LICENCIATURA EM DIREITO
2º Ano pós- laboral
Cadeira: direito fundamental
Tema:
A Inconstitucionalidade da Lei
Discente: Docente:
Zuleia Abubacar Neto Maladi
Índice
1. Introdução.................................................................................................................................1
2. Objectivo..................................................................................................................................2
2. 1. Objectivos Geral:..................................................................................................................2
2. 2. Objectivo Especifico:...........................................................................................................2
3. Metodologia..............................................................................................................................2
4. A inconstitucionalidade............................................................................................................3
4. 1. Tipos de controlo.....................................................................................................................5
5. Conclusão...............................................................................................................................10
6. Bibliográficas.........................................................................................................................11
1. Introdução
Neste presente trabalho como uma fase introdutória, traremos como o ponto de partida a
fundamentação teórica encontrada nos livros e artigos didácticos que discutem e aborda de forma
sistemática a questão de inconstitucionalidade da Lei, no sentido “Lato e Restrito” ou seja no
sentido geral e em particular em Moçambique. Através das Exaustivas leituras feitas permitiu-
nos apresentar de forma clara a inconstitucionalidade da lei que pode ser percebido como a acção
que tem por finalidade declarar que uma lei ou parte dela é inconstitucional, ou seja, contraria a
Constituição da República, a fim de que se possa entender o contexto dos conceitos teóricos
sobre controlo da inconstitucionalidade da Lei, caracteriza-se, em princípio, como um
mecanismo de correcção presente em determinado ordenamento jurídico, consistindo em um
sistema de verificação da conformidade de um acto lei, decreto etc. em relação à Constituição.
Não se admite que um acto hierarquicamente inferior à Constituição confronte suas premissas,
caso em que não haveria harmonia das próprias normas, gerando insegurança jurídica para os
destinatários do sistema jurídico. E por final dar conhecer todos os seus pressupostos e com base
nas aplicações impressórias do dia-dia.
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2. Objectivo
2. 1. Objectivos Geral:
2. 2. Objectivo Especifico:
3. Metodologia
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4. A inconstitucionalidade
Para ter a noção sobre a questão da inconstitucionalidade e necessário fazer menção, a percepção
que alguns teóricos têm acerca da inconstitucionalidade, que já mencionados a seguir afirma
seguinte:
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O comportamento dos órgãos do poder político está directamente relacionado com a Constituição
enquanto o comportamento dos cidadãos ou entidades privadas está indirectamente relacionado
com a Constituição. Nesta conformidade e à luz da Constituição moçambicana de 2004, vide o
artigo 214, da CRM, o cidadão tem um dever jurídico em relação a Constituição e neste sentido,
o seu comportamento deve estar conforme a norma constitucional sob pena de se sujeitar a uma
sanção judicial nos termos da lei por prática de um comportamento desconforme a Constituição.
Directamente, o cidadão e as entidades privadas estão sujeitos as normas ordinárias, isto é, o seu
acto assenta formal e materialmente num determinado comando legal que se funda numa norma
superior que vai desaguar na Constitucional, como último grau de superioridade das normas
jurídicas.
Só em forma de síntese e necessário fazer a mesão a questão A relação que existe entre Lei e
Constituição é de constitucionalidade, sendo Lei inconstitucional, quando não estiver em
conformidade com Constituição, isto é, quando o comportamento manifesto seja contrário ao
preceituado na Constituição. Tratar-se-á de uma relação de desconformidade, e não apenas de
incompatibilidade, pois, há uma de correspondência, de inadequação, inidoneidade perante a
norma constitucional, e não apenas de mera contradição, citando o Professor Jorge Miranda.
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Há três tipos de modelos de controlo ou sujeitos de controlo, e cada um deles comporta os
critérios e juízos de valor estudados em lições anteriores embora estejam doseados de forma
diferente.
Segundo Modelo de controlo jurisdicional, também chamado de modelo Americano. Nasceu nos
E.U.A em 1803, data da leitura de uma importante Sentença conhecida por Marbury Us.
