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Biografia
A 13 de junho de 1888, pelas 15h20, nasceu Fernando Pessoa.[12][13] O parto ocorreu no quarto andar
esquerdo do n.º 4 do Largo de São Carlos, em frente à ópera de Lisboa (Teatro de São Carlos), freguesia
dos Mártires.[12][14] De famílias da pequena aristocracia, pelos lados paterno e materno, o pai, Joaquim de
Seabra Pessoa (38), natural de Lisboa, era funcionário público do Ministério da Justiça e crítico musical do
«Diário de Notícias». A mãe, D. Maria Magdalena Pinheiro Nogueira Pessoa (26), era natural dos Açores
(mais propriamente, da Ilha Terceira). Viviam com eles a avó Dionísia, doente mental, e as suas duas
criadas, Joana e Emília.[15]
,
Em outubro de 1894, o comandante João Miguel Rosa (1857-1919) apaixona-se por Maria Madalena ao
vê-la passar dentro de um "americano", numa rua de Lisboa, comentando para um amigo: «Vês aquela
loira? Se não quiser, não me caso com ela.»[18] Em breve lhe fazia a corte e se tornavam noivos. Destacado
o noivo como cônsul português em Durban, África do Sul, casam-se por procuração a 30 de dezembro de
1895, na Igreja de São Mamede, em Lisboa.
Juventude em Durban
d d d d d f lh d d l lh
Tendo de dividir a atenção da mãe com os filhos do casamento e com o padrasto, Pessoa isola-se, o que lhe
propicia momentos de reflexão.
Tendo recebido uma educação britânica, que lhe proporcionou um profundo contacto com a língua inglesa,
os seus primeiros textos e estudos foram em inglês. Mantém contacto com a literatura inglesa através de
autores como Shakespeare, Edgar Allan Poe, John Milton, Lord Byron, John Keats, Percy Shelley, Alfred
Tennyson, entre outros. O Inglês teve grande destaque na sua vida, trabalhando com o idioma quando, mais
tarde, se torna correspondente comercial em Lisboa, além de o utilizar em alguns dos seus textos e traduzir
trabalhos de poetas ingleses, como "O Corvo" e "Annabel Lee" de Edgar Allan Poe. Com excepção de
Mensagem, os únicos livros publicados em vida são os das coletâneas dos seus poemas ingleses: Antinous e
35 Sonnets e English Poems I - II e III, editados em Lisboa, em 1918 e 1921.
"correspondente estrangeiro". Nessa atividade trabalha a vida toda, tendo uma modesta vida pública. Neste
período inicia colaboração com o publicista José Boavida Portugal, com artigos de crítica literária e
dramática.
Inicia a sua atividade de ensaísta e crítico literário com o artigo «A Nova Poesia Portuguesa
Sociologicamente Considerada», a que se seguiriam «Reincidindo…» e «A Nova Poesia Portuguesa no
Seu Aspecto Psicológico» publicados em 1912 pela revista A Águia, órgão da Renascença Portuguesa.
Frequenta a tertúlia literária que se formou em torno do seu tio adoptivo, o poeta, general aposentado
Henrique Rosa, no café A Brasileira, no Largo do Chiado em Lisboa. Mais tarde, já nos anos vinte, o seu
café preferido seria o Martinho da Arcada, na Praça do Comércio, onde escrevia e se encontrava com
amigos e escritores.
Em 1915 participou na revista literária Orpheu, a qual lançou o movimento modernista em Portugal,
causando algum escândalo e muita controvérsia. Esta revista publicou apenas dois números, nos quais
Pessoa publicou em seu nome, bem como com o heterónimo Álvaro de Campos. No segundo número da
Orpheu, Pessoa assume a direcção da revista, juntamente com Mário de Sá-Carneiro.
Em outubro de 1924, juntamente com o artista plástico Ruy Vaz, Fernando Pessoa lançou a revista Athena,
na qual fixou o «drama em gente» dos seus heterónimos, publicando poesias de Ricardo Reis, Álvaro de
Campos e Alberto Caeiro, bem como do ortónimo Fernando Pessoa.
