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MULTIVIX
do Estado do Espírito Santo, com unidades em
Cachoeiro de Itapemirim, Cariacica, Castelo, Nova
Venécia, São Mateus, Serra, Vila Velha e Vitória.
Desde 1999 atua no mercado capixaba,
destacando-se pela oferta de cursos de
graduação, técnico, pós-graduação e
extensão, com qualidade nas quatro áreas
do conhecimento: Agrárias, Exatas,
Humanas e Saúde, sempre primando pela
qualidade de seu ensino e pela formação
de profissionais com consciência cidadã
para o mercado de trabalho.
R EE II T O R
R
Estes resultados acadêmicos colocam
todas as unidades da Multivix entre as
melhores do Estado do Espírito Santo e
entre as 50 melhores do país.
MISSÃO
VISÃO
MULTIVIX EAD
2 Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
BIBLIOTECA MULTIVIX (Dados de publicação na fonte)
Fernando Abreu
2020 • Proibida a reprodução total ou parcial. Os infratores serão processados na forma da lei.
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LISTA DE QUADROS
>> Tabela 1. Grandezas físicas fundamentais. 26
>> Tabela 2. Conversões das grandezas físicas. 27
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4 Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
LISTA DE FIGURAS
>> Figura 1 - Ilustração dos campos da mecânica 14
>> Figura 2. Grandezas vetoriais 16
>> Figura 3. Forma de representação de vetor no plano 17
>> Figura 4. Vetores com sentido contrário 18
>> Figura 5. Soma de dois vetores 18
>> Figura 6. Decomposição de vetores no espaço 19
>> Figura 7. Regra da mão direita para produto vetorial 22
>> Figura 8. Conceito de força sob objetos 23
>> Figura 9. Momento de uma força. 24
>> Figura 10. Representação de binário. 25
>> Figura 1. Ponto de aplicação da força. 31
>> Figura 2. Escolha do sistema de coordenadas. 32
>> Figura 3. Força resultante atuando sobre uma partícula 34
>> Figura 4. Determinar a força resultante 35
>> Figura 5. Decomposição e força resultante 36
>> Figura 6. Primeira Lei de Newton 37
>> Figura 7. Aplicação da primeira Lei de Newton 38
>> Figura 8. Estruturas em equilíbrio estático 39
>> Figura 9. Equilíbrio estático no ponto P 40
>> Figura 10. Força tridimensional 42
>> Figura 11. Sistema de força tridimensional e decomposição. 43
>> Figura 12. Exemplo de forças tridimensionais 44
>> Figura 13. Exemplo de equilíbrio no espaço 46
>> Figura 1 - Corpo Rígido 50
>> Figura 2 - Exemplo de corpos deformáveis 50
>> Figura 3 - Momento de binário 52
>> Figura 4 - Binários equivalentes 53
>> Figura 5 - Exemplo de binário equivalente. 54
>> Figura 6 - Corpo rígido e diagrama de corpo livre 55
>> Figura 7- Diagrama de corpo livre 57
>> Figura 8 -Reações de apoio 58
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Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017 5
>> Figura 9 - Reações de apoio 59
>> Figura 11 - Diagrama de corpo livre bidimensional da estrutura engastada. 60
>> Figura 12 - Equilíbrio bidimensional de uma viga
bi-apoiada 62
>> Figura 13 -Equilíbrio em três dimensões 64
>> Figura 14 - Diagrama de corpo livre em três dimensões 64
>> Figura 1 - Força de atrito estática e dinâmica 70
>> Figura 2 - Relação entre a força aplicada ao bloco e a força de atrito 71
>> Figura 3- Ângulo de atrito 73
>> Figura 4. Exemplo para determinar a força de atrito sob uma rampa 73
>> Figura 6 - Exemplo de uma estrutura isostática 76
>> Figura 5 - Classificações das estruturas 76
>> Figura 7 - Ponte exemplificando as treliças 78
>> Figura 8 - Forças de tração e de compressão em uma barra da treliça 78
>> Figura 9 - Treliça e diagrama de corpo livre 79
>> Figura 10 - Método dos nós 80
>> Figura 10 - Método dos nóS 81
>> Figura 12 - Diagrama de corpo livre dos nós 82
>> Figura 13 - Diagrama de corpo livre utilizando o método das secções 84
>> Figura 14 - Treliça plana com força concentrada 85
>> Figura 1: Centroide ou centro geométrico 89
>> Figura 2: Força peso de cada partícula do corpo 90
>> FigurA. sistema de partículas 92
>> Figura 3: Baricentro do arame homogêneo 94
>> Figura 4: Baricentro de uma superfície homogênea 95
>> Figura. Centroide pela integral 99
>> Figura. Centroide de figuras compostas 100
>> Figura 5: Superfície gerada pelo teorema 103
>> Figura 6: Volume gerado pelo teorema 104
>> Figura 7: Pressão em uma determinada altura 105
>> Figura 8: Força do fluido em uma superfície plana submersa 106
>> Figura 1: Momento de inércia de uma superfície 111
>> Figura:. Exemplo do momento de inércia por integração 112
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6 Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
>> Figura 2: Ilustração para o raio de giração de uma superfície 113
>> Figura 3: Raio de giração em relação ao eixo x 113
>> Figura 4: Teorema dos eixos paralelos 116
>> Figura: Utilizando o teorema dos eixos paralelos para determinar o
momento de inércia 117
>> Figura 5: Definição de momento de inércia polar 118
>> Figura: Exemplo de momento de inércia polar 120
>> Figura 6: Produto de inércia de uma superfície 121
>> Figura 7: Teorema dos eixos paralelos para produto de inércia. 121
>> Figura 8: Sistema de coordenadas rotacionado em relação ao original 123
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SUMÁRIO
APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA11
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8 Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
UNIDADE 4 4 ATRITO E EQUILÍBRIO EM ESTRUTURAS69
INTRODUÇÃO DA UNIDADE69
4.1 FORÇAS DE ATRITO69
4.2 COEFICIENTE E ÂNGULOS DE ATRITO71
4.3 EQUILÍBRIO DE ESTRUTURAS75
4.4 TRELIÇAS77
4.5 MÉTODO DOS NÓS80
4.6 MÉTODO DAS SECÇÕES83
CONCLUSÃO86
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ICONOGRAFIA
SAIBA MAIS
ONDE PESQUISAR CURIOSIDADES
LEITURA COMPLEMENTAR
DICAS
GLOSSÁRIO QUESTÕES
MÍDIAS
ÁUDIOS
INTEGRADAS
ANOTAÇÕES CITAÇÕES
EXEMPLOS DOWNLOADS
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10 Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
MECÂNICA GERAL
APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA
A disciplina de Mecânica Geral tem por objetivo definir os conceitos básicos,
capacitando ao aluno à identificação, aplicação e análise dos conhecimentos
em problemas de engenharia. Para isso, serão abordados os conceitos gerais
do que trata a mecânica e sua área de aplicação. Mais adiante, a estática dos
pontos materiais será explicitada, deixando o aluno a par sobre forças e equi-
líbrio de forças e, também, diagrama de corpos rígidos. A fim de um melhor
entendimento, o conceito de corpo rígido e, onde e quando devemos aplica-
-lo. Corpos estruturais como pontes, vigas, treliças, frequentemente visto no
ramo da construção civil, necessitam de adequadas análises e dimensiona-
mento. Dessa forma, atrito e equilíbrio de estruturas serão discutidos. Outro
importante ponto na disciplina são centroides e baricentro, necessários para
determinação do centro de gravidade de peças, ou seja, em qual posição a
massa está atuando e, também, o centro de área destas estruturas. Além dis-
so, as forças não atuam, de maneira geral, em um local localizado, mas sim de
forma distribuída, sendo necessário o estudo dessas forças distribuídas. Por
fim, todo corpo no qual possuí uma massa, existe inércia, expressando o grau
de dificuldade em colocá-lo em movimento. Dessa forma, ao final da discipli-
na, o aluno será capaz de entender os conceitos da mecânica geral e aplica-
-los de maneira adequada.
