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COMPLEMENTOS DE MATEMTICA.

NOTAS DE CURSO. I 0 semestre 2007.

Aula 6. Sries de Laurent. Classificao das singularidades. (7 horas)

O Teorema de Taylor estabelece que uma funo analtica no ponto z0 (i.e. C−derivvel
num disco centrado em z0 ,) se desenvolve em srie de potncias positivas de (z − z0 )
(srie de Taylor). Se porm a funo f for derivvel apenas no conjunto 0 < |z − z0 | < r
(o disco menos o seu centro) ou, mais geralmente, na coroa circular r < |z −z0 | < R,
o resultado no vale mais. Neste caso, provaremos que a funo f pode se represen-
tar como soma de uma srie bilateral de potncias positivas e negativas de (z − z0 ),
chamada de srie de Laurent, que converge uniformemente sobre os compactos con-
tidos na

Teorema 1 (Teorema de Laurent). Seja f uma funo analtica no conjunto


C(z0 , r, R) := {z ∈ C : r < |z − z0 | < R}
(coroa circular centrada em z0 ). Ento existem duas seqencias de nmeros complexos
{an }n≥0 e {bm }m≥1 tais que

X ∞
X
n bm
f (z) = an (z − z0 ) + , ∀ r < |z − z0 | < R.
0 1
(z − z0 )m

Prova. A prova usa as mesmas ideias de prova do Teorema de Taylor. Seja


z ∈ C(z0 , r, R) fixado e sejam r < r1 < R1 < R tais que r1 < |z − z0 | < R1 . Sejam
γ1 e Γ1 , respetivamente, circulos centrados em z0 e de raios r1 e R1 , respetivamente.
Pela frmula integral de Cauchy para conjuntos multiplamente conexos
Z Z
1 f (w) 1 f (w)
f (z) = dw − dw,
2πi Γ1 w − z 2πi γ1 w − z
onde as duas curvas γ1 e Γ1 so percorridas no sentido trigonomtrico. Se w ∈ γ1 ,
procedendo como na prova do teorema de Taylor, escrevemos
1 1 1 1
= = z−z0 =
w−z (w − z0 ) − (z − z0 ) (w − z0 ) 1 − ( w−z 0
)

X∞
(z − z0 )n
= .
n=0
(w − z0 )n+1
z−z0
Para z fixado, existe λ < 1 tal que | w−z 0
| < λ < 1, para todo w ∈ Γ1 ; como f
analtica na coroa, existe M > 0 tal que f (w)| < M, para todo w na coroa. Portanto
|f (w)||z − z0 |n M n
n+1
≤ λ , w ∈ Γ1 .
|w − z0 | R1

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1
2

PM n
Como a srie numrica λ , convergente, resulta, pelo critrio de Weierstrass, que
P∞ fR(w)|z−z
1
0|
n
esta srie de funes 0 |w−z0 |n+1 uniformemente convergente em γ1 . Integrando
termo por termo, obtemos:

Z X∞ Z
1 f (w) 1 f (w)
dw = an (z − z0 )n , an = dw ∀ n ≥ 0.
2πi Γ1 w−z n=0
2πi Γ1 (w − z0 )n+1

Por outro lado, se w ∈ γ1 , escrevendo

f (w) f (w) f (w) 1


= =− =
w−z (w − z0 ) − (z − z0 ) (z − z0 ) 1 − ( w−z
z−z0 )
0


X (w − z0 )m
=− .
0
(z − z0 )m+1

Como | w−z
z−z0 | < λ < 1, para todo w ∈ γ1 , resulta, pelo critrio de Weierstrass, que
0

esta srie uniformemente convergente em γ1 . Integrando termo por termo, obtemos:

Z X∞ Z
1 f (w) bm 1
− dw = , bm = f (w)(w − z0 )m dw.
2πi γ1 w−z m=0
(z − z0 )m+1 2πi γ1

