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Livro de Repertórios Socioculturais 1

UNIVERSAIS

LEMBRE-SE:

Os repertórios aqui chamados de “universais” são sugestões de cartas ‘coringa’ para você levar
para a prova, mas lembre-se de tentar buscar repertórios específicos ao tema! Estes vão te pontuar
melhor, mas você pode combinar um mais genérico com outro específico, por exemplo.

“O mais escandaloso dos escândalos é que nos habituamos a eles”

Autor: Simone de Beauvoir, escritora, intelectual e filósofa francesa

“A insatisfação é o primeiro passo para o progresso de um homem ou de uma


nação”

Autor: Oscar Wilde, escritor, poeta e dramaturgo britânico

“Não são as crises que mudam o mundo, e sim nossa reação a elas”

Autor: Zygmunt Bauman, filósofo e sociólogo polonês

“A inclusão acontece quando se aprende com as diferenças e não com as


igualdades”

Autor: Paulo Freire, educador brasileiro

“Se queres prever o futuro, estuda o passado”

Autor: Confúcio, pensador e filósofo chinês

“Temos de nos tornar a mudança que queremos ver”

Autor: Mahatma Gandhi, ativista indiano

“A vontade geral deve emanar de todos para ser aplicada a todos”

Autor: Jean-Jacques Rousseau, filósofo suíço

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Constituição Federal da República Federativa do Brasil de 1988

Art. 5. Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros
e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à se-
gurança e à propriedade.

Declaração Universal dos Direitos Humanos (DUDH)

Art. 1. Todos os seres humanos nascem livres e iguais em dignidade e direitos. São dotados de razão e
consciência e devem agir em relação uns aos outros com espírito de fraternidade.

Banalidade do Mal
Hannah Arendt, filósofa alemã

Hannah Arendt defende que a sociedade contemporânea passou por um processo de massificação e
alienação, tal qual os indivíduos tornaram-se incapazes de realizar julgamentos, alucinados e aceitan-
do as situações sem questionar. Assim, as situações de injustiça e desigualdae são passadas desper-
cebidas pela sociedade pela “banalidade do mal”.

“O Cidadão de Papel”
Gilberto Dimenstein, 1993

Em seu livro, Dimenstein argumenta que a legislação brasileira não é eficaz, visto
que, embora aparente ser completa na teoria, muitas vezes não é concretizada
na prática, deixando os direitos do cidadão apenas “no papel”. É uma ótima re-
ferência caso sua análise envolva contrapôr um direito supostamente assegura-
do na legislação, mas que não se vê garantido na realidade, apenas “no papel”.

“Ensaio sobre a Cegueira”


José Saramago, 1995

O livro conta a história de um país que é tomado por uma epidemia de “cegueira bran-
ca”: os infectados deixam de enxergar tudo, somente um véu branco, leitoso. O livro
não trata apenas da cegueira física, mas traça uma ácida crítica à sociedade quan-
to à cegueira moral: o egoísmo, medo, covardia, imparcialidade. Vivemos em uma
sociedade em que nos cegamos para os problemas, que são aceitos passivamente.

“Raízes do Brasil”
Sérgio Buarque de Holanda, 1936

Sérgio Buarque de Holanda apresenta o conceito do “Homem Cordial. Este seria o


brasileiro: um ser que prioriza a cordialidade, agir com o coração. Muitas vezes isso
significa priorizar os laços emotivos frente à razão, o que gera problemas na sociedade.

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EDUCAÇÃO

• Analfabetismo total e funcional • Escolas cívico-militares no Brasil


• A evasão escolar em questão no Brasil • A evasão nas universidades brasileiras: desa-
• Caminhos para combater o bullying nas es- fio educacional urgente
colas do Brasil • A Reforma do Ensino Médio
• O papel da família na educação dos jovens • A educação como meio transformador da
• Educação alimentar vida do brasileiro
• Educação ecológica • Os jovens brasileiros e a escolha da profissão
• A ação das escolas na comunidade a seguir
• Educação pública/formal no Brasil • O mau comportamento dos alunos em sala
• Leitura dos brasileiros no Brasil
• Educação financeira • A educação domiciliar em questão no Brasil
• Valorização do ensino superior (“homeschooling”)
• A importância do ensino a distância • A necessidade de educação financeira no
• Incentivo à pesquisa científica Brasil
• Credibilidade da pesquisa científica • O movimento estudantil
• Os desafios do ensino técnico no Brasil

“A educação é a arma mais poderosa que se pode usar para mudar o mundo”

Autor: Nelson Mandela, advogado, líder e ex-presidente da África do Sul

“Se a educação sozinha não transforma a sociedade, sem ela tampouco


a sociedade muda”

“Não há saber mais ou saber menos:


“A educação deve ser transformadora”
há saberes diferentes”

Autor: Paulo Freire, educador e filósofo brasileiro

“As famílias confundem escolarização com educação”

Autor: Mário Sérgio Cortella, filósofo e escritor brasileiro

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“O ser humano é aquilo que a educação faz dele”

Autor: Immanuel Kant, filósofo alemão

“Temos escolas do século XIX, professores do século XX e alunos do século


XXI”

Autor: José Pacheco, ex-diretor da Escola da Ponte

“A educação tem raízes amargas, mas os seus frutos são doces.”

Autor: Aristóteles, filósofo grego

“Educai as crianças e não será preciso punir os homens”

Autor: Pitágoras, filósofo e matemático grego

“Se queres prever o futuro, estuda o passado.”

Autor: Confúcio, filósofo e pensador chinês

“A educação é uma socialização da jovem geração pela geração adulta”

Autor: Émile Durkheim, sociólogo francês

Educação Bancária Empoderamento


Paulo Freire, educador brasileiro Paulo Freire, educador brasileiro

Paulo Freire defende que a escola não deve O conceito de empoderamento é definido por Paulo
ofertar uma educação bancária, isto é, de- Freire como o processo pelo qual grupos historicamente
positar conhecimentos na mente do indiví- oprimidos ganham conscientização de sua opressão e
duo. Ao invés disso, é necessário educar o organizam-se com o objetivo de libertação e obtenção
indivíduo para que ele “tome as rédeas da de poder político. De acordo com o autor, a educação
própria vida”, e para isso, o indivíduo precisa é uma importante ferramenta na efetivação desse pro-
aprender a “ler o mundo”. cesso e necessária por seu potencial transformador.

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Constituição Federal da República Federativa do Brasil de 1988

Art. 205. A educação, direito de todos e dever do Estado e da família, será promovida e incentivada com
a colaboração da sociedade, visando ao pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício
da cidadania e sua qualificação para o trabalho.

1. Segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua) 2019, a taxa de
analfabetismo das pessoas de 15 anos ou mais de idade no Brasil foi estimada em 6,6%
de pessoas).

2. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Es-


, o nível de instrução de 32,2%
das pessoas com 25 anos ou mais de idade era
de Ensino Fundamental Incompleto em 2019.

3. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e


, em 2020, das 50 milhões de
pessoas com idades entre 14 e 29 anos, 10 mi-
lhões, ou seja, 20% delas, não tinham terminado
alguma das etapas da educação básica.

“O Ateneu”
Raul Pompeia, 1888

Parte do movimento realista no Brasil, “O Ateneu” narra a trajetória de Sérgio, que,


já adulto, reconta em primeira pessoa suas vivências em um colégio interno na
cidade do Rio de Janeiro, chamado Ateneu, durante o final do século XIX. O li-
vro defende a ideia de que a escola é um reflexo da sociedade, como um micro-
cosmo social. O que acontece na escola reflete as relações de toda a sociedade.

