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1ª Aula
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Elaborado pelo Docente da Cadeira Lic. Alberto Joaquim Marqueza
Apontamentos da Cadeira de Prática forense-Curso de Direito - 7º Semestre 2012
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Apontamentos da Cadeira de Prática forense-Curso de Direito - 7º Semestre 2012
2ª Aula
A Linguagem forense
Entende-se por linguagem todo o sistema de signos capaz de produzir capaz de produzir uma
comunicação entre os falantes. A palavra signo refere-se ão signo linguístico que por sua vez
remete-nos ãos conceitos de significante e significado.
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Apontamentos da Cadeira de Prática forense-Curso de Direito - 7º Semestre 2012
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Lembre-se que toda mensagem tem uma finalidade: provocar reações produzir emoções
transmitir conhecimento cientificos, exortar, pressoadir Etc. Assim o domínio das funções de
linguagem incrementa o acto de produzir texto.
A função de linguagem pode ser aplicada na (LF),
Existe seis elementos de Liguagem para cada um desses elementos existe uma função
correnspondencia.
A primeira função é emotiva está centrada no emissor da mensagem, as opiniões e sentimentos
do emissor estão presente no texto que suscita juizo de valor ou provoca emoções verdadeiras ou
simuladas a respeito do assunto onde na pessoa a função emotiva exprime estado emocional do
emissor perante o objectivo da sua comunicação mas também ser para sensibilizar o receptor.
Ex. “ a Ré contratou o ofendido para exercer a função de marceneiro no sector de
produção de cozinha moduladas, o ofendido ão desempenhar as suas actividades
profissionais foi pregar em um gabinete duplo um dos componentes da cozinha
modulada, quando o prego saltou-se da madeira ão sofrer a batida do martelo, o prego
atingiu em cheio o olho Direito do trabalhador, perfurando-o. Esse infortúnio ocorréu
por culpa exclusiva da Ré….”
Função conotativa tem em vista convencer ou influenciar. O vocábulo conotativo significa
esforço, tentatica, ão produzir a mensagem o emissor emprega esforço para convencer o receptor,
este ocupa lugar de destaque já que a linguagem forense se organiza com o objectivo de
convencer o receptor.
Função referencial é aquela que converge para proprio referente e tem por objectivo de
transmitir uma informação desprovida de qualquer impressão pessoal ou manifestação
persuasiva. Os dados da realidade são objectivamente transmitidos ão receptor.
Função fáctica - põe em evidência o canal de comunicação este é responsável pela condução da
mensagem que parte do emissor em direcção ão receptor.
Esta função revela-se no texto jurídico que tem a intenção de iniciar, prolongar, interromper ou
verificar a eficácia do processo comunicativo estabelecido entre o emissor e receptor.
Ex: “Requer o autor a V.excia que se digne de citar o Réu para que conteste esta
acção sob pena de revelia.”
Função poética é aquela que causa prazer estético pelo seu conteúdo e forma, não é frequente na
linguagem forense, mas isso não significa que o profissional de Direito não possa produzir um
texto poético para quebrar a rigidez do texto do texto jurídico. O texto jurídico pode ser
elaborado de forma inovadora utilizando as combinações e rítmica para despertar prazer na
leitura.
Ex: No dia cinco de Outubro do ano ainda fluente em Carmo de cachoeira, terra de boa
gente ocorréu um facto inédito que me deixou descontente, o Jovem Alceu da Costa
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com as drogas, mas muitos caras, a maioria gente da pesada negam de curtir seu
baratinho, não dando a mínima para os meganhas que vivem em seu encalço.”
Linguagem familiar é utilizada no dia-a-dia do falante, menos formal com o uso d
Um vocabulário simples e relativo no que diz respeito a obediência `as regras gramaticais. Ex: “
o advogado disse que agente vai se encontrar no fórum `as 15h” Os dois níveis de linguagem -
Coloquial e familiar – não interessam esses tipos de linguagem para expressar seus pensamentos
no universo jurídico. No que diz respeito linguagem forense o profissional de Direito fará o uso
da Linguagem culta, da norma padrão, também conhecida como sermo eruditus para se
comunicar no Direito.
O padrão linguístico caracteriza-se pelo tipo de selecção vocabular para a transmissão da
mensagem. As palavras são formais e técnicas. Ex: “ se é verdade que todos devem ser
livres para contratar, realizar o contrato em si, o mesmo não ocorre com a liberdade
contractual, considerada como a possibilidade de livre disposição de seus interesses
pelas partes. Essas devem, sem restrições, regular esses interesses, clausulando-os,
sem colisão de Direitos….”
3ª Aula
1. Vocabulário Jurídico
A necessidade do Profissional de Direito de dominar o vocábulo jurídico de capital importância,
visto que, pode dotar-se de capacidade excelente de elaboração de peças processuais com melhor
qualidade redacional.
A escolha de vocábulo criterioso e preciso produz uma peça processual clara e objectiva, porque
a palavra adequada transmite a mensagem que se deseja veicular.
O Profissional Mocir Garcia afirmou que: “ dispondo de palavras suficientes e adequadas a
expressão do pensamento de maneira fiel, clara e precisa estamos em melhores condições e
assimilar conceitos, de reflectir, de escolher, de julgar, do que outros cujo acervo léxico seja
insuficiente ou medíocre para a tarefa vital da comunicação, pensamento e expressão são
interdependentes, tanto é certo que as palavras são o revestimento das ideias e que sem elas é
praticamente impossível pensar.”
Dispor de um bom vocabulário não pressupõe a utilização de farta quantidade de palavras
difíceis e desconhecidas, bom comunicador é aquele que se faz entender por meio da suas
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3. Denotação e Conotação
As palavras podem ser denotativas ou conotativas, as denotativas apresentam significado real de
palavra tal e qual é definida do dicionário. Ex: aquele Advogado tropeçou numa pedra a
caminho do fórum” nesta frase a palavra pedra assume o seu verdadeiro sentido.
Por sua vez as palavras conotativas expressam significado figurado diferente do dicionário
permitindo múltiplas inferências sempre relacionados com o contexto em que aparece.
Ex: Aquele promotor de justiça é uma pedra no sapato.
Aqui apalavra pedra assume um sentido diferente ão dicionário neste caso significa um
empecilho, obstáculo, estorvo.
Na linguagem forense o uso de palavra conotativa pode causar problemas na transmissão eficaz
da mensagem.
O poder judiciário encontra-se abarrotado de acções judiciais o que torna árdua a tarefa de leitura
de diversas peças processuais.
Os juízes de Direito não dispõem de tempo suficiente para realizar leituras atentas das peças
processuais, nesta conformidade, não se pode exigir deles a correcta interpretação dos vocábulos
conotativos.
É melhor usar palavras jurídicas no sentido denotativo porque elas evitam duplo sentido e não
exigem leitura muito profunda facilita a compreensão da peça processual.
A redacção prima pela clareza, objectividade e precisão do discurso jurídico.
4. O significado das palavras jurídicas na Linguagem Jurídica
O significado das palavras jurídicas na Linguagem jurídica é determinado pelo seu contexto, o
profissional de Direito deve verificar se determinada palavra ão ser utilizado na formação da
peça processual possui efectivamente a carga semântica que deseja imprimir a mensagem que
se pretende transmitir.
A Linguagem forense emprega termos jurídicos exactos para exprimir conceitos esclarecer lei,
explicar doutrinas, defender teses etc.
Não deve o profissional de Direito adivinhar o significado das palavras jurídicas desconhecidas.
