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CAPA
Os acordes estão presentes em qualquer estilo e, certa- que possa levar você a criar uma fundação essencial para to-
mente, uma boa fundação e conhecimento dos mesmos são car qualquer estilo de música. Não tenho a pretensão de ela-
um diferencial que você leva consigo para shows e gravações, borar um dicionário de acordes, nem um guia definitivo sobre o
além de ser uma grande ferramenta composicional e para assunto. Porém, quero apenas mostrar ferramentas, caminhos
criação de arranjos. e conceitos que acredito serem essenciais para aqueles que
A guitarra é um instrumento melódico e harmônico, ou seja, querem ter uma boa fundação de acordes e que desejam bus-
podemos usá-la para executar melodias, acordes ou ambos car novos horizontes para obter diferentes sonoridades.
ao mesmo tempo. Sendo assim, a melhor visão instrumental O guitarrista e professor Mick Goodrick foi responsável por
é aquela que relaciona acordes com linhas melódicas. Melhor parte do conhecimento que vou repassar aqui sobre como
dizendo: acordes, harmonias e improvisos devem andar jun- tocar os acordes organizadamente em ciclos - fui apresenta-
tos, pois estão diretamente relacionados. do a este sistema quando estudei com ele há alguns anos.
Se você almeja ser um músico de estúdio ou sideman re- Estudar em ciclos é essencial para aprendermos todas as
quisitado, certamente ter um vasto conhecimento de acordes inversões em qualquer corda ou região, além de ser uma ma-
é prioridade. Portanto, não há limite para conhecer os acor- neira clara de visualizarmos as vozes guias.
des, mesmo em um instrumento em que geralmente usamos Começaremos pelas tríades por entender que elas são a
apenas quatro dedos da mão para executá-los, pois as possi- fundação para desenvolver acordes mais complexos. Além dis-
bilidades são quase que infinitas. so, elas estão presentes em praticamente qualquer gênero de
Pensando nisso, resolvi elaborar uma série de conceitos música, seja em estilos musicais simplíssimos ou modernos.

Tríades
Tríades três últimas cordas da guitarra. Observe que a primeira tría-
de que aparece é a 2ª inversão, pois é a primeira disponível
Tríade maior (fechada) - primeiramente, vamos aprender as para C maior no braço do instrumento, seguida pela forma
tríades maiores na forma fechada, ou seja, com as notas em- fundamental e a 1ª inversão. Se continuarmos andando ho-
parelhadas em terças. Desta maneira, a estrutura fundamen- rizontalmente, os desenhos voltarão a se repetir. Para você
tal seguirá a formula T, 3ª, 5ª. Podemos também inverter as entender as nomenclaturas, T = tônica, 3ª = terça do acorde,
tríades ou qualquer outro acorde, e a primeira inversão fica 5ª = quinta do acorde. Os números romanos correspondem a
sendo 3ª, 5ª, T e a segunda 5ª, T, 3ª. casa da guitarra.
No exemplo ao lado, as tríades aparecem em uma seqü- É de suma importância visualizar onde estão os intervalos
ência horizontal com o intuito de melhor observarmos como ao longo do instrumento e saber a sua relação para com a
ela funciona no braço do instrumento. No primeiro gráfico tônica. Nos gráficos que se sequem, continuo com o mesmo
(tom: C maior), demonstro as tríades e suas inversões nas esquema horizontal, mas usando as outras cordas.

Tríades maiores fechadas na forma horizontal (C):

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Continuação Tríades maiores fechadas na forma horizontal (C)

Obs: as notas que estão fora da tablatura devem ser tocadas como corda solta.

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Tríade aumentada(fechada) - para chegarmos às tríades au-
Ciclo de 4ªs: C,F,Bb,Eb,Ab,Db,Gb,B,E,A,D,G;
mentadas, basta elevarmos a 5ª meio tom acima de sua for-
Ciclo de 5ªs: C,G,D,A,E,B,F#,C#,G#,D#,A#,F.
ma fundamental, ou seja, a 5ª justa agora será 5ª aumentada
(#5). Então, teremos esta estrutura: fundamental: T,3ª,#5ª / Para utilizar os ciclos, toque conforme o gráfico apresen-
primeira inversão: 3,#5ª,T / segunda inversão: #5ª,T,3ª. tado anteriormente na tonalidade de C. Depois, transfira os
Ciclos de quartas e quintas - além de aprender as tría- shapes para a tonalidade de F, depois Bb e assim suces-
des na direção horizontal, também é necessário visualizar sivamente. Este é um trabalho essencial para aqueles que
as mesmas de forma vertical. Além disso, é extremamente não querem ficar presos às tonalidades mais “guitarrísticas”.
importante tocar as tríades nas doze tonalidades. Para isso, Lembre-se que os tons preferidos por instrumentistas de so-
você pode usar os ciclos: pro são os que contêm bemóis.

