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MANUAL DE BOAS PRÁTICAS DE FABRICAÇÃO

Unidade de Extração de Mel – Apiários Rio de Mel

Irati
2011
1 - OBJETIVO

O objetivo deste manual é estabelecer de forma clara e objetiva as normas de Boas Práticas de
Fabricação (BPF), para assegurar que os envolvidos as conheçam, entendam e as cumpram, e
desta forma se alcance a higiene pessoal, a sanitização, os controles aplicados aos processos e
produtos, assegurando que o produto final chegue aos clientes e consumidores com qualidade e
livre de qualquer contaminação.

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2 – CAMPO DE APLICAÇÃO

As normas estabelecidas neste manual se aplicam a todo o pessoal envolvido no processo de


fabricação, armazenagem, expedição e transporte. O pessoal da área administrativa, quando
em visita ao processo, bem como visitantes, deverão adequar-se às normas estabelecidas
neste manual.
3 – DEFINIÇÕES

ANTI-SEPSIA

Operação que visa à redução de microorganismos presentes na pele em níveis seguros,


durante a lavagem das mãos com sabonete anti-séptico ou por uso de agente anti-séptico
após a lavagem e secagem das mãos.

ÁREA DE FABRICAÇÃO / INSTALAÇÕES ALIMENTÍCIAS

Área onde são preparados, embalados, armazenados e distribuídos os insumos ou produtos


alimentícios.

BOAS PRÁTICAS

Procedimentos que devem ser adotados por serviços de alimentação a fim de garantir a
qualidade higiênico-sanitária e a conformidade dos alimentos com a legislação sanitária.

CADEIA ALIMENTAR

Todas as etapas envolvidas na elaboração do alimento, desde insumos, produção,


embalagens, armazenagem, distribuição e comercialização.

CONTAMINAÇÃO

Presença de todo e qualquer material estranho, inclusive, organismos e microorganismos


indesejáveis.

CONTAMINAÇÃO CRUZADA

Contaminação gerada pelo contato indevido de insumo, superfície, ambiente, pessoas ou


produtos contaminados.

CONTROLE INTEGRADO DE VETORES E PRAGAS URBANAS

Sistema que incorpora ações preventivas e corretivas destinadas a impedir a atração, o


abrigo, o acesso e ou a proliferação de vetores e pragas urbanas que comprometam a
qualidade higiênico-sanitária do alimento.

DESINFECÇÃO / SANITIZAÇÃO

Eliminação ou redução de microorganismos indesejáveis, por processos físicos e/ou


químicos adequados, não prejudiciais ao produto.

INSUMO

Matéria-prima, embalagens e materiais de auxílio utilizados na fabricação.

LIMPEZA / HIGIENIZAÇÃO

Remoção de resíduos de alimentos, sujidades ou outro material portador de agentes


contaminantes.

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LOTE

Alimento produzido durante um período de tempo indicado por um código específico.

MANIPULAÇÃO DE ALIMENTOS

Operações efetuadas sobre a matéria prima para obtenção e entrega ao consumo do


alimento preparado, envolvendo as etapas de preparação, embalagem, armazenamento,
transporte, distribuição e exposição à venda.

MANIPULADORES DE ALIMENTOS

Qualquer pessoa do serviço de alimentação que entra em contato direto ou indireto com o
alimento.

MANUAL DE BOAS PRÁTICAS

Documento que descreve as operações realizadas pelo estabelecimento, incluindo, no


mínimo, os requisitos higiênico-sanitários dos edifícios, a manutenção e higienização das
instalações, dos equipamentos e dos utensílios, o controle da água de abastecimento,
controle integrado de vetores e pragas urbanas, a capacitação profissional, o controle da
higiene e saúde dos manipuladores, o manejo de resíduos e o controle e garantia de
qualidade do alimento preparado.

MICROORGANISMOS

São leveduras, fungos, bactérias e inclui vírus; mas não está limitado a espécies de
interesse da saúde pública. O termo “microorganismo indesejável” inclui aqueles de
interesse da saúde pública, que sujeitam o alimento a decomposição e deterioração, e
indicam que o alimento está contaminado por impurezas.

PROCEDIMENTO OPERACIONAL PADRONIZADO – POP

Procedimento escrito de forma objetiva que estabelece instruções seqüenciais para a


realização de operações rotineiras e específicas na manipulação de alimentos.

4 – CONDIÇÕES GERAIS

4.1 - PESSOAL

4.1.1 - Não deverá ser admitido para trabalhar nenhuma pessoa que esteja afetada por
enfermidade contagiosa ou que apresente inflamações e infecções de pele, ferimentos ou
outras anormalidades que possam originar uma contaminação microbiológica. A pessoa que
apresentar qualquer das situações descritas acima ou com curativos deve ser direcionada a
outro tipo de trabalho, que não seja a manipulação de alimentos.
4.1.2 – Todos os empregados devem evitar a prática de atos não sanitários, tais como:
coçar a cabeça, introduzir os dedos nas orelhas, nariz e boca. Devem evitar também tocar
com as mãos as matérias primas, produtos em processo e produto acabado, exceto nos
casos de necessidades operativas e desde que as mãos estejam convenientemente limpas.
Quando for inevitável, lavar as mãos com água, sabão e desinfetante.
4.1.3 – Antes de tossir ou espirrar, afastar-se do produto que esteja manipulando. Cobrir a
boca e o nariz com lenço de papel ou tecido e depois lavar as mãos para prevenir
contaminações.
4.1.4 – O uniforme ou roupas externas (avental) deve ser de cor clara e sem bolsos acima
da cintura.