As consequências podem ser desastrosas, deve-se usar sempre a palavra jurídica que melhor
define a Lei, que melhor conceitua a doutrina e melhor caracteriza os ilícitos penais e civil.
Ex: Um determinado Advogado requeréu ão juiz a remição da divida, ão invés de remissão o
juiz diferiu o seguinte: Defiro pague-se a divida dentro de 48h. o Advogado ficou perplexo nada
pode fazer senão a Empresa pagar a divida.
Remição significa quitação pagamento de ónus, e remissão significa perdão da divida.
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O profissional de Direito par evitar situações como esta, consultando o dicionário da língua
portuguesa e dicionário jurídico.
4ª Aula
1. Dificuldades no uso das palavras jurídicas na elaboração das peças processuais
As palavras comuns ão serem aplicados na redacção forense revestem-se de um significado
bem diferente daquela que teriam em um texto simples.
Por ex: a palavra incompetente indica pessoa que não tem competência, ou seja, falta-lhe
capacidade, sabedoria. Entretanto na linguagem forense permite chamar um juiz de Direito
de incompetente sem ofende-lo nem desrespeita-lo.
A palavra incompetente designa o juiz de Direito que não tem poder para conhecer e julgar
determinada acção judicial. A incompetência aqui referida revela a falta de poder em razão
de vários factores que impede o juiz a conhecer uma Determinada causa.
A palavra conhecer por seu turno significa ter o poder judiciar de julgar, para tanto, o
profissional de Dto deve conhecer o significado de cada palavra tanto da linguagem jurídica
bem como da linguagem comum par evitar problemas.
As palavras e termos jurídicos usados na redacção das peças processuais devem caraterizar
adequadamente o fato e os fundamentos jurídicos presentes na acção.
Para alcançar esses objectivos o Profissional de Direito deve dominar os termos técnicos e as
técnicas da redacção. Uma das bases da boa redacção forense fundamenta-se no facto do
profissional de Direito deve conhecer a carga semântica que determinada palavra jurídica
apresenta em um certo contexto. Por isso deve se usar a palavra jurídica que melhor transmita
o pensamento do profissional do Direito, sempre seleccionar aquela palavra jurídica que
exprima a ideia exacta que ele pretenda expressar.
2. Palavras unívocas equivocas e análogas
Na linguagem forense as palavras jurídicas dividem-se em três categorias: Unívocas,
Equivocas e Análogas.
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Unívocas possuem apenas um único sentido no texto jurídico, essas palavras, independe
do contexto tem sempre o mesmo significado, pois elas são utilizadas para descrever e
tipificar delitos bem como caracterizar direitos do individuo.
Ex: significado de imprudência, imperícia e negligência são diferentes na linguagem
forense, assim não podem ser tidas como palavras sinónimas ou aplicadas aleatoriamente
na construção do texto jurídico. A imprudência é prática de um acto precipitado sem a
devida cautela, a imperícia é a ausência de habilidades ou inaptidão para executar
determinado acto. A negligencia é pratica de um acto sem observar as normas que
exigem cuidado atencioso
As palavras equivocas possuem mais de u, sentido, cujo significado define-se pelo
contexto. Ex: a palavra sequestrar apresenta dois sentidos, o de aprender judicial
determinado bem sob litígios ( ão nível do C.C.) e sequestro ão nível penal significa
privar alguém da sua liberdade, carecer privado.
Por fim as palavras Análogas não possuem a mesma etimologia, contudo apresenta a
mesma família ideológica ou pode ser consideradas sinónimas.
Ex: resolução, resilição e rescisão, essas palavras jurídicas indicam a mesma ideia
ideológica. Extinção do contrato. No entanto, definem casos jurídicos diferentes. A
resolução contratual significa a extinção do contrato pelo seu cumprimento.
A resilição contractual significa a extinção do contrato por vontade das partes e rescisão
contactual ocorre por violação dos contratos.
Note que o usos de palavras análogas requer muito cuidado, pois, como no exemplo
acima, o erro na aplicação do vocabulário jurídico implica compreensão diversa do
direito pretendido provocando consequência jurídicas inadequadas para o caso concreto.
3. Palavras parónimas, homónimas e sinónimas e polissémicas
Sob a óptica da semântica as palavras jurídicas podem ser classificadas em: parónimas,
homónimas e sinónimas e polissémicas.
Vide as cópias em anexos
4. Arcaísmo
São palavras que caíram em desuso numa determinada língua
Ex: tratante (antigamente era o individuo que tratava pessoas; hoje é designado malandro,
o enganador).
Formidável (antigamente significava terrível; hoje é significa extrãordinário) muita das
vezes os profissionais de Direito usam o arcaísmo pensando que estão construindo peças
brilhantes, mas na verdade, pouco entende o que esta escrito ali.
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5ª Aula
Tecnica para enriquecimento do vocabulario jurídico
A experiencia didatica demostram que existem tres tecnicas redacioanais para o
enriquecimento do vocabulario jurídico. A premeira é leitura de obras jurídicas.ão fazer
uma leitura atenta deve-se fazer o levantamento das palavras desconhecidas em
seguida fazer a busca das palavras desconnhecidas e consulta-las no dicionario para
entende-las a sua aplicação de cada uma delas na construção da peça processual.
Realiza-se a segunda leitura com objectivo de aplicar uma palavra sinonima no lugar
do novo vocabulario jurídico para ampliar as várias possibilidades redacional sem
perder de vista a originalidade da ideia central do texto jurídico lido.
O profissional de direito precisa de criar hábito de leitura pos é um meio eficaz para
ampliar o seu vocabulario jurídico. Durante a leitura ão se deparar com termos
desconhecidos deve grifa-lo e posteriormente consultar no dicionario, este metodo
chama-se levantamento vocabular.
Na se aconselha tentar advinhar o significado de uma palavra na linguagem forense,
pois existe um grande risco de atribuir um significado completamente diferente ão de
contexto.
A segunda tecnica que amplia o vocabulario jurídico é a aplicação da nova palavra na
construção da peças processuais, buscando possiveis sinonimos, este processo de
fixação tem em vista a ampliação do vocabulario jurídico.
A terceira tecnica capaz de ampliar o vocabulario jurídico é o acto de conversação,
trata-se de acto natural e expontaneo e tem em vista a troca de experiencia entre os
falantes; é um meio eficiente para incorporar palavras novas ão dicionario.
A FRASE, O RAÇÃO E PERÍODO NA LINGUAGEM FORENSE
A frase jurídica
Na linguagem jurídica, a frase recebe o nome de frase jurídica ou seja, frase jurídica é
qualquer enunciado capaz de estabelecer comunicação no universo jurídico entre os
profissionais de Direito. É por meio dela que o frissional de Direito estrioriza os seus
pensamentos, emoções, sentimentos, efim, concretiza no universo jurídico a
mensagem que deseja transmitir a seus interlocutores.
Assim, um enunciado deve apresentar – se bem articulado para que alcance a sua
finalidade. O somatório de frases jurídicas resulta na formação de parágrafo e a soma
desses paragrafos formam o texto jurídico.
Uma frase bem redigida sem ambiguidade ou obscuridade transmite uma mensagem
de facil compreensão. Os dois defeitos são gravissimos na redação forense pois
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Fazendo uma análise atenta pode-se notar que a ultima oração está ligada `as demais
pela conjução “e”ainda que todas sejam independentes entre si. Isso significa que a
oração “…. e saiu para audiencia” é uma oração coordenaada sidentica aditiva. As
demais (“ Pela manha, o Advogado bebeu o café delicioso, comeu um pedaço de pão
com manteiga”) é uma oração coordenaada asidéntica.
