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31º Encontro Anual da ANPOCS, de 22 a 26 de outubro de 2007, Caxambu,

MG

ST 28 - Sexualidade e Ciências Sociais: Desafios Teóricos, Metodológicos e


Políticos - Painel

Título: “PORNO CASSETADAS” *: RISO, SEXO E DIVERSÃO COMO


ESTRUTURADORES DA PORNOGRAFIA

Autor: Jorge Leite Jr – PUC-SP / CNPQ


jcabelo@uol.com.br

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“PORNO CASSETADAS” *: RISO, SEXO E DIVERSÃO COMO
ESTRUTURADORES DA PORNOGRAFIA

Jorge Leite Jr – PUC-SP / CNPQ


jcabelo@uol.com.br

O sexo, sempre o sexo: desde Sara e Abraão até as graçolas do music-hall, ele
continua sendo um valor seguro do cômico (Minois, 2003: 195).

Um elemento quase que constantemente encontrado na pornografia é o


riso. Unidos ao jogo da cumplicidade do olhar, o sorriso, o riso e a gargalhada
estão presentes como um desafio nestas imagens. De que se ri no universo do
obsceno? Partindo de tal questão, torna-se importante ressaltar que o material
analisado neste trabalho é apenas a pornografia legalizada (revistas, vídeos,
DVDs e sites da internet) que pode ser encontrada em qualquer banca de
revista ou videolocadora, mostrando apenas sexo entre adultos (maiores de 18
anos, segundo as fichas técnicas) e práticas “consentidas”.
O sorriso e o riso, elementos historicamente incômodos em nossa
cultura, quando associados ao sexo aumentam o grau de desconfiança e
periculosidade com que estes produtos são encarados, ajudando a
desqualificá-los. Conforme afirmou Bakhtin (1987), em seu muito estudado
Cultura popular na idade média e no renascimento, o riso a partir do século
XVII torna-se algo alheio à visão de mundo da chamada cultura acadêmica
moderna e científica. Apesar deste clássico trabalho já possuir muitas
contestações, um dos dados mais importantes deste texto é a percepção de
que o humor e o riso foram alijados desta “alta cultura”. Muitas vezes tais
elementos entram em conflito direto com a ciência sexual. Para a cultura dita
“oficial” do Ocidente, sexo é algo muito, muito sério.

Mas para a pornografia, não. Excluída deste auto-proclamado discurso


legítimo sobre a sexualidade, o riso e o sorriso são elementos fundamentais
nesta produção. Dentro deste mercado, a risada explícita é fundamental. Nas

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produções pornôs, o humor como intenção consciente de provocar riso no
espectador é apenas uma pequena fatia deste vasto universo, mas a risada e o
sorriso por parte de artistas durante as cenas de sexo são uma constante.

A idéia de a causa da risada estar associada aos defeitos humanos e o


ridículo que eles supostamente demonstram não é recente, aparecendo já em
Platão. Para este autor, há certos gracejos que teríamos vergonha de dizer e,
no entanto, quando os ouvimos numa cena de comédia, ou mesmo em
particular, nos regozijamos e não sentimos nenhuma revolta diante de sua
inconveniência (...) pois damos soltas aquele prurido de rir que contínhamos
em nós com a razão (...) E assim no que toca à luxúria, à cólera (Platão, 1996:
226). Na república platônica, o riso é um elemento de desordem e
transgressão, pois afasta as pessoas da Verdade ao incentivar a identificação
com este mundo - o falso - através do humor. O tema é retomado por
Aristóteles (1973: 316), que afirma na Ética a Nicômaco: O gracejo é uma
espécie de insulto, e há coisas que os legisladores nos proíbem de insultar, e
talvez devessem também proibir-nos de gracejar em torno delas.

Na Idade Média, a risada passa a ser objeto de uma grave disputa


teológica, que oscila em vários momentos entre aceitar o riso, com limites e
cuidados, segundo os pensadores cristãos da Igreja latina e a completa recusa
deste, considerado como “demoníaco”, tendência dos meios monásticos de
origem beneditina, como exemplificou o bispo e futuro santo João Crisóstomo,
no século V: Não é Deus que nos inspira este gosto pelo divertimento, é Satã
(Macedo, 2000: 57). Nesta frase fica clara uma concepção que surge neste
período e vai se manter, talvez até hoje, com as mais variadas gradações e
metamorfoses: a íntima relação entre o universo de um pré-suposto Mal
ontológico (o diabo, o pecado, a doença, a agressão, o perigoso), a alteridade
(seja corporal e ou psíquica, sejam monstros ou anormais) e o riso (a diversão,
a brincadeira e o entretenimento vistos como alienação, irresponsabilidade e
uma “falsa” alegria).
É em um tratado cortês inglês do final do século XII (1181/1193), De
Nugis Curialium, de Gautier Map, que aparece pela primeira vez a palavra
subridens, o sub-riso, ou seja, o sorriso. Neste texto, o autor associa o riso da
corte medieval ao poder de destruição demoníaco e o opõe ao benévolo sorriso