Observao.
1. A srie de potncias acima chama-se ”o desenvolvemento
P∞ em srie de Laurent
de f na coroa circular r < |z − z0 | < R. A srie 0 an (z − z0 )n chamada a ”parte
P∞ bm
principal” e a srie 1 (z−z 0)
m chama-se ”a parte Tayloriana” de f. Vale subliniar
P∞
que o nome de ”parte Tayloriana,” dada para a srie 0 an z n acima, nada tem a
ver com os coeficientes do desenvolvemento em srie de Taylor, centrada na origem,
qundo se trata de funes que so analticas em z0 ms queremos expandi-la numa coroa
circular centrada em z0 , (e no no disco!)

1
Por exemplo, a funo f (z) = (z−1)(z−2) , obviamente analtica em z0 = 0 (de fato
analtica tanto no disco |z| < 1, como nas coroas circulares centradas em z0 = 0
1 < |z| < 2 e 2 < |z| < ∞. Assim, pelo Teorema de Taylor, ela se expande em srie
de Taylor no disco |z| < 1 e em sries de Laurent nas coroas. Precisa sublinias que a
parte Tayloriana muda com o conjunto. Verifique este fato. Ache o desenvolvemento
desta funo em outras coroas. Exercicio.

2. Analisando a prova do Teorema de Laurent, podemos verificar, sem dificul-


tades que a srie de Laurent uniformemente convergente nos compactos para a funo
f.

3. Asim como no caso dos sries de Taylor, podemos mostrar que a expano
nica, uma vz que fixamos a coroa circular. Precisa subliniar o fato que em coroas
circulares distintas porm centradas num mesmo ponto, uma funo admite desen-
volvemetos distintos.
3

4. Se uma funo f analtica no exterior de um disco de raio R (numa coroa


circular ”centrada no infinito), ento podemos provar que ela tambm se expande em
srie de Laurent
X∞ X∞
n bm
f (z) = an z + , |z| > R.
0 1
zm

Esta expano chama-se de expano em srie de Laurent no infinito.

1
Exemplo 1. Ache o desenvolvemento da função f (z) = z 2 −4z+3

i) no disco |z| < 1;

ii) na coroa circular centrada em zero 1 < |z| < 3;

iii) na coroa circular centrada em zero 3 < |z|;

iv) na coroa circular centrada em z1 = 1, 0 < |z − 1| < 2;

v) na coroa circular centrada em z = 1, 2 < |z − 1|;

vi) na coroa circular centrada em z = 3, 0 < |z − 3| < 2

vii) na coroa circular centrada em z = 3, 2 < |z − 3|.

Exemplo 2. Ache o desenvolvemento em srie de Laurent da funo i) f (z) =


1
,
(a 6= 0, k ∈ N) na vizinhana de z = 0 e de z = ∞.
(z−a)k

1. Na vizinhana de z0 = 0.
Desenvolvemos primeiro, usando a srie geomtrica a funo

X zn ∞
1 1
g(z) = =− = − , |z| < |a|.
z−a a(1 − az ) 0
an+1

Derivando k − 1 vezes (termo por termo), obtemos



X n(n − 1)...(n − k − 1)z n−k−1
(−1)k−1
g (k−1) (z) = = − , |z| < |a|.
(z − a)k 0
a n+1


X zn
1 1
g(z) = =− = − ,
z−a a(1 − az ) 0
an+1

p
ii) (z − a)(z − b), (|b| > |a|), numa vizinhana do ponto z = ∞.
1
iii) z 2 sen z−1 , numa vizinhana do ponto z = 1.
1
iv) ez+ z , no 0 < |z| < ∞;
4

z
v) sen 1−z , numa vizinhana dos pontos z = 1 e z = ∞.
1 z−i
vi) z−2 Log z+i , numa vizinhana do ponto z = ∞ e no anel 1 < |z| < 2.

