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Miguel Eusébio Malua

Verificação de Hipóteses na Etocologia


Investigação experimental da adaptação (Modelos de optimalidade, Teoria
de satisfação)

Licenciatura Em Ensino de Biologia com Habilidades em Gestão Laboratorial

Universidade Rovuma
Extensão de Cabo Delgado
2022
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Miguel Eusébio Malua

Verificação de Hipóteses na Etocologia


Investigação experimental da adaptação (Modelos de optimalidade, Teoria
de satisfação)

Trabalho de Carácter avaliativo a ser


entregue no Departamento de Ciência
Tecnologia Engenharia e Matemática curso
de Biologia, na cadeira de Biologia de
Comportamento 4º ano 1º semestre,
leccionada pelo:

Docente: dr.: Idiamine Mussa Sabe

Universidade Rovuma
Extensão de Cabo Delgado
2022
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Índice
Introdução........................................................................................................................................3

1.Investigação experimental da adaptação......................................................................................4

1.1.Modelos de Optamilidade..........................................................................................................4

Modelos de Forrageamento Ótimo..................................................................................................5

Teoria de ponto central....................................................................................................................5

1.2.Teoria de Satisfação...................................................................................................................6

Conclusão........................................................................................................................................7

Referencia Bibliografia....................................................................................................................8
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Introdução

O presente trabalho, de Biologia de comportamento tem o tema de Investigação experimental da


adaptação (Modelos de optimalidade, Teoria de satisfação). É de salientar que todo o
comportamento do animal, ou o comportamento humano é influenciado pelo desejo de atingir
objectivos e as necessidades humanas geram motivações que são dinamizadas de acordo com a
necessidade própria de cada indivíduo, logo, “cada indivíduo tem tendência a desenvolver certas
forças motivacionais como produto do ambiente cultural no qual vive, afectando a maneira pela
qual as pessoas percebem seu trabalho e encaram suas vidas.

Objectivo Geral

 Compreender os modelos de optamalidade e a teoria de satisfação

Objectivos Específicos
 Mencionar os modelos de optamalidade;
 Descrever os modelos de optamalidade;
 Explicar a teoria de satisfação;

Metodologia

O presente trabalho obedece a seguinte estrutura: introdução, desenvolvimento, conclusão e


bibliografia, sendo o método bibliográfico aplicado na elaboração deste trabalho, parte da
pesquisa exploratória, que consistiu no levantamento conceitual de material referente ao tema.
Os autores das obras consultadas estão devidamente citados dentro do trabalho e na bibliografia
final.
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1.Investigação experimental da adaptação

1.1.Modelos de Optamilidade
Neologismo para o termo em inglês optimization, que é a busca de melhor benefício possível
numa dada situação em que o animal se encontra (Naftal (s/d).

Etoecologia investiga a variabilidade do comportamento ao nível do indivíduo, no contexto de


estudos de optimalidade, e no balanço entre ganhos e perdas. Do conhecimento sobre a decisão
que o animal toma na escolha entre dois ou mais tipos de comportamentos, é possível formular
hipóteses que, depois, podem ser testadas em experiências e observações realizadas na natureza
livre, (Pires, 2016).

O princípio de optimalidade diz o seguinte: características subordinadas à selecção natural


expressam-se de tal modo, que gastos (custos) e ganhos (proveitos) estejam numa relação
optimal, sendo o ganho líquido maximal e mensurável, quer de forma directa, quer de forma
indirecta (Pires, 2016: p.419).

Para testar suas hipóteses quanto à evolução do comportamento de captura de presa, Pires usou
vários modelos, que são os seguintes:

 Modelo A: o indivíduo constrói uma vez de novo usa a armadilha por muito tempo sem
ter que o aumentar;
 Modelo B: o indivíduo constrói o funil diariamente de novo sem incremento de diâmetro;
 Modelo C: o indivíduo constrói a armadilha uma vez de novo, usa-a por longo tempo
com incremento diário do diâmetro;
 Modelo D: o indivíduo constrói o funil diariamente de novo, com incremento diário de
cada funil construído.

