Você está na página 1de 19

Índice

1. Introdução...............................................................................................................0

2. Objectivos...............................................................................................................1

2.1. Objectivo geral........................................................................................................1

2.2. Objectivos Especifico:...........................................................................................1

3. Histórico da zootecnia............................................................................................1

4. Controlo efectivo do bovino...................................................................................2

5. principais técnicas zootécnicas...............................................................................4

5.1. A descorna............................................................................................................4

5.2. Vantagens da descorna...........................................................................................4

5.3. Tipos de descorna..................................................................................................5

5.4. Cuidados...............................................................................................................5

6. O que é Castração?.................................................................................................6

Esterilização/Castração - o que é?..........................................................................6

Vantagens para os Animais e para seus Amigos Humanos:..................................6

6.1. Identificação dos animais......................................................................................6

7. A seguir estão vários métodos comumente conhecidos de identificação de


animais...........................................................................................................................7

7. 1. Dispositivos eletrônicos de identificação de animais...........................................7

7.2. Tatuagem para identificação animal......................................................................7

7.3. Entalhe da orelha e corte da orelha para identificação do animal..........................7

7.4. Marcação de orelha para identificação de animal...................................................8

7.5. Etiquetas Dewlap para identificação de animais....................................................8

7.7 Bandas de metacarpos (perna) para identificação de animais.................................8

7.8. Bolus ruminal para identificação animal................................................................8

7.9. Hot Branding para identificação de animais...........................................................9

8.0. Freeze Branding para identificação de animais......................................................9


1

8.1. Micro-lascas para identificação de animais............................................................9

9. O futuro da identificação animal...............................................................................9

10. Desparasitação interna e externa............................................................................10

10.1. Parasitismo externo.............................................................................................10

. 10.2. Parasitismo interno...........................................................................................11

11. Considerações finais..............................................................................................13

Referencia....................................................................................................................15
2

1. Introdução

A palavra zootecnia surge pela primeira vez em 1843, na língua francesa, "zootechnie",
formada a partir dos radicais gregos "zoon" e "tecnê", para designar o conjunto de
conhecimentos já existentes relativos à criação dos animais domésticos. A exploração
dos animais domésticos já existia antes da criação da palavra, inicialmente tratada como
a forma de criar a partir da domesticação dos primeiros animais pelo homem primitivo.
Zootecnia é uma ciência e, como tal, está em constante descoberta e modificação. À
medida que novos estudos e pesquisas vão sendo realizados, as conclusões vão
modificando a prática da produção animal. Cada vez mais a produção pecuária se torna
ao mesmo tempo economicamente viável, ecologicamente correta e produz alimentos de
alta qualidade, em quantidade suficiente, além de outros bens e serviços para utilização
humana. Podemos então dizer que: “ZOOTECNIA é a ciência aplicada que estuda e
aperfeiçoa os meios de promover a adaptação econômica do animal ao ambiente
criatório e deste ambiente ao animal”. A zootecnia estuda especificamente os animais
domésticos e/ou aqueles selvagens em processo de domesticação, que visem exploração
econômica. Entendemos por animais domésticos aqueles animais sobre os quais o
homem tem profundo conhecimento, seja em relação à sua biologia, genética,
comportamento e reprodução, e sobre os quais exerce domínio. Trataremos sobre
domesticação e seus processos em capítulo à parte. Os objetivos da Zootecnia se
resumem a produção de alimentos, de trabalho, de vestuário, de matéria prima para a
indústria ou agricultura, de companhia, de segurança, etc. Estes objetivos, ou produtos
gerados pela produção pecuária, frutos da zootecnia justificam sua existência na
promoção da qualidade de vida dos seres humanos, embora o acesso a estes produtos
nem sempre se dê de forma equilibrada e justa.

O suporte da “ciência Zootecnia” é fornecido pelo produtor, que conhece sua criação e o
que acontece na prática e o embasamento da produção animal é dado pelos resultados
obtidos nos experimentos. É importante o produtor e o técnico de campo repassarem
suas informações, observações e ideias para o pesquisador e este devolver os resultados
de sua pesquisa para serem aplicados no campo, em condições não controladas para se
afirmarem como técnicas adequadas
3

1. Objectivos
1.1. objectivo geral

identificar, descrever e analisar a cadeia de produção/criação do gado bovino em


Moçambique.