“Infância”
Graciliano Ramos, 1945

O livro é uma autobiografia de Graciliano Ramos, que mistura elementos pessoais


com sociais. Ao mesmo tempo em que o autor confessa as suas memórias desde
os 2 anos de idade até a sua puberdade, são expostos problemas que afetaram
não só ele mesmo, mas também o seu meio. No capítulo “Escola”, Graciliano Ra-
mos traça uma crítica muito atual ao sistema educacional: como ensinar eficiente-
mente, se o que é apresentado aos alunos está muito distante da realidade deles.

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“Harry Potter e a Ordem da Fênix”
J.K. Rowling, 2003

A saga completa trata do eixo educacional ao descrever as experiências de


alunos em uma escola de magia, onde eles são postos em risco com inva-
sões, guerras e violência, o que pode ser comparado aos atuais tiroteios es-
colares. Ao mesmo tempo, o bullying é abordado no passado do Professor Se-
vero Snape. Mais especificamente, no quinto livro do universo literário, vê-se a
intervenção do Ministro da Magia, Cornélio Fudge, em uma reforma no ensino
de Hogwarts, como forma de tirania no poder. A interferência estatal na educa-
lucasfelpi.com.br/
ção é uma forma clássica de se manter no poder, já que uma sociedade inteli-
redpop/harry-potter gente e politizada é mais difícil de ser manipulada pelas instituições do Estado.

“Pro dia nascer feliz” - 2007


O documentário de João Jardim aborda o sistema educacional brasileiro,
descrevendo realidades escolares de diferentes contextos sociais, econô-
micos e culturais a partir de diversos olhares: da instituição, do aluno, do pro-
fessor e da família. O diretor visita, por exemplo, a escola mais cara e eli-
tizada do país, ao mesmo tempo em que visita uma escola extremamente
sucateada no interior do Ceará. O objetivo é expor o abismo existente en-
tre as escolas públicas e privadas e a relação do adolescente com a escola.

“Quando sinto que já sei” - 2014


O documentário de 2014 se propõe a mostrar iniciativas alternativas ao sistema
educacional tradicional implementado na maior parte das escolas brasileiras. Fo-
cados na autonomia do aluno e na liberdade, os projetos de escolas alternativas
demonstrados no filme têm por princípio o respeito pela individualidade de cada
aluno e pelo contexto social em que se inserem. Por isso o título “Quando sinto
que já sei”: quando o ensino tem por objetivo conquistar o sentimento no aluno de
saber sem precisar provar a ninguém, sem testes, provas ou avaliações formais.

“Nunca me sonharam” - 2017


“Nunca me sonharam” retrata as ambiguidades na educação, onde convivem jun-
tos o sonho de um futuro melhor e a desilusão de percebê-lo distante, inacessível.
O documentário é um retrato sensível e emocional das distintas realidades presen-
tes no Ensino Médio brasileiro, fase marcada pela evasão e distorção idade-série,
que evidencia como foco principal a ineficiência da sociedade e da rede de ensino
em responder os jovens, grupo caracterizado por seus desejos e questionamentos.

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“Esperando pelo Super-Homem” - 2010
Passado nos Estados Unidos, o documentário acompanha cinco crianças, Anthony,
Francisco, Bianca, Daisy e Emily, que desejam obter uma educação de qualidade, mas
que acabam tendo que entrar em uma loteria para entrar uma boa escola, já que os
colégios próximos às suas residências são fracassos estrondosos. O filme mostra a
dificuldade vivida por professores e alunos, semelhante ao Brasil, onde há esperan-
ça de que apareça um “super-homem” para salvá-los da calamidade ao seu redor.

“Escritores da Liberdade” - 2007


O filme conta a história de Erin Gruwell, uma professora recém-formada que se
depara com o desafio de lecionar para o 1º ano do Ensino Médio em uma es-
cola periférica e problemática norte-americana. Os alunos são jovens marca-
dos pela violência, descrença, desobediência, desmotivação e principalmente
por conflitos raciais, oriundos de famílias desestruturadas e vítimas de abando-
no. O longa-metragem mostra alguns dos conflitos encontrados pela professo-
ra e sua saída por uma educação libertadora e revolucionária na sala de aula.

“Sociedade dos Poetas Mortos” - 1989


O longa estrelado por Robin Williams gira em torno de uma escola preparatória de
elite para garotos, em que um novo professor de literatura desbanca o método
conservador de ensino e opta por ensinar inglês através da poesia. Ele acaba por
conquistar os alunos e inspirá-los a seguirem sonhos que a eles eram desconheci-
dos. O filme apresenta uma forte crítica ao modelo tradicional de ensino da época,
marcado pela rigidez e inflexibilidade, que repreende e reprime a essência criativa
de cada aluno. Além disso, também retrata o poder da relação professor-aluno.

“Extraordinário” - 2017
Baseado no livro homônimo de R. J. Palacio, escritora norte-americana, “Extraordi-
nário” mostra a rotina escolar de Auggie Pullman, um menino com uma deformidade
facial conhecida como síndrome de Treacher Collins. Tendo sido educado em casa
por toda a vida, ao ingressar na escola, ele precisa aprender a conviver em um ambien-
te que não está preparado para recebê-lo. Auggie é vítima de bullying e zombarias,
mas persiste na escola, apoiado por sua família e pelos novos amigos que conheceu.

“Segunda Chamada” - 2019


Série da Rede Globo, a produção brasileira retrata alunos do Ensino de Jovens e
Adultos (EJA) da periferia de São Paulo, com uma segunda chance para concluir
o Ensino Médio e obter o seu diploma de conclusão. A série escancara a real con-
dição do sistema educacional brasileiro, com falta de investimento público, carên-
cia de professores e desmotivação do corpo docente. Além disso, é defendido o
poder transformador da escola, que muda o rumo de muitos alunos vulneráveis.

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“Elite” - 2018
Quando uma escola pública desaba por negligência da construtora e do governo, 3
alunos recebem bolsas de estudo em Las Encinas, o colégio mais caro da Espanha
— tal é a trama principal de Elite. Lá, eles são discriminados por sua condição finan-
ceira, roupas e treijeitos, vistos como vírus contagiosos ou animais selvagens pelos
alunos das famílias milionárias. O preconceito e o bullying nas escolas é abordado
juntamente a questões de sexualidade, ISTs, gravidez na adolscência, xenofobia
e intolerância religiosa. Tudo sem o apoio ou consideração da instituição escolar.

lucasfelpi.com.br/redpop/elite

“13 Reasons Why” - 2017


Série muito conhecia baseada no livro homônimo, “13 Reasons Why” reconta os 13
motivos que levam Hannah Baker a tirar sua própria vida aos 17 anos. Aluna nova na
escola, ela sofre com a humilhação e objetificação dos colegas, exclusão de grupos
sociais e situações de assédio sexual por outros alunos. A crítica da série no quesi-
to educacional se dá à omissão da escola e, ainda mais, participação da mesma na
decisão de Hannah. Numa última tentativa de sobreviver, Hannah recorre a seu con-
selheiro escolar, que negligencia e ignora os sinais alarmantes da fala de Hannah.

lucasfelpi.com.br/redpop/13-reasons-why

“Sex Education” - 2017


A série da Netflix retrata uma lacuna existente na maior parte das escolas brasi-
leiras e internacionais: a educação sexual, importante componente na formação
dos jovens. Na escola fictícia de Moordale, alunos recorrem à Otis Milburn, filho
de uma terapeuta sexual, para responder suas dúvidas e preocupações quanto ao
assunto. A falta de aulas de educação sexual efetivas e assistenciais causa pâni-
co, desespero e insegurança nos adolescentes; e quando a escola decide imple-
mentar tais aulas, elas são voltadas à repressão e demonização do ato libidinoso.

lucasfelpi.com.br/redpop/sex-education

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SAÚDE

• O combate às epidemias no Brasil • Expectativa de vida entre os brasileiros


• Obesidade no Brasil • Saneamento básico
• Aumento das ISTs entre jovens brasileiros • O uso de drogas na contemporaneidade
• Caminhos para combater os maus-tratos aos • Autismo
animais • Violência obstétrica
• Alcoolismo • A importância da assistência ao tratamento
• Desafios para uma alimentação saudável de dependentes químicos
• Transtornos alimentares em jovens e adultos • Os desafios no combate à pobreza menstrual
• Doação de órgãos no Brasil no Brasil
• Vacinação e movimento anti-vacina • A ética na medicina
• Desafios e importância da saúde pública no • Alternativas para a melhoria da saúde pública
Brasil brasileira
• O combate à depressão na sociedade brasi- • O fenômeno do sedentarismo no século XXI
leira • Indústria farmacêutica

“A saúde como direito de todos e dever do Estado é uma demagogia e ainda


tira a responsabilidade dos cidadãos sobre o próprio bem-estar: se Estado é
quem cuida, não sou eu”

Autor: Dráuzio Varella, médico e influente escritor brasileiro

“Saúde é o estado completo de bem-estar físico, mental e social e não so-


mente a ausência de doença.”