No número três da revista Sudoeste: cadernos de Almada Negreiros de novembro de 1935 (mês da sua
morte) encontra-se um breve artigo da sua autoria[19] intitulado "Nós os de Orpheu" e o poema
"Concelho".[20]
Morte
Legado
Pode-se dizer que a vida do poeta foi dedicada a criar e que, de tanto
criar, criou outras vidas através dos seus heterónimos, o que foi a sua
principal característica e motivo de interesse pela sua pessoa,
aparentemente muito pacata. Alguns críticos questionam se Pessoa
realmente teria transparecido o seu verdadeiro eu ou se tudo não teria
passado de um produto, entre tantos, da sua vasta criação. Ao tratar de
temas subjetivos e usar a heteronímia,[22] torna-se enigmático ao
extremo. Este facto é o que move grande parte das buscas para estudar
a sua obra. O poeta e crítico brasileiro Frederico Barbosa declara que
Fernando Pessoa foi "o enigma em pessoa". Escreveu sempre, desde o
primeiro poema aos sete anos, até ao leito de morte. Importava-se com
a intelectualidade do homem, e pode-se dizer que a sua vida foi uma
constante divulgação da língua portuguesa: nas próprias palavras do
heterónimo Bernardo Soares, "a minha pátria é a língua portuguesa".
O mesmo empenho é patente nesta carta:
Espólio de Pessoa: a célebre
arca, com mais de 25.000
Agora, tendo visto tudo e sentido tudo, tenho o dever de páginas, e parte da sua biblioteca
me fechar em casa no meu espírito e trabalhar, quanto
pessoal.
possa e em tudo quanto possa, para o progresso da
civilização e o alargamento da consciência da humanidade
— Fernando Pessoa, carta a Armando Côrtes-Rodrigues, 19 de
janeiro de 1915.
Analogamente a Pompeu, que, segundo Plutarco, teria dito a frase "navigare necesse, vivere non est
necesse" ("navegar é necessário; viver não é necessário"),[23] Pessoa diz, no poema Navegar é Preciso, que
"viver não é necessário; o que é necessário é criar". Outra interpretação comum deste poema diz respeito ao
facto de a navegação ter resultado de uma atitude racionalista do mundo ocidental: a navegação exigiria
uma precisão que a vida poderia dispensar.
O poeta mexicano Octavio Paz, laureado com o Nobel de Literatura, diz que "os poetas não têm biografia.
A sua obra é a sua biografia" e que, no caso de Fernando Pessoa, "nada na sua vida é surpreendente —
nada, excepto os seus poemas". Em The Western Canon, Harold Bloom incluiu-o entre os cânones
ocidentais, no capítulo Borges, Neruda e Pessoa: o Whitman Hispano-Português (p. 451, 1995).
Na comemoração do centenário do nascimento de Pessoa, em 1988, o seu corpo foi trasladado para o
Mosteiro dos Jerónimos,[24] confirmando o reconhecimento que não teve em vida.
Na sua residência na Rua Coelho da Rocha, em Campo de Ourique, em Lisboa, foi criada a Casa Fernando
Pessoa.
Obra poética
O poeta é um fingidor.
Através dos heterónimos, Pessoa conduziu uma profunda reflexão sobre a relação entre verdade, existência
e identidade. Este último fator possui grande notabilidade na famosa misteriosidade do poeta.
— Fernando Pessoa[26]
Ortónimo
A obra ortónima de Pessoa passou por diferentes fases, mas envolve basicamente a procura de um certo
patriotismo perdido, através de uma atitude sebastianista reinventada. O ortónimo foi profundamente
influenciado, em vários momentos, por doutrinas religiosas (como a teosofia) e sociedades secretas (como a
Maçonaria). A poesia resultante tem um certo ar mítico, heróico (quase épico, mas não na acepção original
do termo) e por vezes trágico. Pessoa é um poeta universal, na medida em que nos foi dando, mesmo com
contradições, uma visão simultaneamente múltipla e unitária da vida. Uma explicação para a criação dos
três principais heterónimos e o semi-heterónimo Bernardo Soares, reside nas várias formas que tinha de
olhar o mundo, apoiando-se no racionalismo e pensamento oriental.[29]
O ortónimo é considerado, só por si, como simbolista e modernista pela
evanescência, indefinição e insatisfação, bem como pela inovação
praticada através de diversas sendas de formulação do discurso poético
(sensacionismo,[30] paulismo, interseccionismo, etc.).[31]
Álvaro de Campos
O
TABACARIA
Segundo Pessoa, Reis mudou-se para o Brasil em protesto à proclamação da República em Portugal e não
se sabe o ano da sua morte.
