Você está na página 1de 19

Versão Online ISBN 978-85-8015-079-7

Cadernos PDE

II
OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE
NA PERSPECTIVA DO PROFESSOR PDE
Produções Didático-Pedagógicas
Os Efeitos do Processo de
Integração dos Indígenas através da
educação.

Valmir Dorigon
Nova laranjeiras, 12/12/2014
FICHA DE IDENTIFICAÇÃO DA PRODUÇÃO DIDÁTICO-
PEDAGÓGICO

Título Os Efeitos do Processo de Integração dos


Indígenas através da educação.

Autor Valmir Dorigon

Disciplina/Área História

Entrada no PDE 2014

Escola de Implementação do Projeto Colégio Estadual Rui Barbosa. EFM.

Município Nova Laranjeiras

NRE Laranjeiras do sul

Professor orientador Jose Ronaldo Mendonça Fassheber

Instituição de Ensino Superior Unicentro

Relação interdisciplinar Sociologia.

Resumo Esta Unidade Didática compõem-se de


atividades a serem realizadas com alunos
do 1º ano do Ensino Médio. Que objetiva
uma reflexão em torno de estereótipos dos
indígenas perante a sociedade, abordando
o tema a partir de como vemos o povo
indígena, e como isso acontece na
educação e o pouco conhecimento sobre as
populações indígenas. Propomos desta
forma através de várias atividades discutir
com os nossos alunos a respeito,
questionando em quais momentos
percebemos esses estereótipos sendo
construídos historicamente e socialmente e
como eles podem ser enfrentados e
repensados através da educação.
Palavras chaves Cultura; Educação Indígena; Kaingang..

Formato do material didático Unidade Didática

Público alvo do material didático Alunos do 1º ano do Ensino Médio.

2
APRESENTAÇÃO

A produção didática aqui apresentada tem a finalidade de trabalhar com


questões que estão em voga diariamente e traz uma visão distorcida de certos
assuntos e temas, mas com uma necessidade enorme de ser trabalhada e
divulgada, haja visto que e muita vezes a falta de conhecimento mínimo faz com
certos temas tomem proporções desnecessárias e de preconceito, uma vez que, são
atividades elaboradas a partir de um contexto real, o ambiente escolar.
Observa-se no Colégio o pouco conhecimento sobre os Indígenas que são,
além de munícipes, também alunos deste estabelecimento de ensino. Isso não os
leva a pensar ou refletir que o indígena mudou e adaptou-se a normas impostas pela
sociedade não indígenas inclusive a de estarem buscando a educação formal fora
do aldeamento local. Segundo Gomes (2012, p.117)

“que o produto da educação atual e para fortalecê-los em suas


culturas e dar-lhe instrumentos para sua defesa diante das forças
dominantes que os cercam. fortalecê-los significa ensinar as matérias
formais da educação tradicional brasileira, primeiro através de suas
línguas maternas e usando exemplos de suas culturas históricas.

Desta forma a concepção do indígena quinhentista do século quinze deve


ficar só em nossas memórias, ou em algumas tribos isoladas existente, porque o
indígena integrado segundo Ribeiro (1970, p.218). “Em cada caso ele tende a
assumir uma feição característica, decorrente das diferenças econômicas regionais,
das peculiaridades das culturas tribais ou segmento da sociedade nacional com que
elas entraram em contato”.

A aplicabilidade e discussões que se pretende fazer com os alunos do


primeiro ano e posteriormente levar a discussão e em toda a instituição é o
entendimento homogêneo do indígena enquanto ser humano participante da vida
ativa da sociedade e torná-los visíveis aos olhos da população não indígena que
convivem diariamente com os mesmos no município.
Com isso se faz necessário o entendimento dos alunos pela diferença, mas,
sobretudo a construção de conhecimento pelo outro através da cultura, língua,
maneira de agir e pensar, e assim visualizarmos como componentes e como pilar da
sociedade totalmente heterogenias constituídas a partir do contato da sociedade
Européia, Africana e Ameríndia do século quinze.
Os efeitos da transfiguração étnica do indígena fazem com o mesmo seja

