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Seção 3

SUA PETIÇÃO

DIREITO DO
TRABALHO
Seção 3

DIREITO DO TRABALHO

Sua causa!

Aluno(a), sejam muito bem-vindo(a) à seção 3!

Uma vez que já foram apresentadas as peças processuais da fase de conhecimento e de que já
houve a audiência de instrução processual, vamos analisar o recurso cabível em face da sentença
prolatada pela 100ª Vara do Trabalho de Salvador/BA.

PODER JUDICIÁRIO
JUSTIÇA DO TRABALHO
TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA 5ª REGIÃO
100ª VARA DO TRABALHO DE SALVADOR/BA
RITO ORDINÁRIO
PROCESSO N. 0000001-00.2021.5.05.0100
RECLAMANTE: RAÍSSA PINHEIRO
RECLAMADO: PÃO DE LÓ LTDA.

SENTENÇA
1- RELATÓRIO

A reclamante Raíssa Pinheiro ajuizou reclamação trabalhista contra Pão de Ló Ltda.


alegando que foi admitida em 07/01/2019, para exercer as funções de balconista, na cidade
de Salvador/BA. Auferia mensalmente a quantia bruta de R$ 1.500,00 (mil e quinhentos
reais). Em 15/07/2021 foi dispensada por justa causa, ao fundamento de que se recusou a
ser vacinada.

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Aduz, ainda, que teve o seu contrato de trabalho suspenso nos termos da MP n. 1.045, mas
que laborou durante o período, razão pela qual faz jus à remuneração do período de
04/05/2021 e 02/06/2021.

Atribuiu à causa o valor de (R$). Juntou documentos.

Citada, a reclamada compareceu à audiência.

Proposta a conciliação, não foi aceita.

A reclamada apresentou contestação por meio eletrônico, aduzindo que a recusa à


vacinação foi injustificada e que a dispensa por justa causa foi precedida de orientação e
advertência. Nega a existência de labor durante o período de suspensão contratual. Assim,
requer a total improcedência dos pedidos.

Fixados os pontos controvertidos e definido o ônus da prova, consensualmente, procedeu-


se à oitiva das partes e de uma testemunha de cada parte.

Como declararam que não desejavam produzir outras provas, encerrou-se a instrução.

Alegações finais remissivas.

Renovada a tentativa de conciliação, não foi aceita.

2- FUNDAMENTAÇÃO

2.1 - DA DISPENSA POR JUSTA CAUSA

A reclamante alega que o contrato de trabalho foi rescindido por justa causa por ausência
de vacinação contra a COVID-19. Afirma que apresentou laudo médico no sentido de que
não deveria se vacinar. Afirma que a reclamada ignorou a justificativa apresentada e sequer
observou o caráter pedagógico necessário para eventual aplicação da justa causa.

Dessa forma, pugna pela reversão da justa causa com o consequente pagamento.

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A reclamada se defende afirmando que não recebeu laudo médico justificando a ausência
de vacinação. Assevera que orientou seus funcionários acerca da obrigatoriedade e
importância da vacinação e que aplicou advertência na reclamante antes de proceder à
dispensa por justa causa.

A prova oral não modifica em nada a situação, vez que as testemunhas nada mencionaram
acerca do suposto laudo médico.

No caso em tela, houve abuso na dispensa da trabalhadora por justa causa.

No atual contexto a recusa à vacinação é legítima, pois as vacinas disponíveis ainda são
recentes, desenvolvidas às pressas, sendo desconhecidos os efeitos adversos que podem
causar.

Neste sentido, invoca-se decisão da 2ª Vara Cível da Comarca de Gaspar/SC, nos autos do
julgamento do Mandado de Segurança n. 5005078-34.2021.8.24.0025, destacando-se o
seguinte trecho:

A relação de efeitos adversos originário das vacinas é tão ou mais extenso que as próprias bulas
ignoradas pelas autoridades, que no afã de salvar vidas, estão se comprometendo civilmente pelos
efeitos adversos que seus servidores, população e contribuintes em geral terão a curto médio e longo
prazo, sem ao menos darem a chance das pessoas de escolher o momento adequado para se
vacinar. Aqui incluo a responsabilidade também da esfera privada que esteja a exigir de seus
funcionários conduta semelhante sob pena de demissão, o raciocínio é o mesmo
Negar os riscos para saúde relacionados a qualquer vacina é uma postura anticientífica,
especialmente se tratando de uma vacina cujos testes de segurança e eficácia não estão concluídos.
Além disso a maior evidência de risco é que os próprios laboratórios não se responsabilizam pelos
efeitos adversos, ou seja, se o fabricante não garante segurança do produto é evidente que ele
apresenta riscos que nem ele quer assumir.

