Garcia, com vista ao aumento
do fluxo de carga.
RESUMO
Contudo, para todo efeito foi necessário analisar o tráfego actual e propôr um novo
dimensionamento da superestrutura para garantir que a carga a ser transportada no futuro seja
superior a de actual permitindo mais ganho interno da mpresa, e criar dinâmica social para o
desenvolvimento.
PALAVRAS - CHAVE:
Fluxo de carga, Reabilitação, Transporte Ferroviário.
XIV
Proposta de reabilitaҫão da superestrutura da linha férrea de Ressano Garcia, com vista ao aumento
do fluxo de carga.
XV
Proposta de reabilitaҫão da superestrutura da linha férrea de Ressano Garcia, com vista ao aumento
do fluxo de carga.
CAPÍTULO 1: INTRODUÇÃO
1.1 Introdução
E para que tal aconteça é importante que todos os elementos da ferrovia como é o caso da
via permanente, material rolante, sinalização e operação estejam em condições para
desempenhar o seu papel.
"Os defeitos ou falhas que podem surgir na via-férrea, quer ao nível da geometria quer nos
elementos que a constituem, devem ser distinguidos em 2 tipos, de acordo com as consequências
manifestadas pela própria via ou pela natureza da intervenção necessária. Assim se faz a distinção
entre os defeitos de primeiro grau e os de segundo grau" (Aribau 2004) apud (Silva 2012, pág. 71).
Neste contexto, no presente trabalho foi feita uma análise da superstrutura da linha férrea
Ressano Garcia com vista a aumentar a capacidade do fluxo de carga; apresentar a
proposta de reabilitaҫão da superestrutura férroviária Ressano Garcia e apresentar os
1
Proposta de reabilitaҫão da superestrutura da linha férrea de Ressano Garcia, com vista ao aumento
do fluxo de carga.
1.2 Problemática
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Proposta de reabilitaҫão da superestrutura da linha férrea de Ressano Garcia, com vista ao aumento
do fluxo de carga.
1.3 Problema
1.4 Objecto
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Proposta de reabilitaҫão da superestrutura da linha férrea de Ressano Garcia, com vista ao aumento
do fluxo de carga.
1.7Justificativa
Por outro lado Moçambique é um grande produtor de recursos naturais extraídos pelas
multinacionais em operação no território moçambicano e este facto cria um ambiente de
negócios para a empresa CFM do qual precisará usar as linhas férreas para escoar as mais
diversas cargas.
O transporte de passageiros feito pela empresa contribui para escoar maior número de
pessoas em comparação com os outros meios de transporte. Portanto, o transporte de
cargas e pessoas está em alta e o objetivo é manter crescente este pico.
1
Fogel, R. M. (1964), Railroads and American Economic Growth: Essays in Economic History, Baltimore,
MD: Johns Hopkings Press.
2
Morisugi, H; Hayashiyama, Y.; (1997), Post-evaluation of the Japanese railway network; 187501940, em E.
Quinet e R. Vickerman (eds), The Econometrics of Major Transport Infrastructures, London: Macmillian.
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Proposta de reabilitaҫão da superestrutura da linha férrea de Ressano Garcia, com vista ao aumento
do fluxo de carga.
O presente trabalho é composto por seis (6) capítulos estruturados na parte textual do
mesmo. Estes são:
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Proposta de reabilitaҫão da superestrutura da linha férrea de Ressano Garcia, com vista ao aumento
do fluxo de carga.
Marítima e fluvial;
Aérea;
Terrestre: rodoviários e ferroviários;
O transporte marítimo tem a grande vantagem de não exigir infra-estruturas, e por isso se
mostra preferido sobre todos os outros no que toca ao transporte de carga para longas
distâncias, sobretudo para trajectos internacionais. Contudo, a necessidade de transbordos,
embalagens apropriadas e as restrições de acesso marítimo determinado pela profundidade
para certos calados dos navios, exige deste meio de transporte a existência de um sistema
operacional e logístico mais sofisticado (MTC, 2009).
6
Proposta de reabilitaҫão da superestrutura da linha férrea de Ressano Garcia, com vista ao aumento
do fluxo de carga.
O transporte ferroviário é considerado o mais adequado para cargas a granel e para grandes
distâncias. A maior capacidade de carga e a facilidade de transportar qualquer tipo de carga
confere ao transporte ferroviário a possibilidade de redução significativa de custos por
unidade de peso. Contudo, este meio de transporte requer investimentos iniciais elevados e
se apresenta com menor flexibilidade quando comparado com o transporte rodoviário
(MTC, 2009).
2.1.1Transporte Ferroviário
Segundo Rosa (2012, pág. 21), o transporte ferroviário é o meio que gera o menor impacto
ambiental, pois, uma tonelada de carga em rodovias planas de pavimentaҫão lisa requer
quatro (4) vezes mais energia da que é exigida nas estradas de ferro.
Para Rosa (2012), o modal ferroviário caracteriza-se, especialmente, por sua capacidade de
transportar grandes volumes, com elevada eficiência energética, principalmente em casos
de deslocamentos a médias e grandes distâncias, acima de 500 quilômetros.Apresenta,
ainda, maior seguranҫa, em relaҫão ao modal rodoviário, com menor índice de acidentes e
menor incidência de furtos e roubos.A carga típica do modal ferroviário é carga a granel.
Que são:
Grãos;
Minério de ferro;
Cimento;
Adubos e fertilizantes;
Carvão Mineral.
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Proposta de reabilitaҫão da superestrutura da linha férrea de Ressano Garcia, com vista ao aumento
do fluxo de carga.
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Proposta de reabilitaҫão da superestrutura da linha férrea de Ressano Garcia, com vista ao aumento
do fluxo de carga.
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Proposta de reabilitaҫão da superestrutura da linha férrea de Ressano Garcia, com vista ao aumento
do fluxo de carga.
Segundo (Amado e Silva, 2012, pág. 22; Rosa, 2012, pág. 22;), a Via Permanente (VP) é o
conjunto das instalaҫões e equipamentos que compõem as partes da via onde circulam os
trens. A VP é também citada como linha férrea.
A via permanente, VP, é composta de duas (2) partes como a infraestrutura e
superestrutura. A disposição destas partes é apresentada na figura 2:
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Proposta de reabilitaҫão da superestrutura da linha férrea de Ressano Garcia, com vista ao aumento
do fluxo de carga.
Figura4: Via permanente é constituída pela superestrutura, localizada acima do subleito, e pela infraestrutura
ferroviária.
1.2.1 Infraestrutura
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Proposta de reabilitaҫão da superestrutura da linha férrea de Ressano Garcia, com vista ao aumento
do fluxo de carga.
Segundo (Rosa, 2012; Brina, 1983), a infraestrutura é constituída de três (3) itens:
Terraplenagem;
Drenagem;
Obras de Arte.
Amado e Silva (2012, pág. 21), afirmam que é na infraestrutura serviços os quais (Rosa,
2012; Brina,1983), apresentam como sendo os itens que constituem a infraestrutura. Para
Amado e Silva (2012, pág. 21), estes serviços acontecem nos seguintes termos:
Também nessa fase ocorrem os serviços de construção de taludes, que são superfícies
inclinadas que limitam um maciço evitando seu desmoronamento sobre a via (Amado e
Silva, 2012).
1.2.2 Superestrutura
Para (Costa e Silva, 2012, pág. 21), a superestrutura é composta pelos elementos que
estiverem acima do sub lastro como: lastro (brita), dormentes, trilhos e fixações. Como a
superestrutura está sujeita ao desgaste das rodas dos veículos ferroviários em circulação,
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Proposta de reabilitaҫão da superestrutura da linha férrea de Ressano Garcia, com vista ao aumento
do fluxo de carga.
precisa ser renovada quando seu desgaste atingir o limite de tolerância exigido pela
segurança e conforto da circulação dos materiais rodantes. Para (Rosa, 2012, pág. 162), a
superestrutura é a parte da VP que recebe os impactos diretos da composição ferroviária.
Os principais elementos constitutivos da superestrutura são trilho, dormente, lastro e
sublastro, acessórios de fixação e aparelho de mudança de via.
Trilho
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Proposta de reabilitaҫão da superestrutura da linha férrea de Ressano Garcia, com vista ao aumento
do fluxo de carga.
