ULA
MÉTODO RACIONAL
MÉTODO RACIONAL
Vazão - Q (m3/s)
80
60
D 40
↓Q 20
0
(a) 0 1 2 3 4 5 6tc 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19
Tempo - min
(b)
provocada por uma chuva de intensidade uniforme, ocorre quando todas as partes da
bacia passam a contribuir para a seção de drenagem. O tempo necessário para que isto
aconteça, medido a partir do início da chuva, é o que se denomina de tempo de
concentração da bacia. O tempo de duração da chuva deve ser igual ao tempo de
concentração da bacia, ou seja, ao tempo necessário para que toda área de drenagem
passe a contribuir para a vazão na seção estudada.
1
Quanto maior a área de drenagem maior a imprecisão do método, aplicável a áreas
inferiores a 3 km2.
Segundo Linsley e Franzini o método racional só deve ser aplicado para áreas
de drenagem menores que 5 Km 2 , pois quanto maior a área, maior a imprecisão do
método.
Se área for maior que 50 ha e menor que 500 ha;
Q = D . Ci . A ,onde
D = A −0.15
A – área em ha
D – coeficiente de distribuição de chuva
Coeficiente de Deflúvio C
O coeficiente de deflúvio depende de fatores tais como tipo de solo,
declividade da bacia e uso da terra e condições de cobertura.
No método racional utiliza-se um coeficiente C, que, multiplicado pela
intensidade de precipitação de projeto, fornece o pico de cheia considerada por
unidade de área. Portanto não se trata de uma relação de volumes escoados e
precipitados, mas o coeficiente de deflúvio, neste caso, está indicando a relação entre
a máxima vazão escoada e a intensidade de precipitação.
C é variável de chuva para chuva, mas, se a precipitação e o deflúvio forem
considerados independentes, o valor de C permanece razoavelmente constante, para
várias freqüências, quando for definido como a relação entre o pico de certa
freqüência e a intensidade média da chuva de mesma freqüência.
Horner estabeleceu uma fórmula para a determinação d coeficiente C.
2
Resumo dos Valores de C baseados nas características gerais da
bacia receptora:
1. Partes centrais, densamente construídas, com ruas e calçadas pavimentadas (0,70 a
0,90);
2. Partes adjacentes ao centro, de menor densidade de habitações, mas com ruas e
calçadas pavimentadas (0,70);
3. Zonas residenciais de construções cerradas, ruas pavimentadas (0,65);
4. Zonas residenciais mediamente habitadas (0,55 a 0,65);
5. Zonas residenciais de arrabaldes, pequena densidade de habitação (0,35 a 0,55);
6. Bairros com jardins e ruas macadamizadas (0,30);
7. Superfícies arborizadas, parques ajardinados, campos de esporte (0,10 a 0,20);
1/ 3
L2
a) Fórmula de Picking: t C = 5,3 ⋅
I
tC – Tempo de concentração em min;
L – Comprimento do talvegue em km;
I – Declividade média do talvegue em m/m.
3
0, 64
L
b) Fórmula de Ven Te Chow: t C = 25, 20 ⋅
I
I – Declividade média do talvegue em %
∑AC i i
C= i =1
n
∑A
i =1
i
4
Alguns autores sugerem, por exemplo, a aproximação linear entre área de
contribuição e duração da chuva. Dessa formar, viabiliza-se o traçado de hidrogramas,
conforme exemplificados no exercício seguinte.
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Após estes 10 min, a vazão começará a diminuir gradativamente até zero, sendo o
tempo total gasto igual à duração da chuva mais o tempo de concentração.
14,0
12,0
10,0 chuva A
vazão - m 3/s
chuva B
8,0 chuva C
6,0
4,0
2,0
0,0
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100
tempo - min
A área sob a curva delineada pelo hidrograma, em cada caso, resulta na quantidade
total em m3 de água escoada pelo curso d’água até a seção considerada.
Deve-se notar que a verdadeira duração do período de esgotamento, após cessar a
chuva é maior do que o tempo de concentração porque a velocidade do escoamento,
que não é constante, tende a diminuir.
O exemplo mostrou que a chuva cuja duração é igual ao tempo de concentração, ainda
que não tenha a maior intensidade, produzirá a maior vazão na seção considerada.