3
invisível no ambiente escolar, e quando percebido e estereotipado, pois os mesmos
não representam o indígena quinhentista que foi ensinado pelos anos de educação
nacional no Brasil. No cotidiano escolar muitas vezes não aprofundamos a tema e só
reforçamos o que os livros didáticos expressam, desta forma o tema proposto vem
dar um dimensão das mudanças ocorridas com as populações indígenas e que elas
se fazem tão presente em toda a sociedade e mesmo com todas as mudanças
ocorridas devido ao contato com os não indígenas, mantém tradições próprias e
harmonizam as tradições com os dias atuais sem nenhum momento negarem suas
raízes e ao mesmo tempo reforçam que jamais deixam de ser indígenas em contato
com outras culturas.
No decorrer da implementação e aplicabilidade do projeto, através da
proposta, se almeja:
 Elencar aos alunos e instituição métodos atualizados que relata o indígena
como ele é, enfatizando da sua importância na sociedade e um maior
entendimento sobre sua cultura e tradições em uma conjuntura de igualdade
de condições enquanto seres humanos dentro de uma sociedade
multicultural.
 Promover entre os alunos debate que estimula os mesmos a buscarem um
conhecimento maior sobre o indígena contemporâneo, sem deixar suas
tradições de lado.
 Proporcionar aos alunos um olhar mais crítico com conhecimento de causa,
e trazer para o cotidiano das escolas temas contemporâneos como a luta de
terras dos indígenas, como pensam sobre temas atuais como: meio ambiente,
tecnologias, política, saúde e que querem de mudança para o futuro.
 Analisar na instituição como se os estereótipos entre os alunos e praticas,
que vem reforçar mais ainda, iniciadas na educação através jesuíta ate
nossos dias atuais.

UNIDADE DIDÁTICA
TEMA: Movimentos sociais indígenas.
TITULO: Os Efeitos do Processo de Integração dos Indígenas através da
educação.

Atividade 01
Questionário para levantamento de
dados.

4
Ao nos deparar com os alunos de ensino médio, sabe-se que temas
relacionado às questões indígenas em geral são muito pouco trabalhado e
destacado no ambiente escolar, ate porque a lei que ampara essa demanda tem um
pouco mais de uma década a partir das Diretrizes Nacionais Indígenas, tornando
obrigatório em 2008 nas escolas. Tudo isso entendemos uma necessidade maior
para o tema indígena tenha sim seu espaço no meio escolar e que a partir de
conhecimento maior se tenha um entendimento adequado e discussões que
auxiliem na divulgação e busca de diretos de igualdade na sociedade como cita
Gomes (2012).
Não sendo mais um morto-vivo, o índio tem que se compor com a
nossa realidade, e cada um de nos faz essa realidade e influencia
pesadamente na ação indígena real, aquela que e possível de ser
realizada. Então, nos, sociedade brasileira, temos de nos definir e
dialogar com eles a respeito de nossa posição. (Gomes 2012, p.167).

E a partir das discussões e ponto de vista que vamos ter um maior


entendimento sobre a cultura indígena e a partir do questionário vamos entender um
pouco mais sobre o que os alunos pensam e conhecem sobre a temática, que
relacionando ao Colégio Rui Barbosa recebe alunos das terras Indígenas Rio das
Cobras, e a Terra Indígena fica localizada a 09 quilômetros do colégio, onde os
alunos de uma forma ou outra conhecem e tiveram contado com os indígenas
kaingang da região.
A partir do seu conhecimento empírico sobre a temática indígena responda as
seguintes questões:
01 – O que você aprendeu sobre a temática indígena na escola ate o presente
momento?
02 - Em casa com sua família como o indígena e visto, como os pais e avos tratam
da questão indígena e como eles vêem os mesmo na sociedade?
03 – Qual sua visão de estar estudando com alunos indígenas em um mesmo
ambiente em igualdade de condições?
04 – Você já ouviu piadinhas preconceituosas do tipo:
Lugar de índio e na aldeia, Não sai pra fora porque o índio vai te pegar, Índio só
cheira fumaça, porque tantas terras para índios se são todos vagabundos?
Todas as questões após ser respondido vão dar ao professor uma dimensão
de como os alunos pensam sobre as populações indígenas, e como os alunos da
escola e a própria sociedade vêem atualmente o papel do indígena como
protagonista de suas decisões em prol do seguimento de sua cultura com a
sociedade atual.

5
Atividade 02
Índios do Brasil quem são eles.

O vídeo produzido a serie “Índios do Brasil”, demonstra a relação da


população brasileira pensa sobre o indígena no Brasil, e de como a educação
reforça o indígena quinhentista, produzindo estereótipos como indígenas que são:
Cultura que parou no tempo, cultura inferior, indígena preguiçoso, indígena selvagem
etc. Segundo Gomes (2012, p.144) ao longo da historia ocidental das Américas, os
índios percorreram uma gama de interpretações e estigmas, muitos dos quais ainda
permanecem calados no fundo de nossa mente hierarquizante e preconceituosa.
O documentário faz um apanhado de como pensam os não indígenas de norte
a sul e de como os indígenas relatam e pensam sobre as populações que hoje em
sua grande maioria vive em contato com a sociedade contemporânea e suas
particularidades.
VIDEO. SEF SEED e FUNDESCOLA. 2013. Disponível em:
http://www.educadores.diaadia.pr.gov.br/modules/debaser/singlefile.php?id=9130
Índios do Brasil quem são eles>. Acesso em: 20 mai. 2014.
Depois de assistir o documentário “Índios do Brasil Quem são eles”. Responda
as seguintes questões relacionadas ao documentário.