Tríades menores (fechada) - vamos partir agora para as tríades menores fechadas usando o mesmo conceito horizontal, no
tom de C menor. A formula será fundamental: T,b3,5ª / 1ª inversão: b3,5ª,T / 2ª inversão: 5ª, T, b3.

Tríades menores fechadas na forma horizontal (C-)

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Tríade diminuta (fechada) - para chegar às tríades diminutas, Primeiramente, vamos colocá-las dentro do campo harmô-
basta utilizar a 5ª diminuta (b5) no lugar da 5ª justa. Sendo nico maior (I, II-, II-, IV, V, VI-, VIIº), que, no tom de C, fica
assim, teremos a fórmula fundamental: T,b3,b5 / 1ª inversão: assim: C, D-, E-, F, G, A-, Bº. Pensando no ciclo 2, que nada
b3,b5,T / 2ª inversão: b5, T, b3. Não esqueça de aprender mais é que mover as tríades em intervalos de 2ª, vamos
também na forma vertical e colocar nos ciclos de 4ªs e 5ªs. conectar as tríades usando voice leading (voz guia), que
Já que você aprendeu as quatro modalidades de tríades, significa usar as notas agudas do acorde como base de
devemos visualizá-las agora dentro do campo harmônico. nossa conexão.

Ciclo de voice lead (voz guia) - existem cinco possibilidades Leading, Vol. 1 como referência.
de ciclos que, na prática, se movem desta maneira: É também importante utilizar o mesmo conceito para os
Ciclo 2: I, II-, II-, IV, V, VI-, VIIº (se movem em intervalos de segunda); campos harmônicos da menor melódica, menor harmônica e
Ciclo 3: I, III-, V, VIIº, II-, IV, VI- (se movem em intervalos de terça); maior harmônica. A seguir, demonstro o ciclo 2 em C menor
Ciclo 4: I, IV, VIIº, III-, VI-, II-, V (se movem em intervalos de quarta); melódica (I-, II-, bIII+, IV, V, VIº, VIIº). É interessante observar
Ciclo 5: I, V, II-, VI-, III-, VIIº, IV (se movem em intervalos de quinta); que estas tríades também são uma ótima opção como voices
Ciclo 6: I, VI-, IV, II-, VIIº,V, III- (se movem em intervalos de sexta). para B7(alt), já que a escala de B alterada nada mais é que
Para aqueles que querem ir mais profundamente aos ci- C menor melódica (C-, D-, Eb+, F, G, Aº, Bº). Experimente esta
clos, recomendo o livro de Goodrick, Almanac of Guitar Voice seqüência sobre um baixo pedal em B.

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Tríade maior (aberta) - Agora vamos abordar as tríades abertas, que nada mais são que a segunda nota da tríade deslocada
uma oitava acima. Pegaremos sempre a segunda nota da tríade fechada, independentemente da inversão, e a deslocaremos
uma oitava acima. Chegaremos a esta formula: fundamental: T, 5ª, 3ª / 1ª inversão: 3ª, T, 5ª / 2ª inversão: 5ª, 3ª, T.

Tríade aumentada (aberta) – aplique aqui o mesmo princípio das tríades fechadas para obter a tríade aberta aumentada, ou seja, uti-
lize a #5 no lugar da 5ª justa para chegar a esta fórmula: fundamental: T, #5ª, 3ª / 1ª inversão: 3ª, T, #5ª / 2ª inversão: #5ª, 3ª, T.

Tríade menor (aberta) – sua fórmula é Fundamental: T, 5ª, b3 / 1ª inversão: b3, T, 5ª / 2ª inversão: 5ª, b3, T.

