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A DOUTRINA DAS
SAGRADAS ESCRITURAS
CAPÍTULOS:
I. Introdução 03-08
.......................................................................................................
II. A Bíblia como um livro I 09-11
................................................................................
III. A Bíblia como um livro II - As divisões das Escrituras 12-16
................................
IV. Os escritores das Sagradas Escrituras 17-18
...........................................................
V. A Inspiração das Escrituras 19-22
............................................................................
VI. O Espírito Santo e as Escrituras 23-24
.....................................................................
VII. Os símbolos das Escrituras 25-26
.............................................................................
VIII. O cânon das Escrituras 27-32
...................................................................................
IX. Infalibilidade das Escrituras 33-36
...........................................................................
X. Como as Escrituras chegaram até nós 37-46
...........................................................
APÊNDICES:
ABORDAGEM DO ALUNO
TEMA: “O ESTUDO DA PALAVRA DE DEUS É O ALIMENTO DO CRISTÃO”
OBJETIVO: Que o aluno aprenda a importância do estudo da Bíblia em sua vida diária
MEMORIZAR: Salmo 119:130 “A exposição das tuas palavras dá luz; dá entendimento aos simples”.
Reflita sobre algumas verdades bíblicas que são importantes para a nossa sociedade e que
estão sendo deixadas de lado, por exemplo, “É melhor dar do que receber” – “Amar ao
REFLEXÃO: próximo como a ti mesmo”. Cite outros exemplos e reflita. Adquira um caderno
universitário para anotações sobre essa lição e ecsreva seus pensamentos sobre o que você
refletiu.
DICAS PARA O PROFESSOR
- Incentive os alunos a trazerem para a aula um caderno universitário. Em qualquer
loja de R$ 1,99, se acha. Incentive-os a escreverem suas reflexões neste caderno,
separando metade dele para anotações que eles queiram fazer em classe e metade
para suas reflexões.
- Pode-se usar nesta aula, alguns assuntos do texto “meditação e memorizaçã”, que só
constam da apostila do professor. O professor pode perguntar quem é habitado a ler
jornais, revistas, etc. e quanto tempo dispoe para isso. Pedir para os alunos
memorizarem um versículo, além do citado acima em casa e recitá-lo na próxima
aula.
- Usando o quadro negro: Perguntar o nome dos doze discípulos de Jesus e o nome dos
27 livros do N.T, ou dos cinco livros do Pentatêuco. Pode-se crir muitas coisas usando
esses exemplos como base. O intuito é levar o aluno a despertar-se para o
conhecimento bíblico.
Exemplo de Escboço
- CORPO: Aula Explanativa sobre os tópicos:1) Bibliologia, 2) O Campo deste assunto e
3) A razão da necessidade das Escrituras.
- Nos itens: (a) e (b) do tópico (3), pedir para os alunos completarem as lacunas em
grupo. Tempo de 10 minutos para a explanação da primeira parte, 10 minutos para os
alunos completarem as lacunas e 10 minutos para o professor passa as respostas.
- Aula explanativa a segunda parte da lição: item (4) e (5).
- Pode-se concluir falando da importância do aprendizado de como se manusear a
palavra de Deus. Cite (II Tm 2:15).
AVALIAÇÃO
Ajude os alunos a completarem as palavras cruzadas.
A. Bibliologia:
Isto está implícito em salmo 119:130; Isaías 34:16; 2 Timóteo 2:15; I Pedro 3:15 e
nos conduz a dois pontos de suma importância: a) Porque devemos estudar a Bíblia e b)
Como devemos estudar a Bíblia.
2. Ela alimenta nossa alma (Jr 15:16; Mt 4:4; I Pe 2.2). Não há dúvida que a
Palavra de Deus traz nutrição e crescimento espiritual.
3. Ela é o instrumento que o Espírito Santo usa (Ef 6:17). Se conhecermos bem a
palavra de Deus, na hora que precisarmos o Espírito de Deus nos instrui
segundo a palavra de Deus que habita em nosso coração e mente. Inclusive,
um requisito essencial para que Deus responda as nossas orações é estarmos
saturados da sua palavra. Por quê ? Pois dessa forma oraremos segundo a Sua
soberana vontade e não segundo as nossas.
2. Leia a Bíblia Diariamente: (Dt 17:19). Esta regra é excelente. Presume-se que 90
% dos crentes não lêem a Bíblia diariamente. Não é de admirar que haja
tantos irmãos frios nas igrejas ! Não apenas frios mas raquíticos, anãos,
carnais, indiferentes. Sem crescimento espiritual, Deus não pode revelar-nos
suas verdades mais profundas (Mc 4:33; Jo 16:12; Hb 5:12). Há pessoas que
acham tempo para ler, ouvir e assistir a tudo, menos para ler a Bíblia. É justo
lermos outras coisas, como jornais ou revistas, mas é primordial tomar mais
tempo para as Escrituras.
3. Ler a Bíblia com a melhor atitude mental e espiritual. Isto é fundamental para
que possamos estudá-la corretamente. A melhor atitude é: a) Ler a Bíblia
como a Palavra de Deus e não como uma obra literária qualquer (II Tm 3:16; I
Pe 1.21). Estudar a Bíblia com oração e não apenas com o intelecto. As
riquezas da Palavra de Deus são para os simples de coração que temem ao
Senhor (Tg 1:21). Quanto maior for a nossa comunhão com Deus, mais
humildes seremos. Os galhos mais carregados de frutos são os que mais se
abaixam ! É preciso ler a Bíblia crendo em tudo que ela ensina, inclusive no
campo sobrenatural. A dúvida cega o leitor (Lc 24:25).
- PREPARAÇÃO:
o Todo o Antigo Testamento, pois trata da preparação para o advento de Cristo.
- MANIFESTAÇÃO:
o Os Evangelhos, pois tratam da manifestação de Cristo e sua obra na Terra.
- PROPAGAÇÃO:
o O Livro de Atos dos Apóstolos, que trata da propagação do evangelho Cristo.
- EXPLANAÇÃO OU EXPLICAÇÃO:
o As Epístolas, que são a explicação da doutrina (ensinamento) de Cristo, que Ele
ensinou aos discípulos (tudo aquilo que Jesus falava aos seus discípulos, o fazia
em particular, nunca nas mesmas pregações feitas à multidão, vê-se que os
ensinamentos dos apóstolos nas cartas, são mais profundos em certos aspectos,
do que o que Jesus falava à multidão, ela ainda não estava preparada, estava no
estágio do vinde a mim Mt 11:28. Porém aos discípulos – do grego
matetai, que significa aluno - ensinava as coisas profundas em
particular, à noite nas vigílias nos montes, para que pudessem depois, explicar
à igreja, trabalho esse incumbido a eles por Jesus, que contou também com a
ajuda do Espírito Santo. (Jo 16:13)
- CONSUMAÇÃO:
o O livro de Apocalipse, que trata da consumação de todas as coisas preditas,
através de Cristo. (Dr. C.I. Scofield).
Desta maneira, a Bíblia sem Jesus, seria como a física sem a matéria, ou a
matemática sem os números.
Exercício:
1 E S P A D A D O E S P Í R I T O
2 M A N U A L D O C R I S T Ã O
3 B I B L I O L O G I A
4 L E R C O M R E V E R Ê N C I A
5 A B Í B L I A T O D A
6 L E R D I A R I A M E N T E
7 A L I M E N T A A A L M A
8 C R E S C I M E N T O E S P I R I T U A L
9 F E
10 D O U T R I N A S B Í B L I C A S
11 O R Á C U L O S D E D E U S
12 I N S P I R A Ç Ã O D I V I N A
13 L I V R O D O S L I V R O S
14 V I D A E T E R N A
15 J E S U S T E M A C E N T R A L
16 A V E R D A D E V O S L I B E R T A R Á
17 E X A M I N A R
18 E S C R I T O S
Que o aluno aprenda sobre os materias antigos usados na escrita da Bíblia e sobre a
OBJETIVO:
terminologia “Bíblia” e seus nomes canônicos
“Sucedeu pois no ano quarto de Jeoiaquim, filho de Josias, rei de Judá, que da parte do
Senhor veio esta palavra a Jeremias, dizendo: Toma o rolo dum livro, e escreve nele todas
MEMORIZAR:
as palavras que te hei falado contra Israel, contra Judá e contra todas as nações, desde o
dia em que eu te falei, desde os dias de Josias até o dia de hoje” Jr 36:1-2.