2.2. Objectivos Especifico:


a) caracterizar o sistema de produção bovina, nomeadamente quanto ao tipo de
produtores e o propósito que o mesmo persegue;

b) perceber como funciona o sistema produtivo e como os diferentes produtores gerem


os constrangimentos decorrentes do exercício desta actividade;

e c) perceber que estratégias são adoptadas pelos diferentes produtores para beneficiar
de eventual disponibilidade de serviços e recursos para seu desenvolvimento..

2. Histórico da zootecnia

O homem é conhecido como um animal herbívoro, embora registros evidenciem que


tenha sido inicialmente com hábito de preferência herbívora (evidenciado pelas
características e disposição dos dentes). Posteriormente começou a se alimentar de
pequenos animais, principalmente aqueles que eram encontrados juntamente com os
vegetais que eram colhidos, como pequenos insetos e lagartos. Daí em diante o homem
tornou-se também caçador. A evolução dos instrumentos de caça permitiu ao homem se
alimentar de animais de maior porte, mas ainda não haviam técnicas para conservar a
caça com características desejáveis para o consumo. Inicialmente os homens
começaram a se organizar em grupos para caçar e então encurralar grupos de animais
em locais onde houvesse maior disponibilidade de alimento, e então cada animal era
abatido quando houvesse necessidade. Mais adiante começaram-se a aprimorar as
técnicas para manter os animais próximos as residências e aliou-se à essa técnica
alguma evolução na área da agricultura. Assim, o homem não mais colhia vegetais ou
caçava, mas sim plantava e criava o que consumia. Isso proporcionou ao homem a
possibilidade de não ter de se deslocar para obter a carne e as peles necessárias à sua
alimentação e conforto, mas também o leite e, com a domesticação do boi, uma força
para tração. A domesticação deve ter surgido espontaneamente em vários locais,
resultado da evolução natural de aproximação e observação dos animais no decurso das
4

caçadas. O primeiro animal domesticado foi o cão, seguindo-se animais para a


alimentação, como a cabra, o carneiro, o boi e o cavalo.@

3. Controlo efectivo do bovino

Âmbito das políticas Para o crescimento da criação bovina, o governo propõe, como
estratégia, o fomento pecuário, em particular do gado bovino, através de acções como
(MADER, 2004): a) comparticipação na reabilitação ou construção dos postos de
fomento pecuário e estações zootécnicas públicas; b) mobilização de recursos
financeiros para aquisição de reprodutores de raças melhoradas; c) ampliação do
programa de fomento e do repovoamento pecuário, criando condições para o
relançamento pecuário em zonas com potencial; d) criação e desenvolvimento de
serviços de assistência aos animais com prioridade para as zonas de maior densidade
animal; e) garantia do controlo e monitoria sanitária das principais doenças; f) adopção
de medidas visando o controlo da comercialização de animais vivos e do abate de
animais, especialmente fêmeas, ainda aptos para a reprodução; g) promoção da
reabilitação de infra-estruturas, como tanques carracicidas, corredores de tratamento e
pontos de abeberamento; e h) desenvolvimento de áreas com aptidão para pastagens
naturais e artificiais. O documento, que até então citamos, considera o tanque
carracicida como o ponto principal no sistema de extensão pecuária, em conjugação
com outras redes de extensão agrária existentes no país. Para o desenvolvimento das
acções acima mencionadas, considera também que é importante e essencial a
participação e envolvimento das comunidades locais, dos produtores familiares e do
sector privado, em associações ou de forma individual. E, dependendo dos casos, o
processo deveria ocorrer em função das capacidades e experiências de cada actor. Os
sucessivos documentos de orientação governativa, nomeadamente os PQG reforçam a
necessidade de observar essas e outras acções estratégicas, bem como o envolvimento
dos diferentes actores não-públicos.

A estratégia para o desenvolvimento do subsector pecuário (2010-2015) é, segundo se


lê, baseada em um paradigma e uma visão, que centram o desenvolvimento pecuário
nos 8 criadores, nas suas aspirações e prioridades no novo papel que o sector público, o
sector privado, a sociedade civil e as comunidades têm de desempenhar (MA, 2009).

A visão de médio e longo prazos para a produção pecuária do Ministério é ter um


subsector pecuário no qual o Estado desempenha as suas funções-chaves efectiva e
5

eficientemente, na base de equilíbrio entre a procura e a oferta de serviços públicos


mandatários, permitindo a todos os seus actores maximizar a contribuição da pecuária
para a diversificação dos meios de vida da população rural e para o desenvolvimento de
agronegócios, conduzindo à redução da pobreza e ao crescimento económico nacional
(MA, 2013).