O mesmo não acontece com as orações subordinada, porque elas são dependentes
entre si. E uma se liga `a outra para que a mensagem seja compreendida.
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6ª Aula
1. Conjunções coordenadas
Ão redigir uma oração o profissional de Direito precisa ter em mente a mensagem que
vai transmitir. Para tornar mais clara a mensagem, deve articular correctamente as
orações.
Se não conhecer o funcionamento das conjuções na formação das orações dificilmente
sera capaz de produzir uma oração bem articulada.
Há cinco tipos de conjuções coordenativas: aditivas, adversativas, alternativas,
conclusivas e explicativas.
1.1 Conjução Aditiva
A conjução aditiva serve para ligar uma oração que exptressa idéias equivalentes.
As principais conjuções aditivas são: e, nem, não só,… mas também, tanto …como,
assim …como, assim… quanto, assim…. Que, não só …como, não só senão que.
Atenção especial deve ser dispensada `a conjução “nem”, pois, quando aditiva exige
uma oração negativa e equivale a conjução “e”.
Ex: “sem prejuizo da faculdade de participar das deliberações da sociedade e de
fiscalizar as operações, não pode o comandatario praticar qualquer ato de gestão, nem
ter nome da firma social sob pena de ficar sujeito `as responsabilidade do socio
comanditado.”
Conclui-se que não deve usar conjução nem em frases afirmativas.
Ex:2 O advogado não saiu da sala nem deixou ninguem saisse.
1.2 Conjução adversativas
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Veja que no primeiro caso a conjunção alternativa pode ser substituida pela expressão
de outro modo, enquanto no segundo a expressão se não assume sentido de
condição e pode ser substituida por acaso não.
A conjução conclusiva é aquela que encerra uma conclusão uma conclusão, uma
dedução.
As princiapais conjuções conclusivas são: logo, pois, então, porquanto, assim, por
isso, emfim, por fim, por conseguinte, consequentemente.
Ex: “ mediante simples averbação, requerida por ambas as partes, podera prorogar-se
a hipoteca ate perfazer 20 anos da data do contrato.
Desde que perfaça esse prazo, so podera subsistir o contrato de hipoteca,
recostituindo-se por novo título e novo registo; e, nesse caso, lhe sera mantida a
procedencia, que então lhe competir”.
Não se esqueça de que a conjunção pois deve vir proposta ão verbo da oração para
ser classificada como conclusiva.
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2. Conjunções subordinativas
São subordenativas aquela que tem por objectivo ligar duas orações a primeira recebe
o nome de oração principal e a segunda oração subordinada.
As orações subordinadas são dependentes da oração principal para estabelecer um
sentido completo.
As principais conjuções causais são: como (início da frase), porque, que, pois que,
poaquanto, já que, visto que, uma vez que, sendo que.
Ex:2 “os livros nacionais são caros sendo que os estrangeiros nem se podem
comprar.”
Ex: “farão a mesma prova que os originais as certidões textuais de qualquer peça
judicial, do protocolo das audiencias, ou de outro livro a cargo do escrivão, sendo
estraisdas por ele, ou sob sua vigilancia e por ele sobescritas, assim como os
tranlados dos autos, quando por outro escrivão consertados”.
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As principais conjuções comparativas são: como, (tal) qual, tal e qual, assim como,
(tal como, (tão ou tanto) como,(mais) que ou do que, (menos) que ou do que,
(tanto) quanto.
É comum o uso desta conjução concessiva posto que no lugar da conjução causal.
Ex: “ a paz mundial tem estado constantimente ameaçada posto que a humanidade
se vem dividida por ideologias antagonicas”.
As principais conjuções condicionais são: caso, salvo se, excepto se, contanto que,
sem que, desde que, amenos que, a não ser que, uma vez que.
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Ex: “ se no contrato as obrigações couberem a apenas uma das partes, podera ela
pleitar que a sua prestação seja reduzida, ou alterada o modo de executa-la, afim de
evitar a onerosidade excessiva.”
As principais cojuções finais são: afim de, para que, que (=para que), porque (=para
que). Não se deve confundir a conjução final a fim de com a palavra afim.
Ex: “ quando a penhorar recair sobre dívidas de dinheiro a juros, de direito de rendas
ou de prestação periodica, o credor poderá levantar os juros, os rendimentod ou as
prestações `a medida que forem sendo depositadas, abatendo-se do crédito as
importancias recebidas, conforme as regras da imputação em pagamento.”
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Por outro lado, as frases mais complexas são as subordinativas, porque exigem uma
hierarquia entreelas para a compreenção da ideia a ser transmitida. Assimda-se muita
importancia na escolha da conjunção. Se a conjunção escolhida não for correta a ideia
articulada na frase subordinada sera prejudicada no que diz respeito a sua
inteligibilidade.
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7ª Aula
Introdução
1. O parágrafo jurídico
Considera-se parágrafo jurídico a unidade que tem vista a apresentação de uma
determinada ideia-núcleo tambem conhecida como topico frasal. A redação do
parágrafo núcleo exige cuidado e atenção; esta tem a função de materializar e
delimitar o pensamento do profissonal do Direito. E, se não tomar em conta estes
pressupostos a margem refenciados então não sera compreendida pelo leitor.
Ex: “o direito de acção encontra-se protegido pela Carta Maior. A Constituição Federal
(CF) Protege o Direito de acção dos Brazileiros. Os Brazileiros podem propor acções
judiciais, porque a C.F autoriza o direito de acção”.
Como se ve, este parafo dificilmente seria entendido pelo leitor porque não sabe qual é
a ideia núcleo.
É preciso ter em conta que o parágrafo jurídico é um dos elementos contitutivos das
peças processuais, ou seja, o texto jurídico é um somatorio de parágrafos jurídicos,
pelo que, devem estar devidamente articulados entre si porque são responsaveis pela
coerencia textual.
2. A ideia-núcleo do parágrafo jurídico
Entende-se por ideia-núcleo o enunciado mais importante do parágrafo, ou seja, a frase
que sintetiza o pensamento do profissional de Direito.
O parágrafo jurídico padrão possui tres partes:
a) Introdução: indica de modo sucinto a ideia-núcleo do tema a ser desenvolvido;
b) Desenvolvimento: trata-se da problematização, da esplanação e da
fundamentação dessa mesma ideia-núcleo;
c) Conclusão: apresenta um fecho consiso do tema inicialmente delimitado pela
ideia núcleo.
A ideia-núcleo é um instrumento eficaz para delimitação a ser tratado ppelo
profissional, evita as digresão, garante objectividade, a coerencia, a cõesão e a
unidade de significação do parágrafo jurídico-padrão.
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O profissional de Direito não deve iniciar a redação do parágrafo antes de ter visto dois
pontos importantes: o assunto que ira tratar e qual seja a ideia-núcleo a ser
desenvovida. Assim, deve-se escolher o assunto, fixar s ideia-núcleo e desenvove-la.
A plicação deste processo redacional auxiliano profissional do Direito a desenvover
umparágrafo jurídico com mais coerencia, sempre apresentando um raciocinio logico
sem perder de vista o eixo redacional, produzindo uma peça processual cõesa e
coerente.
Ex: “A consignação em pagamento é o depósito judicial referente a uma determinada
divida. Trata-se de uma acção que a lei confere ão devedor para quitar sua divida sua
divida, quando o credor não queser recebê-la. Assim o devedor não se torna
inadimplente (incumpridor), eximindo-se de sua obrigação frente ão credor.”
A ideia-núcleo esta bem clara e definida no parágrafo jurídico.