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celestial (Macedo, 2000: 66). Influência dos pensadores cristãos que permitiam
o riso moderado como expressão do gozo das delícias celestes, no universo da
alegria, Cristo e seus anjos sorriem enquanto Satã e seus demônios
gargalham. A gargalhada torna-se então um exagero, uma desmedida
grotesca, uma “perversão” do gaudium spirituale, o delicado sorriso da
superioridade espiritual do cristão.
Conforme analisou Norbert Elias, durante o “processo civilizador”, toda
uma cultura de corte formada durante o Renascimento e desenvolvida
gradualmente pelos séculos seguintes também vai condenar a risada e suas
associações indesejadas. Uma versão laica dos incômodos da gargalhada
satânica, o riso é entendido gradualmente como um descontrole sobre o
próprio corpo e, conseqüentemente, sobre a própria educação ou “civilidade”.
Em 1621, o inglês Robert Burton escreve A Anatomia da Melancolia.
Neste tratado, o autor lança as bases da distinção entre o “bom” e o “mau” riso.
O primeiro é entendido como manifestação de alegria legítima, natural e
socialmente correta. O “mau” riso representa uma intenção de desqualificar ou
agredir, manifestando-se preferencialmente através do “rir de” ou “rir contra”.
Esta distinção vai influenciar muito da visão ocidental sobre a risada e o humor,
que vai associar o mau riso ao sexo, aos grupos populares e ao chamado
“humor negro” (Saliba 2000: 19). A gargalhada e o cômico dito “grosseiro”
passam a ser alvos de uma perseguição até então só pregada idealmente pela
Igreja.
Entre o fim do século XIV e início do XVII, vai se delineando a idéia de
humor como o conhecemos hoje em dia. Até então, “humor” era usado no
sentido de fluidos corporais, como concebido por Hipócrates no Corpus
Hippocratium - cerca de 400 A. C. O que vale ressaltar é a íntima associação
entre as funções fisiológicas e os estados de espírito encontrada na palavra
“humor” e que mesmo perdendo seu sentido orgânico no século XVII, depois
de uma batalha de quase três séculos, manteve ainda por muito tempo a
relação entre a alegria, o prazer e as reações orgânicas.
Neste período também, retoma-se a idéia de um humor cruel, agora
voltado para objetivos bem terrenos: a risada como instrumento de agressão e
ataque, visando a desqualificar socialmente aqueles que eram alvo de
sarcasmos, ironias e deboches. Por outro lado, a risada também pode ser

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usada para se defender destes ataques. O jogo de poder envolvido nas
disputas de status no universo cortês utiliza tanto determinados tipos de humor
quanto as reações a estes. Seja com intenção de ataque ou defesa, para
agredir ou proteger, o riso firma-se como arma fundamental para a exclusão ou
aceitação social.
Concomitante a esta mudança de sentido da palavra “humor”, a maneira
legítima de expressar a alegria e os prazeres físicos passa a ser o sorriso. E
como uma arma nas relações “civilizadas”, o sorriso infantil ou feminino
representa a pureza dos corações, enquanto o masculino pode expressar
superioridade e desdém. Mas, para todos, o riso, como explosão interna que
deforma a fisionomia, representa o descontrole e a perda (ainda que
momentânea) de status social, como demonstra esta carta de 1740 do conde
inglês de Chesterfield, ao incentivar o comportamento correto de um cavalheiro
para seu filho: Desejo profundamente que você seja visto sorrindo com
freqüência, mas que nunca seja ouvido rindo durante toda a sua vida (Skinner,
2002: 11).
Da mesma forma, a burguesia enxerga na gargalhada popular uma
“brutalidade” da qual ela deseja se distanciar e vê na risada cortês um escudo
contra suas aspirações de status e poder. Retoma-se então com grande força
neste grupo social os antigos clamores de Aristóteles para uma constante
vigilância sócio-moral sobre o que se pode ou não rir, e a idéia de que com
certas coisas “não se brinca” (como a autoridade, o trabalho, a dor, a
espiritualidade, a doença e, claro, a própria ideologia burguesa).
Estas associações entre a diversão e o riso como elementos populares e
transgressivos, a concepção de mundo elaborada através dos prazeres
corporais e sua representação exagerada e, principalmente, a gradual distinção
entre um sorriso nobre e espiritualizado em oposição a uma gargalhada plebéia
e material como elementos de distinção social, serão fundamentais para os
futuros debates envolvendo a pornografia.
A partir da segunda metade do século XIX, com o surgimento dos
primeiros estudos modernos e científicos sobre sexo, os gozos sexuais foram
fragmentados e classificados - assim como o riso em séculos anteriores - em
“bons” e “maus” (embora a terminologia dita científica fosse um pouco menos
explícita) delimitando o campo do prazer útil e organizando os então

