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Copyright© by Salles, Ricardo C., Rio de Janeiro, RJ
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1' Ediçã o - 1993
Salles, Ricar do C.
es /
S166L O legad o de Babel : as língu as e seus falant
io Houa iss. - Rio
v.1 Ricar do C. Salles ; prefá cio de Anton
de Janei ro : Ao Livro Técni co, 1993.
Prefá cio de Anto nio Houa iss
língu as
Conte údo: v. 1. Dicio nário descr itivo das
indo- europ éias.
ISBN 85-215-0663-5
0 LEGAD O DE BABEL
11. ITÁLICO
0 LEGADO DE BABEL
11. ITÁLICO
0 L EGADO DE BABEL
11. ITÁL ICO
româ nica s,
men to, o perc eptív el fisicamente); em direç ão às língu as
part e,à sua
foram os poet as latin os (dent re os por um lado , e, de outr a
língu a de
prim eiros , Ênio , que era greg o de subs tituiç ão por outr a
com o foi o
nasc ença e usav a no quot idian o o uma cultu ra supe rior -
regiõ es
asco e não o latim ) que troux eram caso do greg o em algu mas
nto em
para a língu a de Rom a o term o gre- - ou ao seu desa pare cime
das - tal
go aer que, mais tarde , se popu lari- área s men os roma niza
ânia . Isso,
zou. No perío do clássico, o latim como ocor reu na Germ
fal~d o,
simp lifica basta nte as flexões nom i- toda via, vale para o latim
a escri ta. No
nais (não resta m senã o traço s do mas não para a língu
o latim se
antig o locat ivo, como , por exem - perío do dito impe rial,
272 legiõ es e a
plo, Romae (' em Rom a']), mas aind a prop agou junto com as
tend o sido
pers istem cinco decli naçõ es para os administração roma na,
ao nort e
subs tanti vos (mui to emb ora vário s falad o das Ilhas Britâ nicas
a Ibéri ca ao
caso s tenh am já as mesm as desi- da África e da Pení nsul
latim vul-
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Ü LEGAD O DE BABEL
11. ITÁ LICO
lante s de vários níveis de educ ação desa pare cime nto da voga l final, tal
e nas mais varia das cultu ras. Essas com o ocor reu, por exem plo, no
tendências são, de resto, as mes mas francês: lat. novem> franc. neuf, lat.
tendências lingüísticas do antig o novam> franc. neuve (com o ""f e i-
indo -eur opeu , como bem dem ons- nal prat icam ente ·mud o). A pala ta-
tra a gramática com para da, e elas lização de oclu siva s vela res (/k/ -
se man ifest am na fonética, na gra- / g/) ante s de "e" e "i" já era uma
máti ca e no voca bulá rio. Inicial- tend ênci a no indo -eur opeu , tant o
men te, com um a todo s os falares, o que o fenô men o é bem perc eptí vel
siste ma de quan tida de vocá lica nas líng uas eslav as. No "lat im vul-
(longas e breves) do latim - por si gar" a evolução pros segu e em seu
só já evol ução do siste ma tona l curs o norm al, dand o o itali ano cer-
indo -eur opeu - se alter a para a to / tcherto /, oriu ndo do latim
cer-
nota ção de um acento tônico, em tum /kertum/ e o port
uguê s /ser -
que uma sílaba da pala vra pass a a tu/. No perí odo impe rial,
,a tend ên-
ser pron unci ada com maio r inten - cia de se perd erem as cons
oant es
sida de que as demais. Na sílab a tô- finais do indo -eur opeu
se reali za
nica , entã o novi dade , a voga l acen- na maio ria dos falar
es latin os e de-
tuad a tend e, em algu ns falares, a sapa rece m tanto
o -m" da desi -
11
11
s /led am/ ). Se o latim
i" e o II o" long o pass ar a "u" . cláss ico tinh
a quat ro dem onst rati-
Des de a supo sta · unid ade itáli ca vos, depe nden
do do grau de prox i-
que as voga is fina is ·das pala vras mid ade do
falan te e, em cert os ca-
tend em a se pron unci ar de form a sos, do inte rloc
utor (hic, iste, ille, is),
mui to mai s brev e que as dem ais; na além do pron
