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Meu caderno de Fisica , 11a classe

11 CLASSE I TRIMESTRE 2022

Programa de Física da 11a classe de 2022


Unidade I – Mecânica (Cinemática, Estática e Dinâmica)·
Unidade II – Trabalho e Energia. Choques e Colisões
Unidade III – Electrostática
Unidade IV – Corrente Eléctrica Contínua. O electromagnetismo

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Unidade I: Mecânica ( cinemática )


Temas:
- Mecânica – Introdução
- Equação e gráfico da velocidade em função do tempo v(t) do MRU

1. Mecânica – Introdução
Mecânica é o ramo da Física que estuda os fenómenos relacionados com o movimento dos corpos.

A mecânica divide-se em três partes: Cinemática, Dinâmica e Estática

A cinemática dedica-se ao estudo dos movimentos dos corpos sem considerar as suas causas.

A definição de alguns conceitos


O ponto material – é um modelo idealizado cuja a finalidade é o de representar qualquer corpo
em movimento independentemente das suas dimensões
O deslocamento ( grandeza vectorial ) é a medida da linha recta (ou vector ) que une a posição
inicial e a posição final dum móvel. O seu valor só depende destas posições, não depende da
trajectória.
Posição é o lugar onde o móvel se encontra sobre um dado referencial, em relação à origem.
Ao corpo em relação ao qual uma partícula está em movimento ou em repouso, dá-se o nome de
corpo de referência.
O referencial que habitualmente se usa para descrever o movimento de uma partícula no espaço é
um referencial cartesiano que é constituído por três eixos perpendiculares entre si (eixos dos xx,
eixos dos yy e eixo dos zz. ) que se encontram num ponto O chamado origem do referencial.

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Unidade I: Mecânica ( cinemática )

- Equação e gráfico da velocidade em função do tempo v(t) do MRU

Movimento rectilíneo uniforme é um movimento cuja trajectória descrita pelo corpo é uma linha
recta e a sua velocidade é constante em módulo, direcção e sentido.

Equação da velocidade em função do tempo v(t) do MRU


No movimento rectilíneo uniforme a velocidade é constante em qualquer instante.
A velocidade no MRU é determinada pela equação:
��− �
∆� ou v = �
v= é a lei da velocidade no movimento rectilíneo uniforme.
∆� ��− ��

Onde:
 X – é a variação do espaço percorrido ou o deslocamento

Xf – é a posição final; Xi – é a posição inicial e tf – é o tempo final; ti – é tempo inicial.

A unidade da velocidade no SI é metro por segundo ( m/s )

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Unidade I: Mecânica ( cinemática )


Gráfico da velocidade em função do tempo do MRU
O gráfico da velocidade em função do tempo é uma linha recta horizontal. Veja os esboços a
baixo:

movimento progressivo movimento regressivo está em repouso

A área subentendida pelo gráfico da velocidade em função do tempo é igual ao deslocamento ∆X


ou ∆S

Conversão
Para converter a velocidade de Km/h para m/s, divide-se a velocidade por 3,6.

Ex: de 72 Km/h para m/s fica: 72: 3,6 = 20; R/: 72Km/h corresponde a 20m/s

E para converter a velocidade de m/s para km/h, multiplica-se a velocidade por 3,6.

Ex: de10 m/s para Km/h fica: 10. 3,6 = 36 R/: 10 m/s corresponde a 36 Km/h

Exercícios

1. Converte as velocidades de Km/h para m/s.

a) 54 km/h b) 90 km/h c) 144 km/h

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2. Converte as velocidades de m/s para km/h.

a) 20 m/s b) 30 m/s c) 45 m/s

3. Um automóvel animado de MRU, passou pelo marco 30 km de uma estrada às 12 horas. A


seguir, passou pelo marco 150 km da mesma estrada às 14 horas.
a) Qual a velocidade desse automóvel entre as passagens pelos dois marcos?
b) Constrói o gráfico v(t )
c) Converter velocidade da alínea a) de km/h para m/s

a)Dados Formula / Resolução


��− �� 150 ��−30 �� 120 �� ��
Xi = 30 Km v= v= = = 60
��− �� 14 ℎ−12 ℎ 2ℎ ℎ

ti = 12 h
Xf = 150 Km
tf = 14 h
v=?

Resolve alínea c)

4. Um bola de basebol é lançada com velocidade igual a 108m/s, e leva 0,6 segundo para chegar
ao rebatedor. Supondo que a bola se desloque com velocidade constante. Qual a distância entre o
arremessador e o rebatedor. R: ∆x = 64,8 m

5. Durante uma corrida de 100 metros rasos, um competidor se desloca com velocidade média de
5m/s. Quanto tempo ele demora para completar o percurso? R: t = 20 s

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Tema:

Equação e gráfico da posição em função do tempo no MRU

Equação da posição em função do tempo no MRU


Da lei da velocidade se pode escrever:
 x = v.t

x - xo = v.t
x = xo + v.t é a lei de posição no M.R.U.
Esta equação nos dá a posição em função do tempo para um corpo animado do MRU.

Gráfico da posição em função do tempo no MRU


A equação de posição: x = xo + v.t comparada com a de matemática, é uma equação linear do
tipo: y = ax + b. Dai que o gráfico da posição: x = x o + v.t, é uma linha recta com seguintes
aspectos:
1. Gráficos de movimento progressivo, isto é, com sentido positivo a do eixo dos x

2. Gráficos de movimento regressivo, isto é, com sentido negativo a do eixo dos x

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Exercicios

1. Um carro desloca-se em uma trajectória rectilínea descrita pela função X =20+5t (no SI).
Determine: a) a posição do carro apos 8 s; b) o espaço percorrido após 8s; c) o instante em que o
carro passa pela posição 80m;

a) Dados Resolução

t=8s Xf = 20 + 5.t

Xf = ? Xf = 20 + 5.8 = 20 +40 = 60 m

b)Dados Resolução

Xi = 20 m ∆X = Xf - Xi

Xf = 60 m ∆X = 60 – 20 = 40 m

∆X = ?

c) Dados Resolução

X = 80 m X = 20 + 5.t

t=? 80 = 20 + 5.t

5.t = 80 -20

80−20
t= = 12 s
5

2. Uma partícula animado de MU move-se em linha recta, obedecendo à função horária


x = -5 + 10t, sendo a posição medida em metros e o tempo, em segundos. Determine, a posição
da partícula no instante t = 20 s. R: x = 195 m

3. Um carro desloca-se em uma trajetória retilínea descrita pela função X =10 + 8.t (no SI).
Determine: a) o espaço percorrido após 10s; b) o instante em que o carro passa pela posição 200m.

4. Dois móveis, A e B, movimentam-se de acordo com as equações horárias sA = 10 + 7t e


sB = 50 - 3t, no S.I. Determine o instante e a posição de encontro dos móveis.

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Resolução

NB: No ponto de encontro, a posição para os dois moveis será a mesma, dai que:

SA = SB

10 + 7.t = 50 – 3.t

7.t + 3.t = 50 – 10

10.t = 40 ˂=˃ t = 40 = 4 s O encontro aconteceu no instante 4 s depois do movimento.


10

Com t = 4 s, SA = 10 +7.t = 10 + 7.4 = 38 m ou SB = 50 -3.t = 50 – 3.4 =38 m é a posição de


encontro

5. Dois móveis, A e B, movimentam-se de acordo com as equações horárias sA = 10 + 4t e

sB = 70 - 8t, no S.I. Determine o instante e a posição de encontro dos móveis.

6. Observa o gráfico abaixo do ponto material. Faça a sua descrição.

Descrição

7. O gráfico representa a posição de um ponto material. Qual é, em m/s a velocidade do ponto


material no instante t = 3 s?
A- 1 B 2

C3 D 4

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8. Um automóvel desloca-se com a velocidade de 80km/h durante os primeiros 45 minutos de uma
viagem de uma hora e, com a velocidade de 60 km/h, durante o tempo restante. Qual é, em km/h,
a velocidade escalar media nesta viagem?
A 60 B 65 C 70 D 75

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Tema:

Movimento Rectilíneo uniformemente Variado ( MRUV ):

Um movimento rectilíneo uniformemente variado é aquele cuja trajectória é uma linha recta e que
sofre variações iguais de velocidade em intervalos de tempos iguais
A grandeza física que caracteriza a variação da velocidade na unidade de tempo chama-se
aceleração.
A aceleração é a variação da velocidade na unidade de tempo e é determinado pela expressão
matemática:
v ou a = ��− ��
a = é a lei das acelerações no M.R.U.V
t � �− ��

onde: ∆v é a variação da velocidade e ∆t é a variação do tempo


No movimento rectilíneo uniformemente variado (MRUV), a aceleração é uma constante.
A unidade de aceleração no SI é metro por segundo ao quadrado ( m/s2 )
O movimento uniformemente variado pode ser acelerado ( a > 0 ) ou retardado ( a < 0 )
Ex: 5m/s2 , significa que este móvel em cada segundo a sua velocidade aumenta cinco unidades;
Ex: : - 2m/s2 , significa que este móvel em cada segundo a sua velocidade diminui duas unidades;
Da equação acima se pode escrever a equação da velocidade da seguinte maneira:
v = vo + a.t - é a lei das velocidades no M.R.U.V
A posição de corpo no MRUV é determinada pela equação:
1
X = Xo + vo. t + a.  t – é a lei dos espaços ou equação principal do MUV
2

2
onde:
X – é a posição final do corpo num determinado instante; Xo é a posição inicial do corpo.
Unidade I: Mecânica ( cinemática )
Vo – é a velocidade inicial do corpo; t - é a variação do tempo decorrido a – é a aceleração
O valor da aceleração pode ser positivo ou negativo, por isso, é uma grandeza vectorial

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Tema:
- Gráficos de aceleração, velocidade e posição em função do tempo do MRUV

Gráfico de aceleração
No M.U.V. o gráfico de aceleração em função do tempo é uma linha recta horizontal, podendo se encontrar na
parte positiva ou negativa do eixo da aceleração.

Gráfico de velocidade
No M.U.V. o gráfico da velocidade em função do tempo é uma linha recta:
- crescente se o valor da aceleração é positivo ( a > 0 ), gráfico 1, 2 e 4

- decrescente se o valor da aceleração é negativo ( a < 0 ), gráfico 3

Gráfico ( esboço ) de posição em função do tempo no MRUV

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Tema:

Exercícios sobre Movimento Rectilíneo uniformemente Variado ( MRUV )

1. Durante as experiências no laboratório, um grupo de alunos verificou que, entre os instantes 2s


e 10s, a velocidade de um carrinho varia de 3 m/s a 19 m/s. Calcule o valor da aceleração desse
movimento

Dados Resolução
∆.�
to = 2 s a=
∆.�

�− ��
t = 10 s a=
�−��

19−3
vo = 3 m/s a= = 16 = 2 m/s2
10−2 8

v = 9 m/s

a=?

2 Um automóvel parte do repouso com aceleração constante de 2 m/s2. Depois de quanto ele atinge
a velocidade de 40 m/s?

Dados Resoluçao

a = 2 m/s2 v = vo + a.t

vo = 0 40 = 0 + 2.t

v = 40 m/s2 t = 40 = 20 s
2

t=?

3. Um móvel animado do MRUV possui uma velocidade inicial de 4 m/s e uma aceleração de
3 m/s2. Que distancia percorrerá em 40 segundos?
Dados Resolução
V = 4 m/s s = s + v .t + �.� 2
o o o �.2� 2
a = 3 m/s2 s – s = v .t +
o o
2

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2 Unidade I: Mecânica ( cinemática )


t = 40 s ∆s = v .t + �.�
o
22
∆s = ? ∆s = 4.40 + 3.40 = 160 + 2400 = 2560 m
2

A 960 m B 1280 m C 1840 m D 2560 m

4. Um automóvel possui num certo instante velocidade de 10 m/s. A partir desse instante o
motorista imprime ao veículo uma aceleração de 3 m/s2. Qual a velocidade que o automóvel
adquire após percorrer 50 m?

