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CURSO PARA CONSELHEIROS

Nome: __________________________________________

 Índice

1. O que é ser Conselheiro 2 23. Conselheiro - Descrição Função 36


2. Qualidade do Conselheiro 2 24. Deveres do Capitão 37
3. Missões do Conselheiro 3 25. Deveres da Secretária 37
Como Fazer um bom Programa 3 26. Deveres do Tesoureiro 38
Como Obter a Cooperação 3 27. Demais Funções 38
4. Disciplina 3 28. Deveres do Almoxarife 38
Disciplina Equilibrada 4 29. Deveres do Padioleiro 39
Formas de Ministrar Disciplina 4 30. Estrutura do Clube 39
Como Prevenir Problemas 4 Organograma 39
Métodos de Disciplina 4 Classes e Especialidades 39
O que não Fazer 5 Especialidades de Jesus 40
Delitos que devem ser Punidos 5 Cantinho da Unidade 41
Procedimentos para Disciplinar 5 31. Atividades da Unidade 42
Propósitos da Disciplina 6 Atividades Diversas 42
Como tratar a Indisciplina 6 Projetos Missionários 42
Regulamentos da Disciplina 6 Atividades Sócio-Culturais 43
Quando Quebram as Regras 6 Acampamentos 43
5. O que não pode Faltar na Reunião 7 32. Uniforme 43
6. Quais as Necessidades Psicológicas 7 Regras para o Uso 44
7. Filosofia dos Desbravadores 7 Composição do Uniforme 44
8. Testes – Que Líder Sou Eu 9 Pequenas Regras 44
Auto Avaliação 11 33. Sistema de Unidade 44
Teste de Adjetivos 13 Membros da Unidade 45
Como Você se Desenvolve 13 Escolha do Nome 45
9. Bandeira dos Desbravadores 14 Bandeirim 45
10. Ideais dos Desbravadores 14 Grito de Guerra 45
11. Hinos 15 34. Calendário de Atividades 46
12. Símbolos 16 35. Arte de Acampar 46
13. Quem São os Desbravadores 17 Objetivos 46
14. História da Igreja no Mundo 19 Escolher o Local 46
A Reforma Protestante 20 Equipes do Acampamento 47
O Desapontamento de 1844 21 Materiais Indispensáveis 49
Entendendo a Doutrina Eterna 21 Dicas Importantes 50
A Igreja Organizada 22 Ecologia 50
Alguns Inconvenientes 23 Fogo 50
A Igreja Hoje 23 36. Ordem Unida 52
15. História de Igreja no Brasil 24 Objetivos 52
Desenvolvimento Cronológico 26 Voz de Comando 55
16. História Desbravadores Mundo 27 Estilos de Formação 57
17. História Desbravadores na América 29 Corneta, Apito, Bandeirim 59
18. História Desbravadores Brasil 30 Metodologia de Ensino 60
19. História das Classes JA 33 Ordem Unida na Igreja 63
20. História das Especialidades 34 37. Psicologia Infantil 63
21. História dos Camporis 34 38. Recreação 67
22. Legião de Honra J.A 36 39. Curso Prático 69
40. Anexos: Matrícula e Pontuação 70
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1. O que é ser Conselheiro?
 
É um cristão, que tem a tarefa de criar um ambiente de aprendizagem para a sua unidade levando
em conta um programa espiritual e recreativo de tal modo que os desbravadores se sintam animados
a continuar e avançar até chegarem a liderança da igreja.

O conselheiro é o líder de uma unidade de 6 a 8 desbravadores, deve ser cristão batizado e dedicado
ao serviço com amor e sua postura inspira o coração e mente juvenil a dedicar-se ao aprendizado
físico e espiritual.

O conselheiro deve familiarizar-se com os pais e a condição do lar, será de bom proveito a
organização de uma atividade ocasional com sua unidade fora da reunião do clube e com o
conhecimento do diretor.

O conselheiro deve ser sempre exemplo:


-         Vestindo o uniforme limpo e de maneira completa;
-         Deve fazer junto e não mandar fazer;
-         Estar pronto a fazer mesmo não solicitado;
-         Procurar preparar líderes;
-         Manter moral do clube elevada;
-         Manter senso de humor;
-         Ter confiança e modéstia na presença dos pais;
-         Mostrar interesse em aprender;
-         Prover a leitura dos livros indicados;
-         Ser cuidadoso com hábitos de saúde.

 
2. Qualidades do Conselheiro:
- Ser calmo - quanto mais alto falar menos as pessoas ouvirão;
- Ter entusiasmo - vamos fazer juntos;
- Auto-Confiança - se ninguém fizer eu faço;
- Interesse - ter como primeiro objetivo a unidade completa e funcionando;
- Pontualidade - cumprir horários e metas estabelecidas;
- Seriedade - assumir responsabilidades;
- Destreza - procurar aprender e saber fazer;
- Apresentação - ser exemplo;
- Saber dar ordens - ele sugere, não manda;
- Saber cumprir ordens - ter humildade para executar a mais humilde tarefa da melhor maneira
possível: “Se terei que realizar, então que seja melhor dentre todos que
já o fizeram”;
- Ter higiene - asseio, tanto pessoal como com suas coisas em casa, etc;
- Uniformizado - respeito e zelo;
- Ser imparcial - tratar todos de forma igual e saber tratar o desbravador de forma individual – cada
um sente de forma diferente;
- Saber escutar - críticas pessoais, bem como desabafo de um coração carregado;
- Se interessar pelos outros - ser altruísta e subjugar seu ego e pensar mais nos interesses dos outros
que no próprio;
- Pronto a ajudar - entrega tudo na época certa, quando solicitado a ajudar o fazer sem reclamar;
- Ser consciencioso – parar, pensar para agir, na dúvida não faça, e se errar assumir o que fez;
- Auxiliar o capitão a desenvolver liderança.
 

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3. Missões do Conselheiro:
-         Ensinar o desbravador a desenvolver hábitos devocionais pessoais;
-         Prepará-los para descobrir a vontade de Deus, através do estudo bíblico;
-         Ensiná-los a tomar decisões mediante ensinamentos de Deus;
- Preparar um programa para as reuniões da Unidade.
 
3.1 Como fazer um bom programa:
-         Fazer por amor;
-         Ser otimista e entusiasta;
-         Dominar as emoções negativas;
-         Tirar lições da natureza;
-         Conhecer as características que trabalha – adequar a mensagem;
-         Fazer surpresas para os liderados;
-         Ser organizado;
-         Ser firme, mas com ternura;
-         Manter senso de humor;
-         Ser criativo, pesquisar;
-         Estabeleça planejamentos no papel.
 
3.2 Como obter a cooperação:
-         Ser amigo;
-            Admirar e reconhecer os pontos positivos da pessoa;
-            Pedir opinião dos demais participantes, mesmo tendo conhecimento;
-            Dar oportunidade para os desbravadores participar em qualquer atividade;
-            Administre a classe de forma a ter sempre soluções corretas e honrosas, quando houver
problemas inclusive;
-            Ter uma só palavra, evitar prometer;
-            Ser positivo;
-            Não usar meios desleais para atingir objetivo;
-            Ter bons auxiliares;
-            Não deixar o trabalho para depois;
-            Estar atento às limitações;
-            Motivar e ajudar a tomar decisões.
 

4. DISCIPLINA

Ao disciplinar os membros do Clube de Desbravadores, nosso objetivo deve ser orientá-los como
filhos e filhas de Deus, demonstrar-lhes nosso amor e compreensão, mostrar-lhes o caráter de Deus,
torná-los membros úteis à igreja e ao país, e ajudá-los a respeitar os líderes e os pais.

À medida que você trabalha pela salvação de seu desbravador, busque a Deus pedindo sabedoria e
orientação. Ao unirem-se a um Clube de Desbravadores, os jovens devem sentir que estão iniciando
uma nova experiência. Devem aprender que o tipo de correção e disciplina que recebem demonstra
o amor de seus líderes. Devem aprender a disciplinar seus desejos, de acordo com a lei de Deus.

No Clube de Desbravadores, a boa disciplina proporciona um ambiente que produz comportamento


alegre e espírito de cooperação. A ênfase é a orientação, em vez da repressão; um comportamento
construtivo, em vez do destrutivo. A intenção não é podar, e sim capacitar. Incentiva-se o domínio
próprio e atividades com propósito. O melhor tipo de disciplina está presente, mas não é vista.

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Ensina à criança a fazer o que é certo, no momento certo, da maneira certa. A boa disciplina previne
os problemas.

Um programa bem planejado ajudará a evitar muitos problemas e erros. A ordem e o método
inspiram confiança. Os desbravadores aprendem, através do exemplo de seus líderes, que Deus é
um Deus de ordem. Num clube onde há boa disciplina, o programa começa pontualmente, a equipe
toda é pontual, e o programa transcorre tranqüilamente do início ao fim.
 
4.1 Disciplina Equilibrada:
- Estabelecer regras, regulamentos e um sistema de pontos.
- Informar os Desbravadores sobre as regras, suas expectativas, e métodos de verificação do
cumprimento destas regras.
- “As regras devem ser poucas, e bem consideradas; e uma vez feitas, cumpre que sejam
executadas. O que quer que se verifique impossível de se mudar, a mente aprende a reconhecer, e a
isso adaptar-se ...” - Educação, p. 290.
- Apresentar um culto de admoestação sobre a disciplina, explicando o Voto e a Lei.
- Aplicar e treinar a disciplina regular e diligentemente.
- Aconselhar o jovem culpado antes de tomar uma atitude disciplinar, e orar com ele .
- Quando todos entendem, geralmente cooperam.
 
4.2 Formas Apropriadas e Desapropriadas de Ministrar a Disciplina:
- A forma errada é dominar através da força. Uma pessoa dominada vai desenvolver
desconfiança, uma atitude evasiva e ódio pela autoridade;
- A forma correta de ministrar a disciplina é inspirar a ação correta e ordeira através do amor,
bondade e disciplina. Ganhar a confiança do jovem. Demonstrar-lhe que o ama e espera a
cooperação e lealdade dele. Esta é a forma correta de disciplinar, que desenvolve a confiança,
concordância, cooperação e amor.
 
4.3 Como Prevenir os Problemas de Disciplina:
-     Planejar um extenso programa de atividades.
-     Nunca ir para as reuniões despreparado.
-     Ser simpático, solícito e sempre demonstrar disponibilidade.
-     Cultivar um senso de humor.
-     Não usar sarcasmo nem ridicularizar ninguém.
-     Não “pegar no pé” de algum liderado.
-     Ser justo e imparcial – não demonstrar favoritismo.
-     Demonstrar autocontrole e ser paciente, mesmo sob pressão.
-     Observar o uso da voz; falar claramente, e com autoridade, mas sem gritar!
-     Dar ordens e instruções claras e precisas.
-     Observar os maneirismos que podem ser ridicularizados, evitar gírias e expressões muito
formais.
 

4.4 Métodos de Disciplina

-     Conselho pessoal


Neste aconselhamento, seja o dono da situação. Aponte exatamente o que o Desbravador
estava fazendo errado, e peça-lhe para explicar seu comportamento. O Desbravador pode até sugerir
uma solução. Conduzir essas reuniões de conselho de forma amigável, mas fazer com que o
membro saia dali com a compreensão de que você fala sério.
-     Critério de grupo

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Faça um esforço para desenvolver ideais de comportamento, até chegar ao ponto que
qualquer violação seja considerada inaceitável pelo grupo.
-     Cuidado com as diferenças pessoais
Ao planejar a disciplina, lembre-se que os Desbravadores são diferentes entre si. Leve em
consideração a formação deles, bem como a constituição física e mental, e a seriedade da ofensa.
-     Se Necessário, retire do Clube
Quando um Desbravador continua comportando-se mal, deve enfrentar a seguinte realidade:
ou vai adequar-se aos padrões de comportamento do grupo, ou deixará de fazer parte do mesmo.
 
4.5 O que NÃO fazer:
-     Não castigue com raiva.
-     Não use ameaças que não poderão ser cumpridas.
-     Não force o Desbravador a pedir desculpas em público. Poucas crianças consideram-se
completamente culpadas, e provavelmente não o são.
-     Não detenha o Desbravador após a reunião do clube. Esta é uma política errada, porque
faz com que a criança deixe de gostar do clube, além de usar desnecessariamente o tempo do
conselheiro.
-     Não dê tarefas adicionais. Provavelmente a causa do problema é que o Desbravador não
está conseguindo manter o ritmo com as tarefas que já tem para fazer.
-     Não use “orelhas de burro,” e castigos semelhantes. Isto é coisa do passado. Este tipo de
castigo apenas causa rebelião, ou dá às crianças um motivo de riso. Alguns Desbravadores até
gostam da notoriedade que este castigo dá.
-     Não use castigos físicos. Por causa das muitas dificuldades que surgem com o uso deste
tipo de punição, é melhor deixar este método apenas para os pais.
 
4.6 Delitos que Devem ser Punidos:
-     Casos claros de insubordinação.
-     Casos em que as atividades podem ser consideradas delitos graves, ou problemas de
comportamento, tais como:
-     Indecência;
-     Desrespeito para com o conselheiro;
-     Linguagem ofensiva;
-     Danos à propriedade alheia;
-     Cola e roubo.
 
4.7 Procedimentos para disciplinar:
* Se um Desbravador não for obediente, nem tiver atitude de cooperação:
-     O conselheiro deve falar ao Desbravador com tato.
-     O conselheiro deve explicar o que se espera de um membro do clube de Desbravadores.
-     O conselheiro deve visitar o Desbravador e orar com ele.

*Se o Desbravador continuar a ser desobediente e não cooperar nas atividades, o conselheiro
deve solicitar a ajuda de um dos diretores associados do clube, que seja responsável pela disciplina
do clube.
-     Farão uma reunião particular com o Desbravador.
-     Devem solicitar, veementemente, a cooperação do mesmo.
-     Devem orar com ele.

* Se for necessário falar com o Desbravador uma terceira vez, o conselheiro, diretor
associado de disciplina e o diretor geral, devem ter uma reunião em particular com o Desbravador.
-     Conversar com o Desbravador e explicar lhe quão importante é a unidade, cooperação e
espírito de compreensão entre os membros do clube.
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-     Tentar demonstrar a seriedade da questão, demonstrando que ele não está fazendo “sua
parte”.
-     Orar com ele.
-     Marcar uma data para visitar a família e conversar com os pais e o Desbravador, juntos.

* Se, após esta série de aconselhamentos e visita à família, o Desbravador continua a ser
desobediente e a não cooperar com a liderança, o conselheiro deve reunir-se em particular com o
Desbravador, e orar com ele.

* Se o mau comportamento continuar, o conselheiro, diretor associado de disciplina, o diretor


geral e o Desbravador devem ter outra reunião.
O caso será levado à comissão disciplinar, para estudos adicionais.
A comissão disciplinar consiste do diretor, diretores associados, conselheiro do Desbravador,
e um Desbravador e uma Desbravadora do clube.
Os pais do Desbravador devem ser avisados, e o Desbravador terá um mês de férias do clube.
O Desbravador deve ser visitado em casa, pelo conselheiro, durante este período de ausência.

4.8 Propósitos da Disciplina:


-         Ensinar a criança o governo de si mesmo;
-         Levar o educando a ver e reconhecer uma falta;
-         Desenvolver atitudes responsáveis e de respeito mútuo.
 
4.9 Como deve ser tratado o problema da indisciplina:
Ouvir os dois lados da questão em particular e revelar os sentimentos para poder se analisar os
motivos:
* Condição do lar * Espírito de equipe fraco
* Organização falha * Liberdade
* Limites * Base familiar
 
Soluções: * Amizade * Razão * Cooperação * Depende de nós
* Acordo * Confiança * Sugestão * Não depende de nós
 
4.10 Regulamentos da Disciplina:
I)              Estabeleça regras que não podem ser quebradas pelos desbravadores
II)             Falar sempre a verdade
III)            Ouvir os mais velhos
IV)            Respeito e liberdade
 

4.11 Quando quebram as regras:


a) Faça com a criança uma análise da situação e mostre que seu objetivo é ajudá-la;
b)    Peça orientação a Deus, converse separadamente e se preciso novamente;
c)     Confirme o fato antes de falar com a criança;
d)    Não deixe para resolver depois e no ato que lembra o fato;
e)     Nunca ridicularize a criança, seja criativo ao corrigi-la;
f)      Seja imparcial;
g)     Faça o oposto que a criança espera;
h)     Desvie a atenção da criança para ela mudar de atitude;
i)       Permita que sofra conseqüência quando estas não causem mal nenhum;
j)       Privar do que eles mais gostam;
k)     Critique o ato, não a criança, peça a avaliação da criança;
l)       Dê alternativas de comportamento. Ex.: “Não suba na mesa”, ou seja, “Fique no chão” ;
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m)  Não perca o Auto-Controle;
n)     Dê uma saída para criança e para você mesmo;
o)    Não toque na criança a não ser para dar os parabéns, elogiar, abraçar;
p)    Ore para receber a sabedoria necessária para lidar com a situação apresentada e para você
conquistar o seu domínio próprio;
q)    Diálogo da realidade – fazer perguntas para que eles pensem;
r)      Repetir a ordem dada;
s)     Você vai observar durante a sua gestão que quando a unidade está toda ocupada fazendo
alguma coisa interessante (não parado apenas ouvindo) a disciplina é automática;
t)       O padrão de comportamento em unidade é diferente de quando estamos em reunião geral,
muitas vezes devemos alterar a nossa programação para fazer algo mais interessante, quando
oportunidades surgirem;
u)     Se houver falta ou atraso, comece as atividades, caso seja necessário, mude a programação,
mas não desanime: “Onde houver um lá estarei com ele”;
v)     Procure os pontos positivos e elogie;
w)   Demonstre seus sentimentos, abrace, comemore, chore junto, estabeleça vínculos;
x)     Ore a Deus para vir palavras certas em sua boca;
y)     Disciplina é importante, mas não é tão importante como a alegria dos desbravadores.
 

5. O que o Conselheiro não pode deixar faltar em uma reunião?


Resposta: BOIA
B – Bandeira, civismo;
O – oração, tudo o que se faz em nome de Jesus é com amor;
I – inspeção, tarefas solicitadas, foram cumpridas, uniforme, estudos realizados;
A – Avisos, nunca terminar uma reunião sem dizer algo importante.
 

6. Quais necessidades psicológicas dos desbravadores que o Conselheiro deve aprender?


a)     O desbravador deve sentir que faz parte de um grupo forte – segurança;
b)    O desbravador deve sentir-se aceito pela unidade - amado;
c)     O desbravador deve sentir que faz algo importante – importante;
d)    O desbravador deve sentir que está sendo reconhecido pelo seu esforço - especial;
e)     O desbravador sente que está aprendendo – crescimento.
 
O conselheiro cristão é alegre, pois ele tem o exemplo de Cristo, que sempre teve a certeza de
vitória, sempre confiante e disposto, pois Ele é luz, devemos andar com ele e nada nos desanimará.

7. Filosofia dos Desbravadores


O trabalho que pesa sobre a Igreja Adventista do Sétimo Dia é a salvação e treinamento de nossas
almas (Isaías 54:13). Para esta faixa etária, 10 a 15 anos existe o Clube de Desbravadores. Esta é a
idade das mudanças, a chamada “geração lacuna”, e na maioria das vezes as crianças não estão
preparadas para o fato. Elas não entendem o que está acontecendo consigo e muitas vezes não são
entendidas. Passam a evitar o meio infantil e tentam se entrosar com os maiores e imitá-los. Não
querem pertencer à “sociedade dos guris”, mas ainda não são aceitos no grupo dos Jovens. É uma
fase de instabilidade, quando o juvenil se sente sem lugar.

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Geralmente há grande carência afetiva neste período, e são aí que muitos pais perdem seus filhos.
Quando a mãe fora reduz a eficácia da influência do lar e aumenta a responsabilidade que pesa
sobre a Igreja.

A Igreja deve tentar alcançar as crianças que não estudam em nossas escolas, e que recebem a
influência de Escolas Públicas. O Clube de Desbravadores está aí para isso, para meninos e
meninas, preenchendo com ação, aventura, desafio e atividades em grupo que produzem um espírito
de equipe e lealdade para a Igreja. Acampando juntos, planejando juntos e executando juntos resulta
em um belo relacionamento no qual se constrói a confiança e vínculo do jovem com sua Igreja.
Crianças aprendem melhor através de exemplos do que por preceito.

Os ideais dos Adventistas do 7° Dia devem se atrair através de um programa de atividades com o
qual atraia a esta idade inquieta que não pode “parar sentada”.

Desbravadores são preparados para a ação e é sugerido à Diretoria do Clube que elimine as cadeiras
da sala de reunião para que os membros (da Diretoria) não sejam tentados a sentar-se durante o
encontro do Clube. A aprendizagem alcança maior efeito numa atmosfera de alegria.

1. Levar o Juvenil a entender que a Igreja os ama, e que eles são necessários no programa total.

2. Assegurar os Desbravadores o destino que Deus tem planejado para cada um deles.

3. Treinar e organizar os Jovens para um ativo serviço missionário. “Treinar a juventude para
tornarem-se verdadeiros soldados do Senhor Jesus Cristo é o mais nobre serviço dado ao homem”.
Ensinar que testemunhar é um modo diário de vida.

4. Trabalhar pela salvação da cada Desbravador, com 12 anos de idade é o ano para o batismo.

5. Amor pela Natureza. “Crianças responderam com disposta obediência à lei do amor. Elogie
suas crianças sempre que você puder. Faça suas vidas quanto for possível. Providencie às ocupações
inocentes.” P.P.Est. Pág. 114
“Deve ser dado às crianças alguma coisa para fazer, que não os conserve somente ocupados,
mas interesse-os.” Conselhos P.P.Est. Pág. 146
Despertar tempo com o segundo grande livro da revelação de Deus – o livro da Natureza.
Durante saídas ao campo, caminhadas na Natureza, e estudando as especialidades da Natureza, o
Desbravador aprende de primeira mão acerca do poder criativo de Deus, assim ele contempla
árvores majestosas. Este estudo da Natureza desenvolve uma comunhão com o Deus que criou os
céus e a terra.

6. Ensinar habilidades que farão sua vida mais significativa e ocuparão seu tempo com proveitosas
realizações. Desbravadores decidiam-se em usar suas mãos para fazerem artigos úteis de madeira,
plástico, ferro, argila, feltro, corda e outros materiais. Traz-lhes grande satisfação fazer um engenho
que corra ou um rádio que toque.

7. Ajudar a manter os Desbravadores fisicamente. “Um entendimento da filosofia da saúde é


uma salvaguarda contra muitas das tentações que são continuamente crescentes... Ensine às crianças
a importância do cuidado do corpo; a casa em que eles vivem”. Cons. P.P.Est. Pág. 138.
...Ensine suas crianças a estudar sobre causa e efeito; mostre-os que se eles violarem as leis de
seus seres eles devem pagar o castigo com o sofrimento de doenças e enfermidades... Test. Seletos
pág. 536

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Quão importante é que o Desbravador tenha o sinal da promessa de temperança, determinado
a nunca corromper seus corpos com drogas, álcool, fumo ou alguma outra coisa que é prejudicial à
saúde.

8. Dar oportunidades para desenvolvimento da liderança. Aprender a trabalhar juntos,


aprendendo disciplina, obediência, resolução e patriotismo. Cada Desbravador desenvolver o
melhor de sua capacidade. O programa do Clube de Desbravadores não deve ser planejado
exclusivamente por adultos na reunião da Diretoria, mas os Desbravadores devem ser incluídos em
todos os planejamentos, e na execução desses planos.

9. Levar a um harmonioso desenvolvimento do físico, mental e espiritual. Lucas 2:52

8. TESTES

8.1 QUE LÍDER SOU EU?


 
Para identificar seu estilo de liderança, responda as 12 questões abaixo. A cada afirmação atribua
de 1 a 5 pontos, considere o número 5 a resposta que mais se aproxima do seu estilo e o número 1
a que mais se distancia. Ao fazer cada consideração seja honesto. Considere a sai realidade atual e
responda de acordo com sua maneira de pensar e de agir.
 
1. O que mais me agrada em ser um líder é:
( ) a. Gosto da sensação de estar realizando o trabalho para o qual o Senhor me chamou;
( ) b. Gosto de sentir que estou ajudando outros e faço o melhor que posso;
( ) c. Nada, porque sinceramente, não gosto de ser um líder. Não me sinto capaz;
( ) d. Gosto de saber que as pessoas gostam de mim. Sinto-me aceito;
( ) e. Gosto de trabalhar com os outros para realizar a missão da igreja.
 
2. Na área de evangelismo sinto que:
( ) a. É uma tarefa que tem que ser realizada constantemente, porque está é a verdade de Deus;
( ) b. Evangelizo porque eu sou o líder e não posso pedir a outros para fazerem minha tarefa;
( ) c. Acho que é uma tarefa para o pastor e os diáconos;
( ) d. Participo porque outros acham que devo fazê-lo;
( ) e. Levar uma pessoa a ser membro da igreja me satisfaz porque contribui ao bem da igreja.
 
3. Quando preciso pedir dinheiro à comissão de finanças
( ) a. Peço a quantia necessária e tenho fé que receberei tudo o que pedir;
( ) b. Peço o mínimo possível e gasto o meu próprio dinheiro para o restante;
( ) c. Deixo tudo com a comissão e faço o possível com a quantia que me derem;
( ) d. Peço a mesma quantia anterior esperando que dêem mais por reconhecerem que estou
trabalhando bem;
( ) e. Faço um pedido razoável, mas estou aberto aos ajustes necessários, visando o trabalho de
toda a igreja.
 
4. Encaro meu relacionamento com meus colegas como:
( ) a. Um chefe;
( ) b. Alguém que auxilia;
( ) c. Alguém que apóia as decisões do grupo;
( ) d. Membro da equipe;
( ) e. Um jogador e técnico ao mesmo tempo.
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5. Quando me pedem para assumir uma função de liderança minha reação é:
( ) a. Verifico se é a vontade de Deus, se a conclusão for positiva aceito com entusiasmo;
( ) b. Primeiro, penso realmente se gostaria de liderar e depois verifico se o grupo me aceita;
( ) c. Declino e desisto o máximo possível;
( ) d. Peço a opinião de outros antes de tomar alguma decisão;
( ) e. Faço uma avaliação de meus dons, habilidades e talentos. Se achar que posso contribuir
aceito. Se não, procuro outra responsabilidade.
 
6. Não posso separar a liderança do conflito. Quando enfrento:
( ) a. Encaro-a de frente. Resolvo-o e depois continuo trabalhando;
( ) b. Faço todo o possível para resolvê-lo. Conflito entre cristãos é errado;
( ) c. Finjo que não existe, espero que o problema se resolva, se não, eu desisto;
( ) d. Deixo o próprio grupo resolvê-lo;
( ) e. Aproveito-o para aprender alguma coisa.
 
7. Reconhecer que sou um líder na igreja faz com que me sinta:
( ) a. Poderoso;
( ) b. Necessário;
( ) c. Temeroso;
( ) d. Aceito pelo grupo;
( ) e. Satisfeito.
 
8. Treinamento para líderes é:
( ) a. Desnecessário. Não teria aceitado a responsabilidade se não soubesse cumpri-la;
( ) b. Útil, pois mostra-se como ajudar outros;
( ) c. Uma ameaça;
( ) d. Ótimo, se alguém achar que preciso dele;
( ) e. Uma chave para lidar bem. Quero fazer o melhor possível.
 
