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Ferramentas Forenses
Imagem Periciável
12DEZ
Utilizando ferramenta opensource para obter imagem de disco
Antes de tudo é necessário garantir a integridade do objeto periciável, o que é feito através da
cadeia de custódia (Chain of Custody) bem executada e a garantia de que o dispositivo não
será alterado ao ser utilizado na criação de sua imagem (cópia bit a bit).
Não iremos entrar em detalhe neste post sobre a cadeia de custódia pois o mesmo é assunto
suficiente para um outro post.
Exemplo de um formulário de custódia
FDTK
O FDTK-UbuntuBr, é um projeto livre que objetiva produzir e manter uma distribuição para
coleta e análise de dados em Perícias de Forense Computacional.
Vale lembrar que em todo o processo devem ser tiradas capturas de tela e fotos afim de
documentar todo o processo da melhor forma possível.
Sendo assim, vamos criar um diretório que irá conter a imagem do dispositivo e as capturas de
tela. Neste caso criamos assim:
mkdir /media/disk-1/imagem_pendrive/screen_capture
mkdir/media/disk-1/imagem_pendrive/image
Integridade
gconf-editor
Desabilite as chaves media_automount e media_automount_open.
Feche a janela. Agora o FDTK não irá montar o dispositivo automaticamente e muito menos
abrí-lo, o que iria comprometer todo o processo.
df –h
cat /proc/partitions
sha1sum /dev/sdb
Para o caso descrito neste artigo não é necessário realizar a montagem do dispositivo pois não
desejamos verificar absolutamente nenhum dado pelo dispositivo, todas informações a serem
obtidas serão através da imagem gerada. Porém, caso seja necessário a montagem do mesmo
atentar-se para o fator de montá-lo em modo read-only para garantir a integridade do processo,
o que poderia determinar uma contestação futura dos laudos referentes.
Para o caso de necessitar de montar o dispositivo, criar um diretório que irá conter o dispositivo
montado. Exemplo:
mkdir /mnt/pendrive
Para montar o dispositivo no diretório informado, utilizando somente leitura, utiliza-se o
seguinte comando:
mount –r /dev/sdb /mnt/pendrive
AIR (Automated Image & Restore)
Para a criação da imagem utilizaremos o software AIR v.2.0 presente na distribuição do FDTK
Imagem
É preciso definir o source de origem e destino juntamente com o tamanho de bloco utilizado
pelo source de origem e pelo source de destino respectivamente. Para verificar o tamanho do
bloco usamos os seguintes comandos – tomando como base neste caso os sources de origem
e destino, sendo respectivamente:
/dev/sdb origem
/media/disk-1/imagem_pendrive/image/image_pendrive.dd destino
Descobrindo o block size de origem e destino respectivamente:
fdisk –l /dev/sdb
fdisk –l /dev/sda3
Como utilizamos o sha1sum no início do processo para verificação do hash, vamos fazer o
mesmo para a imagem gerada e verificar a integridade da cópia, mesmo o AIR já tendo
garantido que a hash de origem é idêntica a de destino.
Comparando os hashes do dispositivo de origem e da imagem gerada pelo AIR – As hashes são idênticas comprovando assim
a integridade.
Claramente o registro de Time Zone seria importante para garantir que a hash do dispositivo
tenha sido gerada antes do início do processo mas como essa é uma demonstração que visa
somente entender o processo não adicionamos tal informação – disponibilizada pelo log do
software AIR.
Command-line:
/tmp/hash.log 2>&1
/usr/local/share/air/logs/air.image.log 2>&1
Verifying…
Command-line: dd if=/media/disk-1/imagem_pendrive/image/image_pendrive.dd conv=noerror,sync |
Orig = fdb2e65efc5987d56ea0d71bf70c18d6
Copy = fdb2e65efc5987d56ea0d71bf70c18d6
É isso aí pessoal, espero que o tutorial tenha sido útil para os estudos. Qualquer comentário
por favor, inclua aqui mesmo para que todos possam ter suas dúvidas esclarecidas.
Referências
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Publicado por Marcio Justino em 2011-12-12 em Distribuições Linux, Ferramentas,Forense, OpenSource, Perícia
Pedofilia é crime?
06DEZ
Conceito
Pedofilia é uma palavra composta por dois termos em latim:
PEDO = criança e
FILIA = amor, apego, gosto, atração
“Do ponto de vista médico, pedofilia é um distúrbio psicossexual – para alguém que seja
considerado um pedófilo, basta que sinta desejo sexual por crianças e nutra fantasias
constantes com elas.”
Origem
Embora atualmente bastante reprimida sua existência era considerada normal e tolerável no
passado.
