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CRUZ VERMELHA BRASILEIRA

BARRA MANSA
CURSO TÉCNICO EM ENFERMAGEM

ADMINISTRAÇÃO
EM
ENFERMAGEM
Williana Brito
ADMINISTRAÇÃO
Conceito: Administrar consiste no ato de planejar, organizar, controlar e reunir recursos para alcançar
determinados objetivos de maneira eficaz e eficiente.
Para administrar, é necessário fazer previsão de recursos materiais e humanos.
UNIDADE I – Breve Histórico Hospitalar
Durante muito tempo as instituições atualmente denominadas “Hospitais”, desempenharam
exclusivamente o papel de hospedaria, ou seja, tinham função mais social do que terapêutica. Recolhendo
os desprotegidos da sorte, onde eram cuidados e alimentados.
Desse modo as pessoas eram recebidas nem sempre por estarem doentes e necessitarem de tratamento de
saúde.
Na história da evolução da assistência à saúde, há registros de instituições de cunho social e caritativo a
pobres, idosos, enfermos, órfãos e abandonados.
■ Anteriormente à existência dos hospitais
Os indivíduos que requeriam de cuidados de saúde permaneciam em suas casas, onde eram cuidados por
profissionais da época e assistidos tanto clínica quanto cirurgicamente. Não se conhecia nada sobre
esterilização, desinfecção ou antissepsia.
■ As santas casas de misericórdia
Ligadas a igreja católica, tiveram e ainda hoje possuem papel importante na assistência a pessoas carentes.
No Período colonial, a assistência hospitalar no Brasil era deficiente. Com a evolução do conhecimento, o
aparecimento de diversas patologias e de novas tecnologias, houve a necessidade de um local que
facilitasse a assistência e o tratamento das pessoas, surgindo, assim o Hospital.
As formas de diagnóstico foram sendo aperfeiçoadas, os tratamentos se diversificam surgindo as
especializações. Esse novo modo de assistir exigiu profissionais qualificados e em quantidade suficiente
para atender a demanda.
Atualmente, o serviço no hospital é desenvolvido por uma equipe multiprofissional que visa atender o
indivíduo na sua integralidade.
O modelo assistência vigente no Brasil também adota a atenção domiciliar prestada por uma equipe,
composta por Médico, Enfermeiro, Técnico e/ou Auxiliar de enfermagem e agentes comunitários de saúde,
podendo ser ampliada de acordo com a organização dos serviços locais.
A visita domiciliar realizada por meio da Estratégia de Saúde da Família (ESF), possibilita aos
membros da equipe:
● Promover a educação em saúde;
● Diagnosticar necessidades, acompanhar o tratamento do cliente no próprio domicílio ou na Unidade Básica
de Saúde (UBS);
● E ate mesmo encaminhá-lo, em caso de necessidade, a hospital ou centros especializados.
Hospital: O Hospital é parte integrante de um sistema de saúde que tem a finalidade de oferecer a
assistência: Preventiva, curativa, bem como reabilitar o indivíduo, sua família e a comunidade.
Funções do Hospital - Hospital é uma empresa complexa que necessita de:
● Organização administrativa;
● Equipamentos
● Materiais específicos para receber e tratar o indivíduo que busca atendimento de saúde.

Para a sua sobrevivência e bom funcionamento, desenvolve atividades semelhantes a outras


empresas:
■ Técnicas: Gerando a produção do serviço. É o próprio “fazer” na instituição.
■ Comercial: Porque as atividades são remuneradas, o serviço é cobrado do cliente.
■ Financeiro: Envolvendo entrada e saída do capital.
■ Segurança: Há a necessidade de proteção do paciente, do pessoal que atua ou enfrenta a instituição.
■ Contabilidade: Oferecendo transparência do movimento financeiro, inclusive estatísticas de
atendimentos, cuidados prestados e procedimentos adotados.
■ Administrativas: As atividades hospitalares necessitam ser planejadas, organizadas, coordenadas,
controladas e ter um comando.

⮚ Estas atividades contribuem para garantir a prestação de serviço e atender às funções do Hospital:
Função preventiva:
● Supervisão da gravidez normal e do parto;
● Supervisão do crescimento normal e do desenvolvimento da criança e do adolescente;
● Controle das doenças contagiosas;
● Prevenção das doenças de longa duração;
● Prevenção da invalidez física e mental;
Função educativa:
● Campo prático para estudantes dos cursos técnicos, graduação e pós-graduação da área de saúde;
● Educação continuada dirigida à equipe que trabalha na instituição;
● Educação em saúde dirigida ao público em geral.
Função restaurativa:
● Diagnóstico: em serviço de ambulatório e internação;
● Tratamento de doenças: curativos e paliativos, envolvendo atividades cirúrgicas, clínicas e especiais;
● Reabilitação física, mental e social;
● Tratamento de emergência.
Classificação dos Hospitais
A classificação dos hospitais envolvem aspectos administrativos, estrutura física, recursos humanos e o
desempenho da instituição. Existem uma série de critérios para classificar os hospitais.
A vantagem da classificação é permitir o estabelecimento de condições mínimas para ser autorizado o
funcionamento do hospital.
Podem se classificar os hospitais sob os aspectos clínicos e administrativos.
■ Hospitais Gerais: Capacitados a receberem pacientes predominantemente de várias especialidades
clínicas ou infantil, Hospital geriátrico.cirúrgicas, podendo ser limitado a um grupo etário. Ex. Hospital.
■ Hospitais Especializados: Capacitados a receberem pacientes predominantemente de uma
especialidade. Ex. Psiquiatria, oncologia, cardiologia etc.
Aspectos Administrativo:
Público: Administrado por entidade governamental municipal, estadual ou federal.
Privado ou Particular: Pertencente à pessoa jurídica de direito privado.
O privado/particular pode ser conveniados com o Sistema Único de Saúde.
Filantrópico: É o que integra o patrimônio de pessoa jurídica de direito privado, mantido parcial ou
integralmente por meio de doações, cujos membros de seus órgãos de direção e consultivos não sejam
remunerados, que se proponha à prestação de serviços gratuitos à população carente em seus ambulatórios,
reservando leitos, de acordo com a legislação em vigor, ao internamento gratuito, organizado e mantido
pela comunidade e cujos resultados financeiros revertam exclusivamente ao custeio de despesa de
administração e manutenção.
Hospital Local: É o hospital destinado a servir à população de determinada área geográfica, prestando, no
mínimo, assistência nas áreas básicas de clínica médica, pediátrica, cirúrgica, obstétrica e de emergência.
Hospital Regional: Presta assistência a de padrão superior à do Hospital local.
Hospital de ensino: É o local onde se desenvolvem atividades práticas dos cursos da área da saúde. Nele
estão presentes o ensino, a pesquisa, a extensão e a assistência.
Os hospitais mais complexo possuem infra-estrutura, como o serviço de educação continuada para o
desenvolvimento das pessoas, o que visa qualificar a assistência, e também possuem áreas de lazer,
biblioteca, refeitório, sala de convivência e outras.
De acordo com o número de leitos o hospital pode ser classificado em porte:
Pequeno – até 50 leitos;
Médio – de 51 a 150 leitos;
Grande – de 151 a 500 leitos;
Porte especial – acima de 500 leitos.
Ambiente Hospital
O hospital é uma organização que tem características próprias que a diferenciam de outras instituições.
Muitas de suas áreas funcionais devem ser interdependentes e ao mesmo tempo manter uma interligação
de forma a propiciarem um bom funcionamento.
O Principal objetivo do hospital é proporcionar assistência adequada aos pacientes dentro dos limites de
alguns conhecimentos:
● Tecnologia Médica;
● Organização das Atividades Humanas;
O hospital deve assegurar ao paciente uma assistência eficiente através de:
● Uma melhor organização do corpo clínico;
● Existência de pessoal competente;
● Serviços complementares de diagnóstico e tratamento.

