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CECÍLIA ENGENHARIA
MECÂNICA
Santos - SP
Dez/2017
UNIVERSIDADE SANTA CECÍLIA
ENGENHARIA MECÂNICA
JOÃO PAULO REIS LIMA
LEONARDO CARVALHO DA CRUZ
LUCAS ACQUAVIVA CARRANO DE GODOIS
PEDRO ALVES DE ANDRADE DOS SANTOS
Santos - SP
Dez/2017
JOÃO PAULO REIS LIMA
LEONARDO CARVALHO DA CRUZ
LUCAS ACQUAVIVA CARRANO DE GODOIS
PEDRO ALVES DE ANDRADE DOS SANTOS
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Prof.
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Prof.
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Prof.
DEDICATÓRIA
Dedicamos este trabalho a nossas famílias por nós
incentivarmos.
RESUMO
his work evaluated the use of quality tools and fault analysis methods in the investigation
T
and determination of failures in an industrial equipment. Two selected methodologies, the
PDCA cycle and the MASP, were used together with other quality tools, in the analysis of a
pump used in an industrial plant for the production of sulfuric acid, chemical product of a
large company of the industrial pole of Cubatão (SP). In this equipment, the occurrence of
constant anomalies directly interferes in the production and economic yield of the process,
causing undesirable events of corrective maintenance. The work pointed out that the
methodologies used allow access to the root causes of failures, from which feasible solutions
were proposed to guarantee and increase reliability of the manufacturing process.
Quadro 1. Morfologia das superfícies de fratura dúctil e frágil. MORAIS ET AL. (2008)....15
Quadro 2. Exemplo de aplicação. (AFFONSO, 2006).............................................................20
Quadro 3. Exemplo do método 5W e 2H.................................................................................23
Quadro 4. Esquema dos possíveis passos e ferramentas de análise para se resolver um
problema de análise de falhas, de cima para baixo. MORAIS ET AL. (2008).......................31
Quadro 5. Objetivo e procedimento das técnicas pesquisadas, adaptado de SCHMITT &
LIMA (2016). ...........................................................................................................................32
Quadro 6. Teste de Consistência da Bomba P-7401.................................................................39
LISTA DE GRÁFICOS
1. INTRODUÇÃO................................................................................................... 13 2.
FMEA.................................................................................................................. 17 2.2.2.
RCA..................................................................................................................... 19 2.2.4.
5 W e 2 H............................................................................................................. 23 2.2.8.
PLANEJAR......................................................................................................... 36 3.2.1.
CONCLUSÃO..................................................................................................... 43 5.1.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS................................................................... 45 7.
APÊNDICES ....................................................................................................... 48
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1. INTRODUÇÃO
A técnica da análise de falhas vem sendo bastante empregada no meio industrial. Este
método analítico serve não só para determinar os fatores responsáveis pelo colapso de algum
componente mecânico, mas também para aumentar a confiabilidade dos equipamentos,
diminuindo assim os custos de manutenção e riscos de acidentes.
De acordo com o livro de Wolpi (2013) a falha ocorrida sobre um componente
compromete diretamente a capacidade do equipamento em obter a funcionalidade
satisfatoriamente.
Cerca de 80% das falhas que ocorrem nas indústrias podem ser devidamente
analisadas e diagnosticadas. E dentre elas se segmentam em duas partes distintas de
problemas: a remoção de material e a solicitação acima de sua resistência. Onde essas causas
se dividem respectivamente em corrosão, desgaste, sobrecarga e fadiga.
Ao decorrer do desenvolvimento da indústria, o homem aprimorou diversas técnicas
com o objetivo de minimizar falhas e aperfeiçoar a produção efetiva. Com o passar do tempo,
as ferramentas voltadas para potencializar a qualidade da manutenção e confiabilidade dos
equipamentos foram aprimoradas.
A norma NP EN 13306:2007 descreve a manutenção como “combinação de todas as
ações técnicas, administrativas e de gestão durante o ciclo de vida de um bem, destinadas a
mantê-lo ou repô-l o num estado em que ele pode desempenhar a função requerida” (NP EN
13306, 2007).
