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Universidade Católica de Moçambique

Extensão de Nacala – Porto

Compra e venda em comercio exterior (Incoterms)

Discentes:
Amade Omar
Biacleid Semente
Jessica Miguel
Rosil Pancrácio
Zidane Guente

Nacala – Porto, abril de 2022


Universidade Católica de Moçambique
Extensão de Nacala - Porto

Compra e venda em Comercio Exterior (Incoterms)

Discentes:
Amade Omar
Biacleid Semente
Jessica Miguel
Rosil Pancrácio
Zidane Guente

Trabalho de investigação de caráter


avaliativo da cadeira de Operação
Portuária 1, no mês de abril 2022.
Docente: Cavardes Noé

Nacala, abril de 2022


Índice
Introdução..........................................................................................................................5

Objetivo.............................................................................................................................5

Objetivo geral:...................................................................................................................5

Objetivo especifico:...........................................................................................................5

Compra e venda em comercio exterior (Incoterms)..........................................................6

Compra..............................................................................................................................6

Venda.................................................................................................................................6

Comercio...........................................................................................................................6

Comercio exterior..............................................................................................................6

Incoterms...........................................................................................................................6

Breve historial do surgimento dos incoterms....................................................................6

Cronologia dos incoterms..................................................................................................7

Objectivos dos incoterms..................................................................................................9

Estrutura e Classificação dos Incoterms............................................................................9

EXWORKS (EXW); na fábrica ou armazém..................................................................10

Grupo F – (Transporte principal não pago): FCA, FAS e FOB......................................10

FCA- Free Carrier - Franco Transportador ou Livre Transportador...............................10

FAS - Free Alongside Ship – Livre No Costado Do Navio............................................10

FOB - Free On Board - LIVRE A BORDO....................................................................10

Grupo C - (Transporte principal pago): CFR, CIF, CPT e CIP;......................................11

CFR - Cost and Freight - custo e frete.............................................................................11

CIF - Cost Insurance And Freight – Custo Seguro e Frete..............................................11

CPT - Carriage Paid to – Transporte Pago Até...............................................................11

CIP - Carriage and Insurance Paid To – Transporte e Seguros Pago Até o local..........12

Grupo D – (Chegada e Entrega): DAT, DAP, DDP........................................................12

DAP (Delivery at Place) entregue no local de destino designado...................................12


DAT (Delivery at terminal) entregue no terminal no porto ou local de destino.............12

Modalidades pagamento..................................................................................................13

Créditos documentários ou carta de credito....................................................................13

pagamento antecipado.....................................................................................................14

Remessa sem Saque.........................................................................................................14

Conclusão........................................................................................................................15

Bibliografia......................................................................................................................16
Introdução

A estrutura e as regras usuais que dão suporte ao desenvolvimento do comércio


internacional, bem como alguns conceitos importantes que fazem parte desse universo.
As regras internacionais que visam a dirimir os conflitos de entendimento dos vários
termos utilizados nas relações internacionais de comércio. Os Incoterms constituem
uma dessas regras: seus termos estabelecidos nos contratos internacionais de compra e
venda definem as responsabilidades relativas aos custos e despesas decorrentes da
logística nos processos de importação e exportação. Os créditos documentários
estabelecem as definições de garantias de pagamentos utilizados pelos bancos
internacionais nas operações de comércio exterior. Outra regra importante que você
estudará é a uniformização do sistema de designação de mercadorias, realizada pelo
Sistema Harmonizado que permite uma linguagem aduaneira comum reconhecida no
comércio internacional.

O trabalho apresenta a seguinte estrutura: pré-textual, Contextual e pós-textual.

A realização do trabalho teve como foco a busca incansável de informações claras e


precisas, com base na pesquisa bibliográfica, reforçado com algumas informações
encontradas nos sites de internet.

Objetivo

Objetivo geral:

 Como objetivo principal é uma visão geral para Conscientizar e definir os


termos internacionais do comercio

Objetivo especifico:

 Apresentar à classificação dos incoterms e os seus respectivos significados,


assim como, as responsabilidades em si eminentes;
 Mostrar quais são as modalidades de pagamento utilizados nas transações
comerciais internacionais.
Compra e venda em comercio exterior (Incoterms)

Compra

“Compra é a ação e o efeito de comprar, ou seja, obter algo em troca de dinheiro”


(Nogueira, 2009, p.24).

