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Atividade Ativa 2 – Leitura e produção de texto

Luana Mello Marques - 2021021035

Frase: é um discurso quando há um falante dirigindo-se a um ou mais ouvintes numa situação


concreta. Ela pode ser representada por uma palavra ou grupo de palavras. Mas há que se
observar que ele distingue a palavra em estado de dicionário da palavra frase, pela entonação
e pelo propósito definido.

Normalmente, desde a Antiguidade, tem-se a noção de que a frase completa apresenta sujeito
e predicado, embora ocorram frases sem sujeito (fenômenos naturais).

A frase varia em extensão, desde uma palavra até vários conceitos encadeados. É a situação
em que ocorre uma palavra que faz dela uma frase. Existem 5 tipos de frase:

1. Declarativa: declara algo de maneira afirmativa ou negativa.


2. Interrogativa: sentido de questionamento.
3. Exclamativa: tem como característica o sentido exclamativo.
4. Imperativa: transmite sentido de instrução.
5. Indicativa: tem como característica a indicação de algo.

Temos, portanto, a frase declarativa como padrão. Uma mesma noção pode ser transmitida
por várias modalidades frasais, cabendo ao falante escolher o tipo que mais atende à sua
necessidade de expressividade.

Parágrafo: Numa produção textual cada parágrafo deve ser uma unidade central desenvolvida,
acompanhada por outras, secundárias, às quais se relaciona pelo sentido global do texto. Todo
parágrafo deve ser coeso. Deve-se perceber nele uma ideia central – seu tópico frasal.

Construir parágrafos é organizar e desenvolver ideias, umas ligadas às outras. Considera-se


bom parágrafo aquele que apresenta:

• Unidade: As informações devem relacionar a ideia-núcleo às ideias


complementares, e estas devem se relacionar entre si.
• Informatividade: ter conteúdo e trazer dados suficientes para o desenvolvimento do
tópico frasal.
• Consistência: adotar o mesmo tom ou estilo na apresentação do texto, tendo em
vista a forma e o conteúdo, evitando a contradição.
• Coesão
• Coerência

Um texto clássico deve sempre deve apresentar introdução, desenvolvimento e conclusão.


Veja as características de cada um.

O Parágrafo de Introdução: Deve orientar o leitor para aquilo que será desenvolvido,
auxiliando na leitura. A introdução pode ser de enquadre ou sob formato de síntese. São desse
tipo, segundo Carneiro (1993):

• Declaração inicial: uma frase que emite um juízo sobre um acontecimento.


• Divisão: pressupõe a presença de dois ou mais elementos.
• Alusão histórica: representa um fato passado que se relaciona a um fato presente,
servindo de ponto de reflexão pelas semelhanças ou pelas diferenças entre eles.
• Proposição: explicita os objetivos do autor no texto.
• Interrogação: supõe um desconhecimento real ou retórico.
• A introdução: pode ter objetivo de captar atenção. Os tipos são os seguintes:
• Referência: apresenta a opinião de alguém de destaque em relação ao tema debatido.
Pode corresponder a uma intenção valorativa ou a uma intenção ilustrativa.
• Convite: propõe que o leitor participe de algo apresentado no texto, procurando
seduzi-lo.
• Suspense: supõe alguma informação negada que aumenta a curiosidade do leitor
diante do que vai ser colocado.
• O Parágrafo de Desenvolvimento pode apresentar recursos como:
• Exemplificação ou ilustração: confirma alguma tese, ilustra regra ou princípio,
comprova uma afirmativa pessoal.
• Enumeração de detalhes: lista de atributos de um “objeto”, expondo suas
características ou ações.
• Comparação ou contraste: semelhanças ou diferenças entre dois temas ou objetos.
• Definição: explica o significado do termo em questão, limitando o termo definido.
• Causa e efeito/consequência: enfoca as ligações entre um ou vários resultados e suas
causas.
• Narração: está relacionada a eventos que ocorrem no tempo.
• Dados estatísticos: enriquece o texto com números a fim de conferir maior
credibilidade ao que o(a) autor(a) escreve.
• Apresentação de razões (explicação): é o processo da argumentação, cujo objetivo
não é apenas definir, explicar ou interpretar, mas também convencer.
• O Parágrafo de Conclusão é o desfecho do assunto tratado no texto. Há três tipos de
parágrafos de conclusão:
• Conclusão-resumo: sintetiza os pontos principais discutidos no texto.
• Conclusão-propósito: indica argumentos ou descreve propósitos em relação ao tema.
• Conclusão com efeito: apresenta um fato curioso, uma citação, um paradoxo.

A conclusão deve ser tão bem trabalhada quanto a introdução e o desenvolvimento, evitando-
se simplesmente repetir os tópicos frasais dos parágrafos anteriores.

Texto argumentativo: tem como objetivo o convencimento, a persuasão do leitor ou ouvinte,


procurando formar opiniões, convencendo o leitor de que a razão está com o autor do texto.

Algumas características do texto argumentativo:

• Obedece a duas exigências básicas: a exposição e a argumentação simultâneas daquilo


que o autor pensa sobre determinado assunto.
• O autor situa um tema e discute-o.
• Apresenta uma tese, apoiada em argumentos, levando a conclusões.
• Tenta persuadir/convencer o leitor.
• Os argumentos apresentados podem ser originais ou alheios.
• O texto de opinião sempre estabelece relações lógicas.
• Pode apresentar o outro lado da questão para melhor fundamentar a própria tese.
• Linguagem de acordo com o padrão culto formal da língua.
• O autor pode se colocar de modo pessoal ou impessoal, dependendo de sua intenção,
de quem são os interlocutores e do veículo do texto.