9. Como líder, muitas pessoas me procuram para conselhos. Minha atitude é:
( ) a. Aproveito a oportunidade para dizer o que a pessoa deve fazer;
( ) b. Ajudar voluntariamente porque quase sempre posso ajudar de um modo ou de outro;
( ) c. Me sinto envergonhado e incomodado quando as pessoas me procuram;
( ) d. Escutar e depois ajudar a pessoa a procurar um conselheiro apropriado;
( ) e. Não tenho um método, ajo de acordo com a pessoa e a situação.
 
10. Quando seleciono uma equipe, procuro:
( ) a. Pessoas que se encaixam dentro da organização e aceitam a minha direção;
( ) b. Pessoas amigáveis com quem posso me dar bem, espero que todos se gostem;
( ) c. As pessoas mais disponíveis;
( ) d. Pessoas motivadas de boa reputação;
( ) e. Pessoas comprometidas, interessadas e que demonstrem vontade de aprender.
 
11. O método que uso para planejar é:
( ) a. Direcionado. Depois da reunião, cada um sabe exatamente o que deve fazer;
( ) b. Participativo. Os obreiros fazem o que pode e eu procuro trabalhar dentro disso;
( ) c. Limitado. Faço as coisas à medida que surgem;
( ) d. Cooperativo. O que o grupo quer, tento fazer;
( ) e. Ajudador. Procura levar o grupo a alcançar os alvos de organização e realizar os desejos
pessoais da equipe.
 
10
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12. Eu diria que “o meu relacionamento com a equipe é ...”:
( ) a. Firme, sem brincadeiras, mas seguro;
( ) b. Super amigável;
( ) c. Distante e difícil;
( ) d. Amigável, mas não profundo;
( ) e. Caloroso e aberto. Somos irmãos em Jesus.

Soma dos Pontos da alternativa A: _______  Soma dos Pontos da alternativa D: _______  
Soma dos Pontos da alternativa B: _______  Soma dos Pontos da alternativa E: _______  
Soma dos Pontos da alternativa C: _______  

Avaliação:
Some todos pontos obtidos por tipo de letra. A letra que alcançar o maior número indica o seu
estilo preferido. Se a variação for pequena significa flexibilidade no exercício de liderança, o que
às vezes pode ser muito saudável. Ao optar por um estilo, é importante que sejam consideradas as
necessidades do grupo, os objetivos da organização, a situação pela qual o grupo passa, o liderado
como indivíduo e sua própria personalidade.

Resultados: 
A - Representa o estilo "Autoritário Dividido". Ele acha que tem verdade espiritual para o grupo
e dará contas a Deus e ninguém mais. Quer fazer o trabalho mais rápido e eficiente possível. Exige
que os colegas aceitem sua liderança e sejam leais. Não aceita conflitos. Ele consegue muitas
coisas e usa o método de preleção com freqüência.
B - Representa o estilo "Servo Submisso". Ele dá tudo e faz tudo. Nenhum detalhe é pequeno ou
humilde demais para ele. Basta alguém pedir que ele faz. Não quer ser rejeitado e acredita que está
agindo como Cristo. Faz qualquer coisa para evitar conflito. Tenta assumir a culpa dos fracassos e
fazer o trabalho dos outros.
C - Representa o estilo "Avestruz". Tem muito medo de errar ou não conseguir realizar. Afasta-
se do trabalho e dos outros. Nega o conflito ou foge dele. Tende a deixar as coisas acontecerem e
esperar que outros façam sua parte.
D - Representa o estilo "Político". Usa autoridade e submissão dependendo dos desejos do grupo.
Acredita que pode achar a vontade de Deus escutando e fazendo o que os outros querem. Tende
sempre procurar agradar o grupo para se tornar mais popular.
E - Representa o estilo "Líder do Corpo". Tem equilíbrio entre autoridade e serviço. Tem
segurança em si. Guia o grupo com autoridade e prepara os outros para liderar. Não planeja
sozinho e ajuda a resolver os conflitos com soluções positivas. Preocupa-se com o trabalho e
também com as pessoas.
 
 
8.2 TESTE DE AUTO-AVALIAÇÃO PARA LÍDERES DE DESBRAVADORES
 
Avalie seu crescimento da maneira que seus alunos o fariam. Dê a si mesmo as notas de 0 a 10. A
nota 0 indica que você sente necessidade de total aprimoramento na área. Determine um programa
para melhorar suas baixas pontuações. É importante que você conheça a si mesmo, pois isto faz
parte de seu preparo.
 
CRESCIMENTO MENTAL
( ) 1. Tenho muitos interesses.
( ) 2. Eu me descreveria como tendo uma mente em crescimento.
( ) 3. Entendo as tendências educacionais atuais e como elas influenciam meus alunos/liderados.
( ) 4. Sou um bom professor/líder em aprimoramento.
( ) 5. Procuro novas maneiras de fazer as coisas.
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( ) 6. Gosto de pensar sobre coisas espirituais e lidar com conceitos difíceis das Escrituras.
( ) 7. Sou um estudante da Palavra de Deus. Não ensino nada que não esteja tentando pôr em
prática.
( ) 8. Posso admitir que sou criativo.
( ) 9. Posso mencionar as dez preocupações-chave ou problemas do nível etário que ensino.Tenho
opiniões sobre cada área.
( ) 10. Estou informado sobre eventos atuais.
( ) 11. Sei em quais áreas não estou crescendo espiritualmente.
( ) 12. Sei como levar alguém da minha idade a Cristo.
( ) 13. Leio.
( ) 14. Jesus tem controle sobre o que minha mente pensa em seus altos e baixos.
( ) 15. Respeito a idade que ensino.
( ) 16. Posso aceitar idéias de meus alunos/liderados bem como dá-las a eles.
( ) 17. Estou fazendo meu melhor para nutrir meus alunos e apropriadamente ajudá-los a
desenvolver seus dons espirituais e talentos para o uso de Deus.
 
CRESCIMENTO EMOCIONAL
( ) 1. Estou animado a respeito dos próximos cinco anos de minha vida.
( ) 2. Gosto de estar em sociedade.
( ) 3. Gosto de conversar com pessoas de minha idade.
( ) 4. Sei como ouvir. Posso ter empatia com os problemas e alegrias de outras pessoas.
( ) 5. Não tenho problemas em falar com pessoas de minha idade sobre meu relacionamento com
Cristo – o que Ele está fazendo por mim e como estou crescendo em meu conhecimento d’Ele.
( ) 6. Eu me aceito como adulto entre os alunos/liderados.
( ) 7. Sou capaz de admitir minhas fraquezas a mim mesmo e, quando apropriado, perante os
alunos e liderados.
 
CRESCIMENTO FÍSICO
( ) 1. Estou feliz pela maneira que Deus me fez.
( ) 2. Sou tão atrativo(a) fisicamente quando possível.
( ) 3. Minha roupa reflete meu cristianismo.
( ) 4. Dedico-me a estar fisicamente bem.
( ) 5. Meu alunos não têm vergonha da maneira como apareço e ajo.
 
CRESCIMENTO SOCIAL
( ) 1. Me dou bem com os membros de minha família.
( ) 2. Tenho um relacionamento saudável com meu cônjuge (ou se não for casado, meu colega de
quarto ou amigos íntimos.
( ) 3. Preocupo-me com meus filhos ou meus pais.
( ) 4. Meus filhos (ou meus pais) me amam e me respeitam.
( ) 5. Meus colegas gostam de estar comigo.
( ) 6. Não tenho de ser o centro das atenções para estar bem e me divertir.
( ) 7. Cristo é parte de todas minhas atividades sociais.
( ) 8. Tenho cuidado para não fazer nada que prejudicaria o crescimento cristão de meus alunos.
( ) 9. A família que Deus me deu vem antes das atividades da Igreja em minha escala de
valores.
Pontuação obtida: ____________pontos. 

Resultados: 340 a 380 pontos – Excelente 300 a 340 pontos – Ótimo


260 a 300 pontos – Muito bom 230 a 260 pontos – Bom
190 a 230 pontos – Regular Abaixo de 220 pontos - Fraco

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8.3 TESTE - ADJETIVOS
Abaixo encontram adjetivos e expressões que descrevem as pessoas. Assinale com: 0 à 10 as
palavras conforme sua personalidade.
Coluna 1 Coluna 2 Coluna 3 Coluna 4 Coluna 5
( ) Ágil ( ) Vigilante ( ) Persuasivo ( ) Admirado ( ) Insensível
( ) Eficiente ( ) Observador ( ) Curioso ( ) Incansável ( ) Inflexível
( ) Colaborador ( ) Organizado ( ) Elegante ( ) Prático ( ) Impulsivo
( ) Discernidor ( ) Lúcido ( ) Auto Confiante ( ) Formal ( ) Egocêntrico
( ) Perseverante ( ) Independente ( ) Ousado ( ) Dedicado ( ) Tímido
( ) Compreensivo ( ) Visionário ( ) Cauteloso ( ) Equilibrado ( ) Distraído
( ) Cuidadoso ( ) Dinâmico ( ) Auto Exigente ( ) Sociável ( ) Ambicioso
( ) Determinado ( ) Polido ( ) Conservador ( ) Inovador ( ) Retraído
( ) Habilidoso ( ) Efetivo ( ) Realista ( ) Flexível ( ) Enérgico
( ) Diplomático ( ) Interessado ( ) Mente Aberta ( ) Original ( ) Informal
( ) Sincero ( ) Previsor ( ) Modesto ( ) Entusiasta

 Resultados obtidos: Colunas 1, 2, 3 e 4 ________pontos


Coluna 5 ________pontos
Resultados:
A última coluna contém características que precisam ser controladas e até eliminadas.
As demais colunas possuem 440 pontos:
de 400 a 440 – Ótimo de 360 a 400 – Muito Bom de 320 a 340 – Bom
abaixo de 320 – Você precisa orar e esforçar-se mais.

8.4 COMO VOCÊ SE DESENVOLVE?

Se você é inovador, mas desorganizado, como encoraja as pessoas que trabalham com você para
despertar suas tendências inovadoras?
Marque: 3 - para "sim" 2 - para "algumas vezes"
1 - para "ocasionalmente” 0 - para "nunca".
 
______ Ajudo-os a estabelecerem alvos para o desenvolvimento de novas capacidades.
______ Celebro com eles todo progresso feito.
______ Reforço os pontos ao longo de caminho.
______ Envio-os para fora do escritório a fim de terem experiências de crescimento.
______ Mantenho-os informados sobre os novos acontecimentos em seu campo.
______ Encorajo-os a lerem e a fazerem cursos.
______ Reservo tempo para o desenvolvimento de minhas capacidades pessoais.
______ Crio desafios para eles.
______ Valorizo suas sugestões.
______ Passo tempo discutindo as oportunidades com eles.
______ Promovo um tempo e lugar para a troca de idéias.
______ Reconheço o desempenho inovador.

Pontuação obtida: _________ Pontos


Resultados:
29-36, você lidera como um alpinista.
23-28, você leva os fardos.
15-22, você age como sustento do campo.
Abaixo de 14 – você precisa melhorar. Você é um sujeito acomodado.

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9. Bandeira dos Desbravadores


 

 
Histórico:
O pastor Henry Berg, na ocasião, diretor dos jovens da Associação Central da Califórnia, foi quem
projetou em 1948 a Bandeira Oficial dos Desbravadores. Cada cor da Bandeira representa uma
característica dos desbravadores.
 
Descrição:
A Bandeira do Clube de Desbravadores tem 90 cm de altura e 135 cm de largura. Uma insígnia dos
desbravadores de 30 cm de altura por igual a medida de largura, encontra-se no meio da bandeira.
As cores das insígnias deverão ser as mesmas da insígnia pequena que se usa no uniforme. A
bandeira se divide em 4 partes. Ao olhar para a bandeira o observador notará que as partes: superior
direita e inferior esquerda são azuis.

A bandeira deve ser posta em mastro de 2,30 m de altura, sendo de 1,5 polegadas a sua grossura.
 
Significados da Bandeira dos Desbravadores
 
Cores:
Azul - Lealdade
Amarelo - Excelência
Branco - Pureza
Vermelho - Sacrifício e Coragem
 
Símbolos:
Triângulo - Crescimento físico, mental e espiritual.
Escudo - Defesa do cristão contra o pecado ou escudo da fé
Espada - A palavra de Deus

10. Ideais dos Desbravadores


 
VOTO
Pela graça de Deus,
Serei puro, bondoso e leal;
Guardarei a lei do Desbravador,
Serei servo de Deus
E amigo de todos

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LEI
A lei do Desbravador ordena-me:
1. Observar a devoção matinal: Farei oração e leitura da Bíblia todos os dias.
2. Cumprir fielmente a parte que me corresponde: Cumprirei minhas tarefas e responsabilidades
com honestidade.
3. Cuidar de meu corpo: Serei temperante, higiênico, caprichoso e dedicado ao manter minha
forma física.
4. Manter a consciência limpa: Não farei nada que possa ofender a Deus e a outras pessoas;
5. Ser cortês e obediente: Serei bondoso, atencioso e educado com os outros
6. Andar com reverência na casa de Deus: Em qualquer reunião onde se fala de Deus me
comportarei com respeito e silêncio.
7. Ter sempre um cântico no coração: Serei alegre e feliz, não dando lugar ao mau humor.
8. Ir aonde Deus mandar: Estarei sempre disposto a fazer o bem onde for chamado.
 
ALVO
A mensagem do advento a todo o mundo em minha geração.
 
LEMA
O amor de Cristo me motiva.
 
PROPÓSITO
Jovens pelos jovens, jovens pela igreja, jovens pelos semelhantes.
 
OBJETIVO
Salvar do pecado e guiar no serviço.
 
VOTO DE FIDELIDADE À BÍBLIA
Prometo fidelidade à Bíblia, à sua mensagem de um salvador crucificado, ressurreto e prestes a vir;
doador de vida e liberdade aos que nEle crer.

11. HINOS
 
Hino oficial dos Desbravadores teve como compositor o Pastor Henry Berg, o qual foi transcrito
em 1952. A letra atual foi traduzida por Isolina Waldvogel, e sofreu pequenas alterações para haver
uniformidade entre a silabação e a linha melódica.
 

HINO OFICIAL DOS DESBRAVADORES


Nós somos os desbravadores
Os servos do Rei dos reis
Sempre avante assim marchamos
Fiéis as Suas leis
Devemos ao mundo anunciar
As novas de Salvação
Que Cristo virá em breve
Dar o galardão.

HINO II

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Sou um Desbravador às ordens de Jesus,
Marchando com bravura vou para o lar, pois, soldado sou da cruz.
Sou um triunfador seguindo o meu Capitão,
Com nobre exemplo a mensagem darei, de amor e salvação.
Irei com prazer anunciando que Jesus vem!
Alegre serei, sempre leal Desbravador.

HINO DO CAPITÃO

Levamos a vida sempre avante


Dispostos sempre a acampar
Capitão não vacila um instante
Quando há perigo a enfrentar.
Coro:
Capitão, Capitão,
És um bravo Desbravador leal.
Capitão, Capitão,
Nesta luta verás teu ideal.

Voamos no espaço dos condores


Entramos na mata do leão
Tenho nome de Desbravadores
E a honra de ser um capitão.

12. Símbolos
Insígnia D-1
Este símbolo ao lado é chamado de insígnia D-1. É uma lembrança e uma
demonstração de respeito à trindade, representando a "Plenitude da
Trindade": Deus Pai, Filho e Espírito Santo. É também, uma apresentação
do objetivo principal do clube dos Desbravadores: o crescimento físico,
mental e espiritual (Lucas 2:52). Este símbolo deve ser usado
exclusivamente para ser colocado na manga direita do Uniforme de Gala,
em mais nenhum lugar, sendo o Emblema do Clube de desbravadores. Foi
feito pelo pastor John Hancock em 1946. Este símbolo é um triangulo
eqüilátero que ainda significa a nossa “cidadania e lealdade”, pois servimos
à Deus, à nossa pátria e ao nosso próximo. O Escudo significa proteção.
Proteção que encontramos em Deus, o nosso Escudo. A Espada significa a
Bíblia, a nossa arma em meio a guerra contra mal. A cor vermelha
representa o sangue derramado por Cristo em favor de nós. A Cor Ouro
representa a Excelência, o clube de desbravadores forma um caráter nobre,
fortalecido para o reino dos céus. A Cor branca significa a pureza, esta
encontrada em Cristo e na sua justiça e a cor azul que representa a lealdade,
a Deus, a Pátria, a Igreja, aos parentes, enfim, ao nosso Próximo.
 

16
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Insígnia D-2
É usado na cobertura (5 cm) e aparece na fivela, prendedor e no globinho.
Não contém as inscrições DESBRAVADORES e CLUBE e o escudo com
a espada fica centralizado.
 
 
Suas Cores e Símbolos:
Branco: Significa a pureza que deve ser vista na vida do Desbravador. Pureza de motivos,
propósitos, pensamentos, olhares, palavras, etc. (Apocalipse 3:5).
Azul: Significa lealdade. O Desbravador deve ser leal à Deus, à família, à igreja e à pátria.
Amarelo: Significa a excelência dos ideais. O Desbravador deve buscar metas grandes e nobres.
Vermelho: Significa sacrifício e redenção no sangue de Cristo. É a cor do sangue, da vida, do
trabalho e esforço. (Romanos 5:9)
Escudo: Significa fé e proteção. Representa a defesa, a coragem, a confiança em Deus para
enfrentar lutas e tentações. (II Timóteo 4:6)
Espada: Significa a Bíblia. A espada é usada na guerra. Estamos numa batalha contra o fracasso,
desânimo e pecado, e nossa arma é a palavra de Deus. (Efésios 6:17)
 
Globinho – D-4
Contém a insígnia D-2 sobre fundo na cor do uniforme e representa a
organização mundial dos Clubes de Desbravadores da Igreja Adventista do
Sétimo Dia. É usado na manga esquerda da camisa ou blusa, na faixa do
Desbravador e no lenço do Desbravador. No lenço e na faixa do
Desbravador é apenas traçado em azul.
 
Insígnia D-3
Apresenta um triângulo estilizado sobre um globo com o desenho da
América do Sul conforme modelo ao lado. Pode ser usada para divulgação,
colocando-se em folhetos, anúncios, cartazes, na camiseta e boné do
uniforme de atividade. E sempre que se justificar o uso de uma figura
menos formal.
 
Octógono L-1
Figura eqüilátera, com cada um dos oito lados, medindo 5 cm, como globo
dourado (mapa-múndi) estilizado em fundo azul e as seis estrelas douradas
que simbolizam as classes regulares, conforme modelo acima (mostrando
que o líder deve ter as seis classes para ser um líder). Representa a
liderança dos desbravadores e que o líder de Desbravadores está acreditado
internacionalmente com autoridade para participar nas cerimônias de
investidura. É usado no prendedor, faixa de especialidades e lenço do líder
investido.
 

13. Quem são os Desbravadores?


 
O clube de Desbravadores desenvolve atividades para juvenis de 10 a 15 anos. Esta é a idade das
mudanças, e na maioria das vezes, as crianças não estão preparadas para o fato. Não entendem o
que está acontecendo consigo e muitas vezes não são entendidas. Aparecem reações e mudanças
físicas e sociais que nunca experimentaram.

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O garoto começa a usar o porte, a palavra criança já não soa bem. A menina começa a mudar o
comportamento diante do grupo. Passam a evitar o meio infantil e tentam se entrosar com os
maiores e imitá-los. Não querem pertencer à sociedade dos guris, mas ainda não são aceitos no
grupo dos jovens. É uma fase de instabilidade, quando o juvenil se sente sem lugar.

Geralmente há grande carência afetiva neste período, e é ai que muitos pais perdem seus filhos. O
Clube de Desbravadores surge no cenário, abrindo um espaço próprio para agasalhar estes menores.
Equilibrando alegria e aventura com regulamentos e princípios. Foi criada uma didática que desafia
o espírito de aventura, alimenta a sede de descobertas e canaliza as energias.

Dentro de um programa de trabalho sério, num clima de alegria e muita amizade, tratamos de
envolver o juvenil em grupo próprio à sua idade, encher sua adolescência de muita bagagem boa e
ajudá-lo a atravessar melhor a difícil fase da puberdade. Procure conhecer melhor os
Desbravadores. Vista simbolicamente essa camisa dando seu apoio. Nosso lema é: "Salvemos as
crianças ou pereceremos com elas".

São juvenis de ambos os sexos que possuem objetivos e ideais bem definidos, os quais
proporcionam um desenvolvimento harmônico das faculdades físicas, mentais e espirituais. São
juvenis que possuem de 10 a 15 anos, mas desde o momento em que se tornam Desbravadores,
aprendem a lei do amor próprio, do amor pelo próximo e do amor para com Deus.

O Clube de Desbravadores não é apenas uma organização regional, mas se trata de uma
organização mundial.

Após ingressar num Clube de Desbravadores o juvenil tem a sua vida mudada. Todos os seus
passos são cuidadosamente observados. Seu desempenho como aluno, seu comportamento na
escola, em casa, seu relacionamento com os semelhantes e superiores, são cuidadosamente
observados, por isso, todas as semanas, reúnem-se com o objetivo de serem avaliados, orientados e
ensinados por líderes devidamente capacitados e treinados, que proporcionam momentos de
aprendizagem, num programa desenvolvido pela Igreja Adventista do 7º Dia que visa unicamente a
educação e formação para vida do juvenil.

Todos nós lutamos por um grande ideal, o de servir. Em nós estão impressas as marcas do
patriotismo, que são notórias em todas as atividades que desenvolvemos. Somos apaixonados por
nossas atividades e pela nossa luta que é cada dia maior para desenvolvermos bem todas as nossas
tarefas e responsabilidades que nos são tão confiadas. Por isso, ser um Desbravador é participar de
uma grande aventura e ter uma vontade incrível de vencer na vida.
 
Os desbravadores são conhecidos em todo o mundo. Veja como se escrevem DESBRAVADORES,
em 17 línguas diferentes:
Desbravadores Pathfinders Conquistadores Explorateur
Verkenner Watafuta Njia Eclaureur Explorator
Palilenuee Baanbrekers Pfadfinder Nvou Iboauak
Wachter Exploratore Mpisavalalana Kwanhwehwefo
Mot Ba Lome A Ke
 
Em todo o mundo existem quase 1.300.000 Desbravadores. A idade desses juvenis varia de 10 a
15 anos. Eles reúnem 1 ou 2 vezes por semana para aprenderem a superarem-se mediante os
programas e oportunidades que oferecem os Clubes locais, que são cerca de 44 mil Clubes ao redor
do globo, em todos os países que tem presença adventista. O que equivale a 140 países.

O Clube de Desbravadores não proporciona somente divertimentos e tampouco é um serviço


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semanal para cuidar de menores. É um programa oficial da Igreja Adventista do Sétimo Dia, que
começou em 1950, e se desenvolveu com a única idéia de educar e formar o caráter.
 
Um bom Clube de Desbravadores ensina prontidão, limpeza, destreza física, mental, espiritual e
serviço à comunidade (campanha do agasalho, campanha contra a fome, visitas aos necessitados,
etc.).
 
Há precisão, seja nos trabalhos manuais ou nas especialidades. Existe respeito, cortesia e
obediência de qualidade excelente. Há patriotismo e uma idéia clara dos deveres do cidadão. Há
uma promessa de fidelidade à bandeira e compromisso com a comunidade.

Os desbravadores (que não tem nenhum vínculo com os escoteiros de Baden-Powell) oferecem
variedade de experiências e oportunidades. É um serviço educacional, feito para formar belos
caracteres juvenis.
 
Os desbravadores são garotas e garotos de 10 a 15 anos comandados por líderes que normalmente
são acima de 16 anos, anunciando a esperança de um mundo melhor através da prática do ensino
Cristão. Os desbravadores usam um uniforme com emblemas que representam seu conhecimento e
treinamento, e marcham sob uma bandeira que carrega com ela o sonho de cada um deles: o
perfeito desenvolvimento físico, mental e espiritual com coragem, pureza e lealdade.

Os desbravadores são cerca de 2 milhões atuando em mais de 130 países, com mais de 40.000
clubes locais. Os Clubes de Desbravadores existem desde 1950, é um programa oficial dirigido pela
Igreja Adventista do Sétimo Dia.

Eles crêem que a Bíblia é a palavra de Deus, um guia que induz à mais alta qualidade de vida e
serviço ao próximo. Por isso, se distanciam de maus hábitos que causam danos à saúde ou à família
e ajudam aos que passam por carências físicas ou emocionais. Eles confiam na Segunda Vinda de
Jesus, que nos trará um tempo e um lugar de paz e eternos, acima e além das coisas desse mundo. O
que os motiva a buscar a cada dia uma vida cristã sem preconceitos. A lei sempre em vigor é a de
amar a Deus acima de todas as coisas e amar ao próximo como a si mesmo.

Eles vibram com as atividades ao ar livre, como: acampamentos, caminhadas, escaladas,


explorações nas matas e cavernas. Sabem cozinhar ao ar livre, fazem fogo sem fósforo, são hábeis
em nós e amarras, entendem de primeiros-socorros, desenvolvem a auto-estima através de  ordem
unida e marchas. A criatividade é despertada pelas artes manuais. Trabalham em equipe, são úteis a
igreja e a comunidade. Participam ativamente de campanhas comunitárias de ajuda aos carentes.
Amam a Deus e a pátria. Uma vez por ano eles se encontram no Campori, que é uma grande
concentração de Desbravadores de varias regiões, para atividades conjuntas, amizades e instrução.

Temos entre 10 e 15 anos, pertencemos a diferentes classes sociais, raças ou religiões, mas temos
os mesmos princípios e interesses. Cremos que a Bíblia é a palavra de Deus, que seus ensinamentos
nos apresentam a verdadeira qualidade de vida e nos ensinam o serviço aos outros. Por isso,
procuramos ajudar a todos os que passam por carências físicas ou emocionais, ao mesmo tempo em
que nos afastamos dos maus hábitos que fazem mal à saúde ou à família.
 
Nosso clube se reúne a cada domingo, desenvolvendo atividades que nos ajudam a estar bem
preparados para enfrentar a vida, servir à comunidade e preservar a natureza. Usamos um uniforme
com emblemas que representam nosso treinamento, e marchamos sob uma bandeira que simboliza
tudo o que sonhamos: o ideal de desenvolvimento físico, mental e espiritual, com muita coragem,
pureza e lealdade.
 
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Nosso clube oferece idealismo, aventura e amizade do jeito que os jovens gostam. Não fazemos
distinção de raça, crença ou classe social, mas somos uma organização internacional de jovens
cristãos idealistas, sempre ao seu dispor.

14. História da Igreja Adventista no Mundo


 
Em apenas um século e meio a Igreja Adventista do Sétimo Dia tem crescido de um punhado de
pessoas, que diligentemente estudaram a Bíblia em procura da verdade, para uma comunidade
mundial de mais de oito milhões de membros e, outros milhões, que consideram a Igreja Adventista
seu lar espiritual. Doutrinariamente, os Adventistas do Sétimo Dia são herdeiros do supra-
denominacional movimento “Milleriano” da década de 1840. Embora o nome “Adventista do
Sétimo Dia” tenha sido escolhido em 1860, a denominação não foi oficialmente organizada até 21
de maio de 1863, quando o movimento incluía cerca de 125 Igrejas e 3.500 membros.

