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Justiça
Professora: Mª Vanessa Érica da Silva Santos
• Com o objetivo de dinamizar (ou viabilizar) a atividade jurisdicional, a
Constituição institucionalizou atividades profissionais (públicas e
privadas), atribuindo- Ihes o status de funções essenciais à Justiça,
tendo estabelecido suas regras nos arts. 127 a 135 da CF/88 e que serão
estudadas a seguir:
INDEPENDÊNCIA
UNIDADE INDIVISIBILIDADE
FUNCIONAL
Unidade
• unidade significa que os membros do Ministério Público integram um só
órgão sob a direção única de um só Procurador geral, ressalvando-se, porém,
que só existe unidade dentro de cada Ministério Público, inexistindo entre o
Ministério Público Federal e os dos Estados, nem entre o de um Estado e o
de outro, nem entre os diversos ramos do Ministério Público da União.
Indivisibilidade
• Ministério Público é uno porque seus membros não se vinculam aos
processos nos quais atuam, podendo ser substituídos uns pelos outros de
acordo com as normas legais.
• Importante ressaltar que a indivisibilidade resulta em verdadeiro corolário do
princípio da unidade, pois o Ministério Público não se pode subdividir em
vários outros Ministérios Públicos autônomos e desvinculados uns dos
outros.
Princípio da independência ou autonomia
funcional
• O órgão do Ministério Público é independente no exercício de suas funções,
não ficando sujeito às ordens de quem quer que seja, somente devendo
prestar contas de seus atos à Constituição, às leis e à sua consciência.
• Nem seus superiores hierárquicos podem ditar-lhes ordens no sentido de agir
desta ou daquela maneira dentro de um processo. Os órgãos de
administração superior do Ministério Público podem editar recomendações
sobre a atuação funcional para todos os integrantes da Instituição, mas
sempre sem caráter normativo.
• Como ensina Quiroga Lavié, quando se fala de um órgão independente com
autonomia funcional e financeira, afirma-se que o Ministério Público é um
órgão extrapoder, ou seja, não depende de nenhum dos poderes de Estado, não
podendo nenhum de seus membros receber instruções vinculantes de
nenhuma autoridade pública.
Princípio do promotor natural
• 1- AUTONOMIA FUNCIONAL
• A autonomia funcional, inerente à Instituição como um todo e
abrangendo todos os órgãos do Ministério Público, está prevista no
art. 127, § 2.°, da CF/88.
• Deve obediência, apenas, à Constituição, às leis e à sua própria
consciência.
• 2- AUTONOMIA ADMINISTRATIVA- consiste na capacidade de
direção de si próprio, autogestão, autoadministração, um governo de si.
• Poderá ser estranho à carreira: por ser de livre nomeação, o AGU poderá
ser estranho à carreira da advocacia pública;
• *Jus postulandi
Requisitos para a inscrição na OAB, como
advogado
• a) capacidade civil;
• b) diploma ou certidão de graduação em Direito, obtido em instituição de ensino
oficialmente autorizada e credenciada;
• c) título de eleitor e quitação do serviço militar, se brasileiro;
• d) aprovação em Exame de Ordem;
• e) não exercer atividade incompatível com a advocacia;
• f) idoneidade moral; e
• g) prestar compromisso perante o Conselho (cf. art. 8.° do Estatuto da OAB).
• O STF declarou constitucional a regra, com fundamento no art. 133 da CF/88, que
também remete à lei (ao Estatuto) os limites da referida inviolabilidade.
• Art. 7.° São direitos do advogado: (...) § 2.° O advogado tem imunidade
profissional, não constituindo injúria, difamação ou desacato puníveis qualquer
manifestação de sua parte, no exercício de sua atividade, em juízo ou fora dele, sem
prejuízo das sanções disciplinares perante a OAB, pelos excessos que cometer.
INDEPENDÊNCIA
UNIDADE INDIVISIBILIDADE
FUNCIONAL
Necessidade de defensor está inscrito na OAB
• Art. 4.°, § 6.°, da LC n. 80/94 (introduzido pela LC n. 132/2009): a capacidade postulatória do
Defensor Público decorre exclusivamente de sua nomeação e posse no cargo público.
• A doutrina majoritaria sustenta que o registro na OAB é requisito para a inscrição no
concurso público, demonstrando, então, ser o candidato advogado.
• Uma vez aprovado no certame, em razão de sua nomeação e posse no cargo, passa o
defensor a ter capacidade postulatória independentemente de inscrição nos quadros da
OAB, ficando, então, dispensado de continuar vinculado à Ordem dos Advogados.
• VOTAÇÃO RECENTE 04/11/2021 DO STF- TESE FIXADA PELO MINISTRO
ALEXANDRE- “É inconstitucional a exigência de inscrição do Defensor Público nos quadros
da Ordem dos Advogados do Brasil”.
• Ementa: RECURSO EXTRAORDINÁRIO. REPERCUSSÃO GERAL. DEFENSOR PÚBLICO. CAPACIDADE
POSTULATÓRIA. INSCRIÇÃO NA ORDEM DOS ADVOGADOS DO BRASIL. INCONSTITUCIONALIDADE.
DESPROVIMENTO. 1. O artigo 134, § 1º, da CONSTITUIÇÃO FEDERAL, ao outorgar à lei
complementar a organização da Defensoria Pública da União, do Distrito Federal e dos Territórios, e
a edição de normas gerais organizacionais para as Defensorias Públicas dos Estados, vedou
expressamente “o exercício da advocacia fora das atribuições institucionais”. 2. A exigência prevista
na Lei Complementar 80/1994, de que o candidato ao cargo de defensor público deve comprovar
sua inscrição na Ordem dos Advogados do Brasil – OAB, não conduz à inarredável conclusão de que
o Defensor Público deve estar inscrito nos registros da entidade. 3. O artigo 4º, § 6º, da Lei
Complementar 80/1994, na redação dada pela Lei Complementar 132/2009, dispõe que a
capacidade postulatória do defensor decorre exclusivamente de sua nomeação e posse no cargo
público, para se dedicar unicamente à nobre missão institucional de proporcionar o acesso dos
assistidos à ordem jurídica justa. 4. Logo, o Defensor Público submete-se somente ao regime próprio
da Defensoria Pública, sendo inconstitucional a sua sujeição também ao Estatuto da OAB. 5.
Recurso extraordinário desprovido. Tese para fins da sistemática da Repercussão geral: É
inconstitucional a exigência de inscrição do Defensor Público nos quadros da Ordem dos Advogados
do Brasil.
(RE 1240999, Relator(a): ALEXANDRE DE MORAES, Tribunal Pleno, julgado em 04/11/2021,
PROCESSO ELETRÔNICO REPERCUSSÃO GERAL - MÉRITO DJe-248 DIVULG 16-12-2021 PUBLIC 17-
12-2021
Existe Defensoria Pública Municipal?