Em O ano da morte de Ricardo Reis, José Saramago continua, numa perspectiva pessoal, o universo deste
heterónimo após a morte de Fernando Pessoa, cujo fantasma estabelece um diálogo com o seu heterónimo,
sobrevivente ao criador.
Alberto Caeiro
Por sua vez, Caeiro, nascido em Lisboa, teria vivido quase toda a vida
como camponês, quase sem estudos formais. Teve apenas a instrução
primária, mas é considerado o mestre entre os heterónimos (pelo
ortónimo). Depois da morte do pai e da mãe, permaneceu em casa com
uma tia-avó, vivendo de modestos rendimentos e morreu de tuberculose.
Também é conhecido como o poeta-filósofo, mas rejeitava este título e
pregava uma "não filosofia". Acreditava que os seres simplesmente são, e
nada mais: irritava-se com a metafísica e qualquer tipo de simbologia para
a vida.
Uns agem sobre os homens como o fogo, que queima nele todo o acidental, e os deixa nus
e reais, próprios e verídicos, e esses são os libertadores. Caeiro é dessa raça, Caeiro teve
essa força.
Dos principais heterónimos de Fernando Pessoa, Caeiro foi o único a não escrever em prosa. Alegava que
somente a poesia seria capaz de dar conta da realidade.
Possuía uma linguagem estética direta, concreta e simples mas, ainda assim, bastante complexa do ponto de
vista reflexivo. O seu ideário resume-se no verso Há metafísica bastante em não pensar em nada. A sua
f p
obra está agrupada na coletânea Poemas Completos de Alberto Caeiro.
Bernardo Soares
Bernardo Soares é, dentro da ficção de seu próprio Livro do Desassossego, um simples ajudante de guarda-
livros na cidade de Lisboa. Conheceu Fernando Pessoa numa pequena casa de pasto frequentada por
ambos. Foi aí que Bernardo deu a ler a Fernando seu livro, que, mesmo escrito em forma de fragmentos, é
considerado uma das obras fundadoras da ficção portuguesa no século XX.[32]
Bernardo Soares é muitas vezes considerado um semi-heterónimo porque, como seu próprio criador
explica:
Não sendo a personalidade a minha, é, não diferente da minha, mas uma simples mutilação
dela. Sou eu menos o raciocínio e afetividade.
A instância da ficção que se desenvolve no livro é insignificante, porque trata-se de uma "autobiografia sem
factos", como o próprio Fernando Pessoa situa o livro. Dessa forma, o que interessa em sua prosa
fragmentária é a dramaticidade das reflexões humanas que vêm à tona na insistência de uma escrita que se
reconhece inviável, inútil e imperfeita, à beira do tédio, do trágico e da indiferença estética. O facto de
Fernando Pessoa considerar (em cartas e anotações pessoais) Bernardo Soares um semi-heterónimo faz
pensar na maior proximidade de temperamento entre Pessoa e Soares. Nesse sentido, para alguns, o jogo
heteronímico ganha em complexidade e Pessoa logra o êxito da construção de si mesmo como o mais
instigante mito literário português na Modernidade.