Os dois principais sectores de produção (familiar e privado) de ruminantes em


Moçambique praticam o sistema de produção extensivo, com níveis de produtividade
baixos, não obstante as diferenças que se observam. O sector familiar com mais de 85%
do gado bovino cria raça local, bem-adaptada às adversidades ecológicas, não tem
atitude comercial, não compra insumos veterinários, o maneio alimentar é baseado em
pastagens naturais e colectivas, a condição corporal dos animais varia com a época do
ano, o maneio sanitário é totalmente dependente e limitado ao que os serviços públicos
oferecem e tem, consequentemente, baixa produtividade. O comercial, pouco expressivo
em termos de efectivos, porém ligeiramente mais produtivo, compra insumos, tenta
suplementar o gado na época seca para evitar perdas de peso e mortes, realiza a
pastagem natural em áreas delimitadas por DUAT, emprega alguma mão-de-obra
remunerada e possui animais cruzados com raças de melhor crescimento (MASA,
2015a).

O Plano Estratégico para o Desenvolvimento do Subsector Pecuário (MA, 2013:36)


avança que, dadas as oportunidades oferecidas pela crescente procura de carne para
consumo, o potencial existente em recursos naturais (vastas áreas de pastagem e
reduzida incidência da mosca TséTsé, particularmente no Sul do país), o objectivo
principal é aumentar a produção e a produtividade pecuária através do aumento dos
efectivos de bovinos, suínos, pequenos ruminantes, entre outras espécies, e o incentivo à
comercialização pecuária. E estabelece três objectivos específicos para alcançar o
objectivo global (MA, ibidem): 1) criar um ambiente favorável ao desenvolvimento da
pecuária familiar e comercial de uma forma integrada e sustentável, através da remoção
dos principais problemas que afectam os pequenos criadores nos vários segmentos da
cadeia de produção, comercialização e processamento industrial dos produtos pecuários;
2) remover as barreiras que inibem o desenvolvimento da pecuária empresarial para
permitir o aumento da capacidade de produção, da produtividade e da competitividade
dos produtos pecuários no mercado nacional e internacional; e 3) desenvolver o sistema
6

de vigilância, prevenção e controlo de doenças animais em defesa do desenvolvimento


da produção pecuária nacional e da saúde pública.

4. principais técnicas zootécnicas


4.1. A descorna

A descorna é um processo realizado nos bovinos para impedir o crescimento dos chifres
em bezerros ou retirar os chifres de animais adultos. O principal objetivo da descorna é
evitar acidentes. É um procedimento simples, mas que necessita de cuidados para que
não cause danos ao animal.

4.2. Vantagens da descorna

A retirada dos chifres tem vários pontos positivos para o pecuarista. Há quem ache
bonito ver o animal no pasto com os chifres grandes e bonitos, mas eles podem causar
acidentes graves tanto para os outros animais como para os humanos.

A descorna faz com que os animais apresentem um comportamento mais manso. Sem a
sua defesa natural, os bovinos evitam as brigas com os outros animais. E mesmo que
cheguem a brigar, a falta dos chifres evita os ferimentos que podem causar infecções ou
danificar o couro do animal. E claro que também evita que os animais machuquem seus
tratadores.

A ausência dos cornos também ajuda no manejo. Para carregar as cabeças de gado em
carretas por exemplo, além de diminuir os acidentes, sem os chifres os animais ocupam
menos espaço.

4.3. Tipos de descorna

Existem três tipos de descorna, a térmica, a química e a cirúrgica.

No procedimento térmico, o primeiro passo é aplicar a anestesia na base dos chifres.


Depois disso deve se pressionar o botão córneo com um ferro descornador aquecido até
chegar na base do chifre. O “miolo” deve ser queimado e retirado com uma lâmina. É
7

muito importante ter cuidado para não queimar a pele do animal. Depois do
procedimento deve-se aplicar cicatrizante e antisséptico.

Já o processo químico é realizado com soda cáustica. Depois de anestesiado é realizada


a raspagem do botão e então é aplicada a soda cáustica. É importante aplicar
cicatrizantes e vaselina ao redor do botão. A soda irá “queimar” o chifre em cerca de
dois dias.

A cirurgia de descorna é indicada para animais mais velhos, com o chifre já


desenvolvido. Depois de anestesiado, o veterinário realiza um corte com bisturi para
expor a base do chifre. Em seguida o chifre é retirado com o uso de uma serra. Depois é
importante suturar o ferimento e colocar um curativo.

4.4. Cuidados

Uma cirurgia veterinária deve sempre ser realizada por profissionais de confiança.
Qualquer procedimento realizado de maneira errada pode afetar na saúde do animal.
Apesar de ser simples, é uma cirurgia que precisa de alguns cuidados.