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Continuação Tríade menor (aberta)

Tríade diminuta (aberta) - os mesmo princípios que utilizados como nos exemplos anteriores, é importante que você coloque o
para as tríades fechadas serão aplicados para obtermos as tría- material em doze tonalidades, utilizando os ciclos de 4ªs e 5ªs,
des abertas diminutas, ou seja, basta utilizarmos a b5 no lugar e também usar os ciclos de 2ª a 7ª de voice leading.
da 5ª justa e manteremos o restante da estrutura do acorde Veja o ciclo 2 de tríades abertas no campo harmônico
idêntica às tríades menores abertas. A formula é Fundamental: maior de C e, na seqüência, no campo harmônico de C me-
T, b5, b3 / 1ª inversão: b3, T, b5 / 2ª inversão: b5, b3, T. Tal nor melódica.

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Tétrades
Agora que exploramos exaustivamente as tríades, adentra- risticos”. Os mais comuns são o drop 2 e drop 3.
mos ao mundo das tétrades, que, de certa forma, são prolon- Goodrick organizou os drops da seguinte forma: drop 2
gamentos da tríade, ou seja, se continuássemos a empare- (T, 5ª, 7ª, 3ª), drop 3 (T, 7ª, 3ª, 5ª), drop 2 & 3 (T, 3ª, 7ª,
lhar em terças na tríade maior (T, 3ª, 5ª), chegaríamos a uma 5ª), drop 2 & 4 (T, 5ª, 3ª, 7ª) e duplo drop 2 & 3 (T, 7ª,
tétrade maior (T, 3ª, 5ª, 7ª). 5ª, 3ª). Desta maneira, cobrimos os cinco tipos de drops
Diferentemente das tríades, não é tão popular tocar em possíveis para uma tétrade. Devido a falta de espaço, me
forma seqüencial as tétrades no instrumento. Por isso, é mui- limitarei a demonstrar apenas os drop 2, mas encorajo-o
to comum usarmos o deslocamento de notas na parte interna a testar os outros drops. Garanto que você vai surpreen-
na estrutura das tétrades para criarmos shapes mais “guitar- der com essas possibilidades.

Tétrade maior (drop 2) – ao lado, demonstro as inversões das tétrades de C7M drop 2 em todas as cordas e em toda extensão
do braço. A fórmula é fundamental: T,5ª,7ª,3ª / 1ª inversão: 3ª,7ª,T,5 / 2ª inversão: 5,T,3ª,7ª / 3ª inversão: 7ª,3ª,5ª,T. Observe
que o padrão drop 2 (deslocamento da segunda nota da estrutura) vale para todas as inversões.

Tétrade maior aumentada (drop 2) - para obtermos as tétrades aumentadas, basta utilizarmos a 5ª aumentada (#5) no lugar
da 5ª J. A fórmula é fundamental: T,#5,7ª,3ª / 1ª inversão: 3ª,7ª,T,#5 / 2ª invesão: #5,T,3ª,7ª / 3ª inversão: 7ª,3ª,#5,T.
Quero mais uma vez salientar a importância da prática das doze tonalidades utilizando os ciclos de 4ªs e 5ªs para o desen-
volvimento e aprendizado das tétrades, assim como o entendimento na forma vertical e também no ciclo de voice leading, que
exemplificarei mais adiante.

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Tétrade dominante (drop 2) - esta nada mais é que a tríade maior com a sétima menor, que caracteriza o V grau do campo har-
mônico por possuir o trítono (b7,3). Sendo assim chegamos a esta fórmula: Fundamental: T,5ª,b7,3ª / 1ª inversão: 3ª,b7,T,5
/ 2ª inversão: 5,T,3ª,b7 / 3ª inversão: b7,3ª,5ª,T.

Para chegarmos a tétrade dominante b9 (ex: G7b9), basta subirmos em meio tom a tônica do acorde,
chegando então a uma tétrade diminuta.

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Tétrades menores (drop 2): Fundamental: T,5ª,b7,b3 / 1ª inversão: b3,b7,T,5ª / 2ª inversão: 5ª,T,b3,b7 / b3 inversão: b7,b3,5ª,T.