Venda

De acordo com Nogueira (2009), “venda é a ação e o efeito de vender (transferir a


propriedade de algo para outra pessoa mediante o pagamento de um preço estipulado) ”
(p.24).

Comercio

“Consiste na transação comercial entre duas entidades, com a finalidade de realizar uma
troca de bens ou serviços, através da utilização do escambo ou o uso da moeda e pode
ser nacional ou internacional” (Nogueira, 2009, p.24).

Comercio exterior

De acordo com Soares, (2004) “Uma operação de compra e venda como aquela em que
dois ou mais agentes econômicos sediados e/ou residentes em países diferentes
negoceiam uma mercadoria que sofreram um transporte internacional e cujo resultado
financeiro sofrera uma operação de câmbio” (p.82).

Incoterms

Breve historial do surgimento dos incoterms

O comércio exterior consiste nas trocas entre nações, as quais são realizadas por meio
da exportação, no caso a venda, e importação, que é a compra de produtos.

Acerca disso, Irineu Strenger (1986) assevera que, “Os contratos internacionais são o
motor, no sentido estrito, do comércio internacional, e, no sentido amplo, das relações
internacionais, em todos os seus matizes” (p.80). Isso significa que, os contratos
internacionais têm importância não apenas porque se tratam dos instrumentos que
possibilitam se firmarem negócios exteriores, estabelecendo, por exemplo, as cláusulas
de responsabilidade e direitos. Porém mais do que isso, eles significam um verdadeiro
impulso para que haja correspondência entre os diferentes países

De acordo com COUTO & SILVA (1976), na tentativa, então, de solucionar a


problemática de qual legislação usar para fundamentar os negócios internacionais,
foram designadas regras de padronização, as quais quando são inseridas no contrato
auxiliam para que as partes do negócio entendam de forma mais inteligível quais são as
especificidades do negócio em questão (p.17).

De acordo com SOUZA, (2012), “as relações comerciais internacionais contemporâneas


exigem a formatação de um contrato entre o exportador e o importador, seja para
qualquer negócio; tornando-se necessária a fixação de fórmulas contratuais que visam,
principalmente, fixar direitos e obrigações entre as partes contratantes” (p.17).

Nesse sentido, são usados atualmente os International Commercial Terms - Termos


Internacionais de Comércio, conhecidos como Incoterms. São normas internacionais
que tem como objetivo uniformizar os fatores necessários para se desenvolver uma
negociação e, assim, criar harmonia nos contratos de comércio exterior (FRANCO,
2003, p.8).

Os Incoterms, mais claramente, são siglas de três letras que representam diferentes
formas de definir quais os direitos e as obrigações assumidas pelas partes que negociam
uma compra e venda. Tais termos são criados a partir das práticas usadas nos negócios
internacionais, dos costumes.

Cronologia dos incoterms

“INCOTERMS significa, literalmente, Termos (TERMS) Comerciais (CO)


Internacionais (IN) ” (RAMBERG, 1990 p. 388).

Os termos comerciais são elementos-chave nos contratos de compra e venda


internacional e desde sempre foram utilizados. Nos anos 20 do século passado, a
Câmara de Comércio Internacional constatou a existência de interpretações diferentes,
nos diversos países, para os termos mais importantes. Considerou por isso necessário
criar regras de interpretação que as partes pudessem concordar em utilizar. Os
Incoterms constituem justamente estas regras de interpretação.
O constante aperfeiçoamento dos processos negocial e logístico, com este último
absorvendo tecnologias mais sofisticadas, fez com que os Incoterms passassem por
diversas modificações ao longo dos anos, culminando com um novo conjunto de regras.

Ao longo dos anos foram feitas pela International Chamber of Commerce (ICC), -
Câmara de Comércio Internacional (CCI) diversas versões dos Incoterms. “Foram
publicadas pela primeira vez em 1936, tendo como título oficial “Regras Internacionais
para a Interpretação dos Termos Comerciais” (RAMBERG, 1998 p.244).

CCI, com sede em Paris, analisou costumes e práticas negociais para estabelecer a
primeira relação dos de Termos Internacionais de Comércio.