O período mais indicado para a realização da descorna são nos primeiros meses de vida
do bezerro. Nesse momento o botão córneo, que é de onde nascem os chifres, ainda não
está totalmente formado, o que auxilia na sua retirada. Além disso,os animais de menor
idade têm mais facilidade na cicatrização. Se o animal já for adulto, o indicado é
realizar a descorna depois dos 20 meses, quando o crescimento do botão córneo já esteja
estabilizado

A cicatrização também é um período importante para a descorna. Para evitar a infecção,


utilize sempre antissépticos, inseticidas e mata-bicheira.

5. O que é Castração?

Esterilização/Castração - o que é?

 É uma cirurgia que impede a procriação e o cio;


 Deve ser realizada apenas pelo médico veterinário;
 É feita com anestesia geral;
 Pode ser feita em filhotes.
8

Vantagens para os Animais e para seus Amigos Humanos:

 Continuam guardiões de seu território;


 Tornam-se mais calmos;
 Os machos deixam de fugir atrás de fêmeas no cio;
 Deixam de miar ou uivar excessivamente;
 A esterilização previne as doenças do aparelho reprodutivo dos machos e das
fêmeas e pode aumentar o tempo de vida dos animais.

5.1. Identificação dos animais

A identificação de animais (ID) refere-se à manutenção de registros de animais de


fazenda individuais ou grupos (rebanhos), para que possam ser rastreados mais
facilmente desde o nascimento até a cadeia de comercialização
Historicamente, a identificação do animal destinava-se a indicar a propriedade e
prevenir o roubo.

A identificação animal é conhecida como ‘a combinação da identificação e registro de


um animal individualmente, com um identificador único, ou coletivamente por sua
unidade ou grupo epidemiológico, com um identificador único de grupo (Richard, sd).

Essa abordagem tem sido praticada há milhares de anos, inicialmente para significar
propriedade e, posteriormente, para prevenir surtos de doenças em animais e regular o
comércio durante epidemias de doenças humanas (Bowling et al., 2008).
No entanto, existem outros benefícios da identificação animal, como históricos de
reprodução precisos de animais individuais, contribuições significativas para programas
de criação e gerenciamento de diversidade genética e na implementação de medidas de
biossegurança direcionadas (Richard, sd).
7. A seguir estão vários métodos comumente conhecidos de identificação de
animais
7. 1. Dispositivos eletrônicos de identificação de animais
São etiquetas eletrônicas contendo identificadores de radiofrequência (RFID) que
emitem um sinal quando estimuladas por um leitor eletrônico apropriado. O RFID
consiste em um microchip e uma antena em espiral de cobre (Shanahan et al. , 2009).
9

Embora não seja necessário que os agricultores possuam leitores, pode haver economia
de custos de mão de obra em seu uso devido ao tempo reduzido de leitura e registro de
números de identificação; o uso do leitor também pode melhorar a precisão.
7.2. Tatuagem para identificação animal
A tatuagem é um método de identificação de animais usado principalmente em
porcos, principalmente em raças de pele branca, embora a tinta verde possa ser usada
em raças de pele escura.
Tatuagens também foram propostas como um meio de identificar aves; a tatuagem seria
aplicada sob a asa, onde há menos penas.

7.3. Entalhe da orelha e corte da orelha para identificação do animal


O entalhe da orelha não é um meio aprovado de identificação, mas pode ser usado
para o manejo de porcos na fazenda como uma alternativa à tatuagem ou às marcas de
orelha: uma ferramenta especial corta um pequeno pedaço da aba da orelha para deixar
um entalhe em forma de V permanente.
Os entalhes podem ser usados (mas não como uma marca oficial) para identificar o
número do rebanho em uma orelha e um indivíduo na outra, ou o número da ninhada em
uma orelha e um indivíduo na outra.

Existe o risco de infecção nas orelhas recém-entalhadas e as preocupações com o bem-


estar são maiores do que para alguns outros métodos de identificação.
O corte da orelha tem um procedimento semelhante ao entalhe da orelha, mas é um
termo usado com mais frequência quando usado para animais que não sejam porcos.