O entendimento acima adotado é o mais adequado para o momento histórico vivido. Em que
pese a inexistência de laudo médico justificando a recusa em se vacinar, trata-se de direito
individual, que não pode ser cerceado. Neste contexto, irrelevante a questão documental.

Diante do exposto, julgo procedente o pedido de reversão da justa causa, eis que inexistente
falta grava da trabalhadora. Consequentemente, defiro o pagamento de aviso prévio de 36
dias, 7/12 de férias proporcionais + 1/3, 8/12 de décimo terceiro salário proporcional e a

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multa de 40% sobre o saldo do FGTS. Além disso, condeno a reclamada na obrigação de
entregar as guias para saque do FGTS e para recebimento do seguro desemprego, no prazo
de 10 (dez) dias corridos, contados da intimação para tal fim, após o trânsito em julgado.

2.2- SUSPENSÃO DO CONTRATO DE TRABALHO

No caso em tela é incontroverso que houve a suspensão do contrato de trabalho, por comum
acordo, nos termos da MP n. 1.045, no período de 04/05/2021 a 02/06/2021.

A alegação autoral é de que neste período continuou trabalhando normalmente, o que não
poderia ocorrer. A reclamada, por sua vez, nega este fato.

A prova oral é dividida quanto a existência de labor no interregno de suspensão do contrato


de trabalho. A testemunha trazida a convite da trabalhadora afirmou que laborou com ela no
período e que não recebeu qualquer valor além Benefício Emergencial de Manutenção do
Emprego e da Renda, pago pelo governo federal. A testemunha ouvida a pedido da empresa
afirmou que não houve trabalho da reclamante durante o período, acrescentando que ela,
depoente, não teve o contrato suspenso no período e que prestou serviços todos os dias no
estabelecimento comercial, não tendo encontrado a obreira.

Tendo em vista que estamos diante de prova dividida, nos termos do art. 818, da CLT, julgo
procedente o pedido, condenando a reclamada ao pagamento dos salários do período de
04/05/2021 a 02/06/2021, com a devida incidência dos encargos legais.

Determino a expedição de ofício para o Ministério do Trabalho para eventual apuração


irregular do Benefício Emergencial de Manutenção do Emprego e da Renda.

2.3 – ASSISTÊNCIA JUDICIÁRIA GRATUITA

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Em que pese a reclamação trabalhista ter sido julgada totalmente procedente, defiro a
assistência judiciária gratuita para a trabalhadora, vez que auferia a quantia mensal de R$
1.500,00 (mil e quinhentos reais), valor que ultrapassa os 40% (quarenta por cento) do limite
máximo dos benefícios do Regime Geral de Previdência Social.

2.4 – HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS

A Lei n. 13.467/17 acrescentou na CLT o art. 791-A, que prevê o pagamento de honorários
advocatícios, mesmo quando for concedida a assistência judiciária gratuita (§4º).

Diante da procedência total da presente reclamação trabalhista, fixo-os em 10% do valor


apurado em liquidação de sentença, em prol do advogado da reclamante.

3 - DISPOSITIVO

Pelo exposto, julga-se totalmente procedente os pedidos, condenando a reclamada:

a) ao pagamento de aviso prévio de 36 dias, 7/12 de férias proporcionais + 1/3, 8/12 de


décimo terceiro salário proporcional e a multa de 40% sobre o saldo do FGTS;
b) à obrigação de entregar as guias para saque do FGTS e para recebimento do seguro
desemprego, no prazo de 10 (dez) dias corridos, contados da intimação para tal fim, após o
trânsito em julgado;
c) ao pagamento dos salários do período de 04/05/2021 a 02/06/2021, com a devida
incidência dos encargos legais.

São devidos honorários advocatícios de 10% pela reclamada, percentual que deve ser
calculado sobre o valor a ser apurado em liquidação de sentença.

Arbitra-se o valor da condenação em R$ XXXXXX, com custas de R$ XXXXXX, nos termos


do art. 789, da CLT, a cargo da reclamada.

