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Relatório sobre a visitação ao Parque Sabiá em Uberlândia-MG

Aluna: Letícia Ribeiro Dias

Ao chegarmos ao zoológico/Parque Sabiá fomos recebidos pela médica veterinária


responsável Nathana Martins, que coordena, ministra e ajuda nos cuidados de todo o
ambiente. O primeiro recinto (É o espaço, local delimitado por uma cerca ou muros que
preserva o bem-estar do animal dentro daquele limite) que nos foi mostrado era o dos
primatas. Aprendemos que os recintos eles são melhorados de acordo com cada espécie
e do que aquela espécie necessita, como, por exemplo, no recinto dos tamanduás, foi
possível observar uma estrutura que compreendia em um espaço de bastante vegetação,
com aguá para ele tomar e uma espécia de ‘’rede/balanço’’ para o tamanduá se deitar,
assim como um cupinzeiro que é dado ao animal 1x por semana para manter a
alimentação balanceada, imitando como seria a alimentação dele na natureza. O mesmo
ocorre nos demais recintos, como da onça-parda que tem estruturas maiores para ela se
locomover e locais para ela afiar as garras, a alimentação dela se diferencia da do
tamanduá, pois ela é um animal carnívoro então o zoológico tem uma criação de galinhas
e pintinhos para alimentar estes tipos de animais onde a alimentação principal é a base
de carne. Os animais ali são alimentados 1x por dia de acordo com a nutrição necessitária
para cada um deles, a médica veterinária responsável nos contou que a alimentação de
todos os animais passou por uma análise feita por outra médica veterinária especializada
em nutrição animal e foi readequada para suprir as necessidades de cada animal ali
dentro, desde as aves até os primatas. Cada recinto tem um ou dois tratadores que
revezam entre si, para alimentar e limpar o recinto, quando isto ocorre os tratadores
colocam o animal em um cambeamento,é como se fosse uma espécie de sala de espera,
onde o animal fica aguardando ali dentro, isto evita que ocorra acidentes com os
tratadores e para que o recinto seja limpo adequadamente.

No Parque sabiá, existem diversos tipos de animais e recintos, todos sempre estruturados
para projetar um espaço adequado para cada animal, como no recinto dos jacarés, onde
tem um pequeno lago com água corrente e o local para eles descanarem com bastante
folhagem, no recinto das aves, apesar de se assemelharem um pouco, ainda assim é
diferente, pois lá existem pavões, araras, maritacas e papagaios, aves de grande porte
como o tuiuiú que é uma ave do mato grosso do sul, precisa de um recinto para que o
animal consiga voar e água como um lago que corre por dentro do recinto, as Emas que
são aves de grande porte tem um recinto cujo o espaço é de muita abundância em
vegetação e de diâmetro bem vasto, para que elas consigam andar, as corujas também
tem um recinto diferente com casinhas para elas entrarem e os gaviões com poleiros. A
diversidade de animais que se encontram lá é bem vasta, como o tamanduá bandeira e o
mirim, macacos, jupará, cachorro do mato, ganso-do-egito, onça-parda, jacarés, diversos
tipos de aves, lobo guará, jabutis, alguns destes animais não foi possível observar no
recinto pois são de hábitos noturnos, então eles estavam dormindo dentro do
cambeamento ou do local próprio para eles dormirem.

Os animais chegam ao zoológico por motivos antrópicos, seja eles; queimada,


atropelamento ou como antigamente que existiam os circos com animais, quando esses
novos animais chegam ao zoológico eles passam por uma quarentena, onde avalia se o
animal está com alguma doença e para a adaptação dele, depois é necessário a
introdução deste animal em um recinto, caso esse recinto seja em conjunto com outro
animal da mesma espécie, existe todo um protocolo por trás, onde ocorre a separação
destes indivíduos primeiramente, separando-os por uma cerca ou grades para que
gradualmente esses animais vão se adaptando um com o outro, mas caso é notem que
por algum motivo estes dois animais não se adaptaram, como no caso de agressão, eles
são mantidos em recintos diferentes. Os animais também podem apresentar estereotipias,
que são comportamentos repetitivos, demonstrando o desconforto com certa situação,
com o animal do mesmo recinto ou a não adaptação ao novo ambiente, pois esses
animais de zoológicos a maioria deles vieram do seu hábitat natural (natureza),eles são
atendidos primeiramente pelos CETRA’s(Centro de triagem e reabilitação) e se analisado
que aquele animal não tem capacidade de voltar para o seu hábitat natural, eles são
encaminhados para os zoológicos ou áreas protegidas, eles serão monitorados por
especialistas e médicos veterinários, no caso dos zoológicos eles sempre visam o bem-
estar animal, meio ambiente e a pesquisa.

A médica veterinária Nathana, relatou um pouco do dia a dia dela, da atuação do médico
veterinário nos zoológicos, onde ela disse que faz de uma a duas rondas por dia em todo
o local, avaliando os animais, observando se não existe nenhum problema nos recintos,
se os animais estão saudáveis e bem instalados, se é observado algum animal doente é
necessário fazer a contenção do mesmo e assim avaliar o animal e medicá-lo. Nos
ensinou algumas diferenças em relação ao o que é um animal selvagem e o que é um
animal exótico (no caso os pavões que tem no parque sabiá),nos mostrou a área de
quarentena dos animais que estão doentes, ou que foram separados por causa de
brigas(como no caso de um pato que era cego e foi separado dos demais patos pois ele
apanhava) nos mostrou também a área que não é aberta a visitação para o público pois é
um local na qual a manutenção não é nova, podendo provocar assim acidentes ao
público, nesse local é o recinto dos jabutis, lobo-guará e de 3 veados que vivem lá.

Sendo assim, concluo que a visitação ao Parque Sabiá foi de muito aprendizado,
aprender uma área da veterinária que não nos é comumente falado ou ensinado tão
profundamente mas que tem uma importância muito grande para a manutenção e
qualidade de vida da nossa fauna brasileira foi muito enriquecedor, o parque tem um
trabalho muito bonito em acolher os animais que chegam lá por diversos motivos,
principalmente por motivos antrópicos, e proporcionar a esses animais uma qualidade de
vida dentro dos parâmetros possíveis para que eles tenham conforto e uma vida
saudável, sendo esse, um dos maiores papéis do médico veterinário dentro deste âmbito
da medicina de selvagens como o primeiro atendimento assim que esses animais chegam
na triagem, avaliação diária, preocupação com o bem-estar do animal e melhorias para a
qualidade de vida deles no recinto. Foi uma manhã de muito aprendizado e conhecimento
para nós alunos que ainda estamos no processo de conhecer sobre as diversas áreas de
atuação em que o médico veterinário pode trabalhar.

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