Autor: Organização Mundial da Saúde (OMS), agência especializada em saúde da ONU

“O homem saudável é aquele que possui um estado mental e físico em per-


feito equilíbrio.”

Autor: Hipócrates, médico e filósofo da Grécia Antiga

“O Estado preocupa-se com a saúde do indivíduo em função de sua utiliza-


ção como instrumento de trabalho e não em função de suas esperanças, de
seus anseios, de seus temores ou de seus sofrimentos.

Autor: Jayme Landmann, médico e professor brasileiro.

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“É impossível dar saúde a quem veste trapos e trabalha com salários que
não permitem condições mínimas de subsistência. É impossível dar saúde
a um povo se não o libertarmos de sua dependência econômica para que
ele mesmo tome suas decisões.”

Autor: Salvador Allende, médico e ex-presidente do Chile

“Cultivar estados mentais positivos como a generosidade e a compaixão


decididamente conduz a melhor saúde mental e a felicidade.”

Autor: Dalai Lama, chefe de estado e líder espiritual do Tibete

“A saúde é um problema político, especialmente no que tange à medicina


preventiva. As estruturas de saúde são reflexos da sociedade; assim, as
estruturas políticas são os nossos melhores instrumentos para o desenvol-
vimento de um programa de atendimento médico.”

Autor: Hélder Martins, jornalista e ex-Ministro da Saúde brasileiro

“O homem joga sua saúde fora para conseguir dinheiro; depois, usa o di-
nheiro para reconquistá-la.”

Autor: Confúcio, filósofo e pensador chinês

Constituição Federal da República Federativa do Brasil de 1988

Art. 196. A saúde é direito de todos e dever do Estado, garantido mediante políticas sociais e econômi-
cas que visem a redução do risco de doenças e de outros agravos e ao acesso universal e igualitário às
ações e serviços para a sua promoção, proteção e recuperação.

Lei Orgânica da Saúde, Lei 8080/1990

Art. 1º. O dever do Estado de garantir a saúde consiste na formulação e execução de políticas econômi-
cas e sociais que visem à redução de riscos de doenças e de outros agravos e no estabelecimento de
condições que assegurem acesso universal e igualitário às ações e aos serviços para a sua promoção,
proteção e recuperação.

Art 3º. Os níveis de saúde expressam a organização social e econômica do País, tendo a saúde como
determinantes e condicionantes, entre outros, a alimentação, a moradia, o saneamento básico, o meio
ambiente, o trabalho, a renda, a educação, a atividade física, o transporte, o lazer e o acesso aos bens
e serviços essenciais.

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1. Segundo dados do de 2019, 71,5% dos brasi-

tratamento.

2. Uma pesquisa realizada pelo Instituto Datafolha revelou que 89% dos brasileiros classificam a saúde
- pública ou privada - como péssima, ruim ou regular.

3. A proporção de obesos na população de 20 anos ou mais de idade mais que dobrou no Brasil entre
2003 e 2019, passando de 12,2% para 26,8%
2019.

4. Segundo pesquisa do instituto Ipsos de 2021, 53% dos brasileiros declararam que sua saúde emo-
cional e mental piorou desde o início da pandemia, quinto maior índice do mundo.

Revolta da Vacina (Rio de Janeiro, 1904)

Rebelião popular contra a vacina anti-varíola, imposta como obrigatória pelo médico Oswaldo Cruz para
todo brasileiro com mais de seis meses de idade em 1904. O episódio surge após um longo processo
de reurbanização do Rio de Janeiro e, consequentemente, indignação das camadas mais pobres, que
foram desalojadas e afastadas da cidade. Com a imposição da vacina, o povo não aceitava ver sua casa
invadida e ter que tomar uma injeção contra a vontade, e foi às ruas da capital da República protestar.

“O Cortiço”
Aluísio Azevedo, 1890

O romance naturalista do escritor maranhense retrata as relações cotidianas que se


estabeleciam em um cortiço no Rio de Janeiro, ao final do século XIX. A relação estabe-
lecida entre o ambiente, saúde e saneamento básico mostram as graves consequên-
cias das condições precárias de moradia, repercutidas até os dias atuais. Conflitos são
formados dentro do cortiço e corrupção, ganância e exploração tornam-se cotidianas.

“Holocausto Brasileiro”
Daniela Arbek, 2013

O livro denuncia os maus-tratos do hospital psiquíco Colônia de Barba-


cena, em Minas Gerais, em que depoimentos de ex-funcionários reve-
lam episódios de violação dos direitos humanos aos pacientes com diag-
nóstico de doença mental: tortura, abuso sexual, condições precárias de
sobrevivência e massacre humano. Mais de 60 mil pessoas perderam suas vidas
pelo propósito de “limpeza social” comparável ao regime nazista do século XX.

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“O Alienista”
Machado de Assis, 1882

O conto de Machado de Assis acompanha o Dr. Bacamarte, que resolve se de-


dicar aos estudos da psiquiatria e constrói um manicômio, chamado Casa Ver-
de, para abrigar todos os loucos de Itaguaí. Ao longo da narrativa, Bacamarte
interna mais e mais integrantes da população, até que a cidade encontrava-se
com 75% de sua população internada na Casa Verde. A análise feita por Ma-
chado de Assis está nas fronteiras entre o normal e o anormal e na dificulda-
de de se diagnosticar distúrbios psicológicos pela ignorância que os rodeiam.

“SICKO: SOS Saúde” - 2007


O documentário dirigido, produzido e protagonizado por Michael Moore é uma crí-
tica ao sistema de saúde dos Estados Unidos, onde cerca de 50 milhões de cida-
dãos não possuem plano de saúde e não há sistema de saúde universal. Mesmo
assim, aqueles que ainda possuem são vítimas de fraude das companhias privadas
de seguro-saúde ou falta de cobertura. A mensagem passada pelo documentarista
é da visão mercantilista da saúde, que martiriza vidas em nome do lucro capitalista.

“Patch Adams: O amor é contagioso” - 1998


Passado em 1969, o protagonista Hunter Adams é um estudante de me-
dicina que acredita em métodos não convencionais para ajudar seus pa-
cientes, após ter sido internado temporariamente em um hospital psiquiá-
trico. O filme critíca o conservadorismo de médicos na hierarquia de poder
hospitalar e traz à tona a importância dos doutores da alegria, que aumentam
os índices de cura e alívio das doenças ao despertar a alegria nos pacientes.

“Nise: O Coração da Loucura” - 2015


O longa-metragem brasileiro estrelado por Glória Pires retrata a vida e história da
mulher que, nos anos 50, revolucionou o tratamento psiquiátrico: Nise da Silveira.
A psiquiatra, que se recusava a utilizar as técnicas da lobotomia e eletrochoque em
pacientes que sofrem da esquizofrenia, gerou uma ruptura do sistema manicomial
existente através do amor e da arte. Ela traz um novo olhar à loucura e ressalta
como o despertar critativo e o tratamento humanizado podem proporcionar calento.

