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3º Ano
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PEMBA, MAIO DE 2022
UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MOÇAMBIQUE
CENTRO DE ENSINO À DISTÃNCIA
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PEMBA, MAIO DE 2021
Índice
Introdução……...................................................................................................................................3
1. As autarquias locais........................................................................................................................4
Conclusão…........................................................................................................................................9
Bibliografia…...................................................................................................................................10
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Introdução
Objectivo geral:
Objectivos específicos:
Quanto a metodologia usada na elaboração deste trabalho foi necessária a consulta de obras
bibliográficas e pesquisas feitas na internet, que consiste na recolha, crítica e interpretação dos
dados cujas referências estão citadas dentro do trabalho e na referência bibliográfica final.
O trabalho esta estruturado da seguinte forma: introdução, desenvolvimento, conclusão e por fim
apresenta a referências bibliográfica.
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1. As autarquias locais
1.1.
Conceitos básicos
Para começar, precisamos entender o conceito da autarquia. De acordo com o Decreto 200/67,
autarquia tem como a definição: " serviço autónomo, criado por lei com responsabilidade jurídica,
património e receita próprios para executar actividades típicas de administração pública que
requeiram para seu melhor funcionamento, gestão administrativa e financeira descentralizada".
A partir disso, podemos entender que, de forma geral, de acordo com AAVV, (1998, p. 33), ‘‘a
autarquia é o nome dado a um tipo de entidade com capacidade de autoadministração e
administração pública indirecta, personalidade jurídica e autonomia financeira que desenvolve
actividades em prol da sociedade e qualidade no desempenho dos serviços públicos’’.
As autarquias locais são entidades públicas que se desenvolvem a sua acção sobre uma parte
definida do território, visando a prossecução de interesse próprios das populações residentes. São
dotadas de órgãos representativos próprios.
Importa ainda salientar que o quadro legal das autarquias locais foi dotado através da Lei n° 2/97,
que define a composição dos órgãos do poder local e as suas responsabilidades.
1.2.
Surgimento das autarquias em Moçambique
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(a) Abandono da centralização e concentração do poder administrativo numa única pessoa
colectiva pública, o Estado-Administração; (…), a administração pública passa a ser objecto de
controlo externo por um tribunal especializado, o tribunal administrativo, a administração pública
assiste ao processo de privatização;
(b) Surgimento do multipartidarismo, consolidado com a assinatura do Acordo Geral de Paz no dia
04 de Outubro de 1992, em Roma, entre o então Presidente da República, Joaquim Alberto
CHISSANO e o saudoso Líder da RENAMO, Afonso DHLAKAMA;
(c) Aprovação pelo Governo do programa de reforma dos órgãos locais, que culminou com a
Aprovação da Lei n°3/94 de 13 de Setembro, sobre o quadro institucional dos distritos municipais
dotados de autonomia administrativa, patrimonial e financeira;
(d) A aprovação pela Assembleia da República em 1996 da emenda Constitucional (Lei n°9/96 de
22 de Novembro) para acomodar a institucionalização dos órgãos do poder local, uma vez que a
Constituição da República de Moçambique de 1990 não previa os órgãos do poder local.
(e) Aprovação da Lei n°2/97 de 18 de Fevereiro sobre o quadro jurídico da implantação das
autarquias locais.
1.3.
Autarquias locais em Moçambique
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abertura de espaço para a participação e responsabilização dos titulares dos órgãos
distritais pela população, ou seja, significativa transformação dos distritos
administrativos em Municípios, tal como se configura hoje ”, (NUVUNGA; 2000,
p.14).
Contudo, esta lei 3/94 foi tida como inconstitucional, pois não estava previsto em nenhum capítulo
da Lei mãe (Constituição) a criação de órgãos comeste tipo de poder.