Reflita sobre alguns pontos que você acha que dificultavam o trabalho dos “escritores” da
REFLEXÃO: Bíblia e dos escribas que faziam as suas cópias, para serem lidas no templo ou nas
sinagogas. E na facilidade de ser feito esse trabalho nos dias de hoje.
DICAS PARA O PROFESSOR
- Revista um pedaço de duratex, de mais ou menos 20cm X 15cm, com argila ou barro,
(uma camada fina) estando meio úmido leve para que os alunos escrevam algo, sobre
ela, como por exemplo, cada um escreve o seu nome completo, deixe secar e faça um
mural Para o processo de secagem o ideal é deixar num forno numa temperatura bem
baixa por uns 20 minutos, o melhor material para isso é a argila, que não trinca. Se
tiver palha de milho seca, corte varias tiras de mais ou menos 10 cm e cole uma a
outra formando uma folha de mais ou menos 30 cm de largura, faça duas folhas
dessas, umidessa as duas e cole-as trasversalmente colocando um peso grande em
cima por um dia. Deixe secar e faça o mesmo exercício citado acima. Isso substitui o
papiro. Se tiver condições compre uma folha de pergaminho (em algumas gráficas
pode-se encontrar). Existem também folhas de papiro, com desenhos egípcios em
lojas de materiais antigos e de quadros. Em último caso, tente encontrar fotos desses
materiais em revistas ou enciclopédias coloridas.
AVALIAÇÃO
Exerecícios de lacunas, deixe que os alunos tentem completar, depois passe a correção.
Pode-se pedir para os alunos responderem
A. Os livros Antigos
1. A Bíblia é um livro antigo. Os livros antigos tinham a forma de rolo (Jr. 36.2). Eram
feitos de papiro ou pergaminho. O papiro é uma planta aquática que cresce junto a
rios e banhados, no Oriente Próximo, cuja entrecasca (parecida com a palha seca do
milho) servia para escrever. Essa planta existe ainda hoje no Sudão, na Galiléia
Superior e no vale de Sarom. As tiras extraídas do papiro eram coladas uma a
outra até formarem um rolo com uma determinada extensão. Esse material gráfico
é mencionado muitas vezes na Bíblia, exemplos: Êxodo 2.3; Jó 8.11; Isaías 18.2. Em
certas versões da Bíblia, o papiro é mencionado como junco. De fato, é um tipo de
junco de grandes proporções. De papiro, deriva-se a nossa palavra papel e seu uso
na escrita vem de 3000 a.C.
Ômega Cursos e Treinamentos 10
A Doutrina das Sagradas Escrituras
2. Pergaminho é pele de animais, cortida e polida, utilizada na escrita. É material
gráfico melhor que o papiro. Seu uso é mais recente que o do papiro. Vem dos
primórdios da era cristã, apesar de já ser conhecido antes. È também mencionado
na Bíblia, como em II Tm 4.13.
3. A Bíblia foi escrita originalmente em forma de rolo, sendo cada livro um rolo.
Assim, vemos que a princípio, os livros sagrados não estavam unidos uns aos
outros como os temos hoje em nossas Bíblias. O que tornou isso possível, foi a
invenção do papel no século II, pelos chineses, bem como a do prelo, de tipos
móveis, inventado em 1945, pelo alemão Gutemberg. Até então era tudo
manuscrito pelos escribas de modo laborioso, lento e oneroso. Quanto a este
aspecto da difusão de sua Palavra, Deus tem abençoado maravilhosamente, de
modo que hoje, milhões de exemplares das Escrituras são impressos com rapidez e
facilidade em muitos pontos do globo. Também, graças aos progressos alcançados
no campo das investigações e da tecnologia, podemos hoje transportar com toda
comodidade um exemplar da Bíblia com todos os seus livros, inclusive dentro de
um simples disquete de computador, coisa impossível nos tempos primitivos.
Ainda hoje, devido aos ritos tradicionais, os rolos sagrados das Escrituras
hebraicas continuam em uso nas sinagogas judaicas.
4. A Bíblia foi o primeiro livro a ser impresso !
B. Terminologia
1. (O nome Bíblia). Esse vocábulo não consta dos escritos sagrados, somente na capa.
Por quê e de onde vem então? A palavra Bíblia em português vem do grego
(biblos) que era o nome que os gregos davam à folha de papiro, usada
para escrever. Ex: "Livro (biblos) da genealogia de Jesus Cristo..." (Mt 1:1); também
derivado-se de (biblion), "rolo" ou "pequeno livro, ou “livro”:
"Então lhe deram o livro (biblion)... e, abrindo o livro (biblion)..." (Lc 4:17). O termo
biblos vem então do nome dado à polpa interna da planta do papiro em que se
escreviam os livros antigos. Uma coletânea de folhas era um biblion – livro. E uma
coletânea de “biblions” (livros), formavam uma Biblia – palavra derivada de
biblios. Portanto Bíblia é literalmente, uma coleção de livros. A Bíblia Sagrada é
então uma coleção de livros divinamente inspirados por Deus, ou seja, os 66 livros
que conhecemos como o Cânon Sagrado. Com a invenção do papel, desapareceram
os rolos, a palavra biblos (folha de papiro), deu origem a “livro”, como se vê em
biblioteca, bibliófilo, bibliografia, etc. É consenso geral entre os doutos no assunto
que o nome Bíblia foi primeiramente aplicado às Escrituras Sagradas por João
Crisóstomo, patriarca de Constantinopla, no Século IV. E porque as Escrituras
formam uma unidade perfeita, a palavra Bíblia, sendo um plural, como acabamos
de ver, passou a ser singular, significando O LIVRO, isto é, o LIVRO dos livros; O
livro por excelência. Como livro divino, a definição canônica da Bíblia é “A
revelação de Deus à humanidade”.
2. Escritura(s). Termo usado no N.T. para os livros sagrados do A.T., que eram
considerados inspirados por Deus (2 Tm 3:16; Mc 12:10; 15:28; Lc 4:21; Jo 2:22; 7:38;
10:35; Rm 4:3; Gl 4:30; 2 Pe 1:20; Mt 22:29; Mc 12:24; Lc 24:27; Jo 5:39; At 17:11; I Co
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A Doutrina das Sagradas Escrituras
15:3,4; 2 Tm 3:15). Também é usado no N.T. (2 Pe 3:16). Esses termos significam
"escritos sagrados". Paulo usa o termo "Sagradas Escrituras" uma vez em (Rm 1:2);
"Sagradas Letras" em (2 Tm 3:15) uma vez e "Oráculos de Deus" em (Rm 3:2) uma
vez.
3. Palavra de Deus. É usada em relação a ambos os testamentos, em sua forma escrita
(Mt 15:6; Jo 10:35; Hb 4:12; 1 Ts 2:13; 2 Co 2:17; Rm 10:17; Mc 7:13).