Dados Resolução

Vo = 10 m/s v2 - ��2 = 2. a. ∆s equação de Torricelli

a = 3 m/s2 v2 – 102 = 2. 3.50

∆s = 50 m v2 – 100 = 300

v=? v2 = 300 + 100 ˂=˃ v = √300 + 100 = √400 = 20 m/s

5. Um móvel descreve um MUV numa trajectória rectilínea e sua posição varia no tempo de acordo
com a expressão: s = 9 + 3t - 2t2. (SI) Determine: a) a posição inicial, b)a velocidade inicial c) a
aceleração, d) a posição do móvel no instante t = 10 s
Respostas

a) so = 9 m b) vo = 3 m/s c) 2 = - ˂=˃ a = - 2.2 = - 4 m/s2
2

d) Dados Resolução

t = 10 s s = 9 + 3t - 2t2 = 9 + 3.10 – 2. 102 = - 161 m

s=?

6. Um carro em movimento adquire velocidade que obedece à expressão v = 10 - 2t (no SI). Pede-
se: a) a velocidade inicial; b) a aceleração; c) a velocidade no instante 6s.

7. A equação horária da velocidade de um ponto material, é v(t) = -6t + 3 ( no SI ). Qual é, em


m/s2, o modulo da respectiva aceleração?.
A3 B6 C8 D9

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8. É dada a seguinte função horária da velocidade de uma partícula em movimento uniformemente
variado: v = 15+20t (no SI). Determine o instante em que a velocidade vale 215 m/s.
A5s B 10 s C 15 s D 20 s

9. Um veículo tem velocidade inicial de 4 m/s, variando uniformemente para 10 m/s após um
percurso de 7 m. Determine a aceleração do veículo. R: a = 6 m/s2

10. Um carro de corrida tem velocidade de 28 m/s. Em determinado instante, os freios produzem
um retardamento de -5 m/s2. Quantos metros o carro percorre até atingir a velocidade de 13 m/s?

R: ∆S = 123 m

11. O gráfico a seguir representa a velocidade escalar de um móvel durante 15 s de movimento.


Faça a sua descrição Descrição

- O móvel, de t = 0 s até 5 s estava animado de


movimento uniformemente acelerado;

- O móvel de t = 5 s até 10 s, estava animado de


movimento uniforme com a velocidade
constante.

- O móvel de t = 10 s até 15 s estava animado de


movimento uniformemente retardado.

12. O gráfico a seguir representa a velocidade escalar de um móvel durante 15 s de movimento.


Com base no gráfico é correcto afirmar que o móvel …

A está parado entre os instantes 5,0 s e 10 s


B muda de sentido nos instantes 5,0 s e 10 s
C parte de repouso e pára ao fim de 5 s
D percorreu 100 m nos primeiros 5,0 s

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Tema:

- Queda livre dos corpos

Denomina-se queda livre, os movimentos de subida ou de descida que os corpos realizam no


vácuo, estando apenas sob a acção da força da gravidade.
Estes movimentos são descritos pelas mesmas equações do movimento uniformemente variado,
substituindo posição(X) por altura(h) e aceleração(a) por aceleração de gravidade(g).

Sendo assim:
v = vo + gt - é a lei da velocidade dos corpos durante a queda
1
h = ho + vo.t + .gt2 - é a lei de posição dos corpos durante a queda.
2
A aceleração de gravidade (g) tem sempre o sentido de cima para baixo. O seu valor na superfície
da terra é de cerca de 9,8 m/s2 10 m/s2. E na lua g = 1,6 m/s2.
Exercicios
1. Larga-se do topo de um edifício uma pedra e esta demora 4 segundo para atingir o solo. Sendo
g = 10 m/s2
a) Determina a altura do edifício.
b) Determina a velocidade da pedra ao atingir o solo
a) Dados Resolução b) Dados Resolução
�.� 2
t=4s h = h + v .t + t=4s v = v + g.t
o o o
2
2
g = 10 m/s2 h=0+0+ 10.4
vo = 0 v = 0 + 10.4 = 40 m/s
2
160
vo = 0 h= = 80 m v=?
2

h=?
2. Qual é em metros a altura a que se deve deixar cair um corpo para que chegue ao solo com uma
velocidade de 10 m/s ? Desprezar a resistência do ar. Seja g = 10 m/s2.
A1 B 4 C5 D 10
3. Um corpo é largado de uma altura de 125 m num lugar onde g = 10 m/s2. Quanto tempo, em
segundo, demora para atingir o solo? ( exame de 2011 )
A2 B3 C4 D5
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Tema:

Lançamento de projécteis:

Lançamento vertical
No lançamento vertical de projécteis:
- quando o projéctil é lançado verticalmente de baixo para cima ( na equação, g toma o sinal
negativo), trata-se de movimento uniformemente retardado.
- quando o projéctil é lançado verticalmente de cima para baixo(na equação, g toma o sinal
positivo), trata-se movimento uniformemente acelerado.
Para resolver exercícios sobre lançamento vertical convém:
- Igualar a equação v a zero, isto é, 0 = vo + gt, se o pedido for o tempo necessário para o corpo
atingir a altura máxima.
- Substituir o tempo da altura máxima na equação h, se o pedido for a altura máxima alcançada
pelo corpo. Também pode usar a equação de Torricelli, v2 = ��2 + 2.g.h se ho = 0
1
- Igualar a equação h(t) a zero, isto é, 0 = ho + vo.t + .gt2 se o pedido for o tempo para o corpo
2
novamente atingir o solo ou o tempo em que o corpo ficou no ar

4. Um corpo é lançado para cima, a partir do solo, com uma velocidade de 40 m/s. Sendo
g = 10 m/s2
a) Escreve a equação de velocidade e de posição do movimento do corpo.
b) Determina o tempo que o corpo gasta para atingir altura máxima
c) Determina a atura máxima alcançada pelo corpo
d) Determina a posição e a velocidade do corpo, 6 segundos após o lançamento.
e) Determina o tempo em que o corpo ficou no ar.

Respostas

a) v = vo - g.t pois o vector g está virado para baixo

v = 40 -10.t é a equação da velocidade em função do tempo

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2 2
�.� 10.�
h = h + v .t - ˂=˃ h = 0 + 40.t - ˂=˃ h = 40.t- 5.t2 é equação de posição
o o
2 2

b) Quando o corpo atinge altura máxima, a velocidade final é nula ( 0 )

v = 40 – 10.t

0 = 40 – 10.t ˂=˃ 10.t = 40 ˂=˃ t = 40 =4s


10

c) Dados Resolução

tsubida = 4 s h = 40.t- 5.t2

hmax = ? h = 40.4- 5.42 = 160 – 5.16 = 160 – 80 = 80 m

d) Dados Resoluçao

t=6s h = 40.t- 5.t2

h=? h = 40.6- 5.62 = h = 240 – 5.36 = 240 – 180 = 60 m

O corpo subiu e aos 4 s atingiu a posição 80 m , agora está descer e aos 6 s do movimento está na
posição 60 m.

e) Dados Resolução

ts/d = ? h = 40.t- 5.t2 R: o corpo ficou no ar 8 s

h=0 0 = 40.t – 5.t2

�=0 �=0 � = 0 ��� �����


t ( 40 – 5.t ) = 0 ˂=˃ { �� ˂=˃ { �� ˂=˃ { ��
40 − 5. � = 0 40 = 5. � = 8 � �����

5. Um corpo é lançado para cima, a partir do solo, com uma velocidade de 30 m/s. Sendo
g = 10 m/s2
a) Escreve a equação de velocidade e de posição do movimento do corpo.
b) Determina o tempo que o corpo gasta para atingir altura máxima
c) Determina a atura máxima alcançada pelo corpo
d) Determina a posição e a velocidade do corpo, 6 segundos após o lançamento.

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e) Determina o tempo em que o corpo ficou no ar.
6. Um corpo é lançado verticalmente para cima a partir do solo, atinge a altura máxima em 4s.
Qual é a velocidade do corpo no instante t = 6s ? Seja g = 10 m/s2.
NB. Calcule primeiro o valor de vo quando v = 0
A 10 B -10 C 20 D -20

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Tema:
- Estudo comparativo do movimento Circular

Movimento circular uniforme


O movimento circular uniforme é um caso particular do movimento curvilíneo.
O movimento circular uniforme é aquele cuja a trajectória é uma circunferência e a velocidade
angular (  ) é uma constante apenas em módulo. Sua unidade no SI é radianos por segundo (
rad/s )

As equações do movimento circular uniforme podem ser obtidas por uma simples comparação
com as equações do movimento rectilíneo uniforme. Veja as tabelas abaixo.
Movimento rectilíneo uniforme Movimento circular uniforme
Posição – s Posição - 

Lei de velocidade linear - v =


s
Lei de velocidade angular -  =  
t t
Lei de posição – S(t) = So + v.t Lei de posição -  (t) =  o+  .t

Movimento rectilíneo uniformemente Movimento circular uniformemente variado


variado
Aceleração linear – a Aceleração angular - 
Lei de velocidade linear - v = vo + a.t Lei de velocidade angular -  =  o +  .t
Lei de posição – S(t) = So + vo.t + ½. a.t2 Lei de posição - (t) =  o +  .t + ½ .  .t2

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Unidade I: Mecânica ( cinemática )


Exercícios sobre movimento circular uniforme

1. Uma roda gigante com 10 m de diâmetro gira a uma frequência de 15 rpm. Determine:

a) a frequência dessa roda gigante em Hz.


b) o período de oscilação dessa roda gigante.
c) sua velocidade angular.
d) a velocidade escalar das extremidades da roda gigante.

Resolução
a) Para determinarmos a frequência dessa roda gigante em Hz, basta lembrarmos que 1 minuto tem
60 segundos. Com isso, dividimos sua frequência de 15 rpm por 60 s, resultando 0,25 Hz.
f = 0,25 Hz
b) O período da oscilação é dado pelo inverso da frequência da roda gigante.

T =1 = 1 =4s
� 0,25

c) Podemos calcular a velocidade angular da roda gigante usando uma das equações abaixo:
2.
ω= ou ω = 2.π.f

ω=
2.
= � rad/s
4 2


d) Dados: ω = rad/s; R = � = 10 �
= 5 m; v-?
2 2 2

Equaçao : v = ω.R

v = � rad/s. 5 m = 2,5.π. m/s


2

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Unidade I: Mecânica ( cinemática )


Exercícios sobre movimento circular uniformemente variado

2. Um ponto material move-se em MCUV com velocidade angular inicial de 0,5 rad/s e, então,
passa a acelerar a 0,5 rad/s² durante 1,0 s. Sendo o raio de sua trajectória igual a 5,0 m, determine:
a) a velocidade angular desse ponto material ao final do tempo de 1,0 s.
b) o deslocamento angular sofrido por esse ponto material durante o tempo de 1,0 s.

Resolução
a) Dados: ωo = 0,5 rad/s ; α = 0,5 rad/s²; t = 1,0 s ; R = 5,0 m, ω-?

Equação

b) Dados: ωo = 0,5 rad/s ; α = 0,5 rad/s²; t = 1,0 s ; ∆ - ?

