Explorar E-books
Categorias
Explorar Audiolivros
Categorias
Explorar Revistas
Categorias
Explorar Documentos
Categorias
VÉRTEBRAS............................................................................................................................. 7
Vértebras sacrais......................................................................................................................... 9
Cóccix......................................................................................................................................... 9
LIGAMENTOS ........................................................................................................................ 10
Flexão ....................................................................................................................................... 16
Extensão ................................................................................................................................... 17
ESCOLIOSE ............................................................................................................................ 30
Tipos de escoliose .................................................................................................................... 32
Sintomatologia ......................................................................................................................... 36
Avaliação .................................................................................................................................. 36
LEOPOLD BUSQUET............................................................................................................. 61
Cadeia inspiratória.................................................................................................................... 62
Cadeia posterior........................................................................................................................ 63
POSTURAS ............................................................................................................................. 94
POSTURA RÃ NO AR ............................................................................................................ 96
https://www.auladeanatomia.com/novosite/sistemas/sistema-esqueletico/coluna-
vertebral/
VÉRTEBRAS
Embora as vértebras de cada uma das porções da coluna tenham suas características
particulares, todas possuem uma estrutura básica, comum. Cada vértebra é constituída por um
anel ósseo que circunda um forame (forame vertebral), que pode ser considerado como canal
vertebral onde se aloja a medula espinhal. A parte anterior do anel é o corpo da vértebra. A
parte posterior do anel, denominado arco vertebral, consiste de um par de pedículos e um par
de lâminas. Os pedículos projetam-se posteriormente da parte superior do contorno posterior
do corpo da vértebra e se unem com as lâminas formando o processo espinhoso.
No ponto de fusão dos pedículos com as lâminas projetam-se três processos adicionais
com direções diferentes:
• Lateralmente: processo transverso;
• Cranialmente: processo articular superior;
• Caudalmente: processo articular inferior.
7
Estes dois últimos processos apresentam uma faceta articular.
Vértebras cervicais
Vértebras torácicas
Embora as vértebras T1, T9, T10, T11 e T12 possam apresentar alguns acidentes que
as distinguem das demais vértebras torácicas, estas diferenças não são de grande importância.
É evidente que a primeira vértebra torácica assemelha-se a última cervical, assim como as
últimas torácicas podem apresentar alguns aspectos encontrados nas vértebras lombares.
Porém, as particularidades das vértebras torácicas em geral são: articula-se com as
costelas; os processos espinhosos são mais inclinados e as facetas articulares situam-se
principalmente em um plano frontal.
Vértebras lombares
As vértebras lombares (L1, L2, L3, L4, L5) são as mais volumosas da coluna
vertebral, com corpo reniforme; os processos espinhosos são mais curtos e quadriláteros
situando-se no mesmo plano horizontal do corpo vertebral, e as facetas articulares estão
8
situadas em plano anteroposterior.
Vértebras sacrais
No adulto, ocorre a fusão das cinco vértebras sacrais que diminuem no sentido
craniocaudal, formando o sacro. Deste modo, é um osso triangular recurvo, de base superior e
ápice inferior, com concavidade anterior. Situa-se em cunha entre os ossos do quadril e fecha
posteriormente a cintura pélvica.
Cóccix
DISCOS INTERVERTEBRAIS
9
FONTE: Sobotta: Atlas de anatomia humana, 2002.
ARTÉRIAS ESPINHAIS
A união de dois pequenos ramos das artérias vertebrais formam a artéria espinhal
anterior. A artéria espinhal anterior percorre a extensão da medula espinhal na fissura
mediana posterior e supre os dois terços anteriores da medula espinhal. O calibre dessa artéria
varia de acordo com sua proximidade de uma artéria radicular magna e geralmente é menor na
região de T4 a T8 da medula. As artérias espinhais posteriores originam-se como pequenos
ramos das artérias vertebrais ou das artérias cerebelares inferiores posteriores e
frequentemente apresentam anastomoses entre si e com a artéria espinhal anterior.
LIGAMENTOS
FÁSCIAS TORACOLOMBARES
11
FONTE: Fattini e Dangelo: Anatomia humana sistêmica e segmentar, 2002.
