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PSICOLOGIA P111

GEISIANE NATALY ANDRADE


JÉSSICA LUDMILLA ALVES FERREIRA
JÉSSICA MONIQUE GIBIM RODRIGUES
LEILIANE DA S. FREITAS DE ARAÚJO
RAQUEL P.S.L. DO NASCIMENTO

FUNDAMENTOS SOCIOLÓGICOS:
HISTÓRIA DA SOCIOLOGIA

BELFORD ROXO
2011
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O trabalho a seguir nos dá uma visão mais clara sobre a história da sociologia,
apresentam o surgimento da sociologia, o desenvolvimento, grandes
pensadores e a sociologia latino -americana.Permitindo um conhecimento mais
amplo sobre assuntos sociológicos, afinal devemos conhecer melhor toda a
contribuição do passado para entender os dias atuais.

PALAVRAS CHAVES: SOCIOLOGIA ± HISTÓRIA ± PENSADORES -


CONTRUBUIÇÃO.

   
  

A origem da sociologia aconteceu no século XVIII e deu-se a partir de algumas


revoluções na Europa como a Revolução Industrial (passagem do feudalismo
para o capitalismo), Revolução Francesa (a burguesia tomou o poder) e por
último a Revolução Iluminista (que tinha por objetivo a razão, a ciência e a
técnica).
Antes da Sociologia se tornar ciência ela já era estudada de certa maneira
pelos filósofos gregos, eles abordavam as realidades sociais, sendo assim as
reflexões religiosas e filosóficas foram precursoras da Sociologia.
A palavra SOCIOLOGIA foi definida por um dos pioneiros da mesma, Augusto
Comte em 1839 cria uma palavra híbrida, sendo ela composta pelo termo latim
SOCIO que significa ³social´, e do termo grego LOGOS que significa ³estudo´.
Portanto Sociologia define -se basicamente como ³Estudo da Sociedade´.
A sociologia surgiu com o intuito de estudar a sociedade e o individuo inserido
nela, as relações de interdependência do homem, as instituições e os
fenômenos sociais (regras jurídicas, morais, sistemas econômicos, dogmas
religiosos, política, entre outros).
Os pioneiros da Sociologia são Emile Durkheim, Max Weber, Karl Marx,
Augusto Comte entre outros que contribuíram para o desenvolvimento da
sociologia.
Emile Durkheim (1858 ± 1917), sua obra foi elaborada num período de
constantes crises econômicas, que causavam desemprego e miséria entre os
trabalhadores, o que provocou o aumento das lutas de classes. Começando
assim a sociologia ganhar espaço, com base nisto veio a acreditar que seria
necessário a introdução de idéias morais, acreditando que a ciência lhe poderia
ser muito útil. As transformações sócio-econômicas tiveram um ponto negativo,
pois se entendia que com essa velocidade de transformações a sociedade
estava entrando em um estado de anarquia.
São três as características que Durkheim distingue nos fatos sociais:
A primeira delas é a coerção social, ou seja, a força que os fatos exercem
sobre os indivíduos.
A segunda característica dos fatos sociais é que eles existem e atuam sobre os
indivíduos independentemente de sua vontade ou de sua adesão consciente,
ou seja, eles são exteriores aos indivíduos.
A terceira apontada por Durkheim é a generalidade.
A generalidade distingue o essencial e específico à natureza sociológica dos
fenômenos.
Para Durkheim, a Sociologia tinha por finalidade não só explicar a sociedade
como encontrar remédios para a vida social.
Ele estabeleceu a passagem da solidariedade mecânica para a orgânica como
o motor de transformação de toda e qualquer sociedade.
Solidariedade mecânica era aquela que predominava nas sociedades pré -
capitalistas. Solidariedade orgânica é aquela típica das sociedades capitalistas.

MAX WEBER
Max Weber era sociólogo e economista alemão. Insistiu em estabelecer
uma clara distinção entre o conhecimento científico, fruto de cuidadosa
investigação, e os julgamentos de valor sobre a realidade. Com isso, desejava
assinalar que um cientista não tinha direito de possuir, a partir de sua profissão,
preferências políticas e ideológicas. A busca de uma neutralidade científica
levou Weber a estabelecer uma rigorosa fronteira entre o cientista, o homem do
saber, das análises frias e penetrantes, e o político, homem de ação e de
decisão comprometido com as questões práticas da vida. Vários estudiosos da
formação da sociologia têm assinalado, no entanto, que a neutralidade
defendida por Weber foi um recurso utilizado por ele na luta pela liberdade
intelectual, uma forma de manter a autonomia da sociologia em face da
burocracia e do Estado alemão da época. A tarefa da sociologia para Weber é
interpretar a ação social.
Weber estabeleceu qua tro tipos de ação social. Estes são conceitos que
explicam a realidade social, mas não são as realidades sociais:
1 ação tradicional: aquela determinada por um costume ou um hábito
arraigado;
2 ação afetiva: aquela determinada por afetos ou estados sentimentais;
3 racional com relação a valores: determinada pela crença consciente
num valor considerado importante, independentemente do êxito desse
valor na realidade;
4 racional com relação a fins: determin ada pelo cálculo racional que
coloca fins e organiza os meios necessários.