Tipos de Raciocínios:
• Apodítico: É o que se estrutura com um tom de verdade absoluta: a argumentação
“fecha” as possibilidades contestatórias, sendo inteiramente impossível elidi-la.
• Dialétidico: É o raciocínio aberto a discussões. Ele permite controvérsias e
contestação, apesar de o emissor trabalhar as hipóteses de forma a convencer o leitor
daquela que pretende seja mais aceitável.
• Retórico: Concilia dados racionais e emocionais; é variante do raciocínio dialético,
diferindo-se dele por ampliar o envolvimento do ouvinte-alvo. É o raciocínio preferido
de políticos e advogados.
• Silogístico: É aquele que segue a estrutura do silogismo: duas proposições encadeiam-
se e delas chega a uma conclusão.
• Recursos Utilizados Para Convencer
• Argumento de Autoridade: é a citação de autores renomados, autoridades num certo
domínio do saber, para corroborar uma tese. A intenção é mais confirmatória do que
comprobatória.
• Argumento Baseado no Consenso: exemplo: Os investimentos em pesquisa são
indispensáveis para um país superar sua condição de dependência (Obs. Pode carregar
ideologias implícitas).
• Argumentos Baseados em Provas Concretas: é importante sempre apontar fatos que
reforcem a sua opinião.
• Argumentos Com Base no Raciocínio Lógico: não se pode tirar conclusões
incompatíveis com os dados apresentados. Ideias mal concatenadas levam à fuga ao
tema e à incoerência textual.
• Argumentos Por Exclusão: o redator propõe várias hipóteses e vai eliminando uma por
uma para se fixar em seu objetivo.
• Argumentos Por Analogia: se baseia na semelhança de duas realidades ou conceitos.
Como se fundamenta na comparação, tem força de persuasão e não de prova
propriamente dita.

Texto dissertativo: expõe ou explana, explica ou interpreta ideias, expressando o que sabemos
ou acreditamos saber a respeito de determinado assunto.

Os argumentos são essenciais porque são uma forma de apresentar quais são os melhores
pontos de vista, considerando-se que nem todos os pontos de vista são iguais.

Etapas Para a Produção de um Texto Dissertativo:

1. Intertextual: A par do tema, considere o universo de informação que possui sobre o


assunto. Todo texto tem um antecedente em relação ao qual ele toma posição. É
nesse ponto que se resgata o conhecimento de mundo do autor.
2. Contextual ou Pragmática: Considere o objetivo e o gênero do texto que vai ser
escrito. Estabelecemos aqui o tom do texto, balizando o desenvolvimento do texto em
razão do tempo que se dispõe para produzi-lo, do espaço e do público para o qual o
texto se destina.
3. Textual: Estabeleça um plano sobre o qual se pensou e coloque-o no papel.

Forma de Organização do Texto Dissertativo:

1. Introdução: Indica-se um repertório que pode despertar o interesse do leitor, tais


como: formular uma tese que será desenvolvida no decorrer do texto; lançar uma
afirmação surpreendente, que o texto terá de justificar ou refutar; propor uma
pergunta, que deverá ser respondida ao longo do texto.
2. Desenvolvimento: ideias, conceitos, informações, argumentos de que você dispõe
serão desenvolvidos, de forma organizada e criteriosa. No geral, cada parágrafo do
desenvolvimento trata de uma nova ideia, mas deve haver relação lógica entre eles,
empregando-se os elementos coesivos.
3. Conclusão: Retoma-se o que foi dito e expõe uma avaliação do que foi discutido. É o
fecho, o coroamento discursivo. Demonstradas as provas, cumpre ao redator retomar
o tópico frasal para mostrar ter sido ele exposto, com eficácia, no desenvolvimento.

Tipo: os tipos de textos são limitados e designam uma espécie de sequência retórica
subjacente definida pela natureza linguística de sua composição (aspectos lexicais, sintáticos,
tempos verbais, relações lógicas, estilo). O tipo caracteriza-se muito mais como sequências
linguísticas do que como textos materializados; a rigor, são modos textuais quanto ao seu
número e não partem de experiências sociais, estando mais ligados à forma.

Na noção de tipo textual predomina a identificação de sequências linguísticas como


norteadora;

Gênero textual: predominam os critérios de padrões comunicativos, ações, propósitos e


inserção sócio-histórica. No caso dos domínios discursivos, não lidamos propriamente com
textos, e sim com formações históricas e sociais que originam os discursos. Conhecemos
basicamente cerca de meia dúzia de categorias, conhecidas como: narração, argumentação,
exposição, descrição, injunção.

A competência sociocomunicativa do falante/ouvinte é que o conduz a distinção dos gêneros


e, consequentemente, a sua competência textual permite-lhe saber quais sequências
predominam em um texto para classificar o seu tipo.

Intertextualidade: é a relação feita quando em um texto é citado outro texto que já existe.
Esse fenômeno se trata do "diálogo" de um texto com um ou mais textos, que podem ser
verbais, não-verbais ou mistos.

Interdiscursividade: Consiste na relação entre dois discursos caracterizada por um citar o


outro. Toda relação interdiscursiva é também uma relação intertextual.

Percebe-se então que os textos são dialógicos e que há interação entre enunciados e
discursos. Assim, os textos podem se conectar conforme o discurso implícito ou explícito
presente, facilitando ou não a compreensão do leitor. Tanto a intertextualidade quanto a
interdiscursividade são relações dialógicas e existem.

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