Madison. O modelo traduz uma entrega a todos os tribunais comuns da capacidade de
fiscalização de normas. É um modelo de sistema de controlo difusa que funciona sobretudo
através do controlo no seu estado puro, de fiscalização difusa, concreta, incidental e, em
princípio, por via de excepção, sempre que as situações assim requererem. Em termos
comparativos podemos ver os artigos 214, 241 e 244 da Constituição da República.
Terceiro Modelo de Tribunal constitucional, conhecido por modelo Austríaco. Foi criado pela
primeira vez na Austrália pela Constituição de 1920 e funciona desde 1929 na Austrália e depois
noutras Constituições.
E por final o Modelo Misto, que procuram conjugar as vantagens dos dois últimos modelos e
eliminar ou minimizar as desvantagens dos modelos puros e ao mesmo tempo, procuram manter
as vantagens de cada e melhorá-las de uma única forma. Em Moçambique, a Constituição não é
conclusiva em relação ao tipo de modelo a aplicar. Mas, pela conjugação dos artigos 214 e 244,
se deduz tratar-se de um modelo misto. O órgão com competência de fiscalizar a Constituição é
o conselho constitucional, segundo o artigo 244 da Constituição.
4. 1. Tipos de controlo
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Inconstitucionalidade: por Acção x por Omissão
Inconstitucionalidade: Material x Formal
Inconstitucionalidade: Total x Parcial
Inconstitucionalidade: Directa x Indirecta
Inconstitucionalidade: Originária x Superveniente.
É Inconstitucional por Omissão, quando os órgãos do poder deixam de praticar uma acção
constitucional que deveriam praticar. Trata-se, pois, de uma pretensão que assenta não na
existência de normas jurídicas inconstitucionais, mas na violação da lei constitucional pelo
silêncio legislativo. A omissão é no sentido de ausência de uma prática positiva. Portanto trata-se
de um comportamento, ou seja, uma acção negativa, no sentido de não ter sido realizado quando
devia, vide artigo 15 e 302, da CRM
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Inconstitucionalidade material diz respeito ao conteúdo da norma. O que a norma, ou seja, o
que contém ou dispõe o principio ou a disposição constitucional. O elemento material reporta-se
ao conteúdo, ao sentido da norma. Torna-se inconstitucional quando o fim previsto pela norma,
mediante um processo, seja divergente do sentido da norma constitucional de fundo. Ver os
artigos 159 e 160 da CRM que definem de forma taxativa as competências do Presidente da
República e nota ainda que o legislador ordinário por via da lei n.º 20/2002, de 10 de Outubro,
BR n.º 41, Suplemento, alargou as competências do Presidente da República ao estipular no
artigo 5, n.º 2 e no artigo 25, n.º 2, os poderes de nomear o Presidente da Comissão Nacional de
Eleições e os Presidentes das Comissões de eleições Provinciais, Distritais e de Cidade, no
silêncio da CRM e ainda a lei n.º 3/94, de 13 de Setembro, que aprova o quadro institucional dos
distritos municipais.
A Inconstitucionalidade formal diz respeito à forma como a norma deve ser elaborada,
aprovada, promulgada e publicada. Vide os artigos 143, 144, 158, 163, 182, 187, 210, 248 n.º 3,
todos da CRM Neste tipo de inconstitucionalidade distingue-se ainda a inconstitucionalidade
orgânica onde é definido a quem cabe as competências para a emissão da norma.
Exemplo: Vide a Lei n.º 3/94, de 13 de Setembro, sobre o quadro institucional dos Distritos
Municipais, publicado na I Série, B.R. n.º 37, 2.º Suplemento.
A Constituição Moçambicana de 2004, não faz qualquer tipo de distinção em relação a distinção
da inconstitucionalidade material e formal. O artigo 241, limita-se a enunciar que a organização,
funcionamento e o processo de verificação e controlo da constitucionalidade, da legalidade dos
actos normativos e as demais competências do Conselho constitucional são fixadas por lei.
