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MINISTERIO DO MEIO AMBIENTE CONSELHO NACIONAL DO MEIC AMBIENTE - CONAMA. RESOLUCAO N? 418, DE 25 DE NOVEMBRO DE 2009 Dispae sobre critérias para a elaboragéio de Planos de Controle de Poluicao Veicular - PCPV e para a implantagao de Programas de Inspegio Manutencda de Veiculos em Uso - I/M pelos drgdos estaduais e municipais de meio ‘ambiente e determina novos limites de emissdo e procedimentos para a avaliagéo do estado de manutencao de veiculas em uso. © CONSELHO NACIONAL DO MEIO AMBIENTE-CONAMA, no uso das atribuigdes que Ihe sio conferidas pelo art. 8, inciso VI da Lei n® 6.938, de 31 de agosto de 1981. € 12 da Lei n® 8.723, de 28 de outubro de 1993, arts. 104 e 131, entre outros dispositivos, da Le de 23 de setembro de 1997, tendo em vista o disposto em seu Regimento Interno, € Considerando que a Inspegdo Veicular Ambiental, se adequadamente implementada, pode ser um instrumento eficaz, para a redugdo das emissdes de gases e particulas poluentes e ruido pela frota circulante de veiculos automotores, no ambito do Programa Nacional de Controle da Qualidade do Ar- PRONAR, instituido pela Resolugdo CONAMA nf 5, de 15 de junho de 1989, bem como do Programa de Controle da Poluigdo do Ar por Veiculos Automotores-PROCONVE, criado pela Resolugao CONAMA n? 18, de 6 de maio de 1986, e do Programa Nacional de Controle de Ruido de Veiculos, nos termos das Resolugdes CONAMA n® I e 2, de 1993; Considerando que a falta de manutengao ¢ a manutengao incorreta dos veiculos podem ser responsaveis pelo aumento da emissao de poluentes € do consumo de combustiveis; Considerando a necessidade de desenvolvimento de estratégias para a redugao da poluiga0 veicular, especialmente em areas urbanas com problemas de contaminagao atmosférica e poluigao sonora; e Considerando a necessidade de rever, atualizar ¢ sistematizar a legislagdo referente & inspegdo veicular ambiental, tendo em vista a evolugao da tecnologia veicular e o desenvolvimento de novos procedimentos de inspegao, e a necessidade de desenvolvimento sistemitico de estudos de custo- beneficio, visando ao aperfeigoamento continuo das politicas piblicas de controle da poluigao do ar por veiculos automotores, resolve’ CAPITULO I DAS DISPOSIGOES GERAIS Art, 12 Esta Resolugdo estabelece critérios para a elaboragdo de Planos de Controle de Poluigdo Veicular-PCPV, para a implantagao de Programas de Inspegdo e Manutengao de Vefculos em Uso - I/M pelos érgdos estaduais ¢ municipais de meio ambiente, determinar novos limites de emissao ¢ procedimentos para a avaliagdo do estado de manutengdo de veiculos em uso. Art, 2" Para fins desta Resolugdo so utilizadas as seguintes definigdes: 1 - Motociclo: qualquer tipo de veiculo automotor de duas rodas, incluidos os ciclomotores, motonetas ¢ motocicletas; Il - Orgiio responsavel: érgio ambiental estadual ou municipal responsavel pela implantagio do Programa V/M, podendo também ser o érgio executor da operagdo e auditoria deste Programa; Ill - Sistema OBD: sistema de diagnose de bordo utilizado no controle das emissoes € capaz. de identificar a origem provavel das falhas, verificadas por meio de eédigos de falha armazenados na meméria do médulo de controle do motor, implantado no Brasil em duas fases, OBDBr-1 ¢ OBDBr-2: IV-- Veiculos de uso intenso: veiculos leves comerciais, veiculos pesados e taxis CAPITULO IL DO PLANO DE CONTROLE DE POLUIGAO VEICULAR-PCPV Art, 3° 0 Plano de Controle de Poluigdo Veicular-PCPV constitui instrumento de gestio da qualidade do ar do Programa Nacional de Controle da Qualidade do ArPRONAR ¢ do Programa de Controle da Poluigdo do Ar por Veiculos Automotores-PROCONVE, com o objetivo