Entre 1831 e 1844, William Miller - um pregador Batista e ex-capitão de exército da guerra de
1812 - lançou o “grande despertar do segundo advento” o qual eventualmente se espalhou através
da maioria do mundo cristão. Baseado em seu estudo da profecia de Daniel 8:14, Miller calculou
que Jesus poderia retornar a terra em 22 de outubro de 1844. Quando Jesus não apareceu os
seguidores de Miller experimentaram o que veio a se chamar “O grande Desapontamento.” A
maioria dos milhares que haviam se juntado ao movimento, saiu em profunda desilusão. Uns
poucos, no entanto, voltaram para suas Bíblias para descobrirem porque eles tinham sido
desapontados. Logo eles concluíram que a data de 22 de outubro tinha na verdade estado correta,
mas que Miller tinha predito o evento errado para aquele dia. Eles se convenceram que a profecia
bíblica previa não o retorno de Jesus à Terra em 1844, mas que Ele começaria naquela data um
ministério especial no céu para Seus seguidores. Assim, eles continuaram a esperar pelo breve
retorno de Jesus, como fazem os Adventistas do Sétimo Dia ainda hoje. Deste pequeno grupo que
se recusou a desistir depois do “grande desapontamento” surgiram vários líderes que construíram a
base do que viria a ser a Igreja Adventista do Sétimo Dia. Destacam-se dentre estes líderes um
jovem casal - Tiago e Ellen White - e um capitão de navio aposentado, José Bates. Este pequeno
núcleo de “adventistas” começou a crescer - principalmente nos estados da Nova Inglaterra na
América do Norte, aonde o movimento de Miller havia começado. Ellen White, apenas uma
adolescente na época do “grande desapontamento”, desenvolveu-se em uma dotada escritora,
oradora e administradora, se tornando, e permanecendo, a conselheira espiritual de confiança da
família Adventista por mais de 70 anos até sua morte em 1915.

Os primeiros Adventistas vieram a acreditar - como têm os Adventistas desde então - que ela
desfrutou da direção especial de Deus enquanto ela escrevia seus conselhos para o crescente grupo
de crentes. Em 1860, em Battle Creek, Michigan, EUA, um punhado de congregações de
Adventistas escolheu o nome Adventista do Sétimo Dia e em 1863 organizaram formalmente o
corpo da Igreja com um número de 3.500 membros. No princípio, a atuação foi em grande parte
limitada a América do Norte, até 1874 quando o primeiro missionário da Igreja, J.N. Andrews, foi
enviado para Suíça. A obra na África foi iniciada timidamente em 1879 quando Dr. H.P. Ribton,
um recente converso na Itália, se mudou para o Egito e abriu uma escola, mas o projeto terminou
quando tumultos começaram a surgir nas vizinhanças. O primeiro país cristão não-protestante a
receber a Igreja foi a Rússia, aonde um ministro Adventista foi enviado em 1886. Em 20 de outubro
de 1890, a escuna Pitcairn foi lançada em São Francisco e logo designada para levar missionários
para as ilhas do Pacífico. Missionários Adventistas do Sétimo Dia entraram pela primeira vez em
países não-cristãos em 1894 - Costa Dourada (Gana), oeste da África, e Matalbeleland, África do
Sul. No mesmo ano os missionários vieram a América do Sul, e em 1896 havia representantes no

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Japão.

14.1 A Reforma Protestante


Após um longo período de escuridão, vivido nos tempos da Idade Média, onde poucos tinham
acesso a leitura e as Bíblias eram escassas, Deus providenciou um caminho adequado ao
desenvolvimento de uma Reforma, que viria a atacar a soberania da Igreja Romana, que havia
nascido pura, com os apóstolos, mas acabou se corrompendo com a união ao Estado de Roma. O
primeiro passo foi, com toda certeza, a invenção da imprensa, podendo difundir a Bíblia em vários
lugares, para que todos conhecessem sua mensagem. Alguns dos grandes homens destacados neste
período são: John Huss e Jerônimo, que confrontaram as leis da época e acabaram sendo mortos por
isso. Martinho Lutero, um simples homem que sofria nos monastérios, dormindo no chão, passando
a maior parte de seus dias em jejum e se martirizando, achando que só assim seria digno do perdão
de Deus. Numa de suas penitências, subindo uma escadaria pareceu escutar “O justo viverá pela
fé”, algo que foi a transição de sua vida de tortura para a sua vida de amor a Deus, afixando 95
teses de Justificação pela Fé na catedral de Wittemberg e dando um empurrão ao movimento
protestante. Outros vieram, como John Wesley e John Calvino, continuando a oposição à Roma,
inaugurando igrejas e enfraquecendo a idéia de um Deus tirano.
 
14.2 O Desapontamento de 1844
Guilherme Miller (1782-1849) era um fazendeiro, ex-combatente da guerra pela independência dos
Estados Unidos, que só aceitou pregar para outros a muito custo, quando Deus lhe deu um sinal
enviando seu sobrinho a convidá-lo a pregar. Depois de apurados estudos do livro de Daniel e
Apocalipse, chegou a conclusão que Cristo viria a Terra entre 1843 e 1844, segundo a profecia de
Daniel 8:14, que o santuário seria purificado em 2.300 anos desde a reconstrução dos muros de
Jerusalém. Pregou para milhares de pessoas e muitas aceitaram o milerismo, como o movimento
ficou chamado. Mas a data exata seria marcada por Samuel Snow, que apresentou o dia 22 de
outubro de 1844 como sendo o dia da purificação do santuário, visto que a purificação era feita no
Dia da Expiação, no décimo dia do sétimo mês do calendário judaico, que cairia exatamente neste
dia. As datas proféticas eram precisas, assim como Cristo morreu na Páscoa e o Espírito Santo caiu
no Pentecostes. Mas o dia passou e Cristo não veio, deixando a todos o grande desapontamento,
levando muitos a abandonar o movimento.

14.3 Entendendo as Doutrinas Eternas


Todos que esperavam a volta de Cristo se sentiram grandemente desapontados, mas nem todos
persistiram na “bem-aventurada esperança”. Alguns dos que perseveraram, começaram a ter a luz
que abriu caminho para entenderem o que realmente tinha acontecido. Durante estes primeiros
anos, alguns nomes se destacaram:
·               Hirã Edson (1806-1882) – Foi ele que, muito desapontado na manhã de 23 de
outubro de 1844, caminhando por um milharal, teve uma visão que ajudou a entender porque Jesus
não havia voltado em 1844. Havia um Santuário no Céu e Cristo havia passado para o Santíssimo
naquela data. Essa tornou a doutrina base da Igreja Adventista do Sétimo Dia.
·               José Bates (1792-1872) – Passados muitos anos no mar, em conflitos, preso por
inimigos e depois de muitas aventuras, o capitão Bates casou-se e sua esposa lhe deu um Novo
Testamento, que leu e lhe interessou muito. Aceitou o milerismo e foi muito criticado por seus
vizinhos após o desapontamento. Ele se dedicou muito a entender as profecias e, foi o precursor da
reforma de saúde, eliminando da sua dieta o fumo, chá, café, bebidas alcoólicas e a carne antes
mesmo de se tornar um milerita. Recebeu a luz do Sábado da viúva Raquel Oakes (depois, Raquel
Preston), da Igreja Batista do Sétimo Dia e passou a pregar com afinco a verdade do Dia de
Descanso. Junto com Tiago White e Ellen White, fundaram a Igreja Adventista do Sétimo Dia.
·               Ellen G. White (1827-1915) – Apesar de sofrer um grave acidente na infância e
perder grande parte do tempo de estudo fundamental numa cama, foi chamada por Deus para
receber o dom de profecia (I Cor. 1:27). Casou-se com Tiago White, teve 4 filhos na qual 2
21
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morreram crianças: Henrique e Herbert. Guilherme (Willy) teve 4 filhos e 3 filhas com suas duas
esposas. Edson tornou-se um missionário no rio Mississippi, no barco “Morning Star”. Após a
morte de seu esposo Tiago (1881) foi para a Austrália e ficou lá até 1900. Terminou sua vida numa
casa em Elmsheaven, terminando seus escritos, que chegaram a 40.000 páginas de material
impresso e mais de 50.000 páginas de conselhos e inspiração.
·               Uriah Smith – Muito dedicado na causa, foi redator-chefe da Review and Herald e
mostrou-se de valor inestimável para o começo das publicações e organização adventista. Foi o
autor de estudos importantes sobre Daniel e Apocalipse. Teve sua perna amputada sem anestesia ao
4 anos de idade, devido a uma úlcera na no joelho.

14.4 A Igreja Organizada


A organização da Igreja data de 1863, com 3000 membros. Ao contrário do que muitos pensam,
Guilherme Miller não chegou a ser adventista, morreu 14 anos antes e nem chegou a aceitar o
Sábado. Desta organização foi eleito o presidente da Associação Geral e seus sucessores foram
sendo conhecidos durante a nossa história. Nossos presidentes foram:
1°) John Byington (1863-1865) – Homem dedicado, foi eleito após a recusa do grande
favorito ao cargo: Tiago White. Nasceu em 1798, ano-término dos 1260 dias (Apoc. 12:6). Apesar
da idade avançada, esforçou-se grandemente para manter a unidade da Igreja.
2°) Tiago White (1865-1867; 1869-1871;1874-1880) – Seu lema era “Gastar-se e deixar
gastar no serviço ao Senhor”, guiou a igreja em 3 diferentes períodos, totalizando 10 anos de
fecundo crescimento. Sempre avistou a importância do movimento e persistiu em acabar com a
anarquia e formar a Associação Geral.
3°) John N. Andrews (1867-1869) – Foi o primeiro a aceitar o Sábado de pôr-do-sol a pôr-
do-sol (Lev. 23:32) e escreveu vários artigos a favor do Sábado. Foi escolhido para presidente de
4.320 adventistas. Depositou todas as suas energias em levar a mensagem ao sul e oeste dos
Estados Unidos e partiu em 1874 para pregar na Europa. Tentando ampliar as fronteiras do
adventismo.
4°) Jorge I. Butler (1871-1874; 1880-1888) – Sob sua administração a Igreja viveu um
momento de acelerado crescimento, subindo o número de membros de 15.570 para 26.112 em
menos de 20 anos. Em seu tempo D. M. Canright, grande pregador, desanimou e abandonou a
Igreja, provavelmente por não ser escolhido como o novo presidente da Associação Geral.
5°) Ole A. Olsen (1888-1897) – Escolhido presidente num momento tumultuado, na
Conferência de Mineápolis, onde E. J. Waggoner e A. T. Jones levantaram a polêmica da
“Justificação pela Fé”, enfraquecendo o poder da guarda da lei. Olsen brigou e conseguiu manter a
ordem da Igreja com muito custo. Terminado seu mandato, foi para a África, ampliar os horizontes
do adventismo.
6°) Jorge A. Irwin (1897-1901) – Na alvorada do Séc. XX, teve grandes problemas: a
concentração de adventistas em Battle Creek e a crise panteísta (Deus é a natureza) defendida por
John Kellogg. Lutou para manter a ordem nestes 4 anos de mandato. Liberado de suas atividades,
fora para a Austrália.
7°) Artur G. Daniells (1901-1922) – Foi o presidente com maior tempo no cargo: 21 anos.
Passou 10 anos com a Srta. White na Austrália (1981-1900) e foi eleito presidente sem que muitos
o conhecessem nos Estados Unidos. Trabalhou em 4 áreas: reorganização da Igreja, evangelismo
urbano, ampliação do programa de penetração mundial e empenho na proclamação da justificação
pela fé.
8°) Guilherme A. Spicer (1922-1930) – Dirigiu a Igreja numa época em que todos
começavam a se recompor dos horrores da primeira grande guerra, apesar de não querer aceitar, a
princípio, tomou o lugar que foi de Daniells por duas décadas. Mostrou grande força evangelhística,
fundando uma igreja de 80 membros por dia em 1930.
9°) Carlos H. Watson (1930-1936) – Seu mandato começou um tanto conturbado, a quebra
da Bolsa de Nova York, em 1929, levou o mundo todo a tempos difíceis. O desemprego, miséria,
suicídios, greves, passeatas, depredações, fome, falências, tudo levava a crer que seriam tempos
22
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difíceis também para a Igreja. Mas Deus providenciou que fossem ganhas cerca de 90.000, nestes 6
anos, confirmando a velha mania de buscar a Deus quando se precisa.
10°) J. Lamar McElhany (1936-1950) – Seu primeiro mandato coincidiu com a Segunda
Guerra Mundia (1936-1946), levando a muitas dificuldades. Teve que, muitas vezes, carregar nos
ombros o peso dos negócios da Igreja, mas foi persistente e mostrou muita garra para isso, o que o
levou a ser reeleito até o ano de 1950.
11°) Guilherme H. Branson (1950-1954) – Seu lema era “A principal tarefa da Igreja é a
salvação de almas”. Um líder nato, administrador leal, homem de visão, este era Branson, que
passou muitos anos evangelizando na China e foi perseguido pelo comunismo, vendo as igrejas,
escolas e hospitais que haviam aberto, serem fechadas ou nacionalizadas pelo Governo da China.
Mas não desanimou e seguiu para o alvo: Jesus.
12°) Ruben R. Figuhr (1954-1966) – Reeleito duas vezes, viu cerca de 500.000 novos
adventistas sentarem às fileiras da Igreja. Trabalhou 18 anos nas Filipinas (1923-1941) e viu o
aumento de 5.000 para 25.000 conversos neste espaço de tempo. Quando presidente da Divisão Sul
Americana, trabalhou muito e sem desanimar para levantar o número de adventistas na região que
chegava a apenas 33.000 no início da déc. de 50.
13°) Robert H. Pierson (1966-1979) – Iniciou o seu mandato com o objetivo de ver a obra
terminada em seus dias. Depois de surpreendente esforço, viu o grande aumento do contingente da
Igreja e renunciou em 1978 devido a problemas circulatórios.
14°) Neal C. Wilson (1979 – 1992) – Depois da inédita renúncia de Pierson, começou-se uma
era de ouro, onde o evangelismo foi tomado como prioridade absoluta. O Projeto “Mil Dias de
Colheita” foi lançado com o propósito de alcançar cerca de 1.000 batismos ao dia, durante 1.000
dias (set/1982 – jun/1985), mas eles haviam subestimado o poder de Deus em evangelizar através
de Sua Igreja, no primeiro trimestre o alvo foi ultrapassado na casa de 1.171 por dia, sendo que no
final do projeto mais de 1 milhão de novos adventistas estavam em nossas fileiras.
15°) Robert Folkenberg (1992-2000) –
16°) Ian Paulsen (2000-2001) –

14.5 Alguns Inconvenientes


·  Justificação pela Fé – A Assembléia de 1888 ficou marcada na história da Igreja pela
polêmica da Justificação pela Fé, protagonizada por E.J. Waggoner e A.T. Jones.
·  M. Rowen e A. Philips – Estas duas mulheres disseram ter o Espírito de Profecia em
substituição à Ellen White. Rowen após a morte da Sra. White e Philips quando Ellen White se
encontrava na Austrália.
·  A Crise Panteísta – O doutor John Kellogg teve valor inestimável para o crescimento da
Igreja, mas acabou desviando seus princípios e passou a pregar o panteísmo, na qual Deus é e está
na natureza. Tomou para si o Sanatório de Battle Creek, que queimou num incêndio e tentou
publicar suas idéias panteístas na Casa Publicadora de Battle Creek, que também se incendiou pelo
juízo divino aos seus maus caminhos.
·  Tabernacle Dime – Nunca foi plano de Deus que Seu povo se juntasse num determinado
lugar, era plano dele que Seu povo se espalhasse na Terra, foi assim com a Torre de Babel e com as
perseguições em Jerusalém, forçando todos a irem aos gentios. O Tabernáculo Dime (dime é
equivalente à moeda de 10 cents de dólar, pois foi ajuntando estas moedas que se construiu o
templo) era um centro adventista que atraía adventistas, cada vez mais. A chama divina incendiou o
“templo da junção”.
·  Outros – O Movimento da Carne Santa, o Grupo Marion, o Movimento Reformista, a
agitação de Robert Brinsmead, Desmond Ford e Walter Rea, muitos movimentos tentaram tirar a
paz da Igreja e provocar a quebra da unidade, mas nada conseguiu pelo simples fato de termos o
nosso Deus no comando, com Ele a frente, chegaremos juntos aos Céus.

14.6 A Igreja Adventista Hoje


23
Curso para Conselheiros 08/05/2022 Página 23 de 73
A Igreja hoje tem atuação estabelecida em 209 países. A publicação e distribuição de literaturas
foram os principais fatores no crescimento do movimento do Advento. A Advent Review e o
Sabbath Herald (hoje Adventist Review), órgão geral de comunicação da Igreja, foram lançados em
Paris, Maine, em 1850; o Youth’s Instructor em Rochester, Nova Iorque, em 1852; e o Signs of the
Times em Oakland, Califórnia, em 1874. A primeira casa publicadora denominacional em Battle
Creek, Michigan, começou a operar em 1855 e foi devidamente incorporada em 1861 com o nome
de Associação de Publicação Adventista do Sétimo Dia.

O Instituto de Reforma da Saúde, conhecido mais tarde como Sanatório Battle Creek, abriu suas
portas em 1866, e a obra da sociedade missionária foi estabelecida a nível estadual em 1872, em
1877 viu a formação das Associações das Escolas Sabatinas em todo o estado. Em 1903, a sede da
denominação se mudou de Battle Creek, Michigan, para Washington, D.C., e em 1989 para Silver
Spring, Maryland, aonde ela continua a formar o nervo central do trabalho sempre em expansão.

A Igreja hoje tem 12 Divisões espalhadas pelo mundo. Acompanhe abaixo as principais
características de cada uma delas:
- África Oceano Índico – composta de 32 países, principalmente de língua francesa, localizadas na
África e nas ilhas do Oceano Índico.
- Este-África - 10 nações principalmente ao longo da costa oriental de Djibouti para Botswana.
- Euro-África – são 3 nações de língua portuguesa localizadas na África e mais 25 países do centro
da Europa, ligados por idiomas comuns.
- Euro-Ásia - estados da Comunidade de Estados Independentes (países nascidos da antiga União
Soviética).
- Interamericana - 46 nações, inclusive o México, as Ilhas Caribenhas e quatro países no lado
norte da América do Sul.
- Norte Americana – Estados Unidos, Canadá, Ilhas Bermudas, duas Ilhas no Oceano Pacífico,
além do Havaí, e duas localidades na costa de Newfoundland.
- Ásia Pacífico Norte - Seul, Coréia, China, Japão e Mongólia.
- Sul do Pacífico - Austrália, Nova Zelândia, Quiribati e as ilhas do Pacífico Sul.
- Sul da Ásia - Índia, Nepal, Butão, e as Ilhas de Maldive.
- Ásia Pacífico Sul - 13 países no Oriente e Ilhas do Pacífico.
- Trans-européia - 30 nações, entre elas Inglaterra, Escandinávia e os Balcãs, sul da Polônia, parte
da Grécia e alguns países do Oriente Médio, Paquistão e Afeganistão.
- Sul-Americana - 8 nações da América do Sul. Dentre as quais destacamos o Brasil. Nossa União
é chamada de União Centro Oeste Brasileira – UCOB.

15. História da Igreja Adventista no Brasil


 
Igreja Adventista do Sétimo Dia (o nome adventista é uma referência à sua crença no advento,
segunda vinda de Jesus), surgiu entre as décadas de 1850 e 1860 concomitantemente nos
Estados Unidos e na Europa.

O padre Jesuíta chileno Manuel Lacunza que nasceu em 1731, escreveu um livro singular – La
Venida Del Mesias em Gloria y Majestad. Conhecido desde 1785, o livro do padre Jesuíta foi
impresso em 1812. Esta publicação agitou os meios religiosos, e foi precursora do movimento
Adventista dos que crêem na segunda vinda de Jesus. No início do século passado, no seio das
igrejas evangélicas, o movimento alastrou-se, tendo como foco o advento, ou o retorno pessoal
de Jesus. Daí surgiu a palavra Adventista, caracterizando uma das crenças fundamentais da

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Igreja.

Dentro deste movimento, uma atenção especial foi dada ao estudo da Bíblia, tanto do Novo
como do Velho Testamento. Surgiu também a compreensão do dia do repouso Bíblico de
acordo com Êxodo 20, bem o relato do Velho Testamento e confirmado por nosso Senhor Jesus
Cristo no Novo Testamento. A observância do quarto mandamento da Lei de Deus como uma
homenagem semanal ao Criador e ao Salvador que vai voltar a terra, caracterizou também a
nova igreja que surgia na metade do século passado tomando forma legal em 1863, nos Estados
Unidos.

No Brasil, a mensagem Adventista chegou através de impressos que ingressaram nas colônias
de imigrantes alemães e austríacos, nos estados de Santa Catarina, São Paulo e Espírito Santo.
Um livro bem conhecido, “Der Grosse Kampt”(O grande Conflito), em alemão, chegou às mãos
do jovem Guilherme Stein Jr, na época noivo de Maria Krahembuhl.

Este livro descreve a história universal sob o enfoque religioso e bíblico, dando, além do
vislumbre do passado, uma projeção quanto ao futuro, em termos proféticos, tendo como base
especialmente os livros de Daniel e Apocalipse. Após sua leitura, este jovem resolveu unir-se à
Igreja Adventista do Sétimo Dia, e foi batizado no Brasil, em 1895, nas proximidades de
Piracicaba, estado de S. Paulo.

Nesta ocasião outros batismos também ocorreram em Santa Catarina entre as pessoas batizadas
estava Guilherme Belz. Guilherme Belz nasceu na Pomerânia, Alemanha, em 1835. Veio para o
Brasil e estabeleceu-se na região de Braunchweig (hoje Gaspar Alto), a cerca de 18 quilômetros
de Brusque. Certa ocasião, ao voltar das compras na Vila de Brusque, notou algo de especial
nos papéis envolvidos nas mercadorias. O papel de embrulho trazia um texto escrito em alemão.
A leitura do impresso deixou Belz pensativo por várias semanas, até que, ao visitar o irmão
Carl, descobriu que este havia comprado um livro do alcoólatra Frederich Dressler - livro que
"coincidentemente" tratava, dentre outras coisas, do mesmo assunto do folheto. O livro era o
Comentário Sobre o Livro de Daniel, de Urias Smith e também estava escrito em alemão.

Ao tentar pegá-lo da estante, Guilherme derrubou-o no chão. O livro se abriu justamente no


capítulo intitulado "O Papado Muda o Dia de Repouso". Este título fez Belz recordar sua
juventude na Alemanha. Nascido em uma família luterana, Guilherme tinha por hábito ler a
Bíblia, mas algo o intrigava: "Se apenas o sábado é mencionado nas Escrituras, por que
guardamos o domingo?" Sua mãe Luise e o pastor de sua igreja desconversavam e, por isso, a
resposta teve de aguardar muitos anos.

Como estava com pressa, Guilherme despediu-se de Carl levando emprestado o livro
segurando-o como se houvesse descoberto um tesouro precioso. Chegando em casa, ele
investigou o assunto do sábado mais a fundo, comparando o conteúdo do livro com a sua Bíblia.
Finalmente, Belz convenceu-se da santidade do sábado. Guilherme tinha então 54 anos e
tornava-se, assim, o primeiro a reconhecer, no Brasil, o sábado como dia do Senhor, graças à
literatura adventista. Os Belz não demoraram a espalhar sua nova crença pela região, pois
tornaram missionários voluntários na região onde moravam. Pouco tempo depois, algumas
famílias já se reuniam para estudar a Bíblia e orar.

Em maio de 1893, por designação da Associação Geral da Igreja Adventista do Sétimo Dia, o
missionário Albert B. Stauffer chegou ao Brasil. Juntamente com outros missionários, Stauffer
espalhou a literatura adventista em Indaiatuba, Rio Claro, Piracicaba e outras localidades.
Assim, os primeiros interessados na mensagem Adventista, em São Paulo, foram surgindo. O
mesmo crescimento aconteceu no estado do Espírito Santo, onde Stauffer espalhou vários
25
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exemplares do livro O Grande Conflito, da escritora Ellen White.

Os adventistas que viviam em São Paulo e no Espírito Santo, observavam o sábado e criam na
volta de Jesus, mas, estavam totalmente alheios à existência dos irmãos de Santa Catarina que
há alguns anos professavam a mesma fé.

Em agosto de 1894, chegou ao Brasil outro missionário adventista: Willian Henry Thurston.
Willian, acompanhado da esposa Florence, veio dos Estados Unidos com a missão de
estabelecer um entreposto de livros denominacionais no Rio de Janeiro, para atender aos
missionários no Brasil. Thurston trouxe duas grandes caixas de livros e revistas, impressos em:
inglês, alemão e pouca coisa em espanhol. Na época, não havia nada publicado em português,
pois a Casa Publicadora Brasileira só iniciaria suas atividades a partir de 1900.

Para chegar ao seu destino, muitos impressos eram despachados nos navios, outros nos barcos
fluviais a vapor (ou mesmo a remo), outros ainda em carros de boi, em lombo de burro e, às
vezes, em alguns lugares, nas costas dos missionários.

Em 1896 o casal Stein começa a trabalhar no Colégio Internacional de Curitiba, Paraná, a


primeira instituição educacional Adventista do Brasil.

 
15.1 Desenvolvimento Cronológico Resumido da Igreja Adventista no Brasil:

1884 - O pacote contendo dez revistas Arauto da Verdade, em alemão, chega a Brusque,
SC.
1890 - Surgem os primeiros seguidores da fé Adventista no Brasil. Os primeiros
observadores do sábado em Gaspar Alto, SC. Guilherme Belz é o pioneiro.
1893 - Albert B. Stauffer, primeiro missionário enviado ao Brasil pela Liderança Mundial
da Igreja Adventista, chega em São Paulo.
1894 - (1) Albert Bachmeier encontra Adventistas em Brusque e em Gaspar Alto;
(2) W. H. Thurston chega ao Rio de janeiro com dois caixotes de livros, estabelecendo naquela
cidade um depósito de livros.
1895 - (1) Pastor Frank H. Westphal chega ao Rio de janeiro em fevereiro. Acompanhado
por Albert Stauffer, inicia uma viagem realizando batismos em São Paulo e terminando com a
cerimônia batismal de Gaspar Alto, em junho;
(2) Em oito de junho de 1895, a primeira igreja adventista do Brasil é estabelecida com a
inauguração de seu templo na cidade de Gaspar Alto, Santa Catarina;
(3) No mês de julho, os irmãos Berger chegam ao Brasil para colportar;
(4) Pastor H. F. Graf chega ao Brasil em agosto e, em dezembro, realiza o batismo em
Santa Maria do Jetibá, no Espírito Santo;
(5) É criada a Missão Brasileira da Igreja Adventista.
1896 - (1) Pastor Spies chega ao Brasil e batiza 19 pessoas em Teófilo Otoni, Minas
Gerais; (2) Em julho começa a funcionar o Colégio Internacional de Curitiba, PR, a primeira
escola particular adventista.
1900 – (1) Além da escola paroquial já existente em Gaspar Alto, começa a funcionar a
escola missionária, sob a direção do Pastor John Lipke; (2) começa a ser publicada a revista O
Arauto da Verdade, em português, mas ainda em tipografia secular. Guilherme Stein Jr. foi seu
primeiro editor.
1903 – Em agosto, o Colégio Superior de Gaspar Alto é transferido para Taquari, RS. A
escola paroquial da igreja de Gaspar Alto, entretanto, continuou funcionando.
1904 – (1) O Pastor Ernesto Schwantes visita o comerciante José Lourenço Mendes, em
Santo Antônio da Patrulha, RS. Surgem as igrejas de Campestre e Rolante e inicia-se a transição
26
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do adventismo das colônias alemãs para todo o Brasil; (2) o Pastor Lipke consegue, nos EUA, a
doação de um prelo para o Brasil.
1905 – O prelo é montado no colégio de Taquari, RS. A Sociedade Internacional de
Tratados no Brasil (embrião da Casa Publicadora Brasileira) inicia suas atividades gráficas.
1907 – A Casa Publicadora Brasileira (então conhecida como Tipografia Adventista de
Taquari) é transferida de Taquari para São Bernardo do Campo, São Paulo.
1911 – (1) José Amador dos Reis, da igreja de Rolante, ingressa na colportagem,
passando depois à obra bíblica, na qual foi ordenado ao ministério, tornando-se o primeiro
pastor adventista brasileiro ordenado (em 1920); (2) é organizada a União Brasileira, com sete
campos, 68 igrejas e 1.550 membros.

