BARRA MANSA
CURSO TÉCNICO EM ENFERMAGEM
ADMINISTRAÇÃO
EM
ENFERMAGEM
Williana Brito
ADMINISTRAÇÃO
Conceito: Administrar consiste no ato de planejar, organizar, controlar e reunir recursos para alcançar
determinados objetivos de maneira eficaz e eficiente.
Para administrar, é necessário fazer previsão de recursos materiais e humanos.
UNIDADE I – Breve Histórico Hospitalar
Durante muito tempo as instituições atualmente denominadas “Hospitais”, desempenharam
exclusivamente o papel de hospedaria, ou seja, tinham função mais social do que terapêutica. Recolhendo
os desprotegidos da sorte, onde eram cuidados e alimentados.
Desse modo as pessoas eram recebidas nem sempre por estarem doentes e necessitarem de tratamento de
saúde.
Na história da evolução da assistência à saúde, há registros de instituições de cunho social e caritativo a
pobres, idosos, enfermos, órfãos e abandonados.
■ Anteriormente à existência dos hospitais
Os indivíduos que requeriam de cuidados de saúde permaneciam em suas casas, onde eram cuidados por
profissionais da época e assistidos tanto clínica quanto cirurgicamente. Não se conhecia nada sobre
esterilização, desinfecção ou antissepsia.
■ As santas casas de misericórdia
Ligadas a igreja católica, tiveram e ainda hoje possuem papel importante na assistência a pessoas carentes.
No Período colonial, a assistência hospitalar no Brasil era deficiente. Com a evolução do conhecimento, o
aparecimento de diversas patologias e de novas tecnologias, houve a necessidade de um local que
facilitasse a assistência e o tratamento das pessoas, surgindo, assim o Hospital.
As formas de diagnóstico foram sendo aperfeiçoadas, os tratamentos se diversificam surgindo as
especializações. Esse novo modo de assistir exigiu profissionais qualificados e em quantidade suficiente
para atender a demanda.
Atualmente, o serviço no hospital é desenvolvido por uma equipe multiprofissional que visa atender o
indivíduo na sua integralidade.
O modelo assistência vigente no Brasil também adota a atenção domiciliar prestada por uma equipe,
composta por Médico, Enfermeiro, Técnico e/ou Auxiliar de enfermagem e agentes comunitários de saúde,
podendo ser ampliada de acordo com a organização dos serviços locais.
A visita domiciliar realizada por meio da Estratégia de Saúde da Família (ESF), possibilita aos
membros da equipe:
● Promover a educação em saúde;
● Diagnosticar necessidades, acompanhar o tratamento do cliente no próprio domicílio ou na Unidade Básica
de Saúde (UBS);
● E ate mesmo encaminhá-lo, em caso de necessidade, a hospital ou centros especializados.
Hospital: O Hospital é parte integrante de um sistema de saúde que tem a finalidade de oferecer a
assistência: Preventiva, curativa, bem como reabilitar o indivíduo, sua família e a comunidade.
Funções do Hospital - Hospital é uma empresa complexa que necessita de:
● Organização administrativa;
● Equipamentos
● Materiais específicos para receber e tratar o indivíduo que busca atendimento de saúde.
⮚ Estas atividades contribuem para garantir a prestação de serviço e atender às funções do Hospital:
Função preventiva:
● Supervisão da gravidez normal e do parto;
● Supervisão do crescimento normal e do desenvolvimento da criança e do adolescente;
● Controle das doenças contagiosas;
● Prevenção das doenças de longa duração;
● Prevenção da invalidez física e mental;
Função educativa:
● Campo prático para estudantes dos cursos técnicos, graduação e pós-graduação da área de saúde;
● Educação continuada dirigida à equipe que trabalha na instituição;
● Educação em saúde dirigida ao público em geral.
Função restaurativa:
● Diagnóstico: em serviço de ambulatório e internação;
● Tratamento de doenças: curativos e paliativos, envolvendo atividades cirúrgicas, clínicas e especiais;
● Reabilitação física, mental e social;
● Tratamento de emergência.
Classificação dos Hospitais
A classificação dos hospitais envolvem aspectos administrativos, estrutura física, recursos humanos e o
desempenho da instituição. Existem uma série de critérios para classificar os hospitais.
