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Tema 2: Circuitos de Corrente

Alternada Sinusoidal
Monofásica

TEORIA DE CIRCUITOS 2020 1


Introdução
• Uma corrente alternada é aquela que é
alternadamente positiva e negativa. No caso
em que essa variação seja da forma
sinusoidal, a corrente é designada alternada
sinusoidal.
• A nível da cadeia energética, se ao nível da
utilização da energia eléctrica, um variado e
significativo número de cargas funciona em
corrente contínua, a sua produção,
transporte ou distribuição é feita quase
exclusivamente em corrente alternada

TEORIA DE CIRCUITOS 2020 2


Grandezas e valores
característicos
2
i  I m sen ( t  )  I m sen ( t  )
T
2
i T   2 f 
T
1
Im
T f
2 T t T

 2 t
- ângulo de fase inicial;
- frequência angular;
T - período

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Valores médios e valores médios
quadráticos das quantidades sinusoidais
o valor médio da corrente durante metade do ciclo é:
T
2
1 2
I med  
T 0
I m sen  t dt 

Im

2
o médio quadrático ou valor eficaz da corrente num
ciclo é:
T T
1 2 1 2 Im
I       0,707 I m
2
i dt I m sen t dt
T 0 T 0 2

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Representação vectorial de quantidades
sinusoidais
 i

I1
T
 t1 2 T
 t2 t1 t2
t
I2

Se representarmos num sistema cartesiano a posição do vector


girante em cada instante, obtemos a representação instantânea
da quantidade sinusoidal. Assim podemos concluir que uma
quantidade sinusoidal pode ser representada por um vector de
amplitude constante que roda a uma certa velocidade angular .
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Se introduzirmos um plano complexo no círculo
trigonométrico, podemos representar a quantidade
sinusoidal por um valor complexo.
+j
Forma rectangular:
I  I cos  j I sen  I real  jIimag .
I
I imag

Forma polar: I  I  ,
I real +1

Forma exponencial: I  I e j
I imag
  arctg , se I real  0
I real
I I 2
rea I 2
ima ,
I imag
  arctg  180º , se I real  0
I real
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Operações com valores complexos
Consideremos dois números complexos:
Z 1  a1  jb1 e Z 2  a 2  jb2

Soma ou subtracção: Z s  Z1  Z 2  (a1  a2 )  j (b1  b2 ) .

Multiplicação: Z p  Z1 Z 2  Z1 Z 2  1   2 ,

Z1 Z
Divisão: Zq   1  1   2 ,
Z2 Z2

Z1  a12  b12 , Z 2  a22  b22 ,  1  arg( Z1 )  2  arg( Z 2 )

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Elementos armazenadores de
energia
Capacitores
q q

q C u
i
i
 

A corrente i através de um capacitor é a taxa de variação da


carga com o tempo:
dq du
i C
dt dt

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Associação de capacitores
série
u  u A  u B  uC ,

u u u A u B uC
  
uA uB uc q q q q

I CA CB CC 1 1 1 1
   .
C C A C B CC

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Associação de capacitores
Paralelo
u A carga total é a soma das cargas
de cada um dos condensadores:
CA
q  q A  q B  qC
CB
I Dividindo por u ambos membros:
q q A q B qC
CC    .
u u u u

Finalmente obtemos: C  C A  C B  CC

1
A energia é dada por: WC  CU 2
2
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Indutores

di
A f.e.m. Induzida é dada por: eL   L ,
dt

A diferença de potencial sobre di


uL  L .
o indutor será: dt

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Associação de Indutores
série A tensão sobre o conjunto é:
u
L1 L2 L3 u  u1  u 2  u 3
I u1 u2 u3

di
u  ( L1  L2  L3 )
dt

Finalmente obtemos: L  L1  L2  L3 .

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Paralelo
L1
Admitindo que os fluxos magnéticos das
bobinas não interajam podemos escrever:
L2
i  i1  i2  i3
I
L3 Da equação da tensão numa bobina
pode-se escrever:
u
1 1 1
i
L1  u dt 
L2  u dt 
L3  u dt .

Já que a tensão é a mesma na ligação pode-se escrever:


1 1 1
i (   )  u dt. Finalmente: 1

1

1 1
 .
L1 L2 L3 L L1 L2 L3
1
A energia é dada por: W L  L I 2

2
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Comportamento de alguns elementos em CA
Resistência

u
i U
u R
I
i

u U m sen  t
u  U m sen  t ; i    I m sen  t ;
R R
Um
Im 
R
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Comportamento de alguns elementos em CA
Bobina pura ou Indutância
u
i U
u L
I
i
di 1 1
u  U m sen  t ; uL  L  i   uL dt  C ; C  0 ; i   uL d t ;
dt L L
Um Um
i cos t  sen( t  90 )  I m sen( t  90 ) ;
L L
U U 0
X L   L ; ZL     L 90
 j L  j XL
I I   90

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Comportamento de alguns elementos em CA
Capacidade pura
u
I
i U
u C
i

du
u  U m sen  t ; i  C  U mC cos t
dt
Um
i 1
sen ( t  90 )  I m sen ( t  90 )
C

1 U U 0 1 1
XC  ; ZC      90
  j   j XC
C I I 90  C

C
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Comportamento de alguns elementos em CA
Dependência das reactâncias indutiva e capacitiva em função
da frequência

1
XL   L XC 
C


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Impedância e admitância
A impedância representa a relação entre o fasor da tensão e o fasor da corrente:

U
Z Z  R  jX
I

R é a resistência e X a reactância.

A admitância é definida como sendo o inverso da impedância:

1
Y  Y  G  jB
Z

G é a condutância e B susceptância.

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Impedância e admitância
As impedâncias podem ser ligadas em série ou em paralelo ou ainda de forma mista.
O cálculo da impedância e admitância equivalente obedece as mesmas regras
aplicadas no caso de resistências nos circuitos de corrente contínua.
As figuras abaixo mostram os triângulos de impedância e de admitância,
respectivamente.

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Lei de Ohm na forma complexa
Consideremos o circuito abaixo no qual a aplicação da lei de malhas em valores
instantaneos resulta em:

u R  u L  uC  e di 1
ou i R  L   i dt  e
dt C
Em notação complexa temos

R
( j ) i
Im R  Im j  L  Im  Em c
C e

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Lei de Ohm na forma complexa
Em
Resolvendo em ordem a corrente, resulta: Im 
j
R  jL 
C

E E
Em valores eficazes temos: I 
j Z
R  j L 
C

A expressão anterior mostra-nos a lei de Ohm para circuitos


sinusoidais

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Leis de Kirchoff na forma
complexa
De acordo com a 1ª Lei de Kirchoff, a soma algébrica das correntes em qualquer
nó de um circuito é zero, ou

I  0
A 2ª Lei de Kirchoff estabelece que a soma das quedas de tensão ao longo de
uma malha é igual a soma das f.e.m. ao longo da mesma malha:

n n

I
k 1
k Z k   Ek
k 1

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Métodos de cálculo de circuitos
de C.A.
Os métodos de cálculo de circuitos estudados em corrente contínua são aplicáveis
também nos circuitos de corrente alternada, através do uso do método simbólico .
Algumas expecções acontecem em circuitos com acoplamento magnéctico e serão
devidamente analisados.

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