de estabelecer regras de gestio e controle da emissdo de poluentes e do consumo de combustiveis de veiculos. Art. 4° 0 PCPV a ser elaborado pelos érgdos ambient ouvidos os municipios ¢ © PCPV do Distrito Federal deverio ter como base o inventério de emissdes de fontes méveis e, quando houver, 0 monitoramento da qualidade do ar, visando a redugdo da emissio de poluentes, ¢ deverd caracterizar, de forma clara e objetiva, as altemativas de agdes de gestio c controle da emissio de poluentes € do consumo de combustiveis, incluindo-se um Programa de Inspegdo © Manutengao de ‘Veiculos em Uso —1/M, quando este se fizer necessério. estadu: § 12.0 PCPV deverd conter, além de outras informagdes, dados sobre o comprometimento da qualidade do ar nas regides abrangidas © sobre a contribui¢do relativa de fontes méveis para tal comprometimento. § 2% Com base nos dados de que trata o § 14, 0 PCPV deverd avaliar © comy diferentes instrumentos ¢ alternativas de controle da poluigio do ar por veiculos automotores, just tecnicamente as medidas selecionadas com base no seu custo e efetividade em termos de redugdo das 's ¢ melhoria da qualidade do ar. Art, 5% Os drgdos ambientais dos estados e do Distrito Federal deverdo, no prazo de 12 (doze) meses, elaborar, aprovar, publicar 0 PCPV e dar ciéneia do mesmo aos respectivos. conselhos estaduais de meio ambiente, a partir da data de publicagdo desta Resolugao. § 12 0 prazo mencionado no caput deste artigo se aplica também aos érgios ambientais, dos municipios com frota superior a trés milhdes de veiculos. § 28 Fica facultado aos municipios com frota inferior a trés milhdes de veiculos a elaboragao de seus proprios PCPVs. § 3% Os PCPVs municipais devem ser elaborados em consonancia com o PCPV estadual Art, 6% Nas hipéteses em que o PCPV indicar a realizagao de um programa de Inspegdo e Manutengao de Veiculos em Uso - I/M, este deveré descrever suas caracteristicas conceituais e operacionais determinadas nesta Resolugao, ¢ estabelecer, no minimo: 1 -aextensio geogrifica e as regides a serem priorizadas; Il-a frota-alvo ¢ respectivos embasamentos técnicos e legais; III - 0 cronograma de implantagao; IV - a forma de vinculago com o sistema estadual de registro © de licenciamento de transito de veiculos; V -aperiodicidade da inspegao; VI-a andlise econémica: € VIL - a forma de integragao, quando for 0 caso, com programas de inspegiio de seguranga veicular e outros similares. § 1A frota alvo do Programa de Inspegdo ¢ Manutengdo de Veiculos em Uso - UM seré definida de forma a abranger os veiculos automotores, motociclos ¢ veiculos similares com motor de combustdo interna, independentemente do tipo de combustivel que utilizarem, § 2° frota alvo poder compreender apenas uma parcela da frota licenciada na regido de interesse, a ser ampliada ou restringida a critério do érgdo responsdvel em razdo da experiéncia e dos resultados obtidos com a implantago do Programa ¢ das necessidades regionais. § 3° A frota alvo do Programa de Inspegio ¢ Manutengao de Veiculos em Uso - UM seré definida municipio a municipio, com base na sua contribuigdo para 0 comprometimento da qualidade do § 4° No que se refere a frota alvo, o PCPV poder determinar a dispensa da inspegdo obrigatéria para os veiculos concebidos unicamente para aplicagdes militares, agricolas, de competi¢ao, tratores, méquinas de terraplenagem ¢ pavimentagdo € outros de aplicagdo ou de concepedo especial sem procedimentos especificos para obtengdo de LCVM/LCM. Art. 7 Os PCPVs devem ainda prever a criagtio de medidas especificas de incentive manutengdo € fiscalizagdo da frota de uso intenso, especialmente aquela voltada ao transporte piblico © de cargas e condigdes