Existem diversos tipos de técnicas e metodologias que estão sendo utilizadas para
manter a segurança e a eficiência de um sistema, como por exemplo, a análise dos modos e
efeitos de falhas (FMEA- Failure mode and effect analysis) . É um método que possibilita
verificar de forma bastante eficiente os inúmeros modos de falhas que podem ocorrer, além de
identificar as causas dos problemas e os seus efeitos no funcionamento. É uma técnica de
prevenção que visa eliminar seus erros de um sistema, projeto e serviço, antes mesmo que este
componente chegue ao consumidor.
Para se analisar qualquer risco em um processo, é necessário fazer o uso de algumas
ferramentas específicas que simplificam a quantificação dos dados e causas que fazem o
equipamento vir a falhar. A manutenção baseada na confiabilidade (RCM- Reliability
Centered Maintenance) permite analisar os processos e possíveis falhas nos equipamentos de
14
16
Segundo Godefroid et al. (2008) diz que o processo de uma falha a nível microscópico
se dá de acordo com a seguinte sequência:
∙ Acúmulo de danos;
∙ Iniciação de uma ou mais trincas;
∙ Propagação de trinca;
∙ Fratura do material.
As duas formas de fratura nas ligas são transgranular, quando a fratura ocorre através
dos grãos do material, e a intergranular, quando a fratura ocorre ao longo dos contornos de
grão. Quanto aos tipos mecânicos de fratura, eles podem ser divididos em quatro: ruptura por
simples, clivagem, fadiga e ruptura por decoesão entre os grãos (METALS HANDBOOK
1987).
Quando a fratura ocorre por sobrecarga, o processo de falha mais comum é o modo de
falha por simples, que é o coalescimento de microcavidades, em que estes se nucleiam em
regiões de descontinuidade, como regiões de partículas de segunda fase e inclusões. As
microcavidade crescem de acordo com a tensão aplicada ao material. Sua aparência de fratura
é composta de cavidades esféricas ou alongadas.
A fratura por clivagem ocorre ao longo de planos de baixo índice cristalográfico, onde
há baixa densidade de empacotamento. Sua superfície de fratura é constituída por regiões
planas e lisas.
Um material que está sendo solicitado por um carregamento cíclico pode sofrer fratura
por fadiga. A fratura por fadiga acontece no decorrer de três processos:
∙ Nucleação da trinca;
∙ Propagação da trinca;
∙ Fratura final, quando a trinca cresce instavelmente.
A metodologia de análise de falhas abrange inúmeras áreas, que tem como objetivo
identificar e solucionar algum problema ou defeito gerado decorrente de algum processo ou
ação incorreta. Esse processo aplicado na manutenção de componentes industriais, melhora
sua eficiência de funcionalidade. Os conceitos de Manutenção Baseada na Confiabilidade
(RCM), Análise da Causa Raiz (RCA) e Análise de Modo e Efeito de Falha (FMEA) são um
exemplo claro disso.
2.2.1. FMEA
A FMEA pode ser empregada em diversos setores como o desenvolvimento de
produtos, processos de fabricação, de serviços e ações de manutenção (SARDINHA, CLARO,
& PEREIRA, 2009). A seguir daremos alguns exemplos de uso desse tipo de método.
∙ Avaliação do projeto de produtos e processos para antecipar e resolver possíveis modos
de falha no seu início, quando a retificação dos modos de falha é mais econômica;
∙ Desenvolvimento de procedimentos de manutenção eficazes. Como por exemplo, a
análise da Manutenção Centrada na Confiabilidade (RCM) e a análise MSG-3
Maintenance Steering Group (melhoria contínua utilizada na indústria aeronáutica); ∙
Integração na política de gestão de crescimento da confiabilidade;
∙ Integração nos processos de DVP&R (Relatório e Plano de Verificação de Projeto) e
APQP (Planejamento Avançado da Qualidade do Produto);
∙ Investigação da confiabilidade de sistemas e processos existentes;
∙ Local central para informações relacionadas com a confiabilidade do produto/processo;
∙ Base de conhecimento para a solução de futuros problemas;
∙ Ferramenta de aprendizagem para os novos engenheiros;
∙ Ferramenta de entrada (input) para outros sistemas de análises, tais como diagramas de
blocos de confiabilidade (RBD- Reliability block diagram) , Análises de Markov,
Árvore de Falhas, entre outros;
∙ Contribui para a identificação de requisitos para o BITE (Built-In Test Equipment) ;
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2.2.2. RCM
Já o planejamento da manutenção baseado na confiabilidade ou RCM, tem como
objetivo assegurar a continuidade do funcionamento do sistema onde é aplicado esse método
(MOUBRAY, 2000). Normalmente esse tipo de metodologia é utilizado em grandes empresas
com a intenção de melhorar sua competitividade, sua excelência de produto e nos serviços
(ENEGEP, 2003).