Segundo DOMINGUES & GODINHO (2018) Os Incoterms, a princípio, foram


aplicados em setores limitados. Isso significa que, eles apenas eram utilizados nos
contratos firmados no que concerne a transportes entre diferentes países, nas
modalidades terrestres e marítimos. Contudo, a partir do ano de 1976 os Termos
passaram a ser implementados também nos contratos de traslados aéreos.

Contudo, posteriormente, surgiu a necessidade de se compatibilizar os termos


internacionais de comércio com o surgimento das sistemáticas intermodais de
transportes que se valem do método de unitização do carregamento. Por conta disso, em
1980, foram formulados mais dois Incoterms para atender a tal demanda.

Em 1º de janeiro de 2000 entraram em vigor novos e mais simples Incoterms. Essa


versão é mais clara do que as anteriores e foi criada no contexto de crescentes
formulações de zonas de livre comércio, com o aumento, também, do uso de
transmissões eletrônicas nas relações comerciais, bem como mediante as mutações que
ocorriam no setor de transporte de produtos (DOMINGUES & GODINHO, 2018, p.35).

“A mais nova versão dos Incoterms foi estruturada no ano de 2010 e passou a vigorar
em 01 de janeiro de 2011 por meio da Publicação número 715E da Câmara de Comércio
Internacional” (Ministério do Desenvolvimento, 2018)

A versão mais recente acrescentou dois novos termos aos que existiam no arquivo
anterior, bem como deixou de inserir quatro que estavam presentes, quais sejam: DAF
(Delivered At Frontier) - Entregue na Fronteira, DES (Delivered Ex–Ship) - Entregue
no Navio, DEQ (Delivered Ex–Quay) – Entregue no Cais, DDU (Delivered Duty
Unpaid) – Entregue Direitos Não pagos. Assim, no total existem, nessa versão mais
atual, onzes Termos.

Objectivos dos incoterms

OS incotermes tem os seguintes objectivos:

 Regular as condições de compra e venda e padronizar as nomenclaturas e


procedimentos;
 Definir com precisão as condições de entrega dos bens e o momento de
transferência dos riscos e das responsabilidades;
 Definir quais os custos exatos contidos em cada um dos termos;
 Promover a harmonia nos negócios internacionais a partir da interpretação
precisa dos termos;
 Definir responsabilidades e riscos, evitando conflitos e disputas (Nogueira,
2009, p.34).

Estrutura e Classificação dos Incoterms

De acordo com ROBLES (2015), “São fundamentalmente quatro as questões de que se


ocupam as regras interpretativas dos Incoterms: entrega das mercadorias, transferência
dos riscos, repartição dos custos e formalidades de documentação relativas à passagem
das fronteiras” (p.57).

Essas questões colocam-se em toda a venda internacional e a ordem de


apresentação dos termos comerciais adotada nas publicações oficiais da CCI
traduz, passo a passo (termo a termo), um aumento da importância das
obrigações do vendedor e um correspondente aligeiramento das do comprador.
(Monteiro, 2010, p.455).

De acordo com ROBLES (2015), Os Incoterms:

Podem ser grupados em categorias de acordo o grau de obrigações do importador na


negociação, ou seja, essa separação é realizada de forma crescente desde modalidades
onde há menos deveres do vendedor até aquelas que contam com robustas
responsabilidades de tal parte contratual (p.55).

Segundo ROBLES (2015), “os Incoterms são agrupados em quatro categorias:

Grupo E - EXWORKS (EXW), na fábrica ou armazém;


Grupo F – (Transporte principal não pago): FCA, FAS e FOB;

Grupo C - (Transporte principal pago): CFR, CIF, CPT e CIP;

Grupo D – (Chegada e Entrega): DAT, DAP, DDP” (p.56).

EXWORKS (EXW); na fábrica ou armazém

EXW - Ex Works - A mercadoria é entregue ao comprador no estabelecimento do


vendedor, em local designado. O comprador recebe a mercadoria em local de produção,
(fabrica, plantação, mina ou armazém), na data combinada; todas as despesas e riscos
cabem ao comprador, desde a retirada no local designado ate o destino final; são
mínimas as obrigações e responsabilidades do vendedor.

