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Aula 04 - Preparos Cavitários para Amálgama – Dentística

Orientações Gerais:
Sempre procurar fazer preparos de profundidade uniforme  isso se
faz seguindo as inclinações da superfície externa.
Ex: Eu tenho um pré-molar superior onde nele o corno
vestibular é mais elevado que o corno lingual. Se for feita
uma parede pulpar reta, pode ocasionar em uma exposição
pulpar. Por isso, deve-se fazer esse preparo na mesma
profundidade, visando seguir a superfície externa do dente.

Quando se trabalha com amálgama é sempre importante lembrar da


disposição dos prismas de esmalte – ocorrem em 90º com a
superfície externa.
Obs: Os primas de esmalte devem estar apoiados em dentina
e, para que isso aconteça, obrigatoriamente, eu tenho que fazer
um ângulo de 90º, porque é assim que os prismas de esmalte
se dispõe no dente. Mudam de inclinação de acordo com a
região do dente. Na região gengival é preciso deixar essa parte
do esmalte um pouco expulsiva/inclinada, se ela ficar reta vai
ficar prisma de esmalte sem apoio.

 Preparos Classe I:
As cavidades de Classe I são localizadas em sulcos, fóssulas e defeitos
estruturais (áreas de má coalescência de esmalte);
Essas áreas de má coalescência podem estar na oclusal de molares e pré-molares,
na incisal de incisivos (e as vezes caninos), na vestibular de molar inferior e na
palatjna de molar superior.
Podem ser: 1. Oclusal
2. Oclusal
Simples: 3. Oclusal
Envolve apenas uma face do dente.

Composta:
2 faces do dente, por exemplo, cavidade de Classe
I ocluso-lingual (OL) nos molares superiores.

Cicatrícula com uma região central de mancha branca. Se


for só uma mancha branca não precisa restaurar, mas se
não for é necessário fazer o preparo cavitário.
Lesões de cáries que se localizam em regiões de
cicatrículas e fissuras se propagam como dois cones
superpostos base contra base na junção amelodentinária.
Essa lesão ainda não tem cavitação, mas é perceptível que ela começa a se
desenvolver como dois cones. Entrada estreita que vai se alargando em direção a
junção amelodentinária. Esse alargamento acontece porque essa é a forma que os
prismas se dispõem naquela região. Quando chega na dentina  entrada da dentina
é mais larga e vai se afinando em direção a polpa (por causa da forma como os
túbulos dentinários se dispõem).
 As bactérias vão desmineralizando/jogando ácido, que vai escoar através dos
espaços interprimasticos e dos túbulos dentinarios. Portanto é de se esperar que a
região amelodentinaria seja o local em que a lesão está mais ampla.
 Atenção para o fato de que nem sempre o tamanho da abertura corresponde ao
tamanho interno da cavidade.

Classe I Simples de Amálgama:


Forma de Contorno:
Primeira coisa a ser feita quando chegar no
laboratório;
Corresponde à área que deverá ser incluída no
preparo cavitário;
Deve-se tentar preservar as estruturas de reforço do
dente (vertentes de cúspides, cristas marginais e
pontes de esmalte);
Contatos oclusais na estrutura dental sadia ou sobre
o material restaurador (deve ser só em dente ou só
em material restaurador, jamais na interface
dente/restauração);
Considerando o antagonista.

Esse contorno vermelho engloba todas as cicatrículas e fissuras, pode ser considerado como o
contorno preconizado por Black.
 Se existe uma pequena lesão, tudo de cicatrícula e fissura já era destruído, porque ele achava que
aquela lesão iria se propagar rapidamente.
Atualmente o preparo engloba apenas as regiões onde tem tecido cariado. Preparo mais conservador
possível.