Para executar esse tipo de processo é necessário fazer sete perguntas lógicas para
chegar à solução do problema.
∙ Quais são as funções e padrões de desempenho do ativo no seu contexto atual de
operação?
∙ De que forma ele falha em cumprir sua função?
∙ O que causa cada falha funcional?
∙ O que acontece quando ocorre cada falha?
∙ De que modo cada falha importa?
∙ O que pode ser feito para predizer ou prevenir cada falha?
∙ O que deve ser feito se não for encontrada uma tarefa pró-ativa apropriada?
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2.2.3. RCA
Uma das ferramentas utilizadas também na confiabilidade do equipamento é a RCA,
que tem como objetivo achar a origem de algum problema, sendo ele um processo baseado na
investigação sob as evidências encontradas no evento e no histórico de informações feito
através das intervenções no equipamento (SCHMITT, 2013). Além de identificar como
ocorreu, ela determina o porquê do acontecimento (ROONEY e VANDEN HEUVEL, 2004).
Figura 1. Etapas para a RCA (RANSOM, 2007).
Um exemplo de aplicação dessa técnica foi empregado por Márquez, Bona e Alija
(2009), onde definiram a falha causadora de uma falha catastrófica em um sistema de
exaustão em uma indústria petroquímica através do sistema análise da causa raiz.
mecânicos devem constantemente fazer duas perguntas: a) Por que ocorreu a falha? ; b) O que
pode ser feito para que ela não se repita? (AFFONSO, 2006).
Pergunta 3 Por que as faces do selo Porque as faces ficaram muito quentes
estavam rugosas? e o "flush" vaporizou.
Pergunta 4 Por que o "flush" vaporizou? Porque ele estava muito quente.
Algumas etapas que passam por um processo de análise e solução de problemas das
quais são: Identificação, Observação, Análise, Plano de ação, Ação, Verificação,
Padronização e Conclusão. São utilizadas e distribuídas as ferramentas de solução de
problema conforme necessário, entre as etapas. Após o problema ser finalizado obteríamos a
utilização de diversas delas, até a finalização do processo de solução. Quando falamos de
produtividade, o Diagrama de Árvore conseguiria substituir várias das ferramentas,
obviamente em situações definidas, mas que constituem a grande maioria dos problemas que
ocorrem nos ambientes industriais e administrativos (ORIBE, 2012).
∙Priorização do problema;
∙Divisão do problema em partes que possam ser analisáveis;
∙Verificação das situações que necessitam de atenção.
Para que as etapas sigam uma ordem estabelecida o gestor precisa organizar o sistema.
Depois, deve acompanhar as etapas de acordo com o roteiro, para que o trabalho seja
executado.
23
2.2.7. 5 W e 2 H
Esse método surgiu com o intuito de simplificar a identificação das variáveis, causas e
objetivos de um processo. A origem do seu nome vem da língua inglesa, por suas iniciais das
interrogativas apresentarem as letras H e W (Silva e Lobo, 2014).
Essa técnica prática permite detectar dados e rotinas mais importantes em um projeto ou
produção, podendo ser feito a qualquer momento (SEBRAE, 2008).
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2.2.8. Brainstorming
A tradução dessa palavra inglesa significa “tempestade de ideias”, tendo como objetivo
gerar ideias novas e criativas.
Para começar as pessoas devem estar reunidas num mesmo ambiente e dispostas em
círculo, onde com um assunto predeterminado, uma de cada vez começa a expressar suas
ideias. Quanto mais ideias, melhor, nenhuma deve ser descartada de início sendo negada e
muito menos autocensurada, já que o intuito de início é ter a maior quantidade de ideias como
também usar uma ideia já proposta para sugestão de outra. A anotação deve ocorrer desde o
início para não perder nenhuma, após duas rodadas sem que ninguém apresente nada de novo
é encerrado o brainstorming.