FUNÇÃO MUSCULAR
Planos musculares
Plano Intermédio: Este plano cobre o plano profundo e suas fibras em disposição
bastante complicadas, com maior grau de fusão. Também chamados de complexo transverso
espinhal.
a) Músculo Multifídio: é mais espesso na região lombar e termina na região
cervical. É constituído por muitos feixes musculares, sem divisão clara e por esta razão, tem
sido descrito como músculo único. Os feixes se originam do sacro e de todos os processos
transversos, dirigindo-se cranial e medialmente para se inserirem nos lados dos processos
espinhosos das vértebras, de L5 até o áxis;
b) Músculo Semiespinhal do tórax: situa-se nos dois terços craniais do
segmento torácico, estendendo-se dos processos transversos das seis vértebras torácicas
inferiores aos processos espinhos das vértebras superiores e cervicais inferiores;
c) Músculo Semiespinhal do pescoço: mesma disposição do semi espinhal do
tórax, originando-se dos processos transversos das seis vértebras torácicas superiores e se
insere nos processos espinhosos da 3ª até a 5ª vértebra cervical;
13
d) Músculo Semiespinhal da cabeça: é a parte mais alta do complexo
transverso-espinhal, estendendo-se de processos transversos cervicais à parte medial da linha
nucal superior do occipital.
Plano Superficial: Este plano constitui a camada mais lateral e superficial dos
músculos pós-vertebrais. Também chamados de complexo sacroespinhal.
a) Músculo Iliocostal: três porções: iliocostal lombar, iliocotal torácico e
iliocostal cervical;
b) Músculo Dorsal Longo: três porções: longuíssimo do tórax, longuíssimo do
pescoço e longuíssimo da cabeça;
c) Músculo Espinhal: três porções: espinhal do tórax, espinhal do pescoço e
espinhal da cabeça;
d) Músculo Esplênio do Pescoço: ascende lateralmente dos processos
interespinhos torácicos superiores aos processos transversos cervicais inferiores;
e) Músculo Esplênio da Cabeça: estende-se dos processos espinhosos cervicais
inferiores e ligamento nucal ao processo mastoide do temporal.
14
FONTE: Fattini e Dangelo: Anatomia humana sistêmica e segmentar, 2002.
16
AMPLITUDE - TORÁCICA: +/- 105° E LOMBAR: +/- 60° - FLEXÃO DO
TRONCO
Extensão
17
AMPLITUDE - TORÁCICA: +/- 60° E LOMBAR: +/- 35° - EXTENSÃO DO
TRONCO
Flexão lateral
18
FONTE: Hoppenfeld: Propedêutica Ortopédica, 1995.
Rotação
Resulta da soma de pequenas torções entre vértebras adjacentes, permitidas por seus
discos intervertebrais e a natureza das respectivas articulações sinoviais. Em movimentos
combinados a rotação amplia-se. No segmento cervical, ela é máxima quando combinada com
flexão lateral. Existe na região torácica, mas é mínima na lombar.
19
FONTE: Hoppenfeld: Propedêutica Ortopédica, 1995.
POSTURA
Postura é uma posição ou atitude do corpo. Da mesma forma entende-se por postura o
arranjo relativo das partes do corpo para uma atividade específica, ou uma maneira
característica de alguém sustentar seu corpo.
A postura corporal envolve conceito de equilíbrio, coordenação neuromuscular e
adaptação que representa um determinado movimento corporal, e as respostas posturais
automáticas são dependentes do contexto, ou seja, elas são ajustadas para ir de encontro às
necessidades de interação entre os sistemas de organização postural (equilíbrio,
neuromuscular e adaptação) e o meio ambiente.
O controle da postura não está simplesmente baseado em um conjunto de respostas
reflexas ou em uma resposta pré-programada acionada por um desequilíbrio. O controle da
postura é uma característica adaptável ao sistema motor, que se baseia na interação entre o
estímulo aferente e a resposta eferente (ENOKA, 1995).
Para avaliar e tratar problemas posturais é necessário uma compreensão de princípios
básicos relacionados ao alinhamento, articulações e músculos, como já estudados
anteriormente.
As estruturas inertes que suportam o corpo são ligamentos, fáscias, ossos e
articulações, enquanto que os músculos e suas inserções tendíneas são as estruturas dinâmicas
que mantêm o corpo em uma postura ou o movimentam de uma postura para outra.
A gravidade sobrecarrega as estruturas responsáveis por manter o corpo em postura
ereta. Normalmente, a linha da gravidade passa através das curvaturas fisiológicas da coluna
vertebral e elas são equilibradas. Se o peso em uma região desloca-se para longe da linha da
21
gravidade, o restante da coluna compensa para recuperar o equilíbrio.
POSTURA PADRÃO
ANÁLISE DA POSTURA
22
A análise da postura envolve a identificação e a localização dos segmentos corpóreos
relativos à linha de gravidade.
Vista lateral
Para visualizarmos uma postura na posição em pé, na vista lateral, utilizamos um fio
de prumo para representar uma linha de referência. O fio de prumo é uma linha com um peso
preso na ponta para prover uma linha absolutamente vertical para medir desvios. É usado para
determinar se os pontos de referência da pessoa que está sendo testada estão no mesmo
alinhamento que os pontos correspondentes à postura padrão.