A vantagem da classificação é permitir o estabelecimento de condições mínimas para ser autorizado o
funcionamento do hospital.
Podem se classificar os hospitais sob os aspectos clínicos e administrativos.
■ Hospitais Gerais: Capacitados a receberem pacientes predominantemente de várias especialidades
clínicas ou infantil, Hospital geriátrico.cirúrgicas, podendo ser limitado a um grupo etário. Ex. Hospital.
■ Hospitais Especializados: Capacitados a receberem pacientes predominantemente de uma
especialidade. Ex. Psiquiatria, oncologia, cardiologia etc.
Aspectos Administrativo:
Público: Administrado por entidade governamental municipal, estadual ou federal.
Privado ou Particular: Pertencente à pessoa jurídica de direito privado.
O privado/particular pode ser conveniados com o Sistema Único de Saúde.
Filantrópico: É o que integra o patrimônio de pessoa jurídica de direito privado, mantido parcial ou
integralmente por meio de doações, cujos membros de seus órgãos de direção e consultivos não sejam
remunerados, que se proponha à prestação de serviços gratuitos à população carente em seus ambulatórios,
reservando leitos, de acordo com a legislação em vigor, ao internamento gratuito, organizado e mantido
pela comunidade e cujos resultados financeiros revertam exclusivamente ao custeio de despesa de
administração e manutenção.
Hospital Local: É o hospital destinado a servir à população de determinada área geográfica, prestando, no
mínimo, assistência nas áreas básicas de clínica médica, pediátrica, cirúrgica, obstétrica e de emergência.
Hospital Regional: Presta assistência a de padrão superior à do Hospital local.
Hospital de ensino: É o local onde se desenvolvem atividades práticas dos cursos da área da saúde. Nele
estão presentes o ensino, a pesquisa, a extensão e a assistência.
Os hospitais mais complexo possuem infra-estrutura, como o serviço de educação continuada para o
desenvolvimento das pessoas, o que visa qualificar a assistência, e também possuem áreas de lazer,
biblioteca, refeitório, sala de convivência e outras.
De acordo com o número de leitos o hospital pode ser classificado em porte:
Pequeno – até 50 leitos;
Médio – de 51 a 150 leitos;
Grande – de 151 a 500 leitos;
Porte especial – acima de 500 leitos.
Ambiente Hospital
O hospital é uma organização que tem características próprias que a diferenciam de outras instituições.
Muitas de suas áreas funcionais devem ser interdependentes e ao mesmo tempo manter uma interligação
de forma a propiciarem um bom funcionamento.
O Principal objetivo do hospital é proporcionar assistência adequada aos pacientes dentro dos limites de
alguns conhecimentos:
● Tecnologia Médica;
● Organização das Atividades Humanas;
O hospital deve assegurar ao paciente uma assistência eficiente através de:
● Uma melhor organização do corpo clínico;
● Existência de pessoal competente;
● Serviços complementares de diagnóstico e tratamento.
⮚ Divisão Técnica
⮚ Divisão Administrativa
Divisão Médica
É aquela formada pelo corpo médico do hospital e é mais ou menos desenvolvida de acordo com as
finalidades da instituição e com as possibilidades da comunidade.
Fazem parte da Divisão Médica:
Clínicas (médicas, cirúrgicas, especializadas), serviços médicos auxiliares, serviços complementares de
diagnóstico e tratamento – radiologia, laboratórios, serviços de fisioterapia, anestesia, anatomia patológica,
banco de sangue, farmácia e odontologia.
Divisão Técnica
Constitui-se daqueles serviços que colaboram diretamente com o médico, para que ele possa
desempenhar com sua eficiência suas atribuições na instituição.
É constituída dos seguintes serviços: enfermagem, nutrição, serviço social médico, arquivo médico e
estatística.
Divisão Administrativa
Contribui, no hospital, para que os serviços técnicos possam, mais facilmente, colaborar com o médico,
para ele desempenhar bem sua função.
Integram a divisão de serviços administrativos:
ESTRUTURA ORGANIZACIONAL
Para atingir seus objetivos, o hospital necessita de uma equipe multiprofissional especializada, capaz de
oferecer assistência qualificada. Portanto, é importante que tenha uma coordenação interna eficiente.
O serviço de enfermagem abrange 70% dos profissionais de um hospital.