Titulo:
Tema abordado:
Sinopse do documentário:
Relato dos não indígenas:
Relato dos indígenas:
Comentários:
Com o incremento das perguntas e o documentário respondam as seguintes
perguntas para aprofundamento do tema:
01 - Que temática problematiza o documentário?
02 - Em qual situação apresentam a temática educacional indígena no
documentário?
03 - Como os não indígenas vêem o indígena no documentário?
04 - Quais os estereótipos citado no documentário usado no dia a dia?
05 - Na fala dos indígenas no documentário o que eles refletem?

6
06 - Tudo que foi falado no documentário esta de acordo com a nossa realidade local
de maior terra indígena do Paraná?
07 - Quais as mudanças a partir do documentário suscetível em nossa realidade
atual?

Atividade 03
Analise de imagem

Atualmente nos deparamos com indígenas impercebíveis em nosso cotidiano


diário, isso porque a imagem do indígena quinhentista ficou no passado com o
passar dos quinhentos anos de colonização no Brasil, desta se faz necessário nos
atualizarmos e percebermos que os indígenas atuais que de certa forma estão em
contado direto ou indireto com a civilização não indígena, mudaram para se
apropriar de novas culturas na qual estão inseridos como relata Ribeiro (1970).

Entretanto, quando um indígena passa da condição de “índio tribal”,


para condição de “índio civilizado” a antiga consciência começa a ruir
e a se decompor para dar lugar a uma nova forma que permanece
sendo étnica, mas já correspondente como mentalidade a sua nova
condição. Colocado na sociedade nacional como um estamento dela
diferenciado, o índio constrói a idéia deste estamento com os
cimentos e tijolos da velha herança tribal e com os novos elementos
aprendidos no convívio ou criados para exprimir a especificidade de
sua experiência existencial. RIBEIRO (1970, p. 374)

E com o passar do tempo o nosso sistema educacional continuou a repassar a


historia de uma civilização estática e não de uma cultura dinâmica que
constantemente se apropriou novos meio de sobreviver devido às mudanças
ocorridas nos mais quinhentos anos de historia do Brasil citado nos cadernos
temáticos 2008.
Idéias ainda fazem parte da compreensão que se tem sobre os
povos indígenas, pois tiverem vigência durante muito tempo e, em
muitos casos, são reproduzidas no especo escolar. Delas se derivou
a percepção que existiam culturas superiores a outras, de que a
sociedade indígena não é dinâmica e concepções equivocadas
acerca das trocas culturais, isto e, a partir do momento em que essas
sociedades adotam elementos da cultura dominante, estariam se
desfigurando enquanto “índios”, abandonando um estado original da
cultura. (cadernos temáticos 2008, p18).

De acordo com as imagens a seguir vamos perceber que o indígena

7
quinhentista com o indígena contemporâneo, são igualmente indígenas sem deixar
de reconhecer suas línguas, costumes, crenças, etnia, e claro com mudanças que
os mais de quinhentos anos de civilização não deixaram passar imunes.

URL da imagem: 01
http://www.hojeemdia.com.br/polopoly_fs/1.257881.1406731832!/image/image.JPG_gen/derivatives/la
ndscape_714/image.JPG
Fonte: Imagem do portal R7 do programa hoje em dia, imagem realizadas pela (fundação nacional do
índio) FUNAI sobre indígenas isolados da etnia ashaninkas, na Aldeia Simpatia, próxima ao município
de Feijó, no interior do Acre. Acesso realizado no dia 11.09.2014 as 16h00min horas.

URL da imagem: 02

http://www.redesuldenoticias.com.br/fotos/34728.jpg

Fonte: Imagem do portal rede sul noticia sobre os jogos culturais indígenas kaingang que ocorreram
na Terra Rio das Cobras em 2011. Acesso em 11.09.2014 as 17h00min horas.

A partir das figuras 01,02, qual e o analise que podemos fazer sobre ambas?

8
Em relação à figura 01, em qual tempo e espaço podemos delimitar aos mesmos?
Já na figura 02 qual e o grau de paridade com a cultura dos não indígenas?
Olhando ambas as figuras, desenvolva e análise das figuras destacando o indígena
quinhentista e o contemporâneo.
Analisando o contraste entre ambas as figuras, faça o analise dos períodos distintos
alguém deixou de serem menos índios para sua etnia.

Atividade 04
Abordagem do texto Naciremas.

