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Introdução
A lei de Hooke descreve a força restauradora que existe em diversos sistemas
quando comprimidos ou distendidos. Qualquer material sobre o qual exercermos uma
força sofrerá uma deformação, que pode ou não ser observada. Apertar ou torcer uma
borracha, esticar ou comprimir uma mola, são situações onde a deformação nos
materiais pode ser notada com facilidade. Mesmo ao pressionar uma parede com a mão,
tanto o concreto quanto a mão sofrem deformações, apesar de não serem visíveis. A
força restauradora surge sempre no sentido de recuperar o formato original do material e
tem origem nas forças intermoleculares que mantém as moléculas e/ou átomos unidos.
Assim, por exemplo, uma mola esticada ou comprimida irá retornar ao seu comprimento
original devido à ação dessa força restauradora.
Enquanto a deformação for pequena diz-se que o material está no regime
elástico, ou seja, retorna a sua forma original quando a força que gerou a deformação
cessa. Quando as deformações são grandes, o material pode adquirir uma deformação
permanente, caracterizando o regime plástico. Nesta aula trataremos de deformações
pequenas em molas, ou seja, no regime elástico.
A figura 1a mostra uma mola com comprimento natural x0. Se esta for
comprimida até um comprimento x<xo, a força F (também chamada de força
restauradora) surge no sentido de recuperar o comprimento original, mostrado na figura
1b. Caso a mola seja esticada até um comprimento x>xo a força restauradora F terá o
sentido mostrado em 1c. Em todas as situações descritas a força F é proporcional à
deformação ∆x, definida como ∆x = x − xo.
Figura 1
Figura 2: (a) Mola sem ação de força externa. x0 corresponde ao seu comprimento natural.
(b) Mola sob ação de um corpo de peso P=mg, o qual deforma a mola de um valor ∆x = x – x0.
Figura 3
2. MON
TAG
EM
DO
EXPERIMENTO
∑ xi 0,201+0,2+0,202+0,2+ 0,2
i
∆ x=
∆ x= 5
n
∆ x=0,2006 m
n 1 /2
σ=
1
n−1 [
∗ ∑ ( x i−∆ x i )
i
2
]
Tabela 5 - Médias e Desvios dos Valores Experimentais
Peso σG01 σG02 G01+G02 σ(G01+G02) G01/G02 σ(G01//G02)
G01 (m) G02 (m)
(Kg) (m) (m) (m) (m) (m) (m)
x0 0 0,2006 0,0009 0,2008 0,0008 0,2792 0,0008 0,223 0,002
x1 0,01 0,2064 0,0005 0,2048 0,0008 0,286 0,001 0,2268 0,0008
x2 0,02 0,210 0,001 0,2078 0,0008 0,2958 0,0008 0,2282 0,0008
x3 0,04 0,2238 0,0008 0,232 0,001 0,338 0,001 0,2320 0,0007
x4 0,06 0,2506 0,0005 0,2618 0,0008 0,4000 0,0007 0,237 0,002
x5 0,08 0,2822 0,0008 0,300 0,001 0,462 0,001 0,244 0,001
x6 0,10 0,3102 0,0008 0,3328 0,0008 0,525 0,001 0,260 0,001
1 1 /2
σ= ∗[ (0,201−0,2006)2 +( 0,2−0,2006)2 +(0,202−0,2006)2+(0,2−0,2006)2 +(0,2−0,2006)2 ]
5−1
σ =0,0009 m
Associação em Série
Na associação em série, temos que a deformação de cada mola equivale à
deformação total da mola, então:
X TOTAL =X 1 + X 2 F F F 1 1 1
= + = +
K eq K 1 K 2 K eq K 1 K 2
ou ainda
K1. K2 K
K eq = K eq = o
K 1+ K 2 n de .molas
para duas molas em série para várias molas em série.
Associação em Paralelo
Na associação em paralelo, temos que as molas sofrem ação de duas forças, que
somadas dão a força total, então:
K eq =K 1 +K 2
mg 0,1∗9,8
K= K= K=17 N / m
∆x 0,0058
∂k ∂ mg ∆ x−1 mg
σ k= | | σ
∂ ∆ x ∆x
σ k=| ∂∆ x |
σ∆ x σ k=
| |∆ x2
σ ∆x
0,1∗9,8
σ k=
| 0,0062
n
|
0,001 σ k =3 N /m
n
1 1
=∑ K paralelo =∑ k i
K Série i k i i
Obs.: Os valores de m e g são constantes. Não foi calculado o erro de F, devido esta
tabela ser apenas para demonstração da teoria que F=−P. O valor adotado para a
aceleração da gravidade é de 9,8 ms-2.
associações.
De acordo com a melhor reta entre os pontos dos Gráficos, foi comparada a
equação da reta com a de obtenção da constante elástica conforme figura abaixo:
Onde o coeficiente angular é a constante elástica. Foi feito um calculo para cada
um dos quatro gráficos.
Gráfico 1
∆F 0,714−0,451
k= k= k =9,39 N /m
∆x 0,067−0,039
Gráfico 2
∆F 0,742−0,464
k= k= k =7,72 N /m
∆x 0,086−0,050
Gráfico 3
∆F 0,681−0,389
k= k= k =4,00 N /m
∆x 0,149−0,076
Gráfico 4
∆F 0,841−0,464
k= k= k =29,00 N /m
∆x 0,026−0,013
Conclusão
De acordo com os resultados, pode-se provar que, à medida que se aumenta o
peso (F), o comprimento da mola aumenta proporcionalmente de acordo com a equação,
na qual k é a constante de deformação da mola e X a deformação sofrida, enunciada
pela lei de Hooke.
Outro ponto observado é que em nenhum dos experimentos realizados a mola
ultrapassou seu limite de elasticidade, uma vez que, ao serem retirados os pesos, as
molas retornaram para a posição inicial. Na associação de molas foi notado que quando
em série o valor da constante elástica obtido é menor que o de uma mola simples e,
quando associada em paralelo, o valor da constante é maior que a simples.
Bibliografia
Universidade Federal de Juiz de Fora, fragmento da aula 6 do departamento de Física.
Biblioteca UFSJ:
HALLIDAY, David; RESNICK, Robert. Fundamentos de física. 3 ed. Rio de Janeiro: LTC,
1994.
HALLIDAY, David; RESNICK, Robert; WALKER, Jearl. Fundamentos de
física: mecânica. 4 ed. Rio de Janeiro: LTC, 1996. 330
Ramos, Luís Antônio Macedo. Física Experimental. Porto Alegre: Mercado Aberto, 1984. 344 p.