especificas para circulagdo de veiculos automotores. Art, 8° Fica a critério do érgdo responsavel, no ambito do PCPV, o estabeleciment implantago de Programas Integrados de Inspeso © Manutengio, de modo que, além da inspegdo obrigatéria de itens relacionados com as emissGes de poluentes ¢ ruido, sejam tambi i relativos a seguranga veicular, de acordo com regulamentagdo especifica dos drgdos de transito. Pardgrafo nico, O drgdo responsével ou as empresas contratadas, execugio indireta, deverdo buscar o estabelecimento de acordos com as concessiondrias das insp eguranga veicular, contratadas nos termos da regulamentagdo do Conselho Nacional de T CONTRAN, para a realizagio, no mesmo local, das duas inspegdes, mantidas as responsabilidades individuais de cada executor, 10 caso de regime de Ar. 980 PCPV ser paiodicament avaliade e revista pelo dro responsivel com base nos seguintes quesitos: 1 - comparagio entre os resultados esperados e aqueles obtidos, especialmente 0 que se refere as emissées inicialmente previstas e aquelas efetivamente obtidas por meio da implementagao do Plano; Il avaliago de novas alternativas de controle de poluigdo veicular; III - evolugéo da tecnologia veicular de novos modelos ¢ das tecnologias de inspegao veicular ambiental; IV - projegdes referentes a evolugao da frota circulante; e V - relagdo custo/beneficio dos Programas de Inspegdo e Manutengdo de Veiculos em Uso - I/M identificada nos estudos previstos pelo artigo 14 (catorze) da presente Resolugdo e de outras alternativas de agdes de gestdo e controle de emissao de poluentes e do consumo de combustiveis. Pardgrafo tnico, © PCPV deverd ser revisto no minimo a cada trés anos, podendo o érgio responsivel estabelecer um intervalo menor entre revises. CAPITULO IIL DO PROGRAMA DE INSPEGAO E MANUTENCAO DE VEICULOS EM USO - /M SECAOT DIRETRIZES GERAIS Art, 10, © Programa de Inspegdo ¢ Manutengao de Veiculos em Uso - I/M tem 0 objetivo de identificar desconformidades dos veiculos em uso, tendo como referencias: -as especificagdes originais dos fabricantes dos veiculos; Il- as exigéncias da regulamentagdo do PROCONVE; € Ill - as falhas de manutengao ¢ alteragGes do projeto original que causem aumento na emissio de poluentes, Pardgrafo ‘inico. A implementagdo do Programa de Inspegdo ¢ Manutengdo de Veiculos em Uso - I/M somente poderd ser feita apés a elaboragdo de um Plano de Controle de Poluigao Veicular - PCPV. Art. 11. As autoridades competentes poderio desenvolver fiscalizagtio em campo com base nos procedimentos ¢ limites estabelecidos nesta Resolugdo ¢ em seus regulamentos © normas complementares, Art, 12, Os Programas de Inspego ¢ Manutengio de Veiculos em Uso - VM. serio implantados prioritariamente em regiGes que apresentem, com base em estudo técnico, comprometimento da qualidade do ar devido as emissGes de poluentes pela frota circulante. § 1 0 Programa de Inspegdo © Manutengdo de Veiculos em Uso - IM, de que trata 0 caput, deverd ser implantado dentro do prazo de 18 meses, contados da data da publicagtio do PCPV. § 2° Os servigos técnicos inerentes & execugdo do Programa de Inspegio ¢ Manutengo de ‘Veiculos em Uso - /M poderdo ser realizados diretamente pelo respectivo érgdo responsdvel ou por meio da contratagdo pelo poder piblico de servigos especializados. Art. 13, Caberé ao drgdo estadual de meio ambiente a responsabilidade pela execugao do Programa de Inspesio Manutengo de Veiculos em Uso - I/M, conforme definido no PCPV. § 1° Os municipios com frota total igual ou superior a trés milhdes de vefculos poderdo implantar Programas de Inspegdo ¢ Manutengdo de Veiculos em Uso - I/M proprios, mediante convénio especifico com o estado. § 22 Os