Segundo Brina (1988, pág. 44), o trilho é o elemento da superestrutura que constitui a
superfície de rolamento para as rodas dos veículos ferroviários. Vem sofrendo uma
evoluҫão permanente, desde os primórdios das estradas de ferro, até os dias atuais, com o
grande desenvolvimento da tecnologia do aço.
Tipo Kgf / m
TR-68 67,56
TR-57 56,80
TR-50 50,35
TR-45 44,64
TR-37 37,11
Segundo Costa e Silva (2012), aquando da sua instalação, as barras de trilhos são unidas
por:
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Proposta de reabilitaҫão da superestrutura da linha férrea de Ressano Garcia, com vista ao aumento
do fluxo de carga.
Os trilhos devem ser perfeitamente fixados aos dormentes formando um conjunto solidário
para que não haja variação da bitola e assim cumprir com sua função principal de guia e
pista de rolamento na via (Costa e Silva, 2012).
Segundo Costa e Silva (2012), inicialmente eram fixados diretamente através de pregos
especiais e posteriormente parafusos, entretanto esses acessórios não mantinham por muito
tempo a bitola. Na sua evolução foram desenvolvidos diversos tipos de elementos e
sistemas que atualmente proporcionam uma fixação rígida ou elástica. Entre os diversos
elementos em uso, destacam-se:
Placa de apoio; superfície metálica usada nos dormentes de madeira para aumentar
a área de apoio do trilho no dormente. Prolonga a vida do dormente por
proporcionar uma melhor distribuição de carga e evitar o corte do dormente pelo
patim. As dimensões da placa de apoio variam com a largura do patim do trilho e
com o peso do material rodante.
Parafuso; elemento metálico de rosca soberba, cuja cabeça se adapta a chave de
aperto ao qual se aparafusa na madeira em furo previamente preparado.
Grampo; elemento metálico que se prende o patim na placa de apoio,
proporcionando elasticidade aliviando as tensões na via.
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Proposta de reabilitaҫão da superestrutura da linha férrea de Ressano Garcia, com vista ao aumento
do fluxo de carga.
Segundo Brina (1988, pág. 51), a ASTM (American Society for Testing Materials)
estabelece o seguinte critério na classificação dos trilhos:
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Proposta de reabilitaҫão da superestrutura da linha férrea de Ressano Garcia, com vista ao aumento
do fluxo de carga.
Dormente
Segundo Brina (1988, pág. 21), o dormente é o elemento da superestrutura ferroviária que
tem por funҫão receber e transmitir ao lastro os esforҫos produzidos pelas cargas dos
veículos, servindo de suporte dos trilhos, permitindo a sua fixaҫão e mater invariável a
distância entre eles (bitola). Para cumprir essa finalidade será necessário:
Os tipos de dormentes apresentados por Brina (1988) são: dormentes de madeira, aço e
concreto. O dormente de madeira reúne quase todas as qualidades exigidas para o
dormente e continua a ser, até o presente, o principal tipo de dormente.Entretanto, as
madeiras de boa qualidade utilizadas na fabricação do dormente podem ser
aproveitadas para finalidades mais nobres, com preços mais altos e por outro lado, sua
escassez e os reflorestamentos deficientes, vem acarretando seu crescente
encarecimento, Devido a estes fatores, estuda-se agora outros materiais para substituir
este tipo de dormente.
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Proposta de reabilitaҫão da superestrutura da linha férrea de Ressano Garcia, com vista ao aumento
do fluxo de carga.
Os dormentes de aço Foram imaginados de diversos tipos, diferindo muitos deles por
simples detalhes ou pela fixação dos trilhos. Em essência, consiste numa chapa laminada,
com forma de “U” invertido, curvada em suas extremidades a fim de formar garras que se
afundam no lastro e se opõem ao deslocamento transversal da via. O dormente metálico é
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Proposta de reabilitaҫão da superestrutura da linha férrea de Ressano Garcia, com vista ao aumento
do fluxo de carga.
relativamente leve (70 kg) e fácil de ser assentado. Entretanto, essa leveza condena-o para
linhas de tráfego pesado. É barulhento e apresenta o incoveniente de ser bom condutor de
eletricidade, e dificultar o isolamento de uma fila de trilhos em relação à outra, o que é
necessário para os circuitos de sinalização. Além disso, apresenta maior rigidez e fixação
do trilho mais difícil. Essa fixação, geralmente por meio de parafusos e castanha (figura 9),
está sujeita a se afixar, necessitando de permanentes cuidados. Os furos, para passagem dos
parafusos, enfraquecem o dormente, podendo originar fissuras que, prolongadas,
inutilizarão o dormente. Também a socaria, em virtude de sua forma, é mais difícil. Para
sanar os incovenientes dos furos para a passagem dos parafusos, foi adotado um tipo de
dormente de aço, com chapa de nervuras soldada no local do patim do trilho, e fixação tipo
GEO (figura 10). Trata-se de um dormente mais moderno, de boa qualidade e durabilidade,
mas de preço elevado (Brina, 1988).
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Proposta de reabilitaҫão da superestrutura da linha férrea de Ressano Garcia, com vista ao aumento
do fluxo de carga.
Fonte:(Brina, 1988).
Fonte:(Hidremec, 2012).
Segundo Brina (1988, pág. 35), em virtude da escassez de boas madeiras para dormentes,
para evitar o desflorestamento e finalmente tendo em vista os inconvenientes apontados dos
dormentes de aço, vários países passaram a estudar as possibilidades do emprego de
dormentes de concreto armado. Os primeiros dormentes de concreto armado, imitaram na
sua concepção, a forma dos dormentes de madeira, constituídos de um bloco de concreto,
com seção constante Os resultados não foram satisfatórios, pois os choques e vibrações
produzidos pelas cargas dinâmicas dos veículos causavam trincas ou fissuras, apesar da
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Proposta de reabilitaҫão da superestrutura da linha férrea de Ressano Garcia, com vista ao aumento
do fluxo de carga.
armação metálica colocada para resistir aos esforços da tração. Essas fissuras degeneravam,
frequentemente, em verdadeiras rupturas, devido à grande rigidez desses dormentes.
Concreto protendido;
Concreto misto (concreto e aço) e;
Polibloco.
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Proposta de reabilitaҫão da superestrutura da linha férrea de Ressano Garcia, com vista ao aumento
do fluxo de carga.
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Proposta de reabilitaҫão da superestrutura da linha férrea de Ressano Garcia, com vista ao aumento
do fluxo de carga.
Lastro e Sublastro
O Lastro é a camada de material granular permeável e resistente, de diversas origens na qual se apoiam e
se encaixam os dormentes da via-férrea, proporcionando drenagem e elasticidade à linha e tendo como
principal função a distribuição das cargas dos dormentes para o leito do terreno. O material que o
compõe normalmente é obtido através da britagem de rochas duras, compactas, de estrutura não lamelar
ou xistosa, de elevada resistência à compressão e elevada massa específica aparente. As rochas utilizadas
são o granito, basalto, calcário e a escória de aciaria, todos com uma determinada granulometria prescrita
pela AREMA (American Railway Engineering Association) (Costa e Silva, 2012, pág. 22).
Por sua vez, Brina (1988), apresenta o Lastro como o elemento da estrada de ferro situado
entre e o sublastro e que tem por funções principais as seguintes:
Segundo Brina (1988) para o lastro bem dermpenhar as suas funções deve ter as seguintes
qualidades:
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Proposta de reabilitaҫão da superestrutura da linha férrea de Ressano Garcia, com vista ao aumento
do fluxo de carga.
Ter dimensões que permitam a sua interposição entre os dormentes e abaixo dos
mesmos, preenchendo as depressões da plataforma e permitindo um bom
nivelamento dos trilhos;
Ser resistente aos agentes atmosféricos;
Deve ser francamente permeável, para permitir uma boa drenagem;
Não produzir pó, caso contrário tornaria incômodo aos passageiros, além de
prejudicar o material rodante.
Segundo Brina (1988), o material para lastro compreende a terra, a areia, o cascalho, as
escórias e a pedra britada.
Para Brina (1988), o material para sublastro deve obedecer aproximadamente às seguintes
características:
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Proposta de reabilitaҫão da superestrutura da linha férrea de Ressano Garcia, com vista ao aumento
do fluxo de carga.