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4.1.5 – O uniforme deve estar limpo desde o início do trabalho e ser mantido em bom
estado, sem estar rasgado ou descosturado.
4.1.6 – Quando for necessário o uso de agasalho, o mesmo deve estar coberto pelo
uniforme para evitar que as fibras se soltem e contaminem o produto.
4.1.7 – Não é permitido carregar nos uniformes, canetas, lápis, espelhinhos, pinças,
chaveiros etc. Especialmente da cintura para cima, para evitar que os mesmos venham a
cair acidentalmente sobre o produto.
4.1.8 – Não será permitido o uso de anéis, brincos, colares, pulseiras e outras jóias durante
o trabalho, pois, as jóias não podem ser desinfetadas adequadamente. Parte das jóias
podem cair no produto. As jóias oferecem riscos à segurança pessoal e integridade dos
produtos e equipamentos.
4.1.9 – O calçado deve ser baixo e fechado. Fica proibido o uso de calçados abertos como:
chinelos e sandálias. O calçado deve apresentar-se limpo e em bom estado.
4.1.10 – Os homens devem estar sempre bem barbeados para ajudar a promover um
ambiente de limpeza. Fica proibido o uso de barba pelo pessoal da fábrica.
4.1.11 – Homens e mulheres devem ter os cabelos totalmente cobertos através do uso de
toucas ou similares.
4.1.12 – As unhas devem ser mantidas curtas, limpas e livre de qualquer tipo de esmalte.
4.1.13 – As mão devem apresentar-se sempre limpas. Devem ser lavadas com água e
sabão e desinfetadas antes do início do trabalho e depois de cada afastamento do mesmo
para: uso de sanitários e outras ocasiões em que as mãos possam apresentar riscos de
estarem sujas ou contaminadas.
4.1.14 – Roupas e pertences pessoais não devem ser guardados em lugares onde
alimentos ou ingredientes estejam expostos, ou em áreas usadas para limpeza de
equipamentos e utensílios ou sobre equipamentos utilizados no processo.
4.1.15 – É expressamente proibido fumar em qualquer parte da área da agroindústria.
4.1.16 – Fica proibido mascar chicletes ou manter na boca, palitos de dente, fósforos, doces
ou similares durante a permanência na área de trabalho. Também, manter lápis ou outros
objetos atrás das orelhas.
4.1.17 – Os funcionários da área administrativa, serviços auxiliares e visitantes deverão
ajustar-se às normas de “BPF”. No caso de usarem bigode e barba fora das normas,
deverão cobri-los com os protetores específicos (máscara), além de usarem as roupas
adequadas como: jaleco ou aventais, conforme o caso, antes de entrar para a área de
produção.

4.2 – INSTALAÇÕES E EDIFICAÇÕES

4.2.1 – O espaço dever ser suficiente para a instalação de equipamentos, estocagem de


matéria prima, de produto acabado e outros materiais auxiliares e propiciar espaços livres
para adequada ordenação, limpeza, manutenção e controle de pragas.
4.2.2 – Área de recepção de matéria prima deve ser isolada.
4.2.3 – Os sanitários e vestiários não devem ter comunicação direta com as áreas de
produção.
4.2.4 – O procedimento para a higienização das edificações, bem como os equipamentos
utilizados na execução, estão descritos no manual específico de “Higienização das
Edificações”.
4.2.5 – Os vestiários devem possuir armários, para que roupas, sapatos e outros objetos
pessoais, não fiquem espalhados pelo ambiente.
4.2.6 – As instalações sanitárias devem ser providas de todos os acessórios de auxilio
necessários para a higienização pessoal após o uso do mesmo.
4.2.7 – Paredes e tetos devem ser lisos, laváveis, impermeáveis, de cor clara, e permitir fácil
higienização. A pintura de equipamentos deve ser feita com tinta atóxica e de boa
aderência.
4.2.8 – O piso deve ser impermeável, de fácil lavagem e sanitização. Este deve ser
resistente ao tráfego e a corrosão. Deve estar em bom estado de conservação, livre de
defeitos, rachaduras, trincas e buracos.
4.2.9 – O piso deve ser mantido seco e limpo. Na limpeza de áreas com presença de pó,
recomenda-se o uso de panos umedecidos.

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4.2.10 – As portas que dão acesso à área externa devem ser mantidas sempre bem
fechadas.
4.2.11 – As janelas devem ser fixas e utilizadas preferencialmente para iluminação. Quando
usadas para ventilação, estas devem ser dotadas de telas.
4.2.12 – As telas devem ser facilmente removíveis para a limpeza e mantidas em bom
estado de conservação.
4.2.13 – A iluminação deve minimizar sombras e seguir os padrões mínimos de qualidade,
sem comprometer a higiene e as características sensoriais do produto.
4.2.14 – As lâmpadas devem possuir sistema de segurança contra explosão e quedas
acidentais.
4.2.15 – As instalações elétricas devem estar embutidas ou protegidas em tubulações
externas e íntegras de tal forma a permitir a higienização dos ambientes.
4.2.16 – O material de isolamento das tubulações deve ser de fácil lavagem, (plástico,
alumínio ou aço inoxidável).
4.2.17 – Fica proibido o uso de madeiras ou materiais rugosos e porosos.
4.2.18 – A água utilizada no processamento de alimentos deve ser potável.
4.2.19 – Os produtos de limpeza ou qualquer outro tipo de produto que possa contaminar o
mel devem ser armazenados em local fechado e fora da área de manipulação.
4.2.20 – Não devem existir áreas de acúmulo de materiais em desuso ou estranhos ao
ambiente, a fim de não constituírem foco de proliferação de pragas.
4.2.21 – Deve existir um local específico para o armazenamento do lixo, até o seu
transporte para o terminal de resíduos. Este local deve ser isolado, longe da área de
produção e armazenagem.

4.3 – EQUIPAMENTOS E UTENSÍLIOS

4.3.1 – Os procedimentos de higienização dos equipamentos estão descritos no manual


específico de higienização dos equipamentos.
4.3.2 – Os equipamentos e utensílios devem ser usados unicamente para fins aos quais
foram projetados.
4.3.3 – Os equipamentos com partes móveis devem ser lubrificados, quando necessário,
sem contaminar os alimentos.
4.3.4 – Os equipamentos e utensílios devem ser construídos preferencialmente em aço
inoxidável ou material inerte.
4.3.5 – Os equipamentos não devem possuir parafusos, porcas, rebites ou partes móveis
que possam cair acidentalmente sobre o produto.
4.3.6 – Os equipamentos e utensílios devem estar em bom estado de funcionamento e
conservação para serem utilizados.
4.3.7 – Depois da manutenção ou conserto, o equipamento deverá ser higienizado e
sanitizado previamente ao seu uso.

4.4 – PRODUÇÃO

4.4.1 – As área de fabricação, embalagem e armazenamento, devem estar limpas e livres


de materiais estranhos ao processo.
4.4.2 – Deve ser evitado o trânsito de pessoas ou materiais estranhos na área de produção.
4.4.3 – Durante a fabricação ou embalagem do produto, deve-se cuidar para que a limpeza
que esteja sendo efetuada não gere pó, nem respingo de água ou qualquer tipo de
contaminação.
4.4.4 – O uso excessivo de lubrificantes nos equipamentos deve ser evitado para prevenir
que os mesmos gotejem ou caiam sobre os produtos. Devem ser usados lubrificantes de
grau alimentício.
4.4.5 – A identificação de todos os insumos e produtos armazenados em processo é
indispensável.
4.4.6 – Produtos deteriorados, de devolução de clientes ou do processo, devem ser
armazenados fisicamente separados até destruição.
4.4.7 – Todo o produto acabado deve ser embalado o mais breve possível.