demais municipios ou consércios de municipios, indicados pelo Plano de Controle de Poluigdo Veicular, também poderio implantar Programas de Inspegdo e Manutencdo de Vefculos em Uso - I/M proprios, mediante convénio especifico com o estado, cabendo a este a responsabilidade pela supervisio do programa. Art. 14. Os érgios ambientais responsaveis pela execugdo da inspego veicular © seus operadores devem desenvolver e manter atualizados, a cada trés anos, mediante publicagdo, estudos sobre a relagdo custo/beneficio dos Programas de Inspegio e Manutengio de Veculos em Uso - /M em andamento, Pardgrafo Unico. Os custos e beneficios de que trata o caput deste artigo sero identificados pelos operadores dos Programas de Inspegao e Manutengo de Veiculos em Uso - I/M em comum acordo com as autoridades ambientais ¢ de satide publica locais ¢ valorados conforme as melhores praticas aplicaveis. Ant. 15, No estagio inicial do Programa de Inspegio e Manutengao de Veiculos em Uso - I/M, 0 6rgao responsavel poder considerar, a seu critério, por um prazo maximo de 12 meses, contado do inicio da operacao, uma fase de testes com os objetivos de divulgagao da sua sistematica, conseientizagao do pablico e ajustes das exigéncias do Programa. Art. 16. A periodicidade da inspeedo veicular ambiental deverd ser anual Pardgrafo jinico. No caso das frotas de uso intenso, deverdo ser intensificadas as ages para adogao do Programa Interno de Automonitoramento da Correta Manuteneao da Frota, conforme diretrizes estabelecidas pelo IBAMA, bem como aquelas voltadas 4 implementagdo de programas estaduais para a melhoria da manutengao de veiculos diesel e a programas empresariais voluntarios de inspe¢o e manutengao. Art, 17, O 6rgdo responsavel deveré divulgar, permanentemente, as condigdes de participagao da frota alvo no Programa e as informagGes basicas relacionadas a inspegao. Art, 18, Os érgdos estaduais © municipais de meio ambiente deverdo promover agdes visando a celebragao de convénio com o érgdo executivo de transito competente, que objetive 0 cumprimento dos’ procedimentos de sua competéncia na execugao do Programa de Inspesao Manutengao de Veiculos em Uso - IMM, tendo em vista as seguintes diretrizes: T-a execugto, por delegagdo, das inspegdes de emissdes de poluentes e ruido; IL-0 estabelecimento de Programas de Inspegdio ¢ Manutengo de Veiculos em Uso - I’M integrados, mantidas as responsabilidades individuais de cada executor, conforme determinado pelo CONAMA € pelo Conselho Nacional de Transito-CONTRAN. IIL ~ a integragdo das atividades para evitar a coexisténcia de programas duplicados de emissdes e seguranga em uma mesma drea de atuagdo, ressalvadas as situagdes juridicas consolidadas; IV ~ a incluso, em dreas ainda nfo abrangidas pelo PCPV ¢ mediante delegagdo, das verificagdes dos itens ambientais nos programas de inspegdo de seguranga, segundo os critérios téenicos definidos pelo CONAMA e sob a orientagao e supervisio do respectivo érgio ambiental estadual; ¢ V — ao intercdmbio permanente de informagées, especialmente as ambientais necessérias a0 correto licenciamento do veiculo e as informagdes dos drgios executivos de trinsito necessérias & adequada operagdo da inspegdo ambiental, Art, 19. © Ministério do Meio Ambiente, por meio do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente ¢ dos Recursos Naturais Renoviveis - IBAMA, deverd orientar os érgdos responsiveis pela implantagao dos Programas de Inspegdo ¢ Manutengiio de Veiculos em Uso - VM, que venham a encontrar dificuldades téenicas. SECAO II DA OPERACIONALIZAGAO E EXECUCAO Art 20, Apés 0s prazos previstos no art. S*e no pardgrafo 1° do art. 12, 0$ veiculos da frota alvo sujeitos & inspegdo