Para Rosa (2012), s Aparelhos de Mudança de Via (AMVs) são dispositivos metálicos que
permitem a bifurcação de uma via-férrea ou, inversamente, a união de 2 vias. Os AMVs
são compostos pelos seguintes elementos:
Jacaré (1);
Contratrilhos (2);
Trilhos de ligação (3);
Agulhas (4);
Máquina de chave (5)
Por sua vez,Costa e Silva (2012), compreendem o AMV, como um dispositivo mecânico
encarregado de realizar o desvio de um veículo ferroviário de uma linha para outra. Seu
acionamento pode ser manual, pneumático ou elétrico.
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Proposta de reabilitaҫão da superestrutura da linha férrea de Ressano Garcia, com vista ao aumento
do fluxo de carga.
O jacaré é a peça que forma a intersecção de dois trilhos permitindo a passagem das
rodas numa ou outra linha. Pode ser feito com trilhos aparafusados entre si ou
fundido em aço especial.
A agulha é uma peça feita de aço fundido ou forjado, ou de trilho usinado,
destinada a encaminhar as rodas de veículos ferroviários de uma para outra linha.
Figura20: AMV.
Travador elétrico motorizado, que utiliza uma máquina de chave para movimentação e
travamento do aparelho de mudança de via.
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Proposta de reabilitaҫão da superestrutura da linha férrea de Ressano Garcia, com vista ao aumento
do fluxo de carga.
Os defeitos ou falhas que podem surgir na via-férrea, quer ao nível da geometria quer nos elementos
que a constituem, devem ser distinguidos em 2 tipos, de acordo com as consequências manifestadas
pela própria via ou pela natureza da intervenção necessária. Assim se faz a distinção entre os
defeitos de primeiro grau e os de segundo grau (Aribau 2004)apud(Silva 2012, pág. 71).
São defeitos de primeiro grau quando não se manifesta alteração na estabilidade da via, e
desegundo grau, quando a estabilidade diminui temporariamente (Aribau, 2004) apud
(Silva 2012, pág. 71). Por conseguinte, das diversas formas de reparação destacam-se as
seguintes:
Correcao da banqueta de balastro;
Compactao da camada de balastro;
Estabilização dinâmica da via;
Aribau (2004) apud Silva (2012), compreendem que as reparações dos defeitos de segundo
grau são as mais complexas, por causa disso, enunciam as seguintes reparações:
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Proposta de reabilitaҫão da superestrutura da linha férrea de Ressano Garcia, com vista ao aumento
do fluxo de carga.
Esmerilagem;
Ripagem da via; Rebalastragem;
Correção da bitola;
Substituição das travessas;
Ajuste e reparação de desvios e de AMV;
Correção do fenómeno de “travessas dançantes”;
Correção do nivelamento e alinhamento.
Deve referir-se que os defeitos do carril são causados por imperfeições iniciais. Estes podem ser
causados por erros de fabrico que causam imperfeições microscópicas, ou podem ser causados por
fenómenos de fadiga, isto é, defeitos originados em serviço. As imperfeições iniciais
sofremagravamento ao longo do tempo, devido à passagem sucessiva de comboios, provocando
fenómenos de fadiga no contato, que ocorrem sob o efeito de ciclos de carga imposta pela passagem
do material circulante, (Simões, 2008)apud (Silva, 2012, pág. 72).
“O desgaste do carril numa primeira fase causa desconforto, ruído e oscilações que
progressivamente podem pôr em causa a segurança, podendo mesmo provocar descarrilamentos. O
mesmo se passa nos aparelhos de via onde, na maior parte das vezes, são a falta de diagnóstico e de
controlo geométrico que dão origem a descarrilamentos. Por outro lado, e de um ponto de vista
económico, não é só a via-férrea que sai lesada, os defeitos na via refletem-se nos custos da
manutenção do material circulante” (Silva, 2012, p. 72).
Raio das curvas: nas curvas de baixo raio, onde o material circulante passa em alta
velocidade, surge defeitos como: desgaste lateral, desgaste ondulatório e outros
fenómenos de fadiga por contacto;
Nível de tráfego na via em estudo;
Existência de zonas de transição de declive que impliquem sucessivas travegens
eacelerações;
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Proposta de reabilitaҫão da superestrutura da linha férrea de Ressano Garcia, com vista ao aumento
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equipamentos de inspecção automáticos ou inspeção visual (figura 23) (Silva, 2012, pág.
74).
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Proposta de reabilitaҫão da superestrutura da linha férrea de Ressano Garcia, com vista ao aumento
do fluxo de carga.
Segundo Silva (2012, pág. 77), uma vez tomada a decisão de uma possível renovação de
uma via-férrea, é imprescindível o conhecimento prévio dos diferentes métodos disponíveis
para realizar a renovação, isto é, é necessário planear.O trabalho de renovação de uma via
abrange todas as operações para melhorar a superestrutura e as que se destinam, por um
lado, às necessidades da infraestrutura da via renovada, e, por outro lado, a resolver os
problemas que se geraram na via existente. Assim, dependendo das condições da via,
decide-se efetuar as reparações de primeiro e/ou de segundo grau.
Para Simões (2008)apud Silva (2012, pág. 77), a escolha dos métodos de renovação da via
depende de vários fatores, no entanto, carece de maior importância a decisão do tipo de
interrupção do tráfego da via-férrea. Esta interrupção pode ser:
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do fluxo de carga.
fadiga pontual provocadas pelo esmagamento à passagem das rodas dos veículos.
(Silva, 2012, pág. 77).
Reperfilamento: Quando a esmerilagem é insuficiente para corrigir defeitos do
carril altamente desenvolvidos, recorrese ao reperfilamento. O seu princípio de
funcionamento passa pela utilização de uma máquina pesada equipada com um
cortador de aplainamento montado sobre um sistema de jatos de alta pressão
resfriados, o que permite uma reperfilagem completa do carril. Nas operações de
reperfilagem são necessárias várias passagens. (Simões, 2008)apud(Silva 2012,
pág. 77).
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do fluxo de carga.
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do fluxo de carga.
De forma simplista o ataque da via passa por colocar balastro abaixo das travessas,
após elevação das mesmas, para que fiquem solidamente apoiadas. Esta operação
destina-se a colocar a via no nível correto, “encastrando” a via impedindo a
deslocação das travessas, por envolvimento de balastro bem atacado. (Silva, 2012,
pág. 79).
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Proposta de reabilitaҫão da superestrutura da linha férrea de Ressano Garcia, com vista ao aumento
do fluxo de carga.
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Proposta de reabilitaҫão da superestrutura da linha férrea de Ressano Garcia, com vista ao aumento
do fluxo de carga.
Recalque das Travessas: Nivelamento das travessas, elevando a via por meio de
macacos, para um nivelamento corretocontrolado com auxílio de visor, mira, régua
e nível. (Silva, 2012, pág. 81).
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desgastado ou contaminado, por meio de dispositivos que passam por debaixo da via-
férrea. Possibilita ainda a colocação de balastro limpo.(Silva, 2012, p. 82).
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Proposta de reabilitaҫão da superestrutura da linha férrea de Ressano Garcia, com vista ao aumento
do fluxo de carga.
Segundo Silva (2012, pág. 83), a esmerilhadora, a trata-se de um equipamento que atua
desgastando, por atrito, a superfície da cabeça do carril, até uma profundidade de 0,4 mm,
visando dois objetivos:
As esmeriladoras podem ser equipadas com sistema de soldadura. Este sistema permite a
fusão docarril de forma continua e rápida (figura 34).
42
Proposta de reabilitaҫão da superestrutura da linha férrea de Ressano Garcia, com vista ao aumento
do fluxo de carga.
A reperfiladora atua, também, desgastando o carril por atrito, mas removendo mais massa,
redesenhando, desta forma a cabeça do carril.Por outro lado, tem-se o equipamento Móvel
de Soldagem Elétricaque trata-se de um equipamento instalado em veículos ferroviários,
mas que não é de uso vulgarizado. Utiliza a técnica de soldagem por resistência elétrica,
soldando segmentos de carris de 12 metros, constituindo as barras longas soldadas (BLS).
(Silva, 2012, pág. 84).
43
Proposta de reabilitaҫão da superestrutura da linha férrea de Ressano Garcia, com vista ao aumento
do fluxo de carga.