4. Sagradas Escrituras (Rm 1.2),
5. Livro do Senhor (Is 34.16)
6. A palavra de Deus (Mc 7.13; Hb 4.12)
Exercício:
1) Ler o salmo 119, conhecido como o "salmo da Bíblia" o qual comunica a idéia de que a
palavra de Deus contém tudo o que o homem precisa saber. Com a exceção dos
versículos 1-3 e 115, ele é dirigido ao Senhor. Com exceção dos versículos 90,122 e
132, todos os demais possuem expressões ou termos referentes à Palavra de Deus.
Encontre pelo menos 10 destes termos:
a) b)
c) d)
e) f)
g) h)
i) j)
2) Complete as frases:
a) Os materiais mais usados para se escrever, nos tempos do AT e do NT, nos quais
inclusive foram escritos a Palavra de Deus eram o Papiro e o Pergaminho.
b) A Bíblia foi o primeiro livro a ser impresso.
c) A palavra Bíblia quer dizer uma coleção de livros divinamente inspirados.
Também o Livro dos livros.
d) A Palavra de Deus, antigamente tinha a forma de rolo, sendo cada livro, um rolo.
e) Até hoje os rolos, são usados nas sinagogas judaicas.
ABORDAGEM DO ALUNO
TEMA: “A ORGANIZAÇÃO DOS LIVROS DA BÍBLIA”
Que o aluno se familiarize com as divisões e subdivisões da Bíblia, para poder
OBJETIVO:
compreender melhor seus vários assuntos.
- “Depois lhe disse: São estas as palavras que vos falei, estando ainda convosco, que
MEMORIZAR: importava que se cumprisse tudo o que de mim estava escrito na Lei de Moisés, nos
Profetas e nos Salmos. Lc 24:44”.
Reflita sobre os benefícios de se ter uma Bíblia dividida em capítulos e versículos e com
uma subdividivisão dos livros por ordem de assunto. Escreva no caderno de anotações.
Faça também uma análise das dificuldades dos escribas neste sentido, levando-se em
consideração que por ser escrita em rolos, era difícil a locomoção da Palavra de Deus o que
REFLEXÃO: levava os escribas a decorarem livros inteiros. Reflita na pergunta: “Por causa das
facilidades que temos hoje para lermos a Bíblia, levando-se em consideração que todos nós
podemos ter uma em casa, prontinha para lermos e acharmos qualquer texto que
quizermos, com um simples toque no índice que algumas possuem, inclusive tendo à
nossa disposição estudos e comentários das partes de difícil compreenção, que já vêm no
rodapé de algumas delas, não nos tornamos mais preguiçosos, na leitura e pesquisa da
Palavra de Deus ?”
A. Os dois testamentos
A Bíblia está dividida em duas seções conhecidas como Antigo e o Novo Testamento.
A palavra "testamento" foi originalmente traduzida como "aliança" ou "pacto" que Deus
fez com seu povo. O Antigo Testamento contém 39 livros e o Novo, 27. O AT tem esse
Ômega Cursos e Treinamentos 13
A Doutrina das Sagradas Escrituras
nome por ser a antiga aliança que Deus havia feito com Abrão e renovado com os
patriarcas e com Davi. Tem sentido único de concerto, pacto, pois era o pacto que Deus
havia feito. Já o NT, é a nova aliança que Cristo fez conosco por meio de seu sangue,
além de ter também o sentido de “testamento”, que uma pessoa faz para outra herdar na
ocasião de sua morte. O testamento que Cristo nos deixou na ocasião de sua morte de
cruz, ou seja, a vida nova por intermédio de seu sangue e a certeza da vida eterna !
Estas divisões estão de acordo com as palavras de Jesus, veja Lc 24:44. O Antigo
Testamento é algumas vezes mencionado abreviadamente como a "lei e os profetas"
(Mt 5:17; 11:13; At 3:15). Ainda mais brevemente, o termo "Lei" parece incluir as
outras divisões (Jo 10:34; 12:34; 15:25; I Co 14:21).
O N.T, tem 27 livros. Foi escrito originalmente em grego; não o grego clássico dos
grandes pensadores e eruditos, mas o grego conhecido como (Koiné), ou
seja, popular, língua grega falada pelo povo (comerciantes, pescadores, etc). Seus 27
livros estão classificados em 4 grupos conforme os assuntos a que pertencem.
A Bíblia antes, não era dividida em capítulos e versículos, o que se deu da seguinte
forma:
Divisão em capítulos: Por volta de 1250, pelo cardeal Hugo de Saint Cher, abade
dominicano e estudioso das Escrituras.
Divisão em versículos: Em duas etapas: A.T em 1445 pelo Rabi Nathan; N.T. em
1551, por Robert Stephans, um impressor de Paris. Steves publicou a primeira Bíblia
(Vulgata Latina) dividida em capítulos e versículos em 1555.
A Bíblia contém: 1.189 capítulos e 31.173 versículos.
A.T. : 929 capítulos e 23.214 versículos
N.T. : 260 capítulos e 7.959 versículos
ABORDAGEM DO ALUNO
“A VIDA DOS ESCRITORES E O MILAGRE DA UNIDADE DA PALAVRA DE
TEMA:
DEUS”.
Que o aluno descdubra a mão de Deus por tráz dos escritores da Bíblia, devido à unidade
OBJETIVO: que a mesma apresenta em seus sessenta e seis livros, apesar da grande diferença cultural
e social dos escritores e da distância de tempo e lugares em que a mesma foi escrita.
“sabendo primeiramente isto: que nenhuma profecia da Escritura é de particular
MEMORIZAR: interpretação. Porque a profecia nunca foi produzida por vontade dos homens, mas os
homens da parte de Deus falaram movidos pelo Espírito Santo”. II Pe 1:20-21.
Reflita no fato de que a Bíblia apesar de ter sido escrita por homens judeus, com cultura
oriental com a possível exceção de Lucas, assim mesmo tem inlfuenciado a vida de
milhares de pessoas em todo o globo terrestre. Será que um livro escrito por escritores
REFLEXÃO: humanos, os quais com certeza não conseguem agradar a todos os gostos literários - como
vemos na literatura mundial: uns gostam de Machado de Assis, outros detestam, uns
gostam de Sideney Sheldon, outros detestam - teria condições de ser tido como um livro
comum a todos os povos? Não se diz que a Bíblia é alemã, japonesa, inglesa ou até mesmo
judáica. Cada povo DICAS PARA
a considera O PROFESSOR
como sua. Por quê?
Use o método do A R O A, (sigla de Alvo, Realidade, Objetivo e Ação)
INDIVIDUALMENTE com seus alunos da seguinte forma: peça para que eles façam no
caderno de anotaçõs, pode ser feito em grupo, porém cada aluno faz o seu, apenas
consultando os colegas de grupo. Funciona assim:
Ômega Cursos e Treinamentos 17
A Doutrina das Sagradas Escrituras
MÉTODO DO A R O A
A Bíblia é um só livro, sendo também muitos livros escritos por não menos que
quarenta escritores diferentes, muitos dos quais nunca se conheceram, através de um
período de 1.600 anos. Todavia sua unidade e continuidade são tão evidentes que é fácil
pensar que teve um só autor - que não seria outro senão o próprio Deus.
Dos sessenta e seis livros da Bíblia, os autores de cinqüenta e cinco livros são
facilmente identificados pela tradição e história. Os onze livros cujos autores não são
conhecidos: Juízes, Rute, 1 e 2 Samuel, 1 e 2 Reis, 1 e 2 Crônicas, Ester, Jó e Hebreus.
