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21.02.

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CONTRATOS

EXISTEM INUMEROS TIPOS DE CONTRATOS. Os contratos podem ser unilaterais, bilaterais,


comutativos, etc.

Os contratos são uma realidade cotidiana, estão presentes em nossa vida.

O contrato é o veiculo pelo qual eu consigo manipular os bens as pessoas e as obrigações. Eu não tenho
como obrigar alguém a fazer ou não fazer algo senão através de um contrato.

A responsabilidade civil nasce só de duas situações ou don ato ilícito ou do contrato. Só se fala então
em responsabilidade civil contratual e extra-contratual.

As pessoas são os pólos da constituição do contrato (jurídica ou natural) e tais pessoas vão movimentar
obrigações.

Pode-se ter também as situações incidentais: termo, prazo, condição, etc... e pode ainda ter um vicio de
consentimento no contrato, o social é mais difícil.

O casamento é um contrato bilateral. Mas no Brasil ele não é considerado um contrato.

04.03.11

Temos diversas classificações e condições de contratos. Os bens só existem para servir as pessoas de
direito.
A obrigação extracontratual só nasce quando tem um dever de indenizar. Não existe relação de consumo
sem a existência de um contrato. O cinema é um contrato de adesão. Essa relação a partir do CDC que
trouxe padrões de relações jamais vistas no Brasil.
O CDC é uma legislação extremamente moderna, um padrão a ser copiado no mundo todo. O CDC
trouxe a possibilidade das situações de consumo se relacionarem de forma eficiente.

CLASSIFICAÇÃO CONTRATUAL:

A classificação contratual é extremamente teórica, pois o que te importa saber é se o contrato esta
inserido no ordenamento jurídico. Então se falar teoricamente em classificação é um pré-requisito se
saber quais os tipos de contrato para o caso de descumprimento do contrato. No momento em que
alguém descumpre o contrato é que é importante conhecer qual a classificação deste contrato, pois
dependendo da classificação as consequências serão diversas. Dependendo da classificação do contrato
a consequência da interpretação judicial será diferente, com relação ao momento da realização do
contrato, gratuidade, onerosidade, etc.
Quando eu contrato alguma coisa, seja o que for, venda e compra p. ex. e amparo isso por um contrato
necessariamente temos que resgatar os conceitos do primeiro semestre.
É claro que as situações contratuais não são praticas, pois no momento da realização do contrato eu não
preciso saber se ele é aleatório ou etc., o que tenho que saber são as consequências desse contrato. O
contrato suporta e comporta outras situações que extrapolam o dia-a-dia das relações sociais. P. ex. um
carro com vícios redibitórios, por 90 dias quem me vendeu tem que arcar com as despesas desde que
não seja visível o defeito no momento da compra. O contrato comporta neste caso renuncias, ou seja, o
comprador pode renunciar esse direito de indenização por vícios redibitórios.
Só haverá exegese do contrato ou ação judicial se o contrato for descumprido. Quando se fala da
interpretação do contrato o juiz irá qualificar o contrato, a interpretação se chama qualificação.
Qualificar não é trazer benefícios, mas sim enquadrar a situação a realidade. Nunca o contrato é
impassível de qualificação.
Qualificar serve para a gente posicionar o contrato dentro da realidade em que ele se prestou, o que esta
ligado ao adimplemento ou inadimplemento dele mesmo. O que não pode acontecer é caso as partes
classifiquem o contrato ele não pode ter característica diferente da classificação. P. ex. o nome do
contrato não vincula a ideia contratual, mas a classificação sim então não posso chamar uma compra e
venda de contrato gratuito.
NOS CONTRATOS UNILATERAIS E BILATERAIS: classificação é quanto a carga de obrigação das
partes. Neste caso quando só uma das partes possuem obrigação como no testamento e na doação ele é
unilateral. Essa classificação só tem esse nome que diz respeito a quem tem obrigação no contrato.
Quando na doação a pessoa que recebe aceita o contrato se torna bilateral, antes ele é unilateral. Isto esta
ligado a carga de obrigação das partes e não ao efeito final do contrato. Não tem como eu formular um
contrato comigo mesmo, nem obrigar alguém a determinada obrigação sem a pessoa consentir. Na
doação o donatário não tem obrigações é só aceitar ou não, quando aceita as outras questões como o
imposto ele deverá resolver, mas não cabe mais na doação, a doação continua sendo gratuita. A doação
pura e simples é unilateral, e a com encargo, se aceitar o encargo ela não é pura e simples, mas será
bilateral, se não aceitar o encargo continuo com a coisa, e quem doou a coisa entra na justiça para pedir
que eu cumpra o encargo, já com a condição eu perco a coisa, com encargo, condição ou termo vira
bilateral.