O serviço de enfermagem é uma equipe com:
Uma estrutura organizacional pode ser vista sob dois aspectos: Organização Formal e Organização
Informal
Organização Formal: É planejada, definida no organograma e comunicada a todos.
Organização Informal: Surge espontaneamente entre as pessoas e se define a partir dos relacionamentos
entre os envolvidos.
Organograma: é a representação gráfica da estrutura e as relações de autoridade existentes entre eles,
indicando os órgãos por meio de retângulos, e as relações de autoridade por meio de linhas. Permite a
visualização de toda a estrutura da organização, bem como o fluxo de autoridade e responsabilidade.
É importante a elaboração de um organograma, pois é difícil visualizar a organização como um todo,
surgindo assim a necessidade de um gráfico que mostre de forma imediata os órgãos componentes da
organização, o fluxo da autoridade e responsabilidade e as linhas formais de comunicação.
Autoridade: a autoridade é o poder de comandar subordinados para que executem atividade à realização
dos objetivos propostos. O poder de comandar diminui à medida que se vai do alto para baixo na estrutura
hierárquica.
Responsabilidade: a responsabilidade provém da relação superior/subordinado e refere-se à obrigação
que uma pessoa tem de fazer alguma coisa para outra. A responsabilidade não é delegada, mesmo que a
execução de uma atividade seja atribuída a um subordinado, o chefe será sempre responsável pelo que o
subordinado faz.
Atitudes que neutralizam situações indesejadas com seu líder:
✔ Tenha boa comunicação – aperfeiçoe sua comunicação para que o seu superior note que você é bom
naquilo que faz;
✔ Tenha autoconfiança – não deixe que o supervisor duvide das suas capacidades e habilidades. Dê o seu
melhor, trabalhe da melhor maneira possível. Assim, será capaz de vencer os obstáculos do dia-a-dia;
✔ Seja um bom ouvinte – demonstre ao seu superior que está ouvindo atentamente o que lhe foi solicitado,
pois isso revela preocupação em desempenhar bem as suas funções, revelando responsabilidade;
✔ Construa relações – tenha boas relações com os colegas de trabalho, com os pacientes e familiares. Isso
contribuirá para uma imagem positiva sobre você;
✔ Conheça bem seu superior – descubra as atitudes que ele não gosta e tente evitá-las;
✔ Antecipe-se – com o decorrer do tempo você conhecerá bem o seu superior, o que ele tem hábito de pedir,
ou como aprecia a execução de uma atividade. Isso lhe permitirá antecipar as necessidades e surpreendê-
lo com eficiência;
✔ Aceite novas formas de trabalho – se lhe for solicitado alguma atividade nova, não rejeite. Aperfeiçoe
seus conhecimentos para poder realizá-la. Isso vai fazer muita diferença, pois mostra o quanto você está
aberto a novas opções;
✔ Seja flexível – esteja aberto a mudanças e reconheça seus erros. A flexibilidade é vista como competência
e, atualmente, exigida nos ambientes de trabalho;
✔ Empenhe-se – demonstre sua opinião a respeito do que lhe é proposto. Não concorde com tudo. Dedique-
se ao que está fazendo e faça com esmero. Siga seus objetivos até concluí-los
PRONTUÁRIO
É todo acervo documental padronizado, organizado e conciso, referente ao registro dos cuidados prestados
ao paciente por todos os profissionais envolvidos na assistência. Para uma assistência de qualidade, o
profissional de saúde precisa de acesso a informações:
⮚ Corretas;
⮚ Organizadas;
⮚ Seguras;
⮚ Completas;
⮚ Disponíveis
ANOTAÇÕES DE ENFERMAGEM
As anotações de enfermagem são todos os registros das informações do paciente, das observações feitas
sobre o seu estado de saúde, das prescrições de enfermagem e sua implantação, da evolução de
enfermagem e de outros cuidados, entre eles, a execução das prescrições médicas.
Objetivo:
⮚ Escrita legível
⮚ Fazer anotações de observações factuais
⮚ Ser conciso
⮚ Incluir data e hora das anotações cronologicamente
⮚ Incluir todas as anotações necessárias
⮚ Usar apenas abreviaturas e símbolos aprovados
⮚ Assinar cada registro
“ A finalidade mais importante em se fazer uma documentação é proporcionar uma comunicação que
melhore a assistência ao paciente”
Refletem todo o empenho e força de trabalho da equipe de enfermagem, valorizando, assim, suas ações.