Alguns livros, tais como Gênesis, Juízes, 1 e 2 Reis, 1 e 2 Crônicas, cobrem
períodos tão longos da história que talvez se tratem de coleções de registros antigos
reunidos e editados por algum indivíduo escolhido por Deus, perto do final do período
descrito do livro. Por exemplo, Moisés poderia ter compilado o livro de Gênesis, ou seja,
agrupado os assuntos, colhendo-os de materiais já existentes ou de tradições orais, por
exemplo sobre a criação e os primeiros acontecimentos de Gênesis. Como? Abrãao foi
contemporâneo de Sem, filho de Noé que conheceu a Matusalem, esse contemporâneo do
próprio Adão. Desta forma Abraão, passou com certeza seus conhecimentos para Isaque
seu filho, o qual passou para Jacó, até José, que os levou consigo para o Egito, onde
nasceu Moisés. Pode ponderar que alguns desses fatos foram revelados pelo próprio
Deus a Moisés. Se assim for, o número real de escritores que contribuíram para a Bíblia
pode ser consideravelmente maior que quarenta. Salmos e Provérbios têm vários autores.
As inscrições que aparecem como cabeçalho de muitos salmos sugerem pelo menos sete
escritores diferentes. Além de Salomão, como autor de Provérbios, Agur é mencionado
no capítulo 30:1 e o Rei Lemuel no capítulo 31:1.
Todos os autores, com a possível exceção de Lucas, eram judeus e escreveram no
contexto da religião judaica. Todavia, as palavras por eles escritas contêm maior apelo e
interesse para as pessoas de todas as nações do que quaisquer outras palavras já escritas.
/ Gade
Esdras Esdras Governante de Israel João João Pescador
Cantares
Salomão
Jeremias Jeremias Profeta I, II e III João João Pescador
1) Complete a frases:
a) A Bíblia foi escrita por cerca de quarenta escritores diferentes. Sendo que algumas
informações registradas, foram colhidas de escritos ainda mais antigos, ou por
informações orais coletadas, por exemplo, Moisés não viveu na época de Adão,
Noé, Abraão, Isaque e Jacó, mas foi inspirado por Deus a coletar informações,
sendo que algumas delas possivelmente foram reveladas a ele pelo próprio Deus.
b) A Bíblia foi escrita através de um período aproximado de 1600 anos.
ABORDAGEM DO ALUNO
TEMA: “A BÍBLIA FOI INSPIRADA POR DEUS E NÃO ESCRITA POR HOMENS
SOMENTE”
Que o aluno aprenda que a Bíblia apesar de ter sido escrita por homens, ela tem como
OBJETIVO:
“AUTOR” , o próprio Deus que os “inpirou” para escreve-la.
“Toda Escritura é divinamente inspirada e proveitosa para ensinar, para repreender, para
MEMORIZAR: corrigir, para instruir em justiça; para que o homem de Deus seja perfeito, e perfeitamente
preparado para toda boa obra” II Tm 3:16-17.
Reflita sobre as várias teorias sobre a inspiração da Bíblia e diga porque a inspiração
REFLEXÃO:
Plenária ou verbal é a correta. Qual a intenção das outras teorias? tome como base (Salmos
10:1-18 e 14:1-7).
F. Definição de Inspiração
A Bíblia revela a fonte de sua magnificência: "Toda Escritura é inspirada por Deus."
Isto não significa que Deus "inspirou" os escritores (no sentido de dar-lhes uma “inspiração”
apenas), ou seja, que eles apenas interpretaram uma imaginação que lhes foi concedida, mas
que a Palavra foi produzida pelo sopro criativo de Deus. Assim como Deus soprou em Adão
o "fôlego da vida", Ele soprou também nas Escrituras o hálito de sua vida. Lemos igualmente
em 2 Pedro 1:21: "...os homens santos de Deus falaram inspirados pelo Espírito Santo". Este
versículo diz literalmente: "Porque nunca jamais qualquer profecia foi dada (ou trazida) por
vontade humana, entretanto homens falaram da parte de Deus movidos (ou trazidos) pelo
Espírito Santo."
G. Significado de Inspiração
A inspiração é então, o processo pelo qual, homens movidos pelo Espírito (2 Pe 1:21)
produziram escrituras inspiradas pelo Espírito (2 Tm 3:16). Esse poder inexplicável foi colocado pelo
Espírito Santo sobre os autores das Sagradas Escrituras, a fim de orientá-los até mesmo no emprego
das palavras usadas, e para preservá-los de todo erro e de todas as omissões.
O engano está em tentar explicar o inexplicável e sondar o insondável. Os meios ou o
processo de inspiração são um mistério da providência de Deus, mas os resultados deste
processo são um registro verbal (as palavras), pleno (estendendo-se igualmente a todas as
partes), infalível (sem erros) e com autoridade.
NOTA: A palavra, inspiração vem do latim e no seu sentido fisiológico, significa respirar para dentro. Ela
é usada pela ARC. (Almeida Revista e Corrigida) somente duas vezes no N.T. (IITm.3:16; IIPe.1:21). Este
vocábulo, embora consagrado pelo uso, e, portanto, pela teologia, não é um termo adequado, pois pode parecer
que Deus tenha soprado alguma espécie de vida divina em palavras humanas. Em II Tm 3:16 encontramos o
vocábulo grego ( - theopneustos), que significa soprado por Deus (e que foi tradizido
na ARC como “inspiradas”). Portanto, podemos afirmar que toda a Escritura é soprada ou expirada
(expiração do ar para fora) por Deus, e não inspirada como expressa a ARC. As Escrituras são o próprio sopro
de Deus, é o próprio Deus falando (II Sm 23:2). Apesar disso, como é usado o termo inspiração e não
expiração em nossas versões portuguesas, pelo menos nas mais antigas, devemos sempre ter em
mente que na verdade, as palavras foram expiradas por Deus, dentro dos escritores.
Aqui falamos das falsas teorias da inspiração da Bíblia, apresentando provas para
refutá-las:
Como vimos, existem várias teorias sobre inspiração aplicada à Bíblia, porém a
teoria correta é:
A teoria da Inspiração Plenária ou verbal. Esta sustenta que todas as palavras
escritas são inspiradas por Deus (2 Tm 3:16). O termo "Verbal" significa: as palavras e
"pleno" significa: completo, contrário de parcial. Ensina portanto, que as palavras em si, e
todas elas, são inspiradas. Significa que homens santos escreveram a Bíblia com palavras
de seu vocabulário, porém sob a poderosa influência do Espírito Santo de Deus. Deus
deu completa expressão aos seus pensamentos nas palavras do registro bíblico, sem
torná-los meras máquinas. Ele guiou a própria escolha das palavras usadas de acordo
com a personalidade, capacidade intelectual e o contexto cultural dos escritores; de
maneira que; de algum modo inescrutável e misterioso, o que eles escreveram, ou seja, a
Bíblia Sagrada é a própria Palavra de Deus. Após o último livro ser escrito cessou a
Inspiração Plenária, de modo que nem mesmo os escritores, nem qualquer servo de Deus
pode ser chamado inspirado no mesmo sentido.
ABORDAGEM DO ALUNO
K. No Velho Testamento
2 Samuel 23:2; Provérbios 1:23; Isaías 40:7-8; Isaías 59:21; Zacarias 4:6;
L. Nos Evangelhos
Mateus 22:29; Marcos 16:20; Lucas12:12; João 3:34; João 6:63; João 14:26;
M. Em Atos do s Apóstolos
Atos 1:16; Atos 4:31; Atos 6:10; Atos 10:44; Atos 10:37,38; Atos 11:15,16;
Atos 13:4,5; Atos 15:7,8; Atos 16:6; Atos 18:25; Atos 28:25;
N. Nas Epístolas
Romanos 15:18,19; 1 Coríntios 2:13; 1 Coríntios 12:8; 2 Coríntios 6:7; Efésios 1:13;
Efésios 6:17; 1 Tessalonicenses 1:5,6; 1 Timóteo 4:12; Hebreus 2:3,4; Hebreus 6:4,5;
1 Pedro 1:12; 2 Pedro 1:21; 1 João 5:7.
B. Crítico
No grego, Hebreus 4:12 diz: "A Palavra de Deus é... crítico dos pensamentos e
propósitos do coração."