21.03.11

Os contratos bilaterais existem obrigação para ambas as partes, então e justo dizer que eu possa cobrar
da outra parte aquilo que me e devido essa reciprocidade chama-se sinalagma, são os contratos
chamados sinalagmaticos. Os unilaterias são chamados de unilaterais mesmo.

Já os contratos unilaterais são os que só uma das partes possui obrigação. E o que o donatário esta
recebendo, na relação do direito civil o donatário não tem nenhuma obrigação, aceitando a doação ele
terá obrigações que não fazem parte do direito civil.

Os contratos unilaterais que são partes da própria natureza dele, as doações, os mútuos, as procurações,
mas as procurações podem se tornar bilaterais, se colocar que eu quero cinco por cento do valor da
venda. Esses contratos unilaterais por natureza podem mudar pela vontade das partes, o limite disso e a
lei. Exceto os contratos que vem com forma predeterminada, pois existe forma pré-estipulada, mas os
contratos gerais se baseiam na autonomia de vontade das partes, o que não pode ser contratado são
coisas imorais, p. ex. sexo.

Originalmente o mutuo, o comodato são unilaterais, o comodato e sempre unilateral (empresto um


apartamento para alguém) se cobrar aluguel não e comodato, o comodato não pode ter contraprestação
de valor. O vale sempre e o que esta escrito no contrato e não o nome. Se pagar só o condomínio e
comodato, pq e despesa do imóvel, e não esta pagando pelo uso do imóvel, ele não visa lucro em uma
das partes.

Mutuo e o empréstimo de dinheiro, e unilateral, mas pode se tornar bilateral. Eu empresto uma quantia
sem juros e unilateral, mas se empresto a juros, vira bilateral pque gera obrigação. Esses contratos são
tradicionalmente unilateral, a doação e unilateral, mas quando eu ponho encargo ou condição será
unilateral.

Troca ou permuta, compra e venda, são bilaterais, a permuta não existe dinheiro envolvido. Locação e
bilateral. Fiança e bilateral, mas tem gente que diz que e unilateral às avessas, mas o fiador tem
obrigação e por isso e bilateral.

Unilateral, mandato gratuito, e unilateral, p. ex. procuração pra vender algo em meu nome, a procuração
ad judice não e contrato, já a que eu outorgo a alguém para vender algo, p. ex. e contrato. Quando cobra,
o contrato e oneroso, deve constar no contrato (procuração) o valor da porcentagem a ser cobrada com a
venda. Na própria procuração deve constar o valor mínimo de venda do imóvel, se ele vender por valor
menor deve prestar contas. No contrato também deve estipular a prestação de contas. Se for contrato
gratuito também devo colocar o valor mínimo e a prestação de contas.
Contrato de deposito, nasceram para depósitos de grãos, p. ex. armazéns gerais, deposita x sacas de soja,
esse contrato a doutrina diz que e gratuito, tenho silos pra deposito, fazem depósitos de x sacas de soja
para retirar daqui seis meses, pra doutrina e gratuito, mas eu não ganhei nada, ganhei pq eu posso
utilizar a soja, eu compro e vendo, ganho dinheiro antes da retirada, mas qualquer despesa que eu tiver
eu posso cobrar do outro, mas o judiciário já esta entendendo de forma diversa, pq pode não ser justo eu
armazenar e não ganhar nada, a principio e um contrato gratuito. Já esta existindo deposito bilateral,
pois quem esta depositando tem que pagar.

Esses contratos unilaterais que durante um tempo mudem sua característica para bilaterais, parte da
doutrina chamam estes de contratos bilaterais imperfeitos. São aqueles que nascem unilaterais e com o
tempo passam a ser bilatérias. Reembolso de despesas não torna o contrato bilateral, apenas se pagar
uma comissão, p. ex. procuração para vender imóvel, o que torna bilateral e conferir lucro com o
contrato.

Mas parte maior da doutrina diz que não existe essa terceira figura, se o contrato nasceu unilateral e se
tornou bilateral, ele agora e bilateral. Então não prevalece o bilateral imperfeito, isso não existe, ou e
unilateral ou bilateral.

Pra identificar esses contratos deve-se ter como foco o momento do aperfeiçoamento do contrato, ou
seja, o momento em que ele se realiza, isto e, vou receber algo, vou pagar algo, não e quando assina o
contrato, mas a perspectiva futura de realização do contrato, contudo as vezes essa perspectiva pode não
valer para indicar se e unilateral ou bilateral, pois como já vimos o contrato pode mudar no decorrer do
processo.

No momento em que o contrato unilateral passa a dar obrigação às partes ele será bilateral.