“Coringa” - 2017
Em “Coringa”, Arthur Fleck sofre do Transtorno da Expressão Emocional Involuntária,
sendo negligenciado, ignorado e atacado por sua condição— uma apatia dolorosa-
mente retratada no filme. A assistência social a que ele vai tem o fundo orçamentário
cortado e não supre mais seus remédios ou sessão de terapia. É nesse momento, com a
precariedade do sistema de saúde e o preconceito generalizado, que o Coringa surge.

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“Sob Pressão” - 2017
A série da TV Globo é um retrato profundo e cru de denúncia das péssimas con-
dições do sistema público de saúde no Brasil. Com cenas fortes e realistas, a
obra mostra o cotidiano de profissionais de saúde que lutam para salvar vidas
onde falta todo tipo de recurso, enquanto também travam batalhas por proble-
mas emocionais e familiares. Em um especial de 2020, a série também aborda
a vida e trabalho incessante dos profissionais durante a pandemia de COVID-19.

“Maze Runner” - 2014


No universo pós-apocalíptico da saga, Thomas e um grupo de garotos são colocados
em um jogo de labirinto gigante para serem testados em situações adversas de medo,
ansiedade e terror, a fim de encontrar uma cura ao vírus letal que alastrou a humani-
dade. Comparável à busca acelerada à vacina do novo corona-vírus, os jovens imu-
nes são estudados em simulações para descobrir o que os diferenciam dos demais.

lucasfelpi.com.br/redpop/maze-runner

“Grey’s Anatomy” - 2005


“Grey’s Anatomy” descreve o cotidiano do Seattle Grace Hospital e as experiências
vividas pelos médicos, cirurgiões e residentes. Como hospital particular, inúmeras
pessoas que não conseguem atendimento de qualidade em hospitais da rede públi-
ca recorrem a ele e devem desembolsar milhares de dólares para sua saúde, mes-
mo às vezes sem ter condições. Muitos debates da medicina são abordados como
a ética na profissão, o racismo, aborto, alcoolismo, drogas, abusos e muito mais.

lucasfelpi.com.br/redpop/greys-anatomy

“O Poço” - 2020
Muito popular durante a pandemia, o filme da Netflix retrata um futuro distópico
em que prisioneiros são confinados em uma estrutura vertical onde os primeiros
comem um banquete e aos demais restam apenas as sobras. Em teoria, o ban-
quete seria suficiente para todos, mas o luxo dos níveis superiores impossibi-
lita a distruibuição justa dos recursos. O problema da insegurança alimentar e
da fome, muito presente igualmente no Brasil, é destacado nas ações violentas
e instintos de sobrevivência dos confinados para suprir seus estômagos vazios.

lucasfelpi.com.br/redpop/o-poco

Livro de Repertórios Socioculturais 14


SEGURANÇA

• O combate à violência urbana na sociedade • A repressão violenta de manifestações


brasileira • Altos índices de criminalidade
• Os desafios da segurança pública no Brasil • A guerra das drogas
• O porte e posse de armas no Brasil • As manifestações de violência nos estádios
• O sistema carcerário brasileiro brasileiros de futebol
• Justiça com as próprias mãos • A segurança da informação no século XXI
• O papel da polícia para aprimoramento da • A proteção de dados pessoais
segurança • Desafios do sistema de segurança pública no
• O combate às infrações de trânsito nas rodo- Brasil
vias brasileiras • Corrupção policial
• A realidade prisional feminina no Brasil • Tráfico de pessoas

“A violência destrói o que ela pretende defender: a dignidade da vida, a liber-


dade do ser humano.”

Autor: João Paulo II, papa da Igreja Católica Apostólica Romana

“A violência, seja qual for a maneira como ela se manifesta, é sempre uma
derrota.”

Autor: Jean-Paul Sartre, filósofo e escritor francês

“A força gerada pela não violência é infinitamente maior do que a força de


todas as armas inventadas pela engenhosidade do homem.”

Autor: Mahatma Gandhi, líder pacifista indiano

“Não se pode manter a paz pela força, mas sim pela concórdia.”

Autor: Albert Einstein, físico e matemático alemão

“O Estado não pode fomentar a violência, mas sim contê-la”

Autor: Sérgio Adorno, sociólogo e professor da USP

Livro de Repertórios Socioculturais 15


Constituição Federal da República Federativa do Brasil de 1988

Art. 5. Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros
e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à se-
gurança e à propriedade, nos termos seguintes.

Art. 6. São direitos sociais a educação, a saúde, a alimentação, o trabalho, a moradia, o transporte, o
lazer, a segurança, a previdência social, a proteção à maternidade e à infância, a assistência aos desam-
parados, na forma desta Constituição.

1. De acordo com o levantamento Monitor da Violência, de


2018 a 2019, o número de pessoas presas – em regime fe-
chado ou semiaberto – caiu de 709 mil para 682 mil, en-
quanto a superlotação foi de 67,5% para 54,9%.

2. Segundo dados da ONU de 2019, o Brasil é o segundo país


mais violento da América do Sul.

3. Segundo dados do Atlas da Violência 2021, do Instituto de


Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea):

i. Foi registrado um crescimento de 35,2% no número de


mortes violentas por causas indeterminadas entre 2018
e 2019, de 12 mil a 16 mil casos.

ii. O número de pessoas negras assassinadas foi 162%


maior do que o número das não negras no período.

Vigiar e Punir
Michel Foucault, filósofo francês

Na obra “Vigiar e Punir”, Michel Foucault trata do processo como


a Justiça deixou de aplicar torturas mortais e passou a buscar a
“correção” dos criminosos. Porém, isso não reduziu o poder do
Estado. A diferença seria que foi criada uma série de mecanismos
que visam separar os indivíduos em normal ou anormal, cidadão
ou deliquente. Foucault apresenta o modelo do Pan-óptico, em
que todos são observados em sociedade e o papel do Estado é
de vigiar e selecionar aqueles que se deve “corrigir” e “reformar”.

ivro de Repertórios Socioculturais 16


“Estação Carandiru”
Dráuzio Varella, 1999

No livro, o médico Dráuzio Varella relata 10 anos de atendimento voluntário na Casa


de Detenção de São Paulo, o maior presídio do Brasil, e o episódio do Massacre do
Carandiru, quando uma intervenção da Polícia Militar para conter uma rebelião cau-
sou a morte de 111 detentos. Ele mostra como um código penal não-escrito organi-
za o comportamento da população carcerária e como a violência é ali perpetuada.

“Bacurau” - 2019
O premiado filme brasileiro retrata o cenário de violência no Brasil em um mi-
crocosmo banhado de sangue: a cidade fictícia de Bacurau, no sertão do Per-
nambuco. Os moradores de Bacurau lidam com a estranha visita de forasteiros
e, a partir desse embate e da luta contra a fome, a desigualdade, a omissão do
Estado e ainda a violência étnica, surgem as armas e o derramar de sangue. A
obra é um retrato fiel e atual do estado de violência que estamos submergindo.

“Presos que menstruam” - 2018


O curta-metragem “Presos que Menstruam” narra a história de mulheres no sistema
carcerário brasileiro, que vivem más condições de higiene (muitas sem o direito a ab-
sorventes), preconceito contra lésbicas ou as dificuldades das mães e de bebês que
crescem com a liberdade cerceada. Com apenas 25 minutos, o curta incita a reflexão
sobre a ausência do Estado na proteção de tais pessoas e na abertura da criminalida-
de como um caminho para mulheres que não tem como se sustentar ou a seus filhos.

