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As condições sócio-econômicas do Brasil não possibilitaram uma ação satisfatória em Goiás, durante o século XIX. A
política goiana, por outra parte, era dirigida por Presidentes impostos pelo poder central. Somente no fim do império em
referência, começou a adquirir feições próprias. Coexistiu no aspecto cultural um verdadeiro vazio.
Em Goiás os presidentes exerciam grande influência na vida política. Eram eles de livre escolha do poder central, sem
vínculos familiares à terra, descontentando os políticos locais.
Condicionado por uma série de fatores, como falta de meios de transporte e comunicação, grandes distâncias,
descasos administrativos, desequilíbrio entre receita e despesa, ausência de um produto econômico básico, Goiás teve vida
medíocre no transcorrer do século XIX. Não participou do surto desenvolvimentista do Brasil, embrionário a partir da década de
50 e em aceleramento depois dos anos 70.
Nas últimas décadas do século XIX, grupos locais manifestaram-se insatisfeitos com a administração e
responsabilizaram os Presidentes “estrangeiros” pelo grande atraso de Goiás e passaram a lutar pelo nascimento de uma
consciência política. Sob pretexto de afastar o “oficialismo político” e partidos políticos – Liberal (1878) e Conservador – (1882).
Os jornais Tribuna Livre, Publicados Goiano, Comércio, Goyaz, foram propulsores destas idéias e interesses.
A conseqüência de tais movimentos foi a fortificação de grupos políticos locais, lançando as bases oligárquicas
goianas.
Goiás acompanhou os movimentos liberais, que grassaram no Brasil durante o século XIX.
A abolição não afetou a vida econômica da Província.
A transformação do regime monárquico em republicano ocorreu sem grandes dificuldades. Os Bulhões dirigentes do
partido Liberal após o 15 de Novembro, apoiados pelos republicanos, tornaram-se os donos do poder em Goiás.
A1 - Catalão
A2 - Santa Cruz
A3 - Cavalcante
A4 - Nossa Senhora do Rosário da Meia Ponte (atual Pirenópoles)
A5 - Arraial dos Couros (atual Formosa)
A6 - São José do Tocantins (Niquelândia)
A7 - São Domingos
A8 - Cavalcante
A9 - Pilar de Goiás.
A10 - Bonfim (Silvânia)
A11 - Jaraguá
A12 - Corumbá
A13 - Cidade de Goiás
A14 – Santa Luzia
B1 – Três Ranchos
B2 – Campinas
B3 - Anápolis
B4 – Damolândia
B5 – Itaberaí
B6 – Muitas cidades no Sudoeste de Goiás
Aspectos Gerais:
Os Bulhões
Os Bulhões comandaram a política goiana no período de 1870-1900. O chefe desta família era Félix de Bulhões. Pouco
antes da abolição ele surpreendia a todos fazendo discursos abolicionistas. Ele defendia a abolição da escravatura pois Goiás
não dependia mais da mão-de-obra escrava. A elite apoiava a abolição, pois no século XIX o número de escravos era pequeno
e a pecuária já havia se fundado.
Pontos Importantes:
C1 – Ouvidor
C2 – Cumari
C3 – Goiandira
C4 – Ipameri
C5 – Orizona
C6 – Vianópolis
C7 – Leopoldo de Bulhões
C8 – Senador Canedo
Entre 1888 e 1930, o adensamento e a expansão do povoamento nas porções meridionais de Goiás (Sudeste, Sul e
Sudoeste) evidenciaram-se através da formação de diversos povoados, como: Nazário, Catingueiro Grande (Itauçu), Inhumas,
Cerrado (Nerópolis), Ribeirão (Guapó), Santo Antônio das Grimpas (Hidrolândia), Pindaibinha (Leopoldo de Bulhões),
Vianópolis, Gameleira (Cristianópolis), Urutaí, Goiandira, Ouvidor, Cumari, Nova Aurora, Boa Vista de Marzagão (Marzagão),
Cachoeira Alta, São Sebastião das Bananeiras (Goiatuba), Serrania (Mairipotaba), Água Fria (Caçu), Cachoeira da Fumaça
(Cachoeira de Goiás), Santa Rita de Goiás, Bom Jardim (Bom Jardim de Goiás) e Baliza.
Dez novos municípios surgiram então: Planaltina, Orizona, Bela Vista, Corumbaíba, Itumbiara, Mineiros, Anicuns,
Trindade, Cristalina, Pires do Rio, Caldas Novas e Buriti Alegre.
Os Caiados
A Família Caiado governou Goiás de 1912-1930 período da República Velha, sendo um tempo marcado pela violência e
fraude, pois o voto era aberto, manipulado, sendo chamado de voto de cabresto. Em Goiás, na disputa do poder político o
Coronel reformado Eugênio Jardim, que por ser cunhado dos Caiados, dividiu com eles o mandonismo estadual. Após a sua
morte, Antônio Ramos Caiado (Totó Caiado) tornou-se o verdadeiro chefe político de Goiás.
Seus contemporâneos afirmam que dirigiu Goiás como se fora uma grande fazenda de sua propriedade.
Somente foi afastado do poder quando o movimento renovador de 30 tornou-se vitorioso. Em Goiás, seu grande opositor
foi o médico Pedro Ludovico Teixeira.