∙Numerar as ideias;
∙Descartar repetidas e inexequíveis;
∙Se possível juntar, combinar e completar as ideias;
∙Organizar as ideias consideradas válidas.
2.3.1. PDCA
Falconi (2013) sugere que PDCA (Plan - Do - Check- Act) seja aplicado seguidamente a
fim de que aperfeiçoe a aplicação deste método de gerenciar problemas.
A parte da execução da ação deve ser feita seguindo rigorosamente o que foi traçado no
plano de ação, a equipe não deve permitir a execução de nenhuma ação que não está nesse
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plano para que a meta seja atingida através da melhora do processo, resolvendo problemas,
onde problema é um resultado indesejável.
2.3.2. ISO 9001:2015
O ciclo PDCA habilita uma organização a assegurar que seus processos tenham recursos
suficientes e sejam gerenciados adequadamente, e que as oportunidades para melhoria sejam
identificadas e as ações sejam tomadas.
Ainda na etapa de melhoria quando for encontrada uma não conformidade e ação
corretiva, a organização deve:
A função do diagrama de Ishikawa, segundo Paladini (2004), nada mais é que uma
ferramenta gráfica utilizada na análise de problemas, com o intuito da tomada de decisão para
se chegar à eliminação da falha decorrente. Nesse tipo de diagrama, a espinha de peixe é
dividida por semelhanças onde a sua forma mais frequente são os 6M’s (Mão de obra,
Método, Medida, Máquina, Meio Ambiente e Matéria-Prima). Conforme apresentado pela
figura abaixo.
Segundo Lobo e Silva (2014), para alcançar a Qualidade Total Kaoru Ishikawa
desenvolveu ferramentas da qualidade. Onde esses métodos e técnicas são nada mais que
recursos como: procedimentos gráficos, números ou analíticos, formulações práticas,
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esquemas de funcionamento, mecanismos de operação, por fim, meios que possibilitam a fácil
implantação da Qualidade Total.
O diagrama de Pareto é uma dessas metodologias, onde seu tipo de aplicabilidade está
voltado para problemas relativos à qualidade em formas de perdas. A função primordial dele é
identificar quais itens estão gerando uma maior perda no processo produtivo. Normalmente
existem poucas perdas “vitais” e muitas “triviais”, e quando se concentra nos desvios de
grande importância, acaba sendo possível eliminar quase todas as perdas (Silva e Lobo,
2014).
2.4.3. Estratificação
Algumas dessas etapas não são realizadas, possibilitando analisar uma falha mesmo
sem termos todos os dados listados, porém isso deve ter o máximo de cuidado para não haver
conclusões precipitadas (AFFONSO, 2006).
A segunda parte é a determinação da causa raiz que necessita de um método
significativo através dos motivos de falhas mais importantes. Para desenvolver soluções para
que o problema não ocorra novamente, é preciso identificar sua raiz.
Em uma análise de causa raiz consideramos as raízes físicas, raízes humanas e as
raízes latentes. Em que raízes físicas são problemas na composição do fluido, defeitos nos
materiais, condições ambientais extremas. Raízes humanas: Instalação inadequada, erros de
projeto, erros na implementação de procedimentos. Raízes latentes: Falta de procedimentos e
falta de treinamento (OTEGUI, 2014).
Conforme Affonso (2006), as peças danificadas precisam ser submetidas a uma
rigorosa inspeção visual antes de qualquer limpeza. Para a determinação do modo de falha os
resíduos podem ser importantes. Devem ser seguidas as seguintes etapas:
∙ Inspeção visual e fotografias - Atenção especial deve ser dada a faces de
fraturas e a regiões desgastadas ou corroídas. Ficar atento à alteração de textura ou de
cor. Definir o modo de falha (fadiga, fratura frágil, desgaste, corrosão etc.) As
fotografias registrarão forma, tamanho e aparência das peças para referência futura.
∙ Testes não destrutivos – Serão usados para determinar a existência de outras
trincas além das existentes. O tipo e a extensão do exame vão depender do tipo de
peça e da natureza da falha.
∙ Testes mecânicos – Muitas vezes uma medição de dureza do material pode
mostrar dados que vão contribuir para a análise, como por exemplo, avaliação do
tratamento térmico da peça, possibilita uma aproximação da resistência mecânica do
material, encontra endurecimento ou amolecimento em serviço.