No ano 2000, a Igreja Adventista do Sétimo Dia é uma comunidade mundial. Ela reúne mais 11
milhões de membros e, outros milhões, que a consideram seu lar espiritual.

16. História dos Desbravadores no Mundo


 
Em 1919 Arthur Spalding, editor do Wathman Magazine, começou um clube de Escoteiro
Missionários, em seu lar na cidade de Medisson - Tenessee , EUA. A idéia começou com seu filho
que acampou com alguns escoteiros. Arthur estudou a organização, formulou novas diretrizes,
compatíveis com os objetivos espirituais da Igreja e criou o seu clube. O clube de Arthur fazia
excursões de fim de semana, trabalhos manuais, e seguimento de pista. Os Escoteiros Missionários
desenvolveram ideais que foram fundamentais para o atual Clube dos Desbravadores (entre estes o
Voto, a Lei e o Lema, que foram redigidos em 1921).

A Associação Geral adotou os nomes de Amigo, Companheiro e Camarada para as primeiras


Classes J.A. (antiga Classes Progressivas), na Sessão de Primavera realizada em São Francisco,
1922, (inicialmente como um programa para jovens.).

C. Lester Bond secretário do Depto. De Jovens da Associação Geral preparou as primeiras


especialidades em 1928, quando já havia 1075 Desbravadores (dados de 1927).

Em 1930, em Santa Ana, surgiu um Clube para juvenis sob a liderança do Dr. Theron Johnston. As
reuniões eram realizadas no porão de sua casa, e as primeiras instruções fora: Técnicas de Rádio e
Eletrônica. Sua filha Maurine, que o tinha ajudado com o rádio, protestou quando não lha foi
permitido participar do clube. Como resultado sua mãe iniciou outro Clube para meninas, que se
reunião no sótão. Os Clubes de Maurine e Johnston se reunia uma vez por mês em conjunto e iam
acampar. Utilizavam-se os requisitos para os jovens das Classes Progressivas. Como uniforme tinha
apenas ema camisa especial. É difícil saber como tal programa podia ser tão combatido.

O Clube de Johnston usou o nome de Desbravadores escolhido por Mckin, seu assessor. Não temos
certeza de onde ele obteve esta inspiração, embora suponha que a idéia tenha surgido após o
primeiro acampamento da Associação do Sudeste da Califórnia em 1928, onde um dos oficiais da
Associação contou-lhes a história de John Fremont, um explorador americano, ao qual se referiu
como desbravador. Depois ao ser formado a Clube, Mckin pode ter se lembrado disto. Outras
fontes atribuem o nome ao local do primeiro acampamento conduzido pelo Pr. John Hancock em
1946, Pathfinders Camp (Campo dos Desbravadores).

Outro evento importante de 1930, que preparou o terreno para o rápido crescimento do Clube dos
Desbravadores depois que estes foram realizados, foi o acampamento de Wawona no parque de

27
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Yosemite, onde 40 diretores de jovens foram capacitados para a liderança dos chamados
acampamentos culturais, com um programa amplo, que incluía pioneiria, trabalhos manuais,
estudos da natureza, caminhadas e excursões com equipamentos para pernoite, programa ao pé da
fogueira, e demais instruções do que hoje é conhecido como Classe J.A., tudo isso sobre um fundo
de idealismo religioso, lealdade denominacional e civismo.

Também em 1930 foram estabelecidas as Classes Preliminares, atualmente usadas pelos


aventureiros. No início alguns Clubes não recebiam o apoio das igrejas sendo que alguns foram até
fechados sob ameaça de exclusão, (um deles foi o Dr. Johnston). Apesar disso a idéia permanecia, e
alguns Clubes prosperaram.

Entre 1931 e 1940 outras associações aderiram ao programa. Na União Norte do Pacífico L. A.
Skinner funda o clube “Locomotivas” - (Traiblazers).   Em 1935 iniciam-se os acampamentos de
jovens. O primeiro manual em português destes acampantes culturais foi editado em 1947.
Inicialmente, os membros usavam uniformes verde-floresta, o que o ajudou na identificação do
Clube com a Natureza. O objetivo do uso do uniforme era a identificação como grupo ao saírem a
partilhar sua fé. Outros objetivos eram manter o moral entre os membros, dando-lhes a consciência
de pertencer a uma organização importante e também o uso do mesmo em cerimônias como
investiduras, desfiles, etc. O uniforme verde embora ainda utilizado em outros países, foi trocado
por uniforme cáqui no Brasil, depois que um jovem líder de desbravadores usando a calça verde do
uniforme foi confundido comum terrorista disfarçado, e preso, na década de 70. No início desta
mudança o uniforme mantinha a cor verde-floresta, depois unificou a cor para ambos os sexos.

Em 1946, o secretário J. A. da Associação do Sudeste da Califórnia, Pr. John Hancock, depois


Líder Mundial, desenhou o emblema do Clube de Desbravadores, incorporando idéias do Clube
Locomotivas. Os três lados do emblema representam o desenvolvimento Físico, Mental e Espiritual
dos membros do Clube. A espada representa o Espírito Santo, o Escudo da fé. Juntos objetivando
indicar que o Clube de Desbravadores é uma organização espiritual, relacionado a igreja.

Ainda neste período teve o início do primeiro Clube patrocinado pela Associação de Riverside,
Califórnia. O jovem estudante universitário chamado Francis Hunt foi eleito pela igreja como
diretor, para iniciar o clube com cerca de 35 membros.

Em 1947 a Associação Geral solicita a União Norte do Pacífico, elaboração de normas e planos
para a transformação do Clube de Desbravadores para um programa Mundial. Esta planificação foi
desenvolvida pelo Pr. J. R. Nelson, que era na época Diretor da União. Lawrence Paulson, diretor
do Clube de Glendale - EUA, escreveu os primeiros manuais.

Em 1948, Henry Berg projetou a bandeira dos Desbravadores, e em 1952 compôs o hino dos
Desbravadores.

O Clube de Desbravadores embora já existisse, ainda não havia sido oficializado, fato que ocorreu
em 1950, tendo o Departamento de Jovens da Associação Geral adotado oficialmente o CLUBE DE
JOVENS MISSIONÁRIOS VOLUNTÁRIOS como programa mundial.

O primeiro Campori dos Desbravadores ocorreu de 7 a 9 de Maio de 1954, em Idlewild na


Califórnia (dados de 1953 indicavam a existência de 29.679 desbravadores).

O dia dos Desbravadores começou a ser comemorado em 1957, inicialmente designado para o 3º ou
o 4º sábado de setembro (atualmente comemoramos em Abril). O primeiro brasileiro a usar
uniforme foi o Pr. Cláudio Belz, que esteve nos EUA, por volta de 1960, onde conheceu o Clube,
gostou da novidade, mandou fazer uniforme e o usava ao voltar para o Brasil enquanto tentava
28
Curso para Conselheiros 08/05/2022 Página 28 de 73
iniciar a organização de um Clube no Rio de Janeiro, na Igreja do Méier. Este uso de uniforme não
pastoral foi bem recebido, no início por alguns membros.

Atualmente o Clube de Desbravadores é um dos Departamentos fundamentais da Igreja Adventista


do Sétimo Dia, e tem como objetivo principal prover atividades educacionais e recreativas aos
membros da igreja e da comunidade.

17. História dos Desbravadores na América do Sul


 O primeiro Clube oficial na América do Sul foi o Clube “Conquistadores de La Iglesia”, da Igreja
de Miraflores no Peru, inaugurado oficialmente por um pastor em 1961, que na semana seguinte
esteve em Ribeirão Preto, inaugurando o primeiro Clube Brasileiro, que fora organizado pelo Pr.
Wilson Sarli, sendo seu primeiro diretor o Sr. Edgar Tursílio. Na outra semana, este mesmo pastor
– Pr. Wilson Sarli, esteve no Rio de Janeiro oficializando o Clube organizado pelo Pr. Cláudio
Belz. Logo a seguir, organizou-se o Clube de Desbravadores da Igreja do Capão Redondo, tendo
como seu diretor o Pr. Joel Sarli.

Quando a mensagem adventista entrou no Peru em 1889, mais ou menos 68 anos após a
independência, ninguém sonhava com que o céu havia planejado para o futuro do país. Os anos
passaram, a igreja cresceu até chegarmos no ano de 1955. Um grupo de jovens que assistia à Igreja
de Miraflores, perto de Lima, ouviu com muito interesse sobre a existência de um grupo de jovens e
adolescentes organizados num Clube chamado Desbravadores, que se envolviam em diversas
atividades especiais para sua idade.

O interesse cresceu rapidamente, as informações chegaram e foram passadas adiante e os sonhos


começaram a ser formulados. Então, alguns dos líderes de jovens da igreja decidiram que era tempo
de tomar coragem e estabelecer um Clube de Desbravadores moldado em solo peruano, sob a
liderança e encorajamento do irmão J. Von Pohle, então diretor de jovens da União Incaica. Os
líderes desse novo Clube eram um jovem casal, Nercida Ruiz (Diretora do Clube) e seu marido
Armando, Sra. Phil, Segundo Guerra, Moises Rojas, Leonardo Pinedo e Sra. Ruf. Esse pequeno
grupo de pioneiros se reuniu e se empenhou na tarefa de estabelecer o que tornou o primeiro Clube
de Desbravadores no Peru e na América do Sul.

Sob a liderança de Nercida, (também a primeira diretora do clube na América do Sul) o primeiro
problema que eles enfrentaram foi à escolha de um nome. Várias opções foram consideradas, como
"Crianças Exploradoras", "Exploradores de Trilhas", "Conquistadores" e outros. Foi escolhido o
nome "Conquistadores" pelos seus significados potenciais. Assim eles formaram um clube onde as
crianças podiam "conquistar o mundo para Cristo", "conquistar novos amigos" e como membro do
primeiro clube, a Sra. Nira Florian, lembra, "Conquistar o Reino do Céu". O novo nome também
estava em harmonia com o objetivo da liderança que era oferecer aos jovens, adolescentes e juvenis
da igreja, atividades de acordo com sua faixa etária visando o seu desenvolvimento total e
harmônico, dando-lhe oportunidades de testemunhar por Jesus.

Quarenta e cinco anos se passaram desde aquele início e podemos agora olhar para trás e avaliar os
resultados. Alguns daqueles primeiros membros agora são líderes de outros clubes organizados nos
anos subseqüentes. Dentre estes estão os líderes do clube da Igreja da Avenida España que mantém
um registro ininterrupto de funcionamento, sendo o segundo clube a ser estabelecido em Lima e o
segundo na América do Sul. Outros membros viajaram para além de nossas fronteiras e ainda
continuam a trabalhar em favor dos jovens da igreja. Outros são pastores aqui e muitos são
"apenas" membros comuns que apóiam totalmente a obra de suas igrejas locais.
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Curso para Conselheiros 08/05/2022 Página 29 de 73
As atividades desse primeiro Clube foram cheias de aventuras. As atividades do clube incluíam:
reuniões especiais, que tratavam de um tema apropriado para a faixa etária; e muitas reuniões
apresentavam os ideais dos Conquistadores como o Voto e a Lei. Lugares com abundante
vegetação eram pesquisados (uma tarefa nada fácil na costa desértica do Peru) e assim esse tempo
era gasto junto á criação de Deus. Cultos de pôr-do-sol no sábado, juntamente com votos de
renovação ao serviço e decisões de fidelidade a Deus que ainda estão na memória dos membros
antigos do Clube. Os grandes acampamentos, as histórias lendárias contadas ao redor da fogueira,
as competições amigáveis e a camaradagem cristã ainda permanecem vivos na memória. As classes
de artesanato que resultaram em souvenirs: luminárias, mata-moscas, lenços elegantes, álbuns de
fotos, porta-moedas, almofadas para alfinetes e uma variedade exótica de outros objetos que eram
postos em exibição e então comprados pelos pais e outros visitantes interessados em conhecer do
que se tratava o clube.

Alguns membros do clube também se lembram de classe de culinária na qual foram ensinados a
fazer deliciosos pratos peruanos juntamente com algumas especialidades internacionais. No
encerramento do curso, os pais foram convidados para um banquete especial preparado por seus
filhos - isso causou um forte impacto nos pais, tanto quanto nas crianças.

Não podemos deixar de mencionar a primeira classe batismal durante o segundo ano, liderado pelo
marido da Sra. Nercida, Armando. Seus esforços resultaram nos primeiros dez desbravadores sendo
batizados naquele ano. Este foi um marco que resultou em uma carta especial de felicitações
enviada pelos administradores da Divisão Sul Americana.

Um dos maiores problemas enfrentados pelos líderes de jovens foi à decisão pelos uniformes e por
sua obtenção. Finalmente decidiram pela cor caqui para os meninos e para as meninas eles tingiram
o tecido de verde escuro para as saias que serão usadas com blusas brancas. Hoje ainda existem
alguns dos quepes "estrangeiros" que eles usavam. Mas a despeito de todo o trabalho, logo foram
capazes de trajarem todos os 40 membros com trabalhos impecáveis. O aspecto vistoso do clube,
com seus elegantes uniformes e bandeiras agitadas provocaram muitas exclamações dos curiosos e
despertou o desejo em muitas crianças de fazerem parte do clube.

Hoje, após quatro décadas de existência, contamos com um verdadeiro exército de jovens e mais de
150 Clubes de Desbravadores no país, todos com os mesmos objetivos. Todos cantando com
grande entusiasmo: "Conquistadores somos, los siervos del buen Jesús". Eles sobreviveram aos
muitos anos das sérias dificuldades criadas pelos grupos políticos subversivos no país. Temos
orgulho de termos sido os pioneiros e de ainda fazermos parte dos mais de 100.000 desbravadores
da Divisão Sul Americana.

Aproveitamos esta oportunidade para expressar nossa gratidão a Sra. Nercida Ruiz, a Deus e aos
outros jovens visionários por seus esforços que nos leva a dizer literalmente com Jesus: "Tudo o
que o homem semear, isso também ceifará". Ela esteve presente no III Campori Sul Americano em
2005 e recebeu os agradecimentos de 20.000 Desbravadores da DSA. (Texto compilado da apostila
“Uma eterna Aventura - 50 Anos de História” da UCB).

18. História dos Desbravadores no Brasil


 
Em nosso país a história dos Desbravadores possui poucos registros e documentação
comprobatória. Não existem atas, nem livros, nem artigos de revistas, nem jornais que confirmem

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os fatos relatados. Falando ao jornalista Michelson Borges, da Casa Publicadora Brasileira, Henry
Feyerabend disse: "Eu sempre entendi que em Lageado Baixo foi fundado o primeiro Clube do
Brasil, mas não tenho nenhuma prova disso, nem certeza tenho, pois não há nenhum registro da
organização desse clube". Muitas realizações, nomes de pessoas, datas e informações podem ter
caído involuntariamente no anonimato ou simplesmente ter sido esquecidos pelas deficiências
naturais da comunicação oral. Conseqüentemente, as versões existentes, aqui apresentadas, podem,
num momento ou noutro, chocar-se. Mas que tal encarar tudo isso como parte de um grande e belo
mosaico construído por muitos atores? O que você vai ler a seguir faz parte de um esforço de
reconstrução da história, baseado praticamente em lembranças e relatos de personagens muito
importantes para os Desbravadores no Brasil. Eles efetivamente contribuíram para estabelecer um
programa que deu certo, e o mérito de todos (Cláudio Belz, Edgard Turcílio, Henry Feyerabend,
Jairo de Araújo, Jesus Nazarenth Bronze, José Silvestre, Luis Roberto Farias, Osvaldo Haroldo
Fuckner, Wilson Sarli... ) foi acreditar no potencial dos juvenis e jovens cristãos de nosso país. A
dificuldade de precisar nomes, lugares e datas pode ser a oportunidade de dedicar somente a Cristo
as homenagens e o louvou pelo grande empreendimento espiritual e social que é o Clube de
Desbravadores.

Segundo Claudinei Candido Silva, pesquisador do Departamento de Desbravadores da Associação


Geral, o Pastor Jairo Tavares de Araújo, então líder da juventude adventista da Divisão Sul-
Americana, com sede ainda no Uruguai foi o primeiro a incentivar a organização de Clubes de
Desbravadores na América do Sul. Em 1957, ele preparou um pequeno manual sobre como
organizar um Clube de Desbravadores.

Em São Paulo
"Tive a oportunidade de conversar com o Pr. Jairo de Araújo, por ocasião de um Campori da União
Central Brasileira, realizado em Brasília, quando ele e eu fomos homenageados pela criação desse
movimento [Desbravadores] no Brasil", conta o Pastor Wilson Sarli. "Ele me lembrou de quando,
em 1959, por ocasião das comemorações dos 40 anos da Sociedade dos Missionários Voluntários
no Brasil, realizadas no artigo Colégio Adventista Brasileiro, de 29 de julho a 1 de agosto, ele
lançou um desafio para a criação de clubes de desbravadores. Eu estava presente a este congresso,
ainda como distrital em Bauru, SP. Mas, até então, não havia desbravadores no Brasil. Era uma
atividade desconhecida."

O primeiro contato que o Pastor Wilson Sarli teve com um clube de desbravadores organizado, foi
no dia 6 de janeiro de 1961, em Embalce Rio Tercero, na Argentina. Ele havia recém assumido o
Departamento de Jovens da Associação Paulista e estava representando São Paulo no Congresso de
Jovens da União Austral. Na sexta-feira assistiu as apresentações de um clube de desbravadores no
Chile, sob a liderança do Pastor John B. Youngberg, missionário americano que havia criado o
clube naquele país.

De volta ao Brasil, com todo material que conseguiu com o Pastor Youngbeerg, o Pastor Wilson
pediu a sua secretária que o traduzisse. Segundo ele, esse material foi-lhe solicitado pelo Pastor
Henry Feyerabend e também serviu de apoio ao surgimento dos Desbravadores em Santa Catarina.
Alguns dias depois, o Pastor Jesus Nazareth Bronze, então Distrital de Ribeirão Preto, comunicou-
lhe que a comissão da igreja havia recentemente escolhido um diretor para o Clube de
Desbravadores local, a ser fundado, e solicitava instruções para o seu funcionamento.

Em Ribeirão Preto, o Pastor Wilson foi apresentado a um dos primeiros diretores de clube do
Brasil, o jovem - Luis Roberto Farias, que foi substituído logo depois por Edgard Turcílio. No
sábado, todos aguardavam ansiosos pelas palavras do Pastor da Associação, que naquele dia
pregaria sobre o Clube de Desbravadores.

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Em Santa Catarina
O Pastor norte-americano Henry Raymond Feyerabend, nascido a 10 de junho de 1931, também
participou no Congresso na Argentina, em 1961, como Diretor de Jovens da Missão Catarinense.
Segundo o Jornal Adventista da Associação Catarinense, o Pastor Feyerabend chegou ao Brasil em
24 de Dezembro de 1958, já trazendo em sua bagagem as idéias da formação de clubes de
Desbravadores, adquiridas em seu distrito nos Estados Unidos. No dia 20 de abril de 1960,
Feyerabend dirigiu uma reunião de planejamento das atividades do futuro Clube de Desbravadores
Vigilantes, que se iniciaram no dia 28 de abril de 1960... De acordo com Elza Fuckner Alves, que
então contava com 11 anos, sua irmã, Lúcia Fuckner dos Santos, nasceu exatamente um dia antes
da reunião inaugural (19 de abril de 1960). A identidade de Lúcia confirma a data. Ademar Zabel
ainda lembra que, por ter apenas nove anos de idade na época, não poderia participar do Clube, mas
acabou sendo aceito depois de muita insistência. Hoje (abril de 2000), Ademar tem 49 anos.

Entretanto, em e-mail de 25/10/00, para Francisco Lemos, o Pastor Henry Feyerabend afirma com
respeito à origem dos Desbravadores em Santa Catarina: " Não tenho nada escrito para confirmar a
data de início dos clubes. Minha memória também não é perfeita. Fui para Santa Catarina em 1958
e saí de lá em 1962, transferido para A voz da Profecia. Organizei 7 ou 8 clubes em Santa Catarina
nesse período. Mas a Associação não tem nada que confirme as datas em seus arquivos. Os
membros da Igreja de Lageado Baixo dizem que tem certeza de que o seu clube foi organizado
antes da viagem para a Argentina em 1961. Mas como já falei, eu não tenho dados escritos nem
memória para declarar que foi assim".

No mês de julho de 1961, o Pastor Feyerabend recebeu a visita do Pastor Youngberg, que viera ao
Brasil passar algumas dicas sobre como organizar clubes de desbravadores. Naquele tempo já havia
clubes em seis cidades catarinenses - Lageado Baixo, Joinville, Blumenau, Florianópolis, Benedito
Novo e Bom Retiro. O primeiro a ser fundado foi o de Lageado Baixo, que teve como primeiro
Diretor o jovem Osvaldo Haroldo Fuckner.

O evento mais marcante para o Pastor Feyerabend foi a realização de um campori na praia de
Itapema, em 1961. "Reunimos naquele acampamento os clubes que havia em Santa Catarina", conta
Feyerand: - "Não me lembro do número exato de pessoas que participaram, mas, creio que tivemos
quase 200, contando os desbravadores, conselheiros, pastores e instrutores”.

No Rio de Janeiro
Quase na mesma época em que o Pastor Wilson Sarli organizava o clube de Ribeirão Preto, o
Pastor Cláudio C. Belz (bisneto do pioneiro Guilherme Belz) recebia dos Estados Unidos material
sobre os Desbravadores. Na época, ele era Diretor de Jovens na Associação Rio-Minas. Seu pai,
Rodolpho Belz, traduziu as apostilas e ambos, pai e filho, ficaram entusiasmados com as idéias
nelas apresentadas. O Pastor Cláudio preparou um sermão sobre o assunto e o apresentou na igreja
de Pavuna, no Rio de Janeiro. Pouco tempo depois, vestindo seu uniforme recém-confeccionado
(foi o primeiro desbravador uniformizado em nosso país) e de bandeira em punho apresentou-se na
Igreja de Meyer, Rio de Janeiro, onde também falou sobre a importância do Clube de
Desbravadores. "Na hora do culto, algumas se retiraram da igreja", lembra o Pastor Cláudio. "Na
saída, chamaram-me de louco. Onde já se viu um pastor adventista organizando um clube dentro da
igreja, com uniforme, bandeira, hino oficial... Quase desanimei. Ainda bem que meu pai era o
presidente da União Este-Brasileira e, como homem de visão, deu-me toda a cobertura".

O Pastor Cláudio Belz organizou o seu primeiro campori de União, no Brasil, e o primeiro campori
Sul-Americano. Segundo dados da Associação Geral, ele foi o Diretor de jovens que mais tempo
dedicou aos Desbravadores: 33 anos. Junto com o Pastor Youngberg, Cláudio Belz fundou Clubes
em vários lugares do Brasil.

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Desafio Juvenil – 1o Campori no Brasil
Nos dias 1º a 4 de novembro de 1970, 350 desbravadores tiveram a oportunidade de participar do
primeiro Campori de Associação (congresso do qual participaram vários clubes) realizado no
Brasil. A cidade escolhida foi Pirassununga, SP. E os organizadores foram o Pastores Rodolpho
Gorski (então diretor de jovens da antiga União Sul Brasileira, cuja sede era São Paulo) e José
Silvestre. "Lembro-me da viagem que fizemos de trem de São Paulo até Pirassununga", recorda o
Pastor Gorski. "Lembro-me com saudades das barracas, do programa, das atividades, dos banhos
no rio, e da cachoeira". Havia Clubes do interior do Estado e da capital, o que tornava aquele
encontro um fato inédito, uma vez que os acampamentos até então eram realizados isoladamente
por clubes.

Além de ser um dos organizadores desse primeiro Campori, o Pastor José Silvestre foi um desses
homens que vestiu o uniforme dos desbravadores para nunca mais tirar, Natural de Regente Feijó,
SP, Silvestre começou a trabalhar com Desbravadores (na Obra) em 1972, com 34 anos. Foi
ordenado ao Ministério em 1975. Em 1978 foi para o distrito de Registro, SP, onde organizou três
clubes, que funcionam até hoje. Em 1980 assumiu o Departamento de Jovens da Associação
Paulista, a fim de continuar trabalhando com os Desbravadores. "Sempre gostei de trabalhar com os
jovens porque eles encaram mais facilmente os desafios", diz o Pastor Silvestre.

Esse gosto pelos Desbravadores começou bem cedo, quando Silvestre ainda estava no Colégio
Interno, onde fundou o Clube de Desbravadores do IAE, em 1965. Na época ele leu muitos livros,
manuais e apostilas dos escoteiros e outros movimentos ligados à educação de menores. Pesquisou
também os livros de Ellen G. White e encontrou apoio no que ela escreveu sobre a educação,
orientação e formação dos jovens e juvenis.

Os desbravadores das décadas de 1960 e 1970 não tinham materiais didáticos nem equipamentos.
Naquela época as barracas eram caras e muitos materiais eram importados. Também não tinham
líderes preparados, mas insistimos na realização de cursos e na preparação de novos líderes. Foram
tempos difíceis, é verdade, mas acreditamos e antevimos milhares de jovens e juvenis que se
firmariam na Igreja, sendo, no futuro, líderes fortes" lembra o Pastor Silvestre.

Os pequenos clubes fundados no início da década de 60, no Rio de Janeiro, Santa Catarina, São
Paulo e outros Estados de nosso país foram a célula inicial do que são hoje os mais de 100 mil
desbravadores, organizados em quase 3.000 clubes. "Em mais de 50 anos de história e milhares de
acampamentos e Camporis, os Desbravadores acumularam muitos troféus. Eles não são apenas de
madeira e metal. Os mais preciosos são pessoas, juvenis que cresceram e hoje são empresários,
pastores, professores, médicos e gente que está espalhada no mundo todo, anunciando com a sua
vida que Jesus em breve voltará. As faixas de especialidades, os broches, a farda, a bandeira azul e
branca, o escudo vermelho e amarelo são lembranças da esperança plantada no peito. Com amor,
brincadeiras e muitas felicidades.” - (Texto compilado do livro “Aventuras ao Ar Livre” da Casa
Publicadora Brasileira)

Em Goiás
O Clube de Desbravadores mais antigo é o Centauro, da Igreja Central de Goiânia, fundado em
1962, seguido do Clube Lince, da Igreja Central de Anápolis, também fundado no mesmo ano de
1962. Atualmente, a Associação Brasil Central - ABC, pertencente a União Centro Oeste Brasileira
- UCOB, possui cadastrados mais de 120 clubes, tendo realizado até 2005 o total de 18 Camporis
na Associação.