Os registros de pedofilia são tão antigos quanto a humanidade. Desde pinturas pré históricas
datadas de 10.000 anos atrás, relatos de filósofos como Platão, gueixas japonesas e
casamentos de meninas de até 11 anos na Índia. É um assunto controverso e cultural. Grécia
antiga, Roma, Egito, Assíria, Pérsia, Arábia…
Conduta
De acordo com a Organização Mundial da Saúde, o indivíduo com pedofilia tem 16 anos ou
mais e pelo menos 5 anos a mais que a criança pela qual sente atração.
“Geralmente o pedófilo não é doente mental e tem plena consciência do que faz, embora em
alguns casos a pedofilia possa ser considerada um transtorno mental.”
Parafilia¹
¹ Se enquadram na parafilia a presença de intensas e repetidas fantasias sexuais e o consequente mal-estar clínico
Por essas classificações, a pedofilia está agrupada a transtornos que fazem parte do grupo das
chamadas parafilias, que são caracterizadas por anseios, fantasias ou comportamentos
sexuais recorrentes e intensos que envolvem objetos, atividades ou situações incomuns e
causam sofrimento clinicamente significativo ou prejuízo no funcionamento social ou
ocupacional e em outras áreas importantes da vida do indivíduo e/ou de suas vítimas. Além da
pedofilia, outros transtornos como, por exemplo, o exibicionismo, o fetichismo e o sadismo são
diagnosticados como parafilias.
Deve-se ter sempre em consideração que as imagens ou fantasias parafílicas podem ser
estímulo de excitação sexual para uma pessoa sem isso chegar a ser uma parafilia.
Por exemplo, a roupa íntima feminina costuma ser excitante para muitos homens, porém só
poderá ser considerada uma parafilia quando o indivíduo seja afetado por elas de uma forma
excessiva, compulsiva.
Compulsão
A dificuldade no controle da expressão dessa compulsão se apresenta como fator de maior
vulnerabilidade para a ocorrência de condutas criminosas com abrangência médico-legal.
(DIETZ, et al., 1990)
Comportamento
“Pedofilia não é crime, e quem pratica pedofilia não é criminoso.”
Pode parecer estranho, principalmente quando ouvimos na televisão que alguém foi preso por
pedofilia. Mas isso é apenas uma simplificação errônea do problema. Como visto, a pedofilia é
uma atração sexual que pode ou não ser a origem de um ato criminoso.
Entre se sentir atraído sexualmente por crianças e fazer sexo com crianças existe um grande
abismo.
Mundialmente, apenas 1/4 dos abusos sexuais de crianças e adolescentes são praticados por
pedófilos.
Conduta Criminosa
Já os molestadores de crianças, em sua maioria, apresentam motivações variadas para os
seus crimes, que raramente tem origem sexual.
Esses abusos sexuais são praticados por pessoas que simplesmente acharam mais fácil fazer
sexo com crianças, seja enganando-as ou utilizando de intimidação ou força. Também se
reportam caso de pessoas que simplesmente atacaram crianças por que não tinha mais
ninguém por perto.
A violência contra as pessoas por motivos sexuais constitui uma parte importante de
todos os delitos sérios, visto que podem chegar às formas mais desumanas de
assassinato.
Virtualidade
Há alguns anos, os pedófilos precisavam recorrer à grupos fechados.
Na virtualidade, o pedófilo assume qualquer personalidade utilizando uma linguagem que mais
cative sua vítima.
•Conquistar a vítima para prática sexual ou buscar o objeto para exposição de fotografias em
situações eróticas;
•Enviar para a vítima imagens pornográficas sem a menor cerimônia e, a partir delas,
estabelecer um vínculo promíscuo com a vítima.
o familiares,
o amigos,
o vizinhos,
o colegas ou,
o seus responsáveis.
Alvo
“O público-alvo dos aliciadores são crianças com 8 anos em média.
Nessa idade, as crianças têm pouca, ou quase nenhuma, capacidade de evitar o assédio ou
resistir a ele.” (Dalka Chaves de Almeida Ferrari – Coordenadora do Centro de Referência às Vítimas de Violências do
Instituto Sedes Sapientiae, SP.)