Exercicio 2. Decida quais das seguintes funes admitem desenvolvemento em


srie de Laurent em torno dos pontos dados:

i) cos z1 , no ponto z = 0;

ii) cos z1 , no ponto z = ∞;

z2
iii) sen z1
, no ponto z = 0;

iv) Lnz, no ponto z = 0;

v) Ln z−1
z+i , no ponto z = ∞.

vi) Arctg(1 + z), no ponto z = 0.

Exercicio 3. Desenvolva as seguintes funes em srie de Laurent, seja no anel


indicado, seja numa vizinhana dos pontos indicados. Nesse ultimo caso, ache o
conjunto onde o desenvolvemento vlido.
1
i) f (z) = (z−a)k
, (a 6= 0, k ∈ N) na vizinhana de z = 0 e de z = ∞.
p
ii) (z − a)(z − b), (|b| > |a|), numa vizinhana do ponto z = ∞.
1
iii) z 2 sen z−1 , numa vizinhana do ponto z = 1.
1
iv) ez+ z , no 0 < |z| < ∞;
z
v) sen 1−z , numa vizinhana dos pontos z = 1 e z = ∞.
1 z−i
vi) z−2 Log z+i , numa vizinhana do ponto z = ∞ e no anel 1 < |z| < 2.

Exercicio 3. i) Ache o desenvolvemento de Laurent da funo f (z) = Log(1 + z1 ),


fora do disco unitrio.

ii) Ache o desenvolvemento da funo f (z) = Log( z−a


z−b ) numa vizinhana de ∞.
P∞ bn −an
(Resposta: n=1 nz n , |z| > max(|a|, |b|)).

Singularidades.

Definição 1 Seja f : Ω → C uma função analitica num dominio Ω; um ponto


z0 ∈ C se diz ponto singular isolado para a função f se existe uma vizinhana V0 do
ponto z0 tal que V0 − {z0 } ⊂ Ω.
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Observao. A definio diz, em outras palavras,que um ponto z0 e ponto singular


para uma função f se a funo f não e definida em z0 porem existe uma vizinana de
z0 onde f e analitica.
Por exemplo, a funo f (z) = z1 tm em z = 0 uma singularidade isolada.
Ao contrrio, z = 0 no singularidade isolada para a funo Logz. (porqu?)

Pelo Teorema de Laurent, se z0 e um ponto singolar isolado para a função f, então


existe r > 0 tal que f se desenvolve em serie de Laurent na coroa 0 < |z − z0 | < r :

+∞
X +∞
X bm
f (z) = an (z − z0 )n + , 0 < |z − z0 | < r.
0 1
(z − z0 )m

H tres possibilidades:

1) bm = 0, para todo m ≥ 1; (a parte principal não contem nenhum termo


diferente de zero; neste caso, ponto singular z0 chama-se de ponto singular (singu-
laridade) removivel;

2) existe N ≥ 1 tal que bN 6= 0, porm bm = 0, para todo m ≥ N + 1; neste caso


digamos que z0 e um polo de ordem N ;

3) em fim, se nm a condição 1), nem a condição 2) são verificadas, z0 chama-se


singularidade essencial isolada.

O comportamento de uma função em torno de singularidades isoladas resumido


no seguinte

Teorema 1. Seja f analtica na coroa 0 < |z − z0 | < r; então:

i) z0 e uma singularidade removivel se e somente se limz→z0 f (z) = L ∈ C;

2) z0 e um polo (de ordem N ) se e somente se

limz→z0 f (z) = ∞, limz→z0 f (z)(z−z0 )k = 0 ∀ 0 ≤ k ≤ N −1 limz→z0 f (z)(z−z0 )N = l 6= 0.

3) z0 e uma singularidade removivel se 1) e 2) não occorem.

Prova. A prova padro e os detalhes se encontram em qualquer livro de varivel


complexa (por exemplo, Churchill). Detalhes na sala de aula.