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MECÂNICA GERAL
UNIDADE 1
OBJETIVO
Ao final desta
unidade,
esperamos que
possa:
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MECÂNICA GERAL
1 INTRODUÇÃO A MECÂNICA
GERAL
INTRODUÇÃO DA UNIDADE
Esta unidade se destina a apresentar uma introdução sobre o que é a mecâ-
nica, quais tipos de mecânica existem, qual estaremos estudando e, também,
para que serve a mecânica e algumas aplicações reais. Além disso, entrare-
mos na definição do que são vetores, operações com vetores e como os ve-
tores podem nos auxiliar a obter informações importantes para a aplicação
em mecânica e, em outras áreas. Vetores analisados isoladamente, às vezes
não nos traz ricas informações, porém quando aplicamos produtos escalares
e/ou vetoriais, podem nos fornece resultados valiosos. Após o entendimento
e aplicação desses conceitos, estaremos aptos a entender o conceito de força,
momento e conjugado, suas aplicações no ramo da ciência. Por fim, a com-
preensão e o entendimento das unidades físicas são de grande importância
para o estudo e, também, em como realizar suas conversões. Dessa forma, po-
demos perceber que, o entendimento do tópico seguinte faz-se fundamental
o conhecimento do anterior, de modo ao melhor aproveitamento do conteú-
do por você aluno.
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MECÂNICA GERAL
Mecânica
Mecânica Mecânica
rígida deformável
Mecânica
dos fluídos
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MECÂNICA GERAL
1.2 VETORES
Na mecânica e, em outros ramos de estudo, são utilizados dois tipos de gran-
dezas: as grandezas escalares e as vetoriais. Quando tratamos de escalar, é
associado apenas um valor a esta grandeza, seguida de sua unidade.
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MECÂNICA GERAL
b
a R
Exposto sobre os vetores, iremos nos atear sobre a sua representação. As gran-
dezas vetoriais podem estar presentes em uma única dimensão, bidimensio-
nais ou tridimensionais. A fim de exemplificação, a figura 3 nos mostra um
vetor força, com intensidade, direção e sentido. A sua intensidade é de 3 uni-
dades, onde o sentido é a indicado pela seta e a direção é a representada pela
linha de ação deste vetor.
Diante disto, os vetores são trabalhados decompostos nos eixos coordenados.
A força, presente na figura 3, pode ser expresso da seguinte forma
=F F î + F Jˆx y
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MECÂNICA GERAL
y
Linha de ação
n B
1u
n
1u
n
1u
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MECÂNICA GERAL
-F
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MECÂNICA GERAL
Da mesma forma, se o vetor V2 tivesse em sentido contrário da figura 5, este
agora seria o negativo do vetor V2 , ou seja, −V2 . Dessa forma, a resultante V é
dada por,
V= V1 − V2 .
Assim sendo, esta operação é uma subtração vetorial. Vale ressaltar que, na
soma e subtração de vetores a ordem dos fatores não altera o produto. Supo-
nha que estes vetores estão no plano, sendo:
=V1 V1xî + V1 y Jˆ e =
V2 V2 xî + V2 y Jˆ .
Outra forma de representação destes vetores, não muito usual, mas que auxi-
lia nos cálculos é dado abaixo:
V1 = (V1x ,V1 y ) e V2 = (V2 x ,V2 y )
Soma vetorial: V1 + V2 = (V1x + V2 x ) Ó+ (V1 y + V2 y ) J�
Subtração vetorial: V1 − V2 = (V1x − V2 x ) Ó+ (V1 y − V2 y ) J�
Conforme discutido no tópico anterior sobre a decomposição de vetores no
plano, temos também os vetores tridimensionais. A fim de um melhor en-
tendimento sobre vetores e decomposição de vetores no espaço, observe a
figura 6.
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MECÂNICA GERAL
sendo este produto um número real, ou seja, um escalar. Todo produto escalar
é designado por este ponto entre os dois vetores A ⋅ B . Outra forma de escrita
do produto escalar é < A, B > e, a leitura deste produto é " A escalar B .
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20 Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
MECÂNICA GERAL
( )
II ) kA ⋅ B= kB ⋅ =
A ( )
k A ⋅ B = B ⋅ kA ( ) ( )
2
III ) A ⋅ A = A
IV ) A ⋅ ( B + C )= A ⋅ B + A ⋅ C
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MECÂNICA GERAL
i j k
V ×W
= Vx Vy V=z (
V W −V W )
y î +(
z V W −V W )
z y +(
J�V W −V W )
z k
x x z x y y x
Wx Wy Wz
ˆ
Suponha os seguintes vetores V =1î − 3 J + 4k e
W= −5î + 4 Jˆ − 3k
, o produto vetorial de V e W vale:
i j k
−3 4 1 4 ˆ 1 −3
V ×W = 1 −3 4 = î− J+ k
4 −3 −5 −3 −5 4
−5 4 −3
V ×W =−7î − 17 Jˆ − 11k
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22 Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
MECÂNICA GERAL
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MECÂNICA GERAL
O momento de uma força, momento ou torque pode ser definido pela capa-
cidade dessa força realizar um movimento de rotação de um objeto em torno
de um eixo, sendo que o eixo não pode ser paralelo à direção da força, pois
resultaria em um momento nulo desta força.
James (2009, p. 29) nos diz que existe uma tendência de a força mover o corpo
em sua linha de ação. Além disso, essa mesma força tende a fazer com que
este corpo gire ou rotacione em torno de um determinado eixo.
Também, o momento de uma força pode ser entendido como sendo o produ-
to de uma força pela distância do local de aplicação da força até o eixo de ro-
tação. Diante disto, podemos perceber que, o momento de uma força é uma
grandeza vetorial, obtido pelo produto vetorial da distância pela força.
A figura 9 nos fornece o momento de uma força. São diversas aplicações deste
conceito, tais como: a troca de pneu de um carro, quando a porca é retirada, o
eixo de rotação que saí do motor, a abertura de uma porta, dentre diversas outras.
O binário também é um momento produzido, porém este é resultado da ação
de duas forças tendo mesma direção e intensidade. Entretanto, os sentidos
destas forças devem ser opostos.
Beer (2013, p. 96) definem binário como sendo: duas forças de mesma inten-
sidade, atuando em linhas de ação paralelas, mas em sentidos opostos. Pode-
mos perceber que, a resultante destas forças, a soma vetorial de ambas, resul-
ta em um vetor nulo. Porém, o binário ou a soma dos momentos produzidos
por estas forças não são nulos.
