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O episódio está dividido em cinco partes. A primeira parte, a Tempestade, est.70-79; a segunda
parte, súplica de Vasco da Gama, est.80-83; a 3ª parte, descrição da tempestade, est.84; 4ª parte,
intervenção de Vénus, est.85-91; 5ª parte, chegada à Índia, est.92-94.

Os planos presentes neste episódio são: o plano de viagem na estância 70 a 94 e o plano


mitológico na estância 70 a 91. A chegada da tempestade é anunciada pelos ventos mais fortes e
por uma nuvem negra. Nas est.71-77 estão presentes sensações auditivas e visuais. As sensações
auditivas são: “grande vela” (est.71,v.4), “ventos” (est.71,v.5), “em pedaços que fazem cum
ruído”(est.71,v.7), “não cessado”(est.72,v.7), “correm logo os soldados”(est.3, v.1), “nau
grande”(est.75,v1), “quebrado leva o mastro”(est.75, v.2) ; e as sensações auditivas são: “cum
ruído”(est.71,v.7) e “cos raios”(est.76, v.8). O narrador utiliza estas sensações com intenção de
permitir ao leitor a visualização e a audição do que se descreve. Na descrição da tempestade o
narrador utiliza alguns recursos expressivos, como a anáfora que serve para mostrar a agitação e a
confusão que estava a bordo, e a hipérbole que serve para reforçar uma ideia através do exagero.
Vasco da Gama utiliza dois argumentos na sua súplica a Deus, no 1º invoca o grande poder de
Deus, que que já libertara homens de grandes dificuldades e perigos em momentos passados; e no
2º refere que Deus abandonou os marinheiros, que iam em missão religiosa.

Para amainar a tempestade, Vénus chamou as ninfas amorosas com o intuito de dominarem os
ventos.

Sara Melo, N.º 19, 9ºC

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