Abuso Sexual Infantil
Acreditem, essa situação é mais real e comum do que se imagina! (Abuso Sexual Infanto-
Juvenil, Magno Malta)
Normativo
O código penal brasileiro não estabelece tipificação específica para a pedofilia. Os contatos
sexuais entre adultos e crianças se enquadram nos tipos penais de estupro de vulnerável
(art.217-A do CP), atentado violento ao pudor (art.214 do CP), violação sexual mediante fraude
(art.215 do CP), corrupção de menores (art.218 do CP) e seus agravantes previstos (art.218-A,
218-B do CP), crimes de produção, venda, divulgação e posse de pornografia infantil (art.240;
241; 241-A do ECA), aliciamento de criança (art.241-D do ECA)
É importante lembrar que, para que o abusador seja processado por estes crimes, é
indispensável a manifestação dos pais ou responsáveis pela vítima criança ou adolescente.
(art.225 do CP)
Quando um dos pais ou responsável é o abusador, basta que qualquer pessoa denuncie o
delito. (art.225, §1º, II, do CP)
Os responsáveis pelo acesso à internet somente podem ser culpados pelo crime se não
cortarem o acesso à pornografia infantil, após uma denúncia e uma notificação oficial. Assim,
em caso de verificação de pornografia infantil na internet, devemos comunicar ao Ministério
Público, à Polícia ou ao Conselho Tutelar, para que seja feita a notificação sobre a pornografia
infantil. (art.241-A, §2º, do ECA)
Cooperação Internacional
“Dados da INTERPOL (2007), informam que os crimes relacionados com a pedofilia respondem
sozinhos pela metade dos ilícitos virtuais – suplantando a pirataria e as diversas modalidades
de fraudes. Além disso, informa que há um crescimento anual de 10% desses crimes.(…)Em
fevereiro de 2007, uma rede internacional criminosa envolvendo pedófilos de 77 países foi
desmantelada pelas polícias dos EUA e de doze nações européias, onde o uso de imagens era
divulgado e difundido pela rede mundial de computadores. Foram identificados 2.361
suspeitos.”
Este caso teve repercussões em diversas nações; na Costa Rica, por exemplo, um dos países
envolvidos, aproveitando a ocasião para realizar mudança da legislação, a fim de punir
criminalmente também aqueles que apenas têm a posse de material pornográfico.
Monitorar a criança na internet para saber com quem ela se relaciona no ambiente virtual. Isso
porque os criminosos também entram em sites inocentes, onde se passam por crianças.
Ações Combatentes
O ECA (alteração dos dispositivos da Lei 8.069/90-ECA)
SaferNet Brasil (organização não-governamental especializada no combate de crimes
contra direitos humanos na rede – http://www.safernet.org.br/site/).
Censura (www.censura.com.br)
Fundação Childhood Brasil, World Childhood Foundation. (A Childhood atualmente está
presente em 16 países, que juntos, somam mais de 500 projetos executados).
Todos Contra a Pedofilia (http://www.todoscontraapedofilia.com.br)
United Parents (organização israelense – http://www.unitedparents.com)
Operações conjuntas entre Interpol, FBI e PF e utilização em conjunto de novas
tecnologias na identificação e localização dos criminosos.
Grupos “hacktivistas” que vêm atuando na divulgação de sites e endereços IP de
criminosos.
Diversas campanhas e parcerias com implantação de mensagens informativas e meios de
denúncia.
Dificuldades no Combate
Cooperação das autoridades internacionais (cooperação judiciária internacional) nos casos
de ilícitos de origem externa. Esse procedimento demora e nem sempre resulta em
sucesso, pois depende da cooperação das autoridades do país.
Ferramentas de Combate
NuDetective
Utiliza comparação de hashes de arquivos com um banco de dados da Polícia Federal
contendo hashes de milhares de arquivos ilegais. Os hashes são comparados com novos
arquivos adquiridos em diligências policiais. Uma limitação desse método é que ele detecta
apenas arquivos já conhecidos pela PF.
EspiaMule
É uma versão modificada do eMule, criada a partir do código fonte original, para uso exclusivo
da PF. Pesquisa e coleta informações de usuários do programa de compartilhamento eMule,
catalogando endereços e criando um mapa da distribuição de material contendo pornografia
infantil.
O EspiaMule cria automaticamente um log (formato csv) contendo o endereço IP, hash do
aplicativo, nome do país, nome do arquivo, hash do arquivo, data e hora dos computadores
compartilhando os arquivos na rede.
Usando análise biométrica avançada, as faces encontradas nas imagens são automaticamente
extraídas e compiladas para formar uma lista de vítimas e/ou suspeitos ou são comparadas
com uma base facial existente.
2ª A comparação/composição de hashes
dos arquivos com base de dados de
hashes de arquivos de pornografia
conhecidos. Essa abordagem é mais
realista sendo capaz de criar um banco de
dados abrangente graças a grande
quantidade de imagens pornográficas
presentes na web.