Principais Unidades Hospitalares:


● Unidade de clinica médica;
● Unidade de clinica cirúrgica;
● Unidade de obstetrícia;
● Unidade de berçário;
● Unidade de pediatria;
● Unidade de ortopedia e traumatologia;
● Unidade de emergência;
● Unidade de centro cirúrgico;
● Unidade de centro obstétrico;
● Unidade de centro de material e esterilização;
● Unidade de terapia intensiva;
● Unidade de ambulatório e também outras especialidades.
Relacionamento Interpessoal/Interprofissional
O serviço de enfermagem relaciona-se, praticamente, com todos os serviços hospitalares.
É fundamental que os integrantes da equipe de enfermagem conheçam o hospital como um todo.
Para se manter um bom entrosamento e relacionamento entre os vários serviços do hospital, é necessário
que as funções de cada seção sejam bem definidas e que haja estreita colaboração entre todos que os
executam.
O bom relacionamento interprofissional é imprescindível. As limitações de comunicação podem causar
graves problemas ao serviço e ao usuário.
Um exemplo disso é a passagem de plantão entre a equipe para garantir a continuidade do trabalho.
Ela também faz com que haja maior interação entre os profissionais, refletindo na melhoria da qualidade
do atendimento.
Devendo ser lembrado o grande valor que desempenham as reuniões administrativas periódicas das chefias
de serviços, para que se consiga manter o máximo de harmonia interna e externa do hospital.
Outros fatores importantes a considerar:
Disciplina com os horários de chegada e saída, na administração de medicamentos, no uso do uniforme;
Cordialidade entre os colegas e os outros membros da equipe de saúde, o tratamento com os clientes e
familiares e ao atender telefonemas;
Procurar preservar o silêncio, não bater portas, fazer barulho com materiais e chaves. Evitar sapatos
barulhentos, tais como tamancos, evitar falar alto, ouvir rádio e TV em volume alto, principalmente à noite.
Presteza no atendimento, ou ser solicito às necessidades do cliente, sejam elas explícitas ou não.
“Importância do Trabalho em Equipe”
Cada vez mais o trabalho em equipe é valorizado.
Porque ativa a criatividade e quase sempre produz melhores resultados do que o trabalho individual.
Por tudo isto aqui ficam dez dicas para trabalhar bem em equipe.
1. Seja Paciente
Nem sempre é fácil conciliar opiniões diversas, afinal "cada cabeça uma sentença".
Por isso é importante que seja paciente. Procure expor os seus pontos de vista com moderação e procure
ouvir o que os outros têm a dizer. Respeite sempre os outros, mesmo que não esteja de acordo com as suas
opiniões.
2. Aceite as Idéias dos Outros
As vezes é difícil aceitar idéias novas ou admitir que não temos razão; mas é importante saber reconhecer
que a idéia de um colega pode ser melhor do que a nossa.
Afinal de contas, mais importante do que o nosso orgulho, é o objetivo comum que o grupo pretende
alcançar.
3. Não Critique os Colegas
As vezes podem surgir conflitos entre os colegas de grupo; é muito importante não deixar que isso interfira
no trabalho em equipe. Avalie as idéias do colega, independentemente daquilo que achar dele. Critique as
idéias, nunca a pessoa.
4. Saiba Dividir
Ao trabalhar em equipe, é importante dividir tarefas.
Não parta do princípio que é o único que pode e sabe realizar uma determinada tarefa. Compartilhar
responsabilidades e informações é fundamental.
5. Trabalhe
Não é por trabalhar em equipe que deve esquecer suas obrigações.
Dividir tarefas é uma coisa, deixar de trabalhar é outra completamente diferente.
6. Seja Participativo e Solidário
Procure dar o seu melhor e procure ajudar os seus colegas, sempre que seja necessário.
Da mesma forma, não deverá sentir-se constrangido quando necessitar pedir ajuda.
7. Dialogue
Ao sentir-se desconfortável com alguma situação ou função que lhe tenha sido atribuída, é importante que
explique o problema, para que seja possível alcançar uma solução de compromisso, que agrade a todos.
8. Planeje
Quando várias pessoas trabalham em conjunto, é natural que surja uma tendência para se dispersarem; o
planejamento e a organização são ferramentas importantes para que o trabalho em equipe seja eficiente e
eficaz.
É importante fazer o balanço entre as metas a que o grupo se propôs e o que conseguiu alcançar no tempo
previsto.
9. Evite Cair no “Pensamento de Grupo"
É importante que o grupo ouça opiniões externas e que aceite a idéia de que pode errar.
10. Aproveite o Trabalho em Equipe
Afinal o trabalho de equipe, acaba por ser uma oportunidade de conviver mais perto de seus colegas, e
também de aprender com eles.
“Conheça os 10 principais erros no trabalho em equipe”
1. Fazer Fofoca de Colegas Ausentes
Falar dos outros é sempre delicado. Portanto, se você tem algo a dizer para seu colega, diga diretamente
a ele.
Desta forma, evita que o comentário seja mal interpretado e retransmitido por outros funcionários.
Ao fazer uma crítica diretamente ao colega em questão você evita que seu comentário chegue distorcido
aos ouvidos dele, o que pode gerar conflitos.
Além disso, falar pelas costas e comentar sobre a vida alheia é uma atitude mal vista.
2. Rejeitar o Trabalho em Equipe
Hoje, independentemente de seu cargo, é preciso saber trabalhar em equipe, já que bons resultados
dificilmente nascem de ações individuais. No ambiente corporativo, uns dependem dos outros.
Se o funcionário não estiver disposto a colaborar com os colegas, certamente será um elo quebrado. Com
isso, o grupo/equipe não chegará ao resultado desejado.
Ser resistente ao trabalho em equipe é um revés grave. Sem essa abertura, dificilmente o colaborador
conseguirá obter sucesso".
3. Ser Antipático (a)
A empatia é muito útil no ambiente de trabalho. Você deve ser leal, amigo e humilde.
Falar bom dia e cumprimentar os outros são atitudes que demonstram educação e respeito pelos demais.
4. Deixar Conflitos Pendentes
Conflitos acumulados podem se agravar. Qualquer tipo de problema referente ao trabalho, dúvida sobre
decisões, responsabilidades que não foram bem entendidas, alguém que ficou magoado com outro por
algum motivo, enfim, qualquer tipo de desconforto deve ser esclarecido para evitar a discórdia no
ambiente. Caso contrário, isso poderá gerar fofoca com outros colaboradores e um clima péssimo para
toda a equipe.
5. Ficar de Cara Fechada
Ter um companheiro de equipe com bom humor anima o ambiente de trabalho, enquanto que topar um
colega mal-humorado causa desconforto do início ao fim do expediente (plantão).
Pessoas mal-humoradas geralmente não toleram brincadeiras. Com isso, automaticamente são excluídas
da equipe, o que não é saudável.
6. Deixar de Cultivar Relacionamentos
A partir do seu relacionamento interpessoal no trabalho é que conseguirá construir uma rede de contatos
que servirá, no futuro, para encaminhá-lo às melhores oportunidades.
É importante mostrar dinamismo, ser cooperativo no trabalho e nunca fechar as portas pelos lugares onde
passar.
7. Não Ouvir os Colegas
É importante escutar a todos, mesmo aqueles que têm menos experiência. Isso estimula a participação e a
receptividade de novas ideias e soluções.
8. Não Respeitar a Diversidade
Todas as diferenças devem ser respeitadas entre os membros de uma equipe.
Não é aceitável na nossa sociedade alguém que não queira contato com outro indivíduo apenas por ele ser
diferente.
9. Apontar o Erro do Outro
A perfeição não é virtude de ninguém. Antes de apontar o erro do outro, deve-se analisar a sua própria
conduta e sua responsabilidade para o insucesso de um trabalho ou projeto.
É melhor ajudar a solucionar um problema do que criar outro maior em cima de algo que já deu errado.
Lembre-se: errar é humano e o julgamento não cabe no ambiente de trabalho. No futuro, o erro apontado
pode ser o seu.
10. Ficar Nervoso (a) Com a Equipe
Atritos são inevitáveis no ambiente de trabalho, mas a empatia (Capacidade de compreender o sentimento
ou reação da outra pessoa) deve ser colocada em prática nos momentos de tensão entre a equipe para evitar
que o problema chegue ao gestor e se torne ainda pior.
Cada um tem um tipo de aprendizagem e um ritmo de trabalho, o que não quer dizer que a qualidade da
atividade seja melhor ou pior que a sua.
O respeito e a maturidade profissional devem falar mais alto do que o nervosismo. Equilíbrio emocional e
uma conduta educada são importantes tanto para a empresa como para o profissional.