Brocas Tronco-Cônicas:
Broca 245 vai ser colocada ligeiramente inclinado em relação ao plano
oclusal, de modo que a aresta formada entre a base e a porção lateral da broca
inicie a abertura;
Broca muito perpendicular – pode deslisar na hora de realizar o preparo, por
isso essa broca tem que estar ligeiramente inclinada (gera um ponto de apoio
que impede a lâmina de deslisar;
Começo uma broca ligeiramente/um pouco inclinada para fazer a abertura, e
depois que eu conseguir a firmeza desse acesso inicial é que eu a coloco
perpendicular a superfície externa do dente;
Em outros tipos de broca, como a número 2 por exemplo, aí sim é que a haste
pode iniciar perpendicular ao plano oclusal.
1. fazer uma canaleta reta;
2. penetração inicial entrando com metade da ponta ativa da broca 245;
3. movimento de mesial para distal sem remover a broca de dentro daquele acesso
inicial;
4. parede pulpar plana;

Preparo Conservador:
Garantir uma maior resistência do dente e da restauração;
Manter a distância vestíbulo-lingual (VL) de ¼ da distância entre o vértice das
cúspides, que corresponde ao diâmetro da broca 245;
O istmo deve ser de ¼ da distância entre ponta da
cúspide de um lado até a ponta da cúspide de seu
extremo oposto, correspondendo ao diâmetro da
broca 245;

Preservar estruturas de reforço:


Ponte de esmalte (distância entre os preparos ≥ 1mm)
 você vai manter a ponte de esmalte quando
houverem lesões na oclusal cuja distancia entre elas
corresponde a mais de 1 milímetro;
Cristais marginais M e D  Em casos de crista marginal muito estreita, a
parede mesial/distal deve ser ligeiramente inclinada.

Aspecto Antes do Preparo do Acabamento: Aspecto Final do Preparo:

Forma de resistência de uma Classe I Simples:


É garantida pela forma de caixa;
Ângulos internos arredondados;
Paredes vestibular e lingual planas e perpendiculares a parede pulpar;
A parede pulpar é plana e paralela ao plano oclusal;
Parede ligeiramente expulsiva para oclusal, isso quando as paredes mesial/distal
estiverem em uma região em que os prismas de esmalte são mais divergentes
para oclusal garante uma resistência adequada;
Manter a maior quantidade possível de tecidos rígidos.

Cavidade retentiva – mais profunda do que larga;


Cavidade não retentiva – profundidade menor do que a largura.
Em casos de cavidade mais larga do que profunda Classe I faz-se canaleta (sulcos na
base da cúspide no ângulo diedro -parede vestibular/lingual com pulpar).
Preparo Classe I:
Características Finais:
Suporte adesivo ao esmalte ou remoção do esmalte sem suporte;
Ângulo cavossuperficial reto  remover esmalte sem suporte do Ângulo
cavossuperficial, deixando-o reto;
Paredes circundantes levemente convergentes para oclusal;
Ângulos internos arredondados;
Profundidade do Preparo:
Mínimo de 1,5 a 2mm  isso que garante a resistência do material.
Largura do Preparo:
Máximo de 1/3 ou ¼ da distância intercuspídea.

Durante o acabamento não se deve


deixar um local muito pontudo, uma vez
que aquela também é uma região de
concentração de esforço.
Se for observado que tem algum lugar com região muito pontuda, deve-se
arredondá-la com a broca.

Forma de Conveniência Biológica da Classe I:


Em pré-molares inferiores a parede pulpar é inclinada para poder acompanhar a
anatomia da superfície oclusal;
Se passar reto vai ter uma cavidade muito próxima da polpa, desgastando mais
tecidos que o necessário.

Prisma de esmalte sempre perpendicular a superfície do dente.

Classe I Composta para Amálgama:


Composta porque tem-se um preparo oclusal e um palatino vestibular. No molar
superior é oclusal e palatina, no molar inferior é geralmente oclusal e vestibular;
Composta por envolver duas superfícies do dente;
Faz-se uma caixa oclusal e uma caixa vestibular ou palatina, tratando quase como se
fossem duas entidades distintas.