periddica ndo poderdo obter o licenciamento anual sem terem sido inspecionados € aprovados quanto aos niveis de emissio, de acordo com os procedimentos e CONAMA ou, quando couber, pelo éngio responsével. § 12 Os veiculos pertencentes & frota alvo deverdo ser inspecionados com ante, maxima de noventa dias da data limite para o seu licenciamento anual, § 2° Para os vefculos leves de passageiros equipados com motor do ciclo Otto, a inspe: de que trata esta Resolugdo somente serd obrigatéria a partir do segundo licenciamento anual, inclusive. Art. 21. 0 inicio efetivo das inspegdes de emissdes de poluentes e ruido, observado o prazo previsto no pardgrafo primeiro do artigo 12 desta Resolugdo, sera formalmente comunicado pelo 6 responsivel 20 drgdo executivo de trinsito do Estado para que este adote as medidas previstas nos pardgrafos 2° ¢ 3® do artigo 131 do Cédigo de Transito Brasileiro, Art, 22, Atendidas as condigées estabelecidas nesta Resolugio, caberé ao érgio responsivel a elaboracao dos critérios para implantagdo e execugdo dos Programas de Inspegio ¢ Manutengaio de Veiculos em Uso - I/M e para a certificagdo de operadores de linha dos centros de inspegdo, bem como 0 estabelecimento de procedimentos de controle de qualidade, auditorias e normas complementares, tendo em vista as peculiaridades locais, Ant, 23. Os érgios ambientais responsdveis pela implantagdio dos Programas de Inspegtio e Manutengao de Veiculos em Uso - I/M devem desenvolver sistemas permanentes de auditoria, realizada por instituigGes idéneas e tecnicamente capacitadas, abrangendo a qualidade de equipamentos e procedimentos, bem como o desempenho estatistico dos registros de inspegdo, conforme requisitos a serem definidos pelo érgao responsavel. Parigrafo nico, Em caso de programas operados por terceiros, as falhas sistematicas identificadas pela auditoria devem ser necessariamente vinculadas a um sistema de penalidades contratuais claramente definido. Art, 24, Os Programas de Inspegao e Manutengao de Vefculos em Uso - I/M deverao ser dimensionados prevendo a construgao de linhas de inspeeao para veiculos leves, pesados, motociclos & veiculos similares, em proporgao adequada a frota alvo do Programa. Art, 25, As inspegdes obrigatérias deverdio ser realizadas em centros de_inspegdo distribufdos pela area de abrangéncia do Programa, Art, 26. Fica permitida a operagdo de estagdes méveis de inspegdo para a solugdo de problemas especificos ou para o atendimento local de grandes frotas cativas. Art, 27. O IBAMA deverd regulamentar, no prazo de trés meses apés a aprovagao da presente Resolugdo, os procedimentos gerais de inspegdo que devem ser adotados pelos Programas de Inspegdio € Manutengao de Vefculos em Uso - I/M, dando ciéncia ao CONAMA na reunidio subsequente a0 prazo estabelecido. SEGAO IIL DO ACESSO A INFORMAGOES E DADOS ORIUNDOS DO PROGRAMA, Art, 28. Todas as atividades de coleta de dados, registro de informagdes, execugdo dos procedimentos de inspegdio, comparagdo dos dados de inspeso com os limites estabelecidos fornecimento de certificados ¢ relatérios, devertio ser realizadas por meio de sistemas informatizados, conforme requisitos definidos pelo érgdo responsive § 1° Fica o prestador do servigo obrigado a fornecer todos os dados referentes ambiental aos Orgs responsaveis. inspegao § 2° Os Srgdos responsdveis deverdo disponibilizar em sistema eletrdnico de transmissio de dados ao Instituto Brasileiro de Meio Ambiente ¢ dos Recursos Naturais ¢ Renovaveis-IBAMA as informagdes consolidadas pelos estados referentes & inspegdo veicular ambiental, Art, 29. As informagdes do Programa sio piblicas, cabendo ao drgdo responsivel pela inspegdo ambiental prover