44
Proposta de reabilitaҫão da superestrutura da linha férrea de Ressano Garcia, com vista ao aumento
do fluxo de carga.
3.1.1 A Empresa
45
Proposta de reabilitaҫão da superestrutura da linha férrea de Ressano Garcia, com vista ao aumento
do fluxo de carga.
46
Proposta de reabilitaҫão da superestrutura da linha férrea de Ressano Garcia, com vista ao aumento
do fluxo de carga.
47
Proposta de reabilitaҫão da superestrutura da linha férrea de Ressano Garcia, com vista ao aumento
do fluxo de carga.
48
Proposta de reabilitaҫão da superestrutura da linha férrea de Ressano Garcia, com vista ao aumento
do fluxo de carga.
49
Proposta de reabilitaҫão da superestrutura da linha férrea de Ressano Garcia, com vista ao aumento
do fluxo de carga.
O trabalho visa a reabilitação da linha férrea de Ressano Garcia, portanto, nesta secção é
feita uma análise da superstrutura da linha férrea Ressano Garcia com vista a aumentar a
capacidade do fluxo de carga.
50
Proposta de reabilitaҫão da superestrutura da linha férrea de Ressano Garcia, com vista ao aumento
do fluxo de carga.
A linha de Ressano Garcia faz parte dos Portos e Caminhos de Ferro de Moçambique Rede
Portos e Caminhos de Ferro de Moçambique (CFM) Sul. A linha ferroviária é 88 km de
comprimento e liga o porto de Maputo em Moçambique com a África do Sul Ressano Garcia
e com a rede Transnet Freight Rail (TFR) da Komatipoort. Ver a figura abaixo:
51
Proposta de reabilitaҫão da superestrutura da linha férrea de Ressano Garcia, com vista ao aumento
do fluxo de carga.
Railway. Esta ligação entre a África do Sul e Moçambique tornou-se desuso durante a guerra
pela independência na guerra civil de Moçambique e depois. O Os governos de Moçambique
e da África do Sul concordaram em restabelecer a ligação entre a Província de Gauteng na
África do Sul e Maputo em 1995. Após vários tentativas frustradas de instalar uma concessão
de operação e manutenção na linha, Governo moçambicano investiu aproximadamente US $
12 milhões na linha a infraestrutura.
A linha Ressano Garcia foi ainda remodelada ao longo de todo o seu comprimento a um custo
de cerca de US $ 20 milhões entre 2006 e 2009. O projeto aumentou a linha de capacidade de
carga de 18 a 20 toneladas por eixo. A reabilitação da linha de 88 km incluiu Re-railing,
substituição do dormente, juntas de solda e atualização de algumas pontes.
3.2.1 Características
Extensão: 88 km. Com início e fim nos marcos km 0.0 (Maputo) e km 88.00
(Ressano Garcia);
Número de estações: 12;
Número de apeadeiros: 2;
Ligações: liga Moçambique à Africa do sul, permite circulação de doze (12)
comboios por dia em cada sentido.
Capacidade: possui uma capacidade de projecto de 120 t/eixo;
Capacidade anual: possui uma capacidade anual (toneladas líquidas): 5 000 000;
Carga: A carga transportada na linha de Ressano Garcia compreende Manganes,
Contetores, Magnetite, Combustível, Fosfato, Cereais diversos (Exemplo: milho),
Adubo, Carvao e Crómio.
3.2.2. Estado actual das precauções na Linha Férrea de Ressano Garcia e as suas
causas
52
Proposta de reabilitaҫão da superestrutura da linha férrea de Ressano Garcia, com vista ao aumento
do fluxo de carga.
A linha de Linha Férrea de Ressano Garcia encontra se com 17.980 Km, em restrições,
com diversos problemas da geometria, travessas fissuradas, falta de esquadros para fixação
das travessas, garotes, balastro contaminado, defeitos de nivelamento e alinhamento,
instabilidade do solo do aterro, travessas partidas nos descarrilamentos, por consequência
desses problemas as restrições da velocidade, varia de 20km/h até 40km/h, ver no apêndice
V e VI.
A seguir segue a ilustração de carga transportada por dia durante uma semana pelos
comboios de passageiros e de carga.
TAL
comboio Serviço Tracção TTV (t) TLV (t) eixos
(t)
Descendente
Passageir
114 Simples 35 553/16 64 120
o
191 Carga Tripla 18 5826/74 296 150
196 Carga Dupla 18 3274/45 184 120
180 Carga Dupla 18 3181/44 176 150
190 Carga Dupla 18 3500/47 188 120
150 Carga Dupla 18 2351/37 148 120
188 ISOLADO
Ascendente
153 Carga Dupla 18 Vazio 192 120
187 Carga Dupla 18 Vazio 144 120
Passageir
113 Simples 35 553/16 64 120
o
193 carga Dupla 18 Vazio 262 120
199 carga Dupla 18 Vazio 200 120
53
Proposta de reabilitaҫão da superestrutura da linha férrea de Ressano Garcia, com vista ao aumento
do fluxo de carga.
comboi
Serviço Tracção TTV (t) TLV (t) eixos TAL(t)
o
Descendente
114 Passageiro Simples 35 3676/49 64 120
660 Carga Tripla 18 574/16 296 150
138 Carga Dupla 18 9881/74 192 120
135 Carga Tripla 18 658/16 300 150
850 Carga Dupla 18 571/50 196 120
154 Carga Dupla 18 3580/48 192 120
Ascendente
153 Carga Simples 18 Vazio 200 120
118 Carga Simples 18 Vazio 68 120
117 Passageiro Simples 35 558/16 64 120
133 Carga Dupla 18 Vazio 200 140
TOTAL 23 173 1772
54
Proposta de reabilitaҫão da superestrutura da linha férrea de Ressano Garcia, com vista ao aumento
do fluxo de carga.
55
Proposta de reabilitaҫão da superestrutura da linha férrea de Ressano Garcia, com vista ao aumento
do fluxo de carga.
Tracçã
comboio Serviço TTV (t) TLV (t) eixos TAL(t)
o
Descendente
110 Passage Simples 35 595/ 16 64 120
56
Proposta de reabilitaҫão da superestrutura da linha férrea de Ressano Garcia, com vista ao aumento
do fluxo de carga.
iro
154 Carga Dupla 18 2519/40 160 120
158 Carga Dupla 18 3280/34 136 120
190 Carga Tripla 18 3378/46 184 150
650 Carga Dupla 18 3667/49 196 120
186 Carga Dupla 18 3577/48 192 120
184 Carga Dupla 18 3637/49 196 120
682 Carga Tripla 18 9793/74 296 150
Ascendente
162 Carga Simples 18 Vazio 4 150
191 Carga Dupla 18 Vazio 176 120
Passage
113 Simples 35 553/16 68 120
iro
187 carga Simples 18 Vazio 64 120
139 carga Tripla 18 Vazio 192 150
613 ISOLADO
155 carga tripla 18 Vazio 100 150
TOTAL 30 990 2028
57
Proposta de reabilitaҫão da superestrutura da linha férrea de Ressano Garcia, com vista ao aumento
do fluxo de carga.
Ascendente
693 Carga Simples 18 Vazio 4 120
113 Passageiro Dupla 35 553/16 176 120
189 carga Simples 18 Vazio 68 120
187 carga Simples 18 Vazio 64 120
191 carga Tripla 18 Vazio 192 120
117 ISOLADO
133 carga tripla 18 Vazio 100 120
TOTAL 24 696 1832
58
Proposta de reabilitaҫão da superestrutura da linha férrea de Ressano Garcia, com vista ao aumento
do fluxo de carga.
Tabela 9: Indicação dos factores de correção dos comboios de carga e de passageiros com relação as
velocidades de circulação segundo a norma UIC 719 ̵ R para o dimensionamento da plataforma.
V (km/h ) Sv Sm
V≤ 60 1.00 1.00
60<¿ V≤80 1.05 1.05
80 <V≤100 1.15 1.15
100 <V≤130 1.25 1.25
130 <V≤ 160 1.35 .......
160 <V≤ 200 1.40 .......
200 <V≤ 250 1.45 .......
V¿ 250 1.50 .......
T =
( 35+
16 )
553
∗16∗1
=1113
TBR
V
1 dia
T m1 =
( 18+
74 )
5826
∗74∗1
=7158
TBR
1 dia
59
Proposta de reabilitaҫão da superestrutura da linha férrea de Ressano Garcia, com vista ao aumento
do fluxo de carga.