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4.4.8 – Os instrumentos de controle de produção, tais como: medidores de peso e
temperatura devem estar em boas condições, aferidos periodicamente para evitar desvios
de padrões de operações e, preferencialmente, dotados de sistema de registros de dados.
4.4.9 – Recipientes vazios de insumos, como por exemplo, caixas de papelão, bandejas de
ovos, garrafas de essência, devem ser retirados com freqüência da área de processo para
mantê-la em ordem.
4.4.10 – Fragmentos de vidros ou de outros materiais devem ser imediatamente eliminados
das linhas de embalagens e áreas adjacentes.
4.4.11 – Portas ou aberturas da área de produção e de armazenamento devem permanecer
fechadas para impedir a entrada de insetos, roedores, pássaros e outros animais ou
resíduos.
4.4.12 – Caixas de papelão, sacos de insumos e outros recipientes devem ser limpos
externamente antes que entrem para a área de produção.
4.4.13 – Utilizar as matérias-primas e ingredientes dando-lhes rotatividade devida. “Primeiro
a entrar, primeiro a sair”, (PEPS). “First in first out.”,(FIFO).
4.4.14 – Não deve ser utilizado no manejo de insumos, estrados ou recipientes que estejam
sujos ou danificados.
4.4.15 – A armazenagem de produtos a granel deve ser feita em recipiente fechado. Nunca
encher o recipiente sem o término do insumo anterior, evitando que o último que entra seja
o primeiro a sair.
4.4.16 – Os insumos que foram utilizados parcialmente devem ser retirados das
embalagens e transferidos para recipientes bem fechados, armazenados e identificados
quanto ao conteúdo e data de validade.

4.5 – HIGIENIZAÇÃO E SANITIZAÇÃO

4.5.1 – Os equipamentos e utensílios do processo devem ser mantidos limpos e sanitizados


de acordo com a periodicidade estabelecida nos manuais específicos.
4.5.2 – As edificações devem ser higienizadas de acordo com a periodicidade estabelecida
nos manuais específicos.
4.5.3 – Os agentes de limpeza devem ser aplicados de tal forma que não contaminem a
superfície dos equipamentos ou os alimentos.
4.5.4 – Detergentes, sanitizantes ou solventes, não devem ser fabricados a base de
ingredientes tóxicos ou que transmitam sabor e odor aos alimentos.
4.5.5 – Os detergentes e sanitizantes devem ser identificados quando a sua finalidade de
uso e guardados em local específico fora da área de processamento de produtos.
4.5.6 – Os equipamentos e utensílios devem ser limpos e sanitizados, interna e
externamente, de acordo com os procedimentos estabelecidos.
4.5.7 – Peças ou partes dos equipamentos, não devem ser colocadas diretamente no piso,
mas sim sobre as bancadas. Isto se aplica também para equipamentos portáteis e utensílios
utilizados no processo como: colheres, espátulas, pás, cortadores, tubos etc.
4.5.8 – Todos os utensílios de limpeza devem ser mantidos suspensos em local próprio. Os
implementos que apresentarem cerdas frouxas ou desgastadas devem ser descartados.
4.5.9 – Devem-se evitar respingos de água proveniente do piso ou de equipamentos sujos,
para equipamentos ou superfícies que já estejam limpos.
4.5.10 – O uso de escovas de metal, lãs, aço e outros materiais abrasivos que soltem
partículas, devem ser evitados.
4.5.11 – Recipientes para lixo, devem ser exclusivos, convenientemente distribuídos,
mantidos limpos, fechados, identificados e com sacos plásticos em seu interior. O
esvaziamento deve ser feito em intervalos regulares.
4.5.12 – O lixo deve ser retirado diariamente para fora da fábrica.
4.5.13 – Os pisos devem ser mantidos secos. Restos de produtos, vazamentos ou
respingos, devem ser eliminados no ato.

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4.6 – CODIFICAÇÃO

4.6.1 – Todos os insumos utilizados devem possuir datas ou códigos de identificação.


Através deste, pode-se localizar produtos com defeitos e propiciar a rotatividade adequada.
4.6.2 – Ao codificar o produto terminado (menor unidade de venda), o pessoal encarregado
desta operação deve controlar a qualidade da impressão, para que seja facilmente legível e
não removível.
4.6.3 – O prazo de validade deve ser identificado na menor unidade de venda do produto.
4.6.4 – Nenhum insumo ou produto deve ser utilizado após o vencimento.
4.6.5 – Os rótulos das embalagens devem cumprir as exigências legais e devem conter as
seguintes informações:

• Denominação de Venda.
• Lista de ingredientes.
• Identificação de origem.
• Registro no Ministério da Saúde (se o produto não for dispensado).
• Advertência sobre o glúten.
• Prazo de validade.
• Peso líquido.
• Instruções de preparo do produto.
• Instruções de armazenamento do produto.
• Identificação do lote.
• Informações sobre a composição do produto.
• Informação nutricional.
• Serviço de atendimento ao consumidor.

4.7 – ARMAZENAMENTO E EXPEDIÇÃO

4.7.1 – Os edifícios e instalações do local de armazenagem dos produtos devem obedecer a


critérios gerais estabelecidos no item 4.2 deste manual.
4.7.2 – As matérias-primas, materiais de embalagens e produtos acabados, devem ser
armazenadas de acordo com as especificações de cada produto.
4.7.3 – Ao transportar, mover, manusear ou armazenar insumos, devem ser evitados danos
físicos como: rasgos, rupturas, quebras etc., que podem ocasionar vazamentos ou
contaminações que contribuem para a criação ou origem de condições não sanitárias.
4.7.4 – O armazenamento de insumos deve ser efetuado sobre estrados em bom estado de
conservação e limpeza e nunca em contato com o piso.
4.7.5 – Os estrados, caixas e materiais danificados devem ser retirados da área de
armazenamento.
4.7.6 – O veículo de transporte não deve apresentar a menor evidência de presença de
roedores, pássaros, vazamentos, umidade, matérias estranhas e odores desagradáveis.
Deve estar ainda, em boas condições e não apresentar buracos, rachaduras ou frestas.
4.7.7 – Adaptar e implementar procedimentos efetivos para manter adequada a rotatividade
dos produtos armazenados, (PEPS-FIFO).
4.7.8 – Produtos tóxicos ou que exalem odor, não devem ser armazenados ou
transportados juntamente com produtos alimentícios ou seus insumos.
4.7.9 – Os produtos devem estar armazenados de forma a não receber luz solar direta.
4.7.10 – As portas devem ser mantidas fechadas.