C. Semente
1 Pe 1:23; Lc 8:5-15; Is 55:10,11; Tg 1:18. Este símbolo sugere o poder regenerativo
da Palavra. É uma Palavra que dá vida.
D. Lavadouro e Água
Ef 5:26; Ap: 1:5b; Sl 119:9; Jo 15:3. A pia ficava entre o adorador e o tabernáculo,
possibilitando a purificação. A mesma Palavra que revela nossa contaminação também
fornece um meio de limpeza.
E. Lâmpada e Luz
Sl 119:105,130; Pv 6:23. Esses símbolos falam da influência da Palavra, iluminando
e guiando num mundo de trevas. Ela existe para que seja "tanto mais confirmada a
Palavra profética, e fazeis bem em atendê-la, como a uma candeia que brilha em lugar
tenebroso” (2 Pe 1:19).
F. Fogo
Jr 23:29; Jr 20:9. A palavra "fogo" usada nestes versículos parece sugerir impulso e
energia consumidores. (Sl 39:3).
G. Martelo
Jr 23:29. Esta figura sugere o poder da Palavra, aplicada constantemente, que
eventualmente quebrará o coração duro como pedra.
H. Espada
Ef 6:17; Hb 4:12. Esta é a única arma ofensiva do crente em sua luta contra os
"principados e potestades, contra os dominadores deste mundo tenebroso, contra as
forças espirituais do mal, nas regiões celestes". (Ef 6:12).
I. Alimento
Da mesma forma que o corpo de carne precisa de alimento material, o espírito do
homem precisa do alimento espiritual, que é a palavra de Deus, sem a qual não tem vida.
Jó 23:12b.
Exemplos:
Fica mais fácil traçar a canonização dos 27 livros do N.T. do que as do A.T., pois a
evidência disponível é muito maior. Os livros do N.T. foram escritos durante a última
metade do século I A.D (ano domini - ano do nacimento do Senhor). A recém-formada
igreja cristã usava as Escrituras do A.T. como base para a sua fé, mas, além disso, era
dada grande importância às palavras de Jesus e aos ensinos dos apóstolos. Dessa forma,
não decorreu muito tempo antes que os evangelhos passassem a ser usados juntamente
com o A.T. A autoridade dos apóstolos é plenamente confirmada. Veja os seguintes
exemplos: I Jo 1:3; 2Pe 1:16; At 2:42; Ap 1:11. Em vista de as epístolas de Paulo terem sido
escritas para satisfazer a uma necessidade específica de uma igreja local ou de um
indivíduo, elas eram preservadas pelo seu valor espiritual e lidas nas igrejas. Em várias
ocasiões Paulo deu ordens para que suas cartas fossem lidas e circuladas: 1 Ts 5:27; Cl
4:16.
A demora de quase 400 anos (o último livro, apocalipse, foi escrito por volta de 96 a.C) para a
canonização dos livros do N.T, se deu pelo zelo da igreja e também pela responsabilidade
que envolvia a canonização. Muitos livros foram duramente debatidos. Houve bastante
relutância quanto às epístolas de Pedro, João e Judas, bem como ao livro de apocalipse.
Não é difícil compreender que, na ocasião em que o cânon do N.T estava sendo
considerado, havia muitos livros que reclamariam também uma posição no memso,
porém em sua maioria, eram ensinos adulterados e heréticos e assim foram considerados
como livros apócrifos do N.T. resultando no terceiro concílio de Cartago em 397 d.C. que
estabeleceu a forma final do cânon do NT, contendo os 27 livros canônicos e não houve
nenhum movimento no cristianismo para acrescentar, nem para anular qualquer coisa
nele. Antes disso, em 367 d.C, ou seja, 30 anos antes, Atanásio, Patriaca de Alexandria e
autor do célebre “Credo” que leva o seu nome, em defesa da divindade de Cristo,
publicou uma lista dos 27 livros canônicos como os temos hoje, esta lista foi aceita pelo
concílio de Hipona, (Africa) cidade da qual Agostinho era bispo, em 393 a.C. O próprio
Jesus Profetizou que os apóstolos iriam, através do ensinamento do Espírito Santo,
escrever o Novo Testamento veja (Jo 14:26).
C. Os Apócrifos
D. CURIOSIDADES
Estes são os 11 apócrifos aceitos atualmente pela igreja romana, os outros 03 livros
rejeitados a partir de 1546 d.C, são:
• 3 Esdras
• 4 Esdras
• A Oração de Manassés
NOTA.: Os livros apócrifos de 3 e 4 Esdras, são assim chamados, pois nas edições
católicas os livros canônicos de Esdras e Neemias são respectivamente I e II Esdras.
E. Definição de Infalibilidade
F. O Testemunho da Infalibilidade
1. De onde vem esta doutrina de infalibilidade? Da própria Escritura. Ela afirma ser
inspirada por Deus. (2 Tm 3:16 e 2 Pe 1:21)
a) Os escritores do Antigo Testamento são muito claros ao afirmar que estavam
transmitindo a Palavra de Deus. (Dt 4:2; Sl 19:7; 2 Sm 23:2; Is 1:2; Jr 1:7-9; Ez 2:7)
b) Os escritores do Novo Testamento também dão testemunho do fato de que
Deus era quem falava no Antigo Testamento. Exemplos: Nos Evangelhos - Mt
1:22; Lc 1:70; Mc 12:36; Nas Epístolas - Rm 7:12; Hb 4:12; Tg 1:22-25; 4:5; Ap
22:18-19.
Desta maneira, no início (Dt 4:2; 12:32), no meio (Pv 30:6) e no fim das Escrituras
(Ap 22:18,19), Deus adverte contra a alteração da sua Palavra, acrescentando ou
retirando qualquer coisa de sua mensagem.
c) O próprio Jesus deu testemunho da Escritura. Cristo confirmou especificamente
todo o Antigo Testamento, no qual não encontrou um único erro ou
inconsistência. Baseou continuamente seus argumentos e exortações sobre ele.
(Mt 5:18; Jo 10:35). Em Lc 24:44 Jesus se refere às três seções que abrangiam o
A.T. inteiro.
Exercícios
• Mateus 19:7-9
• Marcos 12:26
• Jo 3:14; Mc 12:26
• Mateus 12:40
• Mateus 12:41
• Mateus 6:29
• Mateus 12:3-4
• Lucas 4:25
• Lucas 4:27
• Mateus 23:35
• Lucas 4:16-21
• Mateus 17:10-13
• Mateus 24:15
VI. Pedra – Ex. Deus deu a Moisés os Dez Mandamentos escritos em tábuas de
pedra.
VI. Argila – Preparada em pequenos tabletes, era usada pelos assírios e
babilônicos.
VI. Madeira – Bastante usada pelos gregos. Ex. Isaías 30:8 e Habacuque 2:2.
VI. Couro – O Talmude judeu (conjunto das leis judaicas – escritas e orais -
inclusive o pentatêuco), exigia especificamente que as Escrituras fossem
copiadas sobre peles de animais, sobre couro. É praticamente certo, que o A.T.
foi escrito em couro. Eram feitos rolos, costurando juntas as peles que mediam
de alguns metros a 30 metros ou mais de comprimento. O texto era escrito em
colunas perpendiculares ao rolo. Os rolos, entre 26 a 70 cm de altura eram
enrolados em um ou dois pedaços de pau.
