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Chenito

Metodologia de Investigação Cientifica


IMPORTÂNCIA DO ENSINO ONLINE NA PROMOÇÃO DA EDUCAÇÃO EM
MOÇAMBIQUE
Curso de licenciatura em

ISCED – Instituto Superior de Ciências e Educação a Distancia


Quelimane
2022
Chenito

IMPORTÂNCIA DO ENSINO ONLINE NA PROMOÇÃO DA EDUCAÇÃO EM


MOÇAMBIQUE

O presente trabalho e de caracter avaliativo da


cadeira de Metodologia de Investigação
Cientifica, no curso de licenciatura em Gestão
Ambiental.

Quelimane
2022
ÍNDICE

CAPITULO I: ASPECTOS INTRODUTÓRIOS............................................................................3

1.1. Introdução.................................................................................................................................3

1.3. Justificativa...............................................................................................................................4

1.4. Relevância ou Significativa Do Estudo....................................................................................5

1.5. Objectivos..........................................................................................................................6

1.5.1. Geral...............................................................................................................................6

1.5.2. Específicos......................................................................................................................6

1.6. Perguntas de pesquisa:.......................................................................................................6

1.7. Delimitação Temática, Espacial e Temporal.....................................................................6

CAPITULO II: REVISÃO DA LITERATURA..............................................................................7

2.1. Educação a distância.................................................................................................................7

2.2. Abordagem sistémica do ensino a distância.............................................................................7

2.3. Dificuldades do ensino a distância em Moçambique...............................................................7

2.5. Formação do Professor no ensino a distância em Moçambique.............................................10

CAPITULO III: METODOLOGIA DE PESQUISA....................................................................11

3.0. Metodologia............................................................................................................................11

3.0. Método de pesquisa................................................................................................................11

3.1. Tipo de pesquisa.....................................................................................................................11

3.1.1. Quanto a abordagem.....................................................................................................11

3.1.2. Quanto a natureza................................................................................................................12

3.1.3. Quanto aos Objectivos.........................................................................................................12

3.1.4. Quanto aos Procedimentos Técnicos...................................................................................12

3.2. Técnica e instrumento de recolha de dados............................................................................12

3.3. Técnica e instrumento de análise e validação de dados..........................................................12


3.3.1. Selecção dos Dados.............................................................................................................13

3.3.2. Codificação dos Dados........................................................................................................13

3.3.3. Análise (ou Explicação) dos Dados.....................................................................................13

3.4. População e amostra...............................................................................................................14

3.4.1. População ou universo.........................................................................................................14

3.4.2. Amostra................................................................................................................................14

3.4.2.1. Técnica de amostragem.............................................................................................14

3.4.4. Limitações do estudo...........................................................................................................14

3.5. Aspectos éticos.......................................................................................................................14

3.3. Cronograma de actividades.....................................................................................................15

3.4. Orçamento do Projecto...........................................................................................................15

Referências....................................................................................................................................17
CAPITULO I: ASPECTOS INTRODUTÓRIOS

1.1. Introdução

O presente projecto com o tema Importância do Ensino Online na Promoção aa Educação em


Moçambique. Os Universidades de Moçambique vem vivenciando um aumento na demanda dos
utentes a procura de cuidados de saúde.

O ensino à distância (EaD) em Moçambique reveste – se de fundamental importância


pois constitui uma das estratégias de expansão do ensino superior, aumentando – se, por este
meio, as oportunidades educativas aos cidadãos sem possibilidades de acesso aos cursos
oferecidos em regime presencial nas Instituições de Ensino Superior no País.

Habert (1996) afirma que a educação contínua e a distância, associada com o ensino
presencial faz-se presente cada vez mais nas Instituições de Ensino Superior. Acrescenta o
autor que esse sistema de ensino também acaba formando docentes melhor preparados,
centrados na produção de materiais didáticos, como: livros, fitas, vídeos, software, programas
de televisão, radio, internet, multimídias, que nada mais sao que componentes dos
instrumentos utilizados na auto – aprendizagem.

A educação a distância possibilita condições adicionais de acesso à aprendizagem ao longo


da vida, aproveitando as oportunidades possibilitadas pelas tecnologias de informação e
comunicação (TIC). A evolução da EAD está também intimamente relacionada com os
desafios do acompanhamento do rápido desenvolvimento tecnológico, que possibilitam a
criação de ambientes virtuais de aprendizagem (AVA) que proporcionem maior facilidade e
comodidade de interação entre os diversos atores do processo.

Desta feita propusemo-nos a identificar importância do ensino online na promoção da educação em


moçambique, de modo a propor ajustes necessários para que o processo tenha resultados positivos, pois,
actualmente Moçambique tem dedicado particular atenção à EAD, apresentando-a como
resposta aos problemas políticos levantados pela educação. Esses problemas estão
relacionados com a celeridade crescente da necessidade de atualização de competências
da população, face aos desafios da sociedade da Informação e do conhecimento, sem
aumentar os custos sociais e económicos.