4.8 – CONTROLES DE PRAGAS

4.8.1 – Os procedimentos de vistorias e de combates a insetos, roedores e outros tipos de


pragas estão descritos em manual específico de controle de pragas.
4.8.2 – Devem ser evitados fatores que propiciem a proliferação de pragas, tais como:
resíduos de alimentos; água estagnada; materiais amontoados em cantos e pisos; armários

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e equipamentos contra parede; acúmulo de pó; sujeiras e buracos nos pisos, teto e paredes;
sucata amontoada; desordem de material fora de uso; ralos e acessos abertos e má
higienização da área de lixo.
4.8.3 – Deve-se contar com o sistema a seguir mencionado, nas entradas das áreas de
processo: instalação de telas nas janelas e em outras aberturas.
4.8.4 – É obrigatório manter as instalações livres de cães, gatos ou qualquer outro animal.
4.8.5 – Os inseticidas utilizados nas áreas internas da fábrica devem ser de baixa
toxicidade.
4.8.6 – Os equipamentos, utensílios, insumos e produtos devem ser cobertos quando
houver aplicação de inseticidas.
4.8.7 – Os inseticidas residuais (fosforados), nunca devem ser aplicados sobre
equipamentos, insumos e produtos. Nunca utilizar inseticidas clorados.
4.8.8 – Lotes de insumos onde foi detectada infestação devem ser separados e isolados
para imediata destruição.

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PROCEDIMENTOS OPERACIONAIS
PADRONIZADOS

“POPs”

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POPs - DEFINIÇÃO

Procedimento operacional padronizado – POP é o procedimento escrito de forma objetiva


que estabelece instruções seqüenciais para a realização de operações rotineiras e
específicas na produção, armazenamento e transporte de alimentos. Este procedimento
pode apresentar outras nomenclaturas desde que obedeça ao conteúdo estabelecido na
Resolução RDC Nº 275, de 21 de outubro de 2002.

1 - POP HIGIENE E SAÚDE DOS MANIPULADORES

1.1 - OBJETIVO

Estabelecer normas objetivas e claras sobre a apresentação, a higienização pessoal e a


saúde do pessoal que participa do processo de fabricação.

1.2 – APLICAÇÃO

É aplicado a todo pessoal que está envolvido nas diferentes fases de extração do mel.

1.3 – EQUIPAMENTOS

Para o perfeito cumprimento destes procedimentos são necessários alguns equipamentos


básicos, como: escova, papel toalha não reciclado, dosador automático de detergente e de
sabonete líquido inodoro (no lavatório situado no sanitário), borrifador com álcool 70%,
papel higiênico e lixeira com acionamento não manual.

1.4 – APRESENTAÇÃO PESSOAL

1.4.1 – Todas as pessoas que participarem do processo de fabricação deverão se


apresentar com as condições higiênicas necessárias como:
1.4.2 – O uniforme (calça, camisa, avental e touca) deverá estar completo, limpo e em
perfeitas condições de uso.
1.4.3 – As unhas devem estar limpas, curtas e livres de qualquer tipo de esmalte ou outras
pinturas. Para as mulheres é proibido o uso de batom ou qualquer tipo de maquiagem.
1.4.4 – Homens e mulheres devem ter os cabelos totalmente cobertos através do uso da
touca.
1.4.5 – Deve ser evitado o uso de perfume ou qualquer outro tipo de produto que exale odor
forte.
1.4.6 – Fica proibido o uso de qualquer tipo de jóia (relógio, pulseiras, anéis, brincos,
colares e outros) e objeto nos bolsos ou atrás da orelha, na área de processamento e
armazenamento.

1.5 – SAÚDE DOS MANIPULADORES

1.5.1 – Nenhuma pessoa que esteja afetada por enfermidade infecto contagiosa, ou que
apresente inflamações, infecções ou afecções na pele, feridas ou outras anormalidades que
possam originar contaminações microbiológicas no produto, no ambiente ou nos outros

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indivíduos, deve participar do processo de fabricação, sendo que a pessoa que possuir
alguns destes itens acima deve ser afastada da área de produção.
1.6 – PROCEDIMENTOS PARA A HIGIENIZAÇÃO DAS MÃOS APÓS O USO DO SANITÁRIO

1.6.1 – Após o uso do sanitário deve-se tampar o vaso e puxar a descarga.


1.6.2 – Jogar o papel na lixeira e nunca tocar com as mãos na lixeira.
1.6.3 – Devem-se lavar as mãos com sabonete líquido inodoro e água corrente em
quantidades necessárias, depois enxaguar e finalmente secar com papel toalha.
1.6.4 – Sanitizar as mãos utilizando o borrifador com álcool 70%.
1.6.5 – Fechar a porta na saída e mesmo quando fora de uso a porta deve permanecer
fechada.
OBS: Mesmo para os casos em que a pessoa se desloca para os vestiários e não utiliza os
sanitários fica obrigatório lavar as mãos quando em retorno à área de produção.

1.7 – PROCEDIMENTOS PARA A HIGIENIZAÇÃO DAS MÃOS ANTES DA MANIPULAÇÃO NA


AGROINDÚSTRIA

1.7.1 – Fica obrigatório todas as vezes que iniciar a produção, lavar as mãos seguindo
todos os procedimentos.
1.7.2 – Devem-se massagear as mãos com sabonete líquido inodoro.
1.7.3 – Lavar as mãos em água corrente.
1.7.4 – Esfregar as pontas dos dedos, ao redor das unhas com escova.
1.7.5 – Enxaguar as mãos.
1.7.6 – Secar as mãos em papel toalha não reciclado.
1.7.7 – Depois de enxugadas, deve-se passar álcool 70% nas mãos para sanitização.
1.7.8 – Todas as vezes que a pessoa sair da área de produção durante o expediente e
retornar, esta deverá lavar as mãos no retorno utilizando os procedimentos acima descritos.
1.7.9 – Para todo tipo de trabalho na área de fabricação é necessário estar sempre com as
mãos limpas, por isso, quando houver necessidade de lavagem durante o expediente a
pessoa deve deslocar-se até o lavatório de mãos, higienizá-las conforme os procedimentos
acima descritos.