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24 Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
MECÂNICA GERAL
Já James (2009, pg. 37) traduz que o binário é o momento produzido por duas
forças não colineares, iguais e opostas. No fim das contas, ambos os autores, nos
dizem as mesmas definições para binário, apenas relatados de formas diferentes.
Observa-se na figura 10, que temos duas forças de mesma intensidade e dire-
ção, porém, em sentidos contrários separadas por uma certa distância. A atu-
ação destas forças irá gerar um binário, fazendo com que este corpo rotacione
em um eixo perpendicular ao plano da folha.
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MECÂNICA GERAL
Comprimento Metro m
Massa Quilograma kg
Tempo Segundo s
Temperatura Kelvin K
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26 Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
MECÂNICA GERAL
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MECÂNICA GERAL
CONCLUSÃO
Esta unidade apresentou o conceito sobre a mecânica, de forma, geral. Além
disso, foi introduzido o conceito de vetores, operações com vetores, produto
escalar e vetorial. Também, o conceito de força, momento de uma força e
conjugado foram apresentados. Por fim, as unidades físicas foram discutidas
e suas conversões.
Dessa forma, somos capazes de determinar as componentes de vetores, a in-
tensidade, além de realizar operações com os mesmos. Além disso, os concei-
tos de força, momento e conjugado foram apresentados e podem ser discu-
tidos sobre seus conceitos. Conversões de unidades físicas e a sua utilização
de maneira adequada é de suma importância. Com o exposto ao longo da
unidade, somos capazes de identificar e converter as unidades.
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28 Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
MECÂNICA GERAL
UNIDADE 2
OBJETIVO
Ao final desta
unidade,
esperamos que
possa:
> Compreender e
conhecer a definição
de ponto material e
identificar situações
em que é possível
aplicá-la;
> Conhecer e
dominar o conceito
de primeira lei
de Newton e sua
aplicação;
> Caracterizar
a condição de
equilíbrio estático;
aplicar as condições
de equilíbrio estático
e analisar se os
corpos estão em
equilíbrio, tanto
no plano como no
espaço.
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29 Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
MECÂNICA GERAL
INTRODUÇÃO DA UNIDADE
Nesta unidade, estudaremos sobre as forças atuando em um ponto material
no plano e no espaço. A referência de ponto material é simplesmente consi-
derarmos todas as forças atuando em um dado ponto, não levando em con-
sideração a dimensão e o tamanho dos corpos. É fundamental entendermos
bem as forças no plano, pois no espaço é apenas um complemento.
Além disso, analisaremos a resultante dessas forças atuando sobre o ponto e,
também, aplicações da primeira lei de Newton. A força resultante nada mais
é do que uma força que representa a soma de todas as demais atuando sobre
o ponto material.
Por fim, utilizaremos as forças atuantes e a resultante a fim de analisarmos
o equilíbrio estático destes pontos materiais, seguindo da análise de pontos
materiais no espaço.
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MECÂNICA GERAL
N
10
A 30º
N
10
A 30º
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31 Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
MECÂNICA GERAL
caso (b):
Fx =−10 ⋅ cos(30º )
Fy =−10 ⋅ sen(30º )
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MECÂNICA GERAL
Fx = − F cos( b )
Fy = − Fsen( b )
=Fx Fsen(p − b )
Fy =
− F cos(p − b )
=Fx F cos( b − a )
=Fy Fsen( b − a )
Fy =− F ⋅ cos(36.87º ) =−400 N
=F (300 N )ˆι − (400Ν) Jˆ
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33 Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
MECÂNICA GERAL
substituídas por uma única força com intensidade direção e sentido tal que
tenha o mesmo efeito sobre a partícula.
→
F1
→
R
P
→
F2
Fonte: Elaborada pelo autor (2020)
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MECÂNICA GERAL
20KN 20KN
30º 30º
70KN
Rx = 20 ⋅ cos(30º ) − 20 ⋅ cos(30º ) = 0 N
20 ⋅ sen(30º ) + 20 ⋅ sen(30º ) − 70 =
Ry = −50 kN
R (0 N)ˆι − (50kN ) J�
=
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35 Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
MECÂNICA GERAL
um ângulo de 60° com a horizontal (a soma de 30° com 30°). Dessa forma,
devemos decompor essas duas forças e somar suas componentes para deter-
minarmos a força resultante sobre o parafuso.
y
F1=30KN
X
F2=60KN
º
30
30º
R=
x 60 ⋅ cos(30∫ ) + 30 ⋅ cos(
= 60∫ ) 15 2 3 + 1 kN ( )
R=
y 60 ⋅ sen(30∫ ) + 30 ⋅ sen(=
60∫ ) 15 ( )
3 + 2 kN
Além disso, podemos determinar o ângulo que este vetor resultante faz com
a horizontal. No caso, o ângulo é dado por:
R
=q arcsen y ≈ 56,72º
R x
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37 Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
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X F3=300N
F1=500N
60º 60º
30º 30º
F4=500N F2=300N
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MECÂNICA GERAL
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39 Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
MECÂNICA GERAL
∑M = 0
Quando são satisfeitas todas estas condições, temos o equilíbrio estático. Va-
mos analisar o exemplo a seguir:
X F3=300N
F1=500N
60º 60º
30º 30º
F4=500N F2=300N
140,19
F1 =
sen(q )
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MECÂNICA GERAL
323, 21 140,19
=
cos(q ) sen(q )
140,19
tg=
(q ) →
= q 23, 45º
323, 21
F
Dessa forma, foi determinado o ângulo que a força 1 deve fazer com a hori-
zontal, de maneira que o ponto P esteja em equilíbrio estático. Posteriormen-
F
te, vamos determinar a força 1 necessária, utilizando qualquer das condições
de equilíbrio:
140,19
F1 =
sen(23, 45)
F1 = 352,3 N
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41 Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
MECÂNICA GERAL
Fz = F cos(qz )
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MECÂNICA GERAL
Observe a figura 11. Temos uma distância dada entre os pontos A e B. Seja a
intensidade desta distância dada por:
( x1 − x2 ) + ( y1 + y2 ) + ( z1 − z2 )
2 2 2
=d
MULTIVIX EAD
43 Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
MECÂNICA GERAL
d= (0 − 4) 2 + (5 − 0) 2 + (0 + 3) 2 = 5 2m
0−4
Fx =
+5000 +2828, 43 N
=
5 2
5−0
Fy =
−5000 −3535,53 N
=
5 2
0+3
Fz =
−5000 −2121,32 N
=
5 2
MULTIVIX EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017 44
MECÂNICA GERAL
∑F x =0
∑F y =0
∑F z =0
∑M x =0
∑M y =0
∑M z =0
AB (−1.2,10,8) TAB
T=
AB TAB ⋅ = TAB ⋅ = ⋅ (−1.2ˆι +10 Jˆ + 8kˆ) N
AB 12.862 12.862
MULTIVIX EAD
45 Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
MECÂNICA GERAL
O vetor peso (W) e a força do equipamento P são dados nas seguintes coor-
denadas:
W = (−1000 N ) Jˆ
= P ( P N )ˆι
TAC T
∑F y =−1000 + 10 ⋅
14.193
+ 10 ⋅ AB =
12.862
0
TAC T
∑F z =−10 ⋅
14.193
+ 8 ⋅ AB =0
12.862
Do somatório de forças na coordenada z, temos:
= TAC 0.8828 ⋅ TAB
0.8828 ⋅ TAB T
−1000 + 10 ⋅ + 10 ⋅ AB = 0
14.193 12.862
TAB = 714,55 N
MULTIVIX EAD
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MECÂNICA GERAL
P = 120 N
CONCLUSÃO
Nesta unidade, apresentamos o conceito de ponto material e forças atuando
em pontos materiais. Além disso, foi discutido o resultante dessas forças, na
qual podemos substituir todas as forças atuando em um ponto por uma úni-
ca força equivalente, sendo equivalente a primeira Lei de Newton.
