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AO JUIZADO ESPECIAL CÍVEL DA COMARCA DE ________

________ , ________ , ________ , inscrito no CPF


sob nº ________ , ________ , residente e domiciliado
na ________ , ________ , ________ , na Cidade de
________ , ________ , ________ , vem à presença de
Vossa Excelência, por meio do seu Advogado, infra
assinado, ajuizar

AÇÃO DE COBRANÇA

em face de ________ , ________ , ________ ,


inscrito no CPF sob nº ________ , ________ ,
residente e domiciliado na ________ , ________ ,
________ , na Cidade de ________ , ________ ,
________ , pelos motivos e fatos que passa a expor.

DO NEGÓCIO JURÍDICO

O Autor firmou com o Réu contrato ________ .


O pagamento foi ajustado da seguinte forma ________ conforme
________ .

Ou seja, os pagamentos deveriam ser realizados em ________ o


que não foi cumprido pela Ré, motivando a presente ação.

DO DIREITO DO CREDOR

A legislação brasileira, em especial o Código Civil, prevê a


possibilidade de o credor buscar a satisfação de seu crédito mediante a oposição
de ação pertinente.

Considerando não tratar-se de título executivo, tem-se por


derradeira a via adequada para atingir o seu pleito.

No presente caso, tem-se em tela um ato ilícito pelo


descumprimento de obrigação pactuada por parte do Réu, o que se enquadra no
Código Civil nos seguintes termos:

Art. 186. Aquele que, por ação ou omissão voluntária,


negligência ou imprudência, violar direito e causar dano a
outrem, ainda que exclusivamente moral, comete ato
ilícito.

Ou seja, pela omissão voluntária do réu, que reflete diretamente


num prejuízo ao Autor tem-se configurado um ato ilícito.

No mesmo sentido, o Código Civil dispõe:


Art. 389. Não cumprida a obrigação, responde o
devedor por perdas e danos, mais juros e
atualização monetária segundo índices oficiais
regularmente estabelecidos, e honorários de
advogado.

No presente caso, tem-se a demonstração inequívoca da ilicitude


do ato do Réu ao deixar de pagar ________ , devendo ser condenado ao
pagamento.

COBRANÇA - Empreitada - Contrato verbal Pagamento


devido. Sentença mantida. Inocorreu cerceamento de
prova testemunhal, pois inexiste pedido de realização.
Demonstrado fato constitutivo do direito do
autor, correta a procedência da ação (art. 373, I, do
CPC). Sentença mantida por seus próprios fundamentos.
(TJSP; Recurso Inominado Cível 1004571-
43.2019.8.26.0224; Relator (a): Paulo Bernardi Baccarat;
Órgão Julgador: 4ª Turma Cível; SÃO PAULO - FAMILIA
- 5.VARA FAMILIA; Data do Julgamento: 24/10/2019;
Data de Registro: 25/10/2019)

Trata-se da necessária aplicação da lei, uma vez que demonstrado


o compromisso firmado e a ocorrência do descumprimento, outra solução não
resta se não o imediato pagamento do débito, conforme amplamente protegido
pelo direito.

DO TERMO DE RECONHECIMENTO DE DÍVIDA

Conforme se depreende do documento ________ que demonstra


o claro reconhecimento da dívida, tem-se por inequívoco o dever do réu no
pagamento atualizado dos valores devidos, conforme precedentes sobre o tema:

APELAÇÃO CÍVEL - AÇÃO DE COBRANÇA - CEMIG -


TERMO DE ACORDO E RECONHECIMENTO DE
DÍVIDA - SIGNATÁRIO - CONFISSÃO DO DÉBITO -
LEGITIMIDADE PASSIVA CONFIGURADA - DEFESA
DEDUZIDA CONTRA FATO INCONTROVERSO -
RECURSO PROTELATÓRIO - LITIGÂNCIA DE MÁ-FÉ
CARACTERIZADA - SENTENÇA MANTIDA - RECURSO
NÃO PROVIDO. 1. O Termo de Acordo e
Reconhecimento de Dívida celebrado entre o
consumidor e a concessionária de serviço público
constitui instrumento de confissão de dívida hábil
a demonstrar a responsabilidade do signatário
pelo débito, evidenciando a sua legitimidade para
figurar no polo passivo da correlata ação de
cobrança, notadamente quando a utilização do
serviço foi expressamente confirmada na
contestação. 2. Ao suscitar sua ilegitimidade passiva
apenas em sede recursal, contrariando as afirmações
lançadas na contestação, a requerida incide em verdadeiro
comportamento contraditório, que não pode ser admitido
pelo Poder Judiciário. 3. A conduta da recorrente, ao negar
questão incontroversa nos autos e interpor recurso com
evidente propósito protelatório configura litigância de má-
fé, nos termos do art. 80, incisos I e VII, do CPC, sendo
adequada a sua condenação ao pagamento de multa. 4.
Sentença mantida. 5. Recurso não provido. (TJ-MG - AC:
10210140060604001 MG, Relator: Raimundo Messias
Júnior, Câmaras Cíveis / 2ª CÂMARA CÍVEL, Data de
Publicação: 22/05/2017)

Trata-se matéria que independe de maiores provas, devendo ser


julgada de plano.
DO ENRIQUECIMENTO ILÍCITO

Não reconhecer o direito aqui pleiteado, configura grave privilégio


ao ENRIQUECIMENTO SEM CAUSA, uma vez que ficou perfeitamente
demonstrado enriquecimento indevido do devedor em detrimento ao direito do
credor , devendo ser ressarcido, nos termos do Código Civil:

Art. 884. Aquele que, sem justa causa, se


enriquecer à custa de outrem, será obrigado a
restituir o indevidamente auferido, feita a
atualização dos valores monetários.