KARL MARX

A formação e o desenvolvimento do conhecimento sociológico crítico e


negador da sociedade capitalista sem dúvida liga -se à tradição do pensamento
socialista, que encontra em Marx (1818-1883) e Engels (1820 -1903) a sua
elaboração mais expressiva. Eles acreditavam que se o socialismo
pretendesse ser mais do que mero desabafo crítico ou sonho utópico seria
necessário empreender uma análise histórica da sociedade capitalista. A
formação teórica do socialismo marxista constitui uma complexa operação
intelectual, na qual são assimilados de maneira crítica os três principais
correntes do pensamento europeu do século passado, ou seja, o socialismo, a
dialética e a economia política. Marx diz que a divisão social do trabalho fez
com que a filosofia se tornasse à atividade de um certo grupo. Ela é, portanto,
parcial e reflete o pensamento desse grupo. Essa parcialidade e o fato de que
o Estado se torna legítimo a partir dessas reflex ões parciais, como por
exemplo, o liberalismo transformou a filosofia em "filosofia do Estado".
Marx afirmou que a estrutura de uma sociedade depende da forma como os
homens organizam a produção social de bens. A produção social, segundo
Marx, engloba dois fatores básicos: as forças produtivas e as relações de
produção. Existem três tipos de modo de produção: Asiático, Germânico,
Antigo. Ser marxista não é apenas uma questão científica ou política, o
marxismo é também uma ética baseada em princípios dignifi cantes,
independentemente de tudo o que se pense sobre a maneira como suas idéias
supostamente foram colocadas em prática. A relação entre a sociologia e a
obra de Marx é controversa, na medida em que existe um elemento subjetivo
em todo ser humano que, ou aceita sem restrições a doutrina de Marx, ou, ao
contrário, repele tal teoria.

AUGUSTO COMTE

Auguste Comte (1798-1857Ò nascido em Montpellier, França, tornou -se


discípulo de Saint -Simon, de quem sofreu enorme influência. Sua principal
característica foi a devoção aos estudos e à filosofia positivista. A "teoria
positiva" partia do princípio de que os homens deveriam aceitar a ordem
existente, não devendo contestá -la. Assim, também, ao ser humano cabe
"revelar" o mundo não existindo a possibilidade de " mudá-lo".O positivismo
está alicerçado na prática da coleta de dados sobre determinada sociedade,
cuja análise será feita através da constatação e confirmação desses dados.
É composto pela experimentação, pelo pragmatismo e pelo empirismo.
A verdade científica trata dos fenômenos ou fatos dominantes ou constantes,
não tendo como objetivo atingir as causas, limitando -se apenas a constatar a
"ordem que reina no mundo". 
A evolução do intelecto e da consciência do homem só serão possíveis se este
voltar-se para o passado, portanto, a ciência deve revelar uma ordem e permitir
a ação do homem, caso contrário, sua existência de nada valeria.
As leis da natureza são sólidas, verdadeiras. Trata-se do mundo intelegível,
motivo pelo qual Auguste Comte diz que o homem não deveria estar
preocupado com as questões futuras, nem prender -se a detalhes.
Para Auguste Comte havia uma hierarquia na natureza, podendo compor -se de
fenômenos simples ou complexos, sendo de natureza orgânica ou inorgânica,
inerente aos seres vivos e ao homem.
Sua visão era de que o mundo poderia ser interpretado partindo -se do princípio
de que havia um condicionamento que era feito pelo inferior ao superior, porém
não havia como determiná-lo, ou seja, os fenômenos da vida ou fenômenos
sociais eram condicionados, porém não determinados pelos fenômenos
químicos e físicos.
A Sociologia, segundo Comte, deve exercer uma espécie de magistratura
espiritual, pois todas as ciências se voltam para ela, por representar o nível
mais alto de complexidade, de n obreza e de fragilidade.
A sociologia surge então na América Latina e se caracteriza por expressar
profundas transformações sob influência americana e européia.
Em desenvolvimento, voltou-se para questões sociais, sob os efeitos da
mundialização.
As profundas transformações marcaram três tendências, ou seja, as idéias de
colonialismo, cuja política de exercer o controle sobre um território, o
nacionalismo, que defendia a tese de um sentimento de valorização marcado
pela aproximação e identificação com uma n ação, com um ponto de vista
ideológico, e o cosmopolitismo, um pensamento filosófico que despreza as
fronteiras geográficas, que segue a lei do universo e considera os homens
como formadores de uma única nação.
Sob estas influências contextualizou seis per íodos (o primeiro do século
XIX até o início do século XX) Herança Intelectual da Sociedade, é o período
que reflete a transição da sociedade escravocrata para o trabalho livre, época
em que os pensadores se preocupavam em realizar uma interpretação geral do
meio em que viviam. Nos anos 30 foram publicadas grandes obras; e o
resultado foi a legitimação de um discurso sobre a sociedade.
O segundo período é marcado pelo aparecimento de cátedras (1890 -1950)
esta etapa possibilitou a institucionalização do disc urso sociológico e a criação
das escolas, faculdades e cursos de sociologia ou de ciências sociais.
Já no terceiro período (1950 -1973), surge a sociologia científica e
começa a se configurar a sociologia crítica. Esta fase foi dilacerada pelos
golpes militares, mas o processo intelectual estava em curso, em vários países
renasceria e se manifestaria como uma ³sociologia crítica´.
No quarto período, marcado pelas crises institucionais, momento de grandes
discussões sobre variantes do Marxismo. O tema do discurso do momento era
o autoritarismo, a democracia e a exclusão.
No quinto e no último período, a partir do ano 2000, observa -se a
maturação das críticas às ideologias neoliberais, foram anos de debates, nos
quais se chegou a uma mundialização de análises sobre as questões sociais
globais, principalmente através de conferências promovidas por organismos
internacionais como a ONU. Apesar de todos os percalços e transformações
sociais na América Latina, consolidou-se uma identidade própria. A sociologia
latino-americana conquistou plena legitimidade acadêmica e científica, sendo
reconhecida pela sociedade civil e pelo Estado como saber construtor de uma
consciência crítica da realidade social.
Enfim, no Brasil o surgimento da Sociologia ocorreu em meados da
década de 1930, com a publicação de trabalhos como Casa grande e senzala,
de Gilberto Freyre, e Formação do Brasil contemporâneo (Colônia), de Caio
Prado Jr,esses livros aconteceram ao mesmo tempo com o início dos primeiros
cursos de Ciências Sociais como a Escola Livre de Sociologia e Política de São
Paulo (1933) e com a fundação da Seção de Sociologia e Ciência Política da
Faculdade de Filosofia da Universidade de São Paulo (1934).