Ao longo das historia e normal que centralize e coloque as questões


culturais como a mais correta a, mais importante, a que deve todos estar seguindo,
isso acontece porque estamos inseridos ao meio e não percebemos o dinamismo
que acontece no interior de nossa própria cultura. Isso nos credencia a criticar o
multiculturalismo e costumes de povos caçadores e coletores complexos como a do
povo indígena e africano. Desta forma é importante voltar para as grandes
diferenças que ocorrem no interior da nossa maneira de viver culturalmente, e que
se acha muito normal porque todo mundo faz, induz e preconiza como parte
componente da cultura na qual estão inseridas. Segundo Nicholas e Carol (2002,
p.17) ”o reconhecimento de um padrão e resolução de eventos em seus
componentes. Os eventos são vistos como conjunturas resultantes dos efeitos
combinados de uma variedade de coisas reais, forças ou reestruturações dinâmicas
de materiais”.
Desta forma passa despercebido tudo que ocorre no meio cultural de um
povo, ate porque o tempo histórico é muito pouco em algumas situações, um
exemplo as populações indígenas mudaram e adaptaram a um novo modo de viver,
mas tudo acorreu conforme as necessidades principalmente os aldeados em contato
com as populações não indígenas, as mudanças não acorreram por que resolveram
mudar e sim por uma necessidade a cada período vivido.
É com base nas mudanças que muitas vezes achamos culturas tão diferentes, mas
não olhamos para nossa, o texto dos ritos corporais entre os Naciremas nos dá essa
dimensão de culturas diferenciadas.

Os Nacirema, estranhando a nós mesmos

Ritos corporais entre os Nacirema

9
Trata-se de um grupo norte-americano que vive no território entre os Cree do
Canadá, os Yaqui e os Tarahumare do México, e os Caribe Arawak das Antilhas. Pouco se
sabe sobre sua origem, embora a tradição relate que vieram do leste. Conforme a mitologia
dos Nacirema, um herói cultural, Notgnihsaw, deu origem à sua nação; ele é, por outro lado,
conhecido por duas façanhas de força: ter atirado um colar de conchas, usado pelos
Nacirema como dinheiro, através do rio Po-To-Mac e ter derrubado uma cerejeira na qual
residiria o Espírito da Verdade. A crença fundamental referente a todo o sistema parece ser
a de que o corpo humano é repugnante e que sua tendência natural é para a doença.
Encarcerado em tal corpo, a única esperança do homem é desviar estas características
através do uso das poderosas influências do ritual e do cerimonial. Cada moradia tem um ou
mais santuários destinados a este propósito. Os indivíduos mais poderosos desta sociedade
têm muitos santuários em suas casas e, de fato, a referência à riqueza de uma casa, muito
freqüentemente, é feita em relação ao número de tais centros rituais que possua. Muitas
casas são construções de madeira, toscamente pintadas, mas as câmeras de culto das mais
ricas têm paredes de pedra. As famílias mais pobres imitam as ricas, aplicando placas de
cerâmica às paredes de seu santuário.

Embora cada família tenha pelo menos um de tais santuários, os rituais a eles
associados não são cerimônias familiares, mas sim cerimônias privadas e secretas. Os ritos,
normalmente, são discutidos apenas com as crianças e, neste caso, somente durante o
período em que estão sendo iniciadas em seus mistérios. Eu pude, contudo, estabelecer
contato suficiente com os nativos para examinar estes santuários e obter descrições dos
rituais.

Abaixo da caixa de encantamentos existe uma pequena pia. Todos os dias cada
membro da família, um após o outro, entra no santuário, inclina sua fronte ante a caixa de
encantamentos, mistura diferentes tipos de águas sagradas na pia e procede a um breve rito
de limpeza. As águas sagradas vêm do Templo da Água da comunidade, onde os
sacerdotes executam elaboradas cerimônias para tornar o líquido ritualmente puro.

Na hierarquia dos mágicos profissionais, logo abaixo dos médicos-feiticeiros no que


diz respeito ao prestígio, estão os especialistas cuja “nome” pode ser traduzido por
“sagrados-homens-da-boca”. Os Nacirema têm um horror quase que doentio, e ao mesmo
tempo fascinação, pela cavidade bucal, cujo estado acreditam ter uma influência sobre todas
as relações sociais. Acreditam que, se não fosse pelos rituais bucais seus dentes cairiam,
seus amigos os abandonariam e seus namorados os rejeitariam. Acreditam também na
existência de uma forte relação entre as características orais e as morais: Existe, por
exemplo, um ritual da boca para as crianças com o objetivo de aprimorar sua fibra moral.

O ritual do corpo executado diariamente por cada Nacirema inclui um rito bucal.
Apesar de ser tão cuidadosos no cuidado bucal, este rito envolve uma prática que choca o
estrangeiro não iniciado, que só pode considerá-la revoltante. Foi-me relatado que o ritual

10
consiste na inserção de um pequeno feixe de cerdas de porco na boca juntamente com
certos pós mágicos, e em movimentá-lo então numa série de gestos altamente formalizados.
Além do ritual bucal privado, as pessoas procuram o mencionado sacerdote-da-boca uma
ou duas vezes ao ano. Estes profissionais têm uma impressionante coleção de
instrumentos, consistindo de brocas, furadores, sondas e aguilhões. O uso destes objetos
no exorcismo dos demônios bucais envolve, para o cliente, uma tortura ritual quase
inacreditável. O sacerdote-da-boca abre a boca do cliente e, usando os instrumentos acima
citados, alarga todas as cavidades que a degeneração possa ter produzido nos dentes.