Ademais, foram abordadas às forças no plano ou bidimensional. Vimos que
para existir o equilíbrio estático é necessário que o somatório das forças nas
componentes x e y devem ser nulas.
Por fim, explicitamos as forças tridimensionais e o equilíbrio estático no espa-
ço, que nada mais é do que uma extensão do conceito aplicado no plano.
MULTIVIX EAD
47 Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
MECÂNICA GERAL
UNIDADE 3
OBJETIVO
Ao final desta
unidade,
esperamos que
possa:
> Compreender o
conceito de corpo rígido
e o que caracteriza um
corpo rígido;
> Identificar os diversos
tipos de vínculos e como
atuam as forças neles;
> Compreender e
dominar a construção de
diagrama de corpo livre
no plano e no espaço;
> Determinar as reações
de apoios nos vínculos;
> Analisar e conhecer as
condições de equilíbrio
destas estruturas.
> Analisar e utilizar as
unidades físicas e suas
conversões de maneira
coerente.
MULTIVIX EAD
48 Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
MECÂNICA GERAL
3 INTRODUÇÃO DA UNIDADE
A unidade de estudo versa sobre corpos rígidos, importante conteúdo dentro
da mecânica. Para isso serão definidos os conceitos de corpo rígido e quando
e como devemos utilizar estes conceitos.
Mais adiante, serão tratados de momento de um binário, que nada mais é
do que o momento causado por duas forças de mesma intensidade direção,
porém em sentidos opostos e do teorema da translação de momentos.
Diagrama de corpo livre é uma ilustração no qual todas as forças que atuam
sobre um determinado corpo são explicitadas. Esta representação nos ajuda
a determinar as reações nos vínculos bem como as condições de equilíbrio
deste corpo rígido, que serão estudados nesta unidade.
Por fim, serão considerados corpos no espaço, ou seja, corpos tridimensionais.
Nesta situação, diagrama de corpo livre e as condições de equilíbrio serão
detalhados.
MULTIVIX EAD
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MECÂNICA GERAL
MULTIVIX EAD
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MECÂNICA GERAL
MULTIVIX EAD
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MECÂNICA GERAL
M = Fd
Vale ressaltar que a direção do vetor momento é sempre perpendicular ao pla-
no de atuação das forças. Suponha que o binário da figura 3 esteja no plano xy.
Dessa forma, o momento do binário estaria na direção do eixo coordenado z.
Além disso, temos o binário equivalente, que pode ser descrito como sendo a
substituição de um sistema de forças que produzirá o mesmo binário que os
outros. Observe a figura 4.
MULTIVIX EAD
52 Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
MECÂNICA GERAL
M = rX (
F1 + F2 + F3 + ...)
= rXF1 + rXF2 + rXF3 + ...
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MECÂNICA GERAL
MULTIVIX EAD
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MECÂNICA GERAL
MULTIVIX EAD
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MECÂNICA GERAL
1. Deve ser escolhido o sistema a ser utilizado, ou seja, o corpo rígido a ser
destacado. Feito isto, isolar o corpo de maneira a ficar sem vínculos, isola-
do, livre.
2. Devem ser incorporadas todas as forças externas e forças de outros cor-
pos que exerçam sobre o corpo rígido selecionado. Forças como as de
vínculo, forças externas, força de corpo ou força peso, pois neste caso a
força peso entra como força externa devido à gravidade estar atuando
sobre este corpo rígido.
4. Fazer a representação das forças que outros corpos ou forças de víncu-
los que atuam no corpo rígido a ser analisado, contendo intensidades e
direções.
MULTIVIX EAD
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MECÂNICA GERAL
5. Por fim, as dimensões devem ser explicitadas no diagrama, pois para
cálculo de momento é necessário saber as distâncias entre as forças ou
distância entre determinados pontos. Beer (2013, p. 135).
MULTIVIX EAD
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MECÂNICA GERAL
Fonte: Meriam (2009).
MULTIVIX EAD
58 Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
MECÂNICA GERAL
Uma viga engastada ou quando for soldada a alguma outra estrutura, este
vínculo resultara em uma força na horizontal, uma força na vertical e um mo-
mento no seu ponto de engaste. Veja que este tipo de vínculo não possuí
liberdade para girar e nem se deslocar na vertical e horizontal.
Por fim, ações de molas e forças gravitacionais podem ser entendidas como
forças externas atuando em uma estrutura, conforme consta na figura 8 e,
em específico, no caso 8 e 9. A força gravitacional sempre se dá no sentido em
que a gravidade estiver atuando. Devemos tomar certos cuidados com o eixo
escolhido para designar a gravidade, mas de maneira geral, sempre é adota-
do para baixo, no negativo do eixo coordenado y. A força que a mola exerce na
estrutura é sempre normal ao seu ponto de atuação.
MULTIVIX EAD
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MECÂNICA GERAL
åF =0 x
åF =0 y
åM =0
Como estamos trabalhando com forças bidimensionais, o equilíbrio se dá com
as forças no plano xy e o momento que estas forças causam estará na direção
perpendicular a este plano, ou na direção da coordenada z. Dessa forma, sa-
tisfazendo estas três equações, podemos afirmar que a estrutura estará em
equilíbrio estático. Vejamos o exemplo.
MULTIVIX EAD
60 Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
MECÂNICA GERAL
åF y =0
+Va - P - F1 = 0
+Va -1000 - 2500 = 0
Va = 3500 N
åM =0
d
+ M a - P * - F1 * d = 0
2
+M a -1000 * 2,5 - 2500 * 5 = 0
M a = 15000 N .m
.
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MECÂNICA GERAL
åM =0
d 2d
Vb * d - F1 * - F2 * =0
3 3
1 2
Vb = 500 * + 500 *
3 3
Vb = 500 N
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62 Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
MECÂNICA GERAL
åF y =0
+Va + Vb - 500 - 500 = 0
+ Va = 500 N
åF =0
åM =0
De maneira expandida, temos que o equilíbrio se dará nas três direções espa-
ciais: Vejamos o exemplo a seguir, a fim de entendermos melhor o conceito.