DIREITOS DOS PACIENTES


1. Os profissionais da saúde devem dar ao paciente um atendimento humano, atencioso e respeitoso, em local
digno e adequado.
2. O paciente deve ser identificado por seu nome e sobrenome, nunca pela doença ou problema de saúde que
o afete - e nem de maneira genérica, imprópria, desrespeitosa ou preconceituosa.
3. O paciente tem direito a receber, tão logo chegue ao consultório ou instituição de saúde, um atendimento
imediato capaz de assegurar-lhe conforto e bem-estar.
4. O profissional da saúde deve portar crachá com nome completo, cargo e função, de forma que o paciente
possa identificá-lo facilmente.
5. A pessoa tem direito a marcar suas consultas com antecedência e o tempo de espera no local do
atendimento não deve ultrapassar 30 minutos.
6. O material utilizado em qualquer procedimento médico deve ser descartável ou rigorosamente esterilizado,
sendo manipulado de acordo com todas as normas de assepsia e higiene.
7. O paciente deve receber explicações claras e detalhadas sobre exames realizados, bem como sobre a
finalidade da eventual coleta de material para análise.
8. O indivíduo tem direito a informações claras, objetivas e, se preciso, adaptadas à sua capacidade de
entendimento, sobre as ações diagnósticas e terapêuticas e suas conseqüências, duração prevista do
tratamento, áreas do organismo afetadas pelo problema, patologias envolvidas, necessidade ou não de
anestesia e instrumental a ser utilizado.
9. Deve ainda ser informado se o tratamento ou o diagnóstico for experimental, sobre se os benefícios obtidos
são proporcionais aos riscos e sobre a possibilidade de agravamento dos sintomas da patologia.
10. O paciente pode recusar qualquer tratamento experimental. Se não tiver condições de expressar sua
vontade, os familiares ou responsáveis deverão manifestar o consentimento por escrito.
11. É direito do paciente recusar qualquer diagnóstico ou procedimento terapêutico. O consentimento deve ser
expresso de maneira livre e voluntária, depois de prestados todos os esclarecimentos necessários. Se
porventura ocorrerem alterações significativas em seu estado de saúde ou nas causas do consentimento
inicial, o paciente deverá ser novamente consultado.
12. A pessoa em tratamento pode revogar tal consentimento a qualquer instante, por decisão livre, consciente
e esclarecida, sem que lhe sejam imputadas sanções morais ou jurídicas.
13. O paciente tem livre acesso a seu prontuário médico. O mesmo deve ser legível e conter os documentos
do seu histórico, dados sobre o início e a evolução do problema, o raciocínio clínico do profissional de
saúde, exames e conduta terapêutica, bem como relatórios e demais anotações.
14. O diagnóstico e o tratamento devem ser registrados por escrito, de forma clara e legível, e repassados ao
paciente, constando desse registro o nome do médico e seu número de inscrição no respectivo Conselho
Profissional.
15. Os medicamentos devem ser acompanhados de suas bulas, impressas de forma compreensível, com data
de fabricação e prazo de validade do produto.
16. Nenhum órgão pode ser retirado do corpo do paciente sem que haja sua prévia aprovação.
17. Deve constar nas receitas o nome genérico do medicamento, de acordo com a Lei do Genérico, e não
apenas seu código. A receita deve ser impressa, datilografada ou escrita em caligrafia perfeitamente
legível, com a assinatura do médico e o carimbo com seu número de registro no respectivo Conselho
Profissional.
18. O hospital é obrigado a informar ao paciente a procedência do sangue ou dos hemoderivados a serem
utilizados em transfusões, bem como as bolsas de sangue devem conter carimbo atestando as respectivas
sorologias e sua validade.
19. Na hipótese de o paciente se achar inconsciente, devem ser anotados em seu prontuário todos os dados
referentes à medicação, sangue ou hemoderivados, com informações sobre a origem, tipo e prazos de
validade.
20. O paciente tem direito de saber, com segurança e antecipadamente, por meio de testes e exames, que não
é diabético, portador de algum tipo de anemia e nem alérgico a determinados medicamentos (anestésicos,
penicilina, sulfas, soro antitetânico, etc).
21. O paciente tem direito a acompanhante tanto nas consultas quanto nas internações. A visita de parentes e
amigos deve ser restrita a horários compatíveis e não comprometer as atividades médico-sanitárias. Em
caso de parto, a mulher poderá solicitar a presença do marido.
22. São garantidas aos indivíduos segurança e integridade física nos estabelecimentos de saúde, sejam eles
públicos ou privados.
23. Todos têm direito a contas detalhadas, com valores discriminados sobre tratamento, exames, medicação,
internação e demais procedimentos.
24. Ninguém pode ser discriminado em estabelecimentos de saúde por portar qualquer patologia,
especialmente AIDS e doenças infecto-contagiosas.
25. O paciente tem direito a medicamentos e equipamentos capazes de lhe assegurar a vida e a saúde.
26. O paciente tem direito a resguardar informações de caráter pessoal, pela manutenção do sigilo médico,
desde que isso não acarrete riscos a terceiros ou à saúde pública. Tais informações incluem tudo o que,
mesmo desconhecido pela própria pessoa, seja do conhecimento do profissional de saúde em decorrência
de conclusões obtidas a partir do histórico do paciente e dos exames.
27. O paciente tem direito à privacidade - seja no leito, seja fora dele - quando satisfizer suas necessidades
fisiológicas e higiênicas, incluindo o ato de alimentar-se.
28. A parturiente pode exigir a presença de um neonatologista por ocasião do parto.
29. A maternidade é obrigada a realizar em todos os recém-nascidos o chamado 'teste do pezinho' para detectar
a presença de fenilcetonúria.
30. O paciente tem direito à indenização pecuniária no caso de imprudência, negligência ou imperícia por
parte dos profissionais de saúde.
31. Não pode faltar assistência adequada mesmo em períodos festivos, feriados ou durante greves.
32. O indivíduo doente pode recusar assistência moral, psicológica, social e religiosa.
33. A pessoa tem direito à morte digna e serena, podendo optar ela própria (desde que lúcida), a família ou o
responsável, pelo local onde deseja morrer, se quer ou não a companhia de pessoas nesse momento ou se
deseja submeter-se a algum tratamento doloroso e extraordinário que lhe prolongue a vida.
34. O paciente tem direito à dignidade e ao respeito mesmo após a morte. Os familiares ou responsáveis devem
ser avisados imediatamente após o óbito.
35. É assegurado o direito a um órgão jurídico específico da área da saúde, sem ônus e de fácil acesso.
UNIDADE II: Organização e Funcionamento Do Hospital
A organização hospitalar é constituída de unidades que funcionam de forma integrada, com objetivos
gerais semelhantes.
O HOSPITAL É ORGANIZADO EM 3 GRANDES DIVISÕES:
⮚ Divisão médica