Foi a estas tendências que o Prof. Linton (1936) se referiu na discussão de uma
parte específica dos ritos corporais que é desempenhada apenas por homens. Esta parte do
rito envolve raspar e machucar a superfície da face com um instrumento afiado. Ritos
especificamente femininos têm lugar apenas quatro vezes durante cada mês lunar, mas o
que lhes falta em freqüência é compensado em barbaridade. Como parte desta cerimônia,
as mulheres costumam colocar suas cabeças em pequenos fornos por cerca de uma hora.
O aspecto teoricamente interessante é que um povo que parece ser preponderantemente
masoquista tenha desenvolvido especialistas sádicos.

Os médicos-feiticeiros têm um templo imponente, ou latipsoh, em cada comunidade


de certo porte. Uma boa proporção de nativos realmente doentes que entram no templo se
recuperem. Sabe-se que as crianças pequenas, cuja doutrinação ainda é incompleta,
resistem às tentativas de levá-las ao templo, porque “é lá que se vai para morrer”. Apesar
disto, adultos doentes não apenas querem, mas anseiam por sofrer os longos rituais de
purificação, quando possuem recursos para tanto. Não importa quão doente esteja o
suplicante ou quão grave seja a emergência, os guardiões de muitos templos não admitirão
um cliente se ele não puder dar um presente valioso para a administração. Mesmo depois
de ter-se conseguido a admissão, e sobrevivido às cerimônias, os guardiães não permitirão
ao novato abandonar o local se ele não fizer outra doação. De tempos em tempos o médico-
feiticeiro vem ver seus clientes e espeta agulhas magicamente tratadas em sua carne. O
fato de que estas cerimônias do templo possam não curar, e possam mesmo matar o
novato, não diminui de modo algum a fé das pessoas no médico feiticeiro.

Como conclusão, deve-se fazer referência a certas práticas que têm suas bases na
estética nativa, mas que decorrem da aversão profunda ao corpo natural e suas funções.
Existem jejuns rituais para tornar magras pessoas gordas, e banquetes cerimoniais para
tornar gordas pessoas magras. Outros ritos são usados para tornar maiores os seios das
mulheres que os têm pequenos e torná-los menores quando são grandes. A insatisfação
geral com o tamanho do seio é simbolizada no fato de a forma ideal estar virtualmente além
da escala de variação humana. Umas poucas mulheres, dotadas de um desenvolvimento
das mamas quase inumano, são tão idolatradas que podem levar uma boa vida
simplesmente indo de cidade em cidade e permitindo aos embasbacados nativos, em troca
de uma taxa, contemplarem-nos.

11
Nossa análise da vida ritual dos Nacirema certamente demonstrou ser este povo dominado
pela crença na magia. É difícil compreender como tal povo conseguiu sobreviver por tão
longo tempo com a carga que impôs sobre si mesmo.

* Texto adaptado a partir de trechos do original:

MINER, Horace. In: A.K. Rooney e P.L de Vore (orgs.) You and the others – Readings in
introductory Anthropology. Cambridge, Erlich, 1976.

A partir da leitura do texto com todos os alunos da sala de aula, será discutido
e debatido com todos instigando a comentarem sobre as diferenças e bizarrices que
perceberam durante a leitura do texto, criando um estranhamento e repulsa pela
cultura que utiliza o ritual. Depois de um tempo, o professor revela que Nacirema é
American ao contrário. Com a descoberta, a discussão ganha outra dimensão
percebendo o quanto olhamos diferente para culturas de fora, sem perceber o
quanto a nossa cultura é diferente para os outros.

Atividade 05
Palestra com professor indígena.

A atividade tem como propósito estar contemplando o pensamento indígena, a


partir da visão do próprio indígena e o que ele pensa sobre a sociedade atual. Desta
forma a fala do palestrante indígena vai desmistificar certos pensamentos errôneos
que nos não indígenas criamos ou pensamos em ser o melhor para as comunidades
indígenas. Com isso podemos perceber como certos assuntos podem ser tratados e
trabalhados internamente e qual a linha de pensamento das populações indígenas
correlacionando com o não indígena para um maior grau de compreensão e
entendimento entre ambas as culturas convivendo lado a lado como citação
(UNESCO, 1995, p.3). apud Faustino

Todos os indivíduos e todos os grupos têm o direito de ser diferente


[...] Para a harmonia internacional, torna-se essencial que os
indivíduos, as comunidades e as nações aceitem e respeitem o
caráter multicultural da família humana. Sem tolerância não pode
haver paz e sem paz não pode haver nem desenvolvimento nem
democracia. (Intervenções pedagógicas na educação indígena 2010,
p. 49).