relatérios anuais referentes aos resultados do programa, em conformidade a0 determinado no respectivo PCPV. § 1" Os relatérios de que trata o caput deverdo conter, no minimo: 1 - resultados de aprovacdo ¢ reprovagao, explicitando-se o motivo da reprovacdo; IL- dados de emisstio de poluentes dos vei vio padrdo; e los insp, ionados, segmentados por categoria, I - avaliago dos efeitos do programa sobre a qualidade do ar, tomando- dados da rede de monitoramento, quando houver. § 2% As informagées consolidadas por estado relativas aos incisos I © I de apresentadas conforme o combustivel, a categoria, 0 tipo, ano de fabricagao do veiculo, a cl dos veiculos nos termos da Resolugio CONAMA 15, de 13 de dezembro de 1995 ¢ posteriores, bem como a classificagdo de marca-modelo-versio. § 3° Fica 0 IBAMA responsavel pela elaboragio, a partir dos relatérios mencionados no pardgrafo anterior, de um Relatério Nacional de Inspegdo Veicular Ambiental, que deveré conter a compilagio de todos os relatérios apresentados em um documento sistematizado, § 42 O Relatério Nacional de Inspegio Veicular Ambiental deveré ser apresentado ao CONAMA anualmente, § 5 Deve-se dar ampla publicidade aos relatérios anuais diseiplinados neste artigo CAPITULO IV DOS LIMITES E PROCEDIMENTOS PARA A AVALIACAO DO ESTADO DE MANUTENGAO DE VEICULOS EM USO Art, 30. © estado de manutengdo dos veiculos em uso seré avaliado conforme procedimentos a serem definidos por ato do IBAMA. § 1A regulamentagdo de que trata o caput deste artigo devera ser elaborada em até 120 dias apés a aprovacao da presente Resolugdo, e deverd definir: I - procedimentos de ensaio das emissdes dos veiculos com motor do ciclo Otto, em circulagdo, inclusive motociclos, para as versdes e combustiveis disponiveis no mercado; IL procedimentos de ensaio das emissdes em veiculos em uso com motor do ciclo Diesel para as verses e combustiveis disponiveis no mercado: € III - procedimento de avaliasdo do nivel de ruido de escapamento nos vefculos em uso. § 2°No processo de elaboragdo ¢ atualizagao dos atos do IBAMA, deverdo ser observados © prazo de implementagao, as normas téenicas especificas e as melhores priticas processos de engenharia Art. 31, O IBAMA deve coordenar, com os érgdos responsaveis, a realizagdo regular de estudos visando identificar procedimentos de inspegdo mais eficazes ¢ adequados as novas tecnologias veiculares, inclusive a possibilidade de utilizagdo da inspegdo de emissGes em carga ¢ do sistema de diagnose a bordo-OBDBr, § 12 Ao aprovar tecnicamente procedimentos de inspegio mais eficazes e adequados, 0 IBAMA deverd apresentar a0 CONAMA telatérios técnicos com propostas de novos procedimentos limites, para apreciagdo do Conselho, com vistas a incorporé-los as normas do Programa. § 2 0 Srgdo responsavel ou seus contratados deverdo disponibilizar os meios necessérios para a realizagdo das atividades previstas no caput deste artigo, § 3° Fica facultado ao érgio ambiental responsével propor ao IBAMA procedimentos especificos para vefculos que comprovadamente ndo atendam aos procedimentos estipulados nesta Resolugao. Art, 32. Para a avaliagdio do estado de vefculos em uso, devem ser utilizados os limites de emissao constantes do Anexo L CAPITULO V DISPOSICOES FINAIS Art, 33. Os estados ¢ municipios que j4 tenham concedido ou autorizado os servigos de inspeeto ambiental veicular deverio adequar-se, no que couber, aos termos desta Resolugdo no prazo de até 24 meses a partir da sua publicagdo, Art. 34. Caberd aos fabricantes, importadores ¢ distribuidores de veiculos automotores, motociclos ¢ autopegas desenvolver, orientar ¢ disseminar junto a rede de vinculada, os requisitos e procedimentos