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19. História das Classes J.A.
 

1922 - São introduzidas as Classes Progressivas MV: Amigo, Companheiro, Camarada e Guia
Camarada.
1930 - Estabelecidas Classes MV Preliminares: Abelhinhas Laboriosas, Luminares,
Edificadores.
1938 - Publicado o Manual de Guia.
1945 - Reimpresso o Manual de Guia.
1956 - Acrescentada a Classe Progressiva. Treinamento de Líder para Liderança Jovem e
Juvenil. Revisão do Manual de Líder.
1958 - Acrescentado Classes Progressivas MV: Amigo da Natureza, Companheiro de
Excursionismo, Guia de Novas Fronteiras.
1963 - Revisão do Manual de Líder.
1966 - Acrescentada a Classe Progressiva - Pioneiro.
1972 - 50º Aniversário das Classes Progressivas MV: Amigo, Companheiro, Guia e Líder.
1982 - Classe Progressiva de Excursionista acrescentada entre as classes de Pioneiro e Guia.

20. HISTÓRIA DAS ESPECIALIDADES

Em 1922, A. W. Spalding e Harriet Holt traçaram planos para o que, anos depois, se tornaria o
Clube de Desbravadores. De 1920 a 1946, Elder C. Lester Bond, secretário do Departamento de
Jovens da Associação Geral, escreveu manuais e em 1928 incluiu 16 honras (ou méritos)
vocacionais (chamados de AY ou Honras para a Mocidade Adventist1) para os programas MV e
JMV. Lester Bond obteve a permissão do líder dos escoteiros para usar algumas de suas idéias e
materiais. Por volta de 1929, já haviam 35 honras. Outras pessoas que ajudaram a promover estes
programas foram Elder E. W. Dunbar e Theodore Lucas.

1929 - Os Méritos Vocacionais foram renomeados para Especialidades Vocacionais.


1951 - O nome Especialidades Vocacionais é alterado para Especialidades MV. Também,
outras são acrescentadas e/ou revisadas, onde muitas sofreram alterações em seu nome.
1976 - Acrescentado Mestrados (Aquático, Artesão, Conservação, Estruturação,
Afazeres Domésticos, Naturalismo, Desportista, Técnico, Vida no Deserto e
Testemunho).
1980 - O nome Especialidades MV é alterado para Especialidades JA.
1995 - Publicado novo “Manual de Especialidades do Clube dos Desbravadores” pelo
Departamento dos Ministérios da Área Jovem da Divisão Sul-Americana.
 2002 – Após uma reforma geral no manual de especialidades dos desbravadores, muitas
especialidades são acrescentadas, totalizando 271.

21. História dos Camporis


 
Com o crescimento do programa dos Desbravadores, em 1954 a idéia de um Camporee de
Desbravadores foi introduzida em Idyllwild. Para este Camporee no sudeste da Califórnia, Charles
Martin, diretor de Jovens desta Associação e seu associado, Harry Garlick, foram os coordenadores.
O primeiro Camporee de Divisões além-mar foi realizado na Suécia, em 1971, pelas divisões da

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África Ocidental e Norte da Europa. Infelizmente, a Divisão da América do norte n ão foi capaz de
realizar um Camporee até 1985. O Camporee da Divisão Norte-Americana foi realizado em Camp
Hale, em um antigo local da divisão “Alpine”, do exército americano próximo a Leadville, nas
montanhas do Colorado. A Divisão Norte-Americana não aprovou mais por um bom tempo
nenhum Camporee de Divisão, mas a União da Colúmbia patrocinou um Acampamento da
Amizade ne Pensilvânia, em 1989, e desbravadores de todas as divisões estavam presentes. De fato,
no sábado, haviam mais de 23 mil pessoas, é interessante notar, no entanto, que nas divisões além-
mar, os Camporees de Divisão eram realizado praticamente a cada 4 anos.

Em nossa Divisão Sul-Americana, o primeiro Campori de Divisão aconteceu em Foz do Iguaçu/PR,


nos últimos dias do ano de 1983 até os primeiros dias de 1984. O segundo campori aconteceu na
cidade de Ponta Grossa/PR, no início do ano de 1994. O terceiro em Santa Helena (PR), em 2005
com mais de 20.000 Desbravadores, sob o tema “Fonte de Esperança”.

Em nível de Associação, nos dias 1º a 4 de novembro de 1970, 350 desbravadores tiveram a


oportunidade de participar do primeiro Campori de Associação (congresso do qual participaram
vários clubes) realizado no Brasil. A cidade escolhida foi Pirassununga, SP. E os organizadores
foram o Pastores Rodolpho Gorski (então diretor de jovens da antiga União Sul Brasileira, cuja
sede era São Paulo) e José Silvestre. "Lembro-me da viagem que fizemos de trem de São Paulo até
Pirassununga", recorda o Pastor Gorski. "Lembro-me com saudades das barracas, do programa, das
atividades, dos banhos no rio, e da cachoeira". Havia Clubes do interior do Estado e da capital, o
que tornava aquele encontro um fato inédito, uma vez que os acampamentos até então eram
realizados isoladamente por clubes.

A seguir, cronologicamente, uma trajetória dos acampamentos e camporis desde os primórdios das
Sociedades de Jovens Adventistas:
1925 - Primeiro Acampamento de Juvenis, realizado na Austrália.
1926 - Primeiro Acampamento de Juvenis, para meninos, nos Estados Unidos, em Town Line Lake,
Michigan.
1927 - Acampamento de Juvenis, para meninos e meninas, em Michigan e Wisconsin (para
participar no acampamento o jovem deveria ter sido investido na Classe Amigos).
1928 - Primeiro Acampamento de Jovens, Associação Sul da Califórnia, em Julian CA.
Primeiro Acampamento de Jovens da Associação da Califórnia do Sul, em San Gabriel
Canyon.
1932 - Compra do primeiro Acampamento de Desbravadores MV em Idyllwild, Califórnia.
Publicado o Manual de Líderes de Acampamento.
1953 - Primeiro Camporee de Desbravadores, de 09 a 11 de outubro, na Associação Sul da Nova
Inglaterra, em Ashburnham, MA.
1954 - Segundo Camporee de Desbravadores, de 07 a 09 de maio, na Associação do Sul da
Califórnia, no Acampamento de Desbravadores MV, Idyllwild, CA.
Primeiro Camporee de Desbravadores da Associação Central da Califórnia, Middleton
Lake,
Fresno, Califórnia.
1960 - Primeiro Camporee da União realizado de 11 a 14 de Abril, União do Pacífico, em Lone
Pine, Califórnia.
1966 - Comemorado o 40º Aniversário do Primeiro Acampamento.
1967 - Acampamento Adventista para Cegos.
1970 - Primeiro Camporee de Desbravadores no Brasil, da Associação Paulista, realizado pelos Pr.
Rodolfo Gorski e Pr. José Silvestre. Foi realizado de 01 a 04 de Novembro, na cidade de
Pirassununga. Participaram 350 pessoas.
1971 - Primeiro Camporee de Divisão em Vasterang, Suécia (Divisão Norte-Européia – África
Ocidental).
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1972 - Camporee da Divisão Euro-Africana, de 19 a 29 de Julho, em Vilach, Áustria.
1975 - Camporee da Divisão Australiana, 01 a 06 de Janeiro, em Yarramundi, Sydney, Austrália.
1976 - Comemorado o 50º Aniversário do Acampamento dos Juvenis.
1977 - Camporee da Divisão Euro-Africana, de 11 a 19 de Julho, na Itália.
Camporee da Divisão Norte-Européia - África Ocidental, de 19 a 25 de Julho, em
Kallioniemem, Finlândia.
1978 - Primeiro Camporee à nível de Divisão, de 04 a 08 de Novembro, em Bangalore, Índia.
1979 - Primeiro Camporee de União, no Brasil.
1980 - Mudado o catálogo de Acampamentos MV para Catálogo Mundial de Acampamentos
Adventistas.
1981 - Camporee da Divisão Euro-Africana, de 22 de Julho a 1 de Agosto, em Monoblet, França.
1983 - Primeiro Camporee dos Desbravadores da Divisão Inter-Americana, de 24 a 29 de Março,
em Oaxtepec, México.
Primeiro Camporee dos Desbravadores da Divisão Sul-Americana, de 28 de Dezembro a 4
de Janeiro de 1984, Foz do Iguaçu, Brasil.
1985 - Primeiro Camporee dos Desbravadores da Divisão Norte-Americana, de 31 de Julho a 6 de
Agosto, em Camp Hale, Leadville, Colorado. Diretor: Les Pitton.
1989 - Camporee da Amizade, 07 a 12 de Agosto, em Mount Union Pennsylvania, patrocinado pela
União Columbia. Diretor: Ron Stretter.
1993 - II Camporee da UCB, realizado em Ilha Solteira (MT).
1994 - Camporee Internacional dos Desbravadores "Dare to Care", de 02 a 06 de Agosto, em
Morrison, Colorado. diretor Ron Whitehead.
II Camporee de Desbravadores da Divisão Sul-Americana, de 10 a 16 de Janeiro, em Ponta
Grossa, Brasil. Diretor: Pr. José Maria.
Camporee de Desbravadores da Divisão Trans-Européia.
1996 - III Campori da UCB, realizado em Brasília com cerca de 5.000 desbravadores.
2002 - Camporis de Uniões (UCB, UNB, USB, UEB), pela primeira vez será realizado em um
mesmo ano camporis de todas as uniões do Brasil.
2005 – III Campori Sul Americano em Santa Helena / PR.
(Texto compilado do livro “História dos Desbravadores”, John Hancock)

22. Legião da Honra JA


Eu, voluntariamente, desejo unir-me à Legião da Honra dos Jovens Adventistas e pela graça e
poder de Deus irei:
Honrar a Cristo naquilo que escolho contemplar;
Honrar a Cristo naquilo que escolho ouvir;
Honrar a Cristo na escolha de lugares que decido ir;
Honrar a Cristo na escolha de amigos;
Honrar a Cristo naquilo que escolho falar;
Honrar a Cristo no cuidado do meu corpo.

Histórico: A Legião da Honra JA foi introduzida pela primeira vez num Concílio de Jovens, em
1953. O incentivo veio de uma citação de Ellen White em 1902. Esta declaração apareceu,
primeiramente, no livro Testemonies, vol. 7, pág. 64, e pode também ser encontrada no livro
Mensagem aos Jovens, pág. 270: "Moços e moças, leiam literatura que lhes dê o verdadeiro
conhecimento, e que ajude toda a família. Digam firmemente: 'Não gastarei tempo precioso em
leituras que não me trarão qualquer benefício e que não me prepararão para ajudar aos outros.
Dedicarei meu tempo e pensamentos a adquirir preparo para o serviço de Deus. Fecharei meus

36
Curso para Conselheiros 08/05/2022 Página 36 de 73
olhos para as coisas pecaminosas e frívolas. Meus ouvidos são do Senhor, e não ouvirei o
raciocínio sutil do inimigo. Minha voz não estará de forma alguma sujeita a uma vontade que não
esteja na influência do Espírito de Deus. Meu corpo é o Templo do Espírito Santo, e todas as
energias do meu ser serão consagradas a causas nobres'."

Material Retirado do Manual de Guia da Divisão Sul Americana (2002)

23. CONSELHEIRO (A) - DESCRIÇÃO DE FUNÇÃO


01. Presidir e convocar eleições anuais internas nas unidades para escolha de Capitão(ã),
Secretário(a) e nome da Unidade;
02. Investir em cerimônia na reunião do Sábado: Capitão(ã) e Secretário(a);
03. Supervisionar desenvolvimento espiritual, disciplinar, relacionamento em grupo e familiar
dos membros de sua unidade;
04. Trabalhar em prol do crescimento, organização e fortalecimento da sua unidade;
05. Promover a integração e o intercâmbio entre as Unidades;
06. Fazer parte do Clube de Líderes, participar dos cursos de capacitação e treinamento;
07. Supervisionar as atividades e disciplinas do clube e unidades;
08. Promover avaliação semestral da sua unidade;
09. Assinar cartões de Classes Progressivas (espaço destinado a trabalho em Unidade);
10. Ajudar os Desbravadores de sua unidade com dificuldade de acompanhar o calendário
pedagógico anual, auxiliando os Instrutores para cumprimento do Planejamento anual;
11. Visitar Desbravadores com problemas psicológicos ou comportamentais e orientar os pais
sobre as atividades do clube;
12. Planejar festa de confraternização anual, e de aniversariantes mensalmente (em conjunto
com Secretária Geral, Secretária da Unidade e Diretora de Alimentação);
13. Estimular e apoiar os desbravadores no cumprimento do Voto, Lei e Alvo;
14. Participar da sistemática de pontuação Honra ao Mérito;
15. Disciplinar os Desbravadores;
16. Orientar e supervisionar tarefas do Capitão(ã) e Secretário(a);
17. Participar das reuniões de avaliação semestrais com a Diretoria do Clube;
18. Orientar a Unidade na formação das TRADIÇÕES da Unidade;
19. Orientar a Secretária da Unidade a cadastro atualizado dos membros, para possível
necessidade de PLANO – CONTATO EMERGENCIAL;
20. Observar hierarquia da Organização: ABC, Pastor, Regional, Comissão IASD, Clube,
Diretor Geral, Diretores Associados, Diretor Eventos, Diretor Segurança e Estrutura,
Diretoria Alimentação, Diretor Patrimônio, Tesoureiro, Secretária Geral, Bibliotecária,
Enfermeiro, Instrutores, Conselheiros, Capitão(ã), Secretários, Desbravadores.

24. DEVERES DO CAPITÃO

1. Auxiliar o Conselheiro e cuidar da unidade quando requisitado ou em sua ausência;


2. Portar e segurar o bandeirim da unidade de maneira correta e dignamente;
3. Zelar da Bandeira da unidade nos acampamentos, apresentações e reuniões;
4. Ser responsável pela presença da unidade nas reuniões e fazer as apresentações ao Oficial do
Dia;
5. Treinar a unidade nos exercícios de ordem unida;

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Curso para Conselheiros 08/05/2022 Página 37 de 73
6. Preparar-se para ser um substituto natural do conselheiro quando chegar o momento ideal e
necessário;
7. Encaminhar ao conselheiro os casos de indisciplina;
8. Ser um “especialista” em: Ordem Unida, Civismo, Arte de Acampar, Orientação, Nós,
Primeiros Socorros, Pioneiria;
9. Ser pontual, dinâmico, otimista, vibrante, integrar os membros da Unidade;
10. Ser Desbravador exemplar, disciplinado, atencioso, calmo e justo.
11. Auxiliar a unidade a zelar, desenvolver e construir: tradições da unidade (grito de guerra,
datas comemorativas, festas tradicionais da unidade, histórico da unidade, emblemas, tema,
bandeirim, bandeira, site da Unidade, Hino da Unidade, etc), caixa de equipamentos da
Unidade, caixa de primeiros socorros, machadinha, etc.

25. DEVERES DA SECRETÁRIA DA UNIDADE:


- Cumprir as funções do Capitão em sua ausência;
- Verificar se todos os equipamentos da Unidade retornaram depois do acampamento;
- Servir como mensageiro entre a Unidade e a Diretoria na falta do Conselheiro;
- Fazer formulário de justificativa para Desbravadores faltantes;
- Guardar todos os registros dos Desbravadores junto com o Secretário Geral do Clube
e a seu convite;
- Fazer relatórios específicos dos Projetos e eventos realizados pela Unidade;
- Fazer Histórico e registrar tradições;
- Fazer chamada das reuniões semanais e lançar a pontuação dos Desbravadores;
- Fazer lista dos aniversariantes do mês;
- Manter cadastro atualizado da Unidade junto à Diretoria e efetuar o Plano – Contato
Emergencial quando solicitado pelo Capitão, Conselheiro e Diretoria;
- Auxiliar na sistemática de pontuação, apuração de honra ao mérito e Boa Conduta;
- Conferir os uniforme dos Desbravadores nas reuniões;
- Fazer Curso de Secretaria e atender os chamados da Secretária Geral do Clube.

26. DEVERES DO TESOUREIRO de UNIDADE

- Supervisionar compra de Cartões, manuais, materiais diversos, e equipamentos com verbas da


Unidade;
- Trabalhar em prol do crescimento, organização e fortalecimento do clube;
- Fazer relatório financeiro bimestral para aprovação do Conselheiro;
- Participar dos cursos de capacitação e treinamento;
- Fazer balanço anual com extratos mensais discriminados;
- Auxiliar nas campanhas diversas visando: valores monetários para custear eventos, Carnês,
aquisição de equipamentos, doações especiais e venda de produtos;
- Assinar recibos de taxas, contribuições diversas e donativos;
- Visitar Desbravadores inadimplentes, orientando os pais sobre as atividades do clube e uso das
taxas de mensalidades;
- Fazer recebimentos e cobranças, organizando Livro de Caixa;
- Participar da sistemática de pontuação de Honra ao Mérito indicando os Desbravadores
rigorosamente pontuais (pagamento até o dia 10);
- Participar das reuniões de avaliação da Unidade;
- Observar hierarquia da Organização: ABC, Pastor, Regional, Comissão IASD, Clube, Diretor
Geral, Diretores Associados, Diretor Eventos, Diretor Segurança e Estrutura, Diretoria
Alimentação, Diretor Patrimônio, Tesoureiro, Secretária Geral, Bibliotecária, Enfermeiro,
Instrutores, Conselheiros, Capitão(ã), Secretários, Desbravadores.
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27. DEMAIS FUNÇÕES
Serão descritas e nomeadas conforme decisão da Unidade.

28. DEVERES DO ALMOXARIFE


Um dos mais importantes cargos e funções exercidos em uma unidade. Este desbravador zela,
cuida, toma conta de todo o patrimônio da unidade desde as barracas, pratos de plástico, Caixa de
Tradições, Bandeira da Unidade e outros equipamentos e utensílios de acampamento. O
Almoxarife, também, auxilia o Diretor de Patrimônio e de Estrutura do Clube na conservação dos
bens do Clube.

29. DEVERES DO PADIOLEIRO


Em alguns clubes, a unidade tem o seu próprio material de primeiros socorros e é este desbravador
que zela por este material. Além disso, o Padioleiro se dedica com mais afinco para o cumprimento
da Especialidade de Primeiros Socorros, visando auxiliar a Unidade quando necessário.

30. Estrutura do Clube

Trilhas nos bosques, caminhadas nas montanhas, acampamentos, ordem unida, camporis,... afinal,
você já parou para pensar por que a igreja montou estes programas? Já imaginou quanto é gasto
com todas estas atividades? Será que as pessoas que participam ou até dirigem estão sabendo por
que estão fazendo tudo isto? Você acha inteligente sair por aí fazendo mil coisas sem saber por que?
Só pelo entusiasmo, sem saber a verdadeira finalidade? Muitas coisas saem erradas porque as
pessoas não têm a visão do porque estão fazendo as coisas.

Tudo com gosto de aventura, movimentação, alegria, comandos, apelos aos sentidos, situações que
facilmente podem descambar para o lado emocional e perder de vista o objetivo que é: “Salvar as
crianças”

30.1 Organograma e hierarquia

 O Clube de Desbravadores é uma organização mundial, que segue as diretrizes da Conferência


Geral da Igreja Adventista do Sétimo Dia, seguindo o organograma e a hierarquia que segue anexo
ao final desta apostila.

30.2 Classes e Especialidades

As Classes Desbravadoras e as especialidades são materiais pelos quais são alcançados os


crescimentos: físico, mental, social e espiritual dos juvenis. Elas estão direcionadas para as faixas
etárias diferentes, visando satisfazer suas necessidades.

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Curso para Conselheiros 08/05/2022 Página 39 de 73
As Classes Desbravadoras estão divididas da seguinte maneira:
 
Classes
Cor Classes Avançadas Cor Idade
Regulares
Amigo Azul Amigo da Natureza Azul e Amarelo 10
Companheiro Vermelho Companheiro de Excursão Vermelho e Amarelo 11
Pesquisador Verde Pesquisador de Campo e Bosque Verde e Amarelo 12
Pioneiro Preto ou cinza Pioneiros de Novas Fronteiras Preto e Amarelo 13
Excursionista Vinho Excursionista da Mata Vinho e Amarelo 14
Guia Amarelo Guia de Exploração Amarelo e Branco 15
 
Classes Especiais:
Líder 16 Anos
Líder Máster 18 Anos
Líder Máster Avançado 18 Anos

Padrões de Capacidade Física:


Medalha de Prata Acima de 14 Anos
Medalha de Ouro Acima de 16 Anos

Especialidades: Atualmente no Brasil temos 271 especialidades traduzidas. As especialidades são


divididas nas seguintes áreas:
Habilidades Domésticas Fundo Laranja
Artes e Habilidades Manuais Fundo Azul Claro
Atividades Agrícolas e Afins Fundo Marrom
Atividades Missionárias Fundo Azul
Ciência e Saúde Fundo Azul Escuro
Estudos da Natureza Fundo Branco
Atividades Profissionais Fundo Vermelho
Atividades Recreativas Fundo Verde
Especialidades Regionais Fundos Variados

30.3 ESPECIALIDADES DE JESUS

INSTRUTOR – MAT 11:1


ARTES DOMÉSTICAS

01. AD-04 - Arte de Padeiro – Mat. 4:4; 6:11; 7:9; 16:8; 26:26
02. AD-07 – Costura Básica – Mat. 10:10; Lc. 7:25; 08:27; 12:23; 15:22;
Apoc. 1:13
03. AD-14 – Nutrição (Avançado) - Mat. 6:25; 7:19; 10:10; Lc 3:11
04. HM-11 – Contabilidade – Mat. 17:25; 8:22
05. HM-36 – Pão Artesanal – João 6:32,35; 21:13
06. HM-43 – Trabalhos em Madeira
07. AP-04 – Cabeleireiro – Mat. 10:30; Lc 12:7; 21:18
08. AP-05 – Carpintaria – Mc.
09. AM-03 - Arte de Contar História Cristã – Mat. 13:34
ATIV. MISSIONÁR

10. AM-04 – Asseio e Cortesia Cristã – Mc. 1:40;41; 7:3; João 13:5,8
40
Curso para Conselheiros 08/05/2022 Página 40 de 73
AS
11. AM-08 – Enfermagem – Mc. 7:33
12. AM-09 - Enfermagem Caseira – João 9:11,14
13. AM-12 – Evangelismo Bíblico – Mat. 7:28
14. AM-13 – Evangelismo Pessoal – Mat. 4:17; João 7:28
15. AM-14 – Liderança Juvenil – Mat. 8:01; Mc 10:14
16. AM-16 – Magistério – Mat. 21:23; Mc 6:34; João 7:14
17. AM-17 – Mordomia – Mc. 12:41; Lc. 16:01
18. AM-18 – Primeiros Socorros Básicos – Mat. 8:7
19. AM-19 – Primeiros Socorros – Mat. 4:23
20. AM-20 – Primeiros Socorros (Avançado) Mat. 8:7

DA NATUREZA
ESTUDOS
21. AM-22 – Resgate Básico – Mat. 20:28; I Tim 2:6
22. AM-25 – Vida Familiar – Mc. 3:31-35; Lc. 2:40;52
23. N-03 – Animais Domésticos – Mat. 10:16; João 12:14; 13:38
24. N-06 - Areia – Mat. 7:26
25. N-07 – Árvores – Mat. 3:10; 21:8
26. N-08 – Árvores (Avançado) - Mat. 7:17,19; Lc. 6:44
27. N-10 – Aves Domésticas – Mat. 23:37; 26:34
28. N-12 – Cães – Mat. 15:26; Mc. 7:27
29. N-13 – Climatologia – Mat. 7:25; 14-24; 24:27
30. N-14 – Climatologia (Avançado) – Mat. 8:26,27; 14:32; 16:3;
Lc. 12:54,55
31. N-21 – Estrelas – Mat. 2:2; Mc. 13:25
32. N-22 – Estrelas (Avançado) – Mat. 24:19; Lc. 21:25
33. N-23 – Flores – Mat. 6:30
34. N-24 – Flores (Avançado) – Mat. 6:28; Lc. 12:27
35. N-39 – Ótica – Mat. 6:22,23; 9:29; 13:15; 16; 18:9; Mc. 7:34; João 1:48
36. N-40 – Pássaros – Mat. 10:29; Lc. 12:6
37. N-41 – Pássaros (Avançado) – Mat. 6:26; 8:20; 13:4,32
38. N-43 – Peixes – Mat. 12:40; João 21:10
39. N-47 – Répteis – Lc. 10:19; 11:11; João 3:14
40. N-48 – Rochas e Minerais – Mat. 21:42
41. N-49 – Rochas e Minerais (Avançado) – Mat. 7:25; 27:60; Lc. 6:48
42. N-51 – Sementes - Mat. 13:4,24,27; Mc. 4:28,31
43. N-52 - Sementes (Avançado) – Mat. 13:32,38; 17:20
44. AA-04 - Criação de Cabras - Mat. 25:33
AGRÍCOLAS
ATIV.

45. AA-06 – Criação de Ovelhas – Mat. 9:36; 10:6; 18:12; 25:32;


João 10:1,3,4,7
46. AA-07 – Criação de Pombos – Mat. 10:16; 21:12; João 2:14
47. AA-09 – Jardinagem e Horticultura – Mat. 13:26,32; Mc. 4:32
48. AA-12 – Pomicultura – Lc. 13:6
49. AR-07 – Canoagem- Mat. 14:13; João 6:17
50. AR-12 – Escalada – Mat. 15:29; 17:1
51. AR-17 – Excursionismo Pedestre – Mc. 10:32; João 11:9
ATIV. RECREATIVAS

52. AR-20 – Filatelia – Apoc. 5:2,5,9; 6:1


53. AR-21 – Fogueira e Cozinha ao Ar Livre – João 6:11,26
54. AR-38 – Natação – João 6:19
55. AR-40 – Nós – João 2:15
56. AR-41 – Numismática – Mat. 22:19-21; 25:18,27; 26:9; 28:15;
Mc. 6:8; 12:41
57. AR-42 – Orientação – Mat. 23:10; Lc. 6:39

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58. AR-45 – Pionerismo – Mc. 1:38
59. AR-49 – Salvamento de Afogados – Mat. 14:31
60. AR-50 – Salvamento de Afogados (Avançado) – Mat. 14:30-32
61. AR-52 –Vida Primitiva – Mat. 6:25; 8:20; 16:26; 19:29
Preparado por Pr. Leônidas V. Guedes

30.4 Cantinho da Unidade:

a) Pode ser realizado na Reunião do Clube aos domingos, mas, também, pode ser em outro
horário, só os membros na casa de alguém. Previamente combinado, é uma das oportunidades
para colocar o conselheiro em contato com os desejos e aspirações dos Desbravadores que
dirige, para que possa agir, tanto quanto possível de acordo com eles. Nestas reuniões convidar
a Unidade a decidir sobre determinadas atividades, com este procedimento acaba trazendo um
bom espírito de cooperação.

b) O que fazer no Cantinho:


1. Eventos do Clube – com respeito a sua participação.
2. Problemas de membros faltosos.
3. Acampamentos de Unidades.
4. Visitas ilustres.
5. Debates.
6. Toda a atividade da Unidade, especialidade, Classe J.A..
7. Dedicar tempo para aquisição do conhecimento técnico para poder prestar auxílio a quem quer
que seja.

É essencial o comparecimento pontual do conselheiro.