Equaçao

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Unidade I: Mecânica ( estática )


Tema:
Composição e Decomposição de Forças

Estática é o ramo da mecânica que estuda as forças e as suas condições de equilíbrio nos corpos
sólidos, líquidos e gases
A composição de forças é um processo de substituição de duas ou mais forças por uma única
força, capaz de obter o mesmo efeito, ou seja, é o processo de determinação da resultante de um
sistema de forças

FR =√���+ �� +� �. �� . �� . ����

O processo inverso ao da composição de forças chama-se decomposição


Da figura 3, a força F1, foi decomposta em dois eixos, isto, ao longo dos eixos ox e oy

Senβ = F1y / F1⇒ F1y = F1. Senβ

cosβ = F1x / F1⇒ F1x = F1. cosβ

Exercícios
Composição de forças

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Unidade I: Mecânica ( estática )


Dados Resolução
F1 = 4 N FR = √� 2 + � 2 + 2. �1 . �2 . ����
1 2

F2 = 5 N FR = √42 + 52 + 2.4.5. ���60�

θ = 60o FR = √16 + 25 + 40.0,5 = √41 + 20� = √61 = 7,81 N FR =?

2. Observa a figura, sendo F1 = 9N; F2 = 12N e β = 600 . Determina o valor de FR

FR = 16,7

Decomposição de forças
3. Observa a figura abaixo.

Decompondo a força F nos eixos x e y teremos:

a) Fx = F. cos30o = 50.0,87 = 43,5 N b) Fy = F.sen30o = 50.0,5 = 25 N

23
Meu caderno de Fisica , 11a classe

Unidade I: Mecânica ( estática )


4. Observa a figura abaixo.

Decompondo a força F1 nos eixos x e y teremos:

Explorando o numero 3, onde já foram calculadas: F1x = 43,5 N e F1y = 25 N


a) Ao longo do eixo X temos duas forças com sentidos opostos

FRX = F1X – F2 = 43,5 – 20 = 23,5 N

b) Ao longo do eixo Y temos duas forças com sentidos opostos, F3 e F1y


FRY = F1Y – F3 = 25 – 10 = 15 N

5. Observa a figura abaixo.

Resposta: a) FRX = 319,6 N e b) FRY = 200 N

24
Meu caderno de Fisica , 11a classe

Unidade I: Mecânica ( estática )


6. Observa o sistema de forças abaixo. Determine a força resultante. Resposta: FR = 185,3 N

25
Meu caderno de Fisica , 11a classe

Unidade I: Mecânica ( estática )


Tema:
- Condição de equilíbrio de Translação e Rotação
- Exemplo da aplicando a condição de equilíbrio de Translação

Condição de equilíbrio de translação


No movimento de translação, as trajectórias descritas pelos diferentes pontos materiais do corpo
são iguais e paralelas.
Para que um corpo rígido observe o equilíbrio de translação, é necessário quea resultante das
Frx  0
forças exteriores que actuam sobre ele seja nula. Σ ��ext = 0 ou 
Fry  0
Condição de equilíbrio de rotação
No movimento de rotação em torno de um eixo , as trajectórias dos seus diferentes pontos são
circunferências em relação ao eixo.
Para que um corpo rígido observe o equilíbrio de rotação , é necessário que o somatório dos
momentos das forças que actuam sobre ele seja nulo. Σ ���� F = 0
Recorde-se que o momento duma força é determinado pela expressão:

� F =� .bF ( numa alavanca )
Um corpo rígido que se encontra simultaneamente em equilíbrio de Translação e Rotação, diz se
que está em equilíbrio

Exemplo da aplicando a condição de equilíbrio de Translação


1. Da figura, calcular a tensão a que está sujeito cada fio devido à acção da massa de 60 kg.

Passos
1. representar todas as forças que actuam sobre o corpo
2. decompor as forças que não coincide com os eixos xx
e yy
3. aplicar a condição de equilíbrio de translação

26
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Unidade I: Mecânica ( estática )

��� = 0 T1x – T2 = 0 T1. Cos60 – T2 = 0 T1. 0,5 – T2 = 0


{� = 0<=>{ <=>{ <=>{ √3 <=>
�� T1Y – Fg = 0 T1. sen60 – Fg = 0 T1. – Fg = 0
2

T1. 0,5 = T2 2
<=>{ √3 <=>{T1. √3 = m. g <=>{T1 = 60kg. 10m/s2. <=>
T1. = Fg 2 √3
2

_
<=>{T1 = 1200 √3 N<=>{T1 = 400√3 N<=>{ T1. 0,5 = T2 <=>
3 T1 = 400 N

<=>{T2 = 400√3 N . 0,5 <=>{ T2 = 200√3 N


T1 = 400√3 N T1 = 400√3 N

2. Observa a figura. De acordo com as condições da figura, a tensão no fio horizontal, em N, é


de: ( exame de 2008 ) A 100 B 200 C 400 D 800

27
Meu caderno de Fisica , 11a classe

Unidade I: Mecânica ( estática )


Exemplo da aplicando a condição de equilíbrio de rotação e translação
3. A barra abaixo é homogénea e tem uma massa de 200 Kg. Determine as forças exercidas sobre
os apoios A e B.

Para resolver este tipo de exercícios deve seguir os seguintes passos:


- Representar todas as forças que actuam sobre a barra.
- Escolher um ponto qualquer da barra a ser considerado centro de rotação. Convém escolher um
ponto em que se encontra uma das grandezas a ser calculada.
- Escolher o sentido de rotação da barra (sentido horário ou anti horário)
- Calcular as grandezas em causa, aplicando a condição de equilíbrio de rotação ou de translação.
Veja.

Resolução
- Primeiro, vamos aplicar a condição de equilíbrio de rotação
Convencionemos as forças orientadas para baixo como negativas e consequentemente os
seus momentos também são negativos e as orientadas para cima como positivas
MFA - MFgb - MFC + MFB = 0
FA .bFA - Fgb . bFgb - FC . bFC + FB . bFB = 0
FA .0 - mb.g . bFgb - 8Kg.g . bFC + FB . bFB = 0
FA .0 - mb. g . bFgb - 8Kg.g . bFC + FB . bFB = 0
0 - 200Kg. 10m/s2. 5m - 8Kg. 10m/s2 .8m + FB. 10m = 0
- 10000 Nm - 640 Nm + FB . 10m = 0

28
Meu caderno de Fisica , 11a classe

Unidade I: Mecânica ( estática )


- 10640 Nm + FB . 10m = 0
FB .10m = 10640 Nm ˂=˃ FB =1064 N

- Segundo, vamos aplicar a condição de equilíbrio de translação


Nesta condição, consideremos positivas as forças orientadas para cima e negativas as
orientadas para baixo
FA- Fgb - FC + FB = 0
FA+ mb.g + 8Kg..g – FB = 0
FA - 200Kg. 10m/s2 - 8Kg.10m/s2 + 1064 N = 0
FA - 2000 N - 80 N + 1064 N = 0 ˂=˃FA - 1016 N = 0 ˂=˃ FA = 1016 N

4. Do numero 3, mantém todos os dados mudando apenas a massa do corpo colocado sobre a barra
de 8 Kg para 100Kg.
Os valores de FA e FB, em Newton, são respectivamente:
A. 1200 e 1800 B. 1800 e 1200 C. 1200 e 1750 D. 1800 e 2250

29
Meu caderno de Fisica , 11a classe

Unidade I: Mecânica ( dinâmica )


Tema:
- As leis de Newton

Dinâmica é o ramo da mecânica que estuda as forças, relacionando-as com os movimentos que
produzem.

Primeira lei de Newton ou a lei da Inércia


Inércia é a propriedade comum a todos os corpos materiais, mediante a qual eles tendem a manter
o seu estado de movimento ou de repouso.

Primeira lei de Newton


Quando a resultante das forças que actuam sobre um corpo é nula, um corpo permanece em
repouso (se já estiver em repouso) ou em movimento rectilíneo uniforme (se já estiver em
movimento).

Segunda lei de Newton


A resultante ou o somatório das forças que agem sobre um ponto material é igual ao produto de
sua massa pela aceleração adquirida.
�������= m.�� ou Σ �� = m.��
Onde: m – é a massa do corpo, em kg; a – é aceleração imprimida ao corpo, expressa em m/s2

A unidade de força no S.I é Newton ( N ). 1N = Kg.m/s2

Terceira lei de Newton ou lei de Acção e Reacção


A toda acção corresponde uma reacção, com a mesma intensidade, mesma direcção e sentidos
opostos.

1. Da figura, os corpos A e B, estão ligados por um fio. Entre o corpo A e a mesa, o coeficiente
de atrito é de 0,25. Determina: a) aceleração do sistema b) o valor da tensão no fio.

Passos para a resolução


- Representar todas as forças que actuam em cada corpo
- Aplicar a segunda lei de newton para os dois corpos

30
Meu caderno de Fisica , 11a classe

Unidade I: Mecânica ( dinâmica )

� − �� = �� . �
a) { ⇒ T – Fa + FgB – T = mA.a + mB.a <=> FgB – Fa = ( mA + mB).a
��� − � = �� . �

<=>mB.g - µ.N = ( mA + mB).a<=> mB.g - µ.mA.g = ( mA + mB).a

<=> 4.10 – 0,25.6.10 = ( 6 + 4).a<=> 40 – 15 = 10.a <=> 25 = 10.a <=>a = 2,5 m/s2

b) Para calcular o valor de tensão, basta substituir numa das equações o valor de aceleraçao

FgB - T = mB.a<=> T = FgB - mB.a <=> T = 4.10 – 4.2,5 <=> T = 40 – 10 <=> T = 30 N

2. Resolver o exercício numero 1 mantendo todos os dados mas com a força de atrito nula
( Fa = 0 ).
Resposta: a = 4 m/s2 e TA = TB = 24 N

3. Sobre um corpo de 2 kg actua uma força horizontal de 8 N. Qual a aceleração que ele adquire?
R: 4 m/s2

4. Um corpo de massa 2 kg passa da velocidade de 7 m/s à velocidade de 13 m/s num percurso de


30 m. Calcule a força que foi aplicada sobre o corpo nesse percurso. �� – ��� = 2.a.∆S
R: a = 2 m/s2; F = 4 N

5. Um automóvel, a 20 m/s, percorre 50 m até parar, quando travado. Qual a força que age no
automóvel durante a travagem? Considera a massa do automóvel igual a 1000 kg.
R: a = - 4 m/s2; F = 4.000 N

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Meu caderno de Fisica , 11a classe

Unidade I: Mecânica ( dinâmica )

7. Quando um corpo está animado de movimento rectilíneo uniforme a resultante das forças que
sobre ele actuam é … ( exame de 2009 )
A constante não nula C nula
B função crescente do tempo D função decrescente do tempo

FIM

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Meu caderno de Fisica , 11a classe

Unidade I: Mecânica ( dinâmica )


Tema:
Força centrípeta

O movimento circular ocorre quando uma força de módulo constante é aplicada em uma
direcção perpendicular à velocidade de um móvel, de forma que o módulo dessa velocidade
mantenha-se constante, alterando somente sua direcção e seu sentido. A força aplicada nesse caso
é denominada força centrípeta.

Força centrípeta é a força resultante que actua sobre um corpo e descreve um movimento em
trajectória circular . É responsável por alterar a direcção da velocidade do corpo e, além
disso, aponta sempre para o centro das curvas, de modo que o ângulo formado entre essa força
e o vector velocidade seja sempre de 90º.
2

A fórmula usada para o cálculo da força centrípeta é: FC = m.

