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Matéria para a Reunião Geral de

Estudo - 30 de março (sáb.)

CLAB 2013
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2 o inferno é a terra da luz tranquila

Obs: Os textos desta apostila foram revisados com base na padronização dos termos, princípios e personagens budistas
em língua portuguesa a ser adotada na futura publicação da “Coletânea dos Escritos de Nichiren Daishonin”. Esta
padronização passa a considerar as normas internacionais de transliteração de termos orientais para a língua portuguesa,
utilizando as grafias tais como Nichiren, T’ien-t’ai, Shakyamuni, shakubuku, kosen-rufu, entre outros.

O inferno é a Terra da Luz Tranquila


The Writings of Nichiren Daishonin, v. I, pp. 456 ~ 458
Revista ‘Terceira Civilização’, edição 485, janeiro de 2009
(tradução revisada)
Explanação ④

Trecho do Escrito 1:
Nada me deixaria mais feliz do que saber que a senhora se comunicou com o falecido
Ueno; no entanto, sei que isso é impossível. A menos que fosse num sonho, é improvável
que a senhora o tenha visto. A não ser que fosse uma ilusão, como a senhora poderia
tê-lo visto? Com certeza, seu falecido marido está na terra pura do Pico da Águia
ouvindo e observando este mundo saha dia e noite. A senhora, esposa dele, e seus
filhos possuem apenas os sentidos de um mortal comum, por isso, não podem vê-lo
ou ouvi-lo; porém, esteja certa de que, no futuro, vocês se encontrarão novamente [no
Pico da Águia]. (WND v.I, p.456)

Trecho do Escrito 2:
O número de homens com quem a senhora trocou votos de matrimônio durante todas
as suas existências passadas deve superar até mesmo os grãos de areia do oceano.
No entanto, desta vez, esses votos foram trocados com seu verdadeiro marido. Isso
porque, por meio do incentivo dele, a senhora veio a se tornar uma praticante do Sutra
do Lótus. Assim, a senhora deve reverenciá-lo como um buda. Quando estava vivo,
ele era um buda em vida, e agora é um buda em morte. Ele é um buda tanto em vida
quanto em morte. Esse é o significado da doutrina fundamental chamada atingir o
estado de buda na forma como se apresenta. O quarto volume do Sutra do Lótus
afirma: “Aquele que protege este [sutra] estará protegendo o corpo do Buda”.(1) (WND
v.I, p.456)

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Trecho do Escrito 3:
Nem a terra pura nem o inferno existem fora de nossa vida, ambos se encontram apenas
em nosso coração. Aquele que desperta para isso é chamado de buda e aquele que
ignora é chamado de mortal comum. O Sutra do Lótus revela essa verdade, e aquele
que abraça esse sutra perceberá que o inferno é a própria Terra da Luz Tranquila. (WND
v.I, p.456)

Trecho do Escrito 4:
Esse ensinamento é de suma importância, mas irei transmiti-lo à senhora assim como o
bodisatva Manjushri explicou à filha do rei dragão a doutrina secreta segundo a qual é
possível atingir o estado de buda na forma como se apresenta. (WND v.I, p.457)

Trecho do Escrito 5:
Após ouvir esse ensinamento, empenhe-se ainda mais na fé. Aquele que, ao ouvir os
ensinamentos do Sutra do Lótus, fortalece ainda mais a própria fé possui o verdadeiro
espírito de buscar o caminho. T’ien-t’ai afirma: “Do índigo se obtém um azul ainda mais
intenso”.(2) Essa passagem indica que se tingirmos algo repetidas vezes com índigo, o
resultado será um azul mais intenso que as próprias folhas do índigo. O Sutra do Lótus
é como o índigo, e o poder da fé de uma pessoa é como o azul que se torna cada vez
mais intenso. (WND v.I, p.457)

Trecho do Escrito 6:
Como seu falecido marido era um devoto desse sutra, ele certamente atingiu o estado
de buda exatamente como ele era. Não sofra demasiadamente pelo falecimento dele.
Por outro lado, chorar a perda de alguém é algo natural nos mortais comuns. Porém,
até os veneráveis ficam tristes algumas vezes. Será que o lamento de todos os grandes
discípulos iluminados de Shakyamuni pela morte do Buda não foi uma demonstração do
comportamento de mortais comuns?
Faça o possível para acumular o máximo de boas ações para o bem de seu falecido
marido. (WND v.I, p.458)

Trecho do Escrito 7:
As palavras de um sábio da Antiguidade também nos ensina a “basear a mente na nona
consciência e conduzir a prática com as seis consciências”.(3) Como isso é verdadeiro!
Nesta carta, escrevi os ensinamentos que há muito guardo como tesouros. Grave-os
profundamente em seu coração. (WND v.I, p.458)

Notas:

(1) Sutra do Lótus, cap.11.

(2) Grande Concentração e Discernimento. Essa passagem aparece no prefácio de Chang-an.

(3) A fonte dessa citação é desconhecida. Em relação às nove consciências, as cinco primeiras referem-se aos cinco sentidos: visão,
audição, olfato, paladar e tato. A sexta consciência integra a percepção das cinco primeiras e as transforma em imagens coerentes.