T m2 =
( 18+
45 )
3274
∗45∗1
=4084
TBR
1 dia
Tm =
( 18+
44 )
3181
∗44∗1
=3973
TBR
3
1 dia
T m4 =
( 18+
47 )
3500
∗47∗1
=4346
TBR
1 dia
T m5 =
( 18+
15 )
817
∗15∗1
=1087
TBR
1 dia
∑ T m=206448 TBR
dia
1
T m=
∑ T m 1,2,3,4,5 = 20648 =4129.6 TBR
∑ Pesos 5 dia
t
T tv=120∗1∗1=120
dia
t
T tm1=150∗3∗1=450
dia
t
T tm2=120∗2∗1=240
dia
60
Proposta de reabilitaҫão da superestrutura da linha férrea de Ressano Garcia, com vista ao aumento
do fluxo de carga.
t
T tm3 =120∗2∗1=240
dia
t
T tm 4=120∗2∗1=240
dia
t
T tm5 =120∗2∗1=240
dia
t
∑ T tm 1,2,3,4,5=1530 dia
1530 t
T tm= =306
5 dia
t
T e =¿ 1.00*(1113 + 1.4*120) + 1.00*(1.15*4129.6 + 1.4*306) = 6458.44
dia
Tabela 10: Resumo das tonelagens médias equivalentes transportadas por dia.
Tv (
TBR
dia
¿ Tm ( )
T
dia
T tv ( )
t
dia
T tm ( )
t
dia
T e(
t
dia
)
61
Proposta de reabilitaҫão da superestrutura da linha férrea de Ressano Garcia, com vista ao aumento
do fluxo de carga.
2
609 27912 120 1620 7650.36
3
609 5139.14 120 330 7117.81
4
609 4029.8 120 282 5806.07
5
621 5138.71 120 270 7076.03
6
613.5 5022.67 120 290 6963
7
672 7462.67 120 350 9912.07
Fonte: Autor.
t
T e =¿ 1.00*(609 + 1.4*120 ) + 1.00*(1.15*4129.6 + 1.4*306) = 5177.44
dia
Tv (
TBR
dia
¿ Tm ( diaT ) T tv ( diat ) T tm ( diat ) T e(
t
dia
)
2
1113 2791.2 120 1620 6758.88
3
62
Proposta de reabilitaҫão da superestrutura da linha férrea de Ressano Garcia, com vista ao aumento
do fluxo de carga.
Fonte:Autor.
t
T e =7521.5
dia
t
T e =233 166.37
mês
t
T e =2.797 .996,41
ano
Tabela 12: Classificação das linhas segundo o tráfego "norma UIC 719 ̵ R para o
dimensionamento da plataforma."
63
Proposta de reabilitaҫão da superestrutura da linha férrea de Ressano Garcia, com vista ao aumento
do fluxo de carga.
CBR: 10 – 17
e b ( cm ) = 25
V ( Km/h )≫ 120
e b ( cm ) = 30
e b= 0.25 m
E ( m ) = 0.45
a ( m ) = -0.1
64
Proposta de reabilitaҫão da superestrutura da linha férrea de Ressano Garcia, com vista ao aumento
do fluxo de carga.
b(m)=0
c ( m ) = -0.1
d ( m ) = 0.05
f ( m ) = 0.03
e sb =E+ a+b+ c+ d+ f −e b ( II )
e sb =0.45−0.1−0−0.1+ 0.05+0.03−0.25=0.08 m
e=esb +e b ( III )
e=0.08+ 0.25=0.38 m
E ( m ) = 0.45
a ( m ) = -0.1
( 2.50−2.10 ) ( 2.50−2.10 )
b(m)= = = 0.2
2 2
c ( m ) = -0.1
d ( m ) = 0.05
f ( m ) = 0.03
e sb =E+ a+b+ c+ d+ f −e b
65
Proposta de reabilitaҫão da superestrutura da linha férrea de Ressano Garcia, com vista ao aumento
do fluxo de carga.
e=esb +e b
O Perfil tipo desta linha obedece o regulamnto interno da S.V.O. Ver em apêndice IX.
66
Proposta de reabilitaҫão da superestrutura da linha férrea de Ressano Garcia, com vista ao aumento
do fluxo de carga.
4.1 Abordagem/paradigma
Durante o estudo foi realizada a pesquisa bibliográfica que consistiu na coleta bibliográfica
para estudar a teoría que sustenta o trabalho (ver Cap. 2). Foi com a pesquisa bibliográfica
que foi possivel determinar a existência de material literário para conduzir a pesquisa.
Outros dados foram coletados de relatórios de estagios ligados a linha de Ressano Garcia
cujos relatórios encontram-se disponíveis na faculdade; Anúncios de circulação tendo
encontrado na empresa, estação de Moamba.
Por outro lado, a quantitativa foi usada para realizar os cálculos apresentados no Cap. 3 e 5
com vista a fazer uma análise da superstrutura da linha férrea Ressano Garcia com vista a
aumentar a capacidade do fluxo de carga e apresentar os cálculos aproximados usando
modelos matemáticos e a logística de todo processo a ser empregado para a reabilitaҫão da
linha férrea Ressano Garcia convista a aumentar a capacidade do fluxo de carga.
Por causa disso, as formas de análise de conteúdo utilizadas foram análise de conteúdo
(abordagem qualitativa) e inferência (abordagem quantitativa). Não foram usados métodos
estatísticos por isso não foi definida a população nem a amostra do estudo.
67
Proposta de reabilitaҫão da superestrutura da linha férrea de Ressano Garcia, com vista ao aumento
do fluxo de carga.
Entrevista:
Em Setembro de 2018 foram realizadas 3 entrevistas junto dos técnicos da via e, as
complementares foram realizadas junto destes técnicos num numero de 1 por cada.
Estes preferiram receber o guião de entrevista e distribuirem-se entre si e
registarem as respostas que foram posteriormente analisadas.
Análise documental:
De seguida, foi aplicada a pesquisa documental que consistiu na coleta de dados
nos registos e fotos extraidas quando o autor estagiou na linha férrea Ressano
Garcia. Estes dados permitiram a definição da ideia central do trabalho (Cap. 1). Na
sequência, foram coletados dados primários que permitiram construir as tabelas que
demonstram as cargas da linha; As que usou para calcular as tonelagens diárias,
mensais e anuais. Os respetivos dados foram coletados nos CFM-Sul.
68
Proposta de reabilitaҫão da superestrutura da linha férrea de Ressano Garcia, com vista ao aumento
do fluxo de carga.
5.1.1 Superestrutura
Os resumos das características técnicas básicas das vias estão abaixo relacionadas:
Bitola da Via: 1,067m ( estreita );
69
Proposta de reabilitaҫão da superestrutura da linha férrea de Ressano Garcia, com vista ao aumento
do fluxo de carga.
Fixação dos Dormentes: Elástica, composta por grampos, palmilhas amortecedoras, calço
isolador,(dormente de concreto) e placas de apoio, tirefões e arruelas duplas de pressão
(dormente demadeira);
Fixação dos Trilhos: Tala de junção com 6 (seis) furos, parafusos com porcas e arruelas,
para carris provisórios e emprego das BLS`s para carris definitivos.
Sublastro: betuminoso com uma espessura da camada de 0.14m, devido a boa resistência e
pela sua redução do volume e custoscom CBR mínimo de 20% (Índice deSuporte
Califórnia) a 100% do proctor modificado e índice de grupo igual a zero;
Carris
Os trilhos especificados para o presente projeto deverão:
Atender na íntegra as especificações da Norma Europea
Ser compatível com os existentes nas linhas já em operação e nas regiões
circuviinhas para garantir a interroperabilidade
Apresentar facilidade para aquisição.
70
Proposta de reabilitaҫão da superestrutura da linha férrea de Ressano Garcia, com vista ao aumento
do fluxo de carga.