O comportamento no infinito.
Seja f uma funo analtica na coroa circular |z| > r (numa vizinhana do infinito)
e seja f ∗ , a funo definida por f ∗ (z) = f (1/z). Por definio, digamos que
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i) ∞ uma singularidade removivel para f se e s se zero uma singularidade


removivel para f ∗ ;

ii) ∞ um polo para f se e s se zero um polo para f ∗ ;

iii) ∞ uma singularidade essencial para f se e so se zero uma singularidade


essencial para f ∗ .

Traduzindo em termos de limites, a funo f tm uma singularidade removivel


no infinito, se (e s se) f ∗ limitada numa vizinhana da origem; f tem um polo
no infinito, se (e s se) limz→∞ f (z) = ∞ e, por fim, infinito uma singularidade
essencial para a funo f, se f no tm limite no infinito.

Singularidades essenciais (isoladas ou no).

Todas as singularidades de uma funo f , que no so nm removiveis, nm polos, so


chamadas de singularidades essenciais. Estas singularidades podem ser isoloadas
ou no. claro que se z0 uma singularidade essencial para uma funo f, ela tambem
para a funo reciproca, f1 . E assim somos conduzidos para um primeiro exemplo
(remarcavel) de classes de funos que tm singularidades essenciais.

Exemplo 1. Os pontos (finitos) de acumulao de polos, so pontos singulares


essenciais; mais precisamente, se f uma funo analtica num dominio D−{z0 , z1 , . . . , zn , . . . }
e se f tm, em cada ponto zn um polo simplis e se, alem disso, zn → z0 , com z0 6= ∞,
ento z0 uma singularidade essencial tanto para f como f1 .
1
Por exemplo a funo f (z) = sen 1 tm, na origem uma singularidade essencial, que
z
ponto de acumulao de polos. Exercicio!

O comportamento bizar de uma funo f, que tm uma singularidade essencial em


z0 , e ilustrado pelo seguinte teorema.

Teorema Cassorati-Weierstrass. Seja z0 uma singularidade essencial isolada


para a funo f. Ento, para todo numero complexo α ∈ C, existe uma seqencia zn →
z0 , tal que f (zn ) → α.

Prova:* Se α = ∞, a concluso clara (caso contrrio, haveria uma vizinhana de


z0 aonde a funo f seja limitada, ou seja, a singularidade seria removivel!). Supon-
hamos, ento, sem perda de generalidade, que α 6= ∞; suponhamos, por absurdo,
que existe δ > 0 e V0 , uma vizinhana de z0 , tais que |f (z) − α| > δ, para todo
1
z ∈ V0 − {z0 }; ento a funo g(z) = f (z)−α , a qual definida e analtica em V0 − {z0 },
verifica a desigualdade: |g(z)| = |f (z)−α| < α1 , ou seja, limitada numa vizinhana de
1

z0 , o que signifca que z0 uma singularidade removivel para a funo g e se definimos


1
g(z0 ) = limz→z0 f (z)−α , obtemos uma funo analtica em V. Por outro lado, como f
tm uma singularidade no removivel em z0 , f no pode ser limitada em z0 , e assim o
valor de g(z0 ) s pode ser 0. Assim, a funo f (z) − α (e tambm f (z)) tm em z0 um
polo, o que contradiz a hiptese.
7

O teorema Cassirati-Weierstrass diz, em outras palavras, que se o ponto z0 uma


singularidade essencial para a funo f, ento para toda vizinhana V de z0 ,

f (V − z0 ) = C.

Na realidade vale um resultado muito mais preciso do que o anterior, que enun-
ciaremos a seguir, ms cuja demostrao ultrapassa o nvel do livro.

Teorema Picard. Se z0 uma singularidade essencial para f, ento existe


no maximo um valor excepcional A, que dependo apenas de f tal que em qualquer
vizinhana do ponto z0 , f assume infinitas vezes qualquer valor, com a eventual
exceo de A.