Grupo F – (Transporte principal não pago): FCA, FAS e FOB

FCA- Free Carrier - Franco Transportador ou Livre Transportador

Significa que o vendedor entrega a mercadoria ao transportador, ou a outra pessoa


indicada pelo comprador, nas instalações do vendedor ou noutro local designado. As
partes são bem aconselhadas a especificar tão claramente quanto possível, o ponto
dentro do local de entrega designado, uma vez que é nesse ponto que o risco passa para
o comprador. O desembaraço aduaneiro é encargo do comprador.

FAS - Free Alongside Ship – Livre No Costado Do Navio

A obrigação do vendedor é colocar a mercadoria ao lado do navio nomeado pelo


comprador (isto é, no cais), no porto de embarque designado; o desembaraço aduaneiro
fica ao encargo do exportador, fornecer ao comprador assistência na obtenção de
documentos no país de origem ou de embarque. O risco de perda ou dano da mercadoria
passa para o comprador quando esta está ao lado do navio, e o comprador assume todos
os custos a partir desse momento. Compete ao comprador organizar o transporte e o
carregamento a bordo das mercadorias.

FOB - Free On Board - LIVRE A BORDO

Significa que o vendedor entrega a mercadoria a bordo do navio designado pelo


comprador no porto de embarque indicado. O risco de perda ou dano é transferido
quando a mercadoria está a bordo do navio, e o comprador assume todos os custos a
partir desse momento.

Nessa condição de venda, correm por conta do exportador todos procedimentos e custos
para a colocação da mercadoria a bordo do navio indicado pelo comprador, no porto de
embarque, tais como:

 Preparação e embalagem da mercadoria;

 Obtenção dos documentos para o embarque;

 Transporte e seguro da mercadoria desde a empresa até ao local do embarque;

 Despesas portuárias, armazenagem, taxas e o desembaraço aduaneiro da


mercadoria no porto de embarque.

Grupo C - (Transporte principal pago): CFR, CIF, CPT e CIP;

CFR - Cost and Freight - custo e frete

Cabem ao exportador as responsabilidades dos procedimentos e custos necessários para


a colocação da mercadoria a bordo do navio, no porto de embarque, compete ao
vendedor a contratação e pagamento do frete internacional. O importador deverá
contratar o seguro e providenciar o desembaraço da mercadoria no porto de embarque.

CIF - Cost Insurance And Freight – Custo Seguro e Frete

Clausula universalmente utilizada em que todas despesas, inclusive seguro marítimo e


frete, até a chegada da mercadoria no porto de destino designado correm por conta do
exportador; todos os riscos, desde o momento que transpõe a amurada do navio, no
porto de embarque, são de responsabilidade do importador; o importador recebe a
mercadoria no porto de destino e arca com todas as despesas, tais como: desembarque,
impostos, taxas, direitos aduaneiros. Esta modalidade somente deve ser usada para o
modal marítimo.

CPT - Carriage Paid to – Transporte Pago Até

Obriga o exportador a contratar e pagar o transporte internacional até o local designado


no contrato de compra e venda, bem como todas as despesas para colocar a mercadoria
a bordo do veículo de transporte. Os riscos de perdas e danos, assim como todas as
despesas devidas a eventos que ocorram após as mercadorias terem sido entregues ao
transportador, transferem-se para o importador no momento da entrega da mercadoria
sob custodia do transportador.

No entanto o termo CPT implica que o exportador realize o desembaraço das


mercadorias para exportação. Este termo pode ser utilizado para todas os modos de
transporte.

CIP - Carriage and Insurance Paid To – Transporte e Seguros Pago Até o local
designado
O termo CIP, utilizado em qualquer modalidade de transporte, significa que o vendedor
providencia e paga o transporte internacional, além do seguro com cobertura mínima até
o local designado. Providencia, também, na origem, o desembaraço das mercadorias
para a exportação.

Grupo D – (Chegada e Entrega): DAT, DAP, DDP

DAP (Delivery at Place) entregue no local de destino designado

Esse termo pode ser utilizado para qualquer modal de transporte. O vendedor deve
colocar a mercadoria à disposição do comprador, no ponto de destino designado, sem
estar desembaraçada para importação e sem descarregamento do veículo transportador.
Ele também assume todas as despesas e riscos envolvidos até a entrega da mercadoria
no local de destino designado, exceto quanto ao desembaraço e custos dos direitos de
importação. É de responsabilidade do comprador o pagamento de direitos, impostos e
outros encargos oficiais por motivo da importação.