Deste modo, foi feita a alteração pontual da Constituição de 1990, através da lei nº9/96 de 22 de
Novembro que introduziu princípios e disposições sobre o poder local no contexto da lei
fundamental, e efectuaram-se estudos a partir de 1995, que culminaram com a promulgação do
pacote legislativo autárquico em 1997. Na base dessa legislação foram realizadas as primeiras
eleições municipais em Julho de 1998 e posteriormente empossados, em Agosto do mesmo ano os
órgãos municipais nelas eleitos, marcando assim o início do exercício da municipalização, (MAE;
2000).
As autarquias assim instituídas dispõem de órgãos representativos próprios, isto é, têm seus
dirigentes e a sua assembleia, têm autonomia administrativa, patrimonial e financeira e tem o
controlo quase total sobre a sua própria administração, planos, orçamentos e instalações.
De acordo com ALVES & COSSA (1997) estes órgãos caracterizam-se da seguinte forma:
Possui cinco sessões ordinárias por ano, convocadas pelo seu presidente. A primeira deve ser para
aprovação de contas do ano anterior e a última para aprovação de planos de actividades e
orçamento para o ano seguinte. Podem existir também, sessões extraordinárias, onde apenas deve-
se discutir assuntos indicados na agenda apresentados no acto de convocação.
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Conselho Municipal e por vereadores escolhidos e nomeados pelo respectivo presidente, o
número é proporcional ao número de habitantes da autarquia. Os indivíduos que compõem
o Conselho Municipal não podem exercer as funções de membro de mesa da Assembleia
de voto, do pessoal ou funcionário dirigente do ministério de tutela, de agente ou
funcionário de Município ou de serviços de povoação.
Para estas autoras ao nível das autarquias verifica-se uma fraca participação e não há uma maior
inclusão dos munícipes no processo da governação local.
Apesar de estes estudos mostrarem a existência de alguns problemas no seio da governação local,
acreditamos ser útil procurar entender este processo num caso específico. Pois, em nosso
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entender, a legislação autárquica abre espaço para que os municípios contribuam para o
aprofundamento da democracia, isto é, abre espaço para o exercício democrático ao nível dos
governos locais.
A legislação autárquica (Lei 2/97) determina que o PCM e os membros da AM são
eleitos, por um sufrágio universal, directo igual, secreto, pessoal e periódico dos
cidadãos eleitores residentes no respectivo círculo eleitoral. O nº1 do art 96 indica
alguns deveres dos titulares dos órgãos municipais nomeadamente: prestar
regularmente contas perante os respectivos eleitores no desempenho do seu
mandato e contactar as populações da autarquia. CHIZIANE & CISTAC, (2007, p.
45).
O Art. 110 focaliza a questão da participação dos moradores, isto é, determina que os cidadãos
moradores no município podem apresentar, verbalmente ou por escrito, sugestões, queixas,
reclamações à respectiva Assembleia. E ainda o art 13 fala da publicidade dos actos
(deliberações) e está determinado que as sessões da AM são públicas. Estes e outros aspectos
presentes na legislação bem seguidos, abrem maior espaço para o exercício democrático.
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Conclusão
Chegando ate aqui concluiu-se que a organização Administrativa moçambicana estrutura-se com
base nos princípios da autonomia local, subsidiariedade, desconcentração e descentralização,
desburocratização e simplificação de procedimentos, unidade de acção e poderes de direcção do
governo, coordenação e articulação dos órgãos da administração pública, fiscalização e supervisão
da Administração pública pelos cidadãos, modernização, eficiência e eficácia, aproximação da
Administração Pública ao cidadão, participação do cidadão na gestão da Administração Pública,
continuidade do serviço público, estrutura hierárquica e responsabilidade pessoal.
Os órgãos executivos das entidades descentralizadas são compostos pelo chefe do executivo local,
eleito por sufrágio universal, directo, igual, secreto, pessoal e periódico dos cidadãos eleitores
residentes na respectiva circunscrição territorial.
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Bibliografia
ALVES, A Teixeira & COSSA, Benedito Ruben. (1997). Guião das Autarquias Locais. Guambe
& Wiemer (editores). Maputo
MAE. (2002). Folha informativa dos Municípios II. Maputo Julho de 20002: MAE/DNDA (Ed.)
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