IMPORTANTE: Todo documento particular, caso da documentação de enfermagem, para ser considerado
autêntico e válido deverá estar legalmente constituído, ou seja, possuir assinatura do autor do registro
(artigo 368 do Código do Processo Civil - CPC) e inexistência de rasura, entrelinhas, emenda, borrão ou
cancelamento, características que poderão gerar a desconsideração jurídica do documento produzido como
prova documental (artigo 386 do CPC)
ATENÇÃO: Quando receber ordens, resultados de exames ou prescrição médica por telefone, ouça com
atenção e anote tudo no prontuário. Depois, leia para a pessoa o que você escreveu e confirme se a
informação está correta.
FIQUE ATENTO: Escreva no prontuário o nome dos profissionais envolvidos na comunicação, anote data
e hora e releia o que foi escrita.
2) Estado Mental:
● Está orientado no tempo e espaço? Para avaliar a orientação é preciso perguntar ao paciente:
● Avaliação da orientação no tempo: Que dia da semana estamos?
● Avaliação da orientação no espaço: Onde você está?
4) Condição de Deambulação:
● Deambulante? Tipo de marcha? Deambula com dificuldade? Com auxílio da enfermagem? Locomove-se
em cadeira de rodas? Com auxílio de muletas, bengala, andador?
5) Acamado?
● Em cama com grades elevadas? Qual decúbito? Encontra-se com restrição mecânica? Em que segmento
corporal? Está com aparelho ortopédico? Especificar. Quais os métodos utilizados para evitar lesão por
pressão? Colchão piramidal? Colchão pneumático? Placas de proteção?
● Na primeira anotação o registro é da posição em que você encontrou o paciente e no decorrer do plantão,
a cada 2 horas, é preciso anotar em que decúbito foi colocado o paciente, além das medidas de proteção
utilizadas, como coxins, e os sinais e sintomas observados (alterações cutâneas, etc)
6) Repouso no leito?
● Relativo ou absoluto?
7) Sono e Repouso:
● Refere ter dormido bem a noite? Não? Por quê? Especificar.
● Ex: Refere insônia devido a dor difusa em região abdominal, de intensidade 6.
15) Anotar orientações dadas, as condutas adotadas e os resultados das mesmas. Por exemplo:
● 16/08/18 – 10h: Refere dor de intensidade 4/5, comunico enfermeira do setor, que avalia e orienta
administrar Dipirona 500 mg/ml, 40 gotas, por via oral, conforme prescrição médica (se necessário).
● 16/08/18 – 11h: Refere dor zero após administração da Dipirona. Oriento comunicar em caso de qualquer
desconforto, via campainha. Mantenho campainha próxima ao paciente.
● Não deixar espaços em branco entre uma e outra anotação e não passar traço entre o final da anotação e a
identificação do profissional;
● Devem ser referentes aos dados simples, que não requeiram maior aprofundamento científico. Não é
correto, por exemplo, o técnico ou auxiliar de enfermagem anotar dados referentes ao exame físico do
paciente, como abdome distendido, timpânico; etc., visto que, para a obtenção destes dados, é necessário
ter realizado o exame físico prévio, que constitui ação privativa do enfermeiro.
● O ato de “checar” utilizados sobre o horário, nas prescrições de enfermagem e médica, significa que a ação
foi realizada, e o “bolar” ou “circular” significa que a ação prescrita não foi realizada. Acima do sinal
“checar” é indispensável a colocação das iniciais do nome completo do profissional que realizou a ação.
Lembrando que o ato de checar não dispensa a necessidade de anotar também. E após “bolar” um horário,
é imprescindível anotar a justificativa de não realização do cuidado.
Exemplo de “checar” e “bolar”:
● Após cada horário de anotação de enfermagem, deve constar a identificação do profissional ou assinatura
e carimbo, conforme preconizado pela instituição.
● No impresso de anotação de enfermagem devem constar o cabeçalho com preenchimento completo: dados
do paciente (nome, idade, sexo e RG hospitalar), e complementado com data, número do leito e enfermaria.
Pode ser utilizado etiqueta impressa ou na sua falta preencher manualmente o cabeçalho do impresso com
esses dados.
