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1-Conceito de Prescrição
O conceito clássico de Câmara Leal, referenciado por LORENZETTI (1999:18), DINIZ (2004:360),
define prescrição como a “extinção de uma ação ajuizável em virtude de inércia de seu titular durante certo
lapso de tempo, na ausência de causas preclusivas de seu curso”
Maria helena DINIZ (2004:348), pontifica que a prescrição é “uma exceção que alguém tem contra o
que não exerceu, durante um lapso de tempo fixado em norma, sua pretensão”
O nosso direito pré-codificado sustentava que a prescrição seria um castigo imposto ao titular de um
direito, que se mantém inerte por extenso período de tempo. A negligência do sujeito tornaria presumível seu
desinteresse. Alguns autores contrários a este pensamento como Caio Mário da Silva Pereira que tinha o
seguinte pensamento “... não é de boa juridicidade, pois que punível deve ser o comportamento contraveniente à
ordem constituída, e nada comete contra ela aquele que mais não fez do que cruzar os braços contra os seus
próprios interesses, deixando de defender os seus direitos.”
2- DA PRESCRIÇÃO AQUISITIVA E EXTINTIVA DE DIREITOS
Prescrição aquisitiva ou usucapião é a aquisição do direito real pelo decurso do tempo prolongado, e é instituída em favor daquele
que tiver, com ânimo de dono, o exercício de fato das faculdades inerentes ao domínio ou a outro direito real relativamente a
coisas móveis e imóveis, por um período pré fixado pela lei.
Dois fatores são fundamentais na prescrição aquisitiva: o tempo e a posse. Pois é através destes dois que "nasce" a prescrição
aquisitiva.
Na prescrição aquisitiva predomina a força criadora, onde nasce o direito e com isso extingue a ação.
Alguns autores, como Maria Helena Diniz, entendem como por inexistir a prescrição aquisitiva, porque através dela se causa a
prescrição extintiva.
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prescrição, tratada na Parte Geral do Código Civil. Tal instituto é aplicável na órbita
das obrigações, contratos, sucessões, família, bem assim, no próprio direito das
coisas.
Porque o elemento tempo faz-se presente em ambas espécies de prescrição,
o art. 1244 do diploma supra invocado, repetindo o art. 553 do Código de
1916, estabelece que as causas suspensivas, impeditivas e interruptivas da
prescrição também se aplicam à usucapião.
Insta realçar, todavia, a diversidade dos institutos, justificadora de sua
abordagem em capítulos distintos da Lei Civil. Vale transcrever, neste sentido, as
lições do mestre Orlando Gomes, verbo ad verbum:
“Por fim, enquanto a idéia central da prescrição é a inércia do titular do
direito, o elemento básico da usucapião é a posse.