7.4. Marcação de orelha para identificação de animal


As marcas auriculares são, de longe, o método mais comum de marcação de
bovinos , ovinos e caprinos e às vezes são usadas para porcos. As marcas auriculares
podem ser eletrônicas ou não eletrônicas e existem vários designs, mas todos envolvem
a perfuração da aba da orelha. A maioria das etiquetas agora são de plástico
(especialmente para etiquetas eletrônicas nas quais o metal interfere com o sinal do
RFID), mas algumas etiquetas de orelha não eletrônicas são de metal.
Além da punção inicial do retalho da orelha (com possível introdução de agentes
infecciosos), as preocupações de bem-estar das marcas auriculares são que alguns tipos
de ‘alça’, se inseridos incorretamente, podem limitar o crescimento da orelha e todos os
tipos podem travar cercas etc. e ser arrancado da orelha.
10

7.5. Etiquetas Dewlap para identificação de animais


As marcas de barbela são inseridas na barbela sobre o peito, onde se afirma que há
poucos nervos na pele. Um furador fornecido é usado para fazer um furo na pele antes
de passar a lingueta da etiqueta pela barbela; a etiqueta é então passada sobre a argola
antes que suas pontas sejam dobradas para reter a etiqueta. As vantagens alegadas (pelos
fornecedores) para as marcas de barbela sobre as marcas auriculares são que elas estão
sempre visíveis (da frente do animal) e da maneira correta para cima, e que não
prendem nas cercas, etc.
7.7 Bandas de metacarpos (perna) para identificação de animais
Bandas metacarpos são um método não invasivo em que uma banda é colocada em
torno da perna do animal; a banda de quarteto pode ser eletrônica ou não eletrônica. As
bandas não são mais usadas porque causam inflamação.
7.8. Bolus ruminal para identificação animal
Um bolo ruminal é um recipiente de alta densidade em forma de bala, geralmente de
cerâmica, contendo um identificador eletrônico; o bolo alimentar é projetado para
se alojar no rúmen do animal . Bolus ruminais foram usados como meio de identificar
ovelhas durante o National Scrapie Program (NSP), mas não são amplamente usados
para identificação geral, uma vez que uma marca auricular também é necessária como
um identificador visual. Se este identificador visual secundário for perdido, um leitor
eletrônico deve ser usado para identificar o animal. Além disso, às vezes os bolos são
regurgitados (embora as marcas auriculares e as bandas de metacarpo também possam
ser perdidas).
7.9. Hot Branding para identificação de animais
Marcar a quente é a aplicação de um ‘ferro em brasa’ na pele do animal para causar
uma marca permanente através de cicatrizes na pele. Apesar das preocupações com o
bem-estar, 13.301 pessoas assinaram uma petição eletrônica pedindo o fim de
múltiplas marcas quentes de equinos em junho de 2012:
8.0. Freeze Branding para identificação de animais
A marcação por congelamento é permitida para bovinos e equinos e agora é mais
comum do que a marcação a quente. A marca ‘ferro’ (cobre e latão são metais
preferidos) é resfriada em nitrogênio líquido, gelo seco ou refrigerante
semelhante. Quando suficientemente frio, o ferro é aplicado em uma área raspada da
11

pele do animal e mantido lá por 15-45 segundos, o tempo mais longo em animais de cor
clara.
8.1. Micro-lascas para identificação de animais
Micro-chipping é a inserção de um transponder eletrônico diretamente sob a
pele do animal, onde permanece um identificador permanente que pode ser lido com um
leitor eletrônico apropriado. Micro-chipping é amplamente utilizado para animais de
companhia , como cães, mas também é comum em equinos.
Existe o risco de o micro-chip migrar , dificultando a sua localização. Por esta razão,
o microchip não é comumente usado para animais que podem ser abatidos para
consumo humano: se o micro-chip não puder ser recuperado rapidamente, ele irá
interferir no rendimento do matadouro ou, se não for recuperado, pode representar um
risco se ingerido pelo consumidor.
As tecnologias alternativas e de futuro possível são como códigos de
barras, identificadores biométricos e etiquetas de frequência ultraalta (UHF).
Independentemente desses métodos, existem desafios gerais que surgem com os
métodos, desafios com base na legibilidade (causada por desgaste, rasgo, quebra e
sujeira), perda de etiquetas, razões de bem-estar, como inflamação e dor, adulteração de
etiquetas de um animal para outro que diminui a confiabilidade da verificação.