åF =0 x
åF =0 y
åF =0 z
åM =0 x
åM =0 y
åM =0 z
MULTIVIX EAD
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MECÂNICA GERAL
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64 Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
MECÂNICA GERAL
7 2 = 22 + 62 + h 2 ® h = 3m
A força peso atua exatamente no centro da barra,
portanto a distância do ponto A até a força W é:
d AW = -1i - 3 j +1.5k
E a distância do ponto A até o ponto B é de:
d AB = -2i - 6 j + 3k
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MECÂNICA GERAL
(
1500 - 3By )
=0
(
3Bx - 500)
=0
(
6 Bx - 2 By )
=0
500
Bx = N
3
By = 500 N
MULTIVIX EAD
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MECÂNICA GERAL
CONCLUSÃO
Nesta unidade apresentamos o conceito de corpo rígido, momento de um
binário e o teorema da translação de momentos ou teorema de Varignon.
Além disso, vimos como transformar binários em momentos equivalentes e/
ou outros binários equivalentes.
Os conceitos anteriormente apresentados são de suma importância para en-
tendimento da montagem do diagrama de corpo livre, um dos pontos im-
portantes da mecânica. Vimos que o diagrama de corpo livre serve para a
determinação das reações de apoio em uma estrutura. Ademais, temos di-
versos tipos de apoio, cada um representando uma diferente configuração
da reação de apoio.
Por fim, estudamos o equilíbrio estático utilizando os conceitos de reação de
apoio e diagrama de corpo livre. Vale ressaltar que, os casos bidimensionais e
tridimensionais seguem a mesma linha de raciocínio. Entretanto, nos casos
tridimensionais devemos trabalhar com os vetores e tomarmos cuidado na
hora de sua representação vetorial.
MULTIVIX EAD
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MECÂNICA GERAL
UNIDADE 4
OBJETIVO
Ao final desta
unidade,
esperamos que
possa:
> Compreender as
condições para que
o corpo permaneça
estático;
> Compreender
quais as condições
são necessárias
para equilibrar a
estrutura;
> Determinar o
equilíbrio das
estruturas.
MULTIVIX EAD
68 Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
MECÂNICA GERAL
4 ATRITO E EQUILÍBRIO EM
ESTRUTURAS
INTRODUÇÃO DA UNIDADE
Nesta unidade, serão definidos os conceitos de força de atrito. Veremos que
temos três tipos de atrito: o seco, entre fluidos e internos. Entretanto, para
nosso estudo iremos dar enfoque nas forças de atrito seco. Para isso, defini-
remos coeficiente de atrito e ângulo de atrito. Coeficiente de atrito pode ser
estático, caso o bloco ou corpo esteja em repouso e o dinâmico, caso o corpo
esteja em movimento.
Em seguida veremos as condições de equilíbrio em estrutura. As condições
de equilíbrio são as mesmas utilizadas para equilíbrio em corpo rígido, com a
ressalva de que as estruturas podem ser classificadas em três tipos diferentes.
Com isso, o nosso estudo irá se atear nas estruturas do tipo isostática.
Posteriormente, falaremos sobre treliças, tipo de estrutura comumente uti-
lizado na área de engenharia, demonstrando as análises dessas estruturas.
A análise trata da determinação nas forças internas a seus elementos, onde
serão apresentado o método dos nós e o método das secções.
MULTIVIX EAD
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MECÂNICA GERAL
O atrito entre fluidos ocorre quando temos dois fluido escoando com veloci-
dades diferentes. Imagine o escoamento simultâneo de óleo e água em uma
tubulação. A água, devido ao efeito gravitacional, escoa na parte inferior do
tubo e o óleo, sendo mais leve, escoa na parte superior. Quando estes dois
fluidos escoam com velocidades diferentes, surge uma força de atrito na in-
terface entre o óleo e a água.
Já o atrito interno, ocorre em materiais sólidos e quando submetidos a cargas
periódicas ou cíclicas, podendo ocasionar deformações ou rupturas dos ma-
teriais, como, por exemplo, uma falha por fadiga.
O atrito seco é o enfoque da nossa aula, e somente este será abordado. Este é
considerado quando temos dois sólidos em contato com o outro, tendo mo-
vimento relativo entre ambos ou estático, mas na eminência em algum dos
sólidos entrarem em movimento. Observe a figura 1:
MULTIVIX EAD
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MECÂNICA GERAL
Na subfigura (a), temos uma força de atrito estática entre o solo e o bloco. Esta
força de atrito é dada por um fator de atrito, considerado constante, e a força
normal.
No segundo caso, subfigura (b), a força de atrito entre o bloco e o solo é, tam-
bém, dada por um fator de atrito constante pela força normal. Entretanto, a
força de atrito pode ser estática ou dinâmica. Será estática quando o bloco
estiver estático e poderá ser dinâmica caso o bloco entre em movimento.
Analise o caso (b) da figura 1. Uma força P é aplicada na direção horizontal ao
bloco. A força para contrabalancear P é a F. A medida que P aumenta a força
de atrito estático também aumenta de maneira proporcional, até que esta
força de atrito não seja grande o suficiente para manter o bloco estático e o
mesmo entra em movimento.
A partir do momento em que o bloco entra em movimento, a força de atrito
entre a superfície do bloco e o solo passa a ser constante e não mais propor-
cional à força horizontal aplicada P. Para uma melhor exemplificação, veja a
figura 2:
MULTIVIX EAD
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MECÂNICA GERAL
MULTIVIX EAD
72 Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
MECÂNICA GERAL
MULTIVIX EAD
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MECÂNICA GERAL
E sabe-se que
F = me N
Dessa forma,
mg sen(q )=me mg cos(q )
qmax = tg −1 ( me )
MULTIVIX EAD
74 Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
MECÂNICA GERAL
∑F y =0
∑F z =0
∑M x =0
∑M y =0
∑M z =0
MULTIVIX EAD
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MECÂNICA GERAL
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76 Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
MECÂNICA GERAL
By = 177,5kN
∑F x =0 =Ax − 10 =0 → Ax =10kN
4.4 TRELIÇAS
Segundo Beer (2013, p. 231) treliças são os principais tipos de estruturas pre-
sentes na engenharia, de maneira a oferecer soluções práticas e financeira-
mente econômicas, como em projetos de pontes e de construção civil.
O principal elemento de uma treliça é o triângulo. Observe a figura 7, na qual
temos uma ponte sobre um rio. Se analisarmos a figura de maneira adequa-
da, podemos notar que esta ponte é constituída de vários triângulos.
Devido as forças externas que atuam na estrutura, os vínculos de apoio re-
agem com determinadas forças. Essas forças fazem com que surjam forças
internas na estrutura a fim de mantê-la em equilíbrio estático. Tome como
base um triângulo desta ponte. Cada lado deste triângulo é designado por
uma barra. Assim sendo, nas barras deste triângulo existem forças internas
que reagem entre si de maneira que a estrutura fique em equilíbrio estático.
MULTIVIX EAD
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MECÂNICA GERAL
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78 Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
MECÂNICA GERAL
Conforme dito, as treliças são formadas, em sua grande maioria, por triângu-
los. Veja a figura 9, onde temos uma treliça (a), e seu diagrama de corpo livre.