Desta forma o direito a democracia deve ser exercida na integra por todas as

12
populações presentes no Brasil, e as populações indígenas estão sim neste meio
com todo o direito de se expressar e mostrar sentimentos e valores para sociedades
não indígenas. Por dar importância a um interlocutor indígena que fale a responda
questionamentos pertinentes e de interesse dos alunos da referida instituição, para
um melhor entendimento e sobre tudo uma aproximação e desconstrução de todos
os estereótipos criados nos mais de quinhentos anos de integração destas culturas.
Com base na fala do palestrante os alunos vão fazer questionamentos pertinentes à
integração dos povos indígenas com a sociedade, sendo direcionadas as perguntas
para não fugir do tema proposto.

01 – Como o indígena se sente em meio à integração dos povos com a sociedade


contemporânea?

02 – Qual e visão do povo indígena sobre os não indígenas, e quais os benefícios e


malefícios percebidos através desta integração?

03 – Como as populações indígenas vêem o papel da educação nas terras


indígenas, e quais as mudanças pertinentes na sociedade indígena conterrânea?

04 – Os indígenas sentem ainda muito preconceito na sociedade atual, e como


desconstruir todos esses estereótipos na visão das populações indígenas?

05 - Qual e o papel do indígena nos dias atuais, e se o mesmo tem consciência do


papel integrador que a educação exerce sobre as populações indígenas?

Atividade 06
Analise de conteúdos sobre os
indígenas na educação.
Ao longo do
processo civilizatório do não indígena sobre essas populações, sabemos que o que
prevalece é a força da cultura dominante fazendo com que as distorções aconteçam
automaticamente e por imposição do dominador. Desta forma o que foi escrito e
repassado a sociedade nacional muitas vezes é a visão do que a cultura dominante
realmente almeja. Para isso atualmente, tirando os trabalhos das academias,
percebe-se nitidamente o desencontro de informações, sendo que na maioria das
vezes principalmente em livros didáticos parece que as populações tradicionais
estão estáticas e que do século XV ate nossos dias não mudaram ou não integraram

13
nada com saciedade contemporânea. E isso é reforçado dentro da própria educação
em anos iniciais com comemorações que fogem a regra dos dias atuais, fazendo
com que se perpetue a ilusão de sociedade estática das sociedades indígenas e
tudo isso acontece por falta de informação ou desinteresse que a própria sociedade
dá à temática, sendo que vemos e tudo ao contrario. Essa discussão é endossada
pelo inicio de discussão das diretrizes da educação escolar indígena citada nos
cadernos temáticos 2008.

A educação escolar indígena e uma inovação na educação brasileira


e sua implementação como política de garantia de direitos exige a
formulação de políticas, programas e ações especificam e o exercício
de uma gestão flexível e conhecedora das peculiaridades de cada
povo indígena. Para isso, e fundamental o exercício de um diálogo
verdadeiramente intercultural, em que representantes indígenas
tenham voz para se expressar suas perspectivas e concepções
sobre a educação escolar. (Cadernos temáticos 2008, p.22).

Entendemos que não é apenas adequar ao modelo educacional existente e


sim dar um novo direcionamento no papel educacional dos indígenas, mas levando
em conta o processo da discussão partindo de conteúdos, calendários e
particularidades dos protagonistas que são os próprios indígenas, para que não haja
um avanço inadequado nas políticas educacionais internamente em aldeamentos
indígenas.

Em cima das discussões pospostas e diretrizes nacionais indígenas, o


professor vai discutir com os alunos a verificação do material e conteúdo indígena
pautado nos livros didáticos e revistas educacionais e descrever se realmente é o
indígena da atualidade que esta sendo mostrado em nossos dias atuais, e a partir
deste contexto formar textos próprios que irão permear a discussão.

Atividade 07
Legislação e histórico da educação
escolar indígena
Para entendermos sobre o atual papel e
integração entre indígenas e não indígena na escola se faz necessário a busca do
contexto histórico da educação no Brasil, pautada em vários períodos de acordo com
as políticas educacionais em vigência.
Para Ferreira (2001) a história da educação escolar entre os povos indígenas
no Brasil pode ser dividida em quatro fases: A primeira, mais extensa, inicia no Brasil