Salvador, 08/11/2021.

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Juiz do Trabalho

Agora é com você! A sentença foi disponibilizada no Diário Eletrônico da Justiça do Trabalho
no dia 08/11/2021.

Verifique qual é o prazo para você, na qualidade de advogado da empresa, apresentar a


peça processual apta a ensejar a reforma da decisão de primeiro grau.

Fundamentando!

Para lhe auxiliar a elaborar corretamente a peça processual, vamos analisar os principais
aspectos de Direito Processual do Trabalho e de Direito Material do Trabalho que devem ser
observados.

A) DIREITO PROCESSUAL DO TRABALHO

1) RECURSO

De início, é fundamental a leitura do art. 895, da CLT, a fim de identificar qual o recurso pode
ser interposto no caso em questão, assim como o prazo conferido na CLT para a prática
deste ato processual.

A interposição da peça processual permite que o Tribunal Regional do Trabalho reanalise


toda a matéria do processo, nos limites do que for objeto do recurso.

A elaboração deste recurso inicia-se com o seu endereçamento, que na hipótese vertente é
o juízo que prolatou a sentença. Ele fará o primeiro juízo de admissibilidade, nos termos do
art. 659, inciso VI, da CLT, oportunidade em que irá analisar se estão preenchidos os
pressupostos recursais, tais como tempestividade, regularidade de representação
processual e regularização do preparo.

Admitido o recurso, será intimada a parte adversa para apresentar contrarrazões, conforme
disciplina o art. 900, da CLT).

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2) PRESSUPOSTOS OU REQUISITOS RECURSAIS

Cada ato processual é revestido de algumas formalidades. Com os recursos não é diferente,
isto é, existem pressupostos ou requisitos que necessitam ser observados pela parte que
interpõe o recurso, sob pena dele ser conhecido (não ter o mérito analisado).

O primeiro deles é a unirrecorribilidade, segundo a qual existe um recurso específico para


cada decisão.

Além disso, é fundamental que a peça processual seja interposta no prazo legal, ou seja,
tempestivamente. A maior parte dos prazos recursais trabalhistas são de 08 (oito) dias. O
art. 775, da CLT, com a redação dada pela Lei nº 13.467/17, estipula que os prazos
processuais trabalhistas são contados em dias úteis.

O preparo, que é mais um requisito formal, abrange o pagamento das custas e o depósito
recursal. Ele tem natureza de garantia, razão pela qual somente deve ser realizado pela
parte devedora, quando há condenação em pecúnia

PONTO DE ATENÇÃO

O depósito recursal é pressuposto recursal para os devedores.


Ele não é necessário na hipótese de a sentença ser apenas
declaratória, sem condenação pecuniária. Isto se justifica, pois não
há razão para dar garantia a respeito de obrigação que não é de
pagar.
Não deixe de analisar o conteúdo do art. 899, da CLT, que é
fundamental para a compreensão de todos os detalhes do tema.

Nos termos do art. 789, inciso I, da CLT, as custas devem ser recolhidas (2% do valor
arbitrado à condenação) e comprovadas no processo no prazo previsto para o recurso. Na

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hipótese de a reclamação trabalhista ser julgada parcialmente procedente, não há que se
falar em rateio das custas entre as partes, pois não existe previsão legal neste sentido no
Direito Processual do Trabalho. Para melhor compreensão e contextualização, sugere-se a
leitura da ementa de julgado da lavra do Tribunal Regional do Trabalho da 6ª Região:

SUCUMBÊNCIA PARCIAL DO RECLAMANTE. CUSTAS RATEADAS. AUSÊNCIA DE


PREVISÃO LEGAL NO PROCESSO TRABALHISTA. IMPOSSIBILIDADE. Em se tratando
do Processo do Trabalho, inexiste, no ordenamento pátrio, previsão de pagamento de
custas de forma rateada, na hipótese de sucumbência parcial. Vencido o reclamado, ainda
que parcialmente, a este cabe recolher o valor das custas processuais. Recurso patronal a
que se nega provimento. (TRT 6ª Região, processo n. 0000921-36.2018.5.06.0001,
publicado no DEJT em 08/10/2019).