( )
2 2
T ∗1 3
W =K∗ 1+ ∗( 1+0.012∗V ) ∗P 3
4
Onde:
W = peso do trilho ( kgf/m )
T = tonelagem bruta anual = 60,5 x 106 tf; (projecção para o ano 2035);
V = velocidade operacional = 60 km/h;
k = fator devido ao material rodante = 1,2 para vagão;
P = carga por eixo = 306,56 kN (31,25 tf);
e, o resultado obtido é:
W = 0,635 kN/m = 64,76 kgf/m
Dormentes
Os dormentes, adotando-se o padrão em uso nas vias em operação, serão monoblocos de
concretoprotendido.A utilização de outros tipos de dormentes seria possível, observando-
se, entretanto, que esteprocedimento não seria recomendável pela quebra da padronização
dos materiais usados nasuperestrutura da via existente acarretando aumento do custo de
manutenção.
71
Proposta de reabilitaҫão da superestrutura da linha férrea de Ressano Garcia, com vista ao aumento
do fluxo de carga.
Na zona da AMV
Travessasas de madeira de comprimento 2.6 m
e=esb +e b
72
Proposta de reabilitaҫão da superestrutura da linha férrea de Ressano Garcia, com vista ao aumento
do fluxo de carga.
Métodos de reabilitação
Neste subtítulo, procura-se descrever, pormenorizadamente, todos os trabalhos necessários
numa reabitação ferroviária. Estes trabalhos são descritos de uma forma generalizada,
sendo que dadaqualquer especificidade, próprias de uma obra, estes poderão variar.
Todos os trabalhos descritos neste subtítulo referem-se apenas à intervenção em via.
Desmontagem da via
Antes de se proceder à reabilitação da nova via há que retirar a existente. Este processo de
desmontagem da via actual é realizado em três fases:
Compactação da plataforma
Depois de se retirar o balastro, procede-se ao tratamento da plataforma. É natural que esta
apresenteuma forma irregular, não só devido aos trabalhos descritos nos pontos anteriores
mas também com aprópria utilização da via antiga e portanto é importante melhorar as
condições da plataforma, quer anível de perfil como a nível de estabilidade. Para tal
73
Proposta de reabilitaҫão da superestrutura da linha férrea de Ressano Garcia, com vista ao aumento
do fluxo de carga.
Posteriormente, poderá ser necessário compactar a plataforma antiga, no caso de, por
exemplo, existiruma alteração na rasante, o que obriga a movimentações de terras.
A compactação tem por objectivo dar uma maior estabilização à plataforma, produzindo
uma reduçãonos vazios existentes entre as partículas de solo que a constituem. Como neste
caso se está a falar deuma renovação, a plataforma existente estará compactada, uma vez
que com a utilização da via, osveículos que nela circulam funcionam como compactadores.
Portanto, só será necessário recorrer auma nova compactação quando se verifiquem
algumas especificidades, como a referida anteriormente.
Caso surja a necessidade de compactar, este processo pode ser feito através de
compactadores devários tipos, como de pneus, vibradores de cilindros, etc.
Esta camada de balastro é aplicada para que seja possível trabalhar sobre a via,
nomeadamente para acolocação de travessas e carris, cujo processo se realiza com
equipamentos específicos para caminhosde ferro. Dada a natureza das travessas, que hoje
em dia são quase todas em monobloco de betão pré-esforçado, é importante garantir que
não se geram tracções nestas, assegurando o seu bomfuncionamento. Para esse efeito, o
balastro é rebaixado na zona onde se apoiará a parte central das travessas, garantindo assim
que estas apenas se apoiem na zona dos carris.
A colocação do leito do balastro é feita através de uma espalhadora que distribui de forma
homogéneao material. O balastro é fornecido à espalhadora através de camiões
basculantes, previamentecarregados e que se deslocam em simultâneo com a espalhadora
de balastro. O espalhamento do balastro é controlado, quer em alçado quer em planta por
74
Proposta de reabilitaҫão da superestrutura da linha férrea de Ressano Garcia, com vista ao aumento
do fluxo de carga.
meio de um sensor. Estesensor é guiado por um cabo ou fio previamente fixado na margem
da plataforma, que possibilita uma correcta aplicação do leito do balastro, garantindo as
condiçõesnecessárias para que se possa proceder à colocação do material de via.
Os carris da via provisória são colocados, por meio de uma máquina do tipo da Vaiacar, e
fixados àstravessas colocadas anteriormente através de tirefonadoras mecânicas. Este
processo demontagem da via provisória é mais simples e economicamente mais barato do
que o realizado para avia definitiva pois esta infra-estrutura provisória servirá apenas de
superfície de apoio para que se possam executar os trabalhos de descarga e montagem dos
carris definitivos, trabalhos esses realizadosa velocidades muito reduzidas e portanto com
menores exigências relativas à segurança.
Por fim são colocadas umas juntas para permitir a união dos carris garantindo a
continuidade destes para a circulação correcta das máquinas de obra que neles circulam.
Uma vez tratar-se de via com carácter provisório não se justifica a realização de
soldaduras, processomais moroso e mais dispendioso, obrigando a um maior consumo de
recursos, seja material seja mãode-obra.
75
Proposta de reabilitaҫão da superestrutura da linha férrea de Ressano Garcia, com vista ao aumento
do fluxo de carga.
76
Proposta de reabilitaҫão da superestrutura da linha férrea de Ressano Garcia, com vista ao aumento
do fluxo de carga.
Cuidados para que não se provoquem danos nem noscarris nem nas travessas
As barras longas soldadas serão colocadas de forma que as juntas fiquem centradas entre
duastravessas para que se possa realizar as soldaduras sem ter que se mover as travessas
comprovação do posicionamento das travessas confirmando se o valor da bitolaverificado
se cumpre com a distância requerida em projecto assim como o seu espaçamento
A verificação da esquadria das travessas a cada 0.70 cm
Estando as barras longas soldadas já posicionadas sobre as travessas e estas, por sua vez,
devidamentealinhadas e distribuídas, realiza-se um aperto provisório dos parafusos tira-
fundo. Este aperto éprovisório uma vez que ainda se vão realizar as operações de
ajustamento da via, como a ripagem oualinhamento.
Ajustamento da via
Nesta fase da obra, o esqueleto da via está montado. Os carris, bem como as travessas e o
balastroestão colocados em posição para que se possa proceder aos ajustes finais que vão
permitir a circulaçãodos veículos em segurança. Esses ajustes são descritos nos pontos
seguintes.
Primeiro nivelamento
O nivelamento é o processo que permite colocar a via nas condições exigidas em projecto,
seja a nívelde cota ou alinhamento. Mas antes de se iniciar este processo, é necessário
realizar alguns trabalhosprévios. Em primeiro lugar, estando o esqueleto de via montado
realiza-se:
Uma primeira descarga debalastro, através de uns aparelhos denominados de balastreiros.
Nivelamento prévio que tem por objectivo colocar a viaem concordância com os diferentes
pontos de marcação e também garantir que esta se encontra emcondições para que se
possam concluir os trabalhos com a ajuda de uma atacadeira, dado que a montagem do
esqueleto da via, por sisó não o garante, e portanto a via terá naturalmente defeitos como
empenos nos carris, escalasnegativas ou desajustadas e defeitos na plataforma.
77
Proposta de reabilitaҫão da superestrutura da linha férrea de Ressano Garcia, com vista ao aumento
do fluxo de carga.
Estabilização da via
A finalizar, recorre-se a uma estabilizadora dinâmica de via, que através de vibrações vai
compactandoe, como o próprio nome indica, estabilizando o balastro, garantindo uma via
mais compacta. Poderáser necessário recorrer a um novo nivelamento prévio para
conseguir colocar a via às cotas desejadaspara se realizar o ataque do primeiro
nivelamento. De referir, que quando se realizam estes processosprévios é necessário ter em
atenção alguns parâmetros da via, como:
Nivelamento longitudinal
Escala;
Bitola;
Alinhamento;
Distância lateral aos pontos de marcação (como os postes de catenária);
Soldaduras
Soldadura é o processo que permite a união de dois materiais, similares ou não. Neste caso
concreto,refere-se à união entre dois carris. Posicionados sobre a via estão as barras longas
soldadas, como foireferido anteriormente. Estas barras longas soldadas, formadas por
carris normais soldados emestaleiro ( 3 carris de 18 metros, contabilizando uma extensão
de 54metros), serão novamente soldadas, desta vez in situ, de forma que consiga formar
um carril único ehomogéneo. Para tal recorre-se a soldaduras aluminotérmicas. Este tipo
de soldaduras consiste,resumidamente, numa reacção química exotérmica. O calor
libertado pela reacção vai dar origem a umproduto líquido, que é a mistura de um metal
(aço, cobre, etc...) e óxido de alumínio fundidos. Esselíquido vai então unir os dois carris.