1.8 – ATOS QUE NÃO DEVEM SER COMETIDOS NA ÁREA DE PROCESSAMENTO DE


ALIMENTOS

1.8.1 – É proibido fumar dentro da área da agroindústria, inclusive no escritório, no banheiro


e na lavanderia, nas áreas de produção, armazenamento, expedição, e outras salas.
1.8.2 – Não é permitido mascar chicletes ou manter na boca palitos de dentes, fósforos,
doces ou similares durante a permanência na área de produção.
1.8.3 – Antes de tossir ou espirrar, deve-se afastar imediatamente do produto que esteja
manipulando, cobrir a boca e depois lavar as mãos conforme os procedimentos deste
manual, para prevenir a contaminação do produto.
1.8.4 – Todo o pessoal que participa do processo deve evitar a prática de atos não
sanitários tais como: coçar a cabeça, introduzir os dedos na orelha, nariz e boca.

1.9 – CAPACITAÇÃO DOS MANIPULADORES

1.9.1 – Todas as pessoas que participarem do processo de fabricação devem receber


treinamentos em BPF.
1.9.2 – Esses treinamentos devem ser realizados anualmente e registrados no registro de
execução de reuniões e treinamentos.

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1.10 – SOLUÇÕES PARA A HIGIENIZAÇÃO DAS MÃOS

1.10.1 - Os produtos usados para a higienização das mãos são sabonete líquido inodoro e
álcool etílico 70%.
1.10.2 – O álcool etílico 96° GL deve ser diluído na proporção de 7/ 3, sete partes de álcool
para 3 partes de água.

2 – POP DE HIGIENIZAÇÃO DAS EDIFICAÇÕES

2.1 - OBJETIVO

Estabelecer de forma clara e objetiva os procedimentos de higienização das edificações que


constituem a unidade de fabricação da agroindústria.

2.2 – APLICAÇÃO

É aplicado às edificações internas da área de produção e sanitários.

2.3 - EQUIPAMENTOS

Para a execução dos procedimentos serão necessários alguns equipamentos de auxílio


como: balde, pano, rodo, esponja, vassoura e produtos (sabão neutro).

2.4 – HIGIENIZAÇÃO DE EDIFICAÇÕES

2.4.1 – HIGIENIZAÇÃO DAS ÁREAS DE PRODUÇÃO, PROCESSAMENTO, EMBALAGEM,


ARMAZENAGEM E EXPEDIÇÃO.

2.4.1.1 - PAREDES

2.4.1.1.1 – Antes de se iniciar a higienização deve-se cobrir ou remover para outro local
todos os equipamentos ou recipientes expostos.
2.4.1.1.2 – Deve-se passar um pano úmido com água e sabão neutro a fim de se remover
os resíduos.
2.4.1.1.3 – Deve-se secar com pano para que não fique nenhum vestígio de água.
2.4.1.1.4 – Periodicidade 07 dias.

2.4.1.2 - PISOS

2.4.1.2.1 – Antes de se iniciar a limpeza do piso devem-se proteger as matérias-primas e


produtos acabados contidos na sala, bem como os equipamentos de contato direto com o
chão.
2.4.1.2.2 – Efetuar uma varredura a fim de se remover os resíduos de maior tamanho.
2.4.1.2.3 – Molhar o chão com solução de água e sabão neutro.
2.4.1.2.4 – Com o auxílio de uma vassoura esfregar a superfície do piso, dando especial
atenção para os cantos, às proximidades dos equipamentos e outros lugares que possam
esconder resíduos.
2.4.1.2.5 – Enxaguar com água limpa.

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2.4.1.2.6 – Secar a superfície do piso com pano para que não fique nenhum acúmulo ou
vestígio de água.
2.4.1.2.7 – Periodicidade diariamente.
OBS: Não utilizar os equipamentos de limpeza da área de produção em outras atividades
(limpeza dos sanitários e da lavanderia).

2.4.2 – SOLUÇÕES PARA HIGIENIZAÇÃO DAS EDIFICAÇÕES

2.4.2.1 – O detergente utilizado deve ser detergente neutro.


2.4.2.2 - O sabão em pó utilizado é formulado à base de ácido dodecilbenzeno sulfônico
linear, sulfato de sódio, carbonato de sódio, sulfato de sódio anidro, carboximetilcelulose,
corante CI 74160, perfume e água.
2.4.2.3 - A água sanitária utilizada é formulada à base de hipoclorito de sódio.
2.4.2.4 - A diluição da água sanitária é de 30 ml em 1 litro de água.
2.4.2.3 – O sabão utilizado deve ser sabão neutro.

3 – POP HIGIENIZAÇÃO DE EQUIPAMENTOS E UTENSÍLIOS

3.1 – OBJETIVO

Estabelecer de forma clara e correta, os procedimentos para a higienização de


equipamentos e acessórios utilizados no processo de produção, envase, armazenamento e
expedição de produtos.

3.2 - APLICAÇÃO

Os procedimentos são aplicados a todos os equipamentos que tem contato direto com o
produto e aqueles, que mesmo não tendo contato direto, auxiliam no processo de
fabricação.

3.3 – DEFINIÇÃO

3.3.1 Máquinas ou Equipamentos:

São aparelhos com motor, ligados ou não na corrente elétrica ou dotados de movimento
mecânico próprio, que auxiliam o processo de fabricação.

3.3.2 Sujidades:

Qualquer tipo de sujeira como: poeira, vestígios de matéria-prima ou produto acabado em


decomposição, resíduo liberado pelo equipamento, resíduo liberado pelo produto acabado
ou matéria-prima, ou ainda corpos estranhos inseridos por contaminação no presente local.

3.3.3 Contaminantes:

Qualquer tipo de microorganismos patogênicos ou não, ou ainda qualquer tipo de ser vivo
visível ou não, que podem causar alterações no produto acabado durante o processo ou
depois.

3.3.4 Periodicidade: Intervalo de tempo estipulado para as higienizações.

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3.4 – HIGIENIZAÇÕES DOS EQUIPAMENTOS UTILIZADOS NA EXTRAÇÃO E ENVASE DO MEL

3.4.1 – MATERIAIS PARA HIGIENIZAR OS EQUIPAMENTOS

3.4.1.1 Os materiais que deverão ser utilizados na higienização dos equipamentos e


utensílios são: escova; esponja; pano; balde; espátulas, lavadora de alta pressão WAP.