∙ Análises químicas do material e de eventuais resíduos podem ser de grande
valia. A origem de um resíduo pode falar muito sobre o motivo da falha (p. ex.:
depósitos de sais em selos mecânicos podem apontar problemas com o tratamento da
carga).
∙ No caso da análise de falhas de mecanismos, é necessário ser elaborada uma
remontagem da sequência dos eventos que causaram a falha. Essa sequência precisa
ser compatível com o andamento do mecanismo (AFFONSO, 2006).
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2.6.1. História
Com a geração de novos equipamentos e processos de fabricação, ocasionados pelo
desenvolvimento industrial foi necessária a criação e evolução das formas de manutenção,
onde seus objetivos eram aumentar a confiabilidade das plantas de manufaturas.
De acordo com (Alan Kardec e Júlio Nascif, 2010), a história da manutenção
industrial se divide em quatro gerações. A primeira não considera a produtividade como
prioridade, ela era basicamente a limpeza e troca de peças quando elas apresentavam
problemas. Na segunda fase se destacou a criação do conceito de manutenção preventiva e
planejamento do controle da manutenção, por uma necessidade de aumento da confiabilidade
dos novos equipamentos gerados por causa do fim da Segunda Grande Guerra.
Já na terceira geração os conceitos de prevenção da quebra e RCM ficaram cada vez
mais necessários, mas essa época se destaca pela alta demanda de produtividade e qualidade
dos produtos. A quarta os conceitos da terceira ficam ainda mais fortes, mas com o foco na
metodologia da análise de falhas como uma forma de aumentar a confiabilidade das
máquinas.
E o conceito atual de manutenção tem como missão primordial estabelecer as
condições originais dos equipamentos ou sistemas. Tendo como compromisso:
De acordo com (Herbert Viana, 2002) agir preventivamente nada mais é do que fazer
uma manutenção periódica, com o intuito de evitar paradas indesejadas na produção. Esse tipo
de operação visa saber o tempo correto da necessidade de intervenções, para ter um
aproveitamento máximo dos componentes em suas vidas úteis, normalmente baseada no
tempo.
Conforme a ABNT (1994), a manutenção preditiva possibilita a qualidade em uma
atividade, considerando como referência técnicas de análise de dados coletados, por meios de
supervisão centralizados ou de amostragem, com o destino de reduzir ao máximo o uso da
manutenção preventiva e corretiva.
A engenharia da manutenção definida por Kardec e Nascif (2010), é a quebra de um
paradigma, onde a cultura da mudança pode ser aplicada, com o foco de consolidar a rotina e
implementar melhorias.
Devido a grande quantidade de ferramentas existentes nos dias de hoje, em muitos casos
não se usa a(s) ferramenta (as) ideal (ais), havendo assim perda de produtividade na análise de
falhas. Muitas vezes o uso de uma análise química já pode se tornar o suficiente para
compreender a causa da falha. Porém, em alguns casos é indispensável à análise conjunta dos
resultados de várias análises complexas para obter uma resposta melhor definida.
Quadro 4. Esquema dos possíveis passos e ferramentas de análise para se resolver um problema de
análise de falhas, de cima para baixo (MORAIS ET AL, 2008).
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Investigação detalhada
Relatório final
Geralmente algumas das ferramentas mencionadas acabam sendo mais utilizadas pelo
analista devido os mais diversos motivos:
Nem sempre o caminho a ser trilhado em uma análise de falha é o mesmo. Na maior
parte das vezes/aplicações, os testes de simulação não precisam ser empregados (MORAIS ET
AL, 2008).
Quadro 5. Objetivo e procedimento das técnicas pesquisadas, adaptado de (SCHMITT; LIMA, 2016).
RCM RCA FMEA
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Os mancais de rolamento têm como função dar suporte a eixos rotativos. Os rolamentos
são constituídos por anéis, corpos rolantes e gaiolas. Em função das cargas que irão ser
solicitados, existem rolamentos radiais e axiais, e em função do tipo de corpo rolante é
possível separar em rolamentos de esferas e rolamentos de rolos. Existem vários tipos de
rolamentos, cada um com sua finalidade de trabalho, a figura abaixo mostra alguns tipos de
rolamentos existentes:
Figura 8. Marcas de trabalho de um rolamento sendo solicitado apenas por cargas radiais
(BLOCH; GEITNER, 2012).