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O presente trabalho de pesquisa esta estruturado de forma simples e sintética, sendo que o
mesmo aborda cinco (5) capítulos I é designado Introdução, o capitulo II corresponde a Revisão
Bibliográfica, o capitulo III corresponde a Metodologia, o capitulo IV reserva-se a presentação,
analise e discussão dos resultados, e o capítulo V são apresentadas as conclusões e sugestões,
posteriormente apresenta-se o apêndice.

1.2. Problematização

Referido anteriormente, existe um estímulo por parte das entidades governamentais para que se
fomente a modalidade da Educação a distância no país, desde o nível primário ao superior, como
forma de resolver o problema de incapacidade de cobertura do ensino convencional às zonas
mais recônditas do País.

É neste quadro socioeconómico e tecnológico, que surge a necessidade de se elencar o conjunto


de dificuldades enfrentadas pelos estudantes que possam condicionar o seu desempenho nos
cursos frequentados.

Por estes pontos chegamos a seguinte questão: ate que ponto ensino online é importante na
promoção aa educação em Moçambique?

1.3. Justificativa

As necessidades actuais de cultura demandam uma formação permanente e uma


reciclagem profissional que alcança quase todas as áreas produtivas (comércio, indústria,
mercado, entre outros), como consequência de um mercado de trabalho complexo, mutável,
flexível e inclusive imprevisível, junto a um acelerado ritmo de mudanças tecnológicas, que
obriga o profissional a estar sempre adquirindo novos conhecimentos. Mas não se trata apenas
de obter novos conhecimentos, e sim de obtê-los em um curto espaço de tempo (ALMEIDA,
2009).
A educação é considerada um fator-chave na promoção do bem – estar social e na
redução da pobreza, pois pode afetar positivamente a produtividade 46 nacional e, por via
disso, determinar padrões de vida e a habilidade das nações competirem na economia global
(PORTAL DO GOVERNO DE MOÇAMBIQUE, 2007).

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1.5. Objectivos

1.5.1. Geral

 Apresentar as dificuldades encarradas pelos docentes e estudante Moçambicanos quanto


ao ensino a distancia considerando as limitações existentes, mas que podem ser superadas
com a inserção das novas tecnologias.

1.5.2. Específicos

 Apresentar as dificuldades encontradas pelos docentes e estudantes no ensino a distancia


em Moçambique concretamente no Município de Quelimane;
 Havendo diferença entre educação online, ensino a distancia e e-learning este trabalho
focaliza as partes comuns tratando-o como um todo educação a distância;
 Ilustrar a importância do ensino online em Moçambique;
1.6. Perguntas de pesquisa:

Q2: Até que ponto o ensino online promove a educação em Moçambique?

Q2: Que impacto o ensino online em Moçambique?

1.7. Delimitação Temática, Espacial e Temporal.

O estudo será realizado na província da Zambézia, na cidade de Quelimane, no Instituto Superior


de Ciências e Educação a Distancia, delegação da Zambézia. Tempo de pesquisa e o facto de o
pesquisador não poder ter estado no terreno, tendo baseado em pesquisas a internet e na
bibliografia patente nas referências bibliográfica.

Amostra pequena e não abrangente para se ter a real dimensão das dificuldades existente
tanto para os professores como estudante neste tipo de ensino (ensino a distancia), amostra
reduzida pois foi direcionada somente a escolas Quelimane.

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CAPITULO II: REVISÃO DA LITERATURA

2.1. Educação a distância


A educação esta necessariamente vinculada ao seu tempo e ambiente, segundo Tiffin e
Rajasingham (1995, p. 85). Com base na citação acima, e notório que a educação a distancia e
o processo de ensino-aprendizagem, mediado por tecnologias, onde professores e alunos estão
separados espacial e/ou temporalmente. Podemos verificar ainda no nosso pais que, no ensino
a distancia a enfase e dada ao papel do professor como alguém que ensina a distância.
Hoje temos a educação presencial, semi – presencial (parte presencial/parte virtual ou a
distancia) e educação a distância ou virtual.
A presencial e a dos cursos regulares, em qualquer nível, onde professores e alunos se
encontram sempre num local físico, normalmente chamado de sala de aula e e o ensino
convencional.
Semi – presencial acontece em parte na sala de aula e outra parte a distancia, através de
tecnologias. A educação a distância pode ter ou nao momentos presenciais, mas acontece
fundamentalmente com professores e alunos separados fisicamente no espaço e ou no tempo,
mas podendo estar juntos através de tecnologias de comunicação.
As tecnologias interativas, sobretudo, vem evidenciando, na educação a distancia, o que
deveria ser o cerne de qualquer processo de educação, a interação e a interlocução entre todos
os que estão envolvidos nesse processo

2.2. Abordagem sistémica do ensino a distância


Uma das características mais marcantes da educação a distancia e, obviamente, a
separação física entre o professor e os alunos durante a maior parte do tempo.
Para haver comunicação e necessária a utilização do meio de comunicação, da média e,
utilizando no curso material impresso, áudio, vídeo, teleconferência, videoconferência,
Internet, software, que atuam como um filtro na comunicação, diferenciando-a da presencial.