Tétrades meio diminuta ou -7 b5 (drop 2) - para chegar às tétrades meio diminutas basta utilizar a 5ª diminuta (b5) no lugar
da 5ª J. A fórmula é Fundamental: T,b5,b7,b3 / 1ª inversão: b3,b7,T,b5 / 2ª inversão: b5,T,b3,b7 / 3ª inversão: b7,b3,b5,T.

Tétrades diminutas (drop 2) - pela tétrade meio diminuta chegare- mesma coisa que A (Lá). A fórmula é fundamental: T,b5,bb7,b3 /
mos às tétrades diminutas. Para isso basta que abaixemos b7 em 1ª inversão: b3,bb7,T,b5 / 2ª inversão: b5,T,b3,bb7 / 3ª inversão:
meio tom, resultando em bb7. A nota que antes era b7 (Bb) agora bb7,b3,b5,T. As inversões dos acordes diminutos são idênticas e
será Bbb (leia-se “Si dobrado bemol”), que, enarmonicamente, é a se deslocam no intervalo de terça menor (Cº, Ebº, Gbº, Aº).

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Continuação Tétrades diminutas (drop 2)

Tétrade menor com a sétima maior (drop2) - ainda baseado na estrutura da tétrade menor, podemos chegar à tétrade menor
com sétima menor, que apresentará esta estrutura: fundamental: T,5ª,7,b3 / 1ª inversão: b3,7,T,5ª / 2ª inversão: 5ª,T,b3,7 /
3ª inversão: 7,b3,5ª,T.

Tétrade maior com a sexta maior (drop 2) – por fim, aproveitando a estrutura da tétrade menor, perceba que os acordes
maiores com a sexta nada mais são que os próprios acordes menores vistos harmonicamente de uma diferente ótica. C-7
(Eb,Bb,C,G) 1ª inversão nada mais é que Eb6 no estado fundamental. Sendo assim teremos a fórmula fundamental: T,5ª,6ª,3ª
/ 1ª inversão: 3ª,6ª,T,5ª / 2ª inversão: 5ª,T,3ª,6ª / 3ª inversão: 6ª,3ª,5ª,T.

Tétrade menor com a sexta maior (drop 2) – a fórmula é fundamental: T,5ª,6,b3 / 1ª inversão: b3,6,T,5ª / 2ª inversão: 5ª,T,b3,6
/ 3ª inversão: 6,b3,5ª,T. É interessante visualizar esta tétrade como inversão dos acordes meio diminutos e vice-versa. Por
exemplo: o acorde Am7b5 na forma fundamental nada mais é que a 3ª inversão do acorde menor com a sexta maior.

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Continuação Tétrade menor com a sexta maior (drop 2)

Agora que você aprendeu as tétrades básicas, você deve aplicar os conceitos anteriores também às tétrades (ciclo de 4ªs e
5ªs) e também ao ciclo de voice lead. Ao lado, demonstro o ciclo de tétrades no campo harmônico de C maior ciclo 2.

Acordes quartais dualmente em grau, ou seja, mesmo que a tônica do bloco


As harmonias quartais são uma grande ferramenta para a (shape) esteja em C, gosto de visualizar este bloco como pos-
produção de acordes com uma estrutura um pouco menos sibilidade para qualquer outro acorde do campo harmônico
definida, exatamente por derivar de um empilhamento de em que ele se encontre. Normalmente, quando utilizamos as
quartas. Esse tipo de acorde tem uma sonoridade particular quartas, é interessante passear por entre os blocos, mesmo
e deve ser explorado tanto na forma fundamental quanto em que o acorde seja estático, como na harmonia do standard
suas inversões. “So What?”, em que o acorde é D – dórico e o pianista usa os
Diferentemente de como mostrei nos exemplos anteriores, blocos (D,G,C,F) e (E,A,D,G) de forma intercalada.
indicando cada acorde na sua qualidade e inversões, acho Veja na página ao lado o gráfico da harmonia em quartas
mais interessante visualizar as quartas sem pensar indivi- no tom de C maior:

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Acordes quartais

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Agora no campo harmônico de C- melódica:

Agora que você viu o empilhamento harmônico em quartas ao Então, (C, F, B, E) se tornará (C, E, F, B), que é a seqüência
longo do campo harmônico maior e da menor melódica cobrindo dentro da escala maior. Sendo assim, as inversões irão deri-
toda extensão do braço da guitarra, partiremos para as inversões. var desta escala.
Primeiramente, abordarei o bloco (C, F, B, E) para expli- Usando as inversões, vamos observar que a nota do acor-
car como funciona a inversão dos blocos de quartas. Pegue de buscará a nota mais próxima das notas disponíveis da
estas quatro notas e coloque-as de uma forma seqüencial. escala, fazendo um voice lead.