DAT (Delivery at terminal) entregue no terminal no porto ou local de destino


designado

A responsabilidade do vendedor consiste em colocar a mercadoria à disposição do


comprador, não desembaraçada para importação, no terminal do porto ou local de
destino designado. E ele arca com os custos e riscos inerentes ao transporte até o porto
de destino e com a descarga da mercadoria no cais. A partir daí a responsabilidade é do
comprador, inclusive no que diz respeito ao desembaraço aduaneiro de importação.
Terminal inclui qualquer local, coberto ou não, tais como um cais, um armazém, um
terminal de container, um terminal aéreo ou rodoviário.
O nível de responsabilidade do vendedor sobre o pagamento das despesas decorrentes
da exportação de mercadorias aumenta no sentido do grupo E para o grupo D (quadro
1).

A menor responsabilidade do vendedor encontra-se nos termos do Grupo E, com o


Incoterm EXW, quando o vendedor coloca a mercadoria à disposição do comprador, na
fábrica, correndo por conta do importador todas as despesas, desde a origem até o
destino. Nos Incoterms do Grupo F, o vendedor assume os custos de colocar a
mercadoria a bordo do veículo de transporte.

À medida que se avança para o Grupo C, o vendedor passa a se responsabilizar por um


nível maior de despesas, incluindo o frete e, em alguns casos, o seguro internacional. No
Grupo D, o vendedor assume um maior comprometimento com as despesas e arranjos
para colocar a mercadoria no destino.

Os extremos representam interesses opostos. Nas negociações internacionais, o


comprador vai sempre requerer termos (sempre que possível, os termos do Grupo D)
que lhe proporcionem maior conforto. De outro lado, o exportador tende a vender nos
termos que requerem menor responsabilidade.

Modalidades pagamento

Quando a empresa desejar ingressar em algum mercado, tem que se preocupar como irá
entrar nele. Às vezes por desconhecimento, inicia de uma forma errada e depois fica muito
difícil de reverter a situação. Com isso, são modalidades de pagamento as seguintes:

Créditos documentários ou carta de credito

Os créditos documentários são regidos pela Publicação 500 da Câmara de Comércio


Internacional (CCI) e estão em vigor desde primeiro de janeiro de 1994. De acordo com
a CCI, a Carta de Crédito é um documento bancário emitido por um banco (banco
emitente) a pedido de um proponente ou tomador, em geral o importador,
comprometendo-se a realizar um pagamento em favor do vendedor, denominado
beneficiário, pelo cumprimento dos termos estabelecidos no crédito.

Por ser documentário, o crédito sempre será pago mediante a apresentação dos
documentos solicitados. Assim, para receber o pagamento a que tem direito, o
beneficiário deve apresentar os documentos aos bancos intervenientes na operação, em
fiel acordo com os termos solicitados na carta de crédito, isso porque os bancos não
negociam com mercadorias e, sim, com documentos.

Os documentos solicitados para cumprimento dos termos do crédito são conhecidos


como documentos de comércio exterior, usuais nas práticas de comércio internacional,
tais como:

 Conhecimento de embarque;
 Fatura comercial;
 Apólices de seguros;
 Certificados de origem, de peso, inspeção, ou
 Certificados fitossanitários.

Cartas de crédito podem ser definidas como garantias bancárias de pagamento de


exportações e importações, mediante o cumprimento dos termos do crédito.

pagamento antecipado

No pagamento antecipado, como o nome sugere, o importador envia os valores ao


exportador antes que ele inicie o embarque das mercadorias. Após o envio do
pagamento, o exportador embarca a mercadoria com a respectiva documentação.

Nesta modalidade de pagamento, não há riscos para o exportador, pois é o importador


quem assume todos os riscos. É vantajoso para o importador quando há expectativas de
subida de preços ou variação de câmbio desfavorável à importação.

Remessa sem Saque

O exportador efetua o embarque da mercadoria e, posteriormente, envia a


documentação, incluindo a fatura, diretamente ao importador. Não existe nenhum banco
intermediário e, como não existe saque, o exportador não possui formas legais de
efetuar a cobrança em casos de incumprimento.