Como já explicitado anteriormente, a regular representação processual também é requisito


recursal. O art. 76, do CPC, prevê a possibilidade de regularização da representação
processual também na fase recursal, o que é admitido pelo Processo do Trabalho. Assim,
diante da nova redação do art. 76, dada pelo CPC de 2015, o TST alterou a redação da
Súmula n. 383, cujo teor passou a ser o seguinte:

Súmula nº 383 do TST


RECURSO. MANDATO. IRREGULARIDADE DE REPRESENTAÇÃO. CPC
DE 2015, ARTS. 104 E 76, § 2º (nova redação em decorrência do CPC de
2015) - Res. 210/2016, DEJT divulgado em 30.06.2016 e 01 e 04.07.2016
I – É inadmissível recurso firmado por advogado sem procuração juntada aos
autos até o momento da sua interposição, salvo mandato tácito. Em caráter
excepcional (art. 104 do CPC de 2015), admite-se que o advogado,
independentemente de intimação, exiba a procuração no prazo de 5 (cinco)
dias após a interposição do recurso, prorrogável por igual período mediante
despacho do juiz. Caso não a exiba, considera-se ineficaz o ato praticado e
não se conhece do recurso.
II – Verificada a irregularidade de representação da parte em fase recursal,
em procuração ou substabelecimento já constante dos autos, o relator ou o
órgão competente para julgamento do recurso designará prazo de 5 (cinco)
dias para que seja sanado o vício. Descumprida a determinação, o relator não
conhecerá do recurso, se a providência couber ao recorrente, ou determinará
o desentranhamento das contrarrazões, se a providência couber ao recorrido
(art. 76, § 2º, do CPC de 2015).

Dessa forma, a parte terá o prazo de 5 (cinco) dias para sanar o vício de representação
também na fase recursal.

Não se pode deixar de lado a legitimidade recursal. Somente pode apresentar recurso a
quem a lei conferiu este direito: à parte vencida, ao terceiro prejudicado e ao Ministério

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Público do Trabalho, como parte ou como fiscal da lei (aplicação subsidiária do art. 996 do
CPC de 2015).

Além de todo o exposto, a parte tem que ter interesse em recorrer, isto é, tem que ser
sucumbente no objeto da demanda para que possa recorrer daquilo que lhe foi desfavorável.
No caso sob análise, a reclamante não tem interesse recursal, vez que a reclamação
trabalhista foi julgada totalmente procedente.

Estas são as principais questões de ordem processual que devem ser observadas quando
da elaboração da peça recursal.

Não se esqueça, ainda, de inserir o número do processo após o endereçamento.

3) SUSPENSÃO DO CONTRATO DE TRABALHO - ÔNUS DE PROVA

A sentença condenou a reclamada ao pagamento de remuneração do período de suspensão


contratual ao fundamento de que os depoimentos das testemunhas foram divergentes, o que
levou à decisão a dirimir a controvérsia utilizando as regras que envolvem o ônus de prova.

Você, aluno, deve analisar se a decisão judicial aplicou corretamente as disposições do art.
818, da CLT, cuja redação é a seguinte:

Art. 818. O ônus da prova incumbe


I - ao reclamante, quanto ao fato constitutivo de seu direito;
II - ao reclamado, quanto à existência de fato impeditivo, modificativo ou extintivo do
direito do reclamante.
§ 1o Nos casos previstos em lei ou diante de peculiaridades da causa relacionadas à
impossibilidade ou à excessiva dificuldade de cumprir o encargo nos termos deste
artigo ou à maior facilidade de obtenção da prova do fato contrário, poderá o juízo
atribuir o ônus da prova de modo diverso, desde que o faça por decisão
fundamentada, caso em que deverá dar à parte a oportunidade de se desincumbir do
ônus que lhe foi atribuído.

§ 2o A decisão referida no § 1o deste artigo deverá ser proferida antes da abertura da


instrução e, a requerimento da parte, implicará o adiamento da audiência e
possibilitará provar os fatos por qualquer meio em direito admitido
§ 3o A decisão referida no § 1o deste artigo não pode gerar situação em que a
desincumbência do encargo pela parte seja impossível ou excessivamente difícil.

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A quem incumbe o ônus de prova no caso da existência de prestação de serviços durante o
período de suspensão contratual? Sendo o depoimento divergente, como deve ser decidido
o mérito da demanda?

4) HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS

A reclamada foi condenada ao pagamento de honorários advocatícios no importe de 10% do


valor a ser apurado em liquidação de sentença.