Na sua maioria, os autores tinham a tendência de escrever sobre raça,


civilização e cultura.
Acontecimentos ocorridos na sociedade brasileira como o modernismo,
formação de partidos e movimentos armados de 1935 foi estimulado pela
investigação destes acontecimentos.
A Sociologia Cientifica -1950, foi marcada pelas tentativas de juntar o ensino e
a pesquisa em Sociologia
Na década de 1960, os pensadores de formação marxista influenciaram
fortemente a produção intelectual nacional. Entre estes pensadores está
Fernando Henrique Cardoso.
Em 1964, com a ditadura, ocorre o choque entre regime militar e estudantes
(mortes, manifestações, ocupações de prédios, prisões, passeatas)
Com a implantação legal da ditadura , nomes ligados a sociologia no Brasil
foram aposentados e impedidos de lecionar, em 1968 , e muitos foram
exilados.
No final da década de 1980, a falência, da ideologia socialista gerou uma crise
no pensamento sociológico brasileiro. Os pensadores resgatar am os autores
clássicos, como o francês Émile Durkheim e o alemão Max Weber. Nessa nova
geração, destacam-se os trabalhos de Renato Ortiz, no campo da cultura, e de
Ricardo Antunes, no campo das relações trabalhistas.
Pessoas importantes para a sociologia no Brasil: Plínio Salgado - Fernando de
Azevedo - Sérgio Buarque de Hollanda - Florestan Fernandes - Celso Furtado.

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A Sociologia é marcada com grandes lutas contra a desigualdade social, viveu


momentos de conflitos, transformações, e percalços. Os pensadores foram
perseguidos pois a sociedade não aceitava mudanças radicais.
Apesar de tentativas de bloqueio contra a Sociologia, ela sempre ressurgia
através de outros pensadores, escolas, livros entre outros.
O objetivo da sociologia é estudar diferentes classes, culturas, instituições
(família, igreja, escolas), a fim de criar uma sociedade mais igualitária, e com
valores éticos.

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http://turmaatenta.ativo -forum.com/t7-a-origem-da-sociologia. Acesso em


06/04/2011
http://www.webartigos.com/articles/6527/1/Sociologia -No-
Brasil/pagina1.html#ixzz1IgiNFkkY . Acesso em 04/04/2011.

http://slideshare.net. Acesso em 03/04/2011.

http://karlamoraessociologia.blogspot.com/2009/03/sociologia -no-brasil-os-
estudos-do.html, acesso em 07/04/2011.

http://www.caiuaficha.com.br/sociologia/nobrasil.html . Acesso em 04/04/2011.

http://pt.scribd.com/doc/6637696/Sociologia -Comte-Marx-Weber-E-Durkheim.
Acesso em 06/04/2011.

Jornal da ciência ±Sociologia é como a hidra: corta -se ema cabeça, aparecem
outras.Disponível em http://www.jornaldaciencia.org.br . Acesso em
07/04/2011.

LAKATOS, Eva Maria; MARCONI, Maria de Andrade. Sociologia Geral.7º


Edição. São Paulo: Atlas, 2008.

Galliano. Introdução a Sociologia.Harbra, 1981.

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