Ideia pricincipal: “A consignação em pagamento é o depósito judicial referente a uma
determinada divida.” Logo, e com muita facilidade percebe-se que o profissional de
Direito quer tratar do instituto de consignação em pagamento.
a) Evite pormenores impertinentes, redundâcias e digressões. O paragafo
jurídico deve ser objectivo, desenvolvendo apenas ideias essenciais `a
elucidação do assunto.
Ex: “O Direito das obrigações, antes de mais nada, esta assentado no ‘principio da
autonomia da vontade’ pois fixando normas gerais, inclusive dos contractos, deixa `a
vontade individual um campo enorme para a sua manifestação….”
b) Elimine frases intercaladas que prejuquem a unidade do parágrafo jurídico;
selecione as mais importantes e as trasforme em oração coordenada, ou seja,
orações iniciais de periodos curtos.
Ex: Esta canção – disse o professor- é muito popular.
Ex:2 A verdade- julgo eu- acaba sempre por vencer.
c) Paragrafo diferentes ideias diferentes
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A deia núcleo deve ser redigida cuidadosamente, pois delimita o assunto a ser tratado
e indica ão receptor qual a mensagem jurídica a ser desenvolvida no parágrafo. Se a
ideia núcleo for mal redigida não permitira que o receptor a identifique com exactidão,o
mesmo não identifique o parágrafo jurídico.
a) Evite ambiguidade.
A ideia-núcleo ambigua possibilita várias interpretações, confundindo o raciocinio do
receptor quanto a objectividade da mensagem jurídica.
Ex: “a autoridade policial deu voz de prisão em flagrante delito ão criminoso em sua
casa.”
b) Evite redundância
A ideia –núcleo que apresente redundância deve ser excluida do parágrafo jurídico,
ocorrem frequentemente em periodos compostos quando apresenta dois ou mais
verbos
Ex: “o decujus faleceu pobre, porque não deixou fortuna”.
Decujus – pessoa falecida,
Porque- conjunção causal subordinativa causal que esplica o motivo da pobresa.
Adjectivo –Pobre significa que não tem o indispensavel a vida, cujas posses são
inferiores a sua posição ou condição social.
Note que, se a sentença é brilhante então não haveria lugar de interposição de recurso.
Note-se que nesta frase faltaram elementos de transição logica na exposição da ideia-
núcleo.
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O texto jurídico é composto por diversos parágrafos que devem manter estreita ligação
entre si. Esta soma de parágrafos interligados de forma cõesa e corente possiblita
aprodução de um exelente texto.
Ex: “ vossa Excelencia por questões pessoais, indiferiu o pedido de justiça gratuita e
não aceitou minha tese argumentativa. Talves isso corréu porque a Petição inicial não
foi clara. Tive pouco tempo para redigi-la, devido ão cumulo de trabalho que tive….”
A linguagem forense deve ser comedida e moderada, não pode ser extremamente
emotiva a fim de evitar superficialidade textual.
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Ex: os crimes hediondos são frequentes neste pais, considera-se crime hediondo o
estupro. Trata-se de uma pratica violenta contra as mulheres indefesas e já
malltratadas deste pais. Esses estupradores são verdadeiros animais ferozes, por isso
hão de arder eternamente no fogo eterno”.
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8ª Aula
Introdução
1. Narração jurídica
Entende-se por narração jurídica o acto de contar factos jurídicos que aconteceram
com o autor, justificando o ajuizamento da demanda.
A narrativa jurídica é importante na exposição dos acontecimentos, porque o juiz de
direito julgara a acção judicial com base na historia contada esta informação essencial
e precisa para que o leitor entenda todos os factos narrados.
Ex: “em 8/9/2005, o autor dirigiu-se a uma das lojas da ré com objectivo de comprar um
par de sapatos. Foi atendido por um vendedor que lhe mostrou vários calçados. Por
fim, comprou um par e foi embora. Após ter deixado a loja, ele foi cerdo por dois
seguranças da ré, porque o confundira com um ladrão. Ão ser agarrado pelos
seguranças, quis se desvencilhar deles, mas não conseguiu. Foi algemado como
ladrão, e levado `a Delegacia de policia.”
3 As partes constitutivas da narração jurídica
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9ª Aula
Introdução
1. Dissertação jurídica
Do dicionário Aurélio, dissertação significa:
1. Exposição desenvolvida, escrita ou oral, de matéria doutrinária, cientifica ou
artística.
2. Trabalho escrito, apresentado a instituição de ensino superior, e defendido
publicamente, por candidato ão grau de mestre
3. Discurso; conferencia; prelação.
Conforme o manual de redação forense e redação jurídica, dissertar é expor um
determinado ponto de vista e defende-lo com argumentos convincentes e bem
fundamentados.
Os professores José luís fiorin Francisco Plantão Savioli afirmam que dissertarão “é o
tipo de texto que analisa, interpreta, explica, avalia os dados da realidade.”
O texto dissertativo é temático, porque analisa e interpreta a realidade com palavras ou
expressões abstratas. Ão se valer de termos concretos, usa-os de forma genérica.
2. Estrutura da dissertação
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10ª Aula
Introdução
1. Elaboração do texto jurídico
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Do lantim textum que significa tecido textura, entrelaçamento. Tendo em conta a sua
origem pode se afirmar que texto é uma espécie de tecido verbal organizado em torno
de ideias articuladas entre si, constituindo um todo significativo.
O texto bem articulado diferencia-se daquele amontoado de palavras e frases lançadas
aleatoriamente sobre a folha de papel, pois, quando bem organizado, entrelaça
harmoniosamente suas varias partes, que não são independentes entre si, mas
dispostas de forma a constituir um texto com um eixo redacional progressivo e lógico.
Assim, o texto deve ser uma unidade de sentido, cujas frases ligam-se uma após as
outras.
Objectivo do texto é transmitir uma determinada mensagem, é comum as pessoas
afirmarem o seguinte: “este texto não esta bem elaborado” “o texto constitucional não
esta claro” isso significa que o leitor sabe diferenciar o texto do não texto.
A capacidade de o leitor diferenciar um texto de um texto de um não texto é chamada
de competência linguística.
Ex: “ viver é uma riqueza no qual se dispõe livremente, em nosso território nacional.
Conforme o entendimento e educação moral da nossa sociedade, será impossível a
qualquer cidadão efectuar mediante pagamento em moeda ou valores…”
A competência linguística tem a função de fornecer instrumentos avaliadores do grau
de coerência textual. O texto incoerente não mantém as suas diversas partes
interligadas entre si.
O resultado eficaz da produção de um texto é atribuído da competência linguística do
próprio enunciador. Se ele possuir elementos que lhe possibilitem identificar um texto
bem elaborado, também, terá condições de redigir um texto perfeito e acabado. Se o
texto não atingir seu objectivo, não poderia ser considerado um texto eficaz.
No que se refere ão texto jurídico, sua boa articulação reside no facto de o profissional
de direito seleccionar e organizar adequadamente as ideias que tenciona propagar
entre seus receptores.
Alem desses factores, deve dominar o assunto sobre o qual ira escrever, deve saber
qual é a função da micrõestrutura e da macrõestrutura na elaboração do texto.
A micrõestrutura textual trabalha com conectores que se responsabilizam pela ligação
das palavras e das orações, articulando-as de forma a construir a chamada tessitura
textual.
Em linhas gerais, a macrõestrutura refere-se ãos elementos externos e internos do
texto no que diz respeito `a exposição lógica e sequencial do pensamento do
enunciador do texto.
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11ª aula
Introdução
1. Como redigir um texto jurídico cõeso e coerente
1.1. Cõesão e coerência textual
É importante que os profissionais de direitos saibam que cõesão e coerência são elementos
essenciais para a produção da peça processual. Nesta conformidade, vai-se abordar de forma
exaustiva a respeito dos mecanismos de cõesão e de coerência.