relacionados com a correta manutengao e calibragio d veiculos quanto aos limites e procedimentos previstos nesta Resolug Art, 35, Em_ um prazo de doze meses apés a publi disponibilizar, em seu sitio na Intemet, as caracteristic inspecdo veicular. Art. 36, Ficam revogadas as Resolugdes do CONAMA n®7, de 31 de agosto de 1993; n® 15, de 29 de setembro de 1994; n? 18, de 13 de dezembro de 1995; n® 227, de 20 de agosto de 1997; n? 251, de 12 de janeiro de 1999; né 252, de I de fevereiro de 1999; ¢ né 256, de 30 de junho de 1999. Art, 37, Esta Resolugio entra em vigor na data de sua publicagao, CARLOS MINC Presidente do Conselho ESSE TEXTO NAO SUBSTITUI O PUBLICADO, NO DOU n° 226, EM 26/11/2009, pags. 81-84. ANEXO I - LIMITES DE EMISSAO 1. Para os veiculos com motor do ciclo Otto, os limites maximos de emissio de capamento de COconigiéy € HCcomgit de diluigdo ¢ da velocidade angular do motor so os definidos nas tabelas | ¢ 2, abaixo: Tabela 1 — Limites maximos de emis 10 de COsorigiiy em marcha lenta © a 2500rpm para veiculos automotores com motor do ciclo Otto. Limites de COcorigio (%) Ano de fabricagao - Gasolina Atcool Flex Gas Natural Todos até 1979; 6.0 6,0 : 6.0 1980 - 1988 5.0 5.0 : 5.0 1989 4,0 40 : 4,0 1990 ¢ 1991 35 3.5 : 35 1992 ~ 1996 3.0 3.0 : 3.0 1997 - 2002 1.0 1.0 : 1.0 2003 - 2005 05 05 05 10 2006 em diante 03 05 03 Lo Obs.: Para os casos de vefculos que utilizam combustivel liquido © gasoso, serdo considerados os limites de cada combustivel Tabela 2 — Limites maximos de emissdo de HCeonipito, em marcha lenta e a 2500 rpm para veiculos com motor do ciclo Otto Ano de fabricagio Limites de HCcarsiso (ppm de hexano) Gasolina Aleool Flex Gas Natural Até 1979; 700 1100 : 700 1980 - 1988 700 1100 : 700 1989 700 1100 - 700 1990 e 1991 700 1100 : 700 1992 ~ 1996 700 700 - 700 1997 - 2002 700 700 - 700 2003 - 2005 200 250 200 500 2006 em diante 100 250 100 500 jo considerados os limites, Obs.: Para os casos de veiculos que utilizam combustiveis liquide e gasoso, s de cada combustivel. 1.1. A velocidade angular de marcha lenta deverd estar na faixa de 600 a 1200 rpm e ser estivel dentro de + 100 rpm: 1.2. A velocidade angular em regime acelerado de 2500 rpm deve ter tolerincia de + 200 pm; 1,3. 0 fator de diluigao dos gases d do fator de diluigdo ser inferior a 1,0, este de escapamento deve ser igual ou inferior a 2,5. No caso ser considerado como igual a 1,0, para o calculo dos valores corrigidos de CO e HC. 2. Para os motociclos ¢ similares, com motor do ciclo Otto, os limites mximos de emisstio de escapamento de COcotrigido e HCcorrigido, sdo os definidos na tabela 3 abaixo, 2.1. O fator de diluigdo dos gases de escapamento deve ser igual ou inferior a 2,5. No caso do fator de diluigao ser inferior a 1,0, este deverd ser considerado como igual a 1,0, para o céleulo dos valores corrigidos de CO ¢ HC. 2.2. A velocidade angular de marcha lenta deverd ser estével dentro de uma faixa de 300 ‘exceder os limites minimo de 700 rpm € méximo de 1400 rpm. rpm e Tabela 3 - Limites maximos de emisstio de COcorrigido, HCconigito em marcha lenta ¢ de fator de diluigao” ara motoeiclos e veiculos similares com motor do ciclo Oto de 4 tempos”: ‘Ano de fabricagio | Cilindrada TF Fase (2010) 2 Fase (a partir de 2011) CO care (%) | HG | COcere (%) | HCevre (PPM) (ppm) ‘Ate 2002 Todas 7 3500 3.0 3500 2003 a 2008 <250ce 6.0 2000 45 2000 3250ce 45 2000) 45 2000 ‘Appartir de 2009 Todas 1.0 200 10 200 (1) © fator de diluigo deve ser no maximo de 2,5. (2) Os limites de emissio de gases se aplicam somente aos motociclos e veiculos similares equipados com motor do ciclo Otto de quatro tempos. cc: Capacidade volumétrica do motor em cilindrada ou em* 3. Para