Pontos Importantes:
Antônio Ramos Caiado, conhecido como “Totó Caiado”. Foi um importante deputado goiano, sendo também governador.
A chamada oligarquia Caiado domina neste período o cenário político de Goiás especialmente na região de Vila Boa e
Pirenópolis.
Devido a violência do período Gilberto Teles chamou “a casa dos caiados o caso dos calados";
Os caiados possuíam jagunços para efetivar suas ações e manipular as eleições;
Goiás recebe a Estrada de ferro em 1912, tem a integração do território, tem a ligação do interior com o litoral, devido ao
café. O problema de comunicação ameniza-se. A primeira cidade goiana a receber a ferrovia é Catalão.
01. (UFG) Na segunda metade do século XIX, surgiram no Brasil as ferrovias no processo de modernização dos meios de
transportes com o apoio de capitais estrangeiros, em sua maioria ingleses. Assim, construíram-se troncos ferroviários na
região Sudeste para atender aos interesses dos produtores de café no escoamento da produção para os portos do Rio de
Janeiro e Santos. Já no início do século XX, implantou-se a Companhia de Estrada de Ferro de Goiás com investimentos
de capitais franceses.
02. (UEG) Em qualquer país, o sistema de transporte desempenha um papel fundamental no que se refere ao processo de
desenvolvimento e à integração do território.
03. (AEE) O “Caiadismo”, domínio político dos Jardins-Caiado na política de Goiás, teve início com:
a) Getúlio Vargas e a Revolução 30;
b) A nomeação do interventor Pedro Ludovico Teixeira;
c) A Política das Salvações do Mal. Hermes da Fonseca em 1912;
d) A ascensão da oligarquia Bulhões ao poder local;
e) A transferência da Capital para Goiânia, fato que fortaleceu este grupo oligárquico;
04. (UFG) As famílias que dominaram o cenário político de Goiás ao longo de sua história, deixaram como herança, além de
suas realizações, os seus próprios nomes que resistiram ao labirinto do tempo e das mudanças políticas. Transformaram-
se em referências para a compreensão da política local, demonstrando a força da tradição em Goiás. As lideranças
políticas, portanto, carregam, além de propostas políticas e partidárias a marca do passado. Líderes políticos exercem,
desta maneira, um controle político quase absoluto sobre o estado e ganham, simultaneamente, projeção nacional. Sobre
estas lideranças “quase intemporais” que estão presentes na vida política de Goiás, é correto afirmar que:
( ) Antônio Ramos Caiado, o “Totó Caiado”, controlou, através de seus partidários, a vida administrativa e política de
Goiás, ao longo da primeira República. Era tido como representante dos interesses das oligarquias locais,
transformando o sobrenome Caiado em uma marca tradicional da política goiana.
( ) A partir dos anos 30, Pedro Ludovico Teixeira transformou-se na “encarnação” da política goiana. Interventor,
Governador e Senador controlou politicamente o Estado até os anos 40. Além da construção de Goiânia, que o
notabilizou, deixou sua herança política nas mãos de seu filho Mauro Borges, que governou o estado nos anos 60.
( ) Destacou-se, também, dentre as importantes famílias de Goiás na atualidade, os Bulhões. Políticos de carreira desde
os fins da era Vargas, ocuparam importantes cargos no poder executivo goiano e foram escolhidos governadores
biônicos em Goiás durante o regime militar.
( ) Íris Resende, ex-prefeito de Goiânia, foi cassado pelos militares retomado sua carreira política nos anos 80 com o
processo de abertura política. Ocupou a posição de Governador de Estado por duas vezes. Foi Ministro da Agricultura
do Governo Sarney e exerce uma incontestável liderança no Estado.No entanto, não advém de nenhuma família
tradicional da política goiana.
( ) O Partido dos Trabalhadores (PT) não está isento das influências familiares em Goiás, na medida em que sua criação
está vinculada aos conflitos entre lideranças tradicionais, que acabaram abrigando-se no partido.
3 PROF. JEFTÉ BARROS
GEO-HISTÓRIA
06. (UEG) Com a Independência, iniciou-se a passagem da ordem colonial à nacional. O grito do Ipiranga ecoou principalmente
nas regiões centrais (Rio de Janeiro, Minas e São Paulo), mas o Brasil era um continente formado por inúmeras ilhas
cercadas pelo desejo de afirmação de uma nova nacionalidade.
a) Em Goiás, a independência motivou disputas entre as comarcas do sul e do norte, mas o separatismo não contou com
o apoio do regime monárquico e foi controlado.
b) O projeto de emancipação política foi negociado amplamente pelas distintas regiões do país com base no
compromisso de que as elites portuguesas seriam banidas da vida política.
c) O crescimento da economia do café e os recursos advindos da produção do açúcar e do ouro formaram a base de
sustentação de uma próspera economia nacional.
d) A atividade pecuarista permitiu que Goiás desempenhasse importante papel no abastecimento do Rio de Janeiro, o
que garantiu o compromisso da monarquia contra os movimentos separatistas.
e) Os conflitos entre as comarcas do sul e do norte ganharam relevo durante a primeira metade do século XIX e
assumiram a forma de uma guerra civil que só pôde ser controlada com o auxílio de tropas vindas da Corte.
GABARITO:
1 - CECE
2-B
3-C
4 - VVFVF
5 - FVFFV
6-A