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considerados desvios e transgressões nas chamadas “perversões” ou
“perversidades”. É neste mesmo período que nasce o produto conhecido hoje
como “pornografia”, o discurso sexual da também recente cultura de massas,
transformando sexo em espetáculo. Diferente das representações sobre a
sexualidade humana que a precederam e eram indissociáveis de uma crítica
político-social, este novo material caracteriza-se pela intenção de provocar o
desejo e a excitação sexual em seu público consumidor como um fim em si
mesmo, além da produção em série alheia às questões filosóficas.

Quando a fotografia surge, a partir da segunda metade do século XIX,


apenas as prostitutas, por serem consideradas mundanas e “alegres”, sorriem
para as fotos. Ora, um elemento característico da cultura popular e suas
manifestações e influências na cultura de massas é justamente o riso e seus
vários tipos de humor. Desta maneira, quanto menos “capital cultural” um grupo
tiver, mais próximo do humor estará sua linguagem para representar o sexo e
seus prazeres. Apenas com a gradual legalização da pornografia que o
elemento humorístico lentamente perde sua importância como foco central.
Ainda assim, percebe-se que quanto mais popular é o material pornográfico,
maiores são os elementos encontrados de sátira, paródia, piadas escritas ou
visuais, associação do ato sexual com diversão e a presença do riso nas
imagens. Vale a pena lembrar que isto não é algo novo, pois desde o
Renascimento, quando surgem as bases do que virá a ser a moderna
“pornografia”, um certo tipo de humor e a risada já estão unidos ao obsceno.
Nas primeiras revistas pornôs brasileiras, o humor era tão importante
quanto o sexo. As revistas “galantes”, como eram conhecidas na época, já
apresentavam títulos maliciosos: O Badalo (1893), Sal e Pimenta (1899), O
Nabo – Dedicado ao Bello Seixo (1900), O Nu (1901), Está Bom, Deixa...
(1902), O Pau (1905), O Empata (1906), O Ferrão e a mais famosa de todas, O
Rio Nu, surgida em 1898. Esta última possuía seções chamadas Nu e Cru, A
Carteira do Peru e Duas por Semana – Photografias difíceis de Senhoras
Fáceis. O humor, as piadas e a sátira social envolvendo textos cáusticos ou
charges ridicularizando autoridades do período davam o conteúdo, sempre
recheado com imagens sensuais. Em 1925 aparece Shimmy – A Revista da
Vida Moderna, que já apresentava mulheres totalmente nuas, contos eróticos e

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piadas sem meias-palavras (Revista no Brasil, 2000: 184). O termo “moderna”
também poderia ser uma alusão a atitudes ousadas ou amorais, muito mais do
que “atuais” (Preti, 1983: 101).
Nas revistas atuais, o humor quando existe, parece demarcar a
separação entre produtos voltados para grupos sociais distintos. Quanto mais
barata a publicação, mais direcionada para consumidores de baixo poder
aquisitivo e mais piadas, brincadeiras e intenção clara e direta de fazer o leitor
rir. Neste tipo de material, o sexual e o cômico são indissociáveis. Da mesma
forma, publicações mais elaboradas e refinadas, tanto no formato quanto no
conteúdo, por mais explícitas que sejam as imagens contidas em seu interior
não possuem uma forte tendência humorística como as populares. Percebe-se
desta maneira que o humor associado ao obsceno mantêm-se como um traço
marcante da cultura popular, enquanto esta relação tende a desfazer-se com o
avanço na hierarquia econômica e social.
Como disse o escritor francês Alain Robbe-Grillet: a pornografia é o
erotismo dos outros (Abreu, 1996: 16). Ora, a luta por classificar e separar o
erótico do pornográfico é a batalha por legitimar um poder estabelecido através
da distinção social. Assim, pornografia não é apenas o sexo dos outros, mas
também o sexo das chamadas classes populares, das massas e de todos
aqueles que não possuem “capital cultural”, não pertencendo às esferas que
mantêm o monopólio do chamado gosto legítimo (Bourdieu, 1988). As mesmas
representações sexuais que se encontram nas produções de massa também
são vistas naquelas voltadas para as elites sócio-econômicas. A diferença é
que enquanto um produto destes voltado para o consumo popular é
considerado “perversão”, o outro é entendido como sofisticação do prazer e,
desta maneira, rotulado como “arte erótica”. Assim, pornografia é também o
nome dado ao erotismo dos “pobres”: pobres “de espírito”, de cultura ou de
dinheiro. Talvez por isso que mesmo sendo uma indústria milionária, tanto em
sua face legal – como nos países ocidentais – ou ilegal, o mercado pornô é
ainda constantemente associado à idéia de penúria material e miséria moral,
caracterizando nestes termos tanto quem produz como quem consome tal
material.
Ora, quando se fala de “arte erótica”, enaltecendo neste discurso a
sutileza das emoções e uma pressuposta capacidade de reflexão que ela