MULTIVIX EAD
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MECÂNICA GERAL
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80 Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
MECÂNICA GERAL
∑M = 0 = D A y ⋅ 6 − 10 ⋅ 2 − 20 ⋅ 5 → Dy = 20kN
∑ F ==
0 −A
x x + 10 → Ax =
10kN
∑F y =0 =Ay + Dy − 20 → Ay =0,0kN
MULTIVIX EAD
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MECÂNICA GERAL
∑F y =0 → TAB =0,0kN
∑F x 0 − Ax + TAB → TAB =
== 10kN
Analisando o nó E, temos:
∑F y 0=
= −TEAy − TEBy → TEB =
0,0kN
∑F x 0 +10 − TEF → TEF =
== 10kN
Analisando o nó B, temos:
∑F y 0=
= −TBEy − TBFy → TBF =
0,0kN
∑F x 0=
= −TBA + TBC → TBC =
10kN
Analisando o nó F, temos:
∑F y 0=
= +TFBy − TFCy → TFC =
0,0kN
∑F x 0=
= +TFE − TFG → TFG =
10kN
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82 Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
MECÂNICA GERAL
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MECÂNICA GERAL
∑F y 0=
= −TFCy → TFC =
0,0kN
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84 Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
MECÂNICA GERAL
∑M A = 0 = Bx ⋅ 3 − 150 ⋅ 6 → Bx = 300kN
∑F x =0 =Ax − Bx → Ax =300kN
∑F y =0 =Ay − 150 → Ay =150kN
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MECÂNICA GERAL
∑M L
= 0 = Ax ⋅1 − Ay ⋅ 5 + Bx ⋅ 2 − TKM ⋅1
TKM = 150kN (C )
∑F y
=0 =Ay − 150 − TLM cos(45º )
TLM = 212kN (T )
CONCLUSÃO
Nesta unidade foram apresentadas as forças de atrito. Vimos que estas forças
podem ser de três tipos distintos: força de atrito seco, atrito entre fluidos e
atrito interno. Entretanto, o foco do nosso conteúdo se dá sobre o atrito seco.
O atrito seco se dá entre a superfície de dois sólidos devido à rugosidade, ba-
sicamente. A rugosidade faz com que exista um fator no qual tenta impedir
o movimento do corpo, denominado de coeficiente de atrito, podendo ser
estático, caso o corpo esteja estático e coeficiente de atrito dinâmico, caso o
bloco esteja em movimento.
Além disso, vimos que as treliças são importantes estruturas presente no ramo
das engenharias. São estruturas de simples projetos e construções, além de
serem viavelmente econômicas.
Por fim, foi discutido duas formas de determinas as forças internas nos com-
ponentes desta estrutura, o método dos nós e o método das secções.
Para ambos os métodos, devemos primeiramente determinar as reações de
apoio da estrutura. No método dos nós, devemos aplicar as condições de equi-
líbrio em cada da estrutura. Neste tipo de método, a condição de equilíbrio para
o momento não é aplicada, pois está já é zero. Já para o método das secções,
devemos seccionar a estrutura na parte de interesse para os cálculos. Lembre-
-se de nunca cortar mais de três barras onde suas forças são desconhecidas.
Por fim, foi discutido de que o método dos nós é mais vantajoso do que o mé-
todo das secções, caso o objetivo seja determinar a força em todos os cabos
ou componentes da estrutura. Caso o interesse seja determinar a força em
alguns cabos em específico é vantajoso utilizar o método das secções. Mas
sempre é válido uma análise para escolher qual o melhor método.
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86 Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
MECÂNICA GERAL
UNIDADE 5
OBJETIVO
Ao final desta
unidade,
esperamos que
possa:
> Compreender
o conceito de
centroide e
baricentro de
objetos;
> Determinar o
centro de gravidade
de corpos e
superfícies;
> Analisar e aplicar
esses conceitos a
corpos reais;
> Determinar o
baricentro de corpos
e superfícies.
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87 Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
MECÂNICA GERAL
5 CENTROIDES E BARICENTROS
INTRODUÇÃO DA UNIDADE
Nesta unidade de estudo, serão definidos centroides e baricentros, conteúdo
fundamental para a mecânica e outras áreas de estudo. Conceitos a respeito
à respeitos destes temas serão relatados e suas aplicações.
Enunciados as definições, começaremos a entender o que é um baricentro e
como determinar para um sistema de partículas. Mais adiante, estes concei-
tos serão aplicados a arames, superfícies e volumes, ambos utilizando a consi-
deração de homogeneidade destes objetos. Em síntese, serão determinados
o baricentro de objetos com uma dimensão, duas e três dimensões.
Posteriormente, serão tratados os baricentros. Para isso falaremos de centros
de gravidade e alguns teorema importantes que versam sobre o tema.
Por fim, aplicaremos estes conceitos em superfícies submersas. Ao longo do
conteúdo da unidade estes conceitos e definições ficaram mais claros.
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Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017 88
MECÂNICA GERAL
(x,y)
O centroide deste quadrado é o ponto indicado como (x, y). Dessa forma, o
seu centroide se situa no centro geométrico desta figura. No caso do quadra-
do, o centro geométrico é exatamente na metade da altura ou comprimento.
Suponha o quadrado de lados 2L. Assim, o centroide é de:
2L
x
= = L
2
2L
Y
= = L
2
(
x, y )
=(
L, L )
MULTIVIX EAD
89 Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
MECÂNICA GERAL
Podemos observar a partir da figura 2 que cada partícula deste corpo possuí
um diferencial de força, representado por:
dP = dW
Assim, essas pequenas forças podem ser substituídas por uma única força
equivalente em que possuem os mesmos efeitos para fins de cálculos:
P = ∑ dW
Assim sendo, esse centro em que força peso atua, é denominado centro de
gravidade de um corpo ou baricentro. Aplicações destes conceitos são muito
importantes, como veremos adiante ao longo desta unidade. Entretanto, exis-
tem aplicações que, não podemos supor uma força equivalente do peso do
corpo, sendo necessário utilizar cada componente desta força peso.
Em resumo, o baricentro ou centro de gravidade refere-se ao ponto de atu-
ação da força gravitacional. Outro termo comumente utilizado é o centro de
massa. O centro de massa só difere do centro de gravidade se o campo gra-
vitacional não for homogêneo, sendo que nas nossas aplicações estes termos
são sinônimos, sendo relevante, por exemplo, para estudos de astrofísica.
MULTIVIX EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017 90
MECÂNICA GERAL
Σin=1mi yi
YB =
M
MULTIVIX EAD
91 Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
MECÂNICA GERAL
y1
y3
y3
x1 x3 x2
X
Fonte: Elaborada pelo autor (2020)
26
XB =
8.5
X B = 3, 06m
n
MYB = ∑ mi yi
i =1
MULTIVIX EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017 92
MECÂNICA GERAL
16.25
YB =
8.5
YB = 1,91m
X=
∫ xdm
M
Y =
∫ ydm
M
Z=
∫ zdm
M
MULTIVIX EAD
93 Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
MECÂNICA GERAL
X=
∫ xr AdL
M
MULTIVIX EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017 94
MECÂNICA GERAL
r A∫ xdL ∫ xdL
=X =
r AL L
Y =
∫ ydL
L
Z=
∫ zdL
L
Para as superfícies, observe a figura 5. Temos que a sua espessura é designada
por . Assim, o elemento de área e a superfície possuem uma massa dada por:
dm r=
= dV r tdA
M r=
= V r tA
FIGURA 4: BARICENTRO DE UMA SUPERFÍCIE HOMOGÊNEA
MULTIVIX EAD
95 Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
MECÂNICA GERAL
X=
∫ xdm
M
X=
∫ xr tdA
r tA
X=
∫ xdA
A
De forma análoga para as demais coordenadas, temos que:
Y =
∫ ydA
A
Z=
∫ zdA
A
Para os volumes homogêneos podemos pensar de maneira similar ao realiza-
do acima. Suponha um volume infinitesimal . A massa contida neste volume
infinitesimal é:
dm = r dV
Ou
M =rV
X=
∫ xdV
V
Y =
∫ ydV
V
Z=
∫ zdV
V
MULTIVIX EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017 96
MECÂNICA GERAL
5.4 CENTROIDES
Os centroides podem ser definidos como os centros geométricos dos corpos.