“Última Parada 174” - 2008


O filme franco-brasileiro conta uma ficção sobre a vida de Sandro Barbosa, um
garoto de rua do Rio de Janeiro que sobreviveu à Chacina da Candelária em 1993
e, anos mais tarde, orquestrou o famoso sequestro do ônibus 174, repercutido por
todo o Brasil. A obra relata os problemas da falta de assistência do Estado e da
marginalização da população de rua, gerando um ciclo da violência na sociedade.
Ao final, é recontado o episódio do ônibus 174 e os efeitos do crime organizado.

“Batman: O Cavaleiro das Trevas” - 2008


O personagem Batman, conhecido como o justiceiro de Gotham, traça uma
forte relação ao desejo popular de justiça pelas próprias mãos, devido à inefi-
ciência dos sistemas de justiça vigentes. Portanto, homens e mulheres saem
às ruas para vingar atrocidades cometidas por outros, empregando mais vio-
lência como meio para tal — o famoso “olho por olho, dente por dente”.

Livro de Repertórios Socioculturais 17


“Tropa de Elite” - 2007
“Tropa de Elite” é um filme policial brasileiro que tem como tema a violência urbana
no Rio de Janeiro e, principalmente, nas regiões dos morros e favelas. A gran-
de presença de cenas de tiroteio entre a polícia e traficantes revela o cotidiano
desses espaços e a realidade vivenciada por milhões de brasileiros. O filme foi
contestado por muitos ao atribuir a culpa de tal violência aos usuários de substân-
cias ilícitas que, consequentemente, fomentam a expansão do tráfico de drogas.

“La Casa de Papel” - 2014


A trama dos grandes roubos espanhóis traça uma importante relação entre a cri-
minalidade retratada e o contexto que a cerceia. A crise econômica espanhola que
antecede a narrativa, a crise do euro, causa o agravamento da pobreza, a subver-
são ao sistema e, logo, o planejamento do ‘atraco’ do grupo mascarado. Além disso,
é retratado posteriormente um episódio de tortura moderna, do personagem Rio.

lucasfelpi.com.br/redpop/la-casa-de-papel

“Star Wars” - 2005


Com filmes de ação e aventura, a saga interestelar definitivamente apresenta um con-
siderável teor de violência. Porém, pode-se traçar uma análise da mensagem passa-
da pelos Jedi nos filmes sobre o pacifismo. No “Episódio V - O Império Contra-ataca”,
Mestre Yoda explica a Luke Skywalker que um Jedi usa a Força somente para meios de
informação e autodefesa - nunca para agressão. Se tal princípio fosse aplicado à so-
ciedade atual, teríamos mais diálogo e mais segurança ao invés do ciclo de violência.

lucasfelpi.com.br/redpop/star-wars

Livro de Repertórios Socioculturais 18


MEIO AMBIENTE E SUSTENTABILIDADE

• Mobilidade urbana sustentável • Desenvolvimento econômico sustentável


• O perigo da escassez da água no Brasil • Os desafios de implementar a educação am-
• A problemática do descarte de lixo no Brasil biental no Brasil
• Os perigos do lixo eletrônico para o meio • Os efeitos da falta de proteção ambiental
ambiente • O problema das secas
• A permanência do desmatamento na Amazô- • O aumento das queimadas no território bra-
nia sileiro
• A importância da preservação do meio am- • Desastres ambientais
biente • O desenvolvimento de cidades sustentáveis
• Consciência ambiental e ativismo ambiental • Crise hídrica no Brasil
• Alteração climática e aquecimento global • Agronegócio no Brasil
• Comércio ilegal de animais silvestres • Aumento das inundações e do nível do mar
• Tráfico de animais • Os desafios da relação entre o homem e o
• Poluição dos solos e uso dos agrotóxicos meio ambiente

“Só quando a última árvore for derrubada, o último peixe for morto e o último
rio for poluído é que o homem perceberá que não pode comer dinheiro.”

Autor: Provérbio indígena

“Inteligência é a habilidade das espécies para viver em harmonia com o


meio ambiente.”

Autor: Paul Atson, co-fundador do Greenpeace

“O animal é tão ou mais sábio do que o homem: conhece a medida da sua


necessidade, enquanto o homem a ignora.”

Autor: Demócrito, filósofo grego

“Cada dia a natureza produz o suficiente para nossa carência. Se cada um


tomasse o que lhe fosse necessário, não havia pobreza no mundo e ninguém
morreria de fome.”

Autor: Mahatma Gandhi, advogado, nacionalista e anticolonialista indiano

Livro de Repertórios Socioculturais 19


“Não deveríamos ter de faltar à aula para lutar contra a mudança climática.
É um fracasso das gerações anteriores que não fizeram nada”

Autor: Greta Thunberg, ativista ambiental sueca

“Aja de modo que os efeitos da tua ação sejam compatíveis com a perma-
nência de uma autêntica vida humana sobre a Terra.”

Autor: Hans Jonas, filósofo alemão

“O homem fez da Terra um inferno para os animais.”

Autor: Arthur Schopenhauer, filósofo alemão

“É triste pensar que a natureza fala e que o gênero humano não a ouve.”

Autor: Victor Hugo, escritor francês

“Só se pode vencer a natureza obedecendo-lhe.”

Autor: Francis Bacon, filósofo inglês

Constituição Federal da República Federativa do Brasil de 1988

Art. 225. Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo
e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao Poder Público e à coletividade o dever de defen-
dê-lo e preservá-lo para as presentes e futuras gerações.

Novo Código Florestal, Lei 12.651/2012

Art. 1º. Esta Lei estabelece normas gerais sobre a proteção da vegetação, áreas de Preservação Per-
manente e as áreas de Reserva Legal; a exploração florestal, o suprimento de matéria-prima florestal,
o controle da origem dos produtos florestais e o controle e prevenção dos incêndios florestais, e prevê
instrumentos econômicos e financeiros para o alcance de seus objetivos.

1. De acordo com um relatório de agosto de 2021 do Painel de Cientistas da ONU para Mudanças
Climáticas, a concentração de CO2 no planeta é quase 50% maior do que há um século e meio e a
temperatura média já subiu 1.1ºC.

Livro de Repertórios Socioculturais 20


2. O desmatamento na Amazônia brasileira atingiu a maior área registrada nos últimos 12 anos, segun-
do dados oficiais do , com crescimento de 9,5% em
relação a 2019.

3. Segundo dados do Panorama dos Resíduos Sólidos no Brasil 2020, a geração de lixo no Brasil au-
metou em 12,4 milhões de toneladas de 2010 a 2019.

4. O mesmo estudo diz ainda que cada brasileiro produz, em média, 379,2 kg de lixo por ano, o que
corresponde a mais de 1 kg por dia.

5. Segundo dados da , o Brasil


é o 3º com maior uso absoluto de agrotóxicos no mundo, depois da China e dos EUA.

6. De acordo com os dados do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) de 2019, a matriz
energética brasileira é formada por 45% de fontes renováveis e 54% de fontes fósseis

Sociedade do Consumo Ética Ambiental


Jean Baudrillard, sociólogo francês Peter Singer, filósofo australiano

A Sociedade do Consumo é um termo utilizado na eco- Em sua teoria, Singer propõe uma ética
nomia e sociologia para designar a sociedade que entra voltada à sustentabilidade: incentiva a
em uma etapa avançada de desenvolvimento industrial consideração dos interesses de todas
capitalista e que se caracteriza pelo consumo massivo de as criaturas sencientes e rejeita os ideais
bens e serviços. Uma característica marcante do conceito de uma sociedade materialista, na qual o
é o efeito do superconsumismo ao meio ambiental, o qual sucesso é medido pelo número de bens
é extorquido e exterminado para suprir a demanda pelo de consumo que alguém é capaz de acu-
materialismo. mular.