ome ipse, que, tam -
époc a imp eria l, isso leva ao quas e bém , vali a com
o dem onst rativ o,
desa pare cim ento ou, mes mo, ao . quan do surg e o
artig o algu ns fala-
0 LEGA DO DE BABEL
11. ITÁLICO
0 LEGADO DE BABEL
11. ITÁLICO
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11. ITÁLICO
na, Liv. Apostolado da Impren- 350 anos (248 a.C. a 107 d .C. -
sa, Porto, 1960. incorporação, respectivamente, da
5. Meillet, A., Esquisse d'une Histoi- primeira e da últimp Província ao
re de la Langue Latine, Ed. Kli.nck- Império). Em latim, o adjetivo ro-
sieck, Paris, 1977. nrnnicus já se contrapunha a roma-
6. Valente, f\1. (Pe.), Gramática Lati- nus, designando o primeiro 'coisas
na, Livraria Selbach, Rio, s/ d. e pessoas próprias da România'
(ver acima) e o segundo se refeiin-
Línguas Românicas - Também do à 'cidade de Roma'. O vocábulo
denominadas latinas, neolatinas e, romanice, de onde provêm os ter-
ainda, de maneira não muito pró- mos 'rornanço' /'romance' (este
pria, romances ou romanços, são as usado, inclusive, para denominar
línguas da Família Indo-européia, certo gênero literário), significa li-
ramo Itálico, sub-ramo latino-falis- teralmente 'em românico' e é con-
co, grupo latino, todas descenden- tração de uma expressão maior, ro-
tes do latim. São elas: o português, manice Jabulare, ou seja, 'falar em
o galego, o castelhano, o ladino (ju- língua da România'. Em cada re-
dezmo), o catalão, o occitano (pro- gião da Rornânia, especialmente a
vençal), o francês, o italiano, o réti- partir do século III de nossa -era,
co (dito, igualmente, ladino), o sar- foram se formando romanços cada
276 do e o romeno. Cumpre, aqui, vez mais diferentes entre si, não só
desfazer uma certa confusão termi- por força dos distintos substratos
nológica. As denominações mais lingüísticos preexistentes em cada
adequadas dessas línguas parecem urna delas (céltico, germânico, esla-
ser românicas ou neolatinas. Com vo etc.), mas, ainda, pelo fato de as
efeito, "línguas latinas" seda um váiias regiões terem tido um tipo
termo mais apropriado às línguas de colonização própria e em épocas
faladas no Lácio, região ocidental diversas. Esses rornanços tinham,
da Península da ltália onde surgiu no entanto, em maior ou menor
Roma. Já "língua românica" (no grau, alguns traços comuns: pro-
singular) se aplica com mais pro- gressiva desflexionalização noini-
priedade ao latim falado pelo povo nal (substantivos, adjetivos, prono-
da România (a princípio, todo o Im- mes e numerais perdem as desinên-
pério Romano e, depois de Carlos cias próprias dos casos latinos das
Magno, apenas uma parte européia declinações); preposições passam a
dele). Essa "língua", que se formou freqüentar mais a frase, expressan-
a partir do latim corrente, apresen- do, assim, as relações entre as pala-
tava grandes variações no espaço vras que, antes, se expressavam
compreendido entre Portugal atual através dos casos das declinações;
e o oriente próximo, bem como perda de importância da quantida-
num período de tempo de cerca de de vocálica para a tonicidade/ ato-
Ü LEGADO DE BABEL
nicidade das sílabas das palavras;
aparece o artigo, que não existia em
latim; termos que designavam coi-
sas pertencentes ou próprias das
classes mais pobres se generalizam
para expressar a coisa indistinta-
mente, mesmo dos ricos (p. ex.:
casa, por donms). A predominância
de um determinado romanço em
cada região da România deu, assim
descrito em rápidas pinceladas,
oiigem às modernas línguas româ-
nicas ou neolatinas.
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O LEGADO DE BABEL