Gnosticismo
Em uma nota biográfica datilografada em 30 de março de 1935, Pessoa declara ser um "Cristão gnóstico, e
portanto inteiramente oposto a todas as Igrejas organizadas, sobretudo à Igreja de Roma. Fiel, por motivos
que mais adiante estão implícitos, à Tradição Secreta do Cristianismo, que tem íntimas relações com a
Tradição Secreta em Israel (a Santa Kaballah) e com a essência oculta da Maçonaria". Ali também declara
ser um iniciado "nos três graus menores da (aparentemente extinta) Ordem Templária de Portugal".[34]
Neopaganismo
Em texto de 1917, Pessoa esclarece sua visão do neopaganismo: "Eu
sou um pagão decadente, do tempo do outono da Beleza; do sonolecer
[?] da limpidez antiga, místico intelectual da raça triste dos
neoplatónicos da Alexandria. Como eles creio, e absolutamente creio,
nos Deuses, na sua agência e na sua existência real e materialmente
superior. Como eles creio nos semi-deuses, os homens que o esforço e
a… ergueram ao sólio dos imortais; porque, como disse Píndaro, «a
raça dos deuses e dos homens é uma só». Como eles creio que acima
de tudo, pessoa impassível, causa imóvel e convicta [?], paira o
Destino, superior ao bem e ao mal, estranho à Beleza e à Fealdade,
além da Verdade e da Mentira. Mas não creio que entre o Destino e os
Deuses haja só o oceano turvo… o céu mudo da Noite eterna. Creio,
como os neoplatónicos, no Intermediário Intelectual, Logos na
linguagem dos filósofos, Cristo (depois) na mitologia cristã."[35]
Este Alberto Caeiro teve dois discípulos e um continuador filosófico. Os dois discípulos,
Ricardo Reis e Álvaro de Campos, seguiram caminhos diferentes; tendo o primeiro
intensificado e tornado artisticamente ortodoxo o paganismo descoberto por Caeiro, e o
segundo, baseando-se em outra parte da obra de Caeiro, desenvolvido um sistema
inteiramente diferente, e baseado inteiramente nas sensações. O continuador filosófico,
António Mora (os nomes são inevitáveis, tão impostos de fora como as personalidades),
tem um ou dois livros a escrever, onde provará completamente a verdade, metafísica e
prática, do paganismo. Um segundo filósofo desta escola pagã, cujo nome, porém, ainda
não apareceu na minha visão ou audição interior, dará uma defesa do paganismo baseada,
inteiramente, em outros argumentos. (…)
Pensei, primeiro, em publicar anonimamente, em
relação a mim, estas obras, e, por exemplo, estabelecer um neopaganismo português, com
vários autores, todos diferentes, a colaborar nele e a dilatá-lo. Mas, sobre ser pequeno
demais o meio intelectual português, para que (mesmo sem confidências) a máscara se
pudesse manter, era inútil o esforço mental preciso para mantê-la.[37]
Ocultismo
Fernando Pessoa interessava-se pelo ocultismo e pelo misticismo, com destaque para a Maçonaria e a Rosa-
cruz, havendo inclusive defendido publicamente as organizações iniciáticas no Diário de Lisboa (4 de
fevereiro de 1935), contra ataques por parte da ditadura do Estado Novo. O seu poema hermético mais
conhecido e apreciado entre os estudantes de esoterismo intitula-se "No Túmulo de Christian Rosenkreutz".
Tinha o hábito de fazer consultas astrológicas para si mesmo (de acordo com a sua certidão de nascimento,
nasceu às 15h20, tinha ascendente Escorpião e o Sol em Gémeos).[38] Realizou mais de mil horóscopos.
Apreciava também muito o trabalho de Helena Blavatsky tendo traduzido, em 1916, A voz do silêncio,
assim como lhe suscitava curiosidade o ocultista Aleister Crowley, tendo-lhe traduzido o poema Hino a Pã.
Lendo uma publicação inglesa de Crowley, encontrou erros no horóscopo e escreveu-lhe para o corrigir. Os
seus conhecimentos de astrologia impressionaram Crowley e, como este gostava de viagens, foi a Portugal
conhecer o poeta.[39] Acompanhou-o a maga alemã Hanni Larissa Jaeger.[40] O encontro entre Pessoa e
Crowley ocorreu com algum sensacionalismo, dado o poeta inglês ter simulado o seu suicídio na Boca do
Inferno, o que atraiu várias polícias europeias e a atenção da mídia da época. Pessoa estaria dentro da
encenação, tendo combinado com Crowley a notificação dos jornais e a redacção de um "romance
policiário" cujos direitos reverteriam a favor dos dois poetas. Apesar de ter escrito várias dezenas de
páginas, essa obra de ficção nunca se concretizou.[41]
Cronologia
A seguir apresenta-se uma cronologia abreviada da vida do
poeta:[42][43]
1916: O seu amigo Mário de Sá-Carneiro comete Capa de edição recente em capa dura (h
suicídio. ttps://www.lulu.com/en/gb/shop/fernando
1918: Publica poemas em inglês, resenhados com -pessoa/mensagem/hardcover/product-k
destaque no "Times". 26vpn.html?page=1&pageSize=4).