VI. Papiro – É quase certo que o N.T. foi escrito sobre papiro, por ser este o
material de escrita mais importante na época. O papiro é feito cortando-se em
tiras seções delgadas de cana de papiro, empapando-as em vários banhos de
água, e depois sobrepondo-as umas às outras para formar folhas. Uma
camada de tiras era colocada por sobre a primeira, e depois as punham numa
prensa, a fim de aderirem umas às outras. As folhas tinham de 15 a 38 cm de
altura e 8 a 23 cm de largura. Rolos de qualquer comprimento eram
preparados colocando juntas as folhas. Geralmente mediam cerca de 10m de
B. O códice
O códice é um manuscrito em forma de livro, em vez de rolo. Em torno do século I
ou II d.C., as folhas de material escrita foram juntadas em forma de livro ao invés de
reuni-las lado a lado para fazer um rolo. O códice era de mais fácil transporte e tornou
possível manter uma quantidade muito maior de escrita num só lugar.
A tinta negra para escrever era preparada com fuligem ou negro de fumo e cola,
diluídos em água. Os essênios, que escreveram os Rolos do Mar Morto, usavam ossos
queimados de cordeiro e azeite. É notável como a escrita permanece tão bem conservada
até hoje. Os instrumentos de escrita eram um conzel para usar sobre pedra e um estilete
feito de metal ou de madeira dura para uso nas tábuas de argila. Penas foram inventadas
para escrever sobre o papiro ou pergaminho. Estas eram feitas de talos ocos de grama de
pasto (capim) ou bambu. O bambu seco era cortado diagonalmente com uma faca, sendo
bem afiado na extremidade, a qual era então fendida. A fim de manter os materiais em
boas condições, os escribas portavam uma faca. É preciso ressaltar que, tanto quanto
sabemos, nenhum dos autógrafos. Alguns podem vir a ser ainda descobertos, mas isso é
duvidoso. Não se encontrou até agora nenhum material dos tempos bíblicos. É possível
que se existissem, as pessoas iriam adorá-los fisicamente, tal como fizeram os judeus no
deserto com a serpente de metal (Nm 21:5-9; II Reis 18:3-4).
D. Idiomas usados
VI. Hebraico – Quase todo o A.T. foi escrito em hebraico. As letras tipo bloco eram
escritas em maiúsculas, sem vogais, sem espaços entre palavras, frases ou
parágrafos, e sem pontuação. Os pontos das vogais foram acrescentados mais
VI. Grego – Apesar de Jesus falar aramaico, o Novo Testamento foi escrito em
grego. A mão de Deus pode ser vista nisto, porque o grego era o idioma
internacional, ou seja, comercial do século I, assim como é o inglês hoje,
tornando assim, possível a divulgação do evangelho através de todo o mundo
então conhecido.
E. Manuscritos
VI. Definição – A palavra “manuscrito” como usada hoje é restrita àquelas cópias
da Bíblia feitas no mesmo idioma em que foram originalmente escritas e não
aos originais, aos quais chamamos “aoutógrafos”. Na ocasião em que a Bíblia
veio a ser impressa (1455 d.C.), havia mais de 2000 manuscritos nas mãos de
certos letrados. Nenhum era, de forma alguma, completo. Alguns contêm
apenas porções do texto original, mas reunidos podem assegurar um texto
completo. Existem cerca de 4.500 manuscritos do Novo Testamento. Este
número é significativo quando se considera que os eruditos tendem a aceitar
dez ou vinte manuscritos dos escritos clássicos, a fim de reputar genuína uma
obra antiga.
- Manuscrito Sinaítico: - Código Alef (340 d.C) – único com o Novo Testamento
completo, Manuscrito Vaticano: – Códice B (325 d.C), Manuscrito Alexandrino: –
Códice A (425 d.C), Manuscrito Efráemi: – Códice C (345 d.C), Manuscrito Beza: –
Códice D (Século VI).
F. As Versões
Depois dos manuscritos, a próxima forma mais importante das Escrituras, que dá
testemunho da sua antiguidade, são as versões. A versão é uma tradução do idioma
original de um manuscrito em outro idioma. Existe um número muito grande de versões,
mas apenas algumas serão consideradas como exemplos dispersos através dos anos até
hoje.
VI. A Septuaginta – Esta é, talvez a mais importante das versões, por sua data
antiga e influência sobre outras traduções. A Versão Septuaginta é uma
tradução do Antigo Testamento hebraico para o grego. Foi iniciada a cerca de
250 a.C. e terminada cerca de 150 a.C. – (esta é a versão mais aceita por alguns
eruditos), sendo provavelmente a mais antiga tentativa de reproduzir um
livro de um idioma para outro. É o documento bíblico mais antigo que
possuímos, sendo a cópia mais antiga, datada de 325 d.C.
VI. As versões siríacas – O idioma sírio era a principal língua falada nas regiões da
Síria e da Mesopotâmia. É quase idêntico ao aramaico.
G. Crítica Bíblica
VI. Alta Crítica – Examina os vários livros da Bíblia do ponto de vista da sua história.
Por exemplo, trata da idade, autoria, autenticidade canônica. Traça a sua origem,
preservação e integridade, mostrando seu conteúdo, caráter geral e valor. É
segundo a teologia tradicional, inimiga do texto bíblico por assim dizer, já que
todo ele é inspirado e ela ocupa-se em mutilar o mesmo, baseando-se em fontes
externas de conhecimento humano para provar ou não sua autenticidade
histórica (datas, citação de lugares, que eles acham que nem existiram, etc). Por
exemplo, Eruditos da alta crítica riam do fato de se atribuir a “autoria” do
pentateuco a Moisés dizendo que ele não poderia tê-lo escrito, pois a escrita ainda
era desconhecida nesta época, o que já há muito foi refutado como vimos. Outro
fato é o de acharem que o povo hetita, ou os heteus, nem sequer existiu, sendo
Ômega Cursos e Treinamentos 41
A Doutrina das Sagradas Escrituras
sua citação na Bíblia uma história fictícia segundo eles. Riam desse fato e diziam
que não havia nenhuma evidência da existência desse povo, que é citado na Bíblia
em passagens como Gn 25:9; 26:34 e Ex: 23:28. Porém no início do século XX,
arqueólogos descobriram os impresionantes hieroglifos hititas na cidade de
Bogatz-Keui, no Oriente Médio. Mais tarde foi escavada uma cidade hitita
inteira.
VI. Crítica Menor (Baixa Crítica ou Crítica Textual) – O segundo tipo de crítica tem por
objetivo, verificar as palavras exatas dos textos originais da Bíblia. Seu método é o
de reunir e comparar os manuscritos, versões e citações antigas da Escritura; e
determinar com isso, a leitura correta de cada passagem duvidosa, sabendo que
para isso contam com cerca de 4000 manuscritos da Bíblia. Diferente da alta
crítica, a crítica textual ao lado da arqueologia vem provando que o texto bíblico é
autêntico, o que não poderia ser diferente, visto que o seu autor é o próprio Deus.
Deve-se levar em consideração, que os MSS, ou seja, as cópias dos autógrafos, são
de datas das mais varias e foram achados em lugares e épocas distantes uns dos
outros. Tendo sido escritos por pessoas, de várias épocas diferentes e em lugares
diferentes. Tendo-se notado fidelidade em todos eles, exceto quando de erros, os
quais são explicsados adiante, o que não interfere nesta fidelidade, devido ao
trabalho da crítica textul. Portando, com isso temos a certeza de sua
autenticidade.
VI. Os Pais da Igreja – esses homens foram chamados “pais”, que é um sinônimo
de mestres. Foram grandes líderes, teólogos, professores e eruditos dos
primeiros séculos depois de Cristo. Eram cristãos dedicados que escreveram
sermões, comentários e harmonias. Eles defendiam ardentemente a fé contra
as incursões pagãs.
VI. Os Rolos do Mar Morto – Os Rolos do Mar Morto, cerca de 350, foram
considerados como sendo uma das maiores descobertas arqueológicas do
século XX. Escritos pelos essênios entre o primeiro século antes de Cristo e o
primeiro século depois de Cristo, as partes bíblicas deste rolo (quase o A.T
inteiro), nos fornecem manuscritos mais antigos que quaisquer outros.