⮚ Divisão Técnica

⮚ Divisão Administrativa
Divisão Médica
É aquela formada pelo corpo médico do hospital e é mais ou menos desenvolvida de acordo com as
finalidades da instituição e com as possibilidades da comunidade.
Fazem parte da Divisão Médica:
Clínicas (médicas, cirúrgicas, especializadas), serviços médicos auxiliares, serviços complementares de
diagnóstico e tratamento – radiologia, laboratórios, serviços de fisioterapia, anestesia, anatomia patológica,
banco de sangue, farmácia e odontologia.
Divisão Técnica
Constitui-se daqueles serviços que colaboram diretamente com o médico, para que ele possa
desempenhar com sua eficiência suas atribuições na instituição.
É constituída dos seguintes serviços: enfermagem, nutrição, serviço social médico, arquivo médico e
estatística.
Divisão Administrativa
Contribui, no hospital, para que os serviços técnicos possam, mais facilmente, colaborar com o médico,
para ele desempenhar bem sua função.
Integram a divisão de serviços administrativos:

Protocolo e arquivo, seção de pessoal, contabilidade, tesouraria, serviço de material ou almoxarifado,


lavanderia, serviço de conservação e reparos, zeladoria ou seção de

ESTRUTURA ORGANIZACIONAL

Para atingir seus objetivos, o hospital necessita de uma equipe multiprofissional especializada, capaz de
oferecer assistência qualificada. Portanto, é importante que tenha uma coordenação interna eficiente.
O serviço de enfermagem abrange 70% dos profissionais de um hospital.
O serviço de enfermagem é uma equipe com:

✔ Grande número de pessoas;

✔ Grande número de tarefas;

✔ Grande complexidade e diversidade dessas tarefas.


Por esse motivo é evidente a necessidade de organização e orientação, assim como da divisão de trabalho
nessa equipe: “ preciso determinar quem faz, o quê e onde”.
As atividades são especificadas desde os níveis mais baixos até a alta administração e um sistema de
comunicação é delineado, permitindo que as pessoas realizem as atividades e exerçam a autoridade que
lhes compete para o atingir os objetivos organizacionais.
Hierarquia: diferencia a organização em camadas ou níveis de autoridade, tendo os superiores certo
grau de autoridade sobre os subordinados. À medida que sobe a escala hierárquica, aumenta a autoridade
do ocupante do cargo.

Uma estrutura organizacional pode ser vista sob dois aspectos: Organização Formal e Organização
Informal
Organização Formal: É planejada, definida no organograma e comunicada a todos.
Organização Informal: Surge espontaneamente entre as pessoas e se define a partir dos relacionamentos
entre os envolvidos.
Organograma: é a representação gráfica da estrutura e as relações de autoridade existentes entre eles,
indicando os órgãos por meio de retângulos, e as relações de autoridade por meio de linhas. Permite a
visualização de toda a estrutura da organização, bem como o fluxo de autoridade e responsabilidade.
É importante a elaboração de um organograma, pois é difícil visualizar a organização como um todo,
surgindo assim a necessidade de um gráfico que mostre de forma imediata os órgãos componentes da
organização, o fluxo da autoridade e responsabilidade e as linhas formais de comunicação.
Autoridade: a autoridade é o poder de comandar subordinados para que executem atividade à realização
dos objetivos propostos. O poder de comandar diminui à medida que se vai do alto para baixo na estrutura
hierárquica.
Responsabilidade: a responsabilidade provém da relação superior/subordinado e refere-se à obrigação
que uma pessoa tem de fazer alguma coisa para outra. A responsabilidade não é delegada, mesmo que a
execução de uma atividade seja atribuída a um subordinado, o chefe será sempre responsável pelo que o
subordinado faz.
Atitudes que neutralizam situações indesejadas com seu líder:

✔ Tenha boa comunicação – aperfeiçoe sua comunicação para que o seu superior note que você é bom
naquilo que faz;
✔ Tenha autoconfiança – não deixe que o supervisor duvide das suas capacidades e habilidades. Dê o seu
melhor, trabalhe da melhor maneira possível. Assim, será capaz de vencer os obstáculos do dia-a-dia;
✔ Seja um bom ouvinte – demonstre ao seu superior que está ouvindo atentamente o que lhe foi solicitado,
pois isso revela preocupação em desempenhar bem as suas funções, revelando responsabilidade;
✔ Construa relações – tenha boas relações com os colegas de trabalho, com os pacientes e familiares. Isso
contribuirá para uma imagem positiva sobre você;
✔ Conheça bem seu superior – descubra as atitudes que ele não gosta e tente evitá-las;
✔ Antecipe-se – com o decorrer do tempo você conhecerá bem o seu superior, o que ele tem hábito de pedir,
ou como aprecia a execução de uma atividade. Isso lhe permitirá antecipar as necessidades e surpreendê-
lo com eficiência;
✔ Aceite novas formas de trabalho – se lhe for solicitado alguma atividade nova, não rejeite. Aperfeiçoe
seus conhecimentos para poder realizá-la. Isso vai fazer muita diferença, pois mostra o quanto você está
aberto a novas opções;
✔ Seja flexível – esteja aberto a mudanças e reconheça seus erros. A flexibilidade é vista como competência
e, atualmente, exigida nos ambientes de trabalho;
✔ Empenhe-se – demonstre sua opinião a respeito do que lhe é proposto. Não concorde com tudo. Dedique-
se ao que está fazendo e faça com esmero. Siga seus objetivos até concluí-los

UNIDADE III: REGISTRO EM ENFERMAGEM

PRONTUÁRIO

É todo acervo documental padronizado, organizado e conciso, referente ao registro dos cuidados prestados
ao paciente por todos os profissionais envolvidos na assistência. Para uma assistência de qualidade, o
profissional de saúde precisa de acesso a informações:

⮚ Corretas;
⮚ Organizadas;
⮚ Seguras;
⮚ Completas;
⮚ Disponíveis

ANOTAÇÕES DE ENFERMAGEM
As anotações de enfermagem são todos os registros das informações do paciente, das observações feitas
sobre o seu estado de saúde, das prescrições de enfermagem e sua implantação, da evolução de
enfermagem e de outros cuidados, entre eles, a execução das prescrições médicas.

Objetivo:

⮚ Fornecer informações sobre a assistência prestada,


⮚ Assegurar comunicação entre os membros da equipe de saúde,
⮚ Garantir continuidade das informações nas 24 horas,
⮚ Condição indispensável para compreensão do paciente de modo global.
⮚ Segurança do paciente e do profissional de saúde.
⮚ Ensino e Pesquisa
⮚ Auditoria.

DIRETRIZES PARA ELABORAÇÃO DOS REGISTROS:

⮚ Escrita legível
⮚ Fazer anotações de observações factuais
⮚ Ser conciso
⮚ Incluir data e hora das anotações cronologicamente
⮚ Incluir todas as anotações necessárias
⮚ Usar apenas abreviaturas e símbolos aprovados
⮚ Assinar cada registro

RESPONSABILIDADES LEGAIS NOS REGISTROS:

“ A finalidade mais importante em se fazer uma documentação é proporcionar uma comunicação que
melhore a assistência ao paciente”

Refletem todo o empenho e força de trabalho da equipe de enfermagem, valorizando, assim, suas ações.

ENTRETANTO NA EVETNUALIDADE DE UM PROCESSO JURÍDICO O MAIOR


BENEFICIADO PODERÁ SER VOCÊ!!!