Onde: FC - força centrípeta expressa em Newton ( N ); m – massa expressa em quilograma (kg);

v – velocidade linear expressa em metro por segundo (m/s) e R - raio da curva expresso
em metro (m)

Por tratar-se de uma força, a centrípeta é uma grandeza vetorial, medida em newtons (N ou
kg.m/s²). Além disso, de acordo com a 2ª lei de Newton ( F = m.a ), por tratar-se da resultante das
forças, a centrípeta pode ser igualada ao produto da massa do corpo por sua aceleração. Desse
modo, podemos definir uma fórmula para o cálculo da aceleração centrípeta:
2
ac = � ac - aceleração centrípeta com unidade no SI em m/s

33
Meu caderno de Fisica , 11a classe

Unidade I: Mecânica ( dinâmica )


Exercícios

1. Um automóvel de massa 750kg faz uma curva circular plana e horizontal de raio 50m.
Sabendo que o coeficiente de atrito estático entre os pneus e a pista é de μc = 0,8, determine:

a) a intensidade máxima e a força centrípeta que pode actuar sobre o automóvel enquanto ele faz
a curva.

b) a máxima velocidade com que esse automóvel pode fazer a curva sem derrapar. g = 10 m/s²

RESOLUÇÃO

Dados: m = 750 kg; R = 50 m; μc = 0,8 e g = 10 m/s²

a) como as forças verticais peso e normal se equilibram, a força resultante é a força de atrito
estático. Sendo a força centrípeta a força resultante que actua sobre um corpo em MCU, temos
que a força centrípeta é igual à força de atrito estático:

Fc = Fa como Fa = μeN

Fc = μeN como N = P

Fc = μeP

Fc = μe.m.g = 0,8 . 750 . 10 = 6 000 N

b) por meio da expressão da força centrípeta em função da velocidade, concluímos que, para a
força centrípeta máxima, obtemos a velocidade máxima.

2
FC = m. �

2
6000 = 750. �
50

6000.50
v2 = ˂=˃ v2 = 400 ˂=˃ v = √400 ˂=˃ v = 20 m/s
750

34
Meu caderno de Fisica , 11a classe

Unidade I: Mecânica ( dinâmica )


2.Um carro de fórmula 1 com massa de 800kg entra numa curva de raio 50m, com velocidade
constante de 144 km/h. Supondo não haver escorregamento lateral do carro, e desprezando o atrito.
Calcule a força centrípeta.
A.25.600 N
B.40.000 N
C.331776 N
D.4.000 N

35
Meu caderno de Fisica , 11a classe

11 classe II Trimestre de
2022
Unidade II: Trabalho e Energia

Tema:
- Equação de Trabalho Mecânico

Quando aplicamos uma força sobre um corpo, provocando um deslocamento, estamos realizando
um trabalho mecânico. E quando aplicamos uma força sobre um corpo, não provocar um
deslocamento, não realizamos um trabalho mecânico.

O trabalho efectuado por uma força constante e igual produto dos módulos da força e o do
deslocamento multiplicado pelo coseno do ângulo formado pelo vector força F e deslocamento
 S.

W = F.  S.cos

Onde: W – é o trabalho realizado


F – é a força constante aplicada ao corpo;
 S – é o deslocamento sofrido pelo corpo;
 - é o ângulo entre a força e o sentido de
deslocamento do corpo.

Força paralela ao deslocamento se  = 0o ou 180o

0o se o vector força e deslocamento têm a mesma direcção e mesmo sentido


180o se o vector força e deslocamento têm a mesma direcção e sentidos opostos

Trabalho é uma grandeza escalar

A unidade de trabalho no SI é Joule( J ) 1.J  = 1N.m

36
Meu caderno de Fisica , 11a classe

Unidade II: Trabalho e Energia

Trabalho Mecânico pela Área

Num gráfico da força em função do deslocamento( F x  S), o trabalho é numericamente


igual a área subentendida.

Exercícios

Trabalho realizado por uma força paralela ao deslocamento, onde  = 0o

1. Calcular o trabalho realizado por uma força de 28 N que desloca um objecto numa distância de
2 m na mesma direcção e sentido da força. R: 56 J

Dados: F = 28 N; ∆S = 2 m; α = 0o; W=?

Resolução

W = F. ∆S. cosα

W = 28.2.cos0o = 56.1 = 56 J

2. Um carrinho é deslocado num plano horizontal sob a acção de uma força horizontal de 50 N.
Sendo 400 J o trabalho realizado por essa força, calcule a distância percorrida. R: 8 m

3. Aplica-se uma força horizontal de 10 N sobre um corpo que desloca-se numa trajectória
rectilínea de acordo com a equação s = 10 + 3t + t2, no SI. Calcule o trabalho realizado pela força
em 5 s.

Dados: F = 10 N; α = 0o; t = 5 s; s = 10+3.5+52 = 50m; ∆s = 50 – 10 = 40 m

Resolução

W = F. ∆S. cosα

W = 10.40.cos0o = 400.1 = 400 J

4. Sobre um corpo de massa 10 kg, inicialmente em repouso, actua uma força F que faz variar sua
velocidade para 28 m/s em 4 segundos. Determine: a) a aceleração do corpo; b) o valor da força
F; c) o trabalho realizado pela força F para deslocar o corpo de 6 m.

R: a = 7 m/s2 R: F = 70 N R: W = 420 J

37
Meu caderno de Fisica , 11a classe

Unidade II: Trabalho e Energia

5. Um carro percorre uma estrada recta e horizontal, em movimento uniforme, com velocidade
constante de 20 m/s, sob a acção de uma força de 1800 N exercida pelo motor. Calcule o trabalho
realizado pelo motor em 4s. R: 144.000 J

Dados: v = 20 m/s; F = 1800 N; ∆t = 4 s

Resolução

W = F. ∆S. cosα

W = F.v.∆t cosα = 1800.20.4.cos0 = 144000.1 = 144000 J

Trabalho realizado por uma força não paralela ao deslocamento, onde 0o< < 90o

6. Uma trenó é puxado sobre uma superfície plana e horizontal por uma força F = 600 N. O ângulo
entre essa força e o sentido do movimento é 30o . Sendo o deslocamento do trenó igual a 50 m,
calcule o trabalho realizado pela força F. Seja: cos 30o = 0.9

R: 27.000 J

7. Uma mala é puxada sobre um plano horizontal por uma força de 50 N. Essa força forma ângulo
de 37o com o deslocamento do corpo, que é de 4 m. Calcule o trabalho da força. Seja: cos 37o =0,8

R: 160 J

38
Meu caderno de Fisica , 11a classe

Unidade II: Trabalho e Energia

Trabalho Mecânico pela Área

8. As figuras representam a força aplicada por um corpo na direcção do seu deslocamento.


Determine, em cada alínea, o trabalho realizado pela força para deslocar o corpo na distância
indicada.

Resolução

d) Trata-se de um trapézio com: B = 5; b = ( 5-2) = 3; h = 10

W = Área do Trapézio

( �+� ).ℎ ( 5+3 ).10


W= = = 40 J
2 2

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Meu caderno de Fisica , 11a classe

Unidade II: Trabalho e Energia


Temas:
- Potência
- Energia potencial gravitacional; Energia cinética; Energia Elástica
- Lei de conservação da energia mecânica

Potência
A potência é igual ao quociente do trabalho pelo tempo necessário para o realizar o trabalho.
W
P= ou P = F.v
t
W- é o trabalho; t- é o tempo gasto na execução do trabalho; F- é força; v- é velocidade.
A unidade de potência é watt( w ).

Energia
Quando um corpo tem a capacidade de realizar trabalho diz-se possui uma certa energia.
Quanto maior é o trabalho que um corpo pode efectuar, tanto maior é a energia que ele possui.

Energia Cinética
A energia cinética é a energia que um corpo possui devido o seu movimento
A energia cinética é determinada pela equação:
1
Ec = .m.v2
2
Onde: m – massa do corpo; v – é a velocidade do corpo

Energia potencial gravitacional


A energia potencial gravitacional é a energia que um corpo possui devido à sua posição em
relação ao solo. Ela é determinada pela relação:
Ep = m.g.h
Onde: m – é massa do corpo; g – aceleração de gravidade; h - altura

40
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Unidade II: Trabalho e Energia


Energia potencial elástica( EPel ) é a energia que um corpo elástico possui devido à sua
deformação. Ela é determinada pela relação:
1
Ep = .k.x2
2
k- é constante elástica do corpo; x- é o comprimento da deformação do corpo
A unidade de K no SI Newton por metro ( N/m )

A unidade de energia é Joule( J )

Exercícios

1. Uma mola tem constante elástica de 10 N/cm. Determine a energia potencial elástica quando a
mola sofre uma deformação de 5cm de extensão.

Dados: k = 10 N/cm = 103 N/m; x = 5 cm = 5.10-2m; Epel = ?

Resolução
1 3 .5.10−2
Epel = .k.x2 = 10 = 2,5.10 = 25 J
2 2

2. corpo com massa de 2 kg está a uma altura de 160 m do solo. Calcular a energia potencial
gravitacional desse corpo em relação ao solo, considerando g = 10 m/s2.

R: EP = 3200 J

3. Qual a energia cinética de um veículo de 700 kg de massa, quando sua velocidade é de 20m/s?

R: Ec = 140.000 J

4. A energia cinética de um corpo é 900 J e sua massa é 2 kg. Determine sua velocidade.

Dados: Ec = 900 J; m = 2 kg; v=?


2
E = �.� ˂=˃ m.v2 = 2.E
c c
2

2.�� 2.900 = 30 m/s


V=√ =√
� 2

41
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Unidade II: Trabalho e Energia


Tema:
Lei de conservação da energia mecânica

Num sistema isolado, a soma das energias cinética e potencial é constante e é igual energia
mecânica
EM = Ec + Ep
Desta equação, no ponto onde a energia cinética é máxima, a energia potencial é nula( 0 ) e no
ponto onde a energia potencial é máxima, a energia cinética é nula( 0 ). Ex: A soma das energias
num pêndulo gravítico simples

5. Uma pedra é abandonada de uma certa altura chegando ao solo com uma velocidade de 10 m/s.
Calcule essa altura. Admita g = 10 m/s2 e despreze a resistência do ar.

Dados: v = 10 m/s; g = 10 m/s2

A energia mecânica ( EM ) no topo ( ponto A ) é igual ao atingir o solo ( ponto B )

Resolução

E MA = EMB

EPA + ECA = EPB + ECB

EPA + 0 = 0 + ECB

�.� 2
m.g.h =
2

�.� 2 .� 2 102 100


h= = = = =5m
2.�.� 2..� 2.10 20

6. Um corpo de massa 3 kg é abandonado do repouso e atinge o solo com velocidade de 40 m/s.


Determine a altura de que o corpo foi abandonado.

R: h = 80 m

15. Uma pedra de 5kg de massa é libertada de uma altura de 15 m em relação ao solo. Determine
sua energia cinética ao atingir o solo. Considera g = 10 m/s2

R: EC = 750 J

42
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Unidade II: Trabalho e Energia


Tema:
Impulso(I ) e Quantidade demovimento( p ).