O beneficio auferido aos contratos unilaterais, p. ex. uma doação, eu doo um imóvel de 500 mil para
alguém, ao donatário cabe aceitar ou não a doação, se eu puser uma condição ou um encargo ele passa a
ser bilateral, agora a questão tributaria, não diz respeito ao direito civil. Agora eu doo o imóvel, quando
a pessoa vai morar ela vê um vazamento ai a pessoa move uma ação contra o doador, assim numa
discussão judicial o doador não será responsável, nos contratos gratuitos a parte onerada só responde por
dolo. O gratuito do contrato então só responde por dolo art. 392 CC. Isso quer dizer que a lei trata com
carga maior aquele que esta recebendo do quem esta doando. Nos bilaterais ambos respondem por
simples culpa.

25.03.11

Contratos unilaterais e bilaterais essa classificação é didática no que toca ao conhecimento, mas para
quem participa não tem relevância se é unilateral ou bilateral, mas quando se descumpre o contrato aí
importa pro juiz para solucionar a lide. A regra dos contratos é que ele aconteça seja cumprido, mas o
problema e a disciplina de contratos funciona para solucionar o inadimplemento contratual. Art. 476. Eu
faço contrato de compra e venda Devanir um carro, eu não posso chegar pro Devanir sem pagar e exigir
o carro. Nem sempre são assim, existem as clausulas incidentais, prazo, condição, termo, encargo.
A regra é que os contratos sejam puros e simples, mas na pratica tem termo, prazo, condição, encargo.
Nos contratos bilaterais tem-se deveres e obrigações para ambas as partes nestes contratos é que precisa
haver o inadimplemento de um para se cobrar. Nos unilaterais, a parte benéfica não pode cobrar pq ele
só esta ganhando.
Quando alguém não cumpre o contrato a parte deve entrar com uma excepitum non adinplendi
contractos, aquela que eu movo contra a outra parte para exigir que ele cumpra e para eu não ser
obrigado a cumprir a minha parte ate ele cumprir a dele. Funciona quando não cumpriu nada do
contrato. Quando cumpri uma parte excepitum non ren adinplendi contractos. Eu ataco o mérito do
contrato na excepitum non adinplendi contractos, por ex. ataco o carro, a outra eu cobro a clausula
penal, pq eu quero a multa já que uma parte foi cumprida.

28.03.11
Existe a exceção de inadimplemento absoluto esta ligada a defesa do contrato, ninguém pode pedir
inadimplemento se não houver feito a sua parte. A exceção não visa o não cumprimento do contrato, a
ideia é que se ponha a exceção para que a outra parte cumpra o contrato. A exceção tem a ideia de que
quem não cumpriu a parte do contrato obrigue o outro a cumprir sua parte. Quando posta essa exceção,
não exime o outro de cumprir a ele, ou seja, eu não cumpro executo o outro, e digo o seguinte vou
cumprir minha parte, mas vc tem que cumprir a sua, isso nos contratos equivalentes, não com clausulas
incidentais. Pode-se mover exceção pedindo garantias se a pessoa estiver insolvente.

O contrato de locação não mais pode colocar o que quiser de muita. Os contratos de locação são auto
renováveis. No momento que eu faço o contrato eu já devo me cercar das garantias.

A norma é sempre suplementar nos contratos, aquilo que as partes omitirem no momento da realização
dos contratos a norma traz isso. Então o que tiver de divergência nos contratos, mesmo com a
convenção das partes quando esta é omissa, a norma suplementa o que não foi posto no contrato.

A norma não prevê o arrependimento, então se no contrato não esta previsto isso então isso não existe.

A exceção é justificada pela boa fé, que é principio basilar do direito.

A relação em massa nunca é relação de consumo. Toda a relação de consumo é uma relação contratual.

Se compro de quem não é fornecedor é de 30 dias a garantia, compro carro usado do helton, se for de
concessionaria três meses (usado). Quando compro de alguém que não é do ramo de atividade, quando é
de particular.

O inaplimento relativo é quando o contrato em parte foi cumprido e em outras não, entra com uma
excepitium e tem que cumprir, só cabe em contrato bilateral e não unilateral, pois vc já esta ganhando.

11.04.11

A exceção do contrato não cumprido é uma defesa das partes para que façam que a outra parte adimpla
o contrato. Pode-se renunciar o contrato não cumprido, ou seja, quando realizam o contrato optam por
não entrar com a exception, é a solve et repet, mas pode ser incluída anteriormente. O contrato pode ser
movimentado pelas partes a qualquer momento, podem mudar, desde que ambas queiram isso. Em
contrato de adesão não pode, pq as partes não estão em equilíbrio. Essa clausula do contrato não
cumprido foi colocado por um lobby, eu negocio com um banco, o banco descumpre e eu não posso
exigir que ele cumpre isso, é a renuncia, o contrato de adesão.
Nos contratos de direito privado essa clausula deve ser evitada, mas é utilizada nos contratos com a
administração pública. Nos contratos administrativos essa clausula é tácita não precisa estar expressa,
por três meses sem exigir a contraprestação. Se eu atrasar o cronograma a Administração pode exigir a
inadimplência. Essa é a ideia do SUS.