2. Cõesão textual e seu mecanismo
A cõesão textual é resultado da conexão existente entre as palavras, as frases e as orações que
formam o texto jurídico como um todo significativo. Um texto tem cõesão quando seus vários
enunciados estão organicamente articulados entre si, havendo encandeamento entre eles. A
cõesão textual é definida como a conexão entre vários enunciados constitutivos de um texto
jurídico, não é resultado do acaso, mas das relações de sentido que existem entre a união das
diferentes partes de um texto. Segue a classificação de alguns mecanismos de cõesão.
2.1 Elementos anafóricos
Elementos anafóricos têm por objectivo recuperar por intermédio de uma palavra gramatical,
ideias expressas anteriormente.
Ex: “ os bacharéis em Direito estudaram demasiadamente ontem. Eles realizarão o exame de
Direito da ÃOB amanha.”
Como é sobejamente estamos perante a uma oração coordenada e para que haja relação entre as
orações coordenadas, faz-se necessário um elemento de cõesão ou palavra que tenha condão de
retomar uma ideia expressa na oração anterior neste caso o pronome pessoal eles.
2.2 Elementos catafóricos
Elementos catafóricos anunciam as ideias que serão desenvolvidas no texto jurídico. Assim
antecipam a ideia por meio de uma palavra gramatical.
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Ex: “ a p.i é um requerimento endereçado ão juiz de direito. para que ela não seja considerada
inepta, faz-se necessário o preenchimento de alguns requisitos, e estes são os principais: o facto
e o fundamentos jurídicos do pedido e o pedido com as suas especificações. A ausência de
qualquer um deles implica o indeferimento da p.i. pela inépcia.
Note-se que o pronome demonstrativo (elemento catafórico) patente neste excerto anuncia ideias
que serão desenvolvidas no próprio paragrafo. No caso em apreço “estes” refere-se ão (facto e
o fundamento jurídico do pedido com as suas especificações.” O elemento catafórico estes liga
a primeira oração com a segunda, mantendo uma linha de raciocínio lógica e sequencial.
2.3 Elipse
Elipse é a omissão de um termo ou de uma palavra facilmente subentendida na oração. Trata-se
de um elemento necessário para tornar o texto conciso, evitando repetições desnecessárias.
Ex: “o autor propôs acção indemnizatória. Tem em vista obter uma quantia correspondente ão
gravame sofrido em virtude de acto ilícito perpetrado pelo réu.”
Note-se que a primeira oração “o autor propôs acção indemnizatória.” Mantém cõesão com a
segunda oração em virtude da elipse e da existência do verbo ter. “(ele) Tem em vista obter uma
quantia correspondente ão gravame sofrido em virtude de acto ilícito perpetrado pelo réu.”
2.4 Palavras sinónimas
É importante que o profissional de Direito saiba que nem todas as palavras sinonimas são
adequadas na produção de um texto jurídico em virtude do significado especifico que caracteriza
a linguagem forense. As expressões sinonimas só podem compor um texto quando não
compromete o significado exacto não só nos termos jurídicos, como também da própria
mensagem.
“o autor contratou um excelente advogado para propor uma acção de perdas e danos. O
causídico contratado é especialista nesta área.”
2.5 Elementos de cõesão
Os elementos de conexão são as conjunções, os pronomes relativos e as preposições; assim, as
conjunções e os pronomes relativos funcionam como elementos cõesivos das orações, e as
preposições ligam as palavras entre si. Os conectores são capazes de amarrar as orações e as
palavras, estabelecendo uma verdadeira cadeia de significados entre os diversos seguimentos
textuais.
Ex: “as despesas abrangem não só as custas dos actos do processo, como também a
indemnização de viagem diária de testemunhas e remuneração do assistente técnico.”
Nas conjunções aditivas (copulativas) a conjunção não só o seu correspondente é mas também e
não como também, é um erro que o profissional de direito não se apercebeu na redacção.
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12ª Aula
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Introdução
1. Coerência de relação
A coerência de relação é o eixo que torna o texto jurídico um todo unitário. O facto e os
acontecimentos jurídicos devem estar sempre devidamente articulados entre si.
Sobretudo, com vista a reforçar a ideia principal. Não aconselhável inserir factos
alheios a ideia principal, pois eles promovem digressões impertinentes que prejudicam
a compreensão do texto jurídico.
Ex: “o reclamante trabalhava na reclamada e exercia a função de vendedor. A
reclamada é uma empresa bem conceituada no mercado de trabalho, com uma
infra-estrutura comparável `aquela das empresas multinacionais. Não obstante a
isso, a reclamada não pagou ão reclamante as horas extras trabalhadas.”
1.1. Coerência narrativa
A coerência narrativa apresenta os factos de forma cronológica, linear e progressiva.
possibilita que o receptor da peça processual acompanhe de forma lógica e sequencial
o raciocínio de passagem narrada anteriormente e orienta de forma cronológica a
exposição de factos sem regista-los fora da ordem.
Os acontecimentos jurídicos devem ser narrados progressivamente. Isso implica narrar
os acontecimentos em ordem crescente, sem retoma-los, a não ser que o objectivo
seja enfatizar uma determinada ideia. Mas isso deve ser feito com mestria afim de não
transformar o texto jurídico redundante.
1.2. Clareza
A clareza é a capacidade de se organizar as ideias de forma a expo-las sem
obscuridade. Vários factores impedem a clareza de um texto jurídico, a saber: erros
gramaticais, vocábulos imprecisos ou rebuscados, períodos longos, frases mal
articulados etc.
O profissional de direito deve redigir suas peças processuais de forma clara, precisa e,
acima de tudo, com muita elegância, afim de estimular o receptor a lê-las. Uma peça
processual clara permite ão leitor não só entender perfeitamente a ideia desenvolvida
pelo profissional do Direito, mas também, indicar com precisão qual é o assunto
tratado.
Um paragrafo obscuro precisa de ser refeito, o porque danifica a compreensão da
petição inicial. Se uma ideia não é clara prejudicara o elo entre as demais ideias.
1.3 Concisão
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13ª Aula
Introdução
1. Defeitos do texto jurídicos
A inteligibilidade das peças processuais depende da capacidade com que o profissional
do Direito maneja a linguagem forense.
As peças processuais podem apresentar defeitos redacionais que impedem a completa
compreensão da mensagem jurídica que se objectiva transmitir. Os defeitos são
produzidos pelo profissional de direito na hora de redigir a peça processual porque as
vezes, ele desconhece algumas normas fundamentais da lingua portuguesa no que
concerne `a produção textual.
Em certas ocasiões, a linguagem forense usada na peça processual nal alcança sua
finalidade, porque apresenta vagueza e ambuiguidade. Em linhas gerais são três as
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2.3 Cacofonia
É o surgimento de uma palavra nova desagradavel e, as vezes, obsecena, provocada
pela união de silabas finais de uma palavra e com as iniciais de outra quando da
pronúncia.
Ex: ela sente-se mais fresca nos anos quentes
2.4 Eco
É a ocorrencia desagradavel de termos com a mesma terminação ou com mesmo som.
Ex: “a decisão dos jurados não causou comoção na população porque a produção e
aprovação do veredito foi dito que terminado o prazo..”
2.5 Os vicios de linguagem
pelos defeitos na redaçação do texto jurídico, e estão directamente relacionados com
a escrita, prejudicando sobremaneira a produção visual do texto jurídico.