Portanto, quando falamos em centroide estamos nos referindo as coordena-
das do centro geométrico destes objetos e não do baricentro.
Entretanto, quando estes corpos possuem densidade uniforme, ou seja, são
corpos homogêneos o seu centro de gravidade ou baricentro coincide com o
centroide.
Dessa forma, os cálculos definidos na secção anterior para determinar o bari-
centro superfícies e volumes servem para determinar, também, o centroide
destes objetos.
Vale ressaltar que, as equações corretas são as que envolvem apenas área e
volume e não as definidas inicialmente pelas massas. Vamos explicitar nova-
mente as equações para que não surgem dúvidas.
Para geometrias planas a determinação pela integral destes objetos são da-
das por:
X=
∫ xdA
A
Y =
∫ ydA
A
X=
∫ xdV
V
Y =
∫ ydV
V
Z=
∫ zdV
V
MULTIVIX EAD
97 Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
MECÂNICA GERAL
A = ∫ dA
b
A = ∫ ydx
0
1
x 3
Y =
k
1 1
x 3 1 3 b 13
b
=A ∫=
0 k
dx ∫0 ( x) dx
k
1
3 b4 3
A=
4 k
MULTIVIX EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017 98
MECÂNICA GERAL
X=ky3
a
dH
dx b
X
x
Fonte: Elaborada pelo autor (2020)
MULTIVIX EAD
99 Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
MECÂNICA GERAL
MULTIVIX EAD
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MECÂNICA GERAL
Figuras
MULTIVIX EAD
101 Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
MECÂNICA GERAL
=r 1100 + 2x
X=
∫ xdm
M
Y =
∫ ydm
M
Z=
∫ zdm
M
dm = r dV
dx = A (
1100 L + L2 )
L L
M= ∫ r dV = ∫ r Adx = A∫ (
1100 + 2 x )
0 0
pd2 2
=A = 78.54mm
= 7.854 ∗10−5 m 2
4
Assim sendo,
M = 9.423kg
M M M
A 2 2 3
=X 550 L + L
M 3
X=51.4m
MULTIVIX EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017 102
MECÂNICA GERAL
Y = 1m
Z = 2m
Observe que se o corpo fosse homogêneo a coordenada
do centroide seria exatamente no meio do arame. Como a
densidade do arame aumenta ao longo da coordenada é de
se esperar que o centro de gravidade se dê a uma distância
maior do que a metade do comprimento do arame, conforme
calculamos.
MULTIVIX EAD
103 Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
MECÂNICA GERAL
Vamos para a demonstração deste caso, que tem diversas aplicações. Seja a
figura 8 dada. A curva com uma altura e comprimento infinitesimal é rotacio-
nada em em torno do eixo . Com isso, o elemento de área é dado por:
dA = 2p ydL
Dessa forma, a área total é dada pela integral deste elemento, ou seja:
=A ∫=
2p ydL 2p ∫ ydL
A = 2p L
∫ ydL
L
A = 2p YL
Dessa forma, o volume total é dado pela integral deste elemento, ou seja:
=V ∫=
2p ydA 2p ∫ ydA
MULTIVIX EAD
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MECÂNICA GERAL
V = 2p A
∫ ydA
A
V = 2p YA
MULTIVIX EAD
105 Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
MECÂNICA GERAL
A pressão é dada por força sobre a área desta superfície. Dessa forma, po-
demos observar que temos que identificar o centroide desta superfície para
saber em qual força resultante está atuando. Vejamos um exemplo de uma
superfície plana.
Considere o líquido como sendo a água. Este exercera uma força sobre a pare-
de da estrutura de forma que quanto mais profundo mais força terá. Ou seja
o centro de massa estará mais ao fundo da estrutura. Esta parede possuí uma
largura e um determinado comprimento . Neste caso, a pressão é a pressão
atmosférica e atua em tanto do lado interno como externo da parede. Assim,
para fins de cálculos, a pressão que devemos determinar é a diferença de
pressão, ou pressão manométrica.
MULTIVIX EAD
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MECÂNICA GERAL
Devido à forma de escolha dos eixos coordenados, temos uma inclinação com
o eixo . Assim sendo, em um determinado ponto a altura será:
h
cos q =
y
h = y cos q
Assim sendo:
dR = r gb cos q ydy
Integrando temos:
R = r gb cos q ∫ ydy
R = r gb cos qYL
Ou
R = r gbhL
MULTIVIX EAD
107 Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
MECÂNICA GERAL
CONCLUSÃO
Nesta unidade apresentamos a definição de baricentro e centroide. Foi visto
que baricentro é o mesmo que centro de gravidade e centroide é entendido
como o centro geométrico de uma figura ou corpo.
Vimos também como determinar o baricentro de sistema de partículas, ara-
mes, superfícies e volumes de corpos homogêneo. Este conceito de homo-
gêneo é que a massa do corpo está distribuída de forma uniforme, ou seja, a
densidade é a mesma em qualquer ponto do corpo.
Além disso, quando o corpo é homogêneo o baricentro e o centroide coinci-
dem. Devemos tomar cuidado que nem sempre são iguais. Mais adiante, foi
falado sobre centro de gravidade. Para o estudo da mecânica o campo gra-
vitacional é uniforme em qualquer parte do corpo. Assim sendo, baricentro
ou centro de gravidade podem ser tratados como centro de massa, local em
que todo peso ou toda massa do corpo pode ser considerado como uma re-
sultante.
Por fim, vimos que em estruturas ou corpos imersos em meios fluídicos estão
sujeitos a forças devido a pressão. A medida que a profundida de imersão des-
tes corpos aumenta a pressão também aumente. Consequentemente, a força
que resulta da pressão sob este corpo também aumenta. Logo, é extremante
necessário determinar essa resultante da força e o seu local de atuação para
aplicarmos os conceitos de equilíbrio na estrutura.
MULTIVIX EAD
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MECÂNICA GERAL
UNIDADE 6
OBJETIVO
Ao final desta
unidade,
esperamos que
possa:
> Compreender
os conceitos
envolvendo
momento de inércia;
> Compreender o
que é momento de
inercia polar e sua
diferença para o
momento de inércia;
> Determinar
o momento de
inércia de corpos
com diferentes
configurações.