15.04.11

CONTRATO PLURILATERAL: quando fala em unilateral ou bilateral, só uma das partes tem
obrigações e duas partes possuem obrigações. Os contratos plurilaterais existem mais de três polos numa
relação jurídica (uma pessoa do lado e duas de um lado é bilateral) o plurilateral tem que ter três polos,
um contrato social com três sócios é plurilateral. Alguém tem um imóvel e divide em colmeia e faz um
contrato de locação para cinco no mesmo contrato, cada um loca uma fração do espaço. Existem vários
polos, se fosse cinco locadores pra o mesmo espaço seria bilateral.
Ele pressupõe a manifestação de vontade de mais de duas pessoas, mais de duas partes em polos
diferentes no mesmo contrato. Ex. Seguro de funcionários de uma empresa. O inadimplemento de uma
obrigação não afeta as outras, a excepitio entra com um que descumpriu, move só contra quem esta
inadimplente. Sendo contrato unilateral existe mais de polos na relação jurídica. Torna esse contrato
individualizador. Se tiver vício, tem que ver onde tá esse vicio e o qual parte ele atinge. Se uma erra, por
exemplo, não entende e acha que no mesmo exemplo é uma solidariedade. As outras entenderam que era
individualizado. Deve avaliar se vai anular onde o vicio esta, mas não precisa fazer outro contrato. Se
não for solidário pode mover uma renovatória, porque é individual e é contrato plurilateral. Esse
contrato admite como bilateral que é a cessão de posição dentro do contrato, mas aí pode acontecer de
virar bilateral, no bilateral é vedado a sublocação. No plurilateral, é tácita a cessão de posição. Um
inadimplemento de uma das partes do plurilateral não faz morrer o contrato.

CONTRATO ONEROSOS E GRATUITOS: fala-se de obrigação da parte e não na quantidade de


pessoas envolvidas. Nos gratuitos toda a carga fica por parte de uma pessoa só, uma parte só pode ter
beneficio e outra só obrigação. No gratuito uma parte só tem obrigação. São chamados também de
contratos benéficos e parte razoável da doutrina o chamam assim. O gratuito pode prever algum ônus
para outra parte e continuar gratuito desde que não haja uma condição financeira. Doo o imóvel e vc
cuida do cachorro, agora doo o imóvel e vc tem que pagar cestas básicas ai não é. Contrato de mandato
a procuração é gratuito, se eu cobrar os gastos não torna o contrato oneroso, mas se quero uma comissão
ele fica oneroso, mas ainda unilateral. Parte da doutrina coloca a classificação de contratos mistos, que
são os que mudaram de características. Isso é balela, só uma pequena parte reconhece. Existem contratos
unilaterais que são onerosos sem deixar de ser unilateral. Mas todo o bilateral tem que ser oneroso.

Contrato benéfico, não altera, sempre o beneficiado é visto de forma mais cruel, o doador é visto de
forma mais branda, e o beneficiado mais cruel. Da mesma forma o doador não se sujeita a evicção, o
terceiro que é dono da coisa, ou tem interesse na coisa. A evicção doo imóvel pra Renata, mas a Carol
move ação contra o professor, a Renata não pode mover uma ação contra o professor pela evicção, a não
ser se houver dolo. A Renata abre mão da coisa, pois se quiser receber a coisa entra com ação. Também
não responde o doador por vícios redibitórios, o prazo é ate 90 dias. Se aparece um vicio oculto, o
doador não responde pelo vicio oculto, só se for uma relação de consumo. Havendo dolo o doador
responde.
Contratos aleatórios depende da sorte. Contrato de seguro de vida não é aleatório, porque todo mundo
sabe que vai morre, não se conta com a sorte, pq vc vai utilizar o seguro. A alea é pra duas partes. De
carro só pode ter um seguro de vida pode ter mais.
Comutavo conheço toda a relação, da realização do contrato se sabe de tudo, como o seguro de vida.
O conhecimento do resultado final do comutativo deve existir em todo momento, mas não deve mudar
de característica. O contrato de seguro tem limite de pagamento.
São por natureza aleatório os contratos de seguro, aposta, jogos em lotérica. Toda loteria é aleatória.
Jogo ilegal se eu ganho não tenho como cobrar, mas se me pagarem eu não devolvo.
A regra é que os contratos sejam comutativos e não aleatórios, a ideia é sabermos o que vai acontecer.
O contrato comutativo é a regra, se o código não previsse o aleatório todos deveriam ser comutativos.
Comutativos: admite os vícios do consentimento, nos aleatórios não todos os vícios, mas em estado de
perigo e lesão, não da pra fazer o aleatório.
Os contratos que tem amparo no CDC os dois contratos comutativo e aleatórios, pq ambos são relações
de consumo.
Um contrato de seguro tem que ter uma condição resolutiva, então tem uma condição, se eu bater vc tem
que me indenizar.
Essa condição que diz respeito a incerteza do aleatório tem que existir senão ele não preenche os
requisitos.