31. ATIVIDADES DA UNIDADE e DO CLUBE


O ideal é que o clube se reúna, no mínimo, uma vez por semana e que a Unidade também tenha seu
cantinho na sua reunião semanal (reunião separada de cada Unidade com o seu conselheiro).

31.1 Atividades Diversas - Um clube ativo faz:


- Campismo
- Recreações ao ar livre
- Cerimônias e solenidades cívicas
- Artes manuais e especialidades JA
- Classe JA
- Estudos de Natureza
- Atividades culturais (passeio à Museus, Exposição, Mostra de Vídeos, etc.)
- Feiras de Desbravadores
- Camporis
- Planos e materiais para Serviços à comunidade
- Fanfarra

31.2 Projetos Missionários e Espirituais:


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Num Clube modelo e numa unidade exemplar, as atividades espirituais e missionárias permeiam
todas as outras.
- Visitação (Líderes do Clube, Ancião, Pastor, Idosos, Órfãos, Doentes, etc.)
- Recepção na Igreja
- Recolta de Donativos
- Cursos “Como Deixar de Fumar”
- A “Voz dos Juvenis”
- Vigílias e Koinonias - Debates
- Semana de Oração Infanto-Juvenil
- Batismo de Desbravadores – todos uniformizados
- Distribuição de folhetos
- Gincana Bíblica (Maquetes, Mímica, Teatro, Oratória)

31.3 Atividades Sócio-Culturais

- Visitas ao Zoológico, Museus, Aquário Público, Planetário, etc.


- Palestras e exposições.
- Visita a uma Estação Posto de Meteorologia ou Observatório.
- Visita a uma Usina Hidrelétrica.
- Visita a uma Fábrica de Alimentos
- Conhecer uma Base Aérea
- Oferecer uma recepção para os Pais
- Fazer festinha dos membros da Unidade uma vez ao mês. Cada mês na casa de um, após fazer os
acertos com os pais.
- Atuação em rádio (entrevista, anúncio de alguma programação dos Desbravadores, contatos com
radioamadores, etc.)
- Publicar uma coluna em um jornal.

31.4 Projetos de Acampamentos e Atividades ao Ar Livre

- Excursões de sobrevivência no Campo.


- Excursões noturnas, com sinalização por lanternas.
- Prática de subir em árvores usando cordas.
- Construir uma jangada
- Explorar uma caverna (com ajuda de um conhecedor)
- Caminhada em dia chuvoso – acender fogo.
- Armar e acender um fogo sobre uma jangada flutuando sobre a água.
- Construir forno de acampamento
- Praticar técnicas de salvamento.
- Seguimento de Pista.
- Estudar pegadas de animais, tipos de árvores, de solos, penas de aves, etc.
- Fazer acampamento dedicado às boas maneiras.

32. Uniforme

O uniforme de Desbravadores ajuda a tornar o programa dos Desbravadores mais real e visível. É
representativo dos ideais e padrões do Clube em todo mundo. Cada membro se torna representante
muito importante da organização e o uso do uniforme o ajuda a alimentar essa consciência de

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pertencer a um Clube que representa corretamente o jovem adventista hoje. Se o uniforme for usado
de maneira como uma outra roupa qualquer, falhará em seu propósito.
 
O uniforme deve ser usado nas seguintes ocasiões:
· Em todas as reuniões dos Desbravadores;
· Em qualquer atividade pública onde ajam como mensageiros, recepcionistas, guarda de honra,
porta-bandeiras, etc;
· Em ocasiões especificadas pela diretoria do Clube;
· Durante os serviços especiais dos Desbravadores;
· Quando engajados em atividades missionárias, ou serviços à comunidade, como distribuição de
alimentos, flores, literatura, etc;

O uniforme não deve ser usado:


· Por quem não é membro do Clube;
· Quando engajados em venda ou pedidos de doação para benefício pessoal, ou propósitos
comerciais ou políticos;
· Em qualquer tempo ou lugar onde seu uso deturpa a organização e rebaixa sua dignidade e valor,
tornando-o ordinário.

“Os membros usam uniforme dos Desbravadores, com suas insígnias para todas as funções do
Clube, inclusive a reunião semanal, as férias e os acampamentos dos Desbravadores e a ida à igreja,
aos sábados de manhã, no Dia Mundial dos Desbravadores.” Manual da Igreja - pág. 130.
 
32.1 Regra para o uso do uniforme
O uniforme de gala só pode ser usado completo, quando for requisitado pela diretoria do Clube, ou
sob licença especial, em cerimônias cívicas e religiosas, camporis e investiduras. É proibido o uso
do uniforme para fins pessoais, com partes separadas ou com partes faltando qualquer que seja esta.

32.2 Composição do uniforme de Gala


- Camisa com emblemas (Nome do clube, nome do Desbravador, emblemas de
classes, triângulo, globinho, divisa de classes, tiras de cargo, distintivos de classes,
brasão do Campo);
- Saia para as moças (com prega na frente);
- Calça para os rapazes (Estilo militar);
- Cinto com fivela e emblema dos Desbravadores;
- Boné com triângulo;
- Lenço com canudo e emblema dos Desbravadores;
- Sapato preto (de preferência de amarrar);
- Meia preta para os rapazes;
- Meia fina para as moças (ou soquete branca se o clube padronizar);
- Faixa de especialidades;
- Cordão e Apito (nas cores: verde e/ou amarelo) somente para Diretoria e Instrutor
de Ordem Unida.

Os demais uniformes de atividades variam conforme o clube, porem todos os uniformes de


Desbravadores devem ter o emblema D-3, devem ser usados com o lenço e com a autorização da
diretoria.

32.3 Pequenas regras a serem seguidas quando uniformizado


*Não devo tomar acento em ônibus, trens, coletivos, quando alguém esta em pé.
*Não atravesso ruas e avenidas fora da faixa de segurança para pedestres.
*Não grito na rua e em locais públicos.
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*Não fico correndo sem um motivo muito especial.
*Não entre em locais de jogos como fliperamas e bares.
* Não entro em locais mal freqüentados a não ser em caso muito especial.
* Tenho consciência que uniformizado eu represento uma organização mundial, que são os
Desbravadores.

33. SISTEMA DE UNIDADE

O principal objetivo do Sistema de Unidade é dar responsabilidade real a todos quanto seja possível.
Isto faz com que cada juvenil sinta que tem, pessoalmente, alguma função, pelo bem da unidade e a
leva a ver sua participação definida para o bem do Clube. Através do Sistema de Unidade os
Desbravadores aprendem que tem uma considerável participação em tudo em que seu Clube faz. O
Sistema de Unidade é uma característica essencial do treinamento do desbravador. O sucesso é
absolutamente seguro desde que ele seja convenientemente aplicado. E não pode ser de outro modo.
Atribuindo-se responsabilidade a um indivíduo, obtêm-se uma avaliação do desenvolvimento do seu
caráter. A indicação de um Capitão como dirigente responsável por uma unidade, é um passo para
prepará-lo para substituir o Conselheiro.

33.1 MEMBROS DA UNIDADE

Capitão - Secretário - Tesoureiro - Almoxarife - Padioleiro - Capelão


Conselheiro - Conselheiro Associado - Relações Públicas - Promotor de Eventos
Esporte - Cozinheiro (Outras funções podem ser incluídas, conforme necessidade)

33.2 Escolha do Nome da Unidade

Antes de escolher o nome da unidade, a grande marca da UNIDADE, veja junto aos diretores do
seu Clube se existe um padrão para o nome das mesmas: nomes de flores, nomes de animais, nomes
de estrelas, rochas, planetas ou qualquer outro nome. A unidade terá a liberdade de escolha desde
que o nome não seja uma aberração ou não fira os princípios de nossa Igreja. Escolha nomes
significativos, fortes, que motivem as crianças e adolescentes, que demonstre a garra dos
Desbravadores.

33.3 Bandeirim

Unidade de verdade tem que ter Nome, Bandeirim, Símbolo e um Grito de Guerra que a diferencie
de todas as demais. Com base no nome da unidade, o conselheiro dever procurar a diretoria para
conseguir o bandeirim e cabe ao conselheiro a missão de procurar um desenho junto com sua
unidade que represente o melhor possível o nome da mesma. Não basta apenas procurar o desenho,
deve imprimi-lo na parte branca do bandeirim seja através de bordado, transfer, serigrafia, pintura
em tecido ou de qualquer outra forma conhecida.

O importante no bandeirim é que o nome da unidade deve vir sempre impresso na parte azul e não
na parte branca. Bandeirins errados são comuns em muitos Clubes de Desbravadores, porém se
existe o jeito correto de fazer, e é tão simples, que não justifica fazer um bandeirim errado.
Bandeirim errado em avaliações de camporis perdem pontos na hora da inspeção.

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Fazer um bom bandeirim com um símbolo que contenha uma boa marca, ajuda bastante na imagem
da unidade. Muitos Clubes não desenvolveram uma marca e não são reconhecidos em grandes
eventos se não lermos os nomes em suas bandeiras. O recomendável para a elaboração da marca da
unidade é procurar um profissional que irá criar ou desenvolver através de programas
informatizados de desenho industrial.

33.4 Grito de Guerra

Gritos de guerra dependerão de sua criatividade, sendo que é fundamental que no mesmo apareça
pelo menos uma vez o nome de sua unidade. Existem gritos diversos: só o nome da unidade; o
nome da unidade e um verso bíblico; o nome da unidade e um lema que é só dela; verdadeiras
músicas envolvendo os ideais da unidade e por aí vai. Só mesmo a criatividade dos desbravadores
faz surgir gritos de guerra tão interessantes quantos os que existem no movimento desbravador.

34. Calendário de Atividades (Sugestivo)

CALENDÁRIO DE ATIVIDADES (SUGESTIVO)


1o SÁBADO Classe Bíblica
2o SÁBADO Visitas Missionárias / Comunitárias
3o SÁBADO Aulas Institucionais
4o SÁBADO Saúde e Temperança – Primeiros Socorros
5o SÁBADO Classes Progressivas

1o DOMINGO Esportes e Recreação


2o DOMINGO Especialidades
3o DOMINGO Ordem Unida
4o DOMINGO Pic-Nic / Eventos / Acampamentos
5o DOMINGO Classes Progressivas

 30 Minutos de cada sábado à disposição das


Unidades para Classes Progressivas
 Coordenação: Capitão(ã) e Conselheiro(a)

35. ARTE DE ACAMPAR

35.1 Objetivos do Acampamento:

 Ajudar jovens e juvenis a sentirem a proximidade de Deus e a se tornarem familiarizados com


Ele através da criação.
 Preparar nossos juvenis para o tempo de tribulação vindoura.
 Aumentar a familiarização dos acampantes.
 Aprender a viver ao ar livre.
 Ensinar confiança própria.
 Satisfazer o espírito de aventura.
 Desenvolver o vigor físico.

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 Por em prática os ensinamentos aprendidos no Clube.

35.2 Como Escolher Um Bom Local Para Acampar:

Lugar para acampar já sei encontrar.


Água pura vou achar.
Condições do solo vou observar.
Sem pedras e bem drenado
Vamos acampar com toda segurança
Recursos naturais e um bom acesso
Para acampar com sucesso.

TOPOGRAFIA – Condições de escoamento de água e solo próprio para fixar e armar as barracas.
Espaço suficiente para o acampamento e atividades.
ACESSO – Estradas dá para passar a condução? Se chover dá para voltar?
SEGURANÇA – À distância segura de rios, local de enxurradas, encostas, animais perigosos,
marginais, pântanos. Pontes seguras?
RECURSOS NATURAIS – Lenha, bambus, cachoeiras, árvores para atividades com corda,
bosques para trilhas, etc.

35.3 Equipes de um Acampamento:

Cada membro da unidade ou do Clube deve saber de antemão o que fazer ao chegar no local do
acampamento. Deve-se dar tarefas a todos, de maneira que cada um tenha responsabilidade em
fazer algo em prol do acampamento, evitando-se sobrecarga de tarefas na montagem do
acampamento.

Tudo deve ser feito com alegria, mesmo as mais ingratas tarefas. O verdadeiro Desbravador vai
acampar com espírito de união.

35.3.1 Equipe de Cozinha


Antes do acampamento deve-se elaborar o cardápio, preparando-se a seguir a lista de compras.
Alimentos variados, nutritivos e de fácil preparo. Deve ser organizada uma escala de serviço, de
maneira que todos possam participar do preparo da alimentação, bem como da limpeza dos
utensílios da cozinha.

Lembre-se: todos devem participar não só da cozinha, mas em toda e qualquer atividade do
acampamento, pois o que comanda e lidera não é aquele que faz tudo sozinho, mas aquele que
ensina e motiva outros a fazer.

Definir o cardápio. Locomoção e alimentação são responsáveis por 90% do custo de um


acampamento de um Clube. Os outros 10 % se referem a gastos com infra-estrutura (cordas, sacos
plásticos, sisal) e material de primeiros socorros e uma pequena reserva deve ser levada para os
imprevistos. Definido o cardápio, calcular a quantidade necessária, e procurar qualidade e preço
deverão ser suas próximas preocupações neste roteiro de planejamento do evento.É fundamental
que o conselheiro sente com a sua unidade e busque junto a eles as idéias e sugestões para a
alimentação. Porém o conselheiro sábio sabe quais são as regras básicas de uma boa alimentação
que deve girar em torno de legumes, verduras, frutas e grãos. O conselheiro sabe também que uma
boa alimentação consiste de apenas três refeições sendo que o “desjejum de ser de um rei, o almoço
de um príncipe e o jantar de um plebeu”, em outras palavras, deve-se comer bem de manhã, um

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almoço equilibrado e um jantar à base de sopas leves ou lanche. Um conselheiro sabe que quanto
mais líquido se beber entre os intervalos das refeições, isto é, após o desjejum e antes do almoço,
umas duas horas após o almoço e antes do jantar são fundamentais para o conselheiro ou diretor de
Clube que quiser manter seus desbravadores bem ativos evitando dessa forma a desidratação.
Desbravadores gostam muito de sucos, limonadas, laranjadas e na hora e mesmo fora de hora eles
tem boa saída. O não permitir comer entre as refeições é básico e necessário para manter um padrão
de alimentação saudável para os desbravadores. Aqueles intermináveis biscoitos, chocolates e balas
são um verdadeiro atentado aos bons costumes alimentares. Nada contra um biscoito, um chocolate
ou uma bala, porém na hora certa e na quantidade certa.

1) Calculando quantidades. É muito difícil estabelecer um padrão para unidades, pois cada
unidade é uma unidade e cada uma é única em gostos, em hábitos, em quantidade de alimentos
consumidos. O que é suficiente para uma unidade de meninas já não representa muito para
unidade de garotos. A quantidade variará de acordo com a idade dos mesmos, observando que
conselheiros de desbravadores na fase da adolescência deverão ter um cuidado especial pois
todos sabemos como os mesmos comem. Abaixo vão algumas dicas de alimentos básicos que
aparecem em quase todos acampamentos de Clubes de Desbravadores e uma sugestão de
consumo médio por refeição:

Itens Quantidade Nº de desbravadores

Pão integral l forma 5


Arroz l kilo 10
Feijão 1 kilo 10
Leite l copo 1
Ovos l unidade 1
Macarrão ½ kilo 5
Queijo Mussarela ½ kilo 8
Batata l kilo 10
Azeitona ½ kilo 20
Óleo 1 lata por evento 10
Sal ½ kilo por evento 10
Biscoito l kilo 10
Margarina l kilo por evento 10
Cebola l kilo por evento 10
Alho 200 gramas 10
Legumes 3 quilos por evento 10
Limão l kilo por evento 5
Laranja 5 quilos por evento 5
Frutas (preferencialmente as de época devido ao preço)

2) Montar a lista de compras. Uma vez definido o cardápio, estabelecidas as quantidades, tabule
estes dados na seguinte planilha sugestiva e vá fazer pesquisa de preço em pelo menos dois
supermercados.
ITENS QUANTIDADES PREÇO UNITÁRIO TOTAL

Feijão 5 quilos R$ 1,20 R$ 6,00


Arroz 10 quilos R$ 1,00 R$ 10,00
Etc Etc Etc Etc

35.3.2 Equipe de Transporte


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Responsável pela cobrança das passagens, arranjar condução, conferir as condições de segurança da
viagem e do veículo, observar as autorizações de viagens e orientar quanto ao percurso.

35.3.3 Equipe de Programa


Elabora um programa escrito, com horários para tudo, corinhos, pensamentos, orientações, etc. Este
grupo organiza todas as atividades e faz funcionar os horários. Diz quem fará o quê. Organiza a
segurança e faz a escala dos oficiais do dia. Já falamos sobre como o objetivo do evento, é por
demais importante na elaboração programação, porém, existem atividades básicas e horários, que
fazem parte do evento e devem ser previamente definidos sob pena do acampamento se tornar uma
atividade desorganizada. Atividades básicas são as seguintes:
 Higiene Pessoal: horário definido, após as refeições e horário para banho. Média de
tempo necessário é de 1 hora por dia.
 Alimentação: Programar 2 horas para o preparo do almoço, consumo e a respectiva
lavagem de utensílios e ½ hora para o desjejum e o lanche da noite.
 Horários de Culto: Culto matinal e vespertino todo dia, totalizando ½ hora por
culto.
 Instrução – 2 horas na parte da manhã ou da tarde.
 Lazer- 2 horas na parte da manhã ou da tarde.
 Escola Sabatina e Culto Divino. Duas horas no máximo para a execução destas
duas atividades. Em acampamentos, o conforto geralmente não é dos melhores e
atividades espirituais muito demoradas tendem a ser monótonas e
desinteressantes para os desbravadores.
 Fogo do Conselho. Acampamento de desbravadores sem fogo do conselho, não
pode ser considerado acampamento. O correr atrás da lenha grossa, dos
gravetos, o acender do fósforo, o momento da música, o trepidar do fogo, a
expectativas em torno das músicas e dos temas, os risos e os sorrisos, as
lagrimas que caem na face do desbravador quando sente que o Espírito de Deus
falou ao seu coração, as histórias que servem para todos, a pipoca ou batata com
queijo envolta no papel de alumínio e colocada na brasa, a água na boca que
vem quando degustamos essa delícia da cozinha de campo, tudo isso e muito
mais torna o fogo do conselho uma atividade singular em nossos
acampamentos. Programar de uma a duas horas para completar esta cerimônia.

35.3.4 Equipe de Segurança


 Escala de Ronda - Começando às 22:00 hs e terminando às 6:00 hs é feita por
desbravadores devidamente selecionados, maiores de 16 anos, devidamente
acompanhados por um membro da diretoria.
 Inspeções – quebrando todas as tradições de inspeção com hora marcada (o que
torna fácil toda a unidade atingir um padrão muito bom), a inspeção de área da
unidade é feita num horário que os desbravadores nunca saberão com
antecedência. O objetivo da inspeção surpresa é educar nossos desbravadores
para que na medida do possível estejam sempre preparados no aspecto individual
(mochila em ordem) e material da unidade em condições excelentes de
utilização. Uma das atitudes que mais conspira contra acampamentos de muitos
clubes é a total desordem e bagunça. Desbravadores são treinados pelos seus
líderes para serem diferentes do mundo e não para ser igual a qualquer um. O
tempo necessário deverá ser uma hora por dia.
 Primeiros socorros - Na elaboração de um evento do porte de um acampamento
negligenciar os primeiros socorros é uma verdadeira desconsideração com os
imprevistos e mostra total ignorância na técnica da arte de acampar. Deve-se
contar com o apoio de quem realmente entende da matéria. Desde a compra dos
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materiais necessários, arrumação da barraca de primeiros socorros e atendimento
tudo corre por conta do especialista que o Clube leva.

35.3.5 Equipe de Eventos / Esportes


Planeja, providenciar materiais e executa as atividades recreativas e instrutivas do acampamento.

35.3.6 Equipe de Infra-Estrutura


Montagem de todos os aparatos como: cozinha, latrinas, toldos, mastros, limpeza, pista de
obstáculos, formatação do acampamento, limitação da área de camping e esportes.
OBS: Cada unidade fornece alguns desbravadores para esta equipe.

35.4 Materiais Indispensáveis em um Acampamento

1- Da Unidade:
Isca de fogo Cordinha Facão (2) Facas (2)
Bandeirim 1º S.O.S Mosquetões Repelente
Machadinha Utensílios de Cozinha Freio 8 Neocid
20 mt. de corda Plástico Serra Pioneira

2- Do Desbravador: (individual)
Bíblia Agasalho Talheres Capa ou Plástico
Lição Chinelo Kit higiene Cordinha
Uniforme Saco de dormir Roupa de muda Corda
Lanterna pequena Prato e copo plástico Estojo de costura Canivete
Guarda-chuva

35.5 DICAS IMPORTANTES


1. Mesmo com tempo bom deve-se levar capa de chuva ou plástico.
2. Antes de ir dormir, afrouxar os cabos das barracas, proteger a água e a lenha, cobrir as brasas,
ver se nada foi deixado no sereno, fazer culto e orar.
3. Coar a água em pano limpo, ferver se preciso ou colocar cloro.
4. Não armar barracas de frente para o vento.
5. Latrinas: 60 cm de profundidade x 90 cm de comprimento x 30 cm. de largura.
Longe da cozinha, cercado de lona plástica, bem escondido e localizado de forma que o vento
não traga o cheiro de volta para o acampamento.
6. Ao preparar o cardápio, não por alimento cárneo.
7. Encha o Sábado de atividades espirituais interessantes.
8. Ao acordar: Acender o fogo, por água para ferver, esticar os cabos da barraca, pendurar ao sol a
roupa de dormir, preparar o desjejum, limpar e arrumar a barraca, revistar o local para ver se
tudo está em ordem, fazer o culto matinal, hastear a bandeira.
9. Bem antes de sair para acampar cada um deve saber como arrumar a mochila e o que levar.
10. Só levar um volume para o acampamento. Colocar tudo dentro de uma só mochila.

35.5 Ecologia

1. Expressamente proibido cortar qualquer arbusto ou árvore verde.


2. Queime todo plástico e embalagens possíveis.
3. Amasse as latas e leve-as de volta.
4. Vidros? Se você ainda carrega este peso e perigoso...levar de volta. Não compre sucos,
conservas ou qualquer coisa embalada em vidro. (Já existem opções em plástico para tudo).
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5. Aterre as latrinas, replante a grama, apague totalmente o fogo. NÃO DEIXE VESTÍGIOS NO
LOCAL. Passe um pente fino, recolhendo tudo o que for da natureza.

35.6 O FOGO

O fogo é indispensável em qualquer acampamento. Pode ajudar como machucar, aquecer ou


queimar, preservar vidas ou matar. Precisamos tomar algum cuidado ao lidar com o fogo.
Para haver fogo precisamos de:
a) Combustível – Material próprio
b) Comburente – bastante ar
c) Temperatura

Saber fazer uma fogueira com ou sem fósforos ou isqueiros é uma condição indispensável para
quem pretende aventurar-se por regiões selvagens ou inabitadas. Embora necessitemos conhecer
também os métodos primitivos de fazer o fogo, sabemos que hoje não é difícil nem incômodo
transportar um isqueiro ou algumas pequenas caixas de fósforo. Neste caso, é preciso impedir que
os fósforos se molhem numa travessia de rio ou num banho de chuva inevitável. Para tanto, isole as
caixas numa embalagem plástica com fita adesiva ou cubra os palitos de fósforo com parafina
líquida para a sua aventura. Antes de ter a chama é necessário, porém, armar a fogueira.

35.7.1 Como Fazer a Fogueira


Após escolher o local, isole-o e limpe-o, retirando as folhas, raminhos, gravetos, musgos e capim
seco, para evitar que o fogo se propague sem que você possa controlá-lo. Se o solo estiver seco,
raspe-o até chegar ao ponto de ali só ter mesmo terra; se estiver molhado, construa antes uma
plataforma de pedras chatas.

Procure materiais de fácil inflamação, tais como gravetos finos e bem secos, casa de árvore seca,
folhas de palmeira, musgo solto, capim seco, pequenas lascas de madeira seca, madeira pobre.
Reúna e disponha esse material de uma forma que permita a circulação de oxigênio, pois assim o
fogo arderá mais rapidamente. Deixe à mão pedaços de madeira (árvores mortas, galhos secos) cada
vez maiores para adicionar à chama inicial, tomando sempre o cuidado de não abafar o fogo e
extinguir a chama. Tome o cuidado de cercar a fogueira com pedras, para impedir que as brasas se
espalhem e principiem incêndios.

35.7.2 Como Acender Uma Fogueira Sem Fósforos


Utilizando madeira pobre, fibras vegetais, corda, ramagens secas, tiras finas de casca de árvore,
madeira pulverizada bem seca, fios de pano, gaze para curativos, penas finas de pássaros, ou ninhos
de passarinho ou de ratos campestres. Prepare uma mecha (ou isca) e acenda-a utilizando um destes
métodos:

Com Lente de Vidro


Concentre os raios solares sobre a mecha
com uma lente, que pode ser a de uma má-
quina fotográfica ou a lente convexa de um
binóculos. (figura 1).

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Com Pedra Dura E Lâmina
Segure um fragmento de rocha bem dura o
mais perto possível da mecha. Com a lâmina
de uma faca ou um pedaço qualquer de aço
fira a rocha com movimentos de cima para
baixo rapidamente e bem próximo à mecha,
para que as faíscas assim produzidas caiam
bem no seu centro. Uma vez acesa a mecha,
assopre-a ou abane-a com cuidado, até surgir a
chama. Feito isso, vá adicionando à mecha
a lenha antes preparada, começando sempre
pelos gravetos mais finos e aumentando o
tamanho da lenha aos poucos. Na colocação
da lenha, vale dizer mais uma vez, todo o
cuidado deve ser tomado para não abafar a
chama, dispondo a madeira de forma que o
oxigênio continue a ter acesso ao interior da
fogueira.

Com Pilha e Bombril


Pegue duas pilhas na mesma posição
que ficam na lanterna. Espiche e en-
role uma fina mecha de Bombril e
feche curto ligando da ponta + da
primeira pilha à parte negativa da
segunda pilha. O bombril não aguen
ta a carga e incendeia. Tenha iscas
de fogo preparadas à mão.

35.7.3 Como Apagar uma Fogueira


Disperse os troncos maiores que dão sustentação à fogueira e use: areia, terra, ou água. Não deixe a
fogueira acessa, pensando que logo o fogo irá apagar sozinho, pois poderá provocar um acidente
ecológico irreparável. Não tente apagar a fogueira dispersando os galhos, ventilando as iscas ou
abafando com objeto metálico, pois as brasas poderão reiniciar a fogueira novamente.

36 . ORDEM UNIDA BÁSICA


Por Heberson Licar – LMA-AB
Departamento de Desbravadores Missão Iaenense 2005

36.1 Objetivos

a. Proporcionar aos desbravadores e às unidades padronização e uniformidade em todas as


apresentações.
b. Desenvolver coesão e obediência, que são fatores indispensáveis ao desenvolvimento do grupo.
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c. Construir uma verdadeira escola de disciplina.
d. Treinar instrutores à medida que o grupo se desenvolve.
e. Fazer com que a disciplina faça parte da vida de cada desbravador, em circunstâncias adversas.
Se a ordem unida não educá-los, o trabalho foi em vão.
f. Demonstrar que as atitudes individuais devem subordinar-se à missão do conjunto e à tarefa do
grupo, sufocando intrigas e indiferenças.
g. Mostrar a Cristo como o comandante maior. Cada juvenil deve sentir que faz parte de um grupo
diferente, de um objetivo que excede o entendimento humano. Este é o motivo porque muitos têm
falhado, é que perdem o objetivo ao assumir o comando que deveria ser de Cristo.
 