Caso o recurso seja totalmente provido, a demanda for julgada completamente improcedente
e não haverá sucumbência para a reclamada.

Por cautela, deve-se questionar a constitucionalidade da disposição do art. 791-A, da CLT.

Os argumentos a serem lançados na peça recursal são os mesmos utilizados na Ação Direta
de Inconstitucionalidade nº 5766, em trâmite no Supremo Tribunal Federal e que pode ser
acessada no seguinte endereço eletrônico:

• http://www.mpf.mp.br/pgr/documentos/ADI5766reformatrabalhista.pdf

5) JUSTIÇA GRATUITA

O deferimento ao pedido de justiça gratuita não precisa ser abordado, vez que preenchidos
os requisitos legais para o seu deferimento.

Além das questões procedimentais deve-se analisar o Direito Material do Trabalho que pode
amparar a pretensão recursal da reclamada. Vamos lá?

B) DIREITO MATERIAL DO TRABALHO

1) VACINAÇÃO

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A sentença julgou procedente o pedido de reversão de justa causa, ao fundamento de que
a recusa à vacinação é um direito do cidadão, independentemente de justificativa. Este é o
principal argumento a ser combatido na peça processual a ser elaborada.

Mais uma vez valha-se da decisão do STF, no ARE 1267879, que teve tese de repercussão
geral fixada e pode ser acessada no seguinte link:

• https://portal.stf.jus.br/noticias/verNoticiaDetalhe.asp?idConteudo=457462&ori=1

Também utilize o “GUIA TÉCNICO INTERNO DO MPT SOBRE VACINAÇÃO DA COVID –


19” editado pelo MPT, que pode ser acessado pelo link abaixo:

• https://mpt.mp.br/pgt/noticias/estudo_tecnico_de_vacinacao_gt_covid_19_versao_final_28_
de_janeiro-sem-marca-dagua-2.pdf

A jurisprudência, embora não vincule o julgamento a ser proferido pelo Tribunal Regional do
Trabalho da 5ª Região, é uma fonte importante para o convencimento dos julgadores. Dessa
forma, pesquise decisões judicias dos Tribunais do Trabalho que sejam no interesse da tese
a ser defendida.

Por fim, não se esqueça que houve orientação de todos os funcionários acerca da
importância e da obrigatoriedade da vacina contra a COVID-19, além de aplicação de
advertência à reclamante antes da dispensa por justa causa.

Figura 1: QUADRO SINÓTICO DA LEGISLAÇÃO E JURISPRUDÊNCIA CONSOLIDADA APLICÁVEL


(Referidos e não referidos nas explicações anteriores)

Assunto CRFB/88 CLT CPC/2015 Código TST Outros


Civil

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Recurso - Art. 789; Art. Art. 76; - Súmula n. -
795; Art. Art. 219; 197;
893; Art. Art. 996 Súmula n.
895; Art. 383;
899; Art. 900 Instrução
Normativa
n. 41.

Vacinação Art. 225. Art. 157; Art. - - - ARE


158. 1267879, no
STF;
GUIA
TÉCNICO
INTERNO
DO MPT
Suspensão - Art. 818 - - MP n. Suspensão
do Contrato 1.045 do Contrato
de Trabalho de Trabalho

Custas - Art. 789; - - - Acórdão n.


0000921-
36.2018.5.06.
0001, do TRT
da 6a Região
Honorários - Art. 791-A; - - - Ação Direta
Advocatícios de
Inconstitucion
alidade n.
5766
Fonte: elaborado pelo autor.

Vamos peticionar!

Vamos elaborar a peça processual?

Ela deve ser endereçada ao juízo que prolatou a decisão. No recurso deve-se insurgir, de
maneira fundamentada, contra os aspetos que foram desfavoráveis ao interesse do seu
cliente.

Embora não seja um pressuposto recursal, é importante a elaboração de tópico acerca da


sua tempestividade.

A peça processual deve ser elaborada utilizando linguagem impessoal. Quando se referir à
decisão não faça menção ao juiz ou juíza prolator(a) da decisão, pois o recurso não visa

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combatê-lo, mas sim a decisão por ele(a) prolatada. Refira-se, portanto, à decisão ou à
sentença, que é justamente o que se ataca pela peça recursal.

Mãos à obra.

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