Da segunda lei de Newton, F = m.a, podemos escrever a seguinte equação:


v
F = m.a  F = m.
t
 F. t = m. v

Ao produto, F. t , define uma nova grandeza física vectorial que se chama Impulso(I ) e ao
produto, m.v, também define outra grandeza vectorial que se chama Quantidade demovimento(
p ). Assim resumindo teremos:

I = F. t - é a equação de impulso de uma força

P = m.v - é a equação de quantidade de movimento

 p = m.  v – é a equação de variação de quantidade de movimento

I=p – é a equação que relaciona impulso e quantidade de movimento

A unidade de impulso é Newton segundo(N.s )


A unidade de quantidade de movimento é quilograma metro por segundo (kg.m/s )

Exercícios
1. Um automóvel de 1000 Kg embate num muro quando segue a velocidade de 54 Km/h,
demorando 0,5 s até parar. Calcule o valor da força média que o muro exerce no automóvel durante
o embate.
Dados: m = 1000 kg; vo = 54 km/h = 15 m/s; t = 0,5 s v = 0
Resolução

43
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Unidade II: Trabalho e Energia


I = F.∆t
m.∆v = F.∆t
15000
m. ( v – vo ) = F.∆t ˂=˃ 1000.( 0 – 15 ) = F.0,5 ˂=˃ - 15000 = F.0,5 ˂=˃ F = - = - 3.104 N
0,5

2. Um jogador de futebol chutou uma bola de 400 g que estava parada e comunicou-lhe uma
velocidade de 25 m/s.
a) Qual o valor da quantidade de movimento comunicada à bola? R: P = 10 kg.m/s
b) Qual o valor do impulso da força? R: I = 10 N.s
3. Uma força constante de 12 N, aplicada na direcção e no sentido do movimento de um corpo de
3 Kg com a velocidade 12 m/s, fez-lhe aumentar a velocidade para 20 m/s. Determine o valor do
impulso e o tempo de actuação da força.
Usa as equações: I = m.∆v e I = F.∆t

44
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Unidade II: Trabalho e Energia


Tema:
Lei da conservação da Quantidade de movimento

O conceito de quantidade de movimento torna-se importante no estudo de colisões (ou choques)


entre corpos e no estudo de explosões. Como resultado duma colisão ou duma explosão, a
velocidade e a quantidade de movimento de cada um dos corpos que intervêm, modificam-se.

No caso de uma colisão ou explosão, na ausência de forças externas, ou seja, quando a resultante
das forças externas é nula, a quantidade de movimento total do sistema mantém-se constante. Este
é o teor da lei da conservação de quantidade de movimento.

Assim, p = constante pinicial = pfinal

p1i + p2i = p1f + p2f

m1.v1i + m2.v2i = m1.v1f + m2.v2f

Onde:
v1i e v2i são as velocidades dos corpos antes do choque ou explosão
v1f e v2f são as velocidades dos corpos depois do choque ou explosão.
Exercícios
1. Um vagão de 10 toneladas deslocando-se sobre carris horizontais sem atrito, com a velocidade
de 1,5 m/s, chocou com outro vagão de 15 toneladas que se encontrava parado. Os dois vagões
passaram a deslocar-se junto após o choque.
a) Qual a velocidade dos vagões depois do choque?
b) Qual a quantidade de movimento dos dois vagões antes do choque? E depois do choque?
c) De quanto variou a quantidade de movimento do vagão de 10 toneladas?

45
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Unidade II: Trabalho e Energia


Resolução
a) Dados: m1 = 10 t = 104kg; v1i = 1,5 m/s, m2 = 15 t = 15,103 kg; v2i = 0; vf = ?
Pi = Pf
m1.v1i + m1.v2i = m1.v1f + m2.v2f como v1f = v2f = vf
m1.v1i + m1.v2i = vf.( m1 + m2 )
10000.1,5 + 0 = vf. (10000 + 15000 )
15000
15000 = vf.25000 ˂=˃ vf = = 0,6 m/s
25000

b) Pi = ? Pf = ?
Pi = m1.v1i + m1.v2i Pf = vf.( m1 + m2 )
Pi = 10000.1,5 + 0 = 15000 kg.m/s Pf = 0,6.25000 = 1500 kg,m/s

c)∆P1 = ?
∆P1 = P1f – P1i = m1.v1f – m1.v1i = m1( v1f – v1i ) = 10000.(0,6 – 1,5 ) = - 9.103 kg.m/s
2. Um automóvel de 1000kg que se deslocava a 90km/h, colou-se frontalmente com uma
camioneta de 4000kg que vinha em sentido contrário, tendo ficado ambos parado depois do
choque. A que velocidade vinha a camioneta?
R: v2i = - 6,25 m/s

46
Meu caderno de Fisica , 11a classe

Unidade II: Trabalho e Energia


Tema:
COLISOES OU CHOQUES

Existe dois tipos de colisões ou choques a saber:


a) Choque ou colisão Inelástico
Choque inelástico, é aquele que após o choque, os corpos movem-se conjuntamente e com a
mesma velocidade, veja a figura.

- Durante uma colisão inelástica há dissipação de energia cinética na forma de calor devido à
deformação sofrida pelos corpos.
- Durante uma colisão inelástica não é válida a Lei de Conservação de energia (devido a
existência de forças dissipativas).
- Durante uma colisão inelástica é válida a Lei de Conservação do Momento linear. Por isso:
m1.V1 + m2.V2 = ( m1 + m2 ). U
Onde: V1 e V2, são as velocidades das massas m1 e m2 antes do choque;
U, é a velocidade dos dois corpos depois do choque

b) Choque ou colisão elástico


Choque elástico, é aquele em que após a colisão, os corpos movem-se separadamente
(normalmente com velocidades diferentes), veja a figura.

- Durante uma colisão elástica é válida a Lei de Conservação de energia (porque não existem
forças dissipativas).
- Durante uma colisão elástica é válida a Lei de Conservação do Momento linear. Por isso,

�1. �1 + �2. �2 = �1�1 + �2. �2


{
�1 − �2 = −( �1 − �2 )

47
Meu caderno de Fisica , 11a classe

Unidade II: Trabalho e Energia


Onde: V1 e V2, são as velocidades das massas m1 e m2 antes do choque;
U1 e U2, são as velocidades das massas m1 e m2 depois do choque.

Exercícios
1. Um carrinho de 40 kg, move-se horizontalmente com uma velocidade de4 m/s, colide
frontalmente com outro de 10 kg inicialmente em repouso. Após a colisão os dois corpos movem-
se juntos. Calcule a velocidade dos dois carrinhos após a colisão.

Trata-se de colisão inelástica


Dados: m1 = 40 kg; V1 = 4m/s; m2 = 10 kg; V2 = 0; U - ?

Equação: m1.V1 + m2.V2 = ( m1 + m2 ). U

Resposta: U = 3,2 m/s

2. Uma esfera de 8 kg movendo-se com uma velocidade de 4 m/s, colide frontalmente com outra
de 4 kg inicialmente em repouso. Calcule a velocidade das duas esferas após a colisão sabendo
que elas se movem separadamente.

Trata-se de colisão elástica


Dados: m1 = 8 kg; V1 = 4m/s; m2 = 4 kg; V2 = 0; U1 - ? e U2 - ?

�1. �1 + �2. �2 = �1�1 + �2. �2


Equação: {
�1 − �2 = −( �1 − �2 )

Resposta: U1 = 4/3 m/s e U2 = 16/3 m/s

48
Meu caderno de Fisica , 11a classe

Unidade III: Electrostática


Temas:
- Lei de Coulomb
- Força resultante entre três cargas eléctricas colineares.

Lei de Coulomb
Para duas cargas pontuais Q1 e Q2, colocadas, a uma distância r, uma da outra. A lei de Coulomb
estabelece que:
As forças de atracção ou de repulsão entre duas cargas eléctricas são simétricas, com a
mesma linha de acção. O seu módulo é directamente proporcional aos módulos das cargas e
inversamente proporcional ao quadrado das distâncias entre elas. F12 = - F21 = F
F: força atractiva ou repulsiva entre as cargas Q1 e Q2.
F12: a força com que a carga Q1 actua sobre a carga Q2.
F21: a força com que a carga Q2 actua sobre a carga Q1.
|.�1 .�2 |
Modulo ou intensidade da força é dada pela equação: F = K.
�2

Força resultante entre três cargas eléctricas colineares.


Regras:
1. Unir as cargas com uma linha recta.
2. Representar os sentidos dos vectores das forças que actuam em cada carga, obedecendo as
qualitativas das cargas (atracção ou repulsão)
3. Calcular a fora de Coulomb entre duas cargas.
4. Calcular resultante, somando os módulos dos vectores das forças se tiverem o mesmo sentido
ou subtraindo se tiverem sentidos opostos. No caso da subtracção, o vector resultante terá o
mesmo sentido o da maior força (Física da 8a classe).
Exercícios
1. Observa a figura, onde: Q1 = - 3.10-8C ; Q2 = 10-8C e Q3 = 5.10-8 C; K = 9.109 Nm2/C2.

49
Meu caderno de Fisica , 11a classe

Unidade III: Electrostática


a) Representa o sentido dos vectores das forças que actuam em cada carga.
b) Calcula a força resultante que actua na Q1, Q2 e Q3. E diga o sentido de cada vector resultante.
RESOLUÇAO
a)

b)
Designemos por: FR1 – a força resultante que actua sobre a carga Q1
FR2 – a força resultante que actua sobre a carga Q2
FR3 – a força resultante que actua sobre a carga Q3
Para FR1 = F21 + F31 pois os seus vectores tem o mesmo sentido.
Q1 = - 3.10-8C ; Q2 = 1.10-8C e Q3 = 5.10-8 C; r2,1 = 4 cm = 4.10-2; r3,1 = 6 cm = 6.10-2 m

|�1 .�2 | 9.109 .|−3.10−8 .1.10−8 | 27.10−7


F =k. = = = 1,6875.10-7.104 = 1,6875.10-3 N
21
� 2 2,1 (4.10−2 )2 16.10−4

F31 =k.
|�1 .�3 |
=
9.109 .|−3.10−8 .5.10−8 |
=
135.10−7 = 3,75.10-7.104 = 3,75.10-3 N
2 −2 2 36.10−4
� 3,1 (6.10 )

FR1 = F21 + F31 = 1,6875.10-3 + 3,75.10-3 ( 1,6875 + 3,75 ).10-3 = 5,4375.10-3 N


O vector desta força tem a orientação para o lado direito.

2. Do exercício 1, calcule: FR2 e FR3


Respostas: 12,9375.10-3 N e 7,5.10-3 N, respectivamente

50
Meu caderno de Fisica , 11a classe

Unidade III: Electrostática


Temas:
- Campo eléctrico convergente e divergente
- Campo eléctrico resultante num ponto de cargas pontuais

O campo eléctrico ( E ) duma carga pontual( Q ), é uma região do espaço, em volta dessa carga
eléctrica, dentro do qual se fazem sentir as suas acções eléctricas de atracção ou de repulsão.
O campo eléctrico é uma grandeza Física vectorial, pois tem:
- direcção, a linha recta que une os centro das cargas.
- sentido, para fora do campo se a carga criadora do campo for positiva(Campo divergente) e
para dentro do campo se a carga criadora do campo for negativa(Campo convergente)

- ponto de aplicação, no ponto onde ela actua.


- módulo ou intensidade, é o valor numérico, é determinado pela equação:

F
E= ou E = K. �
q �2

Onde:
F – é a força de Coulomb; Q – é carga pontual que cria o campo; q – é a carga teste; r – é a distância
entre a carga pontual(Q) e a carga teste(q).

A unidade do campo eléctrico no SI é Newton por Coulomb, N/C.

51
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Unidade III: Electrostática


Campo eléctrico resultante num ponto de cargas pontuais
O campo eléctrico resultantes criado por cargas colineares num ponto, é dado pela adição ou
subtração dos módulos dos vectores campo eléctrico. Adicionam-se se os vectores tiverem o
mesmo sentido e subtraem-se se tiverem sentidos opostos.

Exercícios
1. Observa a figura. Onde: Q1 = - 3.10-8C e Q2 = 5.10-8 C; K = 9.109 Nm2/C2

a) Calcula o campo eléctrico resultante no ponto p.