⮚ Nunca faça rasuras no prontuário


⮚ Nunca altere as anotações já escritas
⮚ Não deixe espaços em branco
⮚ Registre apenas os dados observados
⮚ Faça anotações frequentemente no prontuário
⮚ Documente as precauções de segurança adotadas
⮚ Assinatura legível e número de inscrição do Conselho

IMPORTANTE: Todo documento particular, caso da documentação de enfermagem, para ser considerado
autêntico e válido deverá estar legalmente constituído, ou seja, possuir assinatura do autor do registro
(artigo 368 do Código do Processo Civil - CPC) e inexistência de rasura, entrelinhas, emenda, borrão ou
cancelamento, características que poderão gerar a desconsideração jurídica do documento produzido como
prova documental (artigo 386 do CPC)

ATENÇÃO: Quando receber ordens, resultados de exames ou prescrição médica por telefone, ouça com
atenção e anote tudo no prontuário. Depois, leia para a pessoa o que você escreveu e confirme se a
informação está correta.
FIQUE ATENTO: Escreva no prontuário o nome dos profissionais envolvidos na comunicação, anote data
e hora e releia o que foi escrita.

LEMBRANDO QUE: Não são permitidas prescrições médicas verbais, de medicamentos ou


procedimentos. As exceções se restringem a situações de emergência.

Roteiro para a 1ª anotação de Enfermagem do Plantão


1) Estado ou Nível de Consciência:
● Qual estado de consciência do paciente? Alerta? Letárgico? Obnubilado? Torporoso, Comatoso?
● Se o paciente estiver alerta, avaliar o estado mental (item 02), que é a qualidade deste estado.
● Se o paciente não estiver alerta, é claro, não tem como avaliar o estado mental, então segue para o item 3.

2) Estado Mental:
● Está orientado no tempo e espaço? Para avaliar a orientação é preciso perguntar ao paciente:
● Avaliação da orientação no tempo: Que dia da semana estamos?
● Avaliação da orientação no espaço: Onde você está?

3) Estado emocional/ expressão facial:


● Calmo? Apático? Alegre? Triste? Preocupado? Hostil? Agitado?
● Qual o comportamento que retrata o estado emocional do paciente? Por exemplo: Refere estar triste por
estar longe dos filhos e choroso durante o diálogo.

4) Condição de Deambulação:
● Deambulante? Tipo de marcha? Deambula com dificuldade? Com auxílio da enfermagem? Locomove-se
em cadeira de rodas? Com auxílio de muletas, bengala, andador?

5) Acamado?
● Em cama com grades elevadas? Qual decúbito? Encontra-se com restrição mecânica? Em que segmento
corporal? Está com aparelho ortopédico? Especificar. Quais os métodos utilizados para evitar lesão por
pressão? Colchão piramidal? Colchão pneumático? Placas de proteção?
● Na primeira anotação o registro é da posição em que você encontrou o paciente e no decorrer do plantão,
a cada 2 horas, é preciso anotar em que decúbito foi colocado o paciente, além das medidas de proteção
utilizadas, como coxins, e os sinais e sintomas observados (alterações cutâneas, etc)

6) Repouso no leito?
● Relativo ou absoluto?

7) Sono e Repouso:
● Refere ter dormido bem a noite? Não? Por quê? Especificar.
● Ex: Refere insônia devido a dor difusa em região abdominal, de intensidade 6.

8) Equipamentos/ Dispositivos/ Aparelhos/ Cateteres/ Sonda/ Drenos/ Curativos/ Venóclise:


● Todos os dispositivos que o paciente mantem e todas informações necessárias relacionadas à eles devem
estar descritas. Exemplos:
● Mantem cateter vesical de demora aberto, com débito de 400 ml, amarelo-escuro, turvo.
● Mantem cateter nasogástrico aberto, em narina direita.

9) Sinais – aqueles identificados por meio da observação.


● Integridade da pele: íntegra? lesão?
● Em caso de lesão – especificar: tipo, tamanho, localização e outras características, se houver. Dor?
Especificar: tipo, localização, intensidade e outras característica, se houver.
● Outros exemplos: náuseas, mal estar, insônia, prurido

10) Sintomas- aqueles referidos pelo paciente.


● Dor? Especificar: tipo, localização, intensidade e outras características se houver.
Outros exemplos: Náuseas, mal estar, insônia, prurido.

11) Condições dos Membros Superiores e Inferiores:


● Coloração, perfusão, temperatura do membro, pulso.

12) Aceitação da dieta


● Recusou a dieta? qual o motivo?
● Está em jejum? Especificar no início da anotação o motivo, se é para cirurgia, tipo de cirurgia, se é para
algum exame.

13) Eliminação Vesical


● Espontânea? Por sonda vesical de demora? por sonda vesical de alívio?
● Quantidade? Mensurar o volume em ml, sempre que mantiver sonda, estiver em controle de diurese ou
balanço hídrico.
● Qual as características? Coloração (amarelo-claro, escuro, alaranjado)? Odor? (fétido? característico?)
● Presença de anormalidades? hematúria? disúria?

14) Eliminação Intestinal


● Presente? Ausente? Há quantos dias?
● Via de eliminação: em caso de ostomia.
● Consistência: Pastosa? líquida? semi-pastosa? Aspecto: Qual frequência? Cor?
● Queixas.

15) Anotar orientações dadas, as condutas adotadas e os resultados das mesmas. Por exemplo:
● 16/08/18 – 10h: Refere dor de intensidade 4/5, comunico enfermeira do setor, que avalia e orienta
administrar Dipirona 500 mg/ml, 40 gotas, por via oral, conforme prescrição médica (se necessário).
● 16/08/18 – 11h: Refere dor zero após administração da Dipirona. Oriento comunicar em caso de qualquer
desconforto, via campainha. Mantenho campainha próxima ao paciente.

Características gerais das anotações de enfermagem:

● Devem ser legíveis, completas, claras, objetivas e cronológicas;


● Devem ser precedidas de data e hora, conter assinatura e identificação do profissional ao final de cada
registro;
● Devem ser registradas logo após o cuidado prestado, a orientação fornecida ou informação obtida;
● Não devem conter rasuras, entrelinhas, linhas em branco ou espaços;
● Não deve ser utilizado corretivo, esparadrapo ou qualquer forma para apagar o registro realizado, por
tratar-se de um documento legal.
● Caso aconteça uma anotação errada, utilize o termo “digo” entre vírgulas. Por exemplo: Mantem cateter
venoso periférico em mão direita, digo, esquerda.
● Caso o erro percebido seja extenso, por exemplo, realizado a anotação de um paciente no impresso de
outro paciente, é preciso “passar” um traço na diagonal e utilizar o termo “SEM EFEITO”, continuando o
registro correto na linha subsequente.

● Não deixar espaços em branco entre uma e outra anotação e não passar traço entre o final da anotação e a
identificação do profissional;
● Devem ser referentes aos dados simples, que não requeiram maior aprofundamento científico. Não é
correto, por exemplo, o técnico ou auxiliar de enfermagem anotar dados referentes ao exame físico do
paciente, como abdome distendido, timpânico; etc., visto que, para a obtenção destes dados, é necessário
ter realizado o exame físico prévio, que constitui ação privativa do enfermeiro.

● O ato de “checar” utilizados sobre o horário, nas prescrições de enfermagem e médica, significa que a ação
foi realizada, e o “bolar” ou “circular” significa que a ação prescrita não foi realizada. Acima do sinal
“checar” é indispensável a colocação das iniciais do nome completo do profissional que realizou a ação.
Lembrando que o ato de checar não dispensa a necessidade de anotar também. E após “bolar” um horário,
é imprescindível anotar a justificativa de não realização do cuidado.
Exemplo de “checar” e “bolar”:

● Após cada horário de anotação de enfermagem, deve constar a identificação do profissional ou assinatura
e carimbo, conforme preconizado pela instituição.
● No impresso de anotação de enfermagem devem constar o cabeçalho com preenchimento completo: dados
do paciente (nome, idade, sexo e RG hospitalar), e complementado com data, número do leito e enfermaria.
Pode ser utilizado etiqueta impressa ou na sua falta preencher manualmente o cabeçalho do impresso com
esses dados.
● A anotação deve conter subsídios para permitir a continuidade do planejamento dos cuidados de
enfermagem nas diferentes fases e para o planejamento assistencial da equipe multiprofissional;

Exercício: Elabore um roteiro de enfermagem:

Paciente M. J. S. 10/09/2019 – 9:00h, consciente, deambulando, orientado, sono preservado durante


a noite, venóclise por scalp em MSE sem sinais flogísticos, calmo, SVD com débito de 200ml de
coloração alaranjada, dispneico, eliminação intestinal ausente há 1 dia, pele íntegra, pulso periférico
presente, aceitou o desjejum.

