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Ementa e Acórdão
AC ÓRDÃ O
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001. O documento pode ser acessado pelo endereço
http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o código 6516-75B0-F9DC-8CF1 e senha 53A2-F1AF-B294-3873
Supremo Tribunal Federal
Ementa e Acórdão
HC 194637 / DF
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Supremo Tribunal Federal
Relatório
RE LAT Ó RI O
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Supremo Tribunal Federal
Relatório
HC 194637 / DF
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Relatório
HC 194637 / DF
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Supremo Tribunal Federal
Voto - MIN. MARCO AURÉLIO
VOTO
[…]
Na campanha eleitoral de 2006, quando os vínculos
firmes, estáveis e permanentes desta nova formação da
quadrilha foram estabelecidos, os principais operadores do
novo esquema criminoso juntamente com Durval Barbosa
Rodrigues foram Omézio Pontes e Domingos Lamoglia de Sales
Dias, que integravam o Gabinete do então Deputado Federal
José Roberto Arruda na Câmara dos Deputados, como Assessor
de Comunicação e Chefe de Gabinete, respectivamente.
Omézio Pontes e Domingos Lamoglia reuniam-se com
Durval Barbosa a fim de receber, em espécie, os recursos ilícitos
por este arrecadados junto a empresários e destinados para a
campanha eleitoral de José Roberto Arruda e de Paulo Octávio
Alves Pereira.
Nesse contexto de entrega ilícita de dinheiro recebido
criminosamente por Durvai Barbosa, ele gravou em vídeo a
entrega de R$ 100.000,00 (cem mil reais), em espécie, para
Omézio Pontes e Domingos Lamoglia em 04 de setembro de
2006, conforme Laudo nº 550/2010 - INC/DITEC/DPF (vol. 6/9,
fls. 1.425/1.434, do Inq. 650-DF). Na gravação, Durval Barbosa
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Supremo Tribunal Federal
Voto - MIN. MARCO AURÉLIO
HC 194637 / DF
[…]
Segue trecho do Laudo nº 550/2010 - INC/DITEC/DPF (vol.
1/2, fl. 1.429, do Inq. 650 -DF): "Domingos: Mais quinzinho você
consegue?"_ Conforme Durval Barbosa (vol.1/2, fls. 16/22, do
bui. 650 -DF): 'QUE no período em que Arruda fechou sua
adesão cena o declarante, ARRUDA já apresentava como seus
legítimos representantes as pessoas de Domingos Lamoglia e
Omézio Pontes, que doravante executariam os seus pleitos
junto ao declarante e demais unidades de governo do DF; (...)
QUE em outro vídeo apresentado aparece novamente Omézio
Pontes e Domingos Lamoglia, os quais solicitam a quantia de
150 mil reais, a mando de Arruda, como parte de uma
programação especifica da campanha eleitoral, para um
período determinado; QUE naquela oportunidade, entretanto,
somente receberam R$ 100 mil reais."
[…]
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Voto - MIN. MARCO AURÉLIO
HC 194637 / DF
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Extrato de Ata - 03/08/2021
PRIMEIRA TURMA
EXTRATO DE ATA
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Supremo Tribunal Federal
Voto Vista
VOTO–VISTA
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Voto Vista
HC 194637 / DF
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Voto Vista
HC 194637 / DF
É por esse motivo que o art. 41, do CPP, prevê que a denúncia deve
conter a exposição do fato criminoso, com todas as suas circunstâncias, a
qualificação do acusado ou esclarecimentos pelos quais se possa
identificá-lo, a classificação do crime e, quando necessário, o rol das
testemunhas. A esse respeito, são inúmeros os precedentes desta CORTE:
HC 177.452 AgR/ES, Rel. Min. RICARDO LEWANDOWSKI, Segunda
Turma, DJe de 13/02/2020; HC 133.914/RJ, Rel. Min. CÁRMEN LÚCIA,
Segunda Turma, DJe de 02/06/2016; Inq 3.393/PB, Rel. Min. LUIZ FUX,
Primeira Turma, DJe de 14/11/2014; RHC 110.085/DF, Rel. Min. AYRES
BRITTO, Segunda Turma, DJe de 16/04/2012; HC 88.875/AM, Rel. Min.
CELSO DE MELLO, Segunda Turma, DJe de 12/03/2012; Inq 3.016/SP, Rel.