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Lembre-se que as notas da escala maior que temos dispo- EFBC
níveis são C, E, F e B. Sendo assim, no primeiro bloco (C, F, BCEF
B, E) a nota mais próxima para o Dó (C) caminhar é o Mi (E); FBCE
a segunda nota, Fá (F), caminhará para o Si (B); a nota Si (B) ESCALA: CEFB
para o Dó (C) e o Mi (E) para o Fá (F). E assim acontecerá com    
todas as inversões, como demonstro ao lado: ACORDE

Obs: no gráfico acima, a nota mais grave do acorde está na parte inferior e cada acorde está empilhado na forma vertical.
Exemplificando, no campo harmônico de C maior temos esta configuração: fundamental: C,F,B,E / 1ª inversão: E,B,C,F / 2ª
inversão: F,C,E,B / 3ª inversão: B,E,F,C

Tétrade com tensão 9 – o uso das tensões nas tétrades é muito comum, principalmente no ambiente do jazz e da música bra-
sileira. Seria quase um sacrilégio tocar um standard do Real Book sem acrescentar tensões aos acordes propostos. A maioria
dos guitarristas costuma usar as tensões em acordes na forma fundamental. Portanto, usarei este espaço para exemplificar
as inversões de algumas tétrades que acredito serem muito interessantes.
Pegaremos primeiramente o conhecido acorde C7M(9), que tem a seguinte estrutura: (T, 3, 7, 9) e trabalharemos as suas
inversões ao longo do braço (veja na página ao lado):

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Observe agora o raciocínio que precisamos ter para chegarmos às inversões. A estrutura inicial do acorde tem as notas C, E,
B e D. Colocando-as de forma seqüencial dentro da escala maior, que é de onde este acorde é derivado, chegamos a seqüência
C, D, E, B. É o mesmo raciocínio que usamos na inversão das quartas.

DEBC
BCDE
EBCD
ESCALA: CDEB
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ACORDE

Algumas das inversões são bem abertas e vão exigir uma boa flexibilidade para sua execução, mas tenha em mente que a
mesma inversão pode ser feita em outras localidades e tonalidades mais acessíveis.

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Tétrade menor com tensão 9 - seguindo o mesmo concei- EFCD
to da tétrade maior com a 9ª, pegue a estrutura do acorde CDEF
D-7(9) (T=D, b3=F, b7=C, 9ª=E) e coloque estas notas de FCDE
forma seqüencial dentro da escala menor natural, o que re- ESCALA: DEFC
sulta na seqüência D, E, F, C.    
ACORDE

Tétrade dominante com tensão 9: ABFG


Estrutura inicial G7(9)(T=G, 3ª=B, b7=F, 9ª=A); FGAB
Forma seqüencial dentro da escala: (G,A,B,F) BFGA
ESCALA: GABF
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ACORDE

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Continuação Tétrade dominante com tensão 9

Tétrade meio diminuta (-7b5) com tensão b9: CDAB


Estrutura inicial B-7b5(b9)(T=B, b3=D, b7=A, b9=C); ABCD
Forma seqüencial dentro da escala: (B,C,D,A) DABC
ESCALA: BCDA
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ACORDE

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CAPA
Agora que você viu as quatro qualidades de acordes disponíveis no campo harmônico maior com a 9ª, quero mostrar algumas
possibilidades de voice lead usando estes acordes. Propositalmente, escrevi os acordes pensando na tonalidade de C maior.
Portanto, temos quatro diferentes qualidades de acordes, representados desta maneira dentro do campo harmônico: 1ª =
C7M(9), 2ª = D-7(9), 5ª = G7(9), 7ª = B-7b5(b9). Para esclarecimento, aqui está o campo harmônico de C maior: I7M II-7 III-7
IV7M V7 VI-7 VII-7b5:

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