1. Admissão

É a entrada e permanência do paciente no hospital, por determinado período. Tem por objetivos facilitar a
adaptação do paciente ao ambiente hospitalar, proporcionar conforto e segurança.

Na unidade de internação o paciente é recebido por um profissional da unidade e encaminhado ao quarto


ou enfermaria. Deve ser recebido com gentileza e cordialidade para aliviar suas apreensões e ansiedades.
Geralmente, o paciente está preocupado com a sua saúde.

A primeira impressão recebida é fundamental ao paciente e seus familiares, inspirando-lhes confiança no


hospital e na equipe que o atenderá. Se recebido atenciosamente, proporcionará sensação de segurança e
bem estar, e deste primeiro contato depende em grande parte a colaboração do paciente ao tratamento.

Procedimentos Para Admissão:


● Receber o paciente cordialmente, verificando se as fichas estão completas;
● Acompanhar o paciente ao leito, auxiliando-o a deitar e dando-lhe todo o conforto possível;
● Apresentá-lo aos demais pacientes do seu quarto;
● Orientar o paciente em relação à: localização das instalações sanitárias; horários das refeições; modo de
usar a campainha; nome do médico e da enfermeira chefe;
● Explicar o regulamento do hospital quanto à: fumo; horário de repouso; horário de visita;
● Os pertences do paciente devem ser entregues à família no ato da admissão, se não for possível, colocá-
los em um saco e grampear, identificando com um impresso próprio e encaminhar para a sala de pertences;
● Preparar o paciente em relação aos exames a que será submetido, a fim de obter sua cooperação;
● Fornecer roupa do hospital, se a rotina da enfermeira não permitir o uso da própria roupa;
● Fazer o prontuário do paciente;
● Verificar temperatura, pressão arterial, pulso e respiração;
● Anotar no relatório de enfermagem a admissão com nome do paciente, data e hora;
● Condições de chegada (deambulando, em maca, em cadeira de rodas, etc.);
● Presença de acompanhante ou responsável;
● Condições de higiene;
● Anotar queixas do paciente relacionadas ao motivo da internação no momento da admissão;
● Anotar no Relatório Geral a admissão e o censo diário;

Exemplo de Admissão:
25/07/19 às 11:00h - Paciente M.J.S., admitido no setor, deambulando, acompanhado da mãe, para tratamento
clínico de amigdalite, apresentando os seguintes sintomas: "dor na garanta", dificuldade de deglutição,
hipertemia, cefaléia, calafrios e "dor na nuca". SSVV: PA=110x80mmHg; FC=74bpm; FR=15ipm; e
Tax=38ºC. Relata apresentar sono agitado, alimentar-se pouco, não fazer uso de medicações e não
apresentar reações alérgicas, não ser tabagista, nem estilista, apresentar evacuação e diurese diários. Há
mais ou menos seis anos apresentou infecção urinária, sendo realizado apenas tratamento clínico.
Apresenta ressecamento da pele, dos MMSS e MMII, solução de continuidade nos lábios, presença de
placas na garganta acompanhadas de dor, dificuldade de verbalizar e tumefação dos gânglios. Foi instalado
soroterapia no dorso da mão do membro superior esquerdo, encontrando-se em repouso no leito.
Assinatura do profissional com o número do COREN.

2. Alta
Alta Hospitalar é o encerramento da assistência prestada ao paciente no hospital. O paciente recebe alta quando
seu estado de saúde permitir ou quando está em condições de recuperar-se e continuar o tratamento em
casa. A alta do paciente deve ser assinada pelo médico.

Procedimentos de Alta:

● Certificar-se da alta no prontuário do paciente, que deve estar assinada pelo médico;
● Tipo de alta: médica ou a pedido;
● Verificar no prontuário as medicações ou outros tratamentos a serem feitos antes da saída do paciente;
● Informar ao paciente sobre a alta, hora e de como será transportado;
● Entregar ao paciente a receita médica e orientá-lo devidamente;
● Auxiliar o paciente a vestir-se;
● Reunir as roupas e objetos pessoais e colocá-los na mala ou sacola;
● Devolver objetos e medicamentos ao paciente, que foram guardados no hospital;
● Providenciar cadeira de rodas ou maca para transportar o paciente até o veículo;
● Anotar no prontuário as condições clínicas do paciente no momento da alta, precedida da data e do horário;
● Transportar o paciente;
● Preparar a unidade para receber outro paciente.

Exemplo de Alta Hospitalar:


28/07/19 às 10h30min – Paciente M.J.S. recebeu alta hospitalar após reavaliação médica e melhora clínica, deixou
o setor às 11h00minh, consciente, orientado, deambulando, acompanhado da mãe. No momento da alta:
Tax=36ºC; FR=15 ipm; PA=110x70 mmHg e FC=80 bpm. Sendo fornecidas orientações quanto a troca
diária do curativo oclusivo, localizado no MIE (região dorsal do pé), mantendo sempre limpo e seco,
evitar atividades físicas e exercícios excessivos, fazer uso correto das medicações prescritas, sendo
prescrito inclusive os horários das doses e retornar ao médico em sete dias para nova avaliação. Assinatura
do profissional com o número do COREN.

3. Transferência interna do paciente


É a transferência do paciente de um setor para o outro, dentro do próprio hospital. Poderá ser transferido quando
necessitar de cuidados intensivos, mudança de setor e troca do tipo de acomodação.

Procedimentos de Transferência interna do paciente:


● Após confirmação da vaga pela chefia, orientar o paciente;
● Checar na prescrição toda a medicação que foi administrada e cuidados prestados;
● Separar medicamentos para encaminhá-los junto com o paciente;
● Proceder às anotações de enfermagem no plano assistencial;
● Entregar pertencer do paciente à família ou encaminhar junto ao paciente;
● Proceder o transporte do paciente, com auxílio;
● Anotar no prontuário o motivo da transferência com data e horário;
● Setor e destino e forma de transporte;
● Levar o prontuário completo, medicamentos e pertences;
● Auxiliar na acomodação do paciente;
● Retornar ao setor levando a maca ou cadeira de rodas;
● Preparar a unidade para receber outro paciente.

Exemplo de Transferência de Paciente:


30/07/19 às 09h30min – Paciente M.J.S. apresentou PA=250x180mmHg, FC=145 bpm, FR=40 ipm, Tax=37.5ºC,
com queixa de cefaleia e dispneia intensa. Comunicado médico assistente, sendo administrado as 9h40min,
cinco gts de adalat sublingual. Após 30 minutos, PA=230x170mmHg, sendo comunicado médico
assistente, que solicitou transferência para UTI as 10:30, foi encaminhado em maca, pela enfermagem,
com soroterapia no dorso da mão esquerda, com SVD, sendo drenado 200 ml de diurese clara,
apresentando PA=220x120mmHg, P=80 bpm, Tax=37ºC, FR=32 ipm. Assinatura do profissional com o
número do COREN.