● A anotação deve conter subsídios para permitir a continuidade do planejamento dos cuidados de
enfermagem nas diferentes fases e para o planejamento assistencial da equipe multiprofissional;
1. Admissão
É a entrada e permanência do paciente no hospital, por determinado período. Tem por objetivos facilitar a
adaptação do paciente ao ambiente hospitalar, proporcionar conforto e segurança.
Exemplo de Admissão:
25/07/19 às 11:00h - Paciente M.J.S., admitido no setor, deambulando, acompanhado da mãe, para tratamento
clínico de amigdalite, apresentando os seguintes sintomas: "dor na garanta", dificuldade de deglutição,
hipertemia, cefaléia, calafrios e "dor na nuca". SSVV: PA=110x80mmHg; FC=74bpm; FR=15ipm; e
Tax=38ºC. Relata apresentar sono agitado, alimentar-se pouco, não fazer uso de medicações e não
apresentar reações alérgicas, não ser tabagista, nem estilista, apresentar evacuação e diurese diários. Há
mais ou menos seis anos apresentou infecção urinária, sendo realizado apenas tratamento clínico.
Apresenta ressecamento da pele, dos MMSS e MMII, solução de continuidade nos lábios, presença de
placas na garganta acompanhadas de dor, dificuldade de verbalizar e tumefação dos gânglios. Foi instalado
soroterapia no dorso da mão do membro superior esquerdo, encontrando-se em repouso no leito.
Assinatura do profissional com o número do COREN.
2. Alta
Alta Hospitalar é o encerramento da assistência prestada ao paciente no hospital. O paciente recebe alta quando
seu estado de saúde permitir ou quando está em condições de recuperar-se e continuar o tratamento em
casa. A alta do paciente deve ser assinada pelo médico.
Procedimentos de Alta:
● Certificar-se da alta no prontuário do paciente, que deve estar assinada pelo médico;
● Tipo de alta: médica ou a pedido;
● Verificar no prontuário as medicações ou outros tratamentos a serem feitos antes da saída do paciente;
● Informar ao paciente sobre a alta, hora e de como será transportado;
● Entregar ao paciente a receita médica e orientá-lo devidamente;
● Auxiliar o paciente a vestir-se;
● Reunir as roupas e objetos pessoais e colocá-los na mala ou sacola;
● Devolver objetos e medicamentos ao paciente, que foram guardados no hospital;
● Providenciar cadeira de rodas ou maca para transportar o paciente até o veículo;
● Anotar no prontuário as condições clínicas do paciente no momento da alta, precedida da data e do horário;
● Transportar o paciente;
● Preparar a unidade para receber outro paciente.
4. Óbito
Procedimentos:
Cuidados e procedimentos realizados anteriormente – atendimento de urgências e emergência (PCR)
Horário
Médico que constatou
Horário que foi desligado aparelhos
Curativos realizados
Materiais utilizados no preparo do corpo
Encaminhamento ao necrotério e horário
01/08/19 às 17h00min - Paciente M.J.S. apresentou piora no seu estado geral, PA inaudível, pulso periférico não
palpável, movimentos respiratórios ausentes. Comunicado médico plantonista responsável, iniciado
manobras de RCP conforme protocolo de PCR, durante 45 minutos, sem sucesso. Constatado óbito ás
17h45min pelo médico plantonista. Realizado preparo do corpo pela equipe de enfermagem e encaminhado
ao necrotério. Assinatura do profissional com número do COREN.
UNIDADE IV: Planejamento e Organização da Assistência de enfermagem
DEFINIÇÃO
O planejamento pode ser considerado a primeira função administrativa, pois se constitui a base para as
demais funções (organização, direção, coordenação e controle). A partir do planejamento, todas as demais
ações administrativas se dão. Portanto, para administrar é fundamental planejar.
“O planejamento é uma atividade sistêmica que visa, de forma organizada, prever os recursos necessários
para serem utilizados no momento certo e da maneira correta, para atingir resultados desejados”
(MORETTO NETO; SILVA; SCHMITT, 2007)
Características do Planejamento:
✔ Ter objetivos claros;
✔ Ser simples, sem dúvida de interpretação;
✔ Ter estabilidade e ao mesmo tempo ser flexível, com capacidade de se adaptar a situações prioritárias, de
emergência ou mudanças;
✔ Ser econômico e realista, em relação aos recursos necessários, otimizando ao máximo os recursos
existentes;
✔ Possibilitar a análise das atividades em cada uma das fases, tanto durante sua execução como no final;
✔ Estar voltado para o futuro;
✔ Reconhecer o ambiente organizacional, do ponto de vista socioeconômico e cultural.