Os pontos que coincidem com a linha de referência (prumo) do alinhamento ideal
(postura padrão) na vista lateral estão relacionados abaixo:
VISTA LATERAL
23
FONTE: João: Avaliação Postural, 2009.
Vista posterior
VISTA POSTERIOR
24
FONTE: João: Avaliação Postural, 2009.
EQUILÍBRIO
25
FONTE: Fattini e Dangelo: Anatomia humana sistêmica e segmentar, 2002.
26
contribuem para proporcionar uma postura corporal ereta e de equilíbrio, porém, sabemos o
quanto eles são importantes (BANKOFF et al., 1992; DI GRAZIA, 2003; BEKEDORF, 2003;
DI GRAZIA, BANKOFF, 2005).
Na posição ereta, 25% do peso do corpo são distribuídos para cada calcâneo e 25%
para a cabeça dos cinco metatarsos de cada pé; na proporção de cerca de uma parte para o
metatarso I e 2,5 partes para os metatarsos II a V. A maior parte da tensão no arco
longitudinal é suportada pelos ligamentos plantares. Somente cerca de 15% a 20% da tensão
são suportadas pelos músculos tibiais posterior e fibular. Quando o corpo está na ponta de um
pé, a tensão no arco é aumentada quatro vezes.
O equilíbrio postural atua continuamente durante as mudanças de posição. Ou seja, na
situação que o indivíduo encontra-se estático, o controle corporal atua de uma determinada
maneira e em situação dinâmica, atua de outro modo.
• Equilíbrio estático: a base de suporte se mantém fixa enquanto o centro de
massa corporal se movimenta. Neste caso, o senso de equilíbrio deve manter o centro de
massa corpórea dentro da base de suporte;
• Equilíbrio dinâmico: tanto o centro de massa quanto a base de suporte se
movimentam. O centro de massa jamais se alinha à base de suporte durante a fase de apoio
unipodal do movimento.
27
FONTE: Disponível em: < bloglsd.blogspot.com>. Acesso em: 17.12.2009
Schilder (1999) vê a imagem corporal como uma unidade que engloba os mais
diferentes aspectos. A denominação “esquema corporal”, “modelo postural do corpo” e
“imagem postural” são termos equivalentes que tratam de uma mesma realidade.
A imagem corporal é formada por um complexo fenômeno humano que envolve
aspectos afetivos, cognitivos, socioculturais e motores. A imagem corporal está relacionada
ao conceito de si próprio e é influenciada pela integração entre o ser e o meio em que vive.
O processo de construção/desenvolvimento da imagem corporal está associado às
diversas fases da existência humana, às concepções determinantes da cultura e à sociedade em
que o indivíduo está inserido.
A imagem corporal sofre alterações, transformações e adaptações de acordo com o
momento vivido e com as fases de desenvolvimento do indivíduo desde o seu nascimento até
a morte.
PROPRIOCEPÇÃO
29
As informações proprioceptivas constituem papel importante para a manutenção do
equilíbrio corporal, pois as mesmas fornecem dados sobre a posição relativa das várias partes
do corpo que serão captadas pelos receptores nas cápsulas articulares e também os impulsos
de exteroceptores cutâneos, especialmente os de tato e pressão. Por exemplo: o cerebelo, a
substância reticular e núcleos vestibulares do tronco cerebral determinam ajustes adequados
nos músculos posturais quando recebem as informações de angulação de tórax ou no abdome,
ajustando adequadamente a postura.
Como mencionado, as sensações exteroceptivas também são importantes na
manutenção do equilíbrio. As sensações de pressão provenientes dos pés podem dar
informações quanto ao peso distribuído proporcionalmente ou com relação ao
posicionamento.
Quando uma pessoa projeta seu corpo para frente, durante uma corrida, é o resultado
dos ajustes de manutenção do equilíbrio que ocorre devido à pressão do ar contra a parte
anterior do seu corpo mostrando que a força se opõe ao corpo em uma direção diferente da
que é causada pela força gravitacional.
O sistema vestibular é quem comanda o equilíbrio, e sendo assim, a informação
proprioceptiva mais importante e necessária à manutenção do equilíbrio é proveniente dos
receptores articulares do pescoço. Se a cabeça é inclinada em determinada direção, ou rotação
do pescoço, faz com que o sistema vestibular provoque uma sensação de desequilíbrio. Isto
ocorre, pois, os receptores transmitem sinais opostos aos sinais transmitidos pelo sistema
vestibular.
Já os impulsos provenientes do sistema vestibular não são opostos aos que se originam
nos proprioceptores do pescoço, deste modo, quando todo o corpo se desvia em uma
determinada direção, a pessoa perceberá uma alteração de equilíbrio de todo o corpo.
ALTERAÇÕES POSTURAIS
ESCOLIOSE
A escoliose é uma curvatura lateral da coluna. Como a coluna vertebral não pode
inclinar-se lateralmente sem também fazer rotação, a escoliose envolve tanto flexão lateral
quanto rotação, ocorrendo geralmente nas regiões torácicas e lombares.