4. Óbito
Procedimentos:
Cuidados e procedimentos realizados anteriormente – atendimento de urgências e emergência (PCR)
Horário
Médico que constatou
Horário que foi desligado aparelhos
Curativos realizados
Materiais utilizados no preparo do corpo
Encaminhamento ao necrotério e horário

01/08/19 às 17h00min - Paciente M.J.S. apresentou piora no seu estado geral, PA inaudível, pulso periférico não
palpável, movimentos respiratórios ausentes. Comunicado médico plantonista responsável, iniciado
manobras de RCP conforme protocolo de PCR, durante 45 minutos, sem sucesso. Constatado óbito ás
17h45min pelo médico plantonista. Realizado preparo do corpo pela equipe de enfermagem e encaminhado
ao necrotério. Assinatura do profissional com número do COREN.
UNIDADE IV: Planejamento e Organização da Assistência de enfermagem
DEFINIÇÃO
O planejamento pode ser considerado a primeira função administrativa, pois se constitui a base para as
demais funções (organização, direção, coordenação e controle). A partir do planejamento, todas as demais
ações administrativas se dão. Portanto, para administrar é fundamental planejar.
“O planejamento é uma atividade sistêmica que visa, de forma organizada, prever os recursos necessários
para serem utilizados no momento certo e da maneira correta, para atingir resultados desejados”
(MORETTO NETO; SILVA; SCHMITT, 2007)
Características do Planejamento:
✔ Ter objetivos claros;
✔ Ser simples, sem dúvida de interpretação;
✔ Ter estabilidade e ao mesmo tempo ser flexível, com capacidade de se adaptar a situações prioritárias, de
emergência ou mudanças;
✔ Ser econômico e realista, em relação aos recursos necessários, otimizando ao máximo os recursos
existentes;
✔ Possibilitar a análise das atividades em cada uma das fases, tanto durante sua execução como no final;
✔ Estar voltado para o futuro;
✔ Reconhecer o ambiente organizacional, do ponto de vista socioeconômico e cultural.

Fases do Planejmanento:
Fase 1 – Diagnóstico: Conhecimento do Sistema como um Todo: nesta fase deve-se elaborar um
diagnóstico de situação. É importante considerar o conhecimento do sistema técnico (tarefas, área física,
equipamentos e recursos existentes = eficiência potencial) e do sistema social (relações entre os agentes
responsáveis pela execução das tarefas que transformam a eficiência potencial em eficiência real).
Fase 2 – Determinação dos Objetivos:
✔ Podemos classificar os objetivos em gerais e específicos.
✔ Também podemos classificar os objetivos quanto ao tempo em longo, médio e curto prazo.
● Os objetivos de longo prazo demandam acima de cinco anos para serem atingidos.
● Os objetivos de médio prazo necessitam de um a cinco anos para seu alcance.
● Já os objetivos de curto prazo podem ser conseguidos em até um ano. Em geral contribuem para atingir os
objetivos de médio e longo prazo.
Fase 3 – Estabelecimento de Prioridades: Decidir que ações devem ser realizadas em primeiro lugar,
definindo uma sequência de prioridades.
Fase 4 – Seleção dos Recursos Disponíveis: deve englobar recursos físicos, materiais, humanos e
financeiros. A partir da seleção dos recursos são estabelecidas estratégias para otimização dos recursos ao
máximo, incluindo agrupá-los ou redistribuí-los.
Fase 5 – Estabelecimento do Plano Operacional: Consiste em definir como, de que forma, com que
ações e estratégias os objetivos serão alcançados.
Fase 6 – Desenvolvimento: Engloba o desenvolvimento do programa, sua aprovação e execução.
Fase 7 – Aperfeiçoamento: são realizadas avaliação e replanejamento das ações desenvolvidas. Destaca-
se que a avaliação deve ser realizada em todas as etapas e não somente ao término de implantação de todas
as fases anteriores. Assim, a avaliação realizada continuamente permite identificar e corrigir falhas no
decorrer do processo e favorecer o sucesso do planejamento.

Regulamento: Documento que resume as regras, diretrizes básicas da organização que devem ser
seguidas.
Manuais de Enfermagem: Os Manuais são instrumentos de informação escritos para integrantes da
equipe de Enfermagem.
Sua necessidade deve à complexidade das ações de Saúde e do grande número de pessoas envolvidas
nessas ações que necessitam de orientação constante.
Assim, os manuais contém informações sistematizadas, com finalidade de esclarecer dúvidas e promover
orientação.
As informações dos Manuais devem ser discutidas e atualizadas periodicamente por todos os que o utilizam
e as alterações devem ser comunicadas antes de iniciar as mudanças propostas.
Manual de Procedimentos: Procedimento (técnica) é a descrição detalhada e sequencial de como uma
atividade é realizada.
UNIDADE V. Noções de Administração em Atenção Primária
⚫ 1. Acolhimento;
⚫ 2. Assistência Multiprofissional:
✔ Saúde da Gestante;
✔ Saúde da Criança;
✔ Saúde do Adolescente;
✔ Saúde do Adulto;
✔ Saúde da Mulher;
✔ Saúde do Homem;
✔ Saúde do Idoso;
✔ Saúde Mental;
✔ Saúde Sexual e Reprodutiva (Benfam- Contraceptivos)
⚫ 3. Atenção à Doenças Crônicas: Diabetes / Hipertensão /Outras;
⚫ 4. Doenças Infecciosas
⚫ 5. Primeiros Atendimentos às Urgências e Emergências;
⚫ 6. Consulta Odontológica;
⚫ 7. Consulta de Enfermagem;
⚫ 8. Consulta Médica;
⚫ 9. Dispensação de Medicamentos;
⚫ 10. Infecções Sexualmente Transmissíveis: Teste rápido – preservativos
⚫ 11. Coleta de Exame Citopatológico;
⚫ 12. Ações Educativas em Saúde;
⚫ 13. Programa Saúde na Escola;
⚫ 14. Visitas Domiciliares;
⚫ 15. Procedimentos de Enfermagem:
✔ Curativos;
✔ Imunização;
✔ Nebulização;
✔ Administração de Medicamentos;
✔ Retirada de Pontos;
✔ Teste do Pezinho;
⚫ 16. Disponibilidade de Exames laboratoriais;
⚫ 17. Disponibilidade de Consultas Especializadas;
⚫ 18. Solicitação de Exames;

⚫ Sistemas de Informações:
⮚ E-SUS
⮚ SISPRENATAL
⮚ SISCAN
⮚ SINAN - NOTIFICAÇÔES COMPUSORIAS
⮚ SI-PNI
⮚ DATASUS – TABNET
⮚ E-Gestor AB
⮚ CADSUS
⮚ SISREG
⮚ SISLOGLAB

Terminologia Hospitalar

A terminologia hospitalar foi desenvolvida por uma comissão especial criada pelo Decreto Federal n.
37.113, de 18 de agosto de 1955, encarregada da elaboração de um anteprojeto de lei orgânica de assistência
médica e hospitalar do país. O Ministério da Saúde, em 1994, atualizou as Normas para Projetos Físicos
de Estabelecimentos Assistenciais de Saúde, onde também se encontram conceitos de terminologia
hospitalar. Aqui, citaremos a terminologia hospitalar mais conhecida.