2.5.1 Barbariedade
Barbarismo é todo e qualquer erro grosseiro que atente contra a forma ou ideia
correcta da palavra: erro de pronuncia, de ortografia, palavras estranhas `a lingua
portuguesa etc.
A cacoepia, a cacografia, o estrangeirismo e o hibridismo dão considerados
baribarismos.
a) Cacoépia
A cacoépia é a pronúncia incorreta das palavras
Pronuncia incorreta pronúncia correta
Inclusivé Inclusive
Azuleijo Azulejo
Cabalerero Cabelereiro
Circuíto Circuito
Estrategia Estratégia
Fluído Fluido
Gratuíto Gratuito
Metereologia Meteorologia
Rúbrica Rubrica
b) Cacografia
Cacografia é qualquer erro na escrita.
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c) Estrangeirismo
É a palavra ou a expressão estrangeira empregada na lingua portugueza
c.1- Francesismo ou galicismo
Consistir de consistir em
Chance oportunidade
Gafe equivoco, engano
Abordar aproximar-se, tratar de
Massacre morticinio, matança, chacina
De resto por fim, em suma, finalmente
Desapontamento decepção
Choufer condutor, motorista
c.2- Anglicismo
Performance desempenho
Show espetaculo
Slogan bordão, divisa
Club clube
Background/status estatuto social
c.3- Italianismo
chegar justo na hora chegar bem na hora
entrar de socio entrar como socio
namorar com alguém namorar alguém
somos em cinco somos cinco
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14ª Aula
Introdução
1. Argumentação jurídica
Na linguagem forense, a argumentação exerce papel fundamental, pois tem em
vista convencer ou persoadir uma pessoa ou um grupo de pessoas, mediante a
apresentação de razões fundamentais em evidências e estruturadas num
raciocínio coerente e lógico.
Assim quem convence tem por objectivo fazer prevalecer seu ponto de vista, por
meio da apresentação de argumentos, diferentemente do convencimento obtido
por coação.
Existe uma diferença entre os verbos convecer e persoadir. Convencer é levar o
ouvinte (neste caso o juiz) a aceitar a tese defendida pelo orador ão passo que
persoadir é fazer com que o ouvinte para além de aceitar passa a divulga-la e
apratica-la.
Assim pode-se deprender que a argumentação em linguagem forense
transfprma-se em um debate polêmico constuido em teses argumentativas, já
que ela tem em mira acusar ou defender alguem, pois visa influenciar o ponto de
vista do juiz de Direito sobre determinada acção judicial, e o objectivo do
advogado é obter uma sentença favoravel a seu cliente.
Enquanto o Autor busca procedência do seu pedido, o réu pleita pela
improcedência. Assim as teses argumentativas têm origem em dois polos
divergentes: autor e réu cada um tenta apresentar melhor os seus argumentos
com vista a persoadir o Juiz de Direito.
2. A retórica e a teorias argumentativa na linguagem forense.
Partindo das teorias argumentativas e basendo-se em ideias de dois
intelecutuais contemporânea o filosofo Aristoteles filosofo e jurista belga
macedôneo Chaim Perelman, da teoria argumentativa defendida por esses
filosofos comporta uma tese científica de excelente qualidade.
Na sua dissertação Aristóteles destaca o raciocínio como um mecanismo capaz
de demonstrar aquilo que é verdadeiro, afirmando que esta teoria é uma das
principais funções da retorica. O Chim por seu turno sutenta que a retórica tem
uma acção de ser: sustentar o ponto de vista do argumentador.
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Para uma melhor compreensão da teoria aristotélica, por razões didáticas, pode-
se afirmar que existem três gêneros oratórios nomeadamente: o judiciário, o
deliberativo ou político e o epidíctico.
Segundo o mesmo pensador defende que existem três espécies de auditório,
advertindo que se o auditor não estiver disposto a ouvir ou se o assunto a ser
tratado não for do seu interesse, nenhum processo argumentativo será capaz de
convencer ou persoadir os ouvintes.
No discurso judiciário tem em vista utilizar a linguagem forense como um modo
de convencer o juiz ou o tribunal sobre o ponto de vista defendido pelo
profissional de Direito, quando ele emprega a linguagem forense para redigir as
peças processuais ou realiza sustentações orais.
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15ª Aula
Introdução
1. Conceito Procuração
A procuração é um documento formal assinado pelo outorgante com objectivo
de habilitar o outorgado a procurar ( que em latim procurare- que significa cuidar
de negócios alheios, exercer cargo de procurador) em juizo.
Outorgante – é a pessoa que concede poderes a outrem (outorgado) mandatário
ou procurador, para em nome do outorgante realizar actos ou administrar
negócio.
Os conceitos de mandato e procuração não podem ser confundidos. Mandato é
um contrato firmado entre outorgante e outorgado. A procuração é o documento
que represente o mandato, ou seja, é a prova da existencia do mandato.
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1. Classificação
A procuração é classificada da seguinte maneira:
a) Quanto a natureza
a.1 – procuração judicial: serve para o foro em geral, ou seja, para procurar em
juizo.
a.2 – procuração extrajudicial: serve para administrar negócios fora do juizo.
b) Quanto ao instrumento:
b.1 procuração publica: lavrada em cartório, em livro próprio. A cópia
original chama-se translado e as demais recebem o nome de certidão;
b.2 procuração particular: documento escrito e outorgado pelo mandante com
firma reconhecida.
c) Quanto a finalidade:
c.1 geral : o mandante outorga ao mandatário poderes para gerir todos seus
negócios;
c.2 especial: o outorgante confere poderes específicos ao mandatários para
gerir este ou aquele negócios.
d) Quanto `a extensão dos poderes:
d.1 amplos: o outorgado pode tomar decisoes sem consultar o outorgante;
d.2 restrito: o procurador,alem de possuir poderes previamente ajustados na
procuração, fica adistrito a decisões do outorgante.
3. Tipos de procuração
Existem vários tipos de procurações, mas nos importa neste capítulo abordar quatro
tipos, a saber: procuração ad judia, procuração ad negocia, procuração apud acta, e
procuração caução de rato.
Procuração ad judicia, confere poderes ão mandatario para representar o mandante
nos processo judiciais. A expressão latina ad judia significa em juizo. Não se exige o
reconhecimento de firma do outorgante para procuração ad judicia, entretanto, o
advogado responsabiliza-se civil e criminalmente por qualquer tipo de fraude
relacionada com a procuração.
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Procuração ad judicia et extra serve para o advogado praticar actos em juizo ou fora
dele. Nesse caso, faz necessário o reconhecimento da firma do outorgante, porque o
outorgado praticara actos extrajudicial.
Procuração ad negocia, confere poderes ao mandatário para dministrar interesses do
mandante; é procuração extrajudicial
Procuração apud acta, (que significa ao pé, dentro de, ou dentro de) é conferida nos
próprios outos da causa pelo respectivo escrivão, na presença do juiz oficiante. Pode,
ainda estas procurações serem lavradas em cartório judicial pelo escrivão que actua
nos autos do processo, diante de duas testemunhas que assinam com o mandante.
Procuração caução de rato é uma espécie de compromisso assumido pelo advogado
sem procuração para defender a parte na demanda que ira apresentar mandato por
escrito dentro de um prazo que lhe for assinalado pelo Juizo.