De referir que esta reacção não é possível de ocorrer àtemperatura ambiente, pelo que se
recorre geralmente a bengalas de ignição para aquecer a mistura eoriginar a reacção. Esta
reacção ocorre dentro de um molde que dá o formato semelhante ao dos carris.No entanto,
antes de se proceder à soldadura há que ter alguns cuidados:
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Proposta de reabilitaҫão da superestrutura da linha férrea de Ressano Garcia, com vista ao aumento
do fluxo de carga.
Este último, refere-se ao alinhamento em planta e alçado, e é um passo importante pois vai
definir aqualidade da soldadura e o seu maior ou menor período de vida útil. O
espaçamento das juntas desoldadura deverá ser de 25 milímetros com uma tolerância de ±
2 milímetros. Para que se garanta esteespaçamento, poderá ser necessário cortar os carris.
Por último, deve-se referir que concluído todo este processo de unificação dos carris, cada
soldaduradeverá ter, obrigatoriamente, a marca do soldador que as realizou. Esta marca
fica dividida em duaspartes. A primeira, uma legenda dividida em quatro pontos, onde:
Segundo nivelamento
Com a via praticamente concluída é necessário realizar uma actuação ao nível do
levantamento. Osegundo nivelamento tem por objectivo colocar a via às suas cotas
definitivas. O processo e oscontrolos levados a cabo no primeiro nivelamento são
idênticos, embora as tolerâncias, nomeadamenteao nível da escala, ripagem, inclinação,
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Proposta de reabilitaҫão da superestrutura da linha férrea de Ressano Garcia, com vista ao aumento
do fluxo de carga.
etc, sejam agora mais exigentes por se tratar do nivelamentofinal e definitivo.Para finalizar
esta etapa é feita a estabilização dinâmica de via, processo também já
descritoanteriormente.
Esmerilagem final
Nesta fase, a estrutura da via está montada e colocada às cotas exigidas no projecto. No
entanto, antesde se dar a obra como concluída realiza-se uma esmerilagem definitiva. Esta
operaçãoconsiste na rectificação longitudinal e transversal dos carris que compõe a via.
Com a esmerilagemconsegue-se:
Portanto, um processo que permite por um lado eliminar os defeitos que os carris possam
apresentarainda antes de entrar em operação, e por outro prevenir problemas futuros,
aumentando a longevidadeda via, mas mais importante que esse aspecto, a segurança dos
passageiros.Estas operações constituem a conclusão das obras de construção civil de uma
renovação de via férrea.
Descrição de actividade
Trabalhos preliminares antes dos trabalhos preliminares
Levantamentos topográficos
Prospenção dos solos
Assentamento da via provisória
Assentamento do sub balastro, compactação e nivelamento
Execução da primeira balastragem
Assentamento das travessas
fixação dos carris e aparelhos de fixação auxiliares
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Proposta de reabilitaҫão da superestrutura da linha férrea de Ressano Garcia, com vista ao aumento
do fluxo de carga.
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Proposta de reabilitaҫão da superestrutura da linha férrea de Ressano Garcia, com vista ao aumento do fluxo de carga.
Demostrativo do orçamento
ITEM DESIGNAÇÃO Qtd HORAS CUSTO EM (MT) CUSTO EM ( Mt) CUSTO EM (USD)
1 Engenheiro ferroviário 2 7824 477.23 7,467,695.04 118,384.51
2 Técnico civil A 2 7824 210.86 3,299,537.28 52,307.19
3 Inspetor de via 2 7824 158.42 2,478,956.16 39,298.61
4 Capataz geral 1 7824 72.89 570,291.36 9,040.76
5 CAPATAZ DE VIA ''A'' 2 7824 64.54 1,009,921.92 16,010.18
6 CAPATAZ DE VIA ''B'' 2 7824 50.47 789,754.56 12,519.89
7 CAPATAZ DE VIA ''C'' 1 7824 36.40 284,793.60 4,514.80
8 Assentador de via 10 7824 485.09 37,953,441.60 601,671.55
9 Serventes 10 7824 250.00 19,560,000.00 310,082.44
10 Topográfo 3 240 276.87 199,346.40 3,160.22
11 Eventuais 10 7824 105.00 8,215,200.00 130,234.62
Soma: 81,828,937.92 1,297,224.76
20% Fundo de
Administração: 16,365,787.58 259,444.95
Total: 98,194,725.50 1,556,669.71
1
Proposta de reabilitaҫão da superestrutura da linha férrea de Ressano Garcia, com vista ao aumento do fluxo de carga.
Item Designação Und Qtd Custo por hora Custo em Mt Custo em USD
12 Soldador H 7824 204.06 1596565.44 25310.16867
13 Serralheiro H 7824 204.06 1596565.44 25310.16867
14 Operador da máq. Desguarnecedora e H 324 304.33 98602.92 1563.140774
depuradora do balastro
15 Operador da máq. Esmeriladora da via H 40 267.94 10717.6 169.9048827
16 Operador da máq. Niveladora da via H 7824 267.94 2096362.56 33233.39505
17 Operador do pórtico H 7824 340.73 2665871.52 42261.75523
18 Operador da máq. reguladora do H 360 304.33 109558.8 1736.823082
balastro
19 perador da motoniveladora H 7824 204.06 1596565.44 25310.16867
20 Operador da máquina carregadora H 7824 204.06 1596565.44 25310.16867
giratória
21 Operador da máq. Niveladora, H 1620 340.73 551982.6 8750.516804
alinhadora e atacadeira (Plasser)
22 Operador do cilindro compactador H 7824 178.69 1398070.56 22163.45212
2
Proposta de reabilitaҫão da superestrutura da linha férrea de Ressano Garcia, com vista ao aumento do fluxo de carga.
Item Designação Und Qtd Custo por hora Custo em Mt Custo em USD
1 Travessas de Betão Un 215,000 2,428.00 522,020,000.00 8,275,523.15
2 Carris de Material 60kg/m Ton 2580*10 34,500.00 8,901,000,000.00 141,106,531.39
0
3 Lançamento do carril e montagem da MTX 2580.00 326.75 843,026.35 13,364.40
grade VIA
4 Serra para corte de trilho Stanley Un 1.00 893,254.43 893,254.43 14,160.66
5 Isoladores T17 Un 860,000 44.36 38,149,600.00 604,781.23
6 Eclissas para material 60kg/m UIC Par 2,580 4,200.33 10,836,851.40 171,795.36
( par )
7 Parafusos de Eclissas Un 15,480 145.22 2,248,005.60 35,637.37
8 Palmilhas Un 430,000 54.98 23,641,400.00 374,784.40
3
Proposta de reabilitaҫão da superestrutura da linha férrea de Ressano Garcia, com vista ao aumento do fluxo de carga.
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Proposta de reabilitaҫão da superestrutura da linha férrea de Ressano Garcia, com vista ao aumento do fluxo de carga.
Item Designação Unid Qtd custo unitário Custo total Custo total
em (Mt) em ( Mt) em ( USD)
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Proposta de reabilitaҫão da superestrutura da linha férrea de Ressano Garcia, com vista ao aumento do fluxo de carga.
6
Proposta de reabilitaҫão da superestrutura da linha férrea de Ressano Garcia, com vista ao aumento do fluxo de carga.
Item Designação Und Qtd Custo unitário em (MT) Custo em Mt Custo em USD
Tabela 30: descrição do Aparelho de mudança de via completa e parachoque para reabilitação.
Item Designação Unid Qt Custo unitário em Custo total em ( Mt) Custo total em
d (MT) ( USD)
7
Proposta de reabilitaҫão da superestrutura da linha férrea de Ressano Garcia, com vista ao aumento do fluxo de carga.
15% Custo de
3,846,333.65 60,975.49
Transporte
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Proposta de reabilitaҫão da superestrutura da linha férrea de Ressano Garcia, com vista ao aumento do fluxo de carga.
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Proposta de reabilitaҫão da superestrutura da linha férrea de Ressano Garcia, com vista ao aumento do fluxo de carga.