Figura 9. Marcas de trabalho de um rolamento sendo solicitados apenas por cargas axiais
(BLOCH; GEITNER, 2012).
Figura 10. Marcas de trabalho de um rolamento sendo solicitado por cargas axiais e radiais
(BLOCH; GEITNER, 2012).
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Muitas vezes a falha de um rolamento não acontece devido ao fim da sua vida útil e sim
estar relacionada às seguintes causas:
3. MATERIAIS E MÉTODOS
O pilar de uma análise da falha é o seu planejamento, por isso o trabalho retrata como
foi executado essa etapa para solução dos problemas que a P-7401 manifesta durante sua
atividade.
3.2. PLANEJAR
O ciclo PDCA é dividido em quatro partes (Plan; Do; Check; Act).
Act – Elaborar planos adicionais para garantir que as metas pré estabelecidas sejam atingidas,
além de padronizar as melhores práticas.
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4. RESULTADOS E DISCUSSÃO
de Anomalia
17,95%12,82%7,69% 5,13%
2,56%
Agora que foram obtidos estes indicadores, os dados serão filtrados, e empregadas as
análises por MASP e PDCA para determinar as causas das falhas mais frequentes. Para isso
foi feito o cálculo dos indicadores de desempenho de duas formas.
Número de 21 Número de 7
Anomalias Anomalias
Figura 13. MTBF desde 1999 da bomba P-7401. Figura 14. MTBF d esde 2015 da bomba P-7401.
Os dois cálculos do MTBF desse equipamento nos revelaram que nos últimos dois
anos a bomba apresentou um aumento do número de falhas levando em consideração as
anomalias voltadas ao rolamento. Com esses resultados obtidos pela aplicação das
ferramentas da qualidade na estratificação dos dados fornecidos. Foi feito uma reunião com o
intuito de identificar os prováveis causadores dessa constante falha.
O quadro abaixo mostra uma análise de consistência feita com base nos problemas
sugeridos no Diagrama de Ishikawa. Todos os tópicos foram verificados e avaliados
apontando qual poderá ser a possível causa raiz do baixo MTBF da Bomba P-7401.
1 Procedimento de Instalação e Procedimento utilizado não efetivo por causa MUITO PROVÁVEL
Alinhamento (Motor/Bomba) das condições de referência no alinhamento.
3 Rolamento Inadequado Rolamento que está sendo utilizado atualmente POUCO PROVÁVEL
é o recomendado pelo fabricante.
5 Material da Bucha de carvão Só existe um tipo bucha cadastrada no banco POUCO PROVÁVEL
de dados.
Para analisar as causas que apresentam o maior indicador foi utilizado o método dos
porquês, como mostra a figura 16. Através dessa metodologia o causador da falha precoce do
rolamento é o mau alinhamento gerado na sua instalação por causa do suporte fabricado sem
tolerâncias requeridas para o processo.
41
5. CONCLUSÃO
6. REFERÊNCIAS BILIOGRÁFICAS
AGUIAR, Satya; LOOS, Mauricio. Aplicação do método MASP relacionado ao ciclo PDCA
(Check-List) para acompanhamento de obras na construção civil. Revista Espacios, v. 38. n.
21. p. 34, 2017.
BAPTISTA, José Antonio. Importância da análise de causa raiz (root cause analysis) na
melhoria do desempenho da manutenção industrial. Disponível em: <
http://www.abraman.org.br/arquivos/191/191.pdf> Acesso em: 15 abr. 2017.
GIL, Antonio Carlos. Como elaborar Projetos de Pesquisa 5 ed. São Paulo: Atlas, 2008.
HAQ, J.; LIPOL, L. S. (2011). Risk analysis method: FMEA/FMECA in the organizations.
IJBAS/IJENS.
46
OLIVEIRA, Hélio Andrade De; PEREIRA, Joanilson; OLIVEIRA, Rogério Freitas; DUTRA,
Sandro Florencio. Gestão do controle de avarias no transporte terrestres de passageiros.
Volta Redonda, Centro Universitário de Volta Redonda, 2013.
PALADINI, E. P. Gestão da Qualidade: teoria e prática. São Paulo: Atlas, 2004. 339 p.