…………………………….Procuração ad judicia……………………………
Farelo de milho, comerciante, portador de BI. nº (identidade completa), nesta cidade
de Quelimane, pelo presente instrumento nomeia e constitui seu bastante procurador o
Advogado o Dr. Frango a zambeziana(identificação completa) , devidamente inscrito na
Ordem dos Advogados de moçambique, sob o nº 8453, com escritorio profissional
estabelecido na Rua da FPLM, Bairro de Sinacurra, nesta Cidade, conferindo-lhe
plenos e gerais poderes, com a clausula ad judicia, a fim de representar os interesse
do outorgante em qualquer juizo, instancia ou tribunal, podendo propor contra quem de
direito as acções competentes, bem como funcionar na defesa das contrarias, seguindo
uma as outras, ate final decisão, usando os recursos legais e acompanhandos ate o
transito em julgado, concedendo –lhe, ainda, poderes especiais para confessar,
reconhecer a procedencia do pedido, transigir, desistir, renunciar ão direito sobre o qual
se funda a ação , receber, dar quitação, firmar compromisso e praticar todos os demais
actos que se fizerem necessarios ão fiel cumprimento deste mandato, podendo, ainda,
substablecer esta a outrem, com ou sem reserva de iguais poderes, dando tudo por
bom, firme e valioso.
Quelimane, 04 de Maio de 2012
Frango a Zambeziana
Advogado
Carteirra profissional nº
4. Substabelecimento
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16ª aula
Introdução
Petição inicial
Conceito
1. A petição inicial é um requerimento dirigido ao juiz de direito para que se inicie a
acção judicial. Nela, o autor indicará a materia de facto e de direito, afim de formular
o pedido sobre o qual incidirá a tutea jurisdicional.
Depois de redigida a petição inicial, é apresentada ao juiz de direito, e, depois
despachada ou distribuida considrando-se proposta a ação judicial.
2. Requisitos formais da petição inicial
Consagra o artigo 467 do c.p.c. os requisitos da p.i. Vide.
2.1- Endereçamento
A petição inicial é dirigida a um juiz de direito (juiz do primeiro grau ou juiz a quo) ou a
um tribunal (Juiz de segundo grau ou juiz ad quem) competente para conhecer o mérito
da causa.
Normalmente no cabeçalho utiliza-se o termo doutor este termo não advém do título
acadêmico, mas sim, a todos os bacharéis em direito.
Geralmente no cabeçaho começa assim: Excelentíssimo/Meritissimo Dr. Juiz de direito
do tribunal judicial da(o) província/Cidade/ Distrito da(o) Zambezia (se for o caso).
Nome da cidade ou vila (Quelimane se for o caso)
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2.5. Da citação
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A citação pode ser feita pela seguintes formas: correios, oficial de justiça, edital, por ora
certa e por carta( precatória, de ordem e rogatória). As citações por editais e hora certa
são chamadas de citações fictas ou presumidas, porque não há certeza de que o acto
tenha reamente alcançado o réu.
A p.i deve apresentar provas que serão produzidas pelo autor afim de que ele
demostre a verdade dos factos alegados. Ao autor compete o ônus de provar o seu
direito. As provas são os meios que o Autor utiliza para convencer o juiz de direito de
que os fundamentos de facto e de direito alegados na p.i são verdadeiros.
A materia de facto forma o abjecto da prova judiciária, o objecto por sua vez divide-se
em em provas directas e indirectas. As provas directas indicam o próprio facto a ser
provado, e a indirecta indicam outros factos que por dedução, chega-se ao facto a ser
provado.
Sujeito da prova é a pessoa ou coisa que afirma a existência do facto a ser provado,
que por sua vez divide-se em pessoal( quando é a afirmação consciente de uma
pessoa que visa fazer fé dos factos afirmados) e real (é a afirmação incosteste de sua
existência realizada por meio da coisa em vertude das caraterísticas que de facto nela
imprimiu).
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2.8 Do encerramento
3. Aspectos gramaticais
É importante rever a p.i. sobretudo no tange as questoes gramaticais para evitar que
ocorram certos erros quer do ambito redaciona quer do ambito gramatical.
Exemplo de uma p.i.
Quelimane
1ª Secção - Cível
Processo Sumário
Barracas da Zambézia, Lda, Autora, sita da rua acordos de Roma, C.P, nº 84, casa nº
38 R/C , esquerdo, representada pelo seu sócio gerente Engº Boiss wa Madhembe,
com domicílio profissional no endereço acima supracitado, nuit. 19035673, telefax:
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Tendo em conta que o credor não demonstrou “ex Bona fide” vontade de honrar a sua
obrigação contratual, a luz do art. 817º conjugado com o artigo 483º ambos do C.C.,
a A. vê se no direito de exigir judicialmente o seu cumprimento,.
Do Pedido
Nesta conformidade, a ré tem o direito de receber o valor de 37.995,00Mts, uma
indemnização de 10.000,00mts pelos lucros cessantes e juros de moura calculados
em 5% totalizando 50.345,00mts.
A R e o R são partes legítimas e têm e capacidade jurídica.
Nestes termos e nos demais de direito, deve a presente acção ser considerada
provada e procedente e por via dela condenada a Ré. a pagar o valor de
50.345,00mts.(vii)
Para tanto, a A requere que a R. seja citada para contestar querendo dentro do prazo
sub-legal cominação seguindo-se os ulteriores termos do processo até final.(viii)
Valor : 50.345,00mts
Junta: doc. Legais testemunhas e procuração
Testemunhas: Matreco Incógnito, Marito Dorminhoco
Quelimane, aos 10 de Maio de 2012
O mandatário
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Carteira profissional nº
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17ª aula
1. Introdução
Contestação
Conceito
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18ª
1. Introdução
Conceito
Reconvenção
A reconvenção é a acção judicial ajuizada pelo réu em face do autor, no mesmo
processo em que é demandado. Segundo o jurista Humberto Theodoro Júnior “ao
contrario da contestação, que é simples resistência a pretensão do autor a
reconvenção é contra-ataque, uma verdadeira acção ajuizada pelo réu (reconvinte)
contra o autor (reconvindo), nos mesmos autos”.
2. Finalidade
A finalidade da reconvenção é modificar ou excluir o pedido formulado pelo autor na
acção. Reúne em um único processo a acção do réu contra o autor, quando ambas
apresentam conexão, e serão julgadas em única sentença.
3. Requisitos
A reconvenção só será aceita se preencher os seguintes requisitos:
3.1 A existência de uma acção em andamento;
3.2 o prazo da contestação não pode estar precluso;
3.3 Identidade de procedimento, ou seja, ambas as acções devem ser processadas
no mesmo rito;
3.4 A reconvenção precisa ser conexa com a acção principal ou com fundamentos
da defesa;
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Apontamentos da Cadeira de Prática forense-Curso de Direito - 7º Semestre 2012
3.5 O juiz deve ser competente para conhecer e julgar a acção principal como a
reconvenção
4. Procedimentos da reconvenção.
Oferecer-se-á a reconvenção por meio de uma petição escrita com a petição com a
contestação. Mas ambas as defesas serão apresentadas em petições autónomas e
protocoladas no mesmo prazo.
A petição da reconvenção obedece os mesmos requisitos da p.i. exceptuando o
requerimento de citação do autor reconvindo já que este será citado através do seu
procurador.
Ao reconvir o réu recebe o nome de reconvinte, como meio de defesa, elabora a
contestação em uma peça e a reconvenção em outra, mas será autuada na própria
acção principal e não em apenso.
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19ª Aula
Introdução
Conceito
1. Excepções de impedimento, suspeição e incompetência
A excepção é a defesa indirecta contra o processo, pois é excepção processual de
causa impeditiva ou excludente da relação processual. A excepção de incompetência
relativa é chamada de defesa denunciativa da falta de um pressuposto processual no
que se refere `a falta de competência do juízo.
2. Finalidade
A excepção processual tem por objectivo estender, trancar dilatar ou extinguir o
processo.