2.3. Dificuldades do ensino a distância em Moçambique


Uma das dificuldades segundo Matos e Mosca (2009), os cursos ministrados nas
Instituições de Ensino Superior de Moçambique não tem continuidade, ou seja, as universidades
concluem os cursos programados, porem, não abrem novas turmas para os
mesmos cursos.

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Ainda segundo o Portal do Governo de Moçambique (2007), muitos são os desafios que os
pais tem diante da implementação deste tipo de ensino, nomeadamente:

 O reduzido número de profissionais e técnicos com competências específicas de que o


pais dispõe;

 A credibilidade do Ensino a Distancia, pelo fato de ainda estarem muito presentes os


valores culturais do modelo tradicional presencial, em grande parte das instituições
provedoras, particularmente de Ensino Superior;

 O forte investimento financeiro inicial que exige a implementação de sistemas do


Ensino a Distancia;

 As fracas habilidades de autoestudo, autonomia e leitura e extrema dependência do


professor, que caracteriza a maioria dos estudantes nos pais;

 O acesso extremamente limitado o TICs, os seus elevados custos, as fracas


competências no seu uso e até a inexistência de uma cultura de tecnologia¡¨, pela
grande maioria da população.

2.4. Dificuldades do aluno num ambiente virtual

Os processos de aprendizagem estão em constante construção, relacionando e


somando saberes adquiridos de cada individuo e levando em conta sua experiencia pessoal, seus
relacionamentos, suas capacidades.

Carbone et al. (2011) indicam em suas pesquisas que o ambiente virtual como um todo
também e uma dificuldade para o aluno a distancia, que tende a achar o ambiente confuso. Na
medida em que as semanas vão passando eles se ambientam e as dificuldades diminuem.
Mesmo assim, a qualidade que se espera deste aluno será sempre focada na autonomia, uma
vez que um sujeito tem mais autonomia quanto mais ele possui capacidade de reconhecer
suas necessidades de estudo, selecionando conteúdos, buscando e utilizando os materiais
necessários, bem como organizando e avaliando o próprio processo de aprendizagem.
(MENEGOTTO, 2006, p. 22).

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As dificuldades encontradas no nosso pai por alunos em ambientes on-line de
aprendizagem podem ser divididas em três aspetos: afetivo, pedagógico e tecnológico:

2.4.1. Afectivo

Ao valorizar uma formação mais inclusiva, ou seja não cingido apenas aos aspetos cognitivos,
a educação passa, a cada dia a contemplar as dimensões sociais e afetivas. Piaget (1945; 2005)
e Vygotski (2004) observam que, desenvolvimento intelectual bem estruturado tem como
pressuposto a devida atenção a afetividade. Poderemos afirmar segundo os dois autores que os
processos cognitivos são assumidos como profundamente interligados a dimensão afetiva.

Interação entre alunos quando o aluno sente falta de compartilhar ideias com outros alunos
(falta de conexão a internet), ele sente-se só durante o curso a distância.
Feedback do professor, quando o aluno não obtém uma resposta do professor acerca de seu
desempenho.

Não adianta apenas relatórios automáticos e resultados de testes como foi


observado pelo autor na consulta oral feita a seus colegas de Mestrado que vivem esta
situação no Ensino a Distancia, e preciso haver interação, já que nessa modalidade o aluno
tende a assumir um papel mais ativo do que em salas de aula presenciais.
2.4.2. Pedagógico

 Falta de tempo, a uma utilização do tempo e a organização da agenda diária acabam


por interferir na frequência ao curso;

Falta de disciplina, sem a presença cara a cara. Muitas vezes os alunos não realizam as
atividades propostas e acabam ficando atrasados quanto aos conteúdos diários do curso e
dificilmente conseguem o sincronismo com o calendário elaborado pelo professor.

 Interferências externas, estudar em casa ou no trabalho pode colocar a concentração


em risco, uma vez que são diversos os fatores que chamam nossa atenção nesses
ambientes;

 Pelo difícil acesso aos meios informáticos e tecnológicos e porque não dizer, pela falta de
conhecimento verificado no uso das TICs no nosso pais, a maioria dos candidatos
aos cursos a distância não compreendem o objetivo do mesmo ou não fazem parte do

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público-alvo