Quando ocorre esta alteração lateral da coluna, as forças de torção e lateralização se
30
somam às forças compressivas, levando à descompensação do tronco e, consequentemente, à
piora da escoliose.
A progressão da escoliose depende da ação da gravidade e da qualidade muscular
acometida.
31
em deformidade do gradeado costal. A rotação do corpo vertebral está relacionada com a
convexidade e a concavidade da curva. Devido à rotação e inclinação que as vértebras sofrem,
os músculos da concavidade estão sempre encurtados e os da convexidade estão sempre
alongados.
A magnitude desta alteração postural pode ser classificada em: leves, moderadas e
graves, dependendo do grau de acometimento.
A localização da escoliose é caracterizada conforme o local onde se encontra o ápice
da curvatura.
Tipos de escoliose
32
paralisia cerebral, pós-paraplegias traumáticas, etc.). Não tem relação com o desenvolvimento
esquelético, mas, sim, segue o curso da doença original, progredindo à medida que progride a
paralisia da musculatura paraespinhal.
33
FONTE: Hebert; Xavier: Ortopedia e Traumatologia: princípios e aplicações, 1995.
34
FONTE: Hebert; Xavier: Ortopedia e Traumatologia: princípios e aplicações, 1995.
35
FONTE: Hebert; Xavier: Ortopedia e Traumatologia: princípios e aplicações, 1995.
Sintomatologia
Avaliação
36
em conta a vértebra-ápice), a lateralidade do desvio, a etiologia e a quantidade de curvas
existentes na curvatura principal.
A avaliação clínica é de grande importância para se chegar a um correto diagnóstico e
prognóstico.
A avaliação musculoesquelética em casos de escoliose deve incluir:
• Testes de alinhamento postural: este teste pode ser realizado
tanto com fio de prumo quanto segmentares observando a vista posterior,
lateral e anterior. Observa-se se a escoliose é à direita, à esquerda ou ambas.
Outro fator importante a ser analisado é se a escoliose é em forma de S
(curvando-se para ambos os lados) ou em C (predomínio de um hemi lado).
Exames complementares
38
FONTE: João: Avaliação Postural, 2009.
39
FONTE: Arquivo pessoal
40
Curiosidade: em indivíduos destros observa-se uma leve curvatura em S para a direita
na região torácica e a esquerda na lombar, ou uma leve curvatura em C para a esquerda na
transição toracolombar.
• Tomografia computadorizada: é importante na avaliação de deformidades
congênitas e em casos de escolioses associadas com quadros dolorosos. A tomografia pode
demonstrar patologias do tipo hérnias discais ou tumores benignos, como osteomas.
• Ressonância magnética nuclear: tem superado as tomografias nas patologias
vertebrais. É importante ressaltar sua disponibilidade limitada devido ao seu custo.
• Este exame é necessário para determinar o posicionamento do cone medular.
• Teste de função pulmonar: estes testes são úteis em deformidades graves nas
quais o risco cirúrgico é muito grande, ou nas deformidades neuromusculares em que a
fraqueza muscular for importante, como nas miopatias.
Tratamento conservador
COLETE DE MILWAUKEE
41
FONTE: Hebert; Xavier: Ortopedia e Traumatologia: princípios e aplicações, 1995.
Estes coletes são utilizados em casos de diagnóstico precoce e para pacientes infantis
e juvenis com curvas consideradas progressivas. A indicação do uso de colete se faz
necessário para impedir a progressão da deformação da coluna, acompanhada de educação
corporal através de exercícios.
Poderemos também utilizar o colete de Milwaukee em casos inoperáveis pelas
condições físicas do paciente, proporcionando-lhe uma atitude mais ou menos correta para o
crescimento da coluna vertebral.
É necessário para sua eficiência períodos de utilização de até 22 horas por dia e que o
paciente esteja em fase de crescimento musculoesquelético. Sendo indicado para crianças
antes da puberdade, que apresentam escoliose de 20° a 40°, de forma torácica e toracolombar.
As principais vantagens do colete de Milwaukee são:
• Prevenir o aumento das curvas;
• Diminuir a irregularidade das curvas;
• Promover o alinhamento do tronco;
• Não apresentar riscos apreciáveis ou contraindicações sérias;
• Não causar sérios danos à pele;
• Manter a coluna completamente imóvel.
42
• Curvas acima de 40°;
• Lordose torácica;
• Insuficiência pulmonar grave;
• Deformidade grave das costelas;
• Curva escoliótica rígida;
• Paciente que não coopera;
• Pais ou familiares indisponíveis;
• Falta de um bom técnico ortopédico ou de um ortopedista competente;
• Barreiras geográficas ou socioeconômicas.