9. O futuro da identificação animal


Vendo que os métodos anteriores de identificação de animais têm desvantagens,
nosso Snap Animal App permite que você procure registros de animais com
identificação facial de IA. 
Com o Snap Animal , os fazendeiros podem criar um catálogo visual de gado e
gerenciar arquivos de imagem e vídeo de animais individuais, que sincronizam
magicamente com os registros de animais do aplicativo de gerenciamento de
fazendas . 
É uma tecnologia de reconhecimento biométrico de Inteligência Artificial que permite a
identificação e reidentificação de animais dentro de uma coleção. Essa ferramenta
promove maior garantia e proteção do bem-estar e da saúde animal.
As vantagens desta ferramenta são: é fácil de usar e gratuita, auxilia na redução e
prevenção de furto de estoque, garante o reencontro com os donos em caso de furto de
estoque, auxilia na redução da identidade equivocada do animal e trabalha com e apoios
os atuais sistemas de identificação.
12

10. Desparasitação interna e externa


10.1. Parasitismo externo
Deverão ser controladas as doenças causadas por parasitas externos, com os
desparasitantes externos apropriados e de acordo com o conselho do Médico
Veterinário. Estas medidas de controlo ou tratamento devem fazer parte do plano de
bem-estar e saúde do efectivo da exploração.
Doenças transmitidas por carraças Um dos parasitas mais importantes que afectam os
rebanhos é a carraça, que causa enormes prejuízos ao produtor e grande desconforto
para os animais, prejudicando o seu desenvolvimento e produção. Em geral, cada
carraça tem afinidade com o hospedeiro que parasita, por exemplo, a espécie
Rhipicephalus (Boophilus) microplus é parasita dos bovinos. As carraças causam
muitos prejuízos aos seus hospedeiros, por acção directa espoliadora de ingestão de
sangue ou por lesões na pele dos animais, nos locais de sua fixação. Neste último caso,
facilita a instalação de míases (bicheiras) e podem servir de porta de entrada para
bactérias que infeccionam o local, e consequentemente ocorre a desvalorização do couro
pelas imperfeições que apresenta. Causa perda de apetite em função da irritação, anemia
e transmite doenças como a tristeza parasitária. São também responsáveis por elevados
custos indirectos com produtos carracicidas, mão-de-obra e equipamentos necessários
para o seu controle e, além disso, estes produtos tóxicos podem causar sérios danos aos
animais, ao homem e ao meio ambiente. As estratégias de acção fundamentam-se no
conhecimento da biologia do parasita (ciclo de vida), sua relação com o meio ambiente
e os hospedeiros e os instrumentos disponíveis para o controle (carracicidas, maneio,
etc.). Como reconhecer O diagnóstico da doença faz-se pela constatação da presença das
carraças. Os animais parasitados tornam-se inquietos e não se alimentam
satisfatoriamente. Ocorre então emagrecimento, queda na produção de carne e leite,
irritação da pele no local da picada e anemia em decorrência da perda de sangue.
Como tratar para o tratamento podem ser utilizados produtos carrapaticidas na forma de
pulverização, aspersão ou imersão (piretróides, organofosforados e amidinas), pour on
(piretróides, organofosforados, avermectinas) ou injectáveis (evermectinas e
milbemicinas) e derivados dos fenilpirazóis (fipronil). Como evitar Através da
realização do controle estratégico, evitando-se o uso de tratamentos curativos realizados
de forma indiscriminada, que geram o aparecimento de cepas de carraças resistentes às
drogas. O controle estratégico deve ser empregue de acordo com os dados
epidemiológicos de cada região.
13

Não é conveniente que as carraças sejam totalmente eliminadas numa propriedade.


Deve-se manter um nível tolerável de infestação que proporcione equilíbrio entre a
resistência do animal e as doenças por ele transmitidas. Para manter o parasita em nível
satisfatório é necessário estabelecer uma estratégia de controlo, concentrando os banhos
carracicidas (3 a 6 banhos/ano com intervalos de 19-21 dias entre eles) no início da
estação chuvosa. No início da aplicação do controle estratégico na propriedade podem
ser necessários tratamentos tácticos quando a infestação por carraças fêmeas adultas for
maior do que 10 a 20 em um dos lados do corpo do animal, dependendo de sua raça e
faixa etária. Podem ser usados também produtos inibidores do crescimento (Fluazuron).
A vacina associada a produtos químicos também é uma estratégia de controlo. Como
reconhecer Presença do carraças no corpo do animal. Como tratar Para o tratamento
podem ser utilizados produtos carracicidas na forma de pulverização (piretróides) Como
evitar Os tratamentos carracicidas devem ser mais intensivos na Primavera e Verão com
pulverização de todo o corpo dos bovinos. Para controlar estes problemas em rebanhos
pequenos, indica-se que, no período de Primavera e Verão, todas as fêmeas ingurgitadas
sejam diariamente retiradas dos animais. Alguns ganhos resultarão desta acção. Em
primeiro lugar, para cada fêmea repleta retirada estarão sendo retiradas do campo 5000
prováveis larvas que comporão a geração no ano seguinte. Em segundo lugar, se o
controle das fases larval e ninfal forem bem feitos, reduziremos drasticamente a
necessidade de banhos carracicidas neste período. Em terceiro lugar, a manipulação
diária destes animais produzirá um comportamento dócil altamente desejável nos
animais do rebanho.
. 10.2. Parasitismo interno
Parasitismo ou verminose é uma doença causada por várias espécies de parasitas, uns
mais patogénicos e outros menos. A verminose causa grandes prejuízos, podendo levar
até a 20% de redução da produção leiteira e diminuição do desenvolvimento de animais
jovens. Estima-se que bovinos parasitados com verminose chegam a apresentar perda de
peso de até 40kg por ano, aproximadamente. Animais infectados com os vermes adultos
eliminam ovos destes parasitas com as fezes. Os ovos transformam-se em larvas que
contaminam novamente as pastagens. A gravidade da verminose e a intensidade da
infecção por vermes estão directamente relacionadas com a espécie de verme e o grau
de infecção, e este por sua vez, depende de diversos factores, tais como as condições
climáticas, solo, vegetação, tipo de exploração, raça e idade do animal, e o tipo de
pastagem e condições dos animais.
14