Fases do Planejmanento:
Fase 1 – Diagnóstico: Conhecimento do Sistema como um Todo: nesta fase deve-se elaborar um
diagnóstico de situação. É importante considerar o conhecimento do sistema técnico (tarefas, área física,
equipamentos e recursos existentes = eficiência potencial) e do sistema social (relações entre os agentes
responsáveis pela execução das tarefas que transformam a eficiência potencial em eficiência real).
Fase 2 – Determinação dos Objetivos:
✔ Podemos classificar os objetivos em gerais e específicos.
✔ Também podemos classificar os objetivos quanto ao tempo em longo, médio e curto prazo.
● Os objetivos de longo prazo demandam acima de cinco anos para serem atingidos.
● Os objetivos de médio prazo necessitam de um a cinco anos para seu alcance.
● Já os objetivos de curto prazo podem ser conseguidos em até um ano. Em geral contribuem para atingir os
objetivos de médio e longo prazo.
Fase 3 – Estabelecimento de Prioridades: Decidir que ações devem ser realizadas em primeiro lugar,
definindo uma sequência de prioridades.
Fase 4 – Seleção dos Recursos Disponíveis: deve englobar recursos físicos, materiais, humanos e
financeiros. A partir da seleção dos recursos são estabelecidas estratégias para otimização dos recursos ao
máximo, incluindo agrupá-los ou redistribuí-los.
Fase 5 – Estabelecimento do Plano Operacional: Consiste em definir como, de que forma, com que
ações e estratégias os objetivos serão alcançados.
Fase 6 – Desenvolvimento: Engloba o desenvolvimento do programa, sua aprovação e execução.
Fase 7 – Aperfeiçoamento: são realizadas avaliação e replanejamento das ações desenvolvidas. Destaca-
se que a avaliação deve ser realizada em todas as etapas e não somente ao término de implantação de todas
as fases anteriores. Assim, a avaliação realizada continuamente permite identificar e corrigir falhas no
decorrer do processo e favorecer o sucesso do planejamento.
Regulamento: Documento que resume as regras, diretrizes básicas da organização que devem ser
seguidas.
Manuais de Enfermagem: Os Manuais são instrumentos de informação escritos para integrantes da
equipe de Enfermagem.
Sua necessidade deve à complexidade das ações de Saúde e do grande número de pessoas envolvidas
nessas ações que necessitam de orientação constante.
Assim, os manuais contém informações sistematizadas, com finalidade de esclarecer dúvidas e promover
orientação.
As informações dos Manuais devem ser discutidas e atualizadas periodicamente por todos os que o utilizam
e as alterações devem ser comunicadas antes de iniciar as mudanças propostas.
Manual de Procedimentos: Procedimento (técnica) é a descrição detalhada e sequencial de como uma
atividade é realizada.
UNIDADE V. Noções de Administração em Atenção Primária
⚫ 1. Acolhimento;
⚫ 2. Assistência Multiprofissional:
✔ Saúde da Gestante;
✔ Saúde da Criança;
✔ Saúde do Adolescente;
✔ Saúde do Adulto;
✔ Saúde da Mulher;
✔ Saúde do Homem;
✔ Saúde do Idoso;
✔ Saúde Mental;
✔ Saúde Sexual e Reprodutiva (Benfam- Contraceptivos)
⚫ 3. Atenção à Doenças Crônicas: Diabetes / Hipertensão /Outras;
⚫ 4. Doenças Infecciosas
⚫ 5. Primeiros Atendimentos às Urgências e Emergências;
⚫ 6. Consulta Odontológica;
⚫ 7. Consulta de Enfermagem;
⚫ 8. Consulta Médica;
⚫ 9. Dispensação de Medicamentos;
⚫ 10. Infecções Sexualmente Transmissíveis: Teste rápido – preservativos
⚫ 11. Coleta de Exame Citopatológico;
⚫ 12. Ações Educativas em Saúde;
⚫ 13. Programa Saúde na Escola;
⚫ 14. Visitas Domiciliares;
⚫ 15. Procedimentos de Enfermagem:
✔ Curativos;
✔ Imunização;
✔ Nebulização;
✔ Administração de Medicamentos;
✔ Retirada de Pontos;
✔ Teste do Pezinho;
⚫ 16. Disponibilidade de Exames laboratoriais;
⚫ 17. Disponibilidade de Consultas Especializadas;
⚫ 18. Solicitação de Exames;
⚫ Sistemas de Informações:
⮚ E-SUS
⮚ SISPRENATAL
⮚ SISCAN
⮚ SINAN - NOTIFICAÇÔES COMPUSORIAS
⮚ SI-PNI
⮚ DATASUS – TABNET
⮚ E-Gestor AB
⮚ CADSUS
⮚ SISREG
⮚ SISLOGLAB
Terminologia Hospitalar
A terminologia hospitalar foi desenvolvida por uma comissão especial criada pelo Decreto Federal n.