Nesta modalidade de pagamento nas operações de comércio internacional, é o


exportador quem assume os riscos. Só deve ser utilizado quando o exportador tem total
confiança no importador.
Conclusão

Ante todo o exposto, é possível concluir que estamos inseridos em um contexto


globalizado, no qual as relações mercantes ocorrem de forma constante entre partes
oriundas de diferentes nações. Tal situação cria uma complexa crise acerca relações
jurídicas envolvidas no comércio exterior e nas logísticas internacionais.

Nesse sentido, surgem os Termos Internacionais de Comércio como normas de caráter


geral, não subordinadas a legislações internas dos países. Eles têm a finalidade de
uniformizar regras sobre as quais se baseiam os negócios comerciais firmados
internacionalmente.

Dessa forma, há maior simplicidade na elaboração das cláusulas contratuais, o que


facilita a interpretação das partes negociantes sobre seus direitos e deveres, bem como
torna mais fácil o solucionamento de conflitos advindos do negócio. A última versão
dos termos passou a vigorar a partir de 2011 e trouxe onze modalidades distintas de
Incoterms. Cada um deles indica o ponto onde serão transferidas as responsabilidades
pelas mercadorias do vendedor ao comprador, qual das partes deve firmar o contrato de
transporte, quem deve arcar com custos de logística e de administração em cada fase do
processo, qual deles é o responsável por providenciar documentações, embalagens e
etiquetas.

Contudo, é necessário que aqueles que desejam explorar o mercado internacional e


realizar comércio exterior, tanto na posição de exportador quanto na de importador
conheçam os Incoterms e as peculiaridades de cada um deles para que utilize aquele
mais adequado a sua realidade.

Para se escolher um Incoterm é preciso ter atenção a diversos fatores, tais como: o tipo
da mercadoria que será enviada; o meio de transporte que será utilizado para o
transporte; e o tipo da organização das empresas que estão negociando; isso significa
que não é interessante, que movidos pelos benefícios da inclusão dos Incoterms nos
contratos, os comerciantes internacionais utilizem de forma precipitada e desinformada
as siglas sem todos os conhecimentos sobre seus significados. É importante que os
negociantes tenham certeza de suas pretensões, ciência de quais são suas
responsabilidades em cada um dos tipos de Incoterms e se tem capacidade de arcar com
elas.
Bibliografia

COUTO, E., & SILVA, C. D. (1976). : A obrigação como processo. . São Paulo:
Bushatsky.

DOMINGUES, N. V., & GODINHO, V. (24 de agosto de 2018). Os Incoterms 2010 e a


universalizacao do uso de condições gerais de venda padronizadas em
contratos de compra e venda de mercadoria. Fonte: Vagner:
http://www.utp.br/tuiuticienciaecultura/ciclo_4/tcc_44_FACSA/pdf's_44
/art5_os_i

FRANCO, P. S. (2003). Incoterms - Internacional Commercial. Revista Jus Navigandi.,


61.

Ministério do Desenvolvimento. (24 de agosto de 2018). ministerio do desenvolvimento


. Fonte: Termos Internacionais De Comércio: <
http://www.mdic.gov.br/sistemas_web/aprendex/default/index/conteudo/id/273

Monteiro, J. S. (2010). Comercio Internacional- Incoterms. Sao Paulo: Atlas.

Nogueira. (2009). comercio de mercadorias . Maputo - : Lucas ST.

RAMBERG, J. (1990). Guia dos Incoterms. Sao Paulo: Algebra.

RAMBERG, J. (1998). A Pratica dos incoterms. sao paulo: jupiter.

RENATTO, R. P. (2011). Comercio Exterior I. Palhoça: UnisulVirtual.

ROBLES, L. T. (2015). Logística internacional. Rio de Janeiro: SESES.

Soares, S. C. (2004). Introdução ao comércio exterior. Sao paulo : Saraiva.

SOUZA, C. L. (17 de janeiro de 2012). Revista Jus Navigandi, Teresina, ano. Fonte: A
relevância dos INCOTERMS nas relações nacionais e internacionais do
comércio: https://jus.com.br/artigos/20799

STRENGER, I. (1986). Contratos Internacionais do Comércio. São Paulo: RT.

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