PEDROSA, Bruno Miguel Martins. Análise dos Modos de Falha e seus Efeitos (FMEA)
aplicada a um Secador Industrial. Disponível em:
<http://repositorio.ipl.pt/bitstream/10400.21/4151/1/Disserta%C3%A7%C3%A3o.pdf>
Acesso em: 15 abr. 2017.
PIMENTA, André Rocha et al. Análise de falha de uma máquina de ensaio. Perspectivas da
Ciência e Tecnologia, Rio de Janeiro v.1, n.1, jan-jun 2009.
RANSOM, D. L.; A practical guideline for a successful root cause failure analysis.
Proceedings of the Thirty-Sixth Turbomachinery Symposium, p.149- 155, 2007.
REYES, Andrés E. L.; VICINO, Silvana R. Controle de Qualidade Usando o Excel. São
Paulo, USP, 2016. Disponível em: <http://www.esalq.usp.br/qualidade/ishikawa/pag1.htm>
Acessado em: 15 ago. 2017.
ROONEY, J. J.; VANDEN HEUVEL, L. N. Root Cause Analysis For Beginners. Quality
Progress. v.37, n.7, p. 45-53, 2004.
SANTOS, Mario Cesar Borba. O método da extensão virtual da trinca na fadiga por
contato do tipo “spalling”. 2004. 133 f. Dissertação (mestrado Engenharia Mecânica).
Universidade Federal do Rio Grande do Sul – UFRGS, Porto Alegre.
SCHMITT, Jose; LIMA, Carlos. Método de Análise de Falhas utilizando a Integração das
Ferramentas DMAIC, RCA, FTA e FMEA. Revista Espacios, Piracicaba, v. 37. n. 8 p. 3,
2016.
ZOLIN, Ivan. Ensaios Mecânicos e Análises de Falhas. Santa Maria: e-Tec Brasil, 2011.
Disponível em:
<http://redeetec.mec.gov.br/images/stories/pdf/eixo_ctrl_proc_indust/tec_autom_ind/ensaios_
mec/161012_ens_mec_an_fal.pdf> Acesso em: 6 abr. 2017.
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7. APÊNDICES
Atas da reunião
Abrir sessão
Uma reunião dos integrantes deste grupo de TCC foi realizada em Cubatão/SP na Unidade 2
da Vale Fertilizantes em 07/07/2017.
Participantes
Os participantes foram João Paulo Reis Lima, Leonardo Carvalho da Cruz, Lucas Acquaviva
Carrano de Godois, Pedro Alves de Andrade dos Santos, engenheiro de confiabilidade André
Luís de Campos Covello, o gerente da manutenção Henrique Becker de Melo e o supervisor
técnico de manutenção Udirlei Lancelotti Janelli.
Pauta da reunião.
Discussões abordadas.
Atas da reunião
Abrir sessão
Segunda reunião dos integrantes deste grupo de TCC foi realizada em Cubatão/SP na Unidade
2 da Vale Fertilizantes em 31/09/2017.
Participantes
Os participantes foram João Paulo Reis Lima, Lucas Acquaviva Carrano de Godois, Pedro
Alves de Andrade dos Santos, engenheiro de confiabilidade André Luís de Campos Covello e
supervisor técnico de manutenção Udirlei Lancelotti Janelli e técnico de análise preditiva
Wellington França Carneiro da empresa SEMAPI.
Pauta da reunião
Discussões abordadas.
Atas da reunião
Abrir sessão
Terceira reunião dos integrantes deste grupo de TCC foi realizada em Cubatão/SP na Unidade
2 da Vale Fertilizantes em 23/10/2017.
Participantes
Os participantes foram João Paulo Reis Lima, Leonardo Carvalho da Cruz, Lucas Acquaviva
Carrano de Godois, Pedro Alves de Andrade dos Santos, técnico de análise preditiva
Wellington França Carneiro da empresa SEMAPI, supervisor de manutenção da empresa
COMAU, e o técnico de planejamento e mecânica José Augusto Ribeiro Jr. da empresa
COBRAPI e supervisor técnico de manutenção Udirlei Lancelotti Janelli da Vale Fertilizante.
Pauta da reunião.
Discussões abordadas.
Execução de brainstorming, 5 why (por que), obtenção dos ajustes da bomba P-7401, registro
fotográficos das melhorias, lista de técnica de componentes da bomba e os relatórios de
manutenção e especificações da mesma.