VI. Que saibam todos os estudiosos sinceros da Palavra de Deus, que ela é um
verdadeiro milagre. Imagine se fosse dada a missão de escrever um livro a
quarenta escritores diferentes, com cultura, nível social e econômico
diferentes. E que vivessem em lugares grandiosamente distantes. E que os
mesmos escritores, fossem selecionados num período de 1600 anos. Cada
escritor, ao terminar a sua obra, deveria gardá-la bem segura, a fim de que não
desaparessesse, por outro lado, deveria também incentivar a leitura do seu
livro em sua época e proceder para que a posteridade também o tivesse como
obra prima e principalmente que seu assunto fosse atual, sempre. Sabendo
que poderia haver perseguição com intuito de sua destruição, devido ás
culturas diferentes, interesses políticos, etc. Ao final de 1600 anos, todos os
escritos deveriam ser agrupados em um só volume e considerados um só
livro, tendo um conteúdo e uma idéia central ÚNICA. CERTAMENTE ISSO
SERIA A MAIOR CATASTROFE DA LITERATURA MUNDIAL ! Pois bem,
isso foi o que aconteceu na confecção, preservação e agraupapamento dos
livros da Bíblia Sagrada. E o fato de ter ela, um conteúdo indiscutivelmente
único e sempre atual em seus sessenta e seis livros, nos leva a ter a certeza de
que ela possui somente um autor, que não é outro senão o DEUS TODO
PODEROSO, que a trouxe até nós é que a preserva até hoje !
Exercícios:
1) Complete as sentenças:
a) A história de como a Bíblia chegou até nós, na forma em que a conhecemos,
começa com os “manuscritos” originais, ou “autógrafos”, como são chamados.
b) Durante anos, os céticos declararam que Moisés não poderia ter escrito a primeira
parte da Bíblia porque a escrita era desconhecida na época (1500 a.C.). Porém a
ciência da arqueologia provou desde então que a escrita já era conhecida milhares
de anos antes dos dias de Moisés. Os sumérios, egípcios e babilônicos já
escreviam em 4000 a.C.
c) Alguns materiais usados pelos escritores da Bíblia:
i) Pedra – Ex. Deus deu a Moisés os Dez Mandamentos escritos em tábuas de
pedra.
ii) Argila – Preparada em pequenos tabletes, era usada pelos assírios e babilônicos.
iii) Madeira – Bastante usada pelos gregos. Ex. Isaías 30:8 e Habacuque 2:2.
APENDICE I
INERRÂNCIA OU INFALIBILIDADE
APENDICE II
AUTENTICIDADE OU GENUINIDADE
Dizemos que um livro é genuíno ou autêntico quando ele é escrito pela pessoa ou pessoas
cujo nome ele leva, ou se anônimo, pela pessoa ou pessoas a quem a tradição antiga o atribui, ou se
não for atribuído a algum autor ou autores específicos, à época que a tradição lhe atribui. O Credo
Apostólico não é genuíno, porque apesar de ter este nome, não foi composto pelos apóstolos. As
Viagens de Gulliver (conto popular norte americano) é genuíno, tendo sido escrito por Dean Swift,
embora seus relatos sejam fictícios. Atos de Paulo (Livro Apócrifo) não é genuíno, pois foi escrito por
um sacerdote contemporâneo de Tertuliano bem depois de Paulo. Desse modo a autenticidade
APENDICE III
CREDIBILIDADE OU VERACIDADE
1. Autenticado por Jesus Cristo: Cristo recebeu o A.T. como relato verídico. Ele
endossou grande número de ensinamentos do A.T., como, por exemplo: A
criação do universo por Deus (Mc.3:19), a criação do homem (Mt.19:4,5), a
existência de Satanás (Jo.8:44), o dilúvio (Lc.17:26,27), a destruição de Sodoma e
Gomorra (Lc.17:28-30), a revelação de Deus a Moisés na sarça (Mc.12:26), a
dádiva do maná (Jo.6:32), a experiência de Jonas dentro do grande peixe
(Mt.12:39,40). Como Jesus era Deus manifesto em carne, Ele conhecia os fatos, e
não podia se acomodar a idéias errôneas, e, ao mesmo tempo ser honesto. Seu
testemunho deve, portanto, ser aceito como verdadeiro ou Ele deve ser
rejeitado como Mestre religioso.
APÊNDICE IV
BIBLIOLATRIA
APÊNDICE V
BIBLIOMANCIA
Filipenses 4:10-19
10 Ora, muito me regozijo no Senhor por terdes finalmente renovado o vosso cuidado para comigo; do qual na
verdade andáveis lembrados, mas vos faltava oportunidade.
Explicação: (Paulo agradece aos Filipenses e louva ao Senhor, por eles se lembrarem dele, através
das ofertas para a manutenção do seu ministério). Diz que faz isso não por necessidade, pois está
acostumado e experimentado tanto na ABUNDÂNCIA COMO NA ESCAÇES, pode todas essas coisas
naquele que o fortalesse.
17 Não que procure dádivas, mas procuro o fruto que cresça para a vossa conta.
Explicação: (Paulo explica que o fato dele se alegrar nas suas ofertas é porque as mesmas contribuem
para a própria felicidade e prosperidade deles (filipenses), como vemos nos vv 18-19, logo abaixo).
18 Mas tenho tudo; tenho-o até em abundância; cheio estou, depois que recebi de Epafrodito o que da vossa parte
me foi enviado, como cheiro suave, como sacrifício aceitável e aprazível a Deus.
19 Meu Deus suprirá todas as vossas necessidades segundo as suas riquezas na glória em Cristo Jesus.
Explicação: (Podemos sim ser abençoados, espiritual, física e financeiramente falando, pelo que
Paulo nos diz neste dois versículos finais – 18 e 19 - , mas isso, devido à nossa preocupação em colocar o
reino de Deus em primeiro lugar, como aconteceu com a igreja de Filipos. Porém, o versículo 13, expressa
uma verdade bem diferente da que tem sido pregada por aí !)
APENDICE VI
INTERPRETAÇÃO
APENDICE VII
Meditação
A Bíblia contém uma grande quantidade de textos que falam a respeito da
MEDITAÇÃO e este fato já é o suficiente para que saibamos de sua importância em nossa
vida cristã. Trata-se de uma atividade de altíssimo nível, requerendo, portanto, dos seus
praticantes fidelidade e disciplina.Esta prática, porém, para os ocidentais, é uma prática
muito difícil. A nossa natureza luta contra nós. Somos naturalmente empíricos. Os povos
orientais são dados a esta prática e isto pode ser visto nas artes marciais, seitas, vida
cotidiana, etc; a MEDITAÇÃO está presente em tudo. Assim, o cristão ocidental que pretende
se aventurar no campo da MEDITAÇÃO deve saber de antemão que travará uma luta
intensa contra a sua própria natureza. Mas a vitória é possível. Não desanime já.
Importância
Comentei que a Meditação não se restringe somente a Palavra, mas que envolve outras
áreas da nossa vida, tanto espiritual, quanto material. Mas de que forma? Vejamos quais são
as coisas que a Bíblia nos dá como escopo da Meditação:
A Palavra de Deus
Como não poderia deixar de ser, a Bíblia é o objeto principal da meditação.
Simplesmente porque é dela que pregamos, ensinamos, evangelizamos. É o centro de nossa
vida e aquela que merece muito tempo de meditação. Nela estão as verdades de Deus. Eis
alguns textos que nos ordenam isto: Js. 1.8,9; Sl. 1.2; Sl. 119.23,48,78,97,148; etc...
1
[Do lat. meditatione.] S. f.
1.Ato ou efeito de meditar; concentração intensa do espírito; reflexão.