09.05.11

O CC de 2002 trouxe minucias nos contratos aleatórios que não existiam anteriormente. O contrato
aleatório pode dizer respeito se a coisa pode acontecer ou não. Art. 458 em diante. Posso contratar uma
coisa sem saber que a coisa vai vir ou não, ou saber se haverá ao menos o mínimo. Contrato da
esperança emptio spei, venda da coisa esperada. Melhor exemplo pescador lança a rede ao mar. Compro
sua pesca, eu pago a coisa esperada, pode não vir nada mesmo assim tenho que adimplir o contrato, esta
é a compra de esperança. A esperança diz respeito a existência da própria coisa e mesmo assim terei
que pagar mesmo se não existir a coisa, isso não é enriquecimento ilícito. O sujeito se compromete a
pagar em qualquer situação. Mas no art. 459, se nada existir eu nada devo pagar, é a venda da coisa
esperada, emptio spei esperatae, se nada vier eu não pago nada. Mas se vier um eu pago, se vier mais eu
pago o combinado. Se eu pago por 30 e ele colhe 50 eu ganhei 20, mas se paguei por 30 e não vier as
trinta não pago.

CONTRATOS TIPICOS ATIPICOS INOMINADOS E NOMINADOS.

CONTRATO TIPICOS SÃO AQUELES QUE ESTAO NA NORMA, ESTAO TIPIFICADOS NA


NORMA. MAS NEM TODOS ESTAO TIPIFICADOS, SÃO OS ATIPICOS, COMO P. EX. O
LEASING, QUE HJ POSSUI REGULAMENTAÇÃO, MAS QUANDO ENTROU NÃO TINHA
TIPIFICAÇÃO.
Nada impede que um contrato que não esteja tipificado possa ser feito, pode-se criar. A gente pode fazer
contrato que a gente quiser.
Os nominados são todos os nominados e os atípicos são os inominados. O fato de criarmos um contrato
nominado não necessariamente ele é típico, um contrato de locação e desconfiguro ele, transformo ele
em um comodato, só fica o nome, ele será então um contrato atípico. Os contratos são de livre
disposição entre as partes, desde que em comum acordo, e não cause enriquecimento ilícito. Jogo e
aposta e típico, o que não é típico é o jogo de azar.
São típicos também os contratos nas legislações extravagantes e são também típicos contratos em
convenções internacionais.
O código civil é normativo e o penal é punitivo.
Quando se fala em excesso de vantagem para uma das partes esse contrato deve ser analisado pelo juiz,
ele pode analisar, aceitar a execução do contrato, mas alterar o contrato ele não pode se tiver excessivo
para alguma das partes ele pode anular o contrato.
O direito civil não é um direito de normas cogentes como o penal.
Quando existe um contrato já tipificado se eu não dispuser nada, se for um contrato de locação, p. ex. a
lei do inquilinato recai sobre esse contrato. Mas se for um contrato atípico, a ideia é de que esse contrato
deve ser bem minucioso.

13.05.11

CONTRATOS CONSENSUAIS E CONTRATOS REAIS:

Deve-se pensar na realização final dessa realização jurídica. Um contrato tem sempre uma finalidade.
Um contrato sempre se consuma em algum momento. Quando assino um contrato com alguém ele não
deve ter somente o valor de minha assinatura, cada contrato tem uma finalidade, p.ex. compra e venda.
Nestes contratos, consensuais e reais toca as consequências.
Consensuais se aperfeiçoa com a mera formação do contrato, no momento em que assinam, declaram
sua vontade ele já se aperfeiçoo. Depende da mera manifestação da vontade para eles existirem, isso não
quer dizer que não precisa de nada mais para ele se concretizar. Locação, já existe o contrato, mesmo se
a pessoa não mudou ainda. Compra e venda, manifestou a vontade no contrato ele já existe, independe
do que ocorra. Desde o principio ele já gera efeitos.
Reais dependem da tradição, da entrega da coisa. Depende da efetiva entrega da coisa, se a coisa não for
entre é um contrato inócuo. Empréstimo no banco – só quando CAI NA CONTA, precisam da entrega
da coisa, pq a entrega da coisa é essencial para a realização do negocio. Ter um imóvel locado não é
essencial, já no empréstimo é essencial a entrega, o mútuo também é real.
Os contratos reais eles necessariamente tem que passar pelo consensualismo, momento de assinar além
de ele ser real ele precisa do consentimento das partes. Os contratos reais exigem um plus, na locação,
na venda basta o consentimento. Plano de saúde preciso de atendimento emergencial, o hospital diz que
precisa esperar a liberação no dia seguinte, o contrato com o hospital é real, com o plano de saúde é
consensual.