“Oceano de Plástico” - 2015


O documentário “Oceano de Plástico”, dirigido e roteirizado pelo jornalista e cineas-
ta Craig Leeson, mostra a poluição dos oceanos por plástico e o seu impacto para
os animais, as pessoas e os ecossistemas circundantes. É explorado como o estilo
de vida humano têm consequências na destruição às espécies marinhas e apre-
sentam-se tecnologias e soluções inovadoras que podem ser postas em prática.

“Trashed: Para onde vai o nosso lixo?” - 2012


Neste documentário, Candida Brady e Jeremy Irons, além de abordarem a ques-
tão da quantidade de lixo em si, acusam os governos de não se importarem com
o destino destes resíduos. O filme mostra a falta de reciclagem e bons hábitos
da população quanto ao assunto, sugerindo algumas práticas a serem utilizadas.

Livro de Repertórios Socioculturais 21


“O Dia depois de Amanhã” - 2004
O filme de ficção representa o possível futuro do planeta caso o aquecimento global
continue negligenciado: uma catástrofe climática abrupta e com consequências gra-
víssimas. O protagonista Jack Hall, especialista em metereologia, percebe o que está
por vir e tenta alertar as autoridades, mas é tarde demais. Temperaturas descem ver-
tiginosamente, cidades são inundadas e uma nova era do gelo está prestes a começar.

“Wall-E” - 2008
“Wall-E”, da Disney, transparece uma mensagem ambiental clara. Em um plane-
ta inabitável pelo acúmulo descomunal de lixo, humanos restantes são obrigados
a viverem em uma nave enquanto robôs são instruídos a gradativamente limpa-
rem a face da Terra. Embora o filme tenha a trama em volta dos personagens ro-
bôs, é possível analisar o contexto no qual a narrativa se insere para explorar te-
mas sobre lixo e possíveis impactos das ações humanas em um futuro distante.

“Rio” - 2011
A animação brasileira, de 2011 acompanha uma arara-azul, Blu, que ao nascer foi cap-
turada na floresta do Rio de Janeiro e levada para os Estados Unidos. É descoberto que
Blu é o último macho da espécie e encontra a última fêmea viva, Jade. Logo a seguir, os
dois são capturados por uma quadrilha que vendia aves raras. O filme gira em torno da
temática do tráfico de animais silvestres, prática que consiste em um crime ambien-
tal e vem contribuindo para a extinção de muitas espécies da nossa biodiversidade.

“Snowpiercer” - 2020
A série da Netflix é uma distopia climática assustadoramente real: após a huma-
nidade ignorar a emergência do aquecimento global até o seu ponto crítico, cien-
tistas tentam resfriar a Terra artificialmente com bombas atômicas. O resultado
é um planeta congelado e inabitável, onde a única salvação é um trem impará-
vel que contorna a Terra levando consigo os últimos sobreviventes do planeta.

lucasfelpi.com.br/redpop/snowpiercer

“Vingadores: Ultimato” - 2015


No épico filme da Marvel, Thanos é um vilão que planeja exterminar 50% dos seres
vivos baseado na sua descrença na gestão ambiental. Para ele, cujo planeta de
origem foi destruído pela superpopulação e guerras por recursos, não há chances
de sobrevivência em um universo com tamanha demanda populacional e a oferta
de recursos existente. Embora o plano seja absurdo, a preocupação de Thanos é
relevante à discussão da implementação eficaz do desenvolvimento sustentável.

lucasfelpi.com.br/redpop/vingadores-ultimato

Livro de Repertórios Socioculturais 22


CIÊNCIA E TECNOLOGIA

• Caminhos para alcançar a inclusão digital no • A importância da pesquisa científica


Brasil • A importância da popularização da ciência
• Reflexos da 4ª Revolução Industrial na socie- • O reflexo da tecnologia no mercado de traba-
dade contemporânea lho
• Os efeitos da exposição exagerada no am- • A relação do homem com a tecnologia
biente cibernético • Corrida espacial
• O perigo da invasão de privacidade • Exposição das redes sociais a crianças e
• O problema do uso excessivo da tecnologia jovens
entre os brasileiros • Impacto da tecnologia na democracia brasi-
• O impacto das notícias falsas na sociedade leira
brasileira • Cyberbullying
• A desvalorização da ciência no Brasil • Linchamento virtual no mundo digital

“A tecnologia move o mundo.”

Autor: Steve Jobs, fundador da Apple

“Tornou-se aparentemente óbvio que a nossa tecnologia excedeu a nossa


humanidade.”

“O espírito humano precisa prevalecer sobre a tecnologia.”

Autor: Albert Einstein, físico alemão

“Toda nova tecnologia cria seus excluídos.”

Autor: Pierre Lévy, filósofo francês

“A ciência é feita de erros, mas é bom cometer erros, pois, gradualmente, eles
nos levam à verdade.”

Autor: Julio Verne, escritor francês

Livro de Repertórios Socioculturais 23


“A humanidade está adquirindo a tecnologia certa pelas razões erradas”

Autor: Richard Buckminster Fuller, escritor e inventor

“Ciência e tecnologia revolucionam nossas vidas, mas a memória, a tradição


e o mito moldam nossas respostas”

Autor: Arthur Schlesinger, historiador

Modernidade Líquida Positivismo


Zygmunt Bauman, sociólogo polonês Auguste Comte, filósofo francês

Bauman defende que vivemos na era da O positivismo de Comte é uma corrente filósofica que
modernidade liquida, caracterizada pela aposta na ordem e nas ciências para a obtenção de
fluidez e rapidez com que as relações so- progresso social. O objetivo de toda sociedade seria al-
ciais e ideias são feitas e desfeitas. A inco- cançar a etapa final da marcha de desenvolvimento da
sistência e a fragilidade dos laços entre as humanidade: o estado positivo, onde a ciência baseada
pessoas foram intensificadas, segundo ele, na observação elabora o conhecimento humano sobre a
pelo surgimento das novas tecnologias. natureza, buscando respostas na própria natureza.

Iluminismo (França, 1715) Revoluções Industriais Guerra Fria (1947)

O Iluminismo foi um movimento inte- As 4 Revoluções Industriais Durante a Guerra Fria, trava-
lectual e filosófico durante os sécu- são estudadas por historia- da entre EUA e URSS, pre-
los XVII e XVIII na Europa, que repre- dores como momentos deci- senciou-se, ao invés de uma
sentou uma ruptura com o passado e sivos no progresso científico- guerra física, uma grande cor-
promoveu uma revolução nas artes, -tecnológico. Cada uma com rida tecnológica, armamentis-
ciências e tecnologia com o avanço inovações e contextos dife- ta e espacial, com incentivos
da razão e do metódo científico. rentes, mas muito relevantes. estatais à pesquisa científica.

Constituição Federal da República Federativa do Brasil de 1988

Art. 220. A manifestação do pensamento, a criação, a expressão e a informação, sob qualquer forma,
processo ou veículo não sofrerão qualquer restrição, observado o disposto nesta Constituição.
Lei de Inovação Tecnológica (10.973/2004)

Art. 1. Esta Lei estabelece medidas de incentivo à inovação e à pesquisa científica e tecnológica no
ambiente produtivo ao alcance da autonomia tecnológica e ao desenvolvimento do sistema produtivo.

Livro de Repertórios Socioculturais 24


1. Segundo a de 2019, 82,7% dos domicílios
nacionais possuem acesso à internet, um aumento de 3,6 pontos percentuais em relação a 2018.

2. De acordo com o Índice Anual do Estado da Ciência de 2019, 74% pensam que o Brasil está ficando
para trás na realização de avanços científicos.

3. Em contrapartida, pelo mesmo estudo, 85% dos brasileiros valorizam a ciência para a resolução de
problemas mundiais.

“Dilema das Redes” - 2020


O documentário da Netflix entrevista e specialistas em tecnologia e profissionais
da área que coletivamente denunciam um mesmo problema: a tecnologia está co-
locando a humanidade em risco. As plataformas das redes sociais e aplicativos
de celular são construídas intencionalmente para serem viciantes e para moldar o
comportamento do usuário ao seu favor. Sem ações imediatas, a polarização políti-
ca e os confrontos étnicos e sociais se agravarão ao ponto de escaparem das telas.