1
Exercicio 1. Prove que a funo f (z) = sen(1/z) , tm uma singularidade essencial
em z = 0.

1
Exercicio 2. Ilustre (ou verifque) o teorema de Picard para as funes sen z1 e e z ,
que tm singularidade essencial em z0 = 0.

Exercicio 3. Prove que o teorema de Cassorati-Weierstrass continua vlido


quando o ponto z0 limite de polos (no apenas quando uma singularidade iso-
lada. Assim, uma singularidade que limite de polos, tm, em um certo sentido, a
mesma natureza de uma singularidade essencial isolada).

Definio. Chama-se de inteira uma funo f : C → C, analtica.

Uma funo inteira que tm no infinito uma singularidade essencial (como no caso
3) acima), chamada de funo inteira transcedental. Exemplos de tais funes so ez (e
senz, cosz, shz, chz, etc).

Chama-se de meromorfa uma funo f : D → C, cujas singularidades em Ω, com


a exeo eventualmente do infinito, so polos.

Deixamos ao leitor como exercicio, as seguintes observaes sobre funes meromor-


fas:

1) A reciproca de uma funo meromorfa, tambem meromorfa.

2) O quociente de duas funes meromorfas, uma funo meromorfa.

3) A derivada de uma funo meromorfa, tambm meromorfa.

4) Uma funo meromorfa em todo o plano complexo, pode ter um numero infinito
de polos, mas neste caso, estes s podem se acumular no infinito. (Sugesto: caso
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contrrio, se houvese um ponto finito, que fosse limite de polos, o mesmo sera uma
singularidade essencial!).

5) As nicas funes meromorfas em todo o plano complexo, so as funes racionais


(quociente de polinomios).
(Sugesto: note que neste caso, f s pode ter um numro finito de polos; subtraindo
de f as partes principais correspondentes a cada um dos polos, obteremos uma funo
inteira e limitada.)

Exercicio 5. Prove que

1) ∞ uma singularidade removivel para f se e s se f constante.

2) ∞ um polo de f se e s se se f um polinmio.

Exercicio 6. Clasifque as singularidades das seguintes funes:


1
nez Log(1 − z)
i) f (z) = z , (n ∈ N); ii) g(z) = .
(1 + z) z

Exercicio 7. Ache os pontos singulares, investgue sua natureza e estude o


comportamento no infinito das seguintes funes:

1 ez 1
i) ; ii) ; iii)
z − z3 1 + z2 z 3 (2 − cosz)
1
z e z−1 1
iv)e 1−z v) z ; vii)etg z .
e −1

Resposta: v) polos simplis em 2mπi, m ∈ Z, singularidade essencial em z = 1 e


∞ singularidede no isolada, limite de polos.

Exercicio 8. Construa exemplos de funes que no plano ampliado tenham apenas


as singularidades prescritas:

i) polo de segunda ordem no infinito;

ii) um polo de ordem n;


1
iii) um polo de ordem 2 em z = 0, com z2 na parte principal;

iv) um polo de ordem n em z = 0 e um polo de ordem m no infinito;

v) n polos simples.
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Podemos, por fim provar o


Teorema de identidade das funes analiticas

Sejam f e g duas funes analiticas num dominio Ω, tal que existe uma sequncia
de pontos zn → z0 ∈ D, (z0 ∈ D), distintos entre s, tal que f (zn ) = g(zn ), para
todo n ∈ N. Ento f (z) = g(z), para todo z ∈ Ω.

Prova*. Seja a funo analitica h(z) = f (z) − g(z); suponhamos que h no iden-
1
ticamente nula em D; ento os pontos zn so polos para a funo H(z) = h(z) , que se
acumulam no ponto z0 ∈ D. Conseqentemente, a funo H tm em z0 uma singulari-
dade essencial; mais isso implica que a funo h tambem tm em z0 uma singularidade
essencial, o que contradiz a hiptese do que h era analitica em D.

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