3.4.2 - EQUIPAMENTOS

3.4.2.1 – Mesa desoperculadora, centrífuga, decantador, peneiras, balança semi-analítica,


baldes para o envase de mel a granel, bancadas e utensílios menores.

3.4.3 – PROCEDIMENTO

3.4.3.1 – Mesa Desoperculadora

• Remover os resíduos com a ajuda de uma espátula.


• Lavar com a lavadora de alta pressão WAP.
• Secar com um pano, todas as peças lavadas do equipamento de forma que não fique
nenhum vestígio ou acúmulo de água.
• Periodicidade: Sempre que for utilizar o equipamento.

3.4.3.2 – Centrífuga

• Desligar o equipamento.
• Remover os resíduos com a ajuda de uma espátula.
• Lavar com a lavadora de alta pressão WAP.
• Secar com um pano, todas as peças lavadas do equipamento de forma que não fique
nenhum vestígio ou acúmulo de água.
• Periodicidade: Sempre que for utilizar o equipamento.

3.4.3.3 – Decantador

• Remover os resíduos com a ajuda de uma espátula.


• Lavar com a lavadora de alta pressão WAP.
• Secar com um pano, todas as peças lavadas do equipamento de forma que não fique
nenhum vestígio ou acúmulo de água.
• Periodicidade: Sempre que for utilizar o equipamento.

3.4.3.4 – Peneiras

• Remover os resíduos com a ajuda de uma espátula.


• Lavar com a lavadora de alta pressão WAP.
• Secar com um pano, todas as peças lavadas do equipamento de forma que não fique
nenhum vestígio ou acúmulo de água.
• Periodicidade: Sempre que for utilizar o equipamento.

3.4.3.5 – Balança semi-analítica

• Desligar o equipamento.
• Passar um pano umedecido com álcool 70%, tomando-se cuidado para não afetar as partes
internas da balança com o produto.

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• Periodicidade: Sempre que for utilizar o equipamento.
3.4.3.5 – Baldes para o envase de mel a granel

• Remover os resíduos com a ajuda de uma espátula.


• Lavar com a lavadora de alta pressão WAP.
• Deve-se esfregar com esponja e detergente neutro, as paredes internas e externas, o fundo e
a tampa.
• Enxaguar com água limpa.
• Secar com um pano, todas as peças lavadas do equipamento de forma que não fique
nenhum vestígio ou acúmulo de água.
• Periodicidade: Sempre que for utilizar.

3.4.3.6 – Bancada

• Efetuar uma raspagem com espátula de plástico para retirar resíduos fixados nas bancadas.
• Retirar os resíduos restantes de cima da bancada
• Molhar a superfície a ser lavada com solução de água e detergente neutro.
• Esfregar com esponja a superfície de forma a remover as sujidades e contaminantes.
• Enxaguar de forma a retirar todos os resíduos de detergente.
• Secar com um pano, de forma que não fique nenhum vestígio ou acúmulo de água.
• Fazer uma desinfecção, passando um pano umedecido com álcool 70% nas superfícies
lavadas.
• Periodicidade: Sempre que for utilizar.

3.4.3.6 – Utensílios menores

• Molhar com solução de água e detergente neutro.


• Esfregar com esponja de forma a remover as sujidades contaminantes.
• Enxaguar com água limpa para retirar os resíduos de sujidades e detergente.
• Secar com pano para retirar toda a água.
• Periodicidade: Sempre após o uso.

Depois de realizada a limpeza dos equipamentos, deve ser feita uma limpeza no local, seguindo os
procedimentos descritos no manual de higienização das edificações. Depois de realizada a
higienização dos equipamentos, ambientes e acessórios, deve ser realizada uma organização no
local, de modo que não fique nenhum equipamento de auxílio de higienização no local e nenhuma
ferramenta utilizada.

3.5 – PROCEDIMENTOS PARA A HIGIENIZAÇÃO DOS EQUIPAMENTOS DE ARMAZENAMENTO


DE MATERIAS PRIMAS E DE PRODUTOS ACABADOS

3.5.1 - MATERIAIS PARA HIGIENIZAR OS EQUIPAMENTOS

3.5.1.1 Os materiais que deverão ser utilizados na higienização dos equipamentos são:
escova, esponja, pano, balde e vassouras.

3.5.2 - EQUIPAMENTOS

3.5.2.1 – Estrados de madeira e prateleira.

3.5.3 - PROCEDIMENTO

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3.5.3.1 – As prateleiras e os estrados, ao serem higienizados, não devem conter nenhum tipo
de produto acabado ou qualquer outro produto. Os mesmos também devem estar a uma distância
razoável para evitar qualquer tipo de contaminação.
3.5.3.2 – Os estrados e as prateleiras devem ser higienizados da seguinte forma:
3.5.3.3 – Deve-se efetuar uma varredura a fim de se retirar o pó e outras sujidades da
superfície.
3.5.3.4 – Deve-se esfregar a superfície com esponja ou vassoura, água e detergente ou
sabão em pó, de forma a remover as sujidades restantes.
3.5.3.5 – Deve-se enxaguar com água para se retirar os resíduos de detergentes.
3.5.3.6 – Deve-se secar com pano de modo que não fique nenhum vestígio de água sobre as
superfícies lavadas.
3.5.3.7 – Depois de efetuada a limpeza de todos os equipamentos deve-se efetuar a limpeza
do ambiente utilizando os procedimentos descritos no manual de higienização das edificações.
3.5.3.8 – Deve ser feito uma organização de modo que não fique nenhuma ferramenta ou
equipamento de auxilio da higienização no local.
3.5.3.9 – Periodicidade: 7 dias.

3.6 – SOLUÇÕES PARA HIGIENIZAÇÃO DOS EQUIPAMENTOS

3.6.1 – O detergente utilizado deve ser detergente neutro.


3.6.2 - O sabão em pó utilizado é formulado à base de ácido dodecilbenzeno sulfônico linear,
sulfato de sódio, carbonato de sódio, sulfato de sódio anidro, carboximetilcelulose, corante CI 74160,
perfume e água.
3.6.3 - A água sanitária utilizada é formulada à base de hipoclorito de sódio.
3.6.4 - A diluição da água sanitária é de 30 ml em 1 litro de água.
3.6.5 – O sabão utilizado deve ser sabão neutro.

