Você está na página 1de 2

A FAMÍLIA CRISTÃ E SUA RELAÇÃO COM O DINHEIRO

Dízimo: uma questão de fé e obediência


“Com maldição sois amaldiçoados, porque a mim me roubais, sim, toda esta nação”.
Malaquias 3.9

Ser abençoado é um desejo de todas as pessoas, até mesmo daquelas que não afirmam a
mínima fé em Deus. Ser abençoado é ser feliz, ter prosperidade em diversas formas, ser
agraciado por Deus. A maldição é praga que consome, é desgraça que maltrata;
infortúnio que machuca e calamidade que dá dó. Essa ninguém pede ou quer para si; a
quem deseje para outros, mas nunca para si próprio. No entanto, a palavra maldição
ocorre só no Velho Testamento, de Gênesis até o livro de Malaquias pelo menos 55
vezes sem contar com o Novo Testamento. Uma das vezes em que essa palavra aparece
é aqui em Malaquias 3.9 e está inseparavelmente ligada ao comportamento do povo em
relação ao Dízimo (décima parte em nosso contexto) dos seus ganhos que estava sendo
retido pelos crentes.
1. Não devolver o dízimo é ser semelhante a Jacó
O verso 6 que diz: “Porque eu, o SENHOR, não mudo; por isso vós, ó filhos de Jacó,
não sois consumidos”, nos fala da razão porque a maldição foi lançada sobre os infiéis.
Primeiro observemos o termo usado para essas pessoas que não estavam devolvendo o
dízimo. Eles estavam sendo chamados de filhos de Jacó. A segunda razão está na
afirmação “não mudo” em relação a Deus. Deus não mudou, mas eles também não
mudaram; não deixaram de serem filhos de Jacó. Jacó foi um jovem trapaceiro, e
enganador, mas que também foi enganado. Os infiéis estavam tentando enganar a Deus
como Jacó havia feito no passado, mas também estavam sendo enganado pelo próprio
coração pensando que nada aconteceria; eles estavam sendo amaldiçoados por Deus
porque o Senhor não mudou e continuava justo. No Val de Jaboque, Jacó pediu uma
bênção ao anjo e esse mudou seu nome, como sinal de sua mudança de vida. Israel seria
agora o nome pelo todos o conheceriam. Israel de onde viria a ser chamado todo o povo
de Deus. Não seria povo de Jacó, mas, povo de Israel.
2. O dízimo e a maldição
Porque ser amaldiçoado? O que torna o dízimo tão importante ao ponto de Deus se
importar com quem dá e com quem o retém. a) Porque o dízimo é Dele, do Senhor. b)
Em Êxodo 20.15 diz: “Não roubarás”. (Malaquias 3.8 Roubará o homem a Deus?
Todavia vós me roubais, e dizeis: Em que te roubamos? Nos dízimos e nas ofertas).
“Não roubarás” é um mandamento universal. Roubar é tomar o que é alheio; pegar de
outrem; se apossar do que não nos pertence. Roubar é pecar contra a providência de
Deus. Seus filhos não precisam fazer tal coisa porque são santos e seu Pai providenciará
o que se estiver precisando. É pecar contra outrem no caso de algum objeto ou coisa e
pecar contra Deus em relação ao Dízimo. c) É pecar contra a Supremacia Divina porque
o homem deve ocupar o seu lugar, receber o que lhe é devido e dar a Deus o que
pertence a Ele. Não pode inverter a ordem ou impedi-la. No verso 8 do cap. 1 o povo já
colocava o governador em posição mais privilegiada do que o próprio Deus com
respeito ao sacrifício de animais. Agora lhe rouba o dízimo. d) É pecar por falta de amor
aos necessitados porque roubavam os dízimos que eram para mantimento da casa de
Deus, dos que trabalhavam no serviço dela ou de outros que precisavam de amparo.
3. Exemplos de pessoas que foram amaldiçoadas por Deus
Quem sabe o que significa ser abençoado por Deus, devia pensar melhor no que poderá
significar ser amaldiçoado. Devia olhar para as pessoas que foram amaldiçoadas por Ele
na história Bíblica. Devia olhar para a vida de Caim, dos egípcios, de Geazi servo do
profeta Elizeu, do Rei Asa, de Uzá quando pegou na arca que Deus havia proibido,
devia observar a vida de Nadabe e Abiú, filhos de Arão ao levarem fogo estranho para o
altar e nos faltará tempo para falar de quantos sofreram as maldiçoes de Deus.
Só para terminar e tranqüilizar minha consciência a respeito de quantos querem
permanecer indignos perante Deus cito apenas mais um verso: Pv 11.24 “Ao quem dá
liberalmente, ainda se lhe acrescenta mais e mais; ao que retém mais do que é justo,
ser-lhe-á em pura perda”. Perder mais do que o dízimo é algo que não será preciso
referir uma vez que é fato notório e todos que já sofreram isso sabem por quê.

Você também pode gostar