14
Colônia, quando a escolarização dos índios esteve nas mãos de missionários
católicos, especialmente jesuítas. A colonização é durante todo o período imperial a
educação missionária pautada nos interesses que o império e a igreja queriam e não
no interesse dos povos indígenas da época.
O segundo momento é marcado com período republicano e com as
oligarquias nos estados, em relação à política dos coronéis o que menos interessou,
foi uma política educacional voltada para os povos indígenas, e isso ocorreu até
década de 50. Destaca-se a criação do SPI (Serviço de Proteção ao Índio), em 1910,
e se estende à política de ensino da FUNAI (Fundação Nacional do Índio), e a
articulação de outras missões religiosas.
A terceira fase vai do fim dos anos 50 aos anos 70, a partir deste período se
tem uma política de inserção do indígena no meio externo. Na educação também
houve inserção, é claro que sem muitos resultados, pois nem professores e nem
alunos estavam preparados para esta experiência intercultural. Destaca-se o
surgimento de organizações não governamentais: Conselho Indigenista Missionário
(CIMI), Operação Amazônia Nativa (OPAN), Centro de Trabalho Indigenista (CTI),
Comissão Pró-Índio, entre outras, e do movimento indígena.
A quarta fase se delineia pela iniciativa dos próprios povos indígenas, nos
anos 80, que passam a reivindicar a definição e a autogestão dos processos de
educação formal. Os índios entram em cena para debater a política de escolarização
e para exigir o direito a uma educação escolar voltada aos seus interesses, ou seja,
uma educação que respeite as diferenças e as especificidades de cada povo.
É a partir de 1988, com nova constituição, que teremos avanços significativos
e mudanças na legalização de cunho estrutural, o Estado Brasileiro reconhece aos
povos indígenas o direito a uma cidadania diferenciada, por meio do conhecimento
de seu direito territorial e cultural, sendo que a questão da especificidade da
educação passou a ser gradativamente reconhecida e normatizada. A finalidade do
Estado brasileiro, que procura aculturar e integrar os índios à sociedade envolvente
por meio da escolarização confronta-se, atualmente, com os ideais de
autodeterminação dos povos.
Ferreira comenta sobre esse pensamento, no que diz respeito às concepções
que os índios possuem sobre a educação:

Para os índios, a educação é essencialmente distinta daquela


praticada desde os tempos coloniais, por missionários e
representantes do governo. Os índios recorrem à educação escolar,
hoje em dia, como instrumento conceituado de luta. (FERREIRA,
2001, p. 71).

15
Do ponto de vista legal, temos compreensão de que os povos indígenas se
organizam socialmente de formas diferenciadas, têm uma identidade étnica e são
portadores de conhecimentos, valores, tradição e costumes próprios que transmitem
um universo de significados de geração para geração por meios próprios de
aprendizagem, mas atualmente temos a oferta da educação formal indígena que
vem juntar-se a educação indígena na formação de mais coerente possível para o
enfretamento das necessidades e anseios pertinentes ao mundo moderno que lhes
são apresentados.
Ao passar de todo o período quinhentista de educação escolar indígena no
Brasil, o propósito educacional formal com as comunidades indígenas sempre foi
construído conforme as conveniências de governantes ou a de interesses de não
indígenas conforme as pertinências que surgiram durante todo o período, mas que
foi de longe um propósito educacional que levasse o indígena a um patamar de
igualdade de condições com o restante da população brasileira, basta ver a inserção
dos indígenas em universidades, os que conseguiram terminar e quais cursos
conseguiu cursar. Desta forma a partir da constituição de 1988, o indígena busca por
si próprias mudanças na educação e um sistema educacional que lhe acolha e tenha
base a partir dos povos indígenas.
Para Gomes (2012) é claro que a desentendimento e incompreensões por
parte deles, mas basicamente tem uma noção geral do funcionamento da sociedade,
e daí querem um relacionamento paritário. Dessa forma a educação deve ter papel
relevante neste relacionamento de paritário, a começar pela própria oferta do
sistema de ensino aos povos indígenas. Mas para que haja um conhecimento maior
de uma cultura minoritária, menos estereotipada, com menos preconceito, é
necessário ter conhecimento sobre a mesma. Desta forma a partir de 2003 a lei
10.639 cria as diretrizes básicas para a educação indígena no Brasil e que se altera
e complementa a partir de 2008 com lei 11.645 que torna obrigatório o ensino nas
instituições que ofertam ensino fundamental e médio tanto no âmbito privado como
no publico o ensino e estudo da cultura da temática Historia e Cultura Afro-Brasileira
e Indígena. Mas nem sempre todos aderem às novas leis, e tem muita resistência
em trabalhar as questões propostas, mas se passando, mas de dez anos percebe
avanços significativo no que se refere a trabalhar as culturas indígenas e africanas
na escola, isso auxilia no desmonte e na desconstrução de conceitos errôneos
disseminados pelos nossos antepassados e pela total falta de conhecimento sobre a
cultura indígena, não que na atualidade sabemos tudo sobre os mesmos, na
verdade nos da suporte para conviver harmoniosamente com todos e colocando os
indígenas em igualdade de condições perante a sociedade brasileira perante a

16
legislação brasileira.
Com base nos textos citados vamos problematizar as seguintes indagações
sobre o avanço da temática indígena no Brasil no Paraná.
01- Podemos reconhecer avanços na educação indígena no Brasil e no
Paraná, e como se encontra o a educação destes povos atualmente?
02- No histórico da educação indígena no Brasil, percebemos o papel claro de
governantes que só faziam o que lhe eram convenientes e de interesse de
pessoas contrários a verdadeira escolarização dos indígenas. Como a
educação teve pautada nestes quinhentos anos de colonização européia
no Brasil?