os veiculos automotores do ciclo Diesel, os limites maximos de opacidade em aceleracZo livre sdo os valores certificados e divulgados pelo fabricante, Para veiculos automotores do cielo Diesel, que nao tiverem seus limites maximos de opacidade em aceleragdo livre divulgados pelo fabricante, s20 0s estabelecidos nas tabelas 4 e 5, Tabela 4 - Limites maximos de opacidade em aceleragdo livre de veiculos ndo abrangidos pela Resolugao CONAMA 16/95 (anteriores a ano-modelo 1996) lAltitude iaturalmente Aspirado ou Turboalimentado com 1 timentado ILDA (1) (Ate 350 m| 7m" 2.Tm™ [Acima de 350m _[2,5 mr" 2.8 mm (1) LDA é 0 dispositivo de controle da bomba injetora de combustivel para adequagaio do seu débito a pressio do turboalimentador Tabela 5 - Limites de opacidade em accleragio livre de veiculos a diesel posteriores a vigéncia da Resolugdo CONAMA 16/95 (ano-modelo1 996 em diante) [Ano-Modelo [Opacidade (m=!) 1996 - 199 Ba 2.8 [2000 e posteriores 7, cima de 350m B3 4, Para todos os veiculos automotores, nacionais ou importados, os limites méximos de rufdo na condi parado sto os valores certificados e divulgados pelo fabricante. Na inexisténcia desta informagio, s40 estabelecidos os limites maximos de ruido na condigao parado da tabela 6. Tabela 6 - Limites méximos de ruido emitidos por veiculos automotores na condigdo parado para veiculos motor auxiliar e vefeulos assemelhados em uso. CATEGORIA NIVEL DE RUIDO dB(A) Veiculo de passageiros até nove lugares e vefeulos de uso | Dianteito 95 isto derivado de automével isto derivado de automév Traseiro To Veiculo de passageiros com mais de nove lugares, veieulo | Dianteiro 9s de carga ou de trago, veiculo de uso misto no derivado de automével e PBT até 3,500 kg Traseiro 103 Veiculo de passageiros ou de uso misto com mais de 9| Dianteiro 92 lugares e PBT acima de 3.500 kg Traseiro e entre eixos | 98 Veiculo de carga ou de tragdo com PBT acima de 3.500 kg | Todos 101 Motocicletas, motonetas, ciclomotores, bicicletas com] p46 99 Observagé 1) DesignagSes de vefculos conforme NBR 6067. 2) PBT: Peso Bruto Total. 3) Poténcia: Poténcia efetiva liquida méxima coni 5. Definigaes forme NBR ISO 1585. CO: monéxido de carbono contide nos gases de escapamento, medido em % em volume. COcorrigido: ¢ o valor medido de monéxido de carbono ¢ cortigido quanto & diluigdo dos gases amostrados, conforme a expressio: 15 co. = xCO, somite (CO+CO,) edo did HCeorrigido: ¢ o valor medido de HC ¢ corrigido quanto a diluigo dos gases amostrados, conforme a expressae: HC, 18 -— 8 e east (CO + COs) nin * ‘medio Fator de diluigdo dos gases de escapamento: & a razio volumétrica de diluigdo da amostra de gases de escapamento devida a entrada de ar no sistema, dada pela expresso: 15 Fon = aise (CO + COs) miiios Marcha Lenta: regime de trabalho em que a velocidade angular do motor especificada pelo fabricante deve ser mantida durante a operagao do motor sem carga e com os controles do sistema de alimentagao de combustivel, acelerador e afogador, na posigao de repouso. Motor do ciclo Diesel: motor que funciona segundo 0 principio de igni¢ao por compressao, Motor do ciclo Otto: motor que possui ignigdo por centelha. Opacidade: medida de absorgao de luz sofrida por um feixe luminoso ao atravessar uma coluna de gas de escapamento, expressa em m-I, entre os fluxos de luz emergente ¢ incident. Veieulo bi-combustivel: Vefculo com dois tanques distintos para combustiveis diferentes, excluindo-se o reservatério auxiliar de partida. Veiewlo flex: Veiculo que pode funcionar com gasolina ou dlcool etilico hidratado combustivel ou qualquer mistura desses dois combustiveis num mesmo tanque.

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