Dificuldades
Novos arquivos estão frequentemente
sendo criados – sem histórico de hash na
base de dados desses novos arquivos
Ferramenta Israelense – Protege crianças de pedofilia digital. Pode ser baixado gratuitamente,
envia e-mail ou mensagem de texto quando atividades suspeitas são detectadas.
O software não compartilha com os pais o conteúdo privado e os diálogos dos filhos, apenas a
análise feita por um algoritmo de computador que também é capaz de decifrar a linguagem de
chat usado por crianças que muitas vezes é desconhecido pelos adultos
“Essas ferramentas deram efetividade ao trabalho da polícia no combate aos crimes de âmbito
sextual”
Bibliografia
.A Pedofilia Como Tipo Específico
RODRIGUES,Willian Thiago de Souza. http://www.ambito-juridico.com.br/site/index.php?
n_link=revista_artigos_leitura&artigo_id=5071 acesso em 14/11/2011.
Instituto de Psiquiatria – HCFMUSP
SERAFIM, Antonio de Pádua. Pedofilia: da fantasia ao comportamento sexual violento.
SaferNet
RAMOS, Ricardo. Pedofilia na rede: 2.361 suspeitos identificados.
[site] http://www.safernet.org.br acesso em 26/05/09.
Academia De Polícia Civil Do Distrito Federal
SIQUEIRA, Anamaria Cyrino. COMBATE À PEDOFILIA: Noções e inovações.
CPI Contra Pedofilia
MALTA, Magdo. Abuso Sexual Infantil.
Pedofilia Não é Crime
PORTILLO, Rafael. Pedofilia Não é Crime. [site] http://raopo.com.br/2009/06/pedofilia-nao-e-
crime/#comment-412 acesso em 19/11/2011.
Bullying NAO É brincadeira de criança.: Software israelense detecta “bullying digital”
[site] http://bullyingnaoebrincadeiradcrianca.blogspot.com/2011/06/software-israelense-detecta-
bullying.htmlacesso em 19/11/2011.
ICCyber 2010: Polícia Federal usa detecção de nudez no combate à pedofilia – iG Tecnologia /
Notícia – IG
[site]http://tecnologia.ig.com.br/noticia/2010/09/17/iccyber+2010+policia+federal+usa+deteccao
+de+nudez+no+combate+a+pedofilia+9593758.htmlacesso em 19/11/2011.
PF exporta tecnologia contra exploração sexual infantil na web
[site]http://tecnologia.terra.com.br/noticias/0,,OI4672063-EI12884,00-
PF+exporta+tecnologia+contra+exploracao+sexual+infantil+na+web.html
Crimes Cibernéticos: Setembro 2010
[site] http://www.crimesciberneticos.com/2010_09_01_archive.html
Pedofilia – Crime Hediondo [site] http://www.webartigos.com/artigos/pedofilia-crime-hediondo/
9022/
Interpol pede ajuda da América Latina para combater pedofilia | Safernet Brasil
[site]http://www.safernet.org.br/site/noticias/interpol-pede-ajuda-am%C3%A9rica-latina-para-
combater-pedofilia
Ferramenta Forense NuDetective
ELEUTÉRIO, Pedro M. S. [site] http://www.eleuterio.com/nudetective.html
Pedofilia: diferenças entre patologia e crime | Mas As Crianças, Senhor!?…
[site]http://masascriancassr.universolusofono.org/pedofilia-diferencas-entre-patologia-e-crime/ a
cesso em 15/11/2011.
Combate à Pedofilia Criminosa e ao Abuso Sexual Infantil
[site]http://todoscontraapedofilia.com.br/site/index.php?
option=com_content&view=article&id=832:combate-a-pedofilia-criminosa-e-ao-abuso-sexual-
infantil&catid=42:artigos&Itemid=68
Pedofilia Não É Crime | Raopo [site] http://raopo.com.br/2009/06/pedofilia-nao-e-crime/ acesso
em 20/11/2011.
Pedofilia Digital [site] http://censura.com.br/images/pedofilia_perigo_digital.pdf acesso em
16/11/2011.
Pedofilia na Internet: Legislação Aplicável e sua Eficácia na Realidade Brasileira
[site]http://www.tex.pro.br/tex/listagem-de-artigos/324-artigos-abr-2011/8022-pedofilia-na-
internet-legislacao-aplicavel-e-sua-eficacia-na-realidade-brasileira acesso em 15/11/2011.
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Publicado por Marcio Justino em 2011-12-06 em Acadêmico, Trabalho
Tags: Ferramentas Forenses, pedofilia, seminário
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Publicado por Marcio Justino em 2011-11-25 em Ferramentas, Forense, OpenSource
Tags: Ferramentas Forenses, OpenSource