Caixa Oclusal:
Semelhante a Classe I simples;

Componentes da Caixa V ou P:
Paredes:
1. Paredes circundantes:
M, D, G.
2. Parede Axial:
Paralela ao longo do eixo do dente.

Preparos Classe I Composta para Amálgama:


Desgaste da caixa oclusal até P/V: Rompimento da parede L/V:
Caixa P/V:
Profundidade:
Metade ponta ativa da broca;
Diâmetro todo dentro, que corresponde a metade da
ponta ativa da broca.
Inclinação Parede Axial:
Segue superfície externa.
Acabamento:
Parede oclusal  enxada;
Parede axial  enxada;
Paredes mesial e distal  machado;
Parede gengival e ângulo axiopulpar  recortador de
margem.
Paredes M e D:
Retentiva no sentido Gengivo-Oclusal;
Ligeiramente expulsiva no sentido Axio-Vestibular/Palatino;
Para evitar deslocamento para frente – canaleta.
Parede Gengival:
Ligeiramente expulsiva no sentido Axio-Vestibular/Palatino, por conta
da disposição dos prismas de esmalte;
Só atingida com recortador de margem na hora do polimento.
Retenções Mecânicas Adicionais:
Ângulos V-A e D-A às expensas das paredes proximais;
Inicia no triedro até pouco depois do A-P. Não atingir a superfície
externa.

As cavidades atuais devem preparados tendo em mete 2 princípios básicos:


Máxima conservação da estrutura dental e bom senso.

Preparos Cavitários Classe V para Amálgama:


Classe V:
Quando o preparo ocorre no terço cervical
vestibular e lingual de todos os dentes;
Não vai ser estudado dente anterior porque não se
faz mais Classe V em dente anterior com
amálgama, usasse resina ou ionômero;
Sempre em dentes posteriores molares e pré-
molares.
Paredes:
Circundantes:
Oclusal;
Distal;
Mesial;
Gengival.
Fundo:
Axial.

Ângulos:

1. Gengivomesial e Gengivodistal.
2. Axiodistal e Axio-oclusal.

Forma de Contorno:
Paredes Gengival e Oclusal acompanhando a curvatura gengival,
devido ao acumulo de biofilme que tende a acompanhar essa curva
da gengiva;
Paredes M e D acompanhando a curvatura gengival.

Acesso Inicial:
Broca 245 ou 556 – 1/3 ponta ativada, ligeiramente inclinada.

Cavidades Classe V:
Broca perpendicular à superfície externa;
Profundidade:
Em torno de 1/3 da ponta ativa da broca 245.
Extensão para Distal, Mesial, Gengival e Oclusal;
Parede axial convexa em todos os sentidos, para poder
manter a profundidade uniforme.
Acabamento:
Parede axial:
Enxada.
Paredes O, G e Proximais:
Recortador de margem.
Devido os prismas de esmalte essa cavidade é toda expulsiva, porque se eu
deixar retentiva vai ficar prisma de esmalte sem apoio. Então, se você não tem
uma cavidade em que a profundidade é maior do que a largura, é preciso fazer
uma retenção mecânica adicional:
Retenções Mecânicas Adicionais:
Utiliza-se a broca ¼.

Essa retenção mecânica é feita no ângulo axio-oclusal e


axiogengival, uma vez que eu quero impedir o
deslocamento do sentido axial para vestibular.
Retenção somente em caso de materiais não adesivos.

Características Finais do Preparo:


Paredes Circundantes:
Ângulo reto com a superfície externa (forma de resistência);
Para esse ângulo ficar reto ele deve ser ligeiramente
expulsivo.
Parede Axial:
Convexa, acompanhando a superfície externa (forma de
Conveniência);
Inclinada no sentido O-G;
Ângulos internos arredondados (forma de resistência).

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