Resolução
a) Representando os vectores dos eléctricos no ponto P, teremos:

r1 =( 2 + 3) cm = 5.10-2 m r2 = 3 cm = 3.10-2 m
�.|�1| 9.109 .|−3.10−8 | (5.10−2 )2 27.101
E1P = = = = 1,08.101.104 = 1,08.105 N/C
�12 25.10−4
1
�.|�2| 9.109 .|5.10−8 | (3.10−2 )2 = 45.10
= 5.101.104 = 5.105 N/C
E2P = �22
=
9.10−4

ERP = E2P – E1P = 5.105 – 1,08.105 = ( 5 – 1,08 ).105 = 3,92.105 N/C


O vector campo eléctrico resultante tem orientação a do maior vector em modulo, isto é, a do
vector E2P, da direita para esquerda.

2. Calcula o campo eléctrico resultante no ponto P do numero 1, considerando Q1 e Q2 ambas


positivas e diga o sentido da mesma.
Resposta: 6,08.105 N/C
3. Determina a resultante do campo eléctrico que actuam sobre o ponto P da figura abaixo, no
cruzamento de duas linhas perpendiculares.

52
Meu caderno de Fisica , 11a classe

Unidade III: Electrostática

Sendo: Q1 = -16.µC; Q2= - 4.µC; e K = 9.109 Nm2/C2. 1.µC = 10-6 C


O sentido e a direcção do vector resultante encontra-se pela regra do paralelogramo
O valor (módulo) deste vector resultante será encontrado aplicando o teorema dos cosenos:
E R2 = E12 + E 22 + 2. E1.E2.cos(E1.E2)

r1 = 4 cm = 4.10-2 m; r2 = 2 cm = 2.10-2 m
1
�.|�1| 9.109 .|−16.10−6 | (4.10−2 )2 = 144.10
= 9.103.104 = 9.107 N/C
E1P = �12
=
16.10−4
9.109 .|−4.10−6 | (2.10−2 )2 1
�.|�2| = = 36.10
= 9.103.104 = 9.107 N/C
E2P = �22 4.10−4

E R2 = E12 + E 22 + 2. E1.E2.cos(E1.E2)

E R2 = (9. 107 )2 + (9. 107 )2 + 0 pois cos90o = 0

E R2 = 162.1014 ˂=˃ ER = √162. 1014 = 12,73.107 N/C

4. Determina a resultante do campo eléctrico que actuam sobre o ponto P da figura abaixo, sendo:

a) Q1 = 25 nC e Q2 = - 25 nC
1nC = 10-9 C

Resposta: ER = 900 N/C


N.B. Não esqueça de calcular o ângulo entre os vectores campo eléctrico no ponto P, antes de
aplicar a fórmula para o campo resultante.

53
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Unidade III: Electrostática


Temas:
- Energia potencial eléctrica e Potencial eléctrico.

Energia potencial eléctrica


Chama-se a energia potencial eléctrica, a energia que uma carga eléctrica possui devido à sua
posição em relação a outra carga. Ela pode ser calculada pela expressão:
q.Q
Ep.el = K.
r
A energia potencial eléctrica resulta da interacção de uma carga com as cargas que criam o campo
eléctrico.
A energia potencial associadas a duas cargas pode ser positiva se as duas cargas têm o mesmo
sinal ou pode ser negativa se as duas cargas têm sinais contrários.

Potencial Eléctrico
Para caracterizar quantitativamente a energia potencial do campo electrostático, usa-se uma
grandeza física chamada potencial eléctrico (U).
Chama-se potencial do campo electrostático, a energia potencial por unidade de carga num dado
ponto.
Ep.el Q
U = ou U = K. - esta equação mostra que o potencial
q r
electrostático num ponto é directamente proporcional à carga que cria o campo e inversamente
proporcional à distância ente a carga e o ponto considerado.
O Potencial electrostático é uma grandeza física escalar e pode tomar valor positivo ou
negativo.
O potencial( U ) é positivo se Q é positiva e o potencial( U ) é negativose Q é negativa
A unidade do potencial no S.I é joule por Coulomb J/c que dá origem a uma nova unidade chamada
volt (V).

54
Meu caderno de Fisica , 11a classe

Unidade III: Electrostática


Princípio de sobreposição de potenciais
Se num dado ponto actuam duas ou mais cargas, o potencial electrostático resultante nesse ponto
é determinado pela soma algébrica dos potenciais criados por diversas cargas individualmente:
Up = U1 + U2 + U3 + …
A equação que estabelece a relação entre campo eléctrico e potencial eléctrico é:

E= 
r
Exercícios
1. Um núcleo atómico possui uma carga de +50e. Qual é, em volt, o potencial em um ponto situado
a 10-9 mm do núcleo? ( k = 9.109Nm2/c2; e = 1,6.10-19 C )
Dados: N = 50e ; r = 10-9 mm = 10-12 m; φ = ?
Resolução
�.
φ= como Q = N.e

�.�.� 9.109 .50.1,6.10−19
φ= = = 720.109.10-19.1012 = 72.103 v
� 10−12

A. 0,72.104 B. 7,2.104 C. 72.104 D. 720.104

2. Duas placas planas e paralelas, separadas por 2 m de distancia, estão uniformemente carregadas
com cargas de sinais opostos, de modo que entre as placas há um campo eléctrico uniforme de 30
N/C, perpendiculares às placas. Qual é em volt, a diferença de potencial entre as placas?
A. 6 B. 15 C. 30 D. 60
3. A figura representa um sistema de duas cargas iguais em modulo e de sinais contrários. Qual é
a expressão que melhor representa o potencial eléctrico originado pelo sistema no ponto P?

−�. 2.�. .�. �.�.�


A. B. C. D.
2� 2� 3� ��

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Unidade III: Electrostática


Tema:
Trabalho Electrostático

Partindo da equação do trabalho mecânico, W = F.r, como força aplicada a um corpo para o
deslocar de um ponto para outro.
No caso do campo electrostático, o trabalho é a energia gasta no transporte de uma carga de prova
“q” de um ponto para outro, figura abaixo.

WAB = Fel.r como Fel = E.q


WAB = E.q.r como E = U/ r
U
WAB = .q.r
r
WAB = q.UAB onde UAB é a diferença de potencial entre os pontos A e B.
WAB = q.(UA – UB) onde: UA = K.Q/rA e UB = K.Q/rB

W W
Da equação: UAB = ou UA – UB = , se pode definir:
q q

56
Meu caderno de Fisica , 11a classe

Unidade III: Electrostática


A diferença de potencial é o trabalho realizado pelas forças do campo electrostático sobre a
carga de prova “q” no seu transporte de um ponto para outro.

Exercícios
1. Qual é, em joule, o modulo do trabalho necessário para transportar uma carga de 2.10-11 C de
um local onde o potencial é de 1000kv para o outro onde o potencial é de 4000kv ?
Dados: q = 2.10-11 C; φ1 = 1000 kv = 106 v; φ2 = 4.000 kv = 4.106 v; W = ?
Resolução
W = q.∆φ = 2.10-11.( 4.106 – 1.106 ) = 2.10-11.3.106 = 6.10-5 J

A. 6.10-5 B. 5.10-5 C. 4.10-5 D. 3.10-5

2. Uma carga eléctrica pontual Q = 4µC vai de um ponto X a um ponto Y, situados em uma região
de um campo eléctrico onde os potenciais são Ux = 800 v e Uy = 1200v, respectivamente. Qual é,
em joules, o modulo do trabalho realizado pala força eléctrica sobre Q no percurso citado?
A. 1,6.10-3 B. 3,0.10-3 C. 8,0.10-3 D. 9,0.10-3

3. Qual é, em J, o trabalho necessário para transportar uma carga de 5.10-8C de um ponto a 50 cm


de uma carga de 2.10-6 C a outro a 10 cm dela? (k = 9.109Nm2/c2 )
A. 5,1.10-3 B. 7,2.10-3 C. 8,2.10-3 D. 10,1.10-3

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11 Classe III Trimestre 2022

Unidade IV – Corrente Eléctrica Contínua. O electromagnetismo

Tema:
Revisão sobre Corrente Eléctrica Contínua

Chama-se corrente eléctrica, a todo o movimento ordenado de cargas eléctricas.


Para que haja corrente eléctrica no condutor é necessário a existência de portadores livres
(electrões) e um campo eléctrico para dar sentido o movimento das cargas eléctricas.
Ao movimento ordenado das cargas eléctricas que surgem sob a acção exercida por um campo
eléctrico, sempre com o mesmo sentido, embora seu valor possa variar ou manter-se constante,
chama-se corrente contínua.
Resistência Eléctrica
Resistência eléctrica é a dificuldade que os electrões sentem ao se movimentar num condutor
eléctrico.

Lei de Ohm
Esta lei estabelece que a uma temperatura constante de um condutor, a intensidade da corrente (I)
que o percorre, é directamente proporcional à tensão (U) nos seus terminais.
U
= R = constante
I
Aos condutores que obedecem a lei de ohm são designados condutores óhmicos ou lineares e aos
inversos são designados não óhmicos ou não lineares, isto é,
U
= R = não constante. Veja os gráficos abaixo.
I

58
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Unidade IV – Corrente Eléctrica Contínua. O electromagnetismo

U U
= R = constante = R = não constante
I I

- Associação de Resistências - Resumo


Numa ligação em série, o circuito não possui ramificações de intensidade (I), segundo a figura
abaixo.

Numa ligação em série, a intensidade é a mesma que atravessa em cada resistência.


It = I1 = I2= …
A resistência total é calculada pela expressão:
Rt = R1 + R2 + …
Numa ligação em paralelo, o circuito possui ramificações de intensidade (I), segundo a figura
abaixo.

A intensidade total é dada pela soma das intensidades parciais


It = I1 + I2 + …

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Unidade IV – Corrente Eléctrica Contínua. O electromagnetismo


A resistência total é dada pela expressão:
1 1 1
= + +…
Rt R1 R2
R1.R2
No caso haja só duas resistências: Rt =
R1  R2
Exercícios
1. Nas extremidades do circuito mostrado na figura, é aplicada uma ddp de 40V. Qual é, em watts,
a potencia dissipada neste circuito? ( exame de 2017

A 10 C 60
B 20 D 80

2. Através do resistor R1 do agrupamento de resistores representados na figura, flui uma corrente


I1 = 6 A. Qual é, em amperes, o valor da corrente I2? ( exame de 2013 )

A1
B2
C3
D4

3. A figura representa o trecho AB de um circuito, onde a diferença de potencial entre os pontos


A e de B é de 60V. A intensidade das correntes I1 e I2 , em A, são respectivamente…( exame de
2008 )

A1e2
B2e1
C2e3
D3e2

60
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Unidade IV – Corrente Eléctrica Contínua. O electromagnetismo


Temas:
- Trabalho eléctrico; e Potencia eléctrica

Trabalho eléctrico
O trabalho eléctrico é determinado pela equação:
W = U.I.t
A unidade de trabalho eléctrico é joule (J) mas na prática o trabalho da corrente eléctrica exprime-
se em outras unidades como:
1Watt hora (1wh)
1hecto watt hora (1hwh)
1Quilo watt hora (1kwh)

Equivalências: 1wh = 3600 J; 1hwh = 100 wh; 1kwh = 1000 wh

Potencia eléctrica
Ao quociente do trabalho eléctrico realizado no deslocamento dos electrões no condutor e pelo
tempo gasto, define uma grandeza física chamada potencia eléctrica.
W
P= ou P = R.I2
t
A unidade de potencia watt. 1w = 1J/1s.
Exercícios
1. O preço de 1kwh de energia electrica é 3 Mt. Quanto custa, em Mt, a energia consumida por
uma lâmpada com as especificações 100W/220V, quando ligada numa rede de 220V durante 60
horas?
Dados: P = 100 w; t = 60 h; 1kwh = 3,MT; Custo total( CT ) = ?
Resolução
W = P.t = 100 w. 60 h = 6000 wh = 6 kwh CT = 6.3 = 18 MT
A6 B9 C 18 D 27

61
Meu caderno de Fisica , 11a classe

Unidade IV – Corrente Eléctrica Contínua. O electromagnetismo


2. Um electrodoméstico tem as seguintes especificações: 440W/220V. Qual é, em ohm, a sua
resistência?
A 104 B 106 C 108 D 110
3. Por um chuveiro eléctrico circula uma corrente de 20 A quando ele é ligado a uma tensão de
220 V. Qual é, em kwh, a energia electrica consumida pelo chuveiro em 15 minutos de
funcionamento?
A 1,1 B 2,2 C 3,3 D 4,4
4. Uma lâmpada de iluminação tem as seguintes especificações: 100W – 220V. Qual é, em kwh,
a energia, que esta lâmpada consome se permanecer acesa durante 30 dias?
A 42 B 52 C 62 D 72

5. Um aparelho de ar condicionado tem as seguintes inscrição 1 kw/110V. Se o aparelho for ligado


a rede especificada, que quantidade de energia, em joules, gasta ao funcionar durante 3 horas?
A 1,08.107 B 2,07.107 C 3,07.107 D 4,08.107

Fim

62
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Unidade IV – Corrente Eléctrica Contínua. O electromagnetismo

Tema:
Redes eléctricas; Nodo ou nó; Malha e Ramo.

A figura abaixo trata-se de um circuito

Redes eléctricas
Uma rede eléctrica é um conjunto de circuitos constituídos por varias resistências, geradores(f.e.m)
e receptores, associados arbitrariamente, onde a corrente eléctrica possui mais do que uma via de
circulação. Veja a figura abaixo:

Chama-se NODO ou NÓ, a um ponto da rede onde se encontram três ou mais condutores.
A porção do circuito, sem derivação, que liga dois nodos consecutivos, chama-se RAMO.

MALHA é o conjunto é o conjunto de ramos dispostos de tal maneira que formam um circuito
fechado(linha que inicia e termina no mesmo nodo)

Assim na rede da figura anterior temos:


- 2 NODOS; os pontos A e D
- 3 RAMOS; as porções AD, AFED e ABCD
- 3 MALHAS; os percursos ABCDA, AFEDA e AFEDCBA

FIM

63
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Unidade IV – Corrente Eléctrica Contínua. O electromagnetismo


Tema:
Leis de Kirchoff

O método usado para resolver uma rede eléctrica foi desenvolvido pelo físico Alemão Gustav
Kirchoff e está resumido em duas leis, conhecidas como as leis de Kirchoff.

1a Lei(lei dos nodos) – A soma algébrica das intensidades de corrente que concorrem num nó é
nula:
∑ � = 0 <=> I1 + I2 + I3 + … = 0
Usualmente, considera-se como positivas as correntes que chegam ao nó e como negativa aquelas
que saem do nó.

2a Lei(lei das malhas) – Numa malha qualquer a soma algébrica das forças electromotrizes é igual
à soma algébrica das diferenças de potencial ao longo dessa malha:

 Ei = Ui
A f.e.m. e a corrente são consideradas como positivas quando os seus sentidos coincidem com o
sentido da circulação escolhido arbitrariamente.

Ao usar as leis de Kirchoff na resolução de problemas, devemos também nos guiar pelas seguintes
regras:
1. Fazer um esquema do circuito e atribuir um símbolo a cada uma das grandezas conhecida e
incógnita.
2. Dar o sentido da corrente se não for conhecido
3. Escolher o sentido da circulação da malha(sentido horário ou anti-horario)

4. Resolver o sistema de equações para calcular os valores das incógnitas.


O valor negativo na resposta da corrente(I), significa que o sentido é oposto ao escolhido.

64
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Unidade IV – Corrente Eléctrica Contínua. O electromagnetismo


Exercícios
1. No circuito representado, uma bateria de 12V fornece uma corrente de 2 A. Quais são, em
unidades do SI, respectivamente, os valores de R1 e V1 . Resposta: 4 e 8

2. Considera o circuito abaixo. Calcula os valores das intensidades que percorrem os diferentes
ramos.

NB. Os sentidos da circulação das malhas assim como das intensidades foram escolhidos de forma
arbitraria.

Resolução
Lei dos Nó em relação ao nodo A: I1 – I2 – I3 = 0
Lei das Malhas: =
Malha 1: - R1.I1 – R3.I3 – E1 = 0
Malha 2 : R2.I2 – R3.I3 – E2 = 0
Juntando as três equações num único sistema teremos:
65
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Unidade IV – Corrente Eléctrica Contínua. O electromagnetismo


�1 . − �2 − �3 = 0 �3 = �1 − �2
{−�1 . �1 − �3 . �3 − �1 = 0 ˂=˃{−1. �1 − 4. �3 = �11. �2 − 4. ˂=˃ {−1. �1 − 4. ( �1 − �2 ) = 20˂=˃ 1. �2 − 4. (�1 −
�2 . �2 − �3 . �3 − �2 = 0 �3 = �2 �2 ) = 7
_
˂=˃ {−�1 � − 4�1 + 4�2 = 20 ˂=˃ {−5�1 + 4�2 = 20 ˂=˃{� 20+5�1
2 = 4 ˂=˃
− 4� + 4� = 7 −4� + 5� = 7
2 1 2 1 2
_
˂=˃ { ˂=˃ { ˂=˃ { ˂=˃
5.( 20+5. �1 )
−4. �1 +
4
=7 −16�1 + 100 + 25�1 = 28 9�1 = −72

20+5.(−8 ) �3 = − 8 + 5 �3 = −3 �
� = ˂=˃{�2 = − 5 �
˂=˃{ ˂=˃{ 2 4 = - 5 A ˂=˃{ �2 = −5�
�1 = −8 �1 = −8 � �1 = −8� �1 = −8 �
O sinal negativo das intensidades nos indica que o sentido real seria oposto ao que está no ramo
da malha da nossa figura, isto é, I1 estaria a sair enquanto I2 e I3 estariam a chegar no ponto A

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Unidade IV – Corrente Eléctrica Contínua. O electromagnetismo

Tema:
- Campo magnético criado por um condutor rectilíneo

Foi o físico Dinamarquês, Oersted que descobriu pela primeira vez em 1820 que um condutor
percorrido por uma corrente eléctrica cria a sua volta um campo magnético( B ).

As linhas de campo são circulares e concêntricas ao fio por onde passa a corrente eléctrica e estão
contidas num plano perpendicular ao fio.

A determinação do sentido do campo magnético num condutor eléctrico pode-se recorrer a regra
da mão direita que tem o seguinte teor: Segure o condutor com a mão direita de modo que o
polegar aponte no sentido da corrente. Os demais dedos dobrados fornecem o sentido do
vector campo magnético, no ponto considerado.

Para um condutor imerso em um meio de permeabilidade magnética  e percorrido por uma


coerente de intensidade I, em um ponto situado a um raio r desse condutor surge um campo
magnético de indução B cuja intensidade é determinada pela equação:
 . I , onde: B- é a indução magnética;  - é a permeabilidade magnética; I- é a intensidade
B=
2 r
da corrente que percorre o condutor, r- é a distancia do ponto ao fio

A unidade de B no SI é o Tesla (T).

1. Um fio rectilíneo e longo é percorrido por uma corrente eléctrica contínua I = 2A. Determine o
campo magnético num ponto situado a 0,5 m do fio. Considera µ = 4π.10-7 ��

Dados: I = 2 A; r = 0,5 m = 5.10-1 m ; µ = 4π.10-7 �� ; B=?

Resolução:
 I 4.�.10−7 2 = 4 . 10−7 . 101 = 0,8. 10-6 = 8.10-7 T
B= . = .
2 r 2.� 5.10−1 5

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2. A 0,4 m de um fio longo e rectilíneo o campo magnético tem intensidade 4.10-6 T. Qual é a
corrente que percorre o fio? Considera µ = 4π.10-7 ��

Resposta: I = 8 A

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Tema:

Campo Magnético no Centro de uma Espira

No caso de uma espira circular, o lado em que entram as linhas de campo pode ser associado ao
pólo sul, e o lado em que saem as linhas pode ser associado ao pólo norte.

No centro da espira a indução do campo magnético é determinado pela equação:

.I
B= ; onde r – é raio da espira
2.r

3. A espira tem raio 0,2 m e é percorrida por uma corrente de 5A no sentido horário. Determine a
intensidade do vector campo magnético no centro da espira. Seja: µ = 4π.10-7�� .

Dados: I = 5 A; r = 0,2 m = 2.10-1 m ; µ = 4π.10-7 �� ; B=?

Resolução:
.I 4.�.10−7 5 = 20.� . 10−7 . 101 = 5.π 10-6 = 5.3,14.10-6 = 15,7.10-6 T
B= = .
2.r 2. 2.10−1 4

4. Uma espira circular de raio r = 0,2 m é percorrida por uma corrente eléctrica de intensidade
i=8A, conforme a figura abaixo. Determine a intensidade do campo magnético no centro da espira.
Seja: µ = 4π.10-7 �� Resposta: = 25,12.10-6 T

5. Duas espiras circulares concêntricas e complanares de raios 0,4m e 0,8m são percorridas por
correntes de intensidades 1A e 4A , respectivamente, conforme mostra a figura. Determine a
intensidade do vector campo magnético resultante no centro das espiras. Adote µ = 4π.10-7 ��

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Unidade IV – Corrente Eléctrica Contínua. O electromagnetismo


Pela regra da mão direita, no centro das espiras os dois campos estão a sair. O vector resultante
será dado pela soma dos dois campos.
Dados: r1 = 4.10-1 m; I1 = 1A e r2 = 8.10-1 m; I1 = 4A BR =?
Resolução:
µ �
B = . 1=
4.�.10−7
.
1 = 4.� . 10−7 . 101 = 0,5.π 10-6 = 5.3,14.10-7 = 15,7.10-7 T
1
2 �1 2. 4.10−1 8

µ �
B = . 2=
4.�.10−7
.
4 = 16.� . 10−7 . 101 = .π 10-6 = 3,14.10-6 T
2
2 �2 2. 8.10−1 16

BR = B1 + B2 = 15,7.10-7 + 3,14.10-6 = 1,57.10-6 + 3,14.10-6 = 4,71.10-6 T

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Tema:

Campo Magnético no Interior de um Solenóide

Um condutor enrolado em forma de espiras é denominado solenóide.

No interior de um solenoide a indução do campo magnético é determinado pela equação:

N..I
B= Onde: N – numero de espiras; l – comprimento do solenoide
l

6. Um solenóide de 1 metro de comprimento contém 500 espiras e é percorrido por uma corrente
de 2A. Determinar a intensidade do vector campo magnético no interior do solenóide.
N..I
Seja: µ = 4π.10-7 �� B=
� l
Dados: L = 1 m; N = 500; I = 2 A; µ = 4π.10-7 �� ; B=?

Resolução:

µ.�. 4�.10−7 .500.2 4�.10−7 .1000


B= = = = 4.π.10-7.103 = 12,56.10-4 T
� 1 1

7. Considere um solenóide de 0,16m de comprimento com 50 espiras. Sabendo que o solenóide é


percorrido por uma corrente de 20A, determine a intensidade do campo magnético no seu interior.
Seja: µ = 4π.10-7 �� Resposta: B = 785.10-5 T

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8. A figura representa uma bobina atravessada por uma corrente eléctrica (exame extraordinário
de 2008 No 13).

Qual das figuras que se seguem, melhor representa o campo magnético no interior da
bobina?

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Tema:
Força de Ampere (FA) e de Lorentz (FL)

Força de Ampere (FA)


As experiências mostraram que mergulhando um condutor atravessado por uma corrente eléctrica,
entre os pólos de um íman, observa-se então o deslocamento do condutor paralelamente entre si
próprio sob a acção de uma força, a denominada força de Ampere. Foi este cientista que
determinou a lei reguladora desta força.
O sentido da força de Ampere pode ser determinado com ajuda da regra da mão direita que tem o
seguinte teor:
“ Com a mão aberta, os quatro dedos apontam-se no sentido do vector B e o polegar aponta o
sentido da corrente. O sentido da força de Ampere( força magnética) é o de um empurrão dado
com a palma da mão. Veja a figura abaixo.

O vector FA é sempre perpendicular ao vector B. Da figura, o vector FA está a sair em relação ao


plano da folha.
A intensidade da força de Ampere é determinada pela relação:
FA = B.I.l.sen
FA – Força de Ampere; I- intensidade da corrente; B- indução magnética, l – comprimento do
condutor mergulhado no campo magnético;  - ângulo formado entre o vector B e condutor l

Força de Lorentz
A força com que o campo magnético actua sobre uma partícula carregada em movimento chama-
se força de Lorentz (FL)

A força de Lorentz é sempre perpendicular aos vectores velocidade(v) e vector B. O sentido da


força de Lorentz também pode ser determinada com ajuda da regra da mão direita que tem o
seguinte teor:
“ Supondo que a carga seja positiva, aponte os seus quatro dedos no sentido do campo magnético
e o seu polegar aponte no sentido do movimento da carga. O sentido força de Lorentz(FL) que age

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sobre a carga é de um empurrão dado com a palma da mão”. Se a carga for negativa, o vector da
força de Lorentz é oposta a da positiva. Veja a figura abaixo.

O vector FL é perpendicular ao vector B e v. Da figura, o vector FL está a sair em relação ao plano


da folha. Se a carga fosse negativa, FL estaria a entrar em relação ao plano da folha.
A intensidade da força de Lorentz é determinada pela relação:
FL = q.v.B.sen
FL – Força de Lorentz; v- velocidade da carga; B- indução magnética, q – carga em movimento
no seio do campo magnético;  - ângulo formado entre o vector B e vector v.
Exercicios
1. Um fio condutor de 2 m de comprimento, percorrido por uma corrente eléctrica de 2 A encontra-
se mergulhado numa região onde existe um campo magnético uniforme de 0,02T. Determine a
intensidade da força magnética a que está submetido este condutor quando forma um ângulo de
90o com as linhas do campo magnético.
Dados: L = 2 m; I = 2 A; B = 0,02 T = 2.10-2 T; α = 90o FA = ?

Resolução:
FA =| B.I.L.senα | = | 2.10-2.2.2.sen90o | = 8.1.10-2 = 8.10-2 N

2. Um fio rectilíneo e longo, no plano da folha, é percorrido por uma corrente eléctrica constante,
cujo sentido é de C para D (exame Pré-Teste de 2008 No 38).

A direcção e o sentido do campo magnético produzido pela corrente eléctrica estão melhor
representados pelos vectores indicados na figura:

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3. Uma partícula eléctrica de carga q = 4.10-6 C desloca-se com velocidade 2.102 m/s, formando
um ângulo de 90o com um campo magnético uniforme de intensidade 16.104 T. Determina a força
magnética que actua sobre a partícula.
Dados: q = 4.10-6 C; v = 2.102 m/s; α = 90o; B = 16.104 T; FL = ?

Resolução:
FL = q.v.B.sen = | 4.10-6.2.102.16.104.sen90o | = 128.1.106 N

4. Um electrão penetra na região do campo magnético uniforme cujo o valor de indução magnética
é B = 2,0.10-2T, perpendicularmente às linhas do campo com velocidade de 10 m/s. Qual é, em
metros, o raio da circunferência descrita pelo electrão?
( e = 1,6.10-19C; me = 9,1.10-31kg ).
A. 2,84.10-3 B. 2,84.10-6 C. 2,84.10-9 D. 2,84.10-12

5. Uma carga eléctrica puntiforme de 10-5C passa com a velocidade de 2,5 m/s na direcção
perpendicular ao do campo de indução B e fica sujeita a uma força de intensidade 5.10-4N. Qual é,
em Tesla, a intensidade do campo magnético?
A. 10 B. 20 C. 30 D. 40

6. Um condutor recto de 50 cm de comprimento, é colocado perpendicularmente as linhas do


campo magnético de intensidade B = 2.10-8 T e é atravessado pela corrente I = 2A. Qual é Newton,
o valor da força magnética?
A. 10-6 B. 3.10-6 C. 2.10-8 D. 3.106

7. Um condutor rectilíneo, percorrido por uma corrente eléctrica de intensidade igual a 2,0 A, está
mergulhado num campo magnético uniforme de intensidade B =2,0.10-4 T. Qual é em Newton a
força magnética num trecho desse condutor, de comprimento igual a 20 cm que faz um ângulo de
30o com o campo?

A. 3.10-5
B. 4.10-5
C. 5.10-5
D. 6.10-5

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Regra da mão direita


8. Um electrão é lançado numa região onde existe um campo magnético perpendicular ao plano
da folha, com a velocidade v perpendicular a esse campo, conforme mostra a figura. Qual é a
orientação força que actua sobre ele, devido a esse campo magnético?

9. Dois condutores rectos, longos e paralelos, separados por uma distancia 2a são percorridos
por correntes opostas de intensidade i e 2i, como mostra a figura. Os sentidos dos campos
magnéticos resultantes por eles produzidos nos pontos M, N e P, respectivamente, são…

10. A figura representa a direcção e o sentido da força magnética sobre um condutor atravessado
por uma corrente eléctrica mergulhado num campo magnético. De acordo com os dados da figura
qual dos seguintes vectores melhor representa o sentido da corrente eléctrica no condutor?

76
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11. A figura representa a direcção e o sentido da força magnética sobre uma partícula penetrando
num campo magnético. De acordo com os dados da figura podemos afirmar que a partícula em
causa é um …

12. A figura representa um electrão a penetrar perpendicularmente num campo magnético (exame
extraordinário de 2008 No 15).

O vector que melhor representa a força magnética que actua sobre o electrão é:

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Tema:
Força entre dois condutores paralelos

Sejam dois fios, 1 e 2, longos e rectos com o mesmo comprimento e mesma direcção, percorridos
pelas correntes, I1 e I2, quer do mesmo sentido ou de sentidos opostos, separados no vácuo ou no
ar por uma distancia d.

O fio 1 estabelece sobre o fio 2 um campo magnético B1, segundo a figura a baixo.
O fio 2 estabelece sobre o fio 1 um campo magnético B2, segundo a figura a baixo.

Os campos B1 e B2 criam forças que fazem com que os fios se atraem ou se repelem.
Assim as correntes do mesmo sentido atarem-se e as correntes de sentidos opostos repelem-se

,
A força magnética F12 e F21, de atracção ou de repulsão entre dois condutores por unidade de
comprimento é determinada pela expressão:
.I1.I 2.l2 F12 .I1.I 2 F 21 .I1.I 2
F1,2 = ou = ; =
2. .d l2 2. .d l1 2 .d

Onde:
d – é a distância que separa os condutores
F12 é força com que o condutor 1 actua sobre o condutor 2

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F21 é força com que o condutor 2 actua sobre o condutor 1

L – é o comprimento de cada condutor

Exercício
1. Dois condutores do mesmo comprimento L = 40 cm, paralelos e distanciados de 20 cm, são
percorridos por corrente de 3 A e 2 A, no mesmo sentido. Determine:
a) a intensidade da força de atracção entre esses condutores.
b)a intensidade da força de atracção por unidade de comprimento

2. Dois condutores paralelos de 0,15 m de comprimento a cada e separados a uma distância de


0,025 m, são percorridos por uma corrente de 3 A de intensidade. Calcula a intensidade da força
de interacção entre eles.

3. Dois condutores muito longos e paralelos, distanciados de d = 2 cm, são percorridos por
correntes de mesmo sentido, com intensidades I1 = I2 = 10A. A força por metro de comprimento
entre os condutores é:
A. 10-3 N de repulsão B. 10-3 N de atracção C. 103 N de repulsão D. 103 N de atracção

FIM

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Tema:
Fluxo magnético e trabalho electromagnético

Fluxo magnético
O fluxo magnético pode ser entendido como a grandeza física que representa o número de linhas
do campo magnético por unidade de superfície.

O fluxo magnético que atravessa uma superfície, S, é determinado pela expressão:


 = B.S.cos   ( lê-se fí )

A unidade no SI do fluxo magnético é o Weber ( Wb).

Trabalho electromagnético
Observa a figura:

Quando se move um condutor, percorrido por uma corrente eléctrica, a força electromagnética (
força de Ampere ), realiza trabalho sobre este. O trabalho realizado pela força de Ampere é
determinado pela expressão:
W = I.  ou W = I.B.L. 
Onde: I – é a intensidade da corrente que circula o condutor

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Exercícios
1. Um condutor de 20 cm de comprimento é arrastado ao longo de outros dois condutores paralelos,
tal como mostra a figura abaixo. Calcule o trabalho realizado pela força de Ampere, sabendo que
a corrente que atravessa o condutor vale 2 A e que a variação do fluxo é de 0,02 wb.

2. Observa a figura.

a) Nestas condições, usando a regra da mão direita, o condutor A vai-se mover em que sentido?
b) Calcule o trabalho electromagnético para deslocar 4 cm o condutor A, se B = 0,1 T e I = 4
A

FIM

81
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Temas:
Indução electromagnética
Determinação do sentido da corrente induzida

Indução electromagnética
Com a descoberta do efeito magnético da corrente eléctrica (experiência de Oersted), esperava-se
que um dia, o campo magnético também originasse corrente eléctrica.
Depois de muitas experiências, a 29 de Agosto de 1831, Faraday (físico Inglês), provou que
variando o fluxo do campo magnético numa espira condutora, surgia uma corrente eléctrica
induzida.
Ao fenómeno da produção da corrente eléctrica através dum campo magnético, denominou-se por
indução electromagnética
Segundo Faraday, quanto mais rapidamente variar o fluxo magnético, tanto maior será a
intensidade da corrente induzida (I.ind)

Determinação do sentido da corrente induzida


O sentido da corrente induzida numa espira é determinado pela lei de Lenz ( cientista Russo) que
tem o seguinte teor:
A corrente induzida que é gerada num circuito, tem um sentido tal que, pelos seus efeitos
electromagnéticos, se opõe à variação do fluxo magnético que a originou.
Exemplos:

1. Quando o pólo norte de um íman se aproxima da superfície plana duma espira


A corrente induzida tem um sentido que cria um pólo que se opõe ao pólo Norte que se aproxima.
Assim, ela opõe ao aumento do fluxo do campo magnético. O pólo que opõe à aproximação do
pólo Norte do íman é o pólo norte, figura 1

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2. Quando o pólo norte de um íman se afasta da superfície plana duma espira
A corrente induzida tem um sentido de um pólo que se opõe ao afastamento do pólo Norte. Assim,
ela opõe à diminuição do fluxo do campo magnético. O pólo que se opõe a esse afastamento do
pólo norte do íman é o pólo Sul, figura 2

FIM

83

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