36.2 DIVISÃO DA INSTRUÇÃO DA ORDEM UNIDA

a. Instrução Individual - comum a todos os clubes, na qual se ministra ao desbravador a prática dos
movimentos individuais, preparando-o para tomar parte nos exercícios de instrução coletiva.
b. Instrução Coletiva  - que se compõe em escolas, seção pelotão, seção, pelotão, segundo a
instrução que é ministrada a cada uma destas frações, subunidades ou unidades.
 

36.3 CHEFIA NA ORDEM UNIDA

Os exercícios de Ordem Unida constituem um dos meios mais eficientes para se alcançar àquilo
que, em suma, com substância o exercício da chefia; a interpretação necessária entre o chefe e os
comandados. Além do mais, a Ordem Unida é a forma mais elementar de iniciação na prática da
chefia. É comandado na Ordem Unida, que se revelam e se desenvolvem as qualidades do chefe. Ao
experimentar a sensação de ter um grupo de desbravadores deslocando-se ao seu comando, o
principiante na arte de chefia desenvolve a sua autoconfiança, ao mesmo tempo em que adquire
consciência de sua responsabilidade sobre aqueles que atendem aos seus comandos, observadores
mais próximos das aptidões que demonstra. Os exercícios de Ordem Unida despertam no chefe o
apreço às ações bem executadas e ao anexo dos pormenores. Propiciam, ainda, o desenvolvimento
da sua capacidade de observar e de estimular o clube.

Através de Ordem Unida, o grupo evidencia, claramente, os quatro índices de eficiência:


1. Moral  - pela determinação em atender aos comandos, apesar da necessidade de esforços físicos. 
2. Disciplina - pela presteza e atenção com que obedece aos comandos.
3. Espírito-de-corpo - pela boa apresentação coletiva e pela uniformidade na prática de exercícios
que exigem execução coletiva.
4. Proficiência - pela exatidão nas execuções.
 

36.4 GENERALIDADES / DEFINIÇÕES:

Os termos de Ordem Unida têm um sentido preciso, em que são exclusivamente empregados, quer
na linguagem corrente, quer nas ordens e partes escritas. Daí a necessidade das definições que se
seguem:

a. COLUNA - é o dispositivo de um grupo, cujos elementos (um ou mais desbravadores) estão um


atrás do outro, quaisquer que sejam suas formações e distâncias.

b. COLUNA POR UM - é a formação de um grupo, em que os elementos (um ou mais


desbravadores) são colocados um atrás do outro, seguidamente, guardando entre si a distância

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regulamentar. Conforme o número dessas colunas, quando justapostas, têm-se as formações em
coluna por 2, por 3, etc.

c. DISTÂNCIA - é o espaço entre dois elementos (um ou mais desbravadores) colocados um atrás
do outro e voltados para a mesma frente. Entre dois grupos ou unidades a distância se mede em
passos (ou em metros), contados do último elemento da unidade, ao primeiro da seguinte. Esta regra
continua a aplicar-se, ainda que o grupo da frente se divida em grupos menores. Entre dois
desbravadores a pé, a distância de 80 centímetros é o espaço compreendido entre ambos na posição
de sentido, medido pelo braço esquerdo distendido, pontas dos dedos tocando o ombro (mochila) do
companheiro da frente.

d. LINHA - é a disposição de um grupo cujos elementos (um ou mais desbravadores) estão


dispostos um ao lado do outro.

e. FILEIRA - é a formação de um grupo ou unidade em que os desbravadores estão colocados na


mesma linha, um ao lado do outro, todos voltados para a mesma frente.

f. FILA - é a disposição de um grupo de desbravadores, colocados um atrás do outro, pertencentes a


uma unidade formada em linha em mais de uma fileira, sem distâncias regulamentares.

g. INTERVALO - é o espaço contado em passos ou em metros, paralelamente à frente, entre dois


desbravadores colocados na mesma fileira. Também se denomina Intervalo ao espaço entre duas
unidades, entre desbravadores ou duas unidades. Entre dois clubes, mede-se o intervalo a partir do
desbravador da esquerda, pertencente ao clube da direita, até ao desbravador da direita, pertencente
ao clube da esquerda.

g.1 - SEM INTERVALO - Para que um clube tome o intervalo reduzido (o que é feito ao
comando de “SEM INTERVALO, COBRIR!” ou “SEM INTERVALO, PELA ESQUERDA ou
PELA DIREITA, PERFILAR!”), os desbravadores da testa colocarão a mão esquerda fechada na
cintura, com o punho no prolongamento do antebraço, costa da mão voltada para frente, cotovelo
para a esquerda, tocando levemente o braço direito do companheiro à sua esquerda. O intervalo
normal entre dois desbravadores é de 80 centímetros; o reduzido (sem intervalo) é de 25
centímetros.

h. ALINHAMENTO - é a disposição de vários desbravadores (ou unidades), sobre uma linha reta ,
todos voltados para a mesma frente, de modo que um elemento fique exatamente ao lado do outro.

i. COBERTURA - é disposição de vários desbravadores (ou unidades), todos voltados para a


mesma frente, de modo que um elemento fique exatamente atrás do outro.

j. HOMEM-BASE - é o desbravador (ou instrutor) pelo qual um grupo regula sua marcha,
cobertura e alinhamento. Em coluna, o homem-base é o da testa da coluna-base, que é designada
segundo as necessidades. Quando não houver especificações, a coluna-base será a da direita. Em
linha, o homem-base é o primeiro desbravador da fila-base, no centro, à esquerda ou à direita,
conforme seja determinado.

l. UNIDADE-BASE - é aquela pela qual as demais unidades regulam a marchar ou o alinhamento,


por intermédio de seus instrutores ou de seus homens-base.

m. CENTRO - é o lugar representado pelo desbravador ou pela coluna situado(a) na parte média de
frente de uma das formações de Ordem Unida.

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n. DIREITA ou ESQUERDA – é extremidade direita ou esquerda de um grupo.

o. FORMAÇÃO - é a disposição regular dos elementos de um grupo em linha ou em coluna. A


formação pode ser normal ou emassada. Normal, quando o grupo está formado conservando as
distâncias e os intervalos normais entre os desbravadores. Formação Emassada é aquela em que um
grupo dispõe seus desbravadores em várias colunas independentemente das distâncias normais entre
um ou mais desbravadores.

p. TESTA - é o primeiro elemento de uma coluna.

q. CAUDA - é o último elemento de uma coluna.

r. PROFUNDIDADE - é o espaço compreendido entre a testa do primeiro e a cauda do último


elemento de qualquer formação.

s. FRENTE - é o espaço, em largura, ocupado por um grupo em linha ou coluna. Em Ordem Unida,
avalia-se a frente aproximada de um grupo, atribuindo-se 1,10 a cada desbravador, caso estejam em
intervalo normal, e 0,75cm, se estiverem em intervalo reduzido (sem intervalo).

t. SOL – é o comandante do pelotão. Quando for comandado de frente pro sol, todos se voltarão
para a direção onde está o instrutor.
 

36.5 COMANDOS E MEIOS DE COMUNICAÇÃO

Na Ordem Unida, para transmitir sua vontade ao grupo, o instrutor poderá empregar os seguintes
meios:
    - Voz
    - Gestos
    - Corneta (clarim)
    - Apito
 

36.6 VOZ DE COMANDO

É a maneira padronizada, pela qual o instrutor de um grupo ou clube exprime verbalmente a sua
vontade. A voz constitui o meio de comando mais empregado na Ordem Unida. Deverá ser usada,
sempre que possível, pois permite execução simultânea e imediata.
 
As vozes de comando constam geralmente de:

a. Voz de advertência - é um alerta que se dá ao grupo, prevenindo-o para o comando que será
enunciado. Exemplo: Atenção clube, unidade, escola, pelotão. » A voz de advertência pode ser
omitida, quando se enuncia uma seqüência de comandos. Exemplos: CLUBE! SENTIDO! -
APRESENTAR ARMA! - OLHAR À DIREITA! - OLHAR FRENTE! Não há portanto, necessidade de
repetir a voz de advertência antes .

b. Voz de Comando – É o comando propriamente dito - tem por finalidade indicar o movimento a
ser realizado pelos executantes. Exemplos: “DIREITA!”, “ORDINÁRIO!”, “ESQUERDA!”,
“CINCO PASSOS EM FRENTE!”. Torna-se, então necessário que o instrutor enuncie estes
comandos de maneira enérgica definindo com exatidão o momento do movimento preparatório e
dando aos desbravadores o tempo suficiente para realizarem este movimento, ficando em condições
55
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de receberem a voz de execução. Em princípio, o comando, propriamente dito, deve ser longo. O
comando deve esforça-se por anunciar correta e integralmente a todas as palavras que compõem o
comando. Tal esforço, porém, não deve ser levado ao extremo de prejudicar a energia com que o
mesmo deve ser enunciado, porque isto comprometerá a uniformidade de execução pelo grupo. Este
cuidado é particularmente importante em comandos propriamente ditos que correspondem à
execução de movimentos preparatórios, como foi mostrado acima.

c. Voz de Execução – Tem por finalidade determinar o exato momento em que o movimento deve
começar ou cessar.A voz de execução é constituída por uma palavra oxítona (que tem a tônica na
última sílaba), é aconselhável um certo alongamento na enunciação da(s) sílaba(s), seguido de uma
enérgica emissão da sílaba final. Exemplos: “PER-FI-LAR!”, “CO-BRIR!”, “VOL-VER!”, DES-
CAN-SAR!”.   Quando porém a tônica da voz de execução na penúltima sílaba é imprescindível,
deve-se destacar esta tonicidade com precisão. Neste caso, a(s) sílaba(s) final(ais) praticamente não
se pronuncia(m). Exemplos: “MAR-CHE!”, “AL-TO!”, “ EM FREN-TE!”, “OR-DI-NÁ-RIO!”, “
PAS-SO!”.

Regras para VOZ de COMANDO:


1. As vozes de comando devem ser claras, enérgicas e de intensidade proporcional ao afetivo dos
executantes. Uma voz de comando emitida com indiferença só poderá ter como resultado uma
execução displicente.
2. O instrutor deverá emitir as vozes de comando na posição de “sentido”, com a frente voltada para
o grupo de um local em que possa ser ouvido e visto por todos os desbravadores.
3. Nos desfiles, o instrutor dará as vozes de comando com a face voltada para o lado oposto àquele
em que estiver a autoridade (ou símbolo) a quem será prestada a continência.
4. Quando o comando tiver de ser executado simultaneamente por todo clube, os instrutores
subordinados não o repetirão para suas unidades. Caso contrário, repetirão o comando ou, se
necessário, emitirão comandos complementares para as mesmas.
5. A voz de comando deve ser rigorosamente padronizada para que a execução seja sempre
uniforme. Para isto, é necessário que os instrutores de Ordem Unida as pratiquem individualmente,
antes de comandarem um grupo.

Tipos de Execuções de Comando:


- Execuções com Pé Firme: Descansar, Firme, Cobrir, Direita/Esquerda/Meia-Volta,
Perfilar, Frente pra Direita/Esquerda/Retaguarda, Sentado 1 –2, Á vontade, Fora de
Forma, Oitavo à Direita/Esquerda, Posição para o Voto, 5 Passos em Frente, etc.
- Execuções em Movimento: Ordinário, Alto, Olhar à Direita/Esquerda, Acelerado,
Em Frente, Direção à Direita/Esquerda, Direita/Esquerda/Meia-Volta, etc.

 
36.7 COMANDOS POR GESTO

Os comandos por gestos substituirão as vozes de comando quando a distância, o ruído ou qualquer
circunstância não permitir que o comandante se faça ouvir. Os comandos por gestos são os
seguintes:

1. Atenção - levantar o braço direito na vertical, mão espalmada, palma da mão voltada para a
frente. Todos os gestos de comando devem ser precedidos por este. Após o elemento a quem se
destina a ordem acusar estar atendo, levantando também o braço direito até a vertical, o instrutor
iniciará a transmissão das ordens.

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2. Descansar – bater contra a coxa a mão direita, cruzá-la no peito e estender vivamente o braço á
altura do ombro, com a mão espalmada, voltada para o solo. Este movimento também define o
comando última forma.
 
3. Sentido – levantar o braço à posição de atenção, e, em seguida, fazer com que desça
energicamente, batendo contra a coxa.
 
4. Direita/esquerda Volver – palma voltada para a frente, braço formando ângulo de 45°, fazer
círculos com o braço do lado contrário ao que se quer a execução, e estendê-lo vivamente á altura
do ombro quando se quiser marcar a execução.

5. Passos em Frente – definir com os dedos quantos passos se quer, em números ímpares, e, em
seguida flexionar o braço para trás, e depois trazê-lo energicamente á frente,  com a mão espalmada,
e fazendo como se fosse uma catapulta, com o cotovelo sendo o eixo, marcando o início da
execução.
 
6. Cobrir – o pelotão na posição de sentido, proceder da mesma forma que no comando alto!
 
7. Ordinário Marche – da posição de atenção, flexionar o braço para trás, e depois trazê-lo
energicamente á frente,  com a mão espalmada, e fazendo como se fosse uma catapulta, com o
cotovelo sendo o eixo, marcando o início da execução.
  
8. Marcar Passo – da posição de atenção, descer o braço à altura do ombro, fechando a mão
espalmada e fazendo punho cerrado; em seguida, para marcar o momento da execução, baixar
vivamente o braço e levantá-lo, num movimento rápido e mecânico. É importante lembrar que o
marcar passo é um comando de alinhamento, utilizado quando se estiver em ordinário marche.
   
9. Alto – descer a mão direita, dedos unidos, à altura do ombro, como na posição “Maranata”, com
a palma para a frente, e em seguida, estender o braço vivamente na horizontal.
 
10. Diminuir Passo - da posição de atenção, baixar lateralmente o braço direito estendido (palma
da mão voltada para o solo) até o prolongamento da linha dos ombros e aí oscilá-lo para cima e para
baixo.

11. Apressar o passo (acelerado) - com o punho cerrado, à altura do ombro, erguer e baixar o
braço direito várias vezes, verticalmente.

12. Direção à esquerda (direita) - em seguida ao gesto de atenção, baixar o braço direito à frente
do corpo até à altura do ombro e fazê-lo girar lentamente para esquerda (direita), acompanhando o
próprio movimento do corpo na conversão. Quando já estiver na direção desejada, elevar então
vivamente o braço estendê-lo na direção definitiva.
 
13. Em forma - da posição de “Atenção”, com o braço direito, descrever círculos horizontais acima
da cabeça; em seguida, baixar este braço na direção da marchar ou do ponto para qual deverá ficar
voltada a frente do grupo.

14. Coluna por um (ou por dois,...) - na posição de atenção, fechar a mão, conservando o indicador
estendido para o alto, ou mais dedos, se fizer necessário.

 15. Comandante de grupo ou unidade - estender o braço direito horizontalmente à frente do


corpo, palma da mão para o solo; flexionar a mão para cima (dedos unidos e distendidos) várias
vezes.
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16. Comandante de pelotão - com os braços estendidos à frente do corpo, palmas das mãos para o
solo, descrever círculos verticais em sentidos opostos.

36.8 Estilos de Formação

Utilizados para diversas ocasiões, em que o instrutor precise de um posicionamento diferente do


grupo, desde uma simples instrução a jogos com a garotada. As variações são as seguintes:

        Por unidade ou em colunas


-hasteamento ou arriamento de bandeiras
-apresentação do clube
* o instrutor estenderá os braços, ambos com punho cerrado, e as pernas ficam juntas, como na
posição de sentido.

        Fila indiana


-numerar todo o clube
-jogos do clube
-saídas e caminhadas
* o braço direito se levanta á altura do ombro e se cerra o punho; o outro braço cola na coxa e as
pernas ficam juntas, como em sentido. As meninas formam na frente, os meninos atrás, se a
formação for para numerar. Se for pra sair em caminhada, formarão por unidades, com a unidade
maior ou de maior idade por último, as de média idade na frente, os menores no meio.

        Formação em linha


-instruções de ordem unida
-operação pente fino
-jogos
* os braços são elevados á altura do ombro, com as mãos espalmadas pra frente (formando um T),
pernas juntas.

        Círculos por unidade


-consulta rápida das unidades
-indicações e/ou anúncios rápidos dos conselheiros
-grito-de-guerra
*os braços se levantam sobre a cabeça e os punhos cerrados giram no sentido horário. As pernas
ficam juntas. Adapta-se a qualquer número de unidades.

        Formação em círculo


-jogos do clube
-avisos ou indicações que exijam mais privacidade
-meditações ou devocionais
*os braços são levantados sobre a cabeça formando um círculo, a mão direita cerra o punho e a
esquerda agarra-lhe o pulso. As pernas como em sentido.

        Formação estrela


-instruções em ordem unida
-jogos do clube
* os braços são levantados sobre a cabeça, formando um “V”, as mãos abertas e as pernas separadas
como em descansar.
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        Formação em Retângulo aberto
-hasteamento e arriamento de bandeiras
-apresentação do clube
* o instrutor faz ângulos de 90° nos braços e suas mãos são espalmadas. Pernas em sentido.

        Formação em Retângulo fechado


-jogos do clube
-falar ou mostrar algo que todos precisem ver ou ouvir.
* igual ao anterior, só que, com os punhos cerrados.

        Meia-lua
-reunião de capitães ou indicação específica a algum grupo
-em camporis, para reunir diretores
* com o braço direito forma-se uma meia-lua, curvando o braço, e a mão espalmada tocando a testa,
e continua-se como em sentido.

        Romper filas


 - com os dois braços, os punhos cerrados á altura do tórax, mover os braços cruzando-os acima e
abaixo. Pernas em sentido.     

 
36.9 EMPREGO DE CORNETA (ou clarim)

Os toques de corneta (clarim) são empregados de acordo com o respectivo Manual de Toques,
Marchas e Hinos das forças armadas. Quando o grupo atingir um certo progresso na instrução
individual, deverão ser realizadas sessões curtas e freqüentes de Ordem Unida, com os comandos
executados por meio de toques de corneta (clarim). Consegue-se, assim, familiarizar os
desbravadores com os toques mais simples, de emprego usual. O desbravador deve conhecer os
toques correspondentes às diversas posições necessárias aos deslocamentos.

 
36.10 EMPREGO DO APITO

Os comandos por meio de apito serão dados mediante o emprego de silvos longos e curtos. Os
silvos longos serão dados como advertência e os curtos, como execução. Precedendo os comandos,
os desbravadores deverão ser alertados sobre quais os movimentos e posições que serão executados;
para cada movimento ou posição, deverá ser dado um silvo longo, como advertência, e um ou mais
silvos breves, conforme seja a execução a comando ou por tempos.

Atenção – estando o grupo fora de forma, a um silvo longo, todos voltar-se-ão para o comandante à
espero de seu gesto, voz de comando, ordem ou outro sinal. Estando em forma, à vontade, a um
silvo longo, os desbravadores retornarão a posição de descansar.
Descansar – um silvo curto.
Sentido – um silvo curto.
Ordinário Marche – Um silvo longo e outro curto.
Marcar Passo – Dois longos.
Alto – Um curto e um longo.
Meia - Volta – dois curtos.
Chamada Geral – dois longos e dois curtos.
Chamada Feminina – dois longos.
Chamada Masculina – dois curtos.
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Algumas associações e/ou regiões padronizam alguns comandos, convencionados pelos líderes da
área.

36.11 Ordem Unida com Bandeirim

Vamos dedicar este tópico à ordem unida com bandeirim, por se tratar de um assunto não muito
explorado, ou ás vezes ignorado, por falta de informações. Saibam que é emocionante ver todos os
capitães executando ao mesmo tempo, sem errar. É importante dar espaço entre o comando
propriamente dito e a voz de execução. Vamos lá! Os movimentos básicos de Ordem Unida com
bandeirim foram baseados nos comandos com FAL do exército brasileiro, em se levando em conta
que o bandeirim é a arma do capitão.

Descansar - o mastro se posiciona ao lado do dedo mindinho do pé; o braço direito segura o
bandeirim formando um ângulo de 90°, meio inclinado para o lado direito; o braço esquerdo é
colocado sobre a parte média da coxa, com o punho cerrado.

Sentido - o pé esquerdo junta-se ao pé direito ao mesmo tempo em que a mão direita se espalma e
desce o bandeirim até estar à altura da coxa(dedão atrás do bandeirim); o braço esquerdo espalma e
bate na coxa, finalizando a execução.

Direita/Esquerda/Meia Volta/Oitavos/Passos em Frente - levanta-se o bandeirim, formando um


ângulo de 90°, enquanto se espera o volver. Executa-se então, e volta-se ao normal.

Ordinário - a mão direita, segurando o bandeirim da mesma forma, sobe até que o cotovelo esteja
alinhado com o ombro, então, a mão esquerda pega o bandeirim logo abaixo da direita, cruza o
bandeirim contra o peito, e a mão direita segura logo abaixo, a uns 30 cm. O bandeirim não deve
encostar no peito, mas deve estar suficientemente seguro para não ficar balançando. Nesta posição,
espera-se a voz de execução, e, ao comando marche! rompe-se a marcha.
 
Marcar-Passo - É importante lembrar que este é um comando de alinhamento, utilizado quando se
estiver em passo ordinário. O bandeirim volta para a mão direita, formando um ângulo de 90°,
enquanto a mão esquerda é espalmada ao lado do corpo.

Em frente - utilizado somente em marcar passo, quando for enunciado “em”, o bandeirim volta à
posição de ordinário, e espera o “frente” para romper a marcha.
 
Apresentar Arma - procede-se da mesma forma do ordinário, só que, ao cruzar o bandeirim, ele
vem pro meio, seguro pela mão esquerda, a direita vem logo acima, ambas espalmam-se, cada uma
pra seu lado, à altura do rosto. Usado apenas em ocasiões especiais.
 
Descansar Arma - processo contrário.

Posição para o voto - a mesma do marcar-passo.


 

36.12 Metodologias de Ensino

Muito se tem discutido sobre a Ordem Unida e sua metodologia de ensino, haja visto que a fonte
são os militares. O que não se tem refletido é que trabalhamos com juvenis, e temos
responsabilidade perante Deus de educá-los e instruí-los da melhor forma possível, mostrando em
tudo a natureza de Deus, até mesmo nas instruções de Ordem Unida.
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Este tópico traz sugestões para as instruções, adquiridas em contato direto com as crianças, e
avaliando suas reações a tais metodologias. Alguns métodos são muito específicos, por isso aqui
temos alguns exemplos, que podem ser aperfeiçoados de acordo com a criatividade do instrutor.

36.13 ENSINANDO ORDEM UNIDA BÁSICA

Ao se ensinar a Ordem Unida o instrutor deve ter consciência de que estará ajudando na formação
do caráter dos juvenis, por isso deve estar ciente de sua missão como educador, e não só como um
chefe.

Ao ensinar a Ordem Unida básica deve-se tomar cuidado, pois todo o desenvolvimento posterior vai
depender de tal iniciação. O instrutor deve fazer com que o grupo se sinta á vontade, ao mesmo
tempo em que atentos aos seus comandos. A melhor coisa a se fazer é uma apresentação que os
deixe á vontade, mas que entendam que a instrução é séria, e precisará de todos para acontecer. Se
coloque como um membro do grupo, disposto a colaborar. Desafie o grupo a conseguir sempre
melhores resultados, vá com calma, pois, eles não são robôs, mas se você for por partes, todos terão
maior probabilidade de melhor desempenho. Pode-se usar dinâmicas e brincadeiras casuais para
distraí-los e melhorar o rendimento.

Por exemplo: Ao apresentar a posição de descansar, diga: a posição de descansar é a  posição do


lobo, sempre alerta e pronto para o serviço. Nesta posição se entra em forma (mostrar a posição), e
é uma posição funcional, porque, ao levantar os calcanhares e baixá-los algumas vezes, se consegue
bombear sangue para o corpo, fazendo com que o desbravador esteja cômodo em forma. A posição
de sentido é a posição da águia, sempre altiva e disposta, peito estufado, olhando o mundo de cima,
cabeça erguida.

Tem desbravador que faz essa posição parecendo um poste, reto assim (junte os braços contra o
corpo), e outros, parecem com um bule em forma, fazem assim (demonstre), mas na realidade, a
posição se executa assim (mostre a posição correta). Muitas outras situações podem ser utilizadas
para deixar a instrução mais interessante, vai depender do instrutor.

Ao ensinar direita, esquerda e meia-volta a pé firme, deve-se ensinar o velho “truque” do pezinho,
pois nunca falha. Diga: quando formos para a direita, vocês vão levantar a ponta do pé direito e
esperar a voz de execução, então, levantarão o calcanhar do outro pé, e então é só girar! Viram
como foi fácil? Vamos praticar. Depois que eles aprenderem, peça que eles estiquem os braços para
os dois lados, tocando apenas a ponta dos dedos dos companheiros de todos os lados, escolha dois
entre o grupo para ser o gato e o rato, coloque-os entre o pelotão, e, á medida que o gato corre para
pegar o rato, vá dando direita e esquerda volver, para uma melhor memorização. O gato e o rato só
poderão correr nos corredores formados pelos braços dos desbravadores. Para ensinar oitavos, use a
trigonometria, falando dos graus que se deve se deslocar nos movimentos, ao mesmo tempo em que
se executa.

 Pronto, todos aprenderam e estão atentos á próxima instrução, é com você. A Ordem Unida básica
deve ser muito bem ensinada e treinada antes de se acrescentar algo que não esteja no contexto, aqui
está a base para a educação em quaisquer outros movimentos, e eles devem se basear na Ordem
Unida básica.
 

36.14 DISCIPLINA NA ORDEM UNIDA


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Nunca utilize a Ordem Unida ou seus movimentos como medida de punição ou castigo aos
Desbravadores. Eis aí o motivo porque muitos pais não conseguiram apoiar até hoje a Ordem Unida
no clube, parece que não tem objetivo, só ver os pobres garotos marchando dia e noite já incomoda,
ainda mais saber que, se ele fizer algo errado, vai pagar tanto (nº de apoios ou flexões, etc...), ou vai
ficar de castigo tanto tempo, sem falar que o desbravador não terá mais motivação alguma para
voltar a assistir instruções. Ás vezes, por não controlar a si próprio, o instrutor perde totalmente o
controle de seu pelotão, sendo ele a primeira pessoa que precisa de comandos. O auto-controle é
indispensável para alguém que vai assumir um grupo e ser responsável, pelo menos por alguns
instantes, por seu deslocamento.

Alguns critérios devem ser seguidos:

1.      Pré estabeleça regras - conscientize a todos da importância de manter o grupo unido, quando
alguém errar, ao invés de sorrir ou fazer bagunça, deve voltar o mais rápido possível para seu lugar
na formação. Não deixe que ninguém masque chicletes nas instruções, mas divulgue esta regra para
o grupo antes de exigi-la, ou seja, regra pré-estabelecida.
 Chegar atrasado (a) é outro problema, e muito tempo se perde pedindo permissão para entrar em
forma. É importante o contato antes, para conhecer cada caso, e os justificados, deixar que entrem
no pelotão, e conversar com eles sobre pontualidade depois do treino. Em alguns casos vai ser
necessário deixar alguém a observar o grupo, sem permissão para entrar em forma, para aprender a
chegar cedo.
 Outro problema são os inúmeros “instrutores” que vão aparecer nos pelotões, que, a toda hora vão
estar querendo dar sua opinião. Seja claro ao dizer que, se alguém quiser dizer algo, peça permissão,
e então poderá expor suas idéias tão preciosas, mas que, se não forem próprias para o momento, que
fiquem para depois. Você às vezes vai precisar perder alguns minutos de instrução homogeneizando
seu pelotão, mas serão recompensados, com certeza.