A complexidade da reacção de defesa da presa pode ser ínfima, mas ela também pode ser
superior e chegar a pôr em perigo a vida do predador, por exemplo, quando interagem uma leoa e
uma zebra. Uma vez que a captura de presa é energicamente dispendiosa e traz consigo vários
riscos, ela deve observar o princípio de optimalidade, também conhecido por princípio de
economismo, (Pires 2016).
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1.1.2. Modelos de Forrageamento Ótimo

MacArthur & Pianka (1966) foram os primeiros a lançar um modelo de seleção de presas
baseado no princípio de otimização (optimal foraging theory). Em 1978, J. R. Krebs & N.
B. Davies publicaram o livro “Behavioural Ecology. An evolutionary approach” no qual
apresentaram as bases para uma abordagem do estudo do comportamento integrando
noções de economia e modelização matemática, criando assim uma área do estudo do
comportamento chamada ecologia comportamental. Os modelos de otimização têm como
componentes básicos a existência de decisões, de valor (currency) e de limitações ou
restrições no que se refere à aquisição de itens alimentares. (Yanamoto e Volpato, 2011).

Yanamoto e Volpato, (2011), refere que nos modelos de forrageamento óptimo, as decisões são
basicamente aplicadas a dois tipos de problemas: que presas consumir e quando deixar a parcela
que contém o alimento.

No primeiro caso, o indivíduo que encontra uma fonte de alimentos deverá “decidir” se consome
ou não o alimento. Se for uma presa móvel, o predador deverá decidir se a persegue e durante
quanto tempo, e quando ele deverá abandonar a perseguição se não capturar a presa. No segundo
caso, o indivíduo deverá decidir se permanece numa área após um determinado tempo ou se
muda para outras parcelas de presas (Stephens & Krebs 1986 apud Yanamoto e Volpato, 2011).

O segundo componente dos modelos de optimização é a assunção de que a existência de valores


diferentes entre as opções é o critério usado para comparar as possíveis decisões tomadas pelo
indivíduo.

1.1.3.Teoria de ponto central

Outro modelo de optimização aplicado ao forrageamento é o modelo de ponto central. O modelo


considera que o indivíduo busca/captura o alimento em uma parcela e deve transportar esse
alimento a um determinado lugar fixo, como por exemplo, o ninho de uma ave, uma colónia de
formigas ou mesmo um local de estocagem de alimento, no caso de um esquilo (Orians &
Pearson 1979; Schoener 1979).

Um indivíduo que forrageia numa determinada parcela levará à diminuição da concentração de


recursos, chegando o momento em que ele deverá deixar essa parcela e buscar outra. A tomada
de decisão será de continuar nessa parcela ou deixá-la e buscar outra com quantidades adequadas
de recursos. Imaginemos um pombo que busca alimento numa praça pública e encontra uma área
“A” de 2 m2 com 100 grãos de milho jogados por uma senhora. Quanto mais tempo ele
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permanece nessa área mais ele consegue ingerir grãos e ao mesmo tempo diminui a
probabilidade de encontrar novos grãos nessa mesma área, pois a medida que ele acumula milhos
no papo diminui a densidade de grãos sobre a calçada da praça. Num determinado momento ele
deverá decidir se continua nessa área “A” ou se a abandona e 408 busca uma nova área.
(Yanamoto e Volpato, 2011).

1.2.Teoria de Satisfação

Satisfação é entendida como um estado mental que se produz pela optimização do retro
alimentação cerebral. Ou seja o cumprimento do gosto ou desejo.

Na teoria de satisfação (Inglês, satisfation theory) diz-se, por exemplo, que o nível de satisfação
anterior influencia a motivação de um predador em relação à caça que vai efectuar em seguida. A
formiga-leão (Euroleon nostras) usa de modo diferente a presa de acordo com o nível de
extracção de alimento da presa anterior, maioritariamente insectos. Também o tempo de
manipulação da presa (Inglês, handling time), ou o número de presas capturadas por unidade de
tempo diferem de acordo com o nível de satisfação anterior (Pires, 2000).

Por outro lado, a prontidão de acção é influênciada por vários factores, dentre eles, os estímulos
chaves, as hormonas, os ciclos endógenos, o estado de maturação do sistema, a idade, os eventos
comportamentais anteriores, etc.
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Conclusão

Feitas as leituras conclui se que o principio de optimalidade tem a ver com ganho e perda de
energia que o animal usa numa determinada situação e a teoria de satisfação ela explica que a
satisfação o nível de satisfação anterior influencia a motivação de um predador em relação à caça
que vai efectuar em seguida.
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Referencia Bibliografia

Pires, Cristiano. (2016). Biologia do comportamento. Volume i.

Naftal naftal (s/d).Modulo de 4o Ano Biologia de Comportamento UCM – Centro de Ensino à


Distância

Yanamoto, m. E.; Volpato, g. L. (2011). Comportamento animal. 2. Ed. Natal: edufrn – editora

Schoener TW. 1979. Generality of the size-distance relation in models of optimal feeding.
American Naturalist 114: 902-914.

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