“Ela” - 2013
Em “Ela”, Theodore é um escritor solitário, que acaba de comprar um novo
sistema operacional de voz para o seu computador. Para a sua surpre-
sa, ele acaba se apaixonando pela voz do programa, dando início a uma re-
lação amorosa entre ambos. O filme conta uma história de amor inco-
mum e explora a relação entre o homem contemporâneo e a tecnologia.

“A Rede Social” - 2010


O filme conta a história de origem da rede social Facebook, na qual o jovem estudante
Mark Zuckerberg, revoltado com sua ex-namorada, cria um mundo virtual paralelo
para se tornar socialmente relevante e popular. A obra mostra até onde alguém vai
para conquistar o status e o sucesso, com traições, ganância e a fuga da realidade.

“Black Mirror” - 2011


“Black Mirror” é uma série britânica antológica que reconta os males da tecnologia
e, mais que isso, atribui a culpa ao ser humano por não saber lidar com ela. Cada
episódio narra uma inovação assustadora diferente, mais próxima da realidade do
que se imagina, enquanto aborda temas como privacidade digital, polarização
política, vício digital, hackers, linchamento virtual e dilemas éticos tecnológicos.

lucasfelpi.com.br/redpop/black-mirror

Livro de Repertórios Socioculturais 25


JUVENTUDE, INFÂNCIA E TERCEIRA IDADE

• Os direitos das crianças e dos adolescentes • O descaso e abandono de idosos na socieda-


no Brasil de contemporânea
• Gravidez na adolescência em evidência no • Letramento digital da terceira idade
Brasil • Valorização do idoso
• O consumo de álcool entre jovens no Brasil • A relevâncai de uma infância saudável na
• O crescente uso de drogas por jovens formação do indivíduo
• Os desafios da adoção de crianças • Vulnerabilidade infantil no Brasil
• O desaparecimento de jovens e crianças • Desafios para a promoção da leitura na infân-
• Altos índices de depressão e ansiedade em cia
fase de infância e juventude • Os efeitos do distanciamento na infância da
• O trabalho infantil na realidade brasileira pandemia de COVID-19
• Situação dos idosos no Brasil e no mundo • Os desafios da sexualidade na adolescência

“A influência dos pais governa a criança, concedendo-lhe provas de amor


e ameaçando com castigos, os quais, para a criança, são sinais de perda do
amor e se farão temer por essa mesma causa. Essa ansiedade realística é a
precursora da ansiedade moral subsequente”

Autor: Sigmund Freud, considerado pai da psicanálise

“Todas as pessoas grandes foram um dia crianças. Mas poucas se lembram


disso”

Autor: Antoine Saint Exupery, escritor francês, em “O Pequeno Príncipe”

“Toda criança é um artista. O problema é como manter-se artista depois de


crescido.”

Autor: Pablo Picasso, pintor e escultor espanhol

Socialização
Émile Durkheim, sociólogo francês

A socialização de Durkheim é o processo educativo pelo qual as pessoas que nascem em sociedade
são submetidas durante a infância e adolescência para encaixar-se dentro do grupo social. Através
dele, aprende-se as normas e valores coercitivos, e interferências nesse processo ou a falta dele po-
dem gerar a marginalização ou até violentação do indivíduo em sociedade.

Livro de Repertórios Socioculturais 26


Constituição Federal da República Federativa do Brasil de 1988

Art. 227. É dever da família, da sociedade e do Estado assegurar à criança, ao adolescente e ao jovem,
com absoluta prioridade, o direito à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao lazer, à profissionaliza-
ção, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e comunitária, além de colo-
cá-los a salvo de toda forma de negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão.

Art. 230. A família, a sociedade e o Estado têm o dever de amparar as pessoas idosas, assegurando sua
participação na comunidade, defendendo sua dignidade e bem-estar e garantindo-lhes o direito à vida.

Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), Lei 8069/1990

Art. 1. Esta Lei dispõe sobre a proteção integral à criança e ao adolescente.

Estatuto do Idoso (ECA), Lei 10741/2003

Art. 1. É instituído o Estatuto do Idoso, destinado a regular os direitos assegurados às pessoas com ida-
de igual ou superior a 60 (sessenta) anos.

1. De acordo com o Cenário da Infância e Adolescência no Brasil

i. O Brasil tem 69,8 milhões de crianças e adolescentes entre zero e 19 anos de idade, o que
representa 33% da população total do país.

ii. 9,1 milhões de crianças e adolescentes vivendo em situação domiciliar de extrema pobreza.

iii. 1,7 milhão de crianças estão em situação de trabalho infantil, correspondendo a 4,6% da po-
pulação nesta faixa etária.

2. Dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística


idosos no Brasil é de 32,9 milhões.

3. Pelas estimativas do mesmo instituto, a expectativa é de que o número de pessoas com 65 anos ou
mais praticamente triplique, chegando a 58,2 milhões 25,5% da popu-
lação.

“Harry Potter”
J.K. Rowling, 1998-2007

A saga bruxa retrata a infância conturbada do menino Harry, órfão, que vive em
um ambiente familiar abusivo com seus tios. Fora do universo literário, um es-
tudo da Revista de Psicologia Social Aplicada em 2014 concluiu que a leitura de
Harry Potter estimula a tolerância, onde crianças desenvolveram maior empa-
tia a grupos marginalizados na vida real, como LGBTs, imigrantes e refugiados.

Livro de Repertórios Socioculturais 27


“Crianças Invisíveis” - 2005
O documentário “Crianças Invisíveis” conta com sete curta-metragens produzidos
em países diferentes com uma mesma realidade em foco: a violação dos direitos
das crianças e o desrespeito à infância. São retratados casos ao redor do mundo,
incluindo no Brasil, onde os jovens são submetridos a uma situação de pobreza, vio-
lência, trabalho, tráfico de drogas e evasão escolar, sem qualquer ajuda de seus pais.

“Anne With An E” - 2017


A série tem como ponto de partida a adoção da garota Anne Shirley por Sr.
e Sra. Cuthbert, embora estivessem à espera de um menino para ajudar na la-
voura. A revelação do gênero não é bem recebida pelos dois, devido à ide-
alização prévia de um perfil pelos futuros pais adotivos. Este é um problema
muito comum e grave na adoção, que acaba por privilegiar um perfil especí-
fico de crianças, normalmente jovens e brancas, em detrimento das demais.

lucasfelpi.com.br/redpop/anne-with-an-e

“Euphoria” - 2019
O enredo de “Euphoria” conta a história de Rue, desde o seu nascimento até a
adolescência. No Ensino Médio, ela passa por uma fase de transformação de
identidade e é visto como a personagem controla as crises hiperatividade atra-
vés de drogas ilícitas e de remédios que estimulam o cérebro a um estado de
êxtase. No decorrer da trama, ela precisa frequentar centros de reabilita-
ção e apoio para manter-se distante do seu vício e retornar a uma vida “limpa”.

lucasfelpi.com.br/redpop/euphoria

“Grace and Frankie” - 2015


Em “Grace and Frankie”, duas senhoras recém-divorciadas aposentadas ingressam no
mercado de trabalho como empresárias no ramo de sex shop, quebrando paradigmas
e tabus sociais. A série mostra outro lado da terceira idade que não estamos acostu-
mados a ver, além de discutir sobre as necessidades específicas dessa faixa etária.