37.113, de 18 de agosto de 1955, encarregada da elaboração de um anteprojeto de lei orgânica de assistência
médica e hospitalar do país. O Ministério da Saúde, em 1994, atualizou as Normas para Projetos Físicos
de Estabelecimentos Assistenciais de Saúde, onde também se encontram conceitos de terminologia
hospitalar. Aqui, citaremos a terminologia hospitalar mais conhecida.
1. Cliente ou Paciente: Termo utilizado para designar o usuário dos serviços de saúde.
2. Hospital Local: É o hospital destinado a servir à população de determinada área geográfica, prestando, no
mínimo, assistência nas áreas básicas de clínica médica, pediátrica, cirúrgica, obstétrica e de emergência.
3. Hospital Regional: Presta assistência a de padrão superior à do Hospital local.
4. Hospital de Ensino: É o hospital que apóia as atividades práticas dos cursos da área de saúde.
5. Hospital Governamental: É aquele que pertence ao governo federal, estadual ou municipal, a uma
autarquia governamental, ou parestatal, ou uma entidade de economia mista, federal, estadual ou municipal.
6. Hospital Particular: É aquele que pertence a uma pessoa jurídica de direito privado, como irmandade,
fundação, sociedade, grupo de acionistas, ou a um indivíduo.
7. Hospital Filantrópico: É a instituição particular que tem como protótipo a Santa casa, que não visa Lucros.
8. Hospital Beneficente: É a instituição que se constitui para beneficiar um grupo de cidadãos, sócios-
membros.
9. Hospital Geral: É aquele capacitado a assistir vários pacientes das diversas especialidades clínicas e
cirúrgicas, podendo ser limitado a um grupo etário (hospital infantil), a um determinado grupo da
comunidade (hospital militar) ou à finalidade específica de hospital de ensino.
10. Hospital Especializado: É o capacitado para assistir, predominantemente, pacientes portadores de uma
determinada especialidade.
11. Hospital Não Lucrativo: É o que não visa lucro.
12. Hospital de Longa Permanência: É aquele em que o tempo médio de permanência do paciente, em geral,
ultrapassa 30 dias.
13. Hospital de Agudos ou de Curta Permanência: É aquele em que o tempo médio de permanência do
paciente, em geral, não ultrapassa 30 dias.
14. Hospital de Pequeno Porte: É o que tem a capacidade normal ou de operação de até 50 leitos.
15. Hospital de Médio porte: É o que tem a capacidade normal, ou de operação de 51 a 150 leitos.
16. Hospital de Grande porte: É o que tem a capacidade de 151 a 500 leitos.
17. Hospital de Porte Especial ou Extra: É o que tem a capacidade normal ou superior a 500 leitos.
18. Hospital-dia: É uma modalidade de atendimento hospitalar, na qual o paciente utiliza os serviços da
instituição na maior parte do dia para fins de tratamento e/ou reabilitação.
19. Hospital-noite: É uma modalidade de atendimento, na qual o paciente utiliza os serviços e o leito hospitalar
apenas durante o período noturno, ausentando-se durante o dia para o exercício de suas atividades.
20. Prontuário: É o conjunto de documentos destinados ao registro dos cuidados prestados pela equipe de
saúde ao paciente, desde a matrícula até a alta.
21. Prontuário Eletrônico: É uma modalidade, virtual ou não, de armazenar os dados referentes à história, à
evolução e ao tratamento do paciente.