Atividade 08
Debate Final

A atividade
proposta tem por finalidade fazer um apanhado geral de tudo que foi trabalhado e
discutido sobre a temática, fazendo com que realmente seja algo inovador como e
busca pela educação indígena no Brasil desta forma todos vão concluir com relatos
e experiências e a própria convivência com alunos indígenas, fazendo com que não
haja estereótipos e se isso aconteça que seja reprimido com veemência, pois
saberão rebater com o conhecimento atingido através das atividades que se
propuseram a fazer. Desta forma avançar em um conhecimento mais homogêneo da
coletividade das populações indígenas nos faz reconhecer o diferente como normal
em uma sociedade multicultural que temos no Brasil.

Assim sendo o conhecimento sobre a temática não resume-se apenas em


estar pautadas em teorias expressas em vários trabalhos acadêmicos de grande
valia, mas em estar condicionada a pratica cotidiana aliada com a teoria fazendo
com que nossos futuros alunos e sociedade em geral vislumbrem uma sociedade
sem diferenças e quanta dessas diferenças forem percebidas que sejam tratadas
sem preconceitos, tentando ver as diferenças a partir de si próprio, assim teremos
realizado um pouco do encontro de culturas e não da sobreposição de uma sobre a
outra fazendo com que tenham a mesma paridade perante a sociedade brasileira.

Desta forma o debate entre os alunos do primeiro ano do ensino médio do


Colégio Estadual Rui Barbosa é apenas simbólico, sendo apresentado como uma

17
semente que tem por finalidade acrescentar sempre o debate que vai auxiliar em
discussões que vão permear cada vez mais o enlace de culturas diferentes, mas que
tem que conviver harmoniosamente na mesma instituição no mesmo município e na
mesma federação como preconiza Ribeiro (1970).

Apesar disso, permanecem índios porque sua aculturação


não desembocou numa assimilação, mas no estabelecimento de
uma forma de acomodação. Isso significa que a transfiguração étnica
vai do índio tribal ao índio genérico e não do indígena ao brasileiro.
Significa ainda que a língua e os costumes, as crenças, são atributos
externos a etnia, suscetíveis a profundas alterações, sem que esta
sofra colapso ou mutação. RIBEIRO (1970, p. 446).

Referencias bibliográficas:

FAUSTINO Rosangela C. CHAVES M. BARROCO Sonia M. S. Intervenções


Pedagógicas na educação escolar indígenas. 2ª edição UEM (universidade
estadual de Maringá) 2010.
FERREIRA, Mariana Kawal. A educação escolar indígena: um diagnóstico crítico
da situação no Brasil. In SILVA, Aracy Lopes da Silva e Ferreira, Mariana Kawall
(orgs) Antropologia, História e Educação: A questão indígena e a escola. São Paulo:
FAPESP/GLOBAL/MARI, 2001.

GOMES, M. Os Índios e o Brasil. Passado, presente e futuro. São Paulo:


contexto Pinsky, 2012.

Texto Nacirema http://sociolizando.wordpress.com/2013/04/06/os-nacirema-


estranhando-a-nos-mesmos/ MINER, Horace. In: A.K. Rooney e P.L de Vore (orgs.)
You and the others – Readings in introductory Anthropology. Cambridge, Erlich,
1976. Acesso em 14.10.2014 as 15:00 horas.

RIBEIRO, D. Os Índios e a Civilização. A Integração das populações indígenas


no Brasil moderno. 2 ed. Petrópolis, RJ: Vozes 1977.

SECRETARIA DO ESTADO DA EDUCAÇÃO. Cadernos temáticos: Educação


Escolar Indígena/Secretaria do Estado da Educação. Superintendência da
Educação. Departamento de Ensino Fundamental. Coordenação Escolar Indígena.
Curitiba: SEED – PR, 2006.

UNESCO. Declaracion de princípios sobre La tolerância. 1995. Disponível em:


www.unesco.org/tolerance/declspa.htm acesso em 29/10/2014

VIDEO. SEF SEED e FUNDESCOLA. 2013. Disponível em:


<http://www.bibvirt.futuro.usp.br/videos/tv_escola/pluralida-de_cultural Índios do
Brasil quem são eles>. Acesso em: 20 mai. 2014.

David, N. Kramer, C. Horizontes Antropológicos, Arqueologia e sociedades


tradicionais. Porto Alegre RS. Revista temática 2002.

18

Você também pode gostar