1920: Conhece Ofélia Queiroz. Sua mãe e seus
irmãos voltam para Portugal. Em Outubro, atravessa uma
grande depressão, que o leva a pensar em internar-se
numa casa de saúde. Rompe com Ofélia.
1921: Funda a editora Olisipo, onde publica poemas em
inglês.
1922: Pública o conto O Banqueiro Anarquista (https://w
ww.lulu.com/search?adult_audience_rating=00&page=1
&pageSize=10&q=O+banqueiro+anarquista), na revista
Contemporânea, e posteriormente disponível em livro
1924: Aparece a revista "Atena", dirigida por Fernando
Pessoa e Ruy Vaz.
1925: A 17 de Março, a mãe do poeta morre em Lisboa,.
1926: Dirige com seu cunhado a "Revista de Comércio e
Contabilidade". Requer patente de uma invenção sua.
1927: Passa a colaborar com a revista Presença.
1929: Volta a relacionar-se com Ofélia.
1931: Rompe novamente com Ofélia. "Fernando Pessoa em flagrante
1934: Publica Mensagem.
delitro": dedicatória na fotografia
1935: Em 29 de Novembro, é internado com o
que ofereceu a Ophélia Queiroz
diagnóstico de cólica hepática. Morre no dia 30 do
em 1929.
mesmo mês.
Ver também
Retrato de Fernando João Gaspar Simões Antonio Tabucchi
Pessoa António Ferro Prémio Pessoa
Casa Fernando Pessoa Ângelo de Lima Revista Orpheu
Literatura moderna António Quadros Portugal Futurista
António Quadros Portugal Futurista
Poesia moderna Eliezer Kamenesky Poema Tabacaria
Mariano Deidda
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Ligações externas
«MultiPessoa - Viagens guiadas para estudantes e curiosos» (http://multipessoa.net/)
«Arquivo Pessoa - Instituto de Estudos Sobre o Modernismo» (http://arquivopessoa.net/)
«Espólio de Fernando Pessoa - Acervo digital da Biblioteca Nacional de Portugal» (http://pu
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«Casa Fernando Pessoa - Câmara Municipal de Lisboa» (http://casafernandopessoa.cm-lis
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«Biblioteca particular de Fernando Pessoa - Biblioteca Digital da Casa Fernando Pessoa»
(http://casafernandopessoa.cm-lisboa.pt/bdigital/index/index.htm)
«Pessoa Plural: Revista de Estudos Pessoanos - A Journal of Fernando Pessoa Studies»
(http://www.brown.edu/Departments/Portuguese_Brazilian_Studies/ejph/pessoaplural/)
«Obra de Fernando Pessoa disponível para acesso gratuito em www.dominiopublico.com»
(http://www.dominiopublico.gov.br/pesquisa/ResultadoPesquisaObraForm.do?first=50&skip
=0&ds_titulo=&co_autor=&no_autor=Fernando%20Pessoa&co_categoria=2&pagina=1&sel
ect_action=Submit&co_midia=2&co_obra=&co_idioma=&colunaOrdenar=DS_TITULO&ord
em=null)
«O Mundo em Pessoa, projeto de recolha automática de citações a partir das redes sociais»
(http://fernandopessoa.labs.sapo.pt/) [ligação inativa]
«Aplicações Android Fernando Pessoa» (https://play.google.com/store/search?q=fernando+
pessoa)
Apresentação crítica, seleção, notas e sugestões para análise literária da obra de Fernando
Pessoa (http://lusofonia.x10.mx/literatura_portuguesa/Fernando_Pessoa.htm) [ligação inativa]
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