Min. ELLEN GRACIE, Tribunal Pleno, DJe de 17/02/2011; Inq 2.677/BA,
Rel. Min. AYRES BRITTO, Tribunal Pleno, DJe de 22/10/2010; HC
100.908/SP, Rel. Min. AYRES BRITTO, Primeira Turma, DJe de 05/02/2010
e HC 83.125/DF, Rel. Min. MARCO AURÉLIO, Primeira Turma, DJe de
07/11/2003.
Aliás, a mera menção de cunho político-eleitoral contida na
descrição fática dos crimes pelos quais o paciente foi denunciado
refere-se à estruturação do grupo criminoso e não tem o condão de
atrair a competência da Justiça Eleitoral, tampouco para caracterizar
fortes indícios da prática de crime eleitoral, especialmente aquele
previsto no art. 350, do Código Eleitoral, pois para a tipificação do
referido crime há a necessidade de comprovar-se que (1) houve o
efetivo recebimento de valores, (2) os valores foram utilizados e não
foram declarados e que (3) tinham por objeto financiar campanhas
eleitorais.
A esse respeito, bem destacou a Procuradoria-Geral da República no
seu parecer:
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HC 194637 / DF
[...]
A Corte local, por seu turno, assentou que "a denúncia não
imputou ao paciente os crimes eleitorais mencionados, e os
impetrantes tampouco dão notícia de qualquer diligência ou
encaminhamento da instrução criminal capaz de justificar o justo
receio de eventual emendatio libelli nesse sentido. Além disso, os
trechos da denúncia pinçados pela defesa não contêm as
elementares dos crimes eleitorais mencionados, de modo que a
remota possibilidade de emendatio libelli por ocasião da sentença
realmente carece de qualquer lastro no processo que justifique até
mesmo o interesse de agir do paciente ao arguir a exceção de
incompetência".
Consignou, ademais, que "não há nenhuma notícia nos autos
de que os supostos delitos eleitorais praticados pelo paciente
ocorreram, ou que, pelo menos, estejam em apuração. Pelo contrário,
do que se sabe, o paciente não é investigado ou processado por crimes
eleitorais, daí porque se mostra totalmente desnecessária a discussão
sobre a existência ou não da imaginada conexão. Ora, para que se
justifique o simultaneus processus, pressupõe-se, no mínimo, a
existência de apuração formal dos supostos delitos conexos, via
inquérito policial, situação, todavia, inexistente no caso".
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HC 194637 / DF
[...]
Conforme relatado, o recorrente aduz, em síntese, que "a
descrição dos fatos narrados na denúncia aponta para a suposta
participação, em tese, nos crimes eleitorais" descritos nos arts. 350 e
354-A, ambos do Código Eleitoral. A propósito, transcrevo
mencionados tipos penais:
Art. 350. Omitir, em documento público ou
particular, declaração que dele devia constar, ou nele
inserir ou fazer inserir declaração falsa ou diversa da que
devia ser escrita, para fins eleitorais:
Pena - reclusão até cinco anos e pagamento de 5 a 15
dias -multa, se o documento é público, e reclusão até três
anos e pagamento de 3 a 10 dias -multa se o documento é
particular.
Art. 354-A. Apropriar-se o candidato, o
administrador financeiro da campanha, ou quem de fato
exerça essa função, de bens, recursos ou valores
destinados ao financiamento eleitoral, em proveito
próprio ou alheio:
Pena - reclusão, de dois a seis anos, e multa.
De pronto, destaco que não é possível imputar ao
recorrente o crime do art. 354-A do Código Eleitoral, uma vez
que se trata de figura típica inserida no ordenamento pátrio por
ocasião da Lei n. 13.488/2017. Dessarte, revela-se notória a
impossibilidade de aplicação retroativa de norma penal
incriminadora, visto que os fatos narrados na denúncia foram
praticados em momento anterior à entrada em vigor da
mencionada lei.
[...]
No que diz respeito ao art. 350 do Código Eleitoral, tem-se
que se trata de falsidade ideológica com finalidade eleitoral.
Contudo, o Tribunal de origem, ao analisar a alegação do
recorrente, assentou que "os trechos da denúncia pinçados pela
defesa não contêm as elementares dos crimes eleitorais
mencionados".
Como é de conhecimento, "a par da existência do tipo penal
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HC 194637 / DF
11
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Extrato de Ata - 21/02/2022
PRIMEIRA TURMA
EXTRATO DE ATA
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