Custo
Item Unid Qtd Custo total ( Mt) custo total em ( USD)
Kit de oldadura aluminotérmica unitário
1 Soldador de carril H 11,736.00 26037.53 305576452.1 4844268.422
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Proposta de reabilitaҫão da superestrutura da linha férrea de Ressano Garcia, com vista ao aumento do fluxo de carga.
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5 Fiscalização
6 Recursos humanos
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Proposta de reabilitaҫão da superestrutura da linha férrea de Ressano Garcia, com vista ao aumento do fluxo de carga.
1 Vedação
2 Portaria
3 Escritórios
4 Dormitórios
5 instalações sanitárias
6 Refeitório
7 Parque de materiais e armazém de materiais
8 instalação de equipamentos fixos
9 Parque de equipamentos móveis
10 rede de abastecimento de água
11 rede de drenagem de água
12 Rede eléctrica
13 recolha de lixo
14 Vias de circulações internas
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Proposta de reabilitaҫão da superestrutura da linha férrea de Ressano Garcia, com vista ao aumento
do fluxo de carga.
6.2 Conclusões
1
Proposta de reabilitaҫão da superestrutura da linha férrea de Ressano Garcia, com vista ao aumento
do fluxo de carga.
6.3 Recomendações
Para este trabalho não houve um aprofundamento ao alto nível devido a falta de
dados, relatórios claros ou informação sustentável para garantir o estudo mais
completo e detalhado;
Não houve uma possibilidade que garantiu o conhecimento de toda extenção da
linha, devido a falta de meios possíveis.
Para os futuros trabalhos sugere – se que seja possível estudar com mais
profundeza os aspectos técnicos de resoluções de grandes investimentos, tempo de
retorno de investimeno, a sua viabilidae, critérios de resolução eficaz do caso em
estudo.
2
Proposta de reabilitaҫão da superestrutura da linha férrea de Ressano Garcia, com vista ao aumento
do fluxo de carga.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Silva, Amado. (2008). Uma introduҫão à engenharia ferriviária. Brazil. Ediҫão revisada
e atualizada. Recuperado em 30 de Marҫo, 2018,
dehttps://clubedeautores.com.br/.../124886
Uma_introducao_a_engenharia_ferroviaria
Boene & Santos (2006). O modus vivendi entre Moçambique e o transvaal ( 1901 –
1909 ) Um caso de “ imperialismo ferroviário “ Edição revisada e atualizada.
Recuperado em 2 de maio, 2018,
dehttpwww.africanos.euceaupuploadsAS09_239.pdf
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Proposta de reabilitaҫão da superestrutura da linha férrea de Ressano Garcia, com vista ao aumento
do fluxo de carga.
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do fluxo de carga.
BIBLIOGRAFIA
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do fluxo de carga.
ANEXOS
Anexo I
Este anexo apresenta as Caracteristicas da linha de Ressano Garcia.
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Proposta de reabilitaҫão da superestrutura da linha férrea de Ressano Garcia, com vista ao aumento
do fluxo de carga.
Anexo II
Este anexo apresenta as outras caracteristicas da linha de Ressano Garcia
Númer
o de
Estação curvas OAE OAC
Maputo à Cabine C 1 0 0
Cabine C à Lec. Yard 0 0 0
Lec. Yard à Dep. Yard 0 0 0
Dep. Yard à Infulene 0 0 0
Infulene à Machava 0 0 0
Machava à Liberdade KM 12.10 1 0 0
KM 12.10 à Daniel KM 15.10 1 0 0
KM 15.10 à Matola Gare 1 0 0
Matola Gare à Siduaba KM 26 0 0 0
Siduaba KM 26 à Tenga KM 31 1 1 0
Tenga KM 31 à Pessene KM 39 3 0 0
Pessene KM 39 à Maguaza KM 47 1 0 1
Maguaza KM 47 à Moamba KM 53 0 0 1
Moamba KM à 53 Sicongene KM 62 4 1 1
7
Proposta de reabilitaҫão da superestrutura da linha férrea de Ressano Garcia, com vista ao aumento
do fluxo de carga.
APÊNDICES
Apêndice I
Neste apêndice apresenta-se os questionarios usados para colhetas de dados para a realizacao
do relatorio.
R:
…………………………………………………………………………………………………
…………………………………………………………………………………………………
…………..
8
Proposta de reabilitaҫão da superestrutura da linha férrea de Ressano Garcia, com vista ao aumento
do fluxo de carga.
6. Quando foi construida a mesma linha férrea e qual era a capacidade da linha
prevista no âmbito da sua construção?
R:
………………………………………………………………………………………………
………………………………………………………………………………………………
………………..
Apêndice II
Neste apêndice apresentam-se as classificações de solos, segundo a norma UIC 719 ̵ R para
o dimensionamento da plataforma.
Tabela 15: classificação de solos, segundo a norma UIC 719 ̵ R para o dimensionamento
da plataforma.
Solos orgânicos
Solos finos ( mais de 15 % de finos humidos e não compatíveis )
Solos isotrópicos
Qs0
Materiais soluveis
Materiais demcopostos
Solos mistos
Solos que contem mais de 40% de finos Qs1
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Proposta de reabilitaҫão da superestrutura da linha férrea de Ressano Garcia, com vista ao aumento
do fluxo de carga.
Apêndice III
Neste apêndice apresentam-se as classificações de solos para o subleito, norma UIC 719 ̵ R
para o dimensionamento da plataforma.
Tabela 16: classificações de solos para o subleito, norma UIC 719 ̵ R para o
dimensionamento da plataforma.
Espessura do subleito
Subleito em aterro ou Classe de Requerimentos necessários para a
escavação capacidade preparação do subleito
Classe de de carga Classe de Espessura
qualidade do subleito qualidade
CBR CBR mínima
do solo
( min )
P1 Qs 1 2-3 -
P2 Qs 2 5 0.50
Qs 1 2-3
P2 Qs 2 10 - 17 0.35
P3 Qs 3 10 - 17 0.50
Qs 2 5 P2 QS 2 5 -
P3 QS 3 10 - 17 0.35
Qs 3 10 - 17 P3 QS 3 10 - 17 -
10
Proposta de reabilitaҫão da superestrutura da linha férrea de Ressano Garcia, com vista ao aumento
do fluxo de carga.
Apêndice IV
11
Proposta de reabilitaҫão da superestrutura da linha férrea de Ressano Garcia, com vista ao aumento
do fluxo de carga.
Apêndice V
12
Proposta de reabilitaҫão da superestrutura da linha férrea de Ressano Garcia, com vista ao aumento
do fluxo de carga.
Apêndice V
Neste apéndice indicam – se as restrições de velocidade da LFRG.
13
Proposta de reabilitaҫão da superestrutura da linha férrea de Ressano Garcia, com vista ao aumento
do fluxo de carga.
Do km Ao Km (metros) (Km/h)
Apêndice VI
14
Proposta de reabilitaҫão da superestrutura da linha férrea de Ressano Garcia, com vista ao aumento
do fluxo de carga.
a) b)
a) b)
15
Proposta de reabilitaҫão da superestrutura da linha férrea de Ressano Garcia, com vista ao aumento
do fluxo de carga.
a) b)
Figura 44: a)Troço do PK 54.500 a PK 55.380 com elevado nível de desgate das travessas
devido ao descarrilamento, com defeito de nivelamento e presença de garrotes; b)troço da
entrada de incomati em precaução devido á acidente.
Apêndice VII
Neste apéndice indicam – se as actividades a empregar no processo de reabilitação.
a) b)
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Proposta de reabilitaҫão da superestrutura da linha férrea de Ressano Garcia, com vista ao aumento
do fluxo de carga.
a) b)
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Proposta de reabilitaҫão da superestrutura da linha férrea de Ressano Garcia, com vista ao aumento
do fluxo de carga.
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Proposta de reabilitaҫão da superestrutura da linha férrea de Ressano Garcia, com vista ao aumento
do fluxo de carga.
Apêndice VIII
Neste apéndice indica – se o carril UIC 60E1 a ser usado no processo de reabilitação.
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Proposta de reabilitaҫão da superestrutura da linha férrea de Ressano Garcia, com vista ao aumento do fluxo de carga.
Apêndice IX
1
Proposta de reabilitaҫão da superestrutura da linha férrea de Ressano Garcia, com vista ao aumento do fluxo de carga.