CONTRATOS SOLENES E NÃO SOLENES FORMAIS E NÃO FORMAIS:

Quando se fala em contrato os solenes são formais e os não solenes são não formais. Os contratos só
devem seguir uma solenidade ou uma forma só se a lei exige. Quando compra e venda de imóvel é
necessário registro no cartório é forma. A solenidade é um plus da forma (solene é formal, mas nem
sempre). O casamento é formal, mas exige solenidade. Deve ter um documento com uma forma existe
ainda a solenidade que é ato indispensável. Faz parte da formalidade que o ato do casamento seja
público, essa publicidade é outra formalidade.
Contrato solene o testamento público é o que se vai perante o escrivão no cartório de oficio e digo o que
quero testar.
TODO ATO SOLENE É FORMAL, MAS NEM SEMPRE O FORMAL É SOLENE (escritura pública
no registo de imóveis). Quando o contrato exige um desses elementos esse contrato é nulo.
O formalismo e a solenidade vem sendo relegados a segundo plano, pois a cada nova legislação visa
desconfigurar tais requisitos. Muitos outros contratos já foram formais e solenes, mas hoje perderam
essa função. Tais requisitos visam transferir segurança para as partes. Mas a ideia é que tais com o
passar do tempo sejam deixadas de lado. No que toca em relações de consumo não se fala em solenidade
e formalidade.

16.05.11

CONTRATOS PRINCIPAIS E ACESSORIOS

O acessório sempre acompanha o principal, nem sempre como os bens, mas uma dependência jurídica.
O contrato papel é física, mas a ideia é abstrata. Para que um contrato dependa do outro, seja acessório
do outro há necessidade de dependência jurídica.
Pra contratos acessórios temos uma dependência jurídica com a fiança nos contratos de locação. O
contrato de fiança sozinho não existe, por isso é o melhor exemplo. Quando faço contrato de locação e
faço outro contrato de fiança com Maira, mas esse tem que dizer que é com relação com o da Isabela.
Pode ser junto no papel ou separado. Mesmo no mesmo documento é acessório, o instrumento da fiança
sempre é acessoriedade contratual. O fiador pode responder com bem de família, já o locatário não, isso
ainda não é pacífico, mas ainda acontece, por enquanto o fiador ainda perde.
Se nulo o principal nulo o acessório. Se desfaz o contrato de locação, a fiança morre também.
O contrato não tem como existir sem a existência do principal. Se a pessoa não quer mais ser fiadora
continua a locação, exceto se trinta dias antes do termino da locação o fiador unilateralmente revoga o
contrato de fiança perante o locador. Mas se o acessório for nulo o principal não é (casados precisa do
consentimento dos dois para fiar).
O acessório pode vir antes do principal que é uma forma preparatória, em uma situação (mandato)
procuração. Faço procuração valor 20 mil e passo pra Renata vender a casa e autorizo que a Renata
compre a casa, se ela comprar ele é acessório, depois vira de compra e venda que ai é principal de novo.
Só vale isso se eu autorizar que ela compre senão é nula.

CONTRATOS INSTANTANEOS E DE DURAÇÃO

Instantâneo é o que ocorre no momento de sua realização ele se exaure, no momento que eu faço o
contrato eu já cumpro a obrigação. (Compra e venda a vista, empréstimo imediato) são aqueles que se
executam unicamente. Os tipicamente instantâneos podem se tornar contratos de duração. Compro
imóvel, mas vou parcelar em 12 vezes e também se torna de duração se quando existe uma condição
suspensiva, resolutiva, o que vale estudar é quanto tempo vai se perpetuar no tempo. A locação é
tipicamente de duração. Mas pode fazer locação instantânea, veículos, usa por três horas é instantâneo.
Usa-se a razoabilidade de tempo, algo que imediatamente ou logo após o uso é entregue. Os de duração
também são chamados de prestação sucessiva (contrato de trabalho, comodato (empréstimo de imóveis),
contrato de seguro). Seguro de viagem é de duração. Tem ideia de longevidade mesmo que seja de
pouco tempo.
Com relação a prescrição se é instantâneo a prescrição começa a correr a prescrição, mas no de duração,
ex. locação de um ano, cada parcela vencida faz nascer um prazo prescricional, o primeiro mês eu vou
ter até junho de 2013 e o ultimo ate maio de 2015, contrato de 36 meses a prescrição é de 2 anos.
Instantâneo é de 2 anos a prescrição. Em pratica não é tão relevante a relevância é no que toca a
prescrição, a resolução cabe perdas e dano, etc. as vezes é difícil comprovar o adimplemento parcial no
duradouro.