“Crepúsculo” - 2008
A saga infanto-juvenil de vampiros e lobisomens, embora muito distante da re-
alidade, pode ser associada a diversos temas sociais relacionados à adoles-
cência e à puberdade. Acontecem episódios de abuso sexual, gravidez na
adolescência e são retratadas as inseguranças da primeira interação sexual.

lucasfelpi.com.br/redpop/crepusculo

Livro de Repertórios Socioculturais 28


“Homem Aranha” - 2002
No universo das histórias em quadrinhos, Peter Parker é um adolescente que vive
uma vida não muito ordinária - junto aos seus tios Mary e Ben, já idosos, que cumprem
uma função importante na sua formação. Aposentado e com dificuldades de mobili-
dade, tio Ben é morto durante um assalto armado, enquanto Mary se torna vítima dos
vilões do famoso Homem Aranha. A trama pode ser relacionada à necessidade de
progrmas governamentais para assegurar a segurança e bem-estar na terceira idade.

“The Society” - 2019


Quando sobram apenas os adolescentes na Terra, o que acontece? Essa é a história da
série “The Society”, e a resposta é: caos. Roubos das lojas, violência, festas, e irrespon-
sabilidade. Os jovens tentam construir uma sociedade para controlar a anomia, mas
acabam por causar mais conflitos e resultar em mortes. Com o repentino isolamento
dos adolescentes, são enfatizados os dilemas característicos dessa fase da vida: os
jovens se vêem perdidos, e necessitam seus pais no momento de vulnerabilidade.

lucasfelpi.com.br/redpop/the-society

Livro de Repertórios Socioculturais 29


MINORIAS SOCIAIS E ÉTNICAS

• Desafios para a inclusão dos refugiados na • Violência contra a mulher e abuso sexual
sociedade brasileira • A persistência do feminicídio
• Intolerância e discurso de ódio contra mino- • Diferenças salariais entre homens e mulheres
rias no Brasil
• Marginalização das pessoas em situação de • A inclusão de pessoas portadoras de defici-
rua no Brasil ências nos espaços públicos
• Garantia da inclusão e da acessibilidade de • Preconceito de classe social e a desigualda-
cegos no cotidiano brasileiro de socio-econômica no Brasil
• Caminhos para combater a violência e o pre- • A questão da gordofobia no Brasil
conceito contra LGBTs • A questão da xenofobia no Brasil
• Transfobia em debate no Brasil • A violência contra indígenas na sociedade
• Racismo estrutural no Brasil brasileira
• Violência policial contra negros no Brasil e no • A inclusão dos surdos na sociedade brasileira
mundo

“A gente luta por uma sociedade em que as mulheres possam ser considera-
das pessoas.”

Autor: Djamila Ribeiro, filósofa e jornalista brasileira

“Devemos tratar igualmente os iguais e desigualmente os desiguais, na medi-


da de sua desigualdade.”

Autor: Aristóteles, filósofo da Grécia Antiga

“O negro só é livre quando morre”

Autor: Carolina de Jesus, uma das primeiras escritoras negras do Brasil.

“Ninguém nasce odiando outra pessoa por sua cor da pele, sua origem ou
sua religião. As pessoas podem aprender a odiar e, se podem aprender a odiar,
pode-se ensiná-las a aprender a amar. O amor chega mais naturalmente ao
coração humano que o contrário.”

Autor: Martin Luther King Jr, ativista político estadunidense

Livro de Repertórios Socioculturais 30


Constituição Federal da República Federativa do Brasil de 1988

Art. 5. Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasilei-
ros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à
segurança e à propriedade.

Equidade vs. Igualdade


Florestan Fernandes, sociólogo brasileiro

Como se sabe, igualdade representa o estado de tratamento de todos como iguais e a garantia dos
mesmos recursos a todos sem distinção. Porém, é importante conhecer o conceito de equidade por
Fernandes, que compreende que é preciso tratar sim os desiguais como desiguais para provê-los de
suas carências e atingir a igualdade. Um exemplo de ação de equidade são as cotas de universidades.

1. De acordo com o segundo pesquisa do Instituto Datafolha em 2021:

i. Uma em cada quatro mulheres acima de 16 anos afirma ter sofrido algum tipo de violência no
ano de 2020 no Brasil, durante a pandemia de Covid.

ii. Dentre as formas de violência sofrida, 18,6% responderam que foram ofendidas verbalmente,
6,3% sofreram tapas, chutes ou empurrões, 5,4% passaram por algum tipo de ofensa sexual ou
tentativa forçada de relação, 3,1% foram ameaçadas com faca ou arma de fogo e 2,4% foram
espancadas.

iii. 37,9% das brasileiras sofreram algum tipo de assédio sexual durante 2020.

2. Segundo a Pesquisa PoderData 2021, 81% dos brasileiros vem racismo no país, mas só 34% admi-
tem preconceito contra negros.

3. Segundo dados do Grupo Gay da Bahia – GGB de 2019, o Brasil registrava uma morte por homofobia
a cada 23 horas.

4. Conforme a Pesquisa Nacional de Saúde, 60,3% dos brasileiros com 18 anos ou mais - o que cor-
respondia a 96 milhões de pessoas - estavam acima do peso em 2019. Já uma pesquisa realizada
em 2017 pela Skol Diálogos mostrou que 92% dos brasileiros admitiram sofrer com gordofobia no
convívio social.

5. De acordo com a Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), o número de pessoas em situação de rua no
Brasil cresceu 140% entre 2012 e março de 2020, chegando a quase 222 mil pessoas.

6. Segundo o Atlas da Violência 2021, a taxa de mortes violentas de indígenas aumentou 21,6%, saindo
de 15 por 100 mil indígenas, em 2009, para 18,3, em 2019.

Livro de Repertórios Socioculturais 31


“O Ódio que Você Semeia” - 2018
O filme, baseado no livro homônimo, acompanha Starr Carter, uma adolescente negra
de 16 anos que presencia o assassinato de seu melhor amigo, Khalil, que estava de-
sarmado, por um policial branco. A impunidade do funcionário público e o racismo ve-
lado que a garota evidencia na sua escola e arredores a dá coragem para se manifestar
e lutar por justiça. Uma história ficcional, mas que poderia muito bem ser realidade.

lucasfelpi.com.br/redpop/o-odio-que-voce-semeia

“Parasita” - 2019
O filme acompanha a família Kim, composta por um casal de desemprega-
dos e dois filhos que vivem em um apertado imóvel semi-subterrâneo. Em
uma zona perigosa e marginalizada da cidade, eles trabalham dobrando cai-
xas de pizza para sustentar suas necessidades básicas. Ao longo da narrativa,
a família anseia por conquistar uma condição de vida melhor e secretamente
se infiltram na casa de outra família rica. O choque entre classes revela o abis-
mo que as divide e o preconceito velado da classe opressora. Filme brilhante.

lucasfelpi.com.br/redpop/parasita

“O Conto da Aia” - 2017


No futuro distópico de “The Handmaid’s Tale”, as mulheres servem papéis sociais
divididas em castas: Esposas, Marthas, Aias, ou Não Mulheres. Todas as mulhe-
res são submissas aos seus maridos, Comandantes e ao Estado e privadas de
ler, escrever, ou ter acesso a qualquer produto cultural. Os abusos e estupros
são instituicionalizados e considerados “Cerimônias”. A série assusta o especta-
dor pela proximidade dos discursos dos governantes com a de pessoas atuais.

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“Olhos que Condenam” - 2019


Baseada em fatos reais, essa minisérie trata do famoso caso dos “Cinco do Central
Park”: cinco garotos negros acusados de um estupro brutal e tentativa de homicídio
em Nova Iorque. A polícia os encontra nos arredores e decide contorcer os depoi-
mentos dos menores e voltá-los uns aos outros, com o fim de fabricar evidências. O
racismo institucional exposto na produção é infelizmente realidade ainda hoje, e os
cinco garotos, hoje adultos, continuam com o trauma e a infeliz condenação injusta.

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Livro de Repertórios Socioculturais 32

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