4 – POP PARA MANEJO DE RESÍDUOS

4.1 – OBJETIVO

4.1.1 – Estabelecer de forma clara e objetiva o correto procedimento para o manejo de


resíduos e para a higienização dos coletores de resíduos e da área de armazenamento.

4.2 - PROCEDIMENTOS

4.2.1 – Os resíduos das lixeiras devem ser retirados diariamente da área de produção. Essas
lixeiras devem possuir acionamento não manual.
4.2.2 - Depois de retirar os resíduos devem-se colocar novos sacos de lixo nos recipientes.
4.2.3 - Após a retirada, os resíduos devem ser depositados em local específico
4.2.4 – Diariamente os resíduos são retirados pela coleta de lixo municipal.

4.3 – PROCEDIMENTOS PARA A HIGIENIZAÇÃO DOS RECIPIENTES DE LIXO

4.3.1 – MATERIAL PARA HIGIENIZAR EQUIPAMENTOS

4.3.1.2 Vassoura, rodo, balde, pano, esponja e produtos de limpeza.

4.3.2 – EQUIPAMENTOS

4.3.2.1 Recipientes de lixo.

4.3.3 – PROCEDIMENTOS

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Os recipientes para coleta de lixo utilizados no setor de produção devem ser higienizados da
seguinte forma:

4.3.3.1 - Depois de retirados do seu uso devem ser levados até a área externa, molhados
com água e solução de detergente. Deve-se deixar em repouso de 10 a 15 minutos em contato com o
detergente, para que este possa agir com maior eficiência.
4.3.3.2 - Após o repouso deve-se esfregar com o auxílio de uma esponja, as partes internas e
externas dos recipientes, de modo a remover todos os resíduos presentes.
4.3.3.3 - Deve-se secar com pano de modo que não fique nenhum vestígio de água sobre os
recipientes lavados.
4.3.3.4 – A área de armazenamento de resíduos deve ser higienizada seguindo os mesmos
procedimentos de limpeza do ambiente de produção.
4.3.3.5 – Periodicidade: intervalo máximo de 7dias.

4.3.4 SOLUÇÕES PARA HIGIENIZAÇÃO DOS RECIPIENTES DE LIXO

4.3.4.1 – O detergente utilizado deve ser detergente neutro.


4.3.4.2 - O sabão em pó utilizado é formulado à base de ácido dodecilbenzeno sulfônico
linear, sulfato de sódio, carbonato de sódio, sulfato de sódio anidro, carboximetilcelulose, corante CI
74160, perfume e água.
4.3.4.3 - A água sanitária utilizada é formulada à base de hipoclorito de sódio.
4.3.4.4 - A diluição da água sanitária é de 30 ml em 1 litro de água.
4.3.4.5 – O sabão utilizado deve ser sabão neutro.

5 - POP PARA CONTROLE DE POTABILIDADE DA ÁGUA

5.1 – OBJETIVO

Estabelecer de forma clara e correta, os procedimentos para a higienização da caixa d’água.

5.2 - APLICAÇÕES

As normas aqui estabelecidas serão aplicadas na higienização da caixa d’água.

5.3 - EXECUÇÃO

Os procedimentos de higienização da caixa d’água serão executados por empresa


especializada.

5.4 – PADRÕES DE POTABILIDADE DA ÁGUA

5.4.1 – DEFINIÇÕES

5.4.1.1 Coliformes Totais – bactérias do grupo coliforme, bacilos gram-positivos, aeróbios ou


anaeróbios facultativos. A maioria das bactérias do grupo coliforme pertence aos gêneros
Escherichia, Citrobacter, Klebsiella e Enterobacter, embora vários outros gêneros e espécies
pertençam ao grupo.
5.4.1.2 Coliformes fecais - Representado pela Escherichia Coli, que é o mais específico
indicador de contaminação fecal.

5.4.2 – ANÁLISES

5.4.2.1 – A água deve apresentar resultados dentro do padrão estabelecido pelo Ministério da
Saúde:

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ANÁLISE VALOR MÁXIMO PERMITIDO
Coliformes totais Ausência em 100 ml
Coliformes fecais Ausência em 100 ml

5.5.3 – PERÍODO DA ANÁLISE

A água utilizada na agroindústria deve ser analisada anualmente.

6- POP PARA CONTROLE INTEGRADO DE VETORES E PRAGAS URBANAS

6.1 - OBJETIVO

6.1.2 – Controlar, com eficiência e segurança, insetos, roedores e toda a fauna sinantrópica
antes que os mesmos se tornem objeto de problema para a empresa.

6.2 - APLICAÇÃO

6.2.3 - O serviço de controle de pragas é permanente, em todas as unidades e etapas de


produção da empresa. Prioriza-se o controle de insetos, roedores e animais sinantrópicos
externamente à indústria, objetivando o controle das pragas antes da entrada das mesmas na
unidade industrial.

6.3 - EXECUÇÃO

6.3.4 - Todo e qualquer serviço de controle de pragas deverá ser executado por empresa de
Controle de Pragas, sendo vetado aos funcionários da Agroindústria Reviver com a Natureza, o
manuseio de produtos e alteração nos pontos de iscagem previamente definidos. É fornecida Ordem
de Serviço descrevendo as atividades realizadas (produtos, dosagens, locais de aplicação,
precauções, informações de uso médico, etc.). Uma equipe habilitada executa os serviços orientada e
supervisionada pelo profissional responsável.

6.4 - PROCEDIMENTOS

6.6.1 – Vistorias: Devem ser efetuadas inspeções e visitas de rotina (semanal, quinzenal e
mensal no máximo), objetivando acompanhar o nível de infestação e as condições da empresa com
relação às pragas urbanas. Os resultados dessas vistorias, os serviços executados e a programação
dos próximos serviços são descritos em relatórios mensais. As vistorias contemplam toda a
agroindústria, com especial atenção às áreas de manipulação de alimentos, água, abrigo e acesso.
Internamente são vistoriados possíveis locais de abrigo, como: paredes, cantos, estrados, máquinas,
janelas, fiação, etc.
6.6.2 – Identificação do problema: Antes da execução do serviço de controle de pragas é feita
a identificação da praga infestante. Com isso, medidas curativas e preventivas serão adotadas para
eliminação de pragas.
6.6.3 – Medidas efetivas de controle de pragas: Nunca são efetuadas medidas isoladas para
controle de pragas. Trabalham-se, sempre, com um controle integrado, que é uma combinação de
monitoramento de pragas, higienização, boas práticas de saneamento, educação, administração de
resíduos, manutenção de edifícios, diminuição dos pontos críticos, controles alternativos (físicos,
mecânicos e biológicos) e aplicação de inseticidas e raticidas.
6.6.4 – Cuidados necessários: Antes da realização de qualquer controle químico de pragas, é
fornecida Ordem de Serviço orientando quanto aos cuidados a serem tomados previamente e
também posteriormente à aplicação.