Ampla doutrina reforça a importância da censura ao


enriquecimento sem causa, para fins da efetiva preservação da boa fé nas
relações jurídicas:

"O repúdio ao enriquecimento indevido estriba-se


no princípio maior da equidade, que não permite
o ganho de um, em detrimento de outro, sem uma
causa que o justifique. (...) A tese, hoje, preferida pela
doutrina brasileira é a da admissão do princípio genérico
de repulsa ao enriquecimento sem causa indevido. Essa a
opinião de que participo." (RODRIGUES, Silvio. Direito
civil: parte geral das obrigações. 24 ed. São Paulo: Saraiva,
p. 159.)

Afinal, a total ausência de motivação pelo inadimplemento deve


configurar o dever de pagar, sob pena de enriquecimento ilícito:

AÇÃO DE ENRIQUECIMENTO ILÍCITO - COBRANÇA


DE CHEQUE DEVOLVIDO POR INSUFICIÊNCIA DE
FUNDOS - APELAÇÃO - ALEGAÇÕES GENÉRICAS
DE QUE O CHEQUE FOI EMPRESTADO PARA
AQUISIÇÃO DE MATERIAIS QUE NÃO AFASTAM
A PRESUNÇÃO DO DÉBITO - SENTENÇA MANTIDA
- RECURSO DESPROVIDO. (TJSP; Apelação 1019804-
49.2015.8.26.0506; Relator (a): Maria Salete Corrêa Dias;
Órgão Julgador: 20ª Câmara de Direito Privado; Foro de
Ribeirão Preto - 8ª Vara Cível; Data do Julgamento:
05/03/2018; Data de Registro: 07/03/2018)

Assim, considerando-se a tentativa infrutífera de recebimento dos


valores devidos, bem como os prejuízos que tal atraso no cumprimento das
obrigações geraram ao credor , requer-se desde logo o pagamento integral no
valor de ________ , mais o valor de R$ ________ a título de perdas e danos,
devidamente atualizados cumulados com juros de mora.

Assim, considerando-se a tentativa infrutífera de recebimento dos


valores devidos, bem como os prejuízos que tal atraso no cumprimento das
obrigações geraram ao Autor, requer-se desde logo o pagamento integral no
valor de ________ , mais o valor de R$ ________ a título de perdas e danos,
devidamente atualizados cumulados com juros de mora.

DA LIMINAR - TUTELA DE URGÊNCIA

Trata-se de nítida situação que ampara pedido de liminar, diante


da demonstração inequívoca dos requisitos necessários à concessão do pedido
de urgência:

PERICULUM IN MORA - O risco da demora fica


demonstrado diante do risco de perecimento das garantias financeiras ainda em
nome do Réu, causando a indisponibilidade do crédito futuro, em grave risco de
perecimento do direito.

No presente caso, este risco fica demonstrado com a ________

FUMUS BUNI IURIS - A probabilidade do direito fica


perfeitamente demonstrada diante da comprovação do crédito, materializado
pelo ________ .

PEDIDO LIMINAR - Para fins da concessão da tutela de


urgência, requer seja determinado:

a) O bloqueio BACEN JUD nas contas do Réu, no valor de


R$ ________ ;

b) Caso não encontre valores suficientes, seja determinada


a a inalienabilidade e intransferibilidade dos bens do
requerido, que abaixo relaciona:

________

Tratam-se de pedidos necessários e cabíveis, conforme


precedentes sobre o tema:

AGRAVO DE INSTRUMENTO - AÇÃO DE COBRANÇA


- TUTELA DE URGÊNCIA - BLOQUEIO DE
VALORES VIA BACENJUD - ART. 300 DO CPC/15 -
PROBABILIDADE DO DIREITO E PERIGO DE DANO
DEMONSTRADO - DEFERIMENTO. - Conforme dispõe o
art. 300, do novo CPC, são dois os requisitos, não
cumulativos, para a concessão da tutela de urgência, quais
sejam: quando houver elementos nos autos que
evidenciem a probabilidade do direito reclamado
(fumus boni iuris) e/ou houver perigo de dano ou
risco ao resultado útil do processo (periculum in
mora). Restando comprovados mencionados
requisitos, deve ser concedida a tutela de
urgência. (TJ-MG - AI: 10000160797536001 MG,
Relator: Valdez Leite Machado, Data de Julgamento:
04/07/0017, Câmaras Cíveis / 14ª CÂMARA CÍVEL, Data
de Publicação: 07/07/2017)

Medidas necessárias a fim de que o Réu não se desfaça do seu


patrimônio e possa, futuramente, arcar com a dívida pleiteada.