MULTIVIX EAD
109 Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
MECÂNICA GERAL
6 FORÇAS DISTRIBUÍDAS:
MOMENTOS DE INÉRCIA
INTRODUÇÃO DA UNIDADE
Nesta unidade definiremos os conceitos de momento de inércia de uma su-
perfície. Veremos que esta propriedade é uma rigidez a rotação em torno de
um eixo de interesse, e que a raiz quadrada entre a sua razão e a área da su-
perfície representam um raio de giração.
Posteriormente será definido o teorema dos eixos paralelos, que nada mais é
do que a partir encontrar o momento de inércia de geometrias que distam
certa distância de um eixo de interesse. Além disso, o momento de inércia
polar será relatado. Este conceito, faz referência a uma determina rigidez de
torção, ou seja, o quando uma geometria faz resistência quando tendem a
gira-la em torno de um ponto.
Por fim, explicitaremos como determinar o produto de inércia e os respecti-
vos momentos de inércia e produto de inércia em eixos que foram rotaciona-
dos certo ângulo em relação ao eixo original.
MULTIVIX EAD
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MECÂNICA GERAL
∫ ydA = yA
Dessa forma, a soma dos momentos desta força em relação ao eixo é dada
por:
M= ∫ y∆F
∫=
ykydA k ∫ y dA 2
=M
MULTIVIX EAD
111 Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
MECÂNICA GERAL
I x = ∫ y 2 dA
a a a
y3 1
∫0 3 dx 3 ∫0 (
kx 2 )
y 3
∫∫
2
=Ix y= dydx = dx
0
0
k3 7
Ix = a
21
b
k= 2
a
ab3
Ix =
21
I y = ∫ x 2 dA
y a a
a
∫ ∫ x= x ydx ∫ kx dx
dydx ∫= 2 2 4
=Iy
0
0 0 0
k 5
Iy = a
5
a 3b
Iy =
5
MULTIVIX EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017 112
MECÂNICA GERAL
MULTIVIX EAD
113 Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
MECÂNICA GERAL
Como toda a área está concentrada a uma dada altura , podemos simplificar
a integral da seguinte maneira:
I x = k x2 A
Dessa forma, o raio de giração da superfície em relação ao eixo pode ser dado
por: I
kx = x
A
Vejamos um exemplo.
e
b
k=
a2
Dessa forma,
ab
A=
3
MULTIVIX EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017 114
MECÂNICA GERAL
ab3 1
kx
= ∗
21 ab
3
b
kx =
7
a 3b 1
kx
= ∗
5 ab
3
3a 2
kx=
5
a
kx=
5
3
MULTIVIX EAD
115 Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
MECÂNICA GERAL
dA ∫ ( d + y ')
2
∫y=
2
I=
AA ' dA
dA ∫ (
d + y ')
2
∫y=
2
I=
AA ' dA
Este teorema pode ser aplicado tanto para encontrar o momento de inércia
em relação ao eixo centroidal (eixo ) ou em relação ao eixo . Além disso, o mes-
mo raciocínio pode ser realizado em relação a um eixo vertical, por exemplo.
Se ao invés de ser um eixo na horizontal e fosse na vertical, o teorema é válido
da mesma forma, seguindo os mesmos passos realizados acima.
Vejamos um exemplo, a fim de um melhor entendimento sobre o assunto.
MULTIVIX EAD
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MECÂNICA GERAL
MULTIVIX EAD
117 Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
MECÂNICA GERAL
I=
x I x ' + Ad 2
I x ' =I x − Ad 2 =500 − 120 ∗ 52
I x ' = 2000mm 4
MULTIVIX EAD
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MECÂNICA GERAL
Assim sendo, a expressão para o momento de inércia polar pode ser expandido:
=Jo ∫ (
x2 + y 2 )
dA
∫ x dA + ∫ y dA
2 2
=Jo
Jo = ∫ r 2 dA
dA = 2p udu
r
Jo = ∫ u 2 2p udu
0
r
Jo = 2p ∫ u 3 du
0
p r4
Jo =
2
MULTIVIX EAD
119 Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
MECÂNICA GERAL
Ix = I y
Jo
Jo = I x + I y = 2 I y → I y =
2
MULTIVIX EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017 120
MECÂNICA GERAL
MULTIVIX EAD
121 Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
MECÂNICA GERAL
Além disso, temos que a distância horizontal e vertical até o elemento de área
é dada por: x= x '+ xc
y= y '+ yc
MULTIVIX EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017 122
MECÂNICA GERAL
∫( )
2
=Ix' y cos (
q)
− xsen (
q)
dA
MULTIVIX EAD
123 Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
MECÂNICA GERAL
1
Ix'
=
2
(
2 I y + I x − I y + cos ( ()
2q )
I x − I y − sen (
2q )
I xy)
Resultando em: Ix + I y Ix − I y
I x ' =+ cos (
2q )
− I xy sen (
2q )
2 2
MULTIVIX EAD
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MECÂNICA GERAL
∫ x cos (
Ix' y' = q)
+ ysen (
q)
y cos (
q)
− xsen (
q)
dA
∫ (
Ix' y' = y 2 − x2 )
cos q senq + xy (
cos 2 q − sen 2q )
dA
CONCLUSÃO
Nesta unidade foram apresentadas a definição de momento de inércia. Vi-
mos que momento de inércia ou momento de segunda ordem se aplica em
geometrias planas. Além disso, foi apresentado suas formas de cálculos que
ficam facilitadas ou dificultadas dependendo da escolha do elemento dife-
rencial de área.
Raio de giração nada mais é do que a raiz quadrada da razão entre o momen-
to de inércia e a área daquela superfície. Este conceito é amplamente utiliza-
do em flambagem de estruturas, pois é uma medida de rigidez da mesma.
Posteriormente, vimos que o momento de inércia pode ser facilmente esten-
dido a eixos deslocados ao seus originais. Este conceito é muito útil quando
temos geometrias compostas.
Momento de inércia polar é sempre determinado em relação a algum ponto
de interesse. Este momento de inércia representa uma rigidez a torção, ou
seja, representa uma resistência quando tenta-se rotacionar a superfície em
torno daquele ponto em especifico.
Por fim, vimos produto de inércia, quando temos superfícies antissimétricas, e
rotação de eixos, no qual quando eixos são rotacionados os novos momentos
de inércias são funções que dependem do ângulo de rotação e dos momen-
tos de inércia anteriores. Estes conceitos são fundamentais para encontrar os
momentos de inércia máximo ou mínimo e, consequentemente, determinar
as tensões máximas e mínimas nas estruturas.
MULTIVIX EAD
125 Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
MECÂNICA GERAL
REFERÊNCIAS
BEER, F. P. et. al. Estática e Mecânica dos Materiais. Porto Alegre: AMGH, 2013.
FORÇAS sobre Áreas Planas Submersas. Universidade de São Paulo. Disponível em: http://
www2.eesc.usp.br/netef/Oscar/Aula5.pdf. Acesso em: 4 mar. 2020.
MERIAM, J. L.; KRAIGE, L. G. Mecânica para Engenharia – Estática. 7. ed. Rio de Janeiro: LTC, 2018.
NELSON, E.W. et al. Engenharia Mecânica Estática. Porto Alegre: Bookman, 2013.
RUIZ, C. C. de L. P. Fundamentos de Mecânica para Engenharia – Estática. Rio de Janeiro: LTC,
2017.
MULTIVIX EAD
126 Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
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