2.      Não discipline, estimule a auto-disciplina – Dependendo do êxito de seu trabalho, vai chegar
um momento em que você não vai mais reclamar de nada, eles todos reclamarão por você. Faça
com que eles se auto-disciplinem, diga que você é só um, e que cada um deve se policiar, que é um
desrespeito aos companheiros agir diferente do grupo. Aquela expressão:“comando errado não se
executa” não deve ser usada, pois, em desmoraliza o comandante e ainda, em forma não se pode
falar – Apenas não se executa o comando. Não deixe que ninguém entre pela frente do pelotão. Um
pelotão auto-disciplinado é a maior arma de um instrutor.

3.      Adquira o respeito do grupo -  Todas as regras criadas devem ser cumpridas primeiro por
você, instrutor. A melhor voz-de-comando que você tem é o seu próprio exemplo. Se é pra chegar
no horário, esteja lá quando o primeiro desbravador chegar. Quando errar, admita, isso virá ser um
referencial para as crianças, indispensável para a formação do caráter delas.
 
4.      Entenda e conheça seu grupo – Alguns desbravadores terão dificuldades para conseguir
acompanhar o grupo, por algum problema físico ou mesmo causado pela sua fase de intenso
crescimento, e seus movimentos desengonçados. Designe algum de seus melhores desbravadores
para ajudá-lo a melhorar seus movimentos treinando com ele, e motivando a melhorar seu
desempenho. É claro que, por mais que seu desbravador seja bom, você deve, depois, tirar algum
tempo para fazer isso. Algumas crianças ás vezes vão pedir pra sair mais cedo ou vão chegar quase
no final, e nem sempre é por falta de interesse. Talvez ele nem pudesse estar ali, mas veio passar
algum tempo no treino para mostrar-lhe que o ama, respeita, e quer continuar fazendo parte daquele
grupo que você lidera.

5.      Faça com que conheçam o Líder maior – Até mesmo, nos exercícios de Ordem Unida a
espiritualidade deve prevalecer. Aí está a diferença da ordem unida militar e a nossa. Conscientize-
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os de que servem a um Líder maior, por isso devem procurar alcançar a Excelência, não só em seus
movimentos, mas em seus atos, palavras e ações, dentro e fora do clube.

Antes de começar as instruções, conte-lhes sobre Moisés e seu grande pelotão de Ordem Unida, e
como progrediam quando faziam a vontade de Deus transmitida por ele, e o que acontecia quando o
povo não estava interessado em marchar por Cristo. Traga versículos que usem termos de ordem
unida para eles, essa co-relação vai ensiná-los a ver a Ordem Unida por outro ângulo, diferente do
objetivo militar. Lembre-se, se nada mudar beneficamente no comportamento das crianças fora do
clube e das instruções de Ordem Unida, é que não estamos trabalhando direito, ou elas não estão
levando a sério. Existe algo muito mais importante que ganhar concursos de Ordem Unida que deve
estar incutido em nossas mentes como instrutores, que é o disciplinar para salvar.

Um dia seu desbravador de dez anos vai crescer e te encontrar pelas ruas, e agradecer pelos minutos
em que passava nas instruções. Ele esperava ansioso pelo dia e horário marcado, e era o primeiro a
chegar, não porque queria ser o melhor, mas porque ali ele se sentia importante, fazia parte de um
grupo, ouvia falar de Deus, recebia amor, carinho e atenção, orava  e tinha um exemplo pra se
espelhar, o reflexo do Líder Maior Jesus. Hoje ele é um homem de bem, um cidadão bem
conceituado e respeitado, graças aos ensinamentos que você deu com todo amor.

Percebe a grande responsabilidade que temos sobre nós? Pense nisso...

36.15 Cadência

Estudos foram feitos com soldados que apresentavam problemas no joelho, e descobriu-se que
muitos foram prejudicados pela cadência com que marchavam, levantando excessivamente as
pernas, que forçava os ligamentos do joelho, e não só isso, como as batidas fortes dos pés, que
prejudicavam e desgastavam mais ainda os ligamentos. O exército reformou sua cadência, e hoje a
cadência não é mais que um andar cadenciado. E nós, que trabalhamos com crianças? A maioria
delas está em fase de crescimento, desenvolvendo a musculatura, a coordenação motora...

A marcha não deve se tornar um incômodo para as crianças, nem tampouco mais um gasto médico
para os pais. Como já foi dito, deve ser um andar cadenciado. O diferencial será o que chamamos de
“garbo”.

36.16 Ordem Unida na Igreja

A igreja é a casa de oração, e repetimos na lei: andar com reverência na casa de Deus. No dia
mundial dos desbravadores, ou em qualquer programação que o clube faça, deve-se respeitar este
princípio. Voz de comando e marcha dentro da igreja, nos tiram o direito de se referir á reverência
na casa de Deus. Os comandos devem ser dados por gestos, somente para se ter idéia de quando
executar as entradas, e deve-se apenas andar sincronizado como qualquer outra programação de
outro departamento da igreja, em que se entram os membros, ordenadamente. O clube pode usar sua
criatividade ao executar evoluções, mas sem ferir a ordem, decência e reverência que são devidas ao
nosso Deus.

37. PSICOLOGIA INFANTIL

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37.1 Crianças de 7-11 anos

Freud falou deste período como lactência, dormência, calmaria. Período onde se forma novas
amizades e descobrem-se liderança e a popularidade que se tornam importantes.

1- Consolidação na área dos relacionamentos sociais, calmo, mas não vazio.


2- Torna-se capaz de raciocinar.
3- Idade de alerta muito ansiosa de investigar e aprender.
4- Idade áurea de memória pode decorar com facilidade.
5- Amantes das histórias e bons livros.
6- Coleções – 90% de todas as crianças desta idade, colecionar uma e outra coisa.

COMPORTAMENTOS
1- Dizem que esse é o período mais feliz da existência. Ativa, curiosa, alegre, participativa, gosta
de brincar com outras crianças, aprecia jogos, os colecionadores, acredita nas pessoas que ele
ama, tem um potencial muito grande, só precisa ser orientada.
2- Já dos 9-12 anos ocorre uma “eclipse” de imaginação. Não significa a perda de curiosidade, mas
uma diminuição sensível da imaginação fantasiosa.
3- Fator Social. Formação de turmas devem ser formadas espontaneamente por critérios e
interesses próprios da idade, ela gosta da companhia das crianças.
4- É comum uma criança não ser aceita pelo grupo.

VÁRIOS MOTIVOS:
1- Às vezes não correspondem aos valores sociais dos participantes; outras vezes é muito
agressiva, carente, sempre chamando à atenção sobre si ou é possuidora de algum defeito físico
ou moral.
2- Com o Grupo – a facilitação deles para aceitação do outro. É difícil estabelecer padrões fixos a
serem seguidos na transformação de determinados comportamentos, porém, observa-se que as
crianças que se separam do grupo na tentativa de não interação (fuga) – Há ponto comum essa
criança possui baixa auto-estima. Sente-se repelida, fracassada, sem valor algum, possui uma
péssima imagem de si mesma, é preciso reaver seus valores como pessoa, como potencial, como
alguém capaz e ninguém melhor para ajudá-la do que o conselheiro que está próximo e que
talvez tenha ouvidos capazes de ouvir, sensibilidade tal capaz de sentir, e amor altruísta, que o
capacite a repartir, acima de tudo deixe a ter sucessos.

Características:
– Físicas:
a- Crescimento lento sem grandes acelerações até a puberdade, as capacidades motoras
globais continuam a se aprimorar e assim a criança dessa idade consegue andar de
bicicleta, jogar bola e fazer outras atividades que requerem considerável coordenação.
b- Período irrequieto da vida, a criança não pode sentar-se quieta e ser boa.
c- Possuem uma vivacidade.
d- No caso das meninas, começam repentinamente a crescer, outras continuam baixas
durante tanto tempo que ficam preocupadas.
e- Ajudar a menina a alcançar crescente compreensão e apreciação de seu corpo.
f- O interesse sexual parece estar submerso. (Freud)

– Sociais:
a- Gosta de códigos secretos e de aventuras
b- Está aprendendo a trabalhar em grupo
c- O forte desejo de vaguear, matar aulas, impulso natural dessa idade, e não delinqüência
moral.
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d- Uma idade de grande adoração aos heróis
e- Os companheiros tornam-se muito importantes, mas quase todos os grupos são de
crianças do mesmo sexo, o único problema é a opressão dos mais velhos que dão
péssimos exemplos. As crianças estão aprendendo e explorando seus papéis sexuais e os
meninos parecem se centralizar mais nos modelos do que as meninas.
f- Nesta idade há muito mais meninas interessadas em atividades de meninos do que o
inverso.
g- A ligação afetiva com os pais é menos visível, mas presumidamente ainda existe.
h- Desenvolvem-se ligações afetivas com amigos especiais.

– Espirituais:
a- Gosta de participar na Igreja, explorar isto.
b- Oportunidades para tomar sua decisão pelo batismo.
c- Gosta de histórias bíblicas, tem um papel importante para cultivar a religião no meio deles.
d- Nos acampamentos, os momentos de partilhar a tua fé, ao lado da fogueira.
e- Atividades Comunitárias – ajudar em campanhas, gosta desse sentimento, espírito de serviço.

37.2 Pré-Adolescência 12-14 anos

1- Focaliza não só a expansão das operações formais e as novas capacidades sociais, mas o
desenvolvimento de uma nova identidade.

2- Período da tempestade e tormenta, cheia de tensão, ele precisa atuar segundo novos padrões e
regras, novas maneiras de interagir com os pais e com os outros, mas depois que a transição se
completa, o período que prossegue não é terrivelmente tempestuoso para a maioria dos
adolescentes.

3- Eles entram num padrão bastante estável de relacionamentos familiar e de amizades, alguns são
populares outros não; alguns são estudiosos, outros não; alguns gostam de esportes outros não;
mas para todos há um padrão de desenvolvimento que continua ocorrendo. (Não sou criança)

4- Comportamento:
a) Período de NEGATIVISMO, nada dá certo, esquisito, feito tudo tem defeito, nada está bom,
neste período.
b) Momento obscuro onde a fuga dos pais, que de grandes heróis passam a ser quadrados,
ignorantes, não aceita nada que os pais falam.
c) As angústias, as incertezas, dúvidas e questionamentos, levam o adolescente a não aceitação dos
valores vigentes e a não aceitação de si mesmo; quase sempre sentem-se como vítima da
incompreensão dos adultos e da sociedade predispondo-o a adquirir vícios como fumo, álcool,
drogas, masturbação, indiscriminação, uso de sexo, buscando sempre a auto-afirmação.

5- Características:
- Físicas
a) Estirão acelerado, o crescimento acompanhado de tremendo apetite, havendo uma tendência
para o desalinho e a falta de jeito, os órgãos sexuais se desenvolvem, ocasionados por rápidas
mudanças biológicas.
b) Nas meninas – Bico dos seios, marcados por coceira e muita sensibilidade a dor, o surgimento
de pelos nas axilas e zona pubiana, segue o ritmo rápido de mudanças, preparando o organismo
para a menarca ou a primeira menstruação.
c) Excesso de gordura ou magreza excessiva.
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d) Nos meninos – crescimento disformes, ombros largos, pés e mãos exagerados em relação ao
crescimento do tronco, mudança de voz se torna notória, ora grossa, ora fina, acompanhada de
desafinos ao cantar, seu corpo começa a sofrer mudanças, pêlos, entumecimento dos seios,
preocupação com pênis.

- Sociais
a) Formação de turmas – lealdade ao grupo, busca da aprovação do grupo.
b) Procura mais liberdade individual, quer passear, sair com a turma, por isso importante o sistema
de Unidades.
c) Anseio de ganhar dinheiro e fugir da escola.
d) É comum o surgimento dos primeiros namoros fortuitos (cuidar)
e) Começa uma preocupação com a aparência física.
f) Freqüente mudança de opinião, não sabe o que quer, não se pode confiar plenamente.
g) Gosta desejos competitivos, passeios, excursões, música barulhenta.
h) Excentricidades:
i) Fortes gostos e aversões na alimentação
j) Predileção pelo atletismo
k) Senso humanitário, humorístico, as meninas riem sem motivo e coloca a mão na boca.

- Espirituais:
a) O interesse pelas coisas espirituais decresce, mas é influenciado pelo grupo e suas atitudes.
b) 13 anos é a idade do grupo em que a seguir se batiza em nossa Igreja.
c) Realçar e manter a importância de manter sempre diante dos jovens e juvenis, o seu destino
missionário, e que a participação não é para o futuro, é HOJE, na conclusão da obra do
evangelho.
d) Há menos tendências para o grupo dessa idade demonstrar seus sentimentos sobre questões
espirituais.
e) Há conflitos com a consciência: o que é correto ou não.
f) Ensinar princípios.

37.3 Adolescência Menor 14-16 anos

1- Produz menor mudança, mas o adolescente tem que se adaptar a sua nova identidade como
indivíduo num corpo adulto, impulsos sexuais continuam intensos e difíceis de controlar em
face das pressões do grupo e dos valores de uma sociedade, considera o auto-controle como
sendo importante.

2- Existe um grande desejo de ser aceito e identificar-se com a linguagem em voga entre
adolescentes assim como heróis, maneiras de vestir-se formas de diversões, hobby.

3- Comportamento:
3.1- Ego difuso, inseguro, o mundo se abre e não sabe onde se apegar, falta de decisão e
objetividade, mas não sabe o que fazer.
3.2- Crise de identidade, falta de coerência, procura esconder-se ora em sonhos e
devaneios e ora em sorriso cínico, zombeteiro e gozações, tentando esconder a
intranqüilidade o desequilíbrio.
3.3- Incoerência reinante em seu interior, sente-se perdido. Não se sente totalmente adulto,
por isso procura tomar atitudes de adultos.
3.4- Cria alguns mecanismos para dirigir a sua vida, idéias ecológicas, idéias de justiça
social.
3.5- Erótico, por isso precisa de bons modelos.
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4- Características
- Físicas:
a) Crises psicológicas acentuadas: São devidas ao funcionamento das glândulas sexuais
que até a terceira infância permaneceram inatas. Tireóide – Controla o metabolismo,
isto é, o consumo de oxigênio pelo organismo, provindo da respiração.
b) Hiper-tireodismo: Pouca atividade glandular – engorda, provoca preguiça, canseira
excessiva e atraso mental. Muita atividade – produz magreza, inquietação, nervosismo,
taquicardia, excesso de transpiração, apetite descontrolado e tremores no corpo. Se
ocorrer deficiência no desenvolvimento sexual é devido a deficiência da tireóide.
c) Nesta fase começa o adolescente uma erotização da personalidade, seu corpo, sua
postura, por isso é preciso dar uma boa orientação.
d) Simplesmente sendo um amigo de confiança do adolescente, abrindo o jogo sobre
doenças venéreas, AIDS, riscos do aborto e outros temas ligados a preservação e a
dignidade da vida humana.
e) Orientação e preparo para o namoro, casamento.
f) Neste período o adolescente não tem aquela disposição de antes para as atividades
físicas da pré-adolescência.
g) Mudar um pouco as atividades, como jogos coletivos e individuais.
h) Neste período sente o desejo grande de ser amado.

– Sociais:
a) Os grupos de companheiros, tornam-se mistos ao invés de grupos, do mesmo sexo
aparecendo também os casais.
b) A manutenção precoce contribui para aumentar a popularidade entre os companheiros
devido ao espírito crítico, gosta de discussões e de reuniões de grupos fechados,
discussões de temas polêmicos, especialmente ligados aos fatores sociais.
c) Leituras e filmes preferidos, aventuras = violência e grandes descobertas, bem como a
vida de grandes personagens da história ou ciência, começa a pensar em profissão.
d) Sua participação é um tanto discreta, por que se acha o bom.

- Espirituais:
a) Não se preocupa tanto com o estudo da Bíblia, não leva a Bíblia à Igreja.
b) Gostam apenas de assistir debates relacionados com assuntos polêmicos.
c) Sua participação na Igreja é discreta, apática, pensa que não precisa mais, pois já está
maduro.
d) Deve ser tratado como um membro jovem da Igreja, sem ridiculariza-la perante os
demais.
e) Gosta de aparecer e ser reconhecido em alguma coisa que faz para Deus.

38. RECREAÇÂO

O Conselheiro e a recreação – Filosofia da recreação cristã – Jogos sabáticos – Jogos ao ar livre –


Brincadeiras Noturnas – Jogos Bíblicos (Quartetos – Êxodus - Jogo da Velha).

Um conselheiro de desbravadores deve saber com clareza a diferença entre diversão e recreação.
Enquanto perde o seu precioso tempo em brincadeiras e farras inúteis (diversão), só temos a ganhar
quando resolvemos investir melhor nosso tempo em passatempos e jogos úteis, que nos levam a
crescer, a atingir objetivos e metas altruístas.

67
Curso para Conselheiros 08/05/2022 Página 67 de 73
As atividades esportivas num ambiente de igreja e mesmo dentro do Clube de Desbravadores,
tendem a tomar proporções indesejável quando a liderança não sabe estimulá-la corretamente.
Aplicando na mesma um alto grau de competitividade e uma busca frenética e desesperada pelo
primeiro lugar e sempre estimulando nos desbravadores a idéia de que o mundo sempre é dos
melhores, só conseguiremos formar uma geração de meninos e meninas frustrados, por estarem
sempre perdendo e alguns eternos orgulhosos por estarem sempre ganhando.

É fundamental que os conselheiros entendam que o desbravador vem ao Clube com um objetivo
primário, que é a participação. Participar é o segredo. O desbravador que sai de casa vem ao clube
para participar e não ficar olhando os “melhores” sempre jogar. Ser um eterno excluído não é a
vocação de desbravador nenhum.

Uma dica: sempre dite as regras antes de começas as atividades esportivas. Não estou falando de
regras de vôlei ou futebol. Essas eles já sabem de trás para frente. Estou falando de regra
disciplinar. Em nosso Clube o simples pronunciar de um palavrão, mesmo que por descuido, o
exclui na mesma hora do jogo e isso é falado a todos antes do jogo, portanto os desbravadores não
podem alegar que não sabiam as regras. Nesse dia ele não joga mais e se quiser pode até ir para
casa. Uma postura firme intimida os candidatos a engraçadinhos e serve de alerta aos espertos.

Muitos conselheiros sabem muito bem o que fazer à nível de esporte e recreação quando se trata de
domingos e dias de semana em atividades na sede e mesmo em acampamento, porém quando a
atividade é no sábado eles se perdem por completo. Para facilitar a vida dos conselheiros temos
investido em jogos bíblicos, tais como quartetos (da CPB) e jogos diferentes como o Jogo da Velha
Bíblico e o Êxodus. Não nos proporemos a falar dos jogos e sim a jogá-los como parte integrante do
Curso.

38.1 BRINCADEIRAS SABÁTICAS

1) Formando as equipes para os jogos: brincadeira bíblica com objetivo de escolher o nome de cada
equipe. consiste em pedir que todos fiquem em pé, bíblias no alto, em uma das mãos e ao apito cada
equipe deve escolher o nome para a mesma, entre os muitos animais que estão escritos no livro de
Jó.

2) Deixar vários saquinhos de plásticos com os dizeres do verso bíblico João 3:16 com as letras
devidamente separadas uma a uma. Colocar em pontos estratégicos do ginásio, pedir para um de
cada equipe encontrar e tão logo achem devem montar o quebra cabeça e dizer o que o verso
significa para a equipe .

3) Concurso musical - qual é a música ?


Equipamentos - um aparelho de som / um piano / violão / ou flauta . O músico toca 3 ou 4 notas da
música e a equipe tem que descobrir qual é a música e cantar uma parte da mesma. Total de 15 a 20
músicas.

4) Gincana - com rodízio - participa 1 juvenil de cada equipe em cada bateria e todos os membros
da equipe brincam ao mesmo tempo - ganha a gincana a equipe que fizer maior número de pontos
devidamente contabilizados após as entregas dos papéis para os professores.
4.1) professor com perguntas da lição - 5 perguntas sobre a lição da semana - respostas escritas .
4.2) professor com caça palavras sobre os discípulos de Jesus - achar 3 nomes ou 3 minutos por
juvenil .

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Curso para Conselheiros 08/05/2022 Página 68 de 73
4.3) professor com perguntas sobre o tema - 5 perguntas sobre o tema de sábado de manhã -
respostas escritas.
4.4) professor com as seguintes palavras em mãos e a medida que ele falar as palavras os juvenis
levantam a mão e cantam a primeira estrofe de alguma música de nossa igreja que tenha as
palavras: amor, missionário, Deus, bom, achei, maravilhoso, rio, voltará, instante, vida, herdeiro,
reino, tarefa, lar e vingar.

5) Concurso de velocidade bíblica - ganha o juvenil que achar a passagem mais rapidamente as
passagens : Gênesis 1:1 Amós 1:4 Obadias 2:5 Êxodo 2:2 Hebreus 5:4 Tiago 3:8
Apocalipse 22:4 Habacuque 1: 3 Josué 2:6

6) O juvenil que souber falar o Salmo 23 de cor ganha os pontos para a equipe - se errar dá a vez
para outro.

7) Caminhadas com perguntas bíblicas (para todos ao mesmo tempo).Todos em fileira e à medida
que o professor fizer a pergunta quem souber dá um passo a frente e diz a resposta. Se a resposta for
correta ele e a sua equipe avançam , se for errada todos dão um passo para trás.

8) Desafio Máximo: todos terão 15 minutos para decorar os livros do Novo Testamento - os que
conseguirem dizer de cor ganham prêmios (balas) e entre os que conseguiram decorar deverão ir
para a final , falando de cor todos os livros da bíblia.

09) Brincadeira envolvendo todos: trazer para os jurados o nome de todos os fundamentos da Nova
Jerusalém. Brinde: 5 pares de meias para os 5 mais rápidos.

10) Como o tema “Só o amor constrói”, todos vocês deverão trazer por escrito 4 versos bíblicos
que tenham a palavra amor ou derivada tais como amado, amada, amando e outras parecidas. Todos
terão 10 minutos para realizar a tarefa.

11) As equipes irão montar seus próprios caça palavras com 5 palavras, com o tema livre - podendo
ser discípulos, mulheres da bíblia, cidades, comidas e depois de pronto deverão trazer para os
jurados , que avaliarão o trabalho e darão nota para os mais bem caprichados. Logo após, um jurado
apita e um membro por equipe pega depois de devidamente misturados um caça palavras e leva para
a equipe achar. Ganha a equipe que achar mais rápido.

39. Curso - Conteúdo Prático:


 Noções de Ordem Unida
 Apresentação da Unidade
 Civismo
 Orientação
 Nós
 Arte de Acampar
 Primeiros Socorros

Parabéns !! Você agora é um Conselheiro. Deus te abençoará e capacitará a cumprir


fielmente a parte que te corresponde. SUCESSOS !!

69
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Revisado 01/06/2006
Olinda Elisa da Silva Sanches
Líder Máster
12a Região – ABC / UCOB

FOTO

CLUBE DE DESBRAVADORES _________________ - 12a Região / ABC

NOME: CLASSE:
Endereço: Telefone:
Bairro: Cidade: CEP: UF:
Data nascimento: Natural de : UF:
Identidade: Certidão de Nascimento:
Pai:
Mãe:
Responsável / Parentesco :
É Adventista? ( ) Sim ( ) Não Religião: Data Batismo: /
Já foi Desbravador? ( ) Sim ( ) Não Qual Clube? Cidade:
Completou Classe J.A? ( ) Sim ( ) Não Quais? Data: /
Grau de Escolaridade: Colégio: Data: /
Possui profissão, cursos ou conhecimento especializado em alguma área? ( ) Sim ( ) Não - Quais?
-------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

Possui alguma doença, problema de saúde ou realiza tratamento específico atualmente?


-------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

Possui Cartão de Vacinação em dia? ( ) SIM ( ) Não


Febre Amarela – Data Vacinação: / Tétano – Data Vacinação: / Anti-Rábica: /
Já sofreu algum tipo de fratura? ( ) SIM ( ) Não - Quais?
Tem alergia a remédios, insetos ou objetos? ( ) SIM ( ) Não - Quais?
Tipo Sanguíneo e RH:
Pessoas para contato em caso de emergência: Parentesco: Telefone:

-------------------------------------------------------- -------------------------------------------------- -----------------------


-------------------------------------------------------- --------------------------------------------------- -----------------------
--------------------------------------------------------- --------------------------------------------------- -----------------------

Taxa de Matrícula: R$ Pagou? ( ) Sim Assinatura Tesoureiro:

Aparecida de Goiânia, _________ de ___________________________ de ____________

__________________________________________________ ________________________________________
Assinatura do Desbravador / Candidato Assinatura do Pai ou Responsável
70
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__________________________________________________ ________________________________________
Assinatura do Diretor do Clube Assinatura Tesoureiro

FICHA DE PONTUAÇÃO MENSAL (Sugestiva)

Nome do Desbravador: ____________________________________


Unidade : __________________ Mês/Ano: _______/___________
Clube : __________________________

Descrição / Pontuação Reunião / Pontos Obtidos Total


1 a
2a
3a 4a 5a 6a 7 a

Presença (10)
Pontualidade (10)
Estar Uniformizado (5 ou 10)
Trazer Caderno de Atividades (10)
Trazer Cartão de Classe (10)
Trazer Bíblia (10)
Trazer um Visitante (5)
Fazer Tarefas do Clube na Semana (10)
Fazer o Ano Bíblico nesta Semana (10)
Fazer Especialidade nesta Semana (10)
Ser Investido nesta Semana (10)
Participar de Projeto Missionário (10)
Participar de Projeto Comunitário (10)
Participar de Eventos do Clube (10)
Pagar a Mensalidade (-5 / 0 / 5 ou 10)
Ler o Livro do Clube do Livro (10)
Pessoas Auxiliadas (2 pontos cada)
Ajudar a mãe em casa (2 pontos/dia)
Participar da Classe Bíblica (10)
Disciplina (0 – 10)

 Especificar:
- Nome do visitante
- Nome da Especialidade
- Classe investida
- Nome do Livro lido
- Nome e tipo de Ajuda a Pessoas
OBS.: Todos os pontos registrados se referem às atividades realizadas durante a semana em
71
Curso para Conselheiros 08/05/2022 Página 71 de 73
andamento. A pontuação deve ser lançada pelo Secretário (a), com a ajuda do Conselheiro e
Tesoureiro.

_________________________________ _________________________________
Assinatura do Secretário (a) Assinatura do Conselheiro (a)

ORGANOGRAMA GERAL

J.A CONFERÊNCIA GERAL

J.A DIVISÃO - DSA

J.A UNIÃO - UCOB

DEPARTAMENTAL J.A - ABC

COORDENADOR GERAL

SUB COORDENADOR GERAL

REGIONAL – 12a Região

DISTRITAL

DIRETOR

DIRETOR ASSOCIADO DIRETORA ASSOCIADA

CONSELHEIRO CONSELHEIRO CONSELHEIRA CONSELHEIRA

CAPITÃO CAPITÃO CAPITÃ CAPITÃ


Secretário Secretário Secretária 72
Secretária
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DESBRAVADOR DESBRAVADOR DESBRAVADORA DESBRAVADORA


73
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