CONTRATOS POR PRAZO DETERMINADOS E INDETERMINADOS


INDETERMINADOS: não preveem o término do contrato, o melhor exemplo de indeterminado são os
contratos sociais.

Quando as partes estipulam data de inicio e termino do contrato ele é determinado que é a regra.

Geram consequências: os determinados, basta que aconteça o termo do contrato ele acaba, p. ex.
renovação de seguro.

O contrato por prazo indeterminado é a exceção. A regra é que eles devam morrer, serem determinados,
se estiver absolutamente cumprido, se não será discutido. No contrato com prazo determinado o simples
decurso do prazo faz com que o contrato se encerre.

O determinado pode se tornar por prazo indeterminado, p. ex. contrato de trabalho, locação de casa,
seguem as mesmas normas do contrato determinado, exceto é claro no que toca as normas do contrato
indeterminado.

Primeira consequência de locação por prazo determinado na locação, no termino o fiador não tem mais
obrigação.

DENUNCIA DOS CONTRATOS: os por determinados não preveem a denuncia, já os indeterminados


preveem que pra se findar o contrato deve-se fazer alguma coisa, se denuncia, se notifica a outra parte
que não tenho intenção de renovar, 30 dias é a denuncia em regra, salvo na lei do inquilinato se for
acordado 90 dias.

A lei de luvas foi revogada pela lei do inquilinato, ela tratava da manutenção do inquilino e do ponto
comercial. Essa coisa de ponto não existe, mais, isso virou praxe comercial, mas não tem amparo legal.
Hoje a lei do inquilinato da maior segurança para as ambas as partes. Locatário é o inquilino, locador é
dono. A lei do inquilinato traz a renovatória por cinco anos ininterruptos tem direito de renovar por mais
cinco anos, mesmo se o locador não quiser, incide renovação de valores etc. a renovatória só cabe por
uma vez e ela tem um prazo, nem o locador pode dizer que quer ele usar o imóvel.

A renovatória tem prazo, o sujeito pode pedir no máximo em um ano antes de completar os cincos anos
(só comercial a renovatória), um ano antes de vencer o cinco anos até seis meses antes de vencer o cinco
anos. Se perder esses prazo a renovatória é intempestiva e não vale.

O contrato por prazo indeterminado que era determinado se mantem com as mesmas cláusulas, multa,
etc, tem que manter as mesmas cláusulas. Melhor fazer contrato de 36 meses.

As partes podem estipular o que quiserem desde que não seja vedado, p. ex. podem estipular vencido
um ano de contrato ele esta rescindido e se rompe o contrato.

CONTRATOS PESSOAIS E IMPESSOAIS: dizem respeito a determinação de quem vai realizar o


objeto do contrato.

IMPESSOAIS: Os contratos em regra são impessoais, compro carro, não se exige quem entregue o
carro.
Já os contratos de fazer e não fazer em regra são pessoais, mas podem virar impessoais.

A QUESTAO DA INADIPLENCIA, NOS PESSOAIS SE RECUSA SE RESOLVE EM PERDAS E


DANOS, MAS NÃO POSSO OBRIGAR A FAZER, MAS NOS IMPESSOAIS SE RESOLVE COM
OUTRO FAZENDO.

O contrato pessoal não se exige o cumprimento pode exigir a indenização quando inadimplido.

CONTRATOS CIVIS E MERCANTIS


A DIFERENÇA ERA IMPORTANTE ANTES DO CODIGO DE 2002, PQ EXISTIA O CODIGO
COMERCIAL, MAS A IDEIA ERA DE QUE OS MERCANTIS DISSESSEM RESPEITO A
EMPRESAS E OS CIVIS OS DE LOCAÇÃO, PERMUTA, A TENDENCIA É A UNIFICAÇÃO
PELA REVOGAÇÃO E AGORA TODOS OS CONTRATOS ESTAO NO CODIGO CIVIL.