A nona, ou consciência amala, livre de todas as impurezas cármicas, é a força purificadora fundamental – a natureza de buda.

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Materiais de Referência

Referência 1: Aprendendo com os escritos de Nichiren Daishonin: Fonte


inesgotável de esperança [4] (Revista ‘Terceira Civilização’, edição 485, janeiro
de 2009)
A terra pura do Pico da Águia representa o estado de Buda que pode ser
atingido por todos os que mantêm a fé na Lei Mística até o fim da vida. Ali, mestre
e discípulo, companheiros de fé, pais e filhos, cônjuges, familiares e todos os que
estão unidos por profundos laços de vida, podem celebrar um jubiloso reencontro.
Procedentes do estado de Buda universal, os Bodisatvas da Terra, aparecem
neste mundo saha cheio de problemas, para cumprir a missão de conduzir os seres
humanos à iluminação. Depois de cumprir a missão na vida, regressam uma vez
mais ao estado de Buda do Universo — à terra pura do Pico da Águia. Esse é
o “lar” eterno — na profunda dimensão da vida — dos corajosos Bodisatvas da
Terra, consagrados a propagar amplamente a Lei Mística. Um “lar” habitado por
companheiros do tempo sem início.
Ser um “buda em vida” significa evidenciar nosso estado de Buda inato com
base nessa consciência, e nos levantarmos com coragem no palco de nossa
missão, sem nos afastar da dura realidade cotidiana, não só pela felicidade pessoal
mas também pela felicidade dos demais. Ser um “buda na morte” significa entrar
no caminho eterno da infinita alegria da Lei depois de ter cumprido a missão nesta
existência, e empreender a viagem seguinte pelo caminho do bodisatva para
continuar cumprindo o juramento de conduzir as pessoas à iluminação.
O propósito desta existência é desenvolver um elevado estado de vida, por
meio do qual possamos sentir verdadeiramente que somos budas em vida e na
morte e que tanto uma condição como a outra estão imbuídas de alegria. Em outras
palavras, cada momento desta existência é uma luta para consolidar esse estado
de vida.

Referência 2: Discurso do presidente Ikeda na Universidade de Harvard: “O


Budismo Mahayana e a Civilização do Século XXI”
O Sutra do Lótus, o núcleo do Budismo Mahayana, afirma que o propósito de
uma existência, que repete o interminável ciclo de vida e morte, está na ‘felicidade
e tranquilidade’. Além disso, ensina que a prática da fé elucida claramente a alegria
tanto na vida como na morte, como também, a ‘felicidade e tranquilidade’, tanto na
vida como na morte. (tradução não oficial)

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Referência 3: Discurso do presidente Ikeda na Universidade de Harvard: “O


Budismo Mahayana e a Civilização do Século XXI”
O ‘grande eu’ elucidado no Budismo Mahayana é um outro nome para expressar
a ‘personalidade aberta’ de alguém que faz do sofrimento de todas as pessoas
o seu próprio. É o ‘eu’ que, em meio aos seres humanos da vida cotidiana da
sociedade, promove a ação de ‘retirar o sofrimento e conceder a felicidade’ das
pessoas. Somente este amplo laço de solidariedade humana, ultrapassando o ‘ego
da era moderna’ é capaz de romper as barreiras e abrir o esperançoso horizonte
de uma nova civilização. Além disso, a concepção de vida e morte contida na frase
‘alegria tanto na vida como na morte’ pode ser comprovada em meio ao dinâmico
pulsar deste ‘grande eu’. (tradução não oficial)

Referência 4: Aprendendo com os escritos de Nichiren Daishonin: Fonte


inesgotável de esperança [4] (Revista ‘Terceira Civilização’, edição 485, janeiro
de 2009)
Atingir o estado de Buda na forma como se apresenta não tem nada a ver
com adquirir faculdades sobrenaturais. Significa atingir, como seres humanos,
um estado de vida eterno e ilimitado, caracterizado pelas virtudes da eternidade,
felicidade, verdadeira identidade e pureza.
Os benefícios da Lei Mística são imensuráveis. Todas as formas de vida —
em qualquer dos Dez Mundos em que se encontrem — são, originalmente, uma
entidade da Lei Mística. Portanto, mesmo que uma pessoa se encontre no estado
de Inferno, se mudar o foco ou a atitude mental nesse momento, ela manifesta
imediatamente o estado mais puro e supremo como entidade da Lei Mística. A isso
se refere o princípio de “atingir o estado de Buda na forma como se apresenta”.

Referência 5: Aprendendo com os escritos de Nichiren Daishonin: Fonte


inesgotável de esperança [4] (Revista ‘Terceira Civilização’, edição 485, janeiro
de 2009)
Encorajar outros na fé requer esforços sérios, sinceros e incondicionais. Implica
uma poderosa interação com o nível mais profundo da vida, fazendo surgir em
cada pessoa a dinâmica dos “três mil mundos num único momento da vida”. É
um desafio que exige dedicação, mas por meio do qual polimos e melhoramos
nossa própria vida. Esses esforços consolidam nosso estado de Buda, o que nos
possibilita ajudar os outros a fazer o mesmo.

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