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7 - POP PARA A SELEÇÃO DE MATÉRIAS PRIMAS

7.1 – OBJETIVO

Estabelecer de forma clara e objetiva os padrões estabelecidos para seleção e recebimento


de matérias-primas, ingredientes e embalagens.

7.2 – APLICAÇÃO

Os padrões estabelecidos aplicam-se a todos os lotes de matéria-prima, ingredientes e


embalagens, vindos de fornecedores e destinados a produção.

7.3 – MATÉRIAS-PRIMAS

7.3.1 – As matérias-primas utilizadas na fabricação são: Mel Orgânico


7.3.2 – Todas as matérias-primas devem atender os padrões microbiológicos e microscópicos
estabelecidos pela legislação específica.

7.4 – RECEPÇÃO DE MATÉRIAS-PRIMAS E EMBALAGENS

7.4.1 – No ato da descarga, antes do armazenamento, o responsável pela operação deve


verificar as condições da matéria prima.
7.4.2 – Na recepção das embalagens, verificar se as mesmas encontram-se em perfeitas
condições de impressão, sem rasuras ou defeitos.
7.4.3 – As matérias-primas e embalagens que não atenderem aos requisitos acima citados,
não devem ser utilizadas no processo e devem ser devolvidas imediatamente ao fornecedor.

8 – CONTROLES OPERACIONAIS DE PROCESSOS

8.1 – MANUAL DE OPERAÇÃO PARA A EXTRAÇÃO DO MEL NA UNIDADE DE EXTRAÇÃO DE


MEL

8.1.1 - OBJETIVO

Estabelecer de forma clara e objetiva, o procedimento para a fabricação dos alimentos na


agroindústria.

8.1.2 - DEFINIÇÕES

INSUMOS - Toda e qualquer tipo de matéria-prima utilizada na preparação dos alimentos na


agroindústria.

8.1.3 – PROCEDIMENTOS PARA A EXTRAÇÃO DO MEL

8.1.4 - EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL

8.1.4.1 – Para a manipulação do mel deve-se usar: Gorro branco, avental, máscara e botas
brancas.

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8.1.5 – PROCEDIMENTOS

8.1.5.1 – Retirada dos opérculos.


8.1.5.2 – Colocação dos caixilhos na centrífuga.
8.1.5.3 – Centrifugação do mel.
8.1.5.4 – O mel centrifugado é peneirado e então despejado no decantador.
8.1.5.5 – Quando o decantador estiver completo aguarda-se uma hora.
8.1.5.6 – Envase.
8.1.5.7 – Estocagem em local apropriado.

9 – PADRÕES INTERNOS PARA MONITORAMENTO DO PESO

9.1 – OBJETIVO

Estabelecer padrões internos de pesos para o mel.

9.2 – PADRÕES INTERNOS DE PESO

Produto Peso (g)


Mel 1000
500
240
25000
250

Obs: os padrões mínimos são estabelecidos com base no peso da embalagem.

10 - EXTRAÇÃO, ARMAZENAMENTO E TRANSPORTE DE MEL ORGÂNICO.

10.1 - A unidade de produção deverá manter registros atualizados que descrevam a


manutenção da qualidade dos produtos orgânicos durante o processamento e assegurem a
rastreabilidade de ingredientes, matéria-prima, embalagens e do produto final.
10.2 - É obrigatório o uso de boas práticas de manuseio e processamento de forma a manter
a integridade orgânica dos produtos.
10.3 - O processamento dos produtos orgânicos deverá ser realizado de forma separada dos
não-orgânicos, em áreas fisicamente separadas ou, quando na mesma área, em momentos distintos.
10.4 - Os equipamentos e instalações utilizados devem estar livres de resíduos de produtos
não-orgânicos.
10.5 - Os equipamentos e instalações utilizados devem estar livres de resíduos de produtos
não-orgânicos.
10.6 - Deverão ser exclusivamente utilizados os produtos de higienização de equipamentos e
das instalações utilizadas para o processamento de produtos orgânicos dispostos no Anexo I.
10.6 - No armazenamento e transporte de produtos orgânicos, deverão ser utilizados
produtos de higienização de equipamentos e instalações permitidos na produção orgânica,
constantes do Anexo I.
10.7 - Durante o armazenamento e o transporte, os produtos orgânicos deverão ser
devidamente acondicionados, identificados, assegurando sua separação dos produtos não-orgânicos.

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10.8 - O produto orgânico a granel deverá ser armazenado em áreas separadas e
identificadas e transportado isoladamente.
11 – PROCEDIMENTOS PARA A EXTRAÇÃO DO MEL ORGÂNICO

11.1 – Devem ser realizados todos os procedimentos operacionais padronizados descritos


nesse manual.
11.2 – O mel orgânico deve ser manipulado separadamente do mel não-orgânico.
11.3 – O mel orgânico deve ser armazenado e transportado separadamente do mel não
orgânico.
11.4 – O processo de extração do mel orgânico é o mesmo processo descrito no item 8.1.5.

12 – CONTROLE DE PRAGAS NO PROCESSAMENTO, ARMAZENAMENTO E TRANSPORTE DE


PRODUTOS ORGÂNICOS

12.1 - Nas áreas físicas de processamento, armazenamento e transporte de produtos


orgânicos, além de ser observada a legislação específica, deverão ser adotadas as seguintes
medidas para o controle de pragas, preferencialmente nessa ordem:

I – eliminação do abrigo de pragas e do acesso das mesmas às instalações, mediante o uso


de equipamentos e instalações adequadas;
II – métodos mecânicos, físicos e biológicos, a seguir descritos:
a) som;
b) ultrassom;
c) luz;
d) repelentes à base de vegetal;
e) armadilhas (de feromônios, mecânicas, cromáticas); e
f) ratoeiras;
III – uso de substâncias autorizadas pela regulamentação da produção orgânica.
12.2 - É proibida a aplicação de produtos químicos sintéticos nas instalações de
processamento, armazenamento e transporte de produtos orgânicos.

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Marlon Ibrahim Marques

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