DA JUSTIÇA GRATUITA

O Requerente atualmente é ________ , tendo sob sua


responsabilidade a manutenção de sua família, razão pela qual não poderia
arcar com as despesas processuais.

Para tal benefício o credor junta declaração de hipossuficiência e


comprovante de renda, os quais demonstram a inviabilidade de pagamento das
custas judicias sem comprometer sua subsistência, conforme clara redação do
Art. 99 Código de Processo Civil de 2015.

Art. 99. O pedido de gratuidade da justiça pode ser


formulado na petição inicial, na contestação, na petição
para ingresso de terceiro no processo ou em recurso.
§ 1º Se superveniente à primeira manifestação da parte na
instância, o pedido poderá ser formulado por petição
simples, nos autos do próprio processo, e não suspenderá
seu curso.

§ 2º O juiz somente poderá indeferir o pedido se houver


nos autos elementos que evidenciem a falta dos
pressupostos legais para a concessão de gratuidade,
devendo, antes de indeferir o pedido, determinar à parte a
comprovação do preenchimento dos referidos
pressupostos.

§ 3º Presume-se verdadeira a alegação de


insuficiência deduzida exclusivamente por pessoa
natural.

Assim, por simples petição, sem outras provas exigíveis por lei, faz
jus o Requerente ao benefício da gratuidade de justiça:

AGRAVO DE INSTRUMENTO - MANDADO DE


SEGURANÇA - JUSTIÇA GRATUITA - Assistência
Judiciária indeferida - Inexistência de elementos nos
autos a indicar que o impetrante tem condições de
suportar o pagamento das custas e despesas
processuais sem comprometer o sustento próprio
e familiar, presumindo-se como verdadeira a
afirmação de hipossuficiência formulada nos
autos principais - Decisão reformada - Recurso provido.
(TJSP; Agravo de Instrumento 2083920-
71.2019.8.26.0000; Relator (a): Maria Laura Tavares;
Órgão Julgador: 5ª Câmara de Direito Público; Foro
Central - Fazenda Pública/Acidentes - 6ª Vara de Fazenda
Pública; Data do Julgamento: 23/05/2019; Data de
Registro: 23/05/2019

Cabe destacar que o a lei não exige atestada miserabilidade do


requerente, sendo suficiente a "insuficiência de recursos para pagar as custas,
despesas processuais e honorários advocatícios"(Art. 98, CPC/15), conforme
destaca a doutrina:

"Não se exige miserabilidade, nem estado de


necessidade, nem tampouco se fala em renda familiar ou
faturamento máximos. É possível que uma pessoa
natural, mesmo com bom renda mensal, seja merecedora
do benefício, e que também o seja aquela sujeito que é
proprietário de bens imóveis, mas não dispõe de liquidez.
A gratuidade judiciária é um dos mecanismos de
viabilização do acesso à justiça; não se pode
exigir que, para ter acesso à justiça, o sujeito
tenha que comprometer significativamente sua
renda, ou tenha que se desfazer de seus bens,
liquidando-os para angariar recursos e custear o
processo." (DIDIER JR. Fredie. OLIVEIRA, Rafael
Alexandria de. Benefício da Justiça Gratuita. 6ª ed.
Editora JusPodivm, 2016. p. 60)

Por tais razões, com fulcro no artigo 5º, LXXIV da Constituição


Federal e pelo artigo 98 do CPC, requer seja deferida a gratuidade de justiça ao
requerente.

DOS PEDIDOS

1. A concessão da Assistência Judiciária Gratuita, nos termos do


art. 98 do Código de Processo Civil;

2. O deferimento do pedido liminar, para fins de determinar:


a) O bloqueio BACEN JUD nas contas do Réu, no valor de R$
________ ;
b) Caso não encontre valores suficientes, seja determinada a a
inalienabilidade e intransferibilidade dos bens do requerido,
que relaciona em anexo;

3. A citação do réu, na pessoa de seu representante legal, para,


querendo responder a presente demanda;

4. A procedência do pedido, com a condenação do Réu ao


pagamento imediato das quantias devidas, no valor de R$
________ , acrescidas de juros e correção monetária;

5. A produção de todas as provas admitidas em direito, em


especial a ________

6. Manifesta o ________ na realização de audiência


conciliatória;

7. A condenação do réu ao pagamento de honorários advocatícios


nos parâmetros previstos no art. 85, §2º do CPC

8. Requer, por fim, que as intimações ocorram


EXCLUSIVAMENTE em nome do Advogado ________ ,
OAB ________ .

Dá-se à causa o valor de R$ ________


Nestes termos, pede deferimento.

________ , ________ .

________ ,

ANEXOS

1. Comprovante de renda

2. Declaração de hipossuficiência

3. Documentos de identidade do Autor

4. Procuração

5. Declaração de Pobreza

6. Provas do inadimplemento

7. Prova da tentativa de cobrança

8. Demonstrativo dos valores

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