1. Cliente ou Paciente: Termo utilizado para designar o usuário dos serviços de saúde.
2. Hospital Local: É o hospital destinado a servir à população de determinada área geográfica, prestando, no
mínimo, assistência nas áreas básicas de clínica médica, pediátrica, cirúrgica, obstétrica e de emergência.
3. Hospital Regional: Presta assistência a de padrão superior à do Hospital local.
4. Hospital de Ensino: É o hospital que apóia as atividades práticas dos cursos da área de saúde.
5. Hospital Governamental: É aquele que pertence ao governo federal, estadual ou municipal, a uma
autarquia governamental, ou parestatal, ou uma entidade de economia mista, federal, estadual ou municipal.
6. Hospital Particular: É aquele que pertence a uma pessoa jurídica de direito privado, como irmandade,
fundação, sociedade, grupo de acionistas, ou a um indivíduo.
7. Hospital Filantrópico: É a instituição particular que tem como protótipo a Santa casa, que não visa Lucros.
8. Hospital Beneficente: É a instituição que se constitui para beneficiar um grupo de cidadãos, sócios-
membros.
9. Hospital Geral: É aquele capacitado a assistir vários pacientes das diversas especialidades clínicas e
cirúrgicas, podendo ser limitado a um grupo etário (hospital infantil), a um determinado grupo da
comunidade (hospital militar) ou à finalidade específica de hospital de ensino.
10. Hospital Especializado: É o capacitado para assistir, predominantemente, pacientes portadores de uma
determinada especialidade.
11. Hospital Não Lucrativo: É o que não visa lucro.
12. Hospital de Longa Permanência: É aquele em que o tempo médio de permanência do paciente, em geral,
ultrapassa 30 dias.
13. Hospital de Agudos ou de Curta Permanência: É aquele em que o tempo médio de permanência do
paciente, em geral, não ultrapassa 30 dias.
14. Hospital de Pequeno Porte: É o que tem a capacidade normal ou de operação de até 50 leitos.
15. Hospital de Médio porte: É o que tem a capacidade normal, ou de operação de 51 a 150 leitos.
16. Hospital de Grande porte: É o que tem a capacidade de 151 a 500 leitos.
17. Hospital de Porte Especial ou Extra: É o que tem a capacidade normal ou superior a 500 leitos.
18. Hospital-dia: É uma modalidade de atendimento hospitalar, na qual o paciente utiliza os serviços da
instituição na maior parte do dia para fins de tratamento e/ou reabilitação.
19. Hospital-noite: É uma modalidade de atendimento, na qual o paciente utiliza os serviços e o leito hospitalar
apenas durante o período noturno, ausentando-se durante o dia para o exercício de suas atividades.
20. Prontuário: É o conjunto de documentos destinados ao registro dos cuidados prestados pela equipe de
saúde ao paciente, desde a matrícula até a alta.
21. Prontuário Eletrônico: É uma modalidade, virtual ou não, de armazenar os dados referentes à história, à
evolução e ao tratamento do paciente.

Elementos e Unidades do Hospital

1. Unidade de Enfermagem: É a área destinada a acomodar e a servir determinado número de pacientes,


possuindo, além de quartos e enfermarias, as demais dependências necessárias ao serviço de enfermagem.
2. Quarto: É a dependência destinada a internar um ou dois pacientes, ou um paciente e seu acompanhante,
nunca mais de duas pessoas.
3. Enfermaria: É o compartimento ou cômodo destinado a receber três ou mais pacientes, porém nunca mais
de oito.
4. Leito: É, por convenção, a cama colocada à disposição do doente.
5. Posto de Enfermagem: É o ambiente destinado à Enfermagem, para execução de atividades técnicas
específicas e administrativa.
6. Sala de Serviço: É a sala destinada à guarda e o preparo da medicação a ser administrada aos pacientes.
7. Unidade de Administração: É o conjunto de elementos onde se desenvolvem as atividades administrativas
do hospital.
8. Isolamento: É o setor da Unidade de Internação, dotado de barreira contra contaminação e destinado a
acomodar paciente suspeito ou portador de moléstia transmissível.
9. Sala de Expurgo: É o local da unidade de internação destinado à coleta e à higienização do material
utilizado na assistência prestada ao paciente.
10. Sala de Curativos: É a dependência destinada ao exame, aos curativos e a outros procedimentos executados
pela equipe de saúde.
11. Copa: É a dependência destinada ao preparo eventual de pequenas refeições e a distribuição de alimentos.
12. Depósito de Material de Limpeza: É o local destinado à guarda de utensílios e de material de limpeza.
13. Estacionamento de Macas: É o local destinado a guarda de macas e cadeiras de rodas.
14. Depósito de Equipamento: É o local destinado à guarda de peças de imobiliário, aparelhos e equipamentos
e acessórios de uso eventual.
15. Unidade de Lactário: É uma área restrita, destinada à limpeza, esterilização, preparo e guarda de
mamadeiras.
16. Sala de Operação ou de Cirurgia: É uma dependência da unidade de centro cirúrgico e obstétrico destinada
à realização de intervenções cirúrgicas em condições ideais de técnicas e assepsia.
17. Área Restrita do Centro Cirúrgico: É a zona de maior rigor asséptico, privativa do pessoal com
indumentária cirúrgica própria e completa.
18. Centro ou Sala de Recuperação: É a área onde se concentram os pacientes egressos das salas de operação
para receberem os cuidados pós-anestésicos e/ou pós-operatórios imediato.
19. Sala de Pré-Parto: É a dependência da unidade de centro obstétrico destinada a acomodar a parturiente
durante a fase inicial do trabalho de parto.
20. Sala de Parto: É a dependência da unidade do centro obstétrico destinada ao atendimento do parto.
21. Unidade de Serviços Complementares de Diagnóstico e Tratamento: É o conjunto de elementos que
acomodam os serviços que contribuem para facilitar o diagnóstico e/ou a recuperação da saúde do paciente.
22. Unidade de Radiodiagnóstico: É o conjunto de dependências onde se concentram os equipamentos e se
realizam as atividades concernentes ao uso dos raio X para fins diagnósticos.
23. Unidade de Radioterapia: É o conjunto de dependências destinadas ao emprego dos raio X e das radiações
ionizantes com fins terapêuticos.
24. Sala de Coleta: É a dependência destinada a colher e, eventualmente, receber material para exame
laboratorial.
25. Serviço de Transfusão de Sangue ou Banco de Sangue: É o setor que procede ao recrutamento e à seleção
de doadores, executa procedimentos de coleta, guarda, controle, distribuição e aplicação do sangue.
26. Serviço de Educação Continuada: É definida como um conjunto de práticas educacionais planejadas e
implementadas com a finalidade de promover o desenvolvimento de funcionários, melhorar o desempenho
na instituição assegurar melhor padrão de atendimento e satisfação da clientela.
27. Laboratório de Anatomia Patológica: É o conjunto de dependências destinadas à realização de exames
macro e microscópicos dos tecidos.
28. Necrotério: É o local destinado à guarda e conservação do cadáver até a sua remoção ou realização da
necropsia.
29. Farmácia Hospitalar: É o conjunto de dependências destinadas à manipulação de fórmulas magistrais e
oficiais e à recepção, guarda, controle e distribuição de drogas, medicamentos, insumos farmacêuticos e
correlatos para uso do hospital e seus pacientes.
30. Unidade de Terapia Intensiva ou Centro de Terapia Intensiva: É o conjunto de dependências destinadas
ao tratamento dos pacientes em estado grave.
31. Sala de Pequenas Cirurgias: É destinada a realização de pequenas intervenções cirúrgicas que, na maioria
dos casos, possam ser realizadas sob anestesia local e permitam ao paciente retirar-se em seguida.
32. Unidade Básica de Saúde: É a porta de entrada do Sistema Único de Saúde que presta assistência integral
e universal à população de uma determinada área de abrangência. Ela é integrada a um sistema
hierarquizado.
33. Unidade Básica de Saúde da Família: É o local onde a equipe de saúde da família atende a população de
sua área de abrangência.
34. Estratégia Saúde da Família: É a assistência integral, contínua e de qualidade prestada por uma equipe,
que trabalha na atenção básica e é consequente à descentralização da política vigente de saúde.
35. Equipe de Saúde da Família: É composta por médico, enfermeiro e agente comunitário de saúde para
atender a comunidade.
36. Equipe de Saúde Multiprofissional: É composta por profissionais de diferentes áreas de conhecimento,
que compartilham saber e poder na assistência ao indivíduo, à família e à comunidade.

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