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4. 2. Efeito da inconstitucionalidade da lei
O tema supracitado, destina-se a fornecer conhecimentos do que acontece a uma norma que
contraria um preceito, disposição ou princípio constitucional. Ora bem, a conclusão que se chega
em relação a uma norma, de considerada inconstitucional, traduz uma desvalorização de
comportamento dessa norma. A semelhança ao que acontece com a desvalorização da moeda
metical, pelo Banco de Moçambique, em que o seu efeito reduz-se em igual medida da sua
desvalorização. A desvalorização de uma norma, torna-a de incapaz de produzir os efeitos que se
pretendia ver-se revelados. Os efeitos que uma norma desvalorizada tem é igual ao tipo de
desvalorização a que foi sujeitam, Porém, enquanto a norma não for declarada inconstitucional,
possui um valor positivo e quando for declarado, um valor negativo
Os tipos de desvalorização têm a ver com a natureza do vício que a norma ostenta, pois a norma
pode estar viciada de várias formas que reflectem a ignorância de vários tipos de requisitos na
sua elaboração até a sua entrada em vigor. Os vários tipos de requisitos, determinarão o tipo de
desvalorização a declarar à norma, isto é, o valor jurídico da desvalorização.
Requisitos de qualificação estão relacionados com a qualidade do sujeito que pratica a acção.
A emanação da norma constitucional é feita por um órgão competente identificado na norma
constitucional.
Tendo como hipótese seguinte: supondo que o Presidente da República, através da TVM faz uma
comunicação sobre as condições de ingresso a uma universidade pública Ora a entidade que
anuncia é de poder público. Todavia, o acto não está revestido dos requisitos que nos possa
permitir identificá-lo como uma lei.
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Requisitos de validade para que uma norma constitucional tenha a validade que o torna de
norma constitucional com o valor, dignidade e eficácia necessária importam que preencha os
requisitos de validade fixados na Constituição. O mesmo acontece quando a Assembleia da
República produz uma norma de valor jurídico e designar de decreto, invés de lei ou resolução,
conforme vem expresso no artigo 182 da Constituição ou uma outra entidade toma iniciativa de
lei sem que seja qualquer um dos que consta do artigo 183, CRM.
Neste caso, o acto normativo da Assembleia da República não preenche o requisito material, ou
seja, o conteúdo do que está estabelecido na Constituição e o desvio jurídico que incide sobre
este tipo de comportamento está ferida de inconstitucionalidade por invalidade que pode ser de
nulidade ou de anulabilidade.
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5. Conclusão
Em virtude dos factos mencionados sobre o tema acima referido, foi com grande prazer a
presentar esta pesquisa que nos possibilitou fazer a que uma discussão breve em torno dos factos
já ilustrados sobre as questões de inconstitucionalidade da Lei, A inconstitucionalidade é um
fenómeno social, consistente numa valoração ordinária oposta a valores essenciais, oposição que
implica um valor polar preterido, e por final podemos percebe Para que um sistema
jurídico funcione segundo Professor Jorge Miranda, pressupõe-se sua ordem e unidade, devendo
as partes agir de maneira harmoniosa. O mecanismo de controlo de constitucionalidade procura
restabelecer a unidade ameaçada, considerando a supremacia e a rigidez das disposições
constitucionais. Conforme ensina o jurista Calil Simão, o sistema de controlo de
constitucionalidade destina-se a analisar a lesão dos direitos e garantias previstos na Constituição
de um país, objectivando assegurar a observância das normas constitucionais e,
consequentemente, a sua estabilidade e preservação.
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6. Bibliográficas
Legislação
Lei nº 8/98, de 20 de Julho, BR nº28, II suplemento, de 20 de Julho de 1998 13. Lei nº 20/2002,
de 10 de Outubro, BR nº 41, Suplemento;
Lei nº2/95, de 8 de Maio, - aprova o estatuto do deputado, B.R. nº18, I série, Suplemento;
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