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provoca, ao mesmo tempo condenando a “grosseira” objetividade da
pornografia ou a sua simplória intenção de vender prazer explícito e imediato,
se esquece que ambas representações são também – e talvez antes de tudo –
mercadorias com finalidade de lucro com mercados próprios. A tragédia da
pornografia é pertencer ao ramo popular, barato nos preços e por isso
associado simbolicamente a camadas sociais de menor poder e com baixo
capital (econômico e cultural).
Com o nascimento da pornografia como negócio, o humor crítico que se
encontrava nas obras libertinas até o século XVIII foi perdendo sua razão de
ser. O embate das produções libidinosas passa a objetivar não mais o ataque
ao sistema sócio-econômico vigente, mas uma melhor e mais completa
aceitação por parte deste e o riso deixa de evocar a transgressão, tornando-se
muito mais um sinal de “simpatia” burguesa. Simpatia entendida como a
aprovação secreta do sexo visando ao universo do entretenimento e a
capitalização desta nova forma de “espetáculo”. Quando visto como “arma dos
fracos”, a risada e o humor passam a ser fatores de desqualificação cultural de
tais produtos.
Da mesma forma na produção pornográfica atual, seja em revistas,
filmes ou internet, a risada cumpre também um outro papel além de representar
as alegrias do sexo como diversão e a simpatia do prazer como produto.
Quando o riso apresenta-se de maneira contestatória e “transgressiva”, ele
ridiculariza e tenta destruir justamente a moral que o vê como algo perigoso,
ruim ou marginal, pregando sua exclusão. A representação obscena tenta
então criticar os que a criticam para poder ser melhor aceita e legitimada como
negócio.
Desta forma, apenas os valores ditos “tradicionais” que em aparência lhe
são adversários tais como a estima para com a virgindade, a monogamia, o
sexo apenas dentro da instituição namoro-casamento, o ato sexual como
expressão máxima do amor-paixão romântico burguês são os elementos
criticados. Nunca é posta em questão ou ridicularizada a ideologia de uma
“verdade” a ser buscada sobre o sexo, a crença no incremento da exposição
privada ou pública da vida íntima como solução para a “repressão” dos
impulsos sexuais, as desigualdades sócio-econômicas ou a estrutura de
privilégios e poderes do sistema liberal - capitalista.

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Mas o riso pornográfico também pode ser entendido como uma defesa,
uma recusa ante a oportunidade de desfrutar dos deleites corporais com o
máximo de intensidade e extensão. Como mostra Bataille em seu Prefácio à
Madame Edwarda, a extrema licenciosidade ligada ao gracejo é fruto de uma
recusa em considerar seriamente – quer dizer, tragicamente – a verdade do
erotismo (Bataille, 1981: 10). A verdade de que fala o autor é a relação entre o
sexo e a morte, o prazer e a dor que podem ser encontrados quando a
experiência erótica transcende o limite da sexualidade como experiência
ordinária evocando um questionamento para além da esfera cotidiana ou da
vivência sexual utilizada como técnica de auto-ajuda. A mercantilização do
sexo sob a ditadura da produção econômica torna-se assim uma forma de
anular sua capacidade transgressiva, na qual o riso apresenta-se como o
escudo que impede este enfrentamento. O que a representação obscena
poderia trazer de novo e desestabilizador, este riso trata de limitar ao campo do
conhecido, domesticando uma possível desordem.
A risada pornográfica, seja como expressão de prazer, alegria,
brincadeira, entretenimento ou defesa contra uma vivência sexual não
padronizada, usada como instrumento que via ridículo aumenta o estigma e a
exclusão ou ridiculariza o próprio preconceito e exclusão, desarmando-o,
constrange tanto a “arte erótica” quanto a ciência sexual. Talvez a pergunta
importante não seja apenas “de que se ri no universo pornô”, mas também “o
que evoca a risada pornográfica?”
Quais antigas e ainda atuantes associações ela guarda em suas
explícitas apresentações fazendo com que estas gargalhadas no sexo, com o
sexo e sobre o sexo ainda soem agressivas e perigosas às modernas culturas
elitizadas e científicas? Pois como afirmou Molière: é um estranho
empreendimento fazer rir as pessoas de bem (Minois, 2003: 410).

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SKINNER, Quentin, A Arma do Riso in Caderno Mais! do Jornal Folha de São
Paulo de 4 de agosto de 2002

* Referência ao vídeo Pornô cassetada – série As Panteras vol. XIV da Renault


Produções, Brasil, sem data

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