Animais sujeitos a uma criação mais intensiva são forçados a se alimentar sem muita
selectividade e próximos aos bolos fecais. Isto faz com que adquiram cargas maiores de
vermes, o que, somado ao factor nutricional, leva a uma quebra de imunidade e maiores
percentuais de mortalidade. Como reconhecer Todos os animais criados no campo estão
sujeitos à verminose, especialmente os mais jovens. Todavia o diagnóstico visual da
verminose é muito difícil, a não ser em estágios mais adiantados da doença, em que os
animais apresentam emagrecimento, pêlos secos e arrepiados, anemia, fraqueza e perda
de apetite. Em alguns deles, aparece um aumento de volume sob a mandíbula, chamado
no campo de papeira. Para a comprovação da verminose, é melhor submeter seu
rebanho a exames laboratoriais, que devem ser solicitados ao médico veterinário. Como
tratar Fazer o uso de vermífugos estrategicamente. Como evitar O controle dos vermes
na propriedade requer medidas de manejo e principalmente a realização de exame de
fezes que detectam os graus de infecção no animal e de infestação nas pastagens e os
tipos de vermes presentes, para a aplicação correcta de vermífugos (anti-helmínticos). A
aplicação deve obedecer ao controle estratégico, que recomenda desparasitar os bovinos
no início da estação seca, meio da seca e início das águas para o gado de corte, e uma
quarta aplicação no meio da estação chuvosa para o gado de leite. Este período coincide,
em aproximadamente 60% do território nacional, com os meses de
Maio/Julho/Setembro. É importante lançar mão de medidas de maneio, tais como: -
rotações: cultura, pastagens, espécies animal e de princípios activos; - nutrição e maneio
sanitário correctos; - tratamento de animais recém adquiridos antes de colocá-los nas
pastagens junto com outros animais; - separação de animais por faixa etária; - aferir as
pistolas dosificadoras; - aplicar a dose correcta, baseando-se no peso do animal,
obedecendo às indicações do fabricante do produto; - eliminação de estercos de maneira
correcta e sua utilização correcta como adubo orgânico; - água de bebida de boa
qualidade; - evitar superlotação de pastagens; - selecção genética de animais resistentes;
Deverão ser controlados os parasitas internos através do uso de medicamentos
eficientes, como os desparasitantes. Como parte do plano de saúde e bem-estar dos
animais, deverá assegurar-se que o tratamento é baseado no ciclo de vida do parasita
que se esteja a tratar. As desparasitações devem ser realizadas de acordo com a
orientação do Médico Veterinário. Deverá existir aconselhamento específico, por um
especialista devidamente habilitado, relativamente ao controlo de parasitas em
explorações em modo de produção biológico, e incluir, as medidas especiais no plano
de saúde e bem-estar.
15