3. Espécie de excepções
Existem duas espécies de excepções processuais: dilatórias e peremptórias. As
dilatórias estende o curso da demanda e as peremptórias trancam e encerram o
processo.
4. Efeitos das excepções
As excepções têm efeitos suspensivo, pois quando são arguidas impedem o
prosseguimento da acção principal. Proferida a decisão, o processo principal continua o
curso normal.
5. Tipos de excepções
Existem excepções de impedimento, suspeição e incompetência relativa.
6. Excepções de impedimento e de suspeição
As excepções de impedimento e suspeição são instrumentos pelos quais o excipiente
denuncia a ausência de capacidade subjectiva do juiz de Direito, afim de provocar o
afastamento deste da relação processual.
As excepções devem ser deduzidas no prazo de ( ) dias, a contar da data do
conhecimento do facto que ocasionou o impedimento ou suspeição.
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7. Procedimento
A excepção de impedimento ou suspeição será deduzida por petição escrita,
devidamente fundamentada. É dirigida ao juiz da secção principal e poderá ser
instruída com documentos e rol de testemunhas.
Ao receber a p.i. o juiz determinara a suspeição do processo principal e examinara os
fundamentos da excepção e se aceitar o impedimento ou suspeição ordenará a
remessa da acção principal e da excepção ao seu substituto legal.
8. Excepções de incompetência relativa
A excepção de incompetência relativa é arguida em petição que será autuada em
apartada, mas, apensa ao processo principal. O excipiente devera expor os factos em
que fundamenta a excepção de incompetência relativa, devendo declinar o juiz
competente.
Julgada procedente a excepção de incompetência relativa, os autos principais e os da
excepção serão remetidos ao juízo competente. Desta decisão cabe o recurso de
agravo.
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Processo nº /2012
3. Dispõe o artigo (vide c.p.c.) que nesse caso, V.Excia esta impedido de conhecer
e julgar a presente demanda.
posto isso, evidenciado o impedimento de V.Excia, o excipiente requer o
acolhimento desta excepção para que seja ordenada a remessa dos autos ao
seu substituto legal ou seja, se assim não entender, determine a remessa da
excepção do tribunal competente para que sejam tomadas as devidas
providencias.
Nestes termos
Pede deferimento
Quelimane, 25 de Maio de 2012
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Nome do advogado
b) Modelos de petições de excepção de suspeição
EXCELENTISSIMO DR JUIZ DO TRIBUNAL JUDICIAL DA PROVINCIA DA
ZAMBÉZIA
QUELIMANE
Processo nº /2012
acçao em epigrafe que lhe move Tubúcio Silverio, opor excepção de suspeição com
base no artigo (vide do c.p.c.) de acordo com os motivos de facto e de direito abaixo
articulados.
2. Dispõe o artigo (vide c.p.c.) que há suspeição, quando uma das partes for
credora ou devedora do Juiz.
Processo nº /2012
2. Prelecciona o artigo (vide no c.p.c.) que a acção de judicial deve ser ajuizada na
residência da mulher. Os doc.s em anexo demonstram que ela reside na cidade
Quelimane. Assim, a acção de separação não poderia ter sido ajuizada no foro de
Nampula
3. Consoante o princípio de direito, a excipiente deve ser demandada em seu
domicílio, por isso, a acção deve ser remetida ao foro de Quelimane.
Assim, requer a excipiente que se digne a V.Excia de receber a excepção de
incompetência ora arguida, determinando a suspeição do feito, e ordenando regular
processamento desta para que o excepto seja ouvido dentro do prazo da lei, a fim de
se julgar procedente a excepção, determinando a remessa dos autos `a tribunal de
Quelimane, foro competente para processar e julgar a demanda.
Nestes termos
Pede deferimento
Quelimane, 25 de Maio de 2012
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Nome do advogado
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19ª aula
Introdução
1. Conceito
Réplica (Resposta a contestação conforme a alteração introduzida pelo DL nº 1/2005
de 23 de Dezembro )
A resposta a contestação é a resposta do autor `as alegações do réu apresentadas na
contestação, ou seja, a resposta a contestação tem lugar quando o réu apresenta
qualquer motivo impeditivo, modificativo ou extintivo do direito do autor que resuma na
defesa contra o processo.
2. Procedimento
O autor deve manifestar-se a respeito das preliminares e da matéria referente ao
mérito. Petição elaborada devera impugnar todos os pontos apresentados na
contestação desde a preliminar ate mérito endereçando ao juiz da causa.
Modelo de Resposta a contestação
Excelentíssimo senhor juiz de direito do tribunal judicial da Província de Manica
Chimoio
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Proc. nº 985/12
“A” por seu advogado e bastante procurador abaixo assinado, vem mui
respeitosamente `a presença de V.Excia, com base no artigo 502 do decreto Lei
1/2005 de 23 de Dezembro nos autos da acção de ________, que lhe move “R”,
apresenta a resposta a contestação oferecida, consoante os motivos de facto e de
direito abaixo expostos.
1
O réu não logrou os seus intentos em refutar as alegações apresentadas na p.i, ao
alegar factos infundados e sem fundamentos…….
Diante do exposto, …………. Requer o autor que seja a demanda julgada procedente
para que o réu seja condenado na forma do pedido formulado na p.i.
Nestes termos,
Pede deferimento
Quelimane 25 de Junho de 2012
O advogado
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21ª Aula
Conceito
1. Impugnação do valor da causa
A impugnação do valor da causa é o acto pelo qual o réu discorda da avaliação do
objecto da lide atribuída pelo autor, seja nos casos em que a lei establece um valor
padrão ou não o fixa ou haja a fixação de um um valor inedequado ou abusivo.
2. Prazo
O prazo para impugnar o valor da causa é o da contestação e deve faze-lo com a
contestação, contudo em peça autónoma.
3. Procedimentos
Trata-se de um incidente processual, cujo procedimento é especifico e determinado
pelo art. Vide c.p.c.. não concordando com o valor da causa atribuído pelo autor, o réu
pode impugnar em petição separada protocolando-as no prazo da contestação.
Modelo de uma impugnação do valor de causa
Excelentíssimo senhor juiz de direito do tribunal judicial da Província de Manica
Chimoio
Proc. nº 985/12
“A” por seu advogado e bastante procurador abaixo assinado, vem mui
respeitosamente `a presença de V.Excia, com base no artigo nos autos da
acção de rescisão de contrato, ajuizado pelo “R”, Impugnar o valor da causa,
consoante os motivos de facto e de direito abaixo expostos.
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O autor atribuiu `a causa o valor de 50,00mts uma acção que pretende rescindir o
contracto de venda e compra de seu imóvel, deveria ele ter atribuído `a causa o valor
do contrato que de 100,00mts.
A leitura do art. Do c.p.c consagra que “quando o litigio tiver por objecto a existência,
validade, cumprimento, modificação ou rescisão de negócios jurídico, o valor de causa
2Xo valor do contrato”.
Por esse motivo, impõe-se a rectificação do valor da causa dado pelo autor, alterando-
o para 200,00mts, com consequente complementação das custas judiciais.
Posto isto, vem através da presente para requer para que seja intimado o impugnado
para manifestar-se no prazo de 15 dias(vide no C.P.C.) devendo a impugnação ser
autuada em apenso e por fim, acolhida modificando o valor da causa para 200,00mts,
determinando a complementação das custas judiciais.
Nestes termos,
Pede deferimento
Quelimane 23 de Junho de 2012
O advogado
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Elaborado pelo Docente da Cadeira Lic. Alberto Joaquim Marqueza