27.05.11

CONTRATO PRELIMINAR TAMBÉM CHAMADO DE PRÉ-CONTRATO

Faz-se o pré-contrato só como um lastro de intenções, ele pode prever multa, mas a ideia é amarrar as
partes. Às vezes pras partes não é interessante elaborar um contrato definitivo pq às vezes no caso de
inadimplemento o pré-contrato é mais vantajoso. Contrato verbal, a prova testemunhal exclusivamente
só discute ate dez salários mínimos.
Tem o condão de garantir as partes o estabelecimento de um contrato posterior. No caso de
inadimplemento ele é menos cruel com as partes do que o contrato.
Este contrato pode virar indeterminado. Fiz um pré-contrato de comprar um carro em, agosto, compro
pago a vista e não faço contrato, vira indeterminado. As vezes não há clausula penal no pré-contrato.
As partes tem preferencia, ele não tem clausula penal ele amarra as partes. Eu quero a garantia de que
seja vendido pra mim, mas eu não me compromisso com a venda nem a outra parte, então fica entre as
pessoas.
Pode ter ou não a clausula penal. A coisa não esta sendo contratada ainda, só se diz que estar-se com a
intenção de contratar.
Às vezes quando não se tem a multa apenas amarra as intenções.

CONTRATOS DERIVADOS ou subcontrato

Cabe salientar, que é aquele que depende de outro contrato, é aquele que nasce do contrato original. O
acessório lastreia o original e faz parte dele. O subcontrato nasce do original, mas não o lastreia, caso da
sublocação.
Em ambos se o originário findar, finda o subcontrato e o acessório. O subcontrato não pode ultrapassar
as funções do originário.
No subcontrato, nasce uma nova obrigação, não como a fiança, que tem relação jurídica acessória, o
subcontrato é uma nova relação jurídica.
Ele não pode ultrapassar os limites do contrato originário.
O leasing, eu tenho a posse, eu posso sublocar se o contrato original permitir.
O acessório não cria nova relação jurídica, o subcontrato cria nova relação. O acessório existe desde o
inicio do contrato principal, ele é feito junto. O subcontrato pode ser feito a qualquer momento, mas não
ultrapassando os limites do prazo do original.

AUTOCONTRATO OU CONTRATO CONSIGO MESMO (art. 117)

Acontece só numa única situação, o legislador de inicio não previu essa situação. Ex: outorgo uma
procuração a Renata pra vender minha casa, aí a Re com a procuração compra minha casa, ele é
vendedor e comprador da casa, é a única situação. Pra resolver isso a doutrina colocou nestes termos,
mas fez algumas ressalvas, pois poderia haver má fé, pra que esse contrato aconteça e seja válido, deve
haver a previsão específica de que ele pode comprar, por quanto e por quais condições. Se a procuração
não disser especificamente isso ele só pode figurar como procurador e não pode comprar. Deve então
existir essa previsão. Se não existir a previsão e comprar a casa ele mesmo, através do vício eu peço a
anulação do contrato.
Precisa da autorização expressa.
Se assinar contrato sem a procuração é ato nulo, nasceu viciado.

30.05.11

CONTRATO DE ADESÃO
Encaixa-se dentro de uma nova ideia contratual, pois quando pensamos que o contrato é baseado na
autonomia de vontade das partes, o contrato de adesão é exceção, já que não respeita essa manifestação
livre entre as partes.
A liberdade contratual deve ser vista em dois aspectos: o lato sensu, ou seja, a possibilidade de contratar
ou não; o segundo é a modalidade do contrato (que tipo de contrato eu vou realizar). Essas duas
situações é que tocam a liberdade de contratar, se assim não fosse estaríamos lesando o direito das
pessoas no que tange aos contratos.
Mas, no contrato de adesão, como exceção, ele já vem pronto, não há possibilidade de discutir as
cláusulas, pois é um contrato em massa.
A doutrina resolve isso, já que no contrato de adesão não se respeita esse direito, então tentando
solucionar essa situação, ela dividi a autonomia da vontade em duas partes: a possibilidade de contratar
ou não (contrato de adesão) e a manifestação livre da vontade.
Se não se criasse isso, teria que se mudarem os tipos dos contratos ou não aceitar o contrato de adesão
em nosso ordenamento. Tanto uma como outra, não se enquadram diante da modernidade.
O que se sabe do contrato de adesão é que estou consumindo um produto e ele existe só dentro do
direito do consumidor.
O CDC é ainda um dos mais bem feitos do mundo.
Sempre a contratação do contrato de adesão é em massa.
Mas não podemos esquecer as proteções constitucionais e civis, como a hipossuficiência.
A contratação individualizada não existe no contrato de adesão. Talvez passe a existir, quando a
inadimplência POR PARTE DO CONSUMIDOR.
Só cabe as partes discutirem quando do inadimplemento, quando não sai a contento das partes pede a
inversão do foro na comarca onde mora e também pedem a inversão do ônus da prova, esse contrato
tendo vindo pronto, com cláusulas incorretas, aí existem as cláusulas supletivas do ordenamento que
amparam aquilo que o contrato não previu.

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