2.Oração mental, que consiste sobretudo em considerações e processos mentais discursivos, e que se opõe à contemplação.
Ômega Cursos e Treinamentos 57
A Doutrina das Sagradas Escrituras
O Sl. 77.12 entre outros nos convida a meditar nas obras de Deus e nas suas
maravilhas. Isto nos leva a pensar sobre a grandeza, o poder, a misericórdia divina.
Jesus nada fazia de momento. Suas atitudes eram todas "pré vistas" diante de Deus.
Um exemplo comum de como a meditação é uma preparação para agir pode ser visto nas
artes marciais, onde os movimentos são desenvolvidos a nível mental e não somente físico.
As nossas aulas, pregações e outras coisas devem ser executadas primeiramente a nível
mental, ou seja, devemos reservar um período para mentalmente, repassar todos os passos
da aula ou da pregação. Esta prática nos dá muita segurança no conduzir das nossas
atividades. São nestes momentos que Deus acrescentará ao professor estratégias,
criatividade, dinâmicas, enfim, tudo o que for necessário para que a ministração seja um
sucesso: alunos satisfeitos e edificados na Palavra. Deve fazer parte da preparação da aula.
Um bom professor deve ministrar a mesma aula em três tempos: antes, durante e depois.
Antes é a meditação na aula, durante é a ministração da aula propriamente dita e o depois e a
reflexão onde se busca corrigir as falhas ocorridas ou aprimorar os métodos para que na
ocasião seguinte, possa-se alcançar resultados mais profundos e satisfatórios. Pode-se pensar
que isto venha a anular o Espírito. Mas não é assim, ou melhor, não deve ser assim. Toda a
nossa preparação deve ser submetida a Deus. Era assim que Jesus fazia. Quando partia para
realizar algo, ele já tinha a ação delineada pelo Espírito e de certa forma, já tinha realizado a
ação no mundo espiritual e a consumava no mundo físico.
SUGESTÕES DE LEITURA
Atividade prática:
Memorização
Introdução
Sabe-se atualmente que utilizamos apenas 10% de nossa capacidade mental, ou seja,
na realidade o ser humano desconhece a plenitude de sua mente e o que ela pode realizar.
Alguns poucos que se aventuram a desbravar esta área de sua vida alcançam logo destaque
entre os demais. Existem diversos fatores que nos levam a não usar nossa mente. Um deles é
o desenvolvimento tecnológico. A cada dia que passa precisamos menos de nossas mentes
para resolver nossos problemas, os quais passam a ser solucionados pelos simples apertar de
botões e coisas assim. Mesmo as crianças não são incitadas a usar suas mentes, visto que a
maioria dos brinquedos modernos são eletrônicos, que exigem pouco da criança em termos
de aprendizado e raciocínio. Mas o maior e pior dos fatores é a preguiça mental. Gostamos
de viver do jeito que estamos e nem sempre queremos pagar o preço da aventura para além
dos 10%; porque ela exige dedicação. Dedicação do tipo que acontecia nos mosteiros antigos
ou entre os judeus escribas, onde havia um intenso programa de memorização das
Escrituras, livros inteiros eram recitados decor. Os tempos de perseguição, principalmente
naqueles em que os inimigos queriam extinguir a Palavra de Deus, faziam com que esta
prática crescesse muito. Assim temos exemplos históricos vívidos desta prática, pouco
executada nos dias atuais. Por quê? Porque nunca ninguém soube o que é não ter uma Bíblia
em casa e muito menos soube o que é ser ilegal possuir uma delas.
Técnicas de memorização
Primeiramente você deve saber que Memorização não se restringe a versículos. Ela
pode ser aplicada de outras formas como memorizar feitos bíblicos, capítulos, ensinamentos,
etc... Outro aspecto importante: Memorizar não é decorar. Neste caso você esquece rápido,
mas naquele o que você guardou em sua mente, acompanhará você por toda vida.
"Tampouco queremos,": repita diversas vezes esta parte, até sentir que está em você.
Pronto?
irmãos,: Repita o processo. Pronto? Agora você deve repetir as duas primeiras partes
juntas, vela abaixo:
"Tampouco queremos, irmãos”,: Repita isso muitas vezes. Você adquirirá com o tempo,
experiência para saber quando parar. Concluído, passe para a terceira parte.
Deixando as duas primeiras armazenadas, passe agora para esta parte e repita o processo de
repetição.
Pronto? Muito bom! Agora guarde estas três e vamos para a última. Repita o processo.
"para que não entristeçais como os demais que não tem esperança."
"Tão pouco queremos, irmãos, que ignoreis acerca dos que dormem, para que não entristeçais
como os outros que não tem esperança."
Uma vez concluída a memorização, você deve repetir o versículo mais algumas vezes
incluindo agora a referência, no caso, I Ts. 4.13. Assim, toda vez que você ouvir o texto
lembrar-se-á da referência e vice-versa. Quando ocorrer de estar em um culto e ouvir a
referência, mas não conseguir lembrar o texto, então você deve repassar o versículo até que
fique gravado em sua memória. Este é o processo básico. Com o muito praticar você começa
a falar com o texto e isto começa a facilitar a memorização. No texto acima, por exemplo, note
que uma parte pede a outra e assim quando você percebe isto começa a ficar mais fácil
lembrar o que está faltando.
A primeira parte diz: Tão pouco queremos. Quem não quer, não quer alguma coisa de
alguém. O alguém aqui é irmãos e o que não se quer dos irmãos: que ignoreis acerca dos que
dormem. Quem quer, quer alguma coisa de alguém para alguma finalidade. Qual a
finalidade? para que não entristeçais como os outros que não tem esperança."
A primeira vista parece difícil, mas com o tempo se torna automático. Quando, pois,
for memorizar um texto, secione o mesmo e observe o que pode ser perguntado ao texto.
Ômega Cursos e Treinamentos 62
A Doutrina das Sagradas Escrituras
Assim se você esquecer de uma parte pode perguntar ao texto qual a parte que está faltando,
até que ela seja inculcada em sua mente.
Você já ouviu algum aluno de alguma escola dizer o seguinte: "Eu tive o maior
trabalho de fazer a cola e nem precisou. Eu lembrei de tudo."? Sabe por quê isto acontece?
Porque aquilo que ele ouviu, ele dispôs-se a escrever. O ato de escrever ajuda a fixar o que foi
lido e ouvido. Escreva tudo o que você memoriza. Estes são os três passos básicos no estilo de
Memorização proposto neste treinamento, existem outros que podem ser aprendidos de
escolas profissionais e que estão à disposição daqueles que desejarem se aprofundar nesta
área.
O que memorizar?
Memorizando temas
É importantíssimo para o professor saber o que trata cada livro da Bíblia, o seu tema
central. Ainda em relação a temas você pode memorizar todos os capítulos que falam acerca
de um mesmo assunto. Um exemplo quais os capítulos que falam sobre carne sacrificada aos
ídolos? At. 15; I Co. 8,10. E assim por diante. Invente a sua maneira, Deus pode te levar a
seguir outros rumos dentro desta disciplina.
Conclusão
De maneira resumida, isso é o mínimo necessário que você precisa saber acerca da
memorização. Tenha certeza de uma coisa: se você praticar, ainda que seja este mínimo, você
perceberá a diferença com o tempo. Não se desespere, tenha paciência. Depois fazer uma ou
Ômega Cursos e Treinamentos 63
A Doutrina das Sagradas Escrituras
duas memorizações você poderá determinar o seu ritmo. Um, dois, três, dez versículos por
dia, não importa. O importante é fazer.
Acima você tem 39 versículos, um de cada livro do VT, para memorizar. Depois que
terminar estes faça você mesmo uma lista semelhante do NT e memorize. Procure escolher o
versículo chave de cada livro ou um importante, que sempre seja usado. Mãos a obra!!!
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