11. Considerações finais


A criação animal representa uma importante componente na diversificação dos meios
de vida das famílias nas zonas rurais, constituindo, em simultâneo, fonte de rendimento
e reserva para tempos críticos. Para este estudo, isto faria mais sentido se houvesse
meios e capacidade de o produtor gerar rendimento. Com efeito, apesar do pequeno
produtor revelar grande vontade de gerar riqueza, esta está fortemente relacionada com
a efectividade das políticas traçadas. Este estudo teve como hipóteses iniciais que (a) o
acesso aos serviços de apoio ao produtor é o principal factor para o desenvolvimento da
produção bovina e, (b) a criação bovina na Província de Maputo é incentivada pela
busca de maior peso por animal para obtenção de carne e não pelas exigências de
mercado, nomeadamente a qualidade. Para a primeira hipótese foram encontrados dois
tipos de limitantes que condicionam o desenvolvimento deste subsector, nomeadamente
as técnicas e as de políticas e institucionais. As ligações entre os serviços a nível central
e provincial, com os serviços de extensão na base são bastante limitadas, incluindo a
provisão de serviços ao produtor. A hierarquização das tarefas, onde tudo depende do
nível de cima, não tem beneficiado os pequenos produtores; a insuficiência de meios de
apoio e financeiros não permite prover em tempo real e de forma cabal as vacinas. O
investimento para os pequenos produtores, que tem sido outra bandeira nos discursos
oficiais, foi observado de forma deficitária. Quanto à segunda hipótese, os resultados da
pesquisa mostram que, não obstante a busca de dinheiro por parte do pequeno produtor,
na criação do gado, a qualidade do animal foi remetida para segundo plano. O produtor
pretende manter o animal por mais tempo possível para um provável aumento de peso e
então obter boa receita na sua comercialização. Contudo, o peso dificilmente atinge o
nível desejado. E vários factores, todos associados, foram encontrados nesta pesquisa:
16

fraco investimento, seca e escassez de água, fraco desenvolvimento do pasto natural,


queimadas descontroladas, infra-estruturas de apoio quase inexistentes, deficientes
serviços de extensão, e fraca provisão de insumos e outros suplementos. Assim, como
recomendações, apresentam-se os seguintes pontos: Melhorar os serviços de extensão
rural, através de treinamento e capacitação – técnico-financeira – dos técnicos e/ou
extensionistas públicos ao serviço dos distritos; Melhorar as infra-estruturas de apoio,
feiras rurais e vias de comunicação; Facilitar o acesso a insumos e provisão de serviços
de extensão e assistência sanitária animal; Adoptar tecnologias e prácticas de maneio
que aumentem a produtividade do sistema agro-pecuário nos actuais padrões de uso da
terra; Considerar algumas áreas como reserva exclusiva para pastagem do gado dos
pequenos produtores concorrendo para a redução da pressão em áreas mais frágeis ou
vulneráveis; e Criar e/ou reforçar as instituições comunitárias de gestão dos recursos
naturais de uso comum.
17

Referencia
DONOSO, María G.E. (2013). Búsqueda de Estrategias para Innovación en Producción
de Carne Bovina. Informe del Sector, Situación y Desafíos Futuros.

FAO (2002). Cattle and small ruminant production systems in SubSaharian Africa. A
system review. Roma, FAO.

FAO (1957). Types and breeds of African cattle. Roma, FAO.

GOVERNO DE MOÇAMBIQUE (2015).

Programa Quinquenal do Governo para 2015–2019. Maputo, GovM.

GOVERNO DE MOÇAMBIQUE (2011a). Plano de acção para a redução da pobreza


2011-2014 (PARP). Maputo, GovM.

GOVERNO DE MOÇAMBIQUE (2011b). Plano Estratégico para o Desenvolvimento


do Sector Agrário 2011-2020 (PEDSA). Maputo, GovM.

GOVERNO DE MOÇAMBIQUE (2009). Regulamento de Sanidade Animal. Maputo,


GovM.

GOVERNO DE MOÇAMBIQUE (2005). Programa quinquenal do governo para 2005-


2009. Maputo, GovM.

HAYDOCK, K.P. & SHAW, N.H. 1975. The comparative yield method for estimating
dry matter of pasture. Austr. J. Exp. Agric. Anim. Husb. 15:663
18

HENDRICKX, S.C.J., MAUTE, F.R. e CUNHETE, D. (2015). Caracterização dos


sistemas de produção e comercialização das carnes vermelhas no sector familiar nos
corredores de Maputo e Limpopo em Moçambique: Resultados do Estudo de Base.

Maputo INSTITUTO DE INVESTIGACIONES AGROPECUARIAS (2017). Manual


bovino de carne. Santiago de Chile, INIA nº 4

LOZANO, M. S. Rubio et al (2013). Sistemas de Producción y Calidad de Carne


Bovina. México DF.

MAYER, A. F. (2017). Producción de carne y leche bovina en sistemas silvopastoriles.


Buenos Aires, INTA.

Você também pode gostar