43
Tratamento cirúrgico
A cirurgia envolve uma fusão espinhal, na maioria dos casos, por via posterior, que
apresenta menor morbidade. As técnicas mais utilizadas são: a de Harrington, que consiste na
fixação em dois pontos nos extremos da haste, por meio de ganchos fixados nas vértebras
neutras superior e inferior; e por meio de distração, corrigindo a deformidade, porém deve ser
feito a utilização de imobilizações externas por períodos de até seis meses.
44
TÉCNICA DE HARRIGTON
45
FONTE: Sizínio e Cols: Ortopedia e Traumatologia: princípios e prática, 2003.
C) RAIO X PÓS-OPERATÓRIO (TÉCNICA DE LUQUE)
D) APARÊNCIA DA PACIENTE NO PÓS-OPERATÓRIO IMEDIATO (NOTAR
AUSÊNCIA DE IMOBILIZAÇÃO EXTERNA)
46
FONTE: Sizínio e Cols: Ortopedia e Traumatologia: princípios e prática, 2003.
47
FONTE: ROSO et al: Surgical treatment of scoliosis in spinal muscular atrophy, 2003.
48
FONTE: ROSO et al: Surgical treatment of scoliosis in spinal muscular atrophy, 2003.
HIPERCIFOSE DORSAL
49
FONTE: Kendall; McCreary; Provence: Músculos, provas e funções, 1995.
EXEMPLO DE HIPERCIFOSE
• Curtos e fortes:
✓ Músculos abdominais superiores;
✓ Intercostal interno;
✓ Isquiotibiais;
✓ Músculos extensores lombares inferiores.
51
As causas comuns: é uma postura relaxada na qual os músculos não são usados para
dar suporte, atitude assumida de desleixo contínuo, fadiga, fraqueza muscular ou ênfase
excessiva em exercícios de flexão em programas gerais de exercício.
DORSO PLANO
• Curtos e fortes:
✓ Isquiotibiais;
✓ Abdominais.
As causas mais comuns é uma postura exageradamente ereta.
• Curtos e fortes:
✓ Músculos lombares;
✓ Flexores dos quadris.
53
EXEMPLO DE HIPERLORDOSE
ACHATAMENTO LOMBAR
• Curtos e fortes:
✓ Isquiotibiais;
✓ Fibras superiores do oblíquo interno;
✓ Músculos lombares: fortes, porém não encurtados.
As causas mais comuns são desleixo ou flexão contínua durante postura sentada e em
pé, ênfase excessiva em exercícios de flexão em programas gerais de exercícios.
54
POSTURA – ACHATAMENTO LOMBAR
55
TRATAMENTO CONSERVADOR PARA DESVIOS
ANTEROPOSTERIORES
CORRETOR POSTURAL
https://www.ortoponto.com.br/produto/corretor-postural-hidrolight-em-tecido-
confortavel-1479
56
MÉTODO MÉZIÈRES – INÍCIO DO CONCEITO DE CADEIAS
MUSCULARES
FRANÇOISE MÉZIÈRES
58
Therése Bertherat, fisioterapeuta, foi aluna de Françoise Mézières e ficou fascinada
pelos seus conceitos assim como pelo rigor e pela precisão do seu método. Assim, criou a
antiginástica nos anos 70, na França. Ela define a antiginástica como um trabalho de
prevenção que se destina a todos e é praticada em grupo onde o valor está na conscientização
do movimento.
THERÉSE BERTHERAT
PHILLIPE E. SOUCHARD
http://www.ipsrpg.com.br/rpg-souchard.html
59
Godelieve Denys Struif, fisioterapeuta e retratista, concebeu um conjunto de posturas
designativas de estados “psicofísicos” e personalísticos específicos.
Desenvolveu o método GDS. “O indivíduo se estrutura sobre a sua história de vida. As
cadeias musculares irão moldar o indivíduo de acordo com as suas necessidades de expressão
corporal” (Andrei, 2001).
http://fisioterapiacomvoce.blogspot.com/2013/07/o-metodo-gds-as-cadeias-
musculares-de.html
60
LEOPOLD BUSQUET
Michael Nisand, responsável por um método criado nos anos 90, logo após a morte de
Françoise Mézières; sendo este o mais “neurológico” dos métodos, pois valoriza todas as
modalidades de trabalho postural que facilitem a “inibição tônica” da musculatura postural.
MICHAEL NISAND
61
A noção de cadeias musculares vem, prioritariamente, da organização que unifica o
sistema locomotor. Uma organização que unifica o corpo, da cabeça às mãos e aos pés.
Segundo definição de Busquet, as cadeias musculares são circuitos anatômicos onde se
propagam as forças organizadoras do corpo, onde se estruturam as compensações.
Cadeia inspiratória
62
Em caso de encurtamento desta cadeia não mais será possível alongar a nuca, soltar os
ombros ou corrigir a lordose lombar sem acarretar um bloqueio inspiratório.
No caso de retração mais evidente dos escalenos e peitorais menores, a região superior
do tórax será particularmente afetada. Quando da retração mais evidente do diafragma e seus
pilares, as seis últimas costelas colocar-se-ão em posição de inspiração. Consequentemente, a
expiração levará os ombros e a nuca para frente e então poderá realizar-se corretamente
graças a uma compensação: a flexão dorsal anterior.
Comprometimentos desta cadeia: protração dos ombros, tórax inspiratório, protração
da cabeça e aumento da lordose lombar.
Cadeia posterior
63
FONTE: Souchard: Reeducação postural global, 2007.
64
Cadeia anterointerna do ombro
www.reeducacaopostural.blogspot.com>
65
Cadeia anterointerna da pelve
Iliopsoas, adutores pubianos (pectíneo, adutor curto, adutor longo, grácil e porção
anterior do adutor maior). Em cima ela continua pelos espinhais graças à ação lordosante
desses músculos sobre os ilíacos e a coluna lombar. Embaixo, sendo o psoas e adutores
pubianos flexores e rotadores internos do fêmur, quando o indivíduo está em pé, ela prolonga-
se com o poplíteo, a panturrilha e os músculos plantares.
A retração desta cadeira acarreta uma adução rotação interna dos fêmures e uma
hiperlordose lombar.
Comprometimentos desta cadeia: aumento da lordose lombar, flexão de quadril,
rotação medial e adução do quadril, joelhos valgos.
www.reeducacaopostural.blogspot.com
66
FONTE: Souchard: Reeducação postural global, 2007.
POMPAGENS
APONEUROSE SUPERFICIAL
68
As pompagens são realizadas em três tempos:
OBJETIVOS DA POMPAGE
69
POMPAGE DE TRAPÉZIO
www.centrodesaopaulo.com.br/fisioterapia
POMPAGENS PREPARATÓRIAS
Pompage global
POMPAGE GLOBAL
70
FONTE: Bienfait: Bases elementares: técnicas de terapia manual e osteopatia, 1997.
71
AVALIAÇÃO DE ENCURTAMENTO DOS MÚSCULOS DAS CADEIAS
Antes de iniciar o exame é preciso conhecer a zona de crédito. A zona de crédito está
situada acima da lordose lombar ou, na junção da lordose lombar com a lordose
diafragmática. É chamada lombodiafragmática e corresponde aproximadamente a L2-L3.
A zona de crédito deve ser eficazmente controlada, durante o trabalho de correção,
para que a lordose não aumente. Antes, porém, é importante identificar os músculos
responsáveis pela manutenção da lordose.
RETROVERSÃO DA PELVE
72
FONTE: Marques: Cadeias musculares, 2000.
Esta manobra tem por objetivo concentrar a tensão nos músculos anteriores, que,
quando encurtados, provocam uma flexão da coxofemural pela tensão dos músculos iliopsoas
e adutores pubianos, levando o tórax à posição inspiratória pela tração exercida sobre os
pilares do diafragma.
Toda verticalização do sacro e anteversão da pelve são acompanhadas de uma
retificação da curva lombar, o que se traduz fisiologicamente por flexão da coxofemural e
acentuação do tórax em inspiração.
3) Frequentemente, em vez de suprimir a lordose, o indivíduo com encurtamento
dos músculos inclina o tronco para trás. Essa atitude postural acaba levando a uma agravação
da lordose, e não a sua supressão.
73
FONTE: Marques: Cadeias musculares, 2000.
74
Quanto maior a necessidade de fletir o quadril e os joelhos para retificar a coluna,
maior será o encurtamento dos músculos anteriores.
A ação dos músculos espinhais posteriores empurra e comprime a coluna lombar para
trás, levando a pelve à anteversão, com tendência à horizontalização do sacro. A fim de
realizar um exame detalhado, é conveniente suprimir a lordose lombar, colocando a tensão
nos músculos posteriores.
Para verificação do encurtamento dos músculos posteriores devemos:
1) Colocar o indivíduo inclinado para frente, com os pés juntos, suprimindo a lordose
lombar, uma vez que a região lombar se coloca em cifose. É importante que os joelhos
estejam bem estendidos.
75
joelho, isquiotibiais e glúteos) e também a liberdade deixados por esses músculos no quadril
durante a flexão anterior. Esses encurtamentos se observam em uma abertura do ângulo
tibiotarsico.
3) Mas essa posição não permite, em alguns casos, definir o encurtamento dos
músculos da cadeia posterior no seu conjunto. Para isso, é necessário solicitar ao indivíduo
inclinado para frente que realinhe as regiões lombar, escapular e cervical.
Os indivíduos com músculos posteriores pouco encurtados, ao ficar nessa posição,
apresentarão o ângulo coxofemural fechado, ou seja, de aproximadamente 90 graus, ficando a
coluna quase na horizontal.
Ao contrário, um indivíduo com os músculos posteriores muito encurtados mostrará
dificuldade em manter uma angulação próxima aos 90 graus, e seus músculos serão mais
curtos no tronco com tendência à verticalização.
ÂNGULO COXOFEMURAL
77
• manter os cotovelos estendidos;
• colocar o úmero em posição neutra em relação à rotação (frequentemente a
correção da pronação leva o úmero a rotação lateral);
• deprimir os ombros, descendo e aduzindo as escápulas.
78
ENCURTAMENTO DOS MÚSCULOS DA CADEIA ANTEROINTERNA DO
OMBRO
Essa cadeia pode ser considerada uma continuação da cadeia anterior do braço. O
encurtamento da cadeia anterointerna do ombro leva o braço à adução e rotação medial. Para
realizar o exame dessa cadeia, o indivíduo coloca os braços em abdução de 90 graus, uma vez
que o teste pretende revelar a tensão dos músculos rotadores mediais do braço (acima de 90
graus, a elevação dos braços é feita com uma abdução importante das escápulas).
As compensações mais frequentes da cadeia anterointerna do ombro são:
• úmero em rotação lateral exagerada;
• antebraço em pronação;
• mãos semifletidas;
• ombros protraídos e elevados, e escápulas elevadas e em abdução.
Todos os segmentos (da extremidade para a raiz do membro) são realinhados, a fim de
se verificar as compensações locais na lordose lobodiafragmática. É necessário, portanto,
colocar:
• úmeros em posição neutra (dobra do cotovelo voltado para frente);
• palma da mão para a frente para obter paralelismo entre os dois ossos do
antebraço;
• realinhamento do punho em relação ao antebraço, mão aberta e dedos
estendidos;
• alinhamento e depressão dos ombros, deprimindo e aduzindo as escápulas.
79
FONTE: Marques: Cadeias musculares, 2000.
AVALIAÇÃO POSTURAL
O paciente deve estar desnudo e sentir- se à vontade, evitando rigidez e posturas não
naturais.
O simetrógrafo, ou fio de prumo, deverá será utilizado para mostrar possíveis desvios
da postura padrão. Deve se situar no ponto anteroposterior ao maléolo lateral e para os
desvios laterais, entre os calcanhares.
O fisioterapeuta poderá utilizar se também de outros instrumentos como: fita métrica e
goniômetros.
HISTÓRIA CLÍNICA
81
MODELOS DE FICHA DE AVALIAÇÃO
82
http://silvianesebold.blogspot.com/2009/01/avaliao-postural.html
83
CABEÇA EM PROTUSÃO E RETRAÇÃO
84
ALTERAÇÕES DE RETROPÉ
85
JOELHOS VALGO E VARO
86
João: Avaliação Postural, 2009.
87
João: Avaliação Postural, 2009.
VISTA ANTERIOR
88
PÉ PLANO E PÉ CAVO
89
ROTAÇÃO DE CINTURA PÉLVICA
90
FLEXÃO DE TRONCO
Teste de flexibilidade:
SCHOBER E STIBOR
Teste de flexibilidade:
3º DEDO NO CHÃO
91
FONTE: João: Avaliação Postural, 2009.
92
vertebral e os membros inferiores.
No caso de os músculos anteriores se mostrarem mais encurtados que os
posteriores, o exame dos membros superiores prosseguirá na posição em pé,
abandonando momentaneamente as posições em fechamento de ângulo. Por outro lado,
se os músculos posteriores se revelarem mais comprometidos, o exame dos membros
superiores prosseguirá na posição sentada, abandonando as posições em abertura de
ângulo. Partindo do princípio de que o encurtamento de uma cadeia traz algum
comprometimento nas outras cadeias musculares, é necessário estar atento para escolher
as posturas mais eficazes para cada caso.
Além de respeitar a globalidade durante o trabalho com as posturas, a patologia
deverá ser levada em conta. Assim, torna-se evidente que, para corrigir as vértebras
cervicais, é preferível uma postura em decúbito dorsal, enquanto em um varo ou valgo
de joelho, a postura em pé é indispensável.
Utilizar o bom senso para escolha das posturas é essencial. Assim, para os
indivíduos frágeis, idosos –, são utilizadas, de preferência, posturas sem carga; enquanto
jovens, com patologias musculares, devem ser tratados com posição com carga. A essa
orientação, acrescenta-se a abdução e adução dos membros superiores, dependendo do
encurtamento da cadeia anterior do braço ou anterointerna do ombro.
93
Soushard: Reeducação postural global, 2007.
Para obter um resultado positivo com RPG são necessárias sessões semanais de
uma hora, mas pode haver exceções. Nos casos mais graves, as sessões podem
acontecer duas vezes na semana.
O tratamento é individualizado e pode ser iniciado em crianças a partir de sete
anos de idade.
POSTURAS
94
tórax, e que os músculos abdominais, os quais tracionam o tórax para baixo, exercem
um papel dinâmico.
Complementando, Souchard (1996) afirma que quando os indivíduos adotam
posturas inadequadas, geralmente mantêm os músculos inspiratórios constantemente
tensos. O não relaxamento da musculatura inspiratória acaba provocando o seu
encurtamento, dificultando assim o movimento de descida do tórax. Consequentemente,
a expiração torna-se insuficiente limitando a ventilação pulmonar. É essencial em
qualquer atividade física enfatizar a realização adequada do movimento expiratório,
para favorecer o relaxamento da musculatura inspiratória.
Pelos princípios da Reeducação Postural Global toda correção da lordose
lombodorsal fraciona os pilares do diafragma, bloqueia o centro frênico em inspiração,
o que eleva as últimas seis costelas.
Constata-se que toda manobra de correção da nuca, dos ombros ou da lombar
traciona a cadeia inspiratória.
Por isso, será necessário, em todas as posturas que se seguem, fazer o indivíduo
suspirar livremente a cada instante, se realmente quisermos alongar esta sequência
muscular. Conforme o nível do bloqueio do tórax, o terapeuta intervém manual,
qualitativa e progressivamente para corrigir em particular tal região.
Em caso de bloqueio torácico alto, o indivíduo deve suspirar enchendo a barriga.
Se o bloqueio for inferior, deve suspirar entrando a barriga.
POSTURAS EM FECHAMENTO
95
Nelas, será necessário um tensionamento de todos os músculos da cadeia
posterior, desde o occipital até a ponta dos artelhos. Podem-se empregar as posturas:
POSTURA RÃ NO AR
a) Tração dos espinhais para dentro, uma correção expiratória do tórax, uma
flexão coxofemoral, com o sacro achatando contra o chão, a fim de produzir uma tração
sobre os espinhais lombares e a correção da hiperlordose.
b) TRAÇÃO DOS ESPINHAIS
Realiza-se a partir de uma abdução rotação externa dos femures e joelhos, onde
normalmente denominamos esta postura “Rã para cima”. Solicitamos ao indivíduo
estender progressivamente os joelhos em boa posição quanto à rotação nem varo, nem
valgo). Fecha- e lentamente o ângulo coxofemural, trazendo os pés no sentido do rosto e
colocando se pouco a pouco os pés em V.
RÃ NO AR - BRAÇOS FECHADOS
96
POSTURA RÃ NO AR
97
POSTURA RÃ NO AR – BRAÇOS ABERTOS
POSTURA SENTADA
98
INÍCIO DA POSTURA SENTADA
POSTURA SENTADA
99
POSTURA SENTADA FINAL
100
Marques: Cadeias musculares, 2000.
www.clinicadeckers.com.br
101
POSTURAS EM ABERTURA
POSTURA RÃ NO CHÃO
POSTURA RÃ NO CHÃO
102
RÃ NO CHÃO - BRAÇOS FECHADOS
103
ESQUEMA - POSTURA RÃ NO CHÃO
POSTURA EM PÉ
104
POSTURA EM PÉ
https://www.reeducacaoposturalglobal.com/posturamento/
107
https://fisiovida.pt/resultados-rpg/
108
de 20 graus; referia dores na região toracolombar, ao se deitar e cansaço nos membros
inferiores.
109
INÍCIO DO TRATAMENTO APÓS 35 SESSÕES DE RPG -
DIMINUIÇÃO EM 16°
110
REFERÊNCIAS
111
2009.
ROSO, V. et al. Surgical treatment of scoliosis in spinal muscular atrophy.
Arquivos de Neuropsiquiatria, v. 61, n. 3, p. 631-638, 2003.
SIZÍNIO, H. e cols. Ortopedia e traumatologia: princípios e prática. 3 ed. Porto
Alegre: Artmed, 2003. 1631 p.
SOUCHARD, P. Autoposturas da RPG. 1 ed. São Paulo: É Realizações, 2007.
______. Reeducação Postural Global: método do campo fechado. 2 ed. São
Paulo: Ícone, 1986.
STRUYF, G. D. Cadeias musculares e articulares: o método G. D. S. Tradução
Lúcia Campello Hahn. São Paulo: Summus Editorial, 1995.
112
OBRIGADO POR ESTUDAR CONOSCO!
REALIZE A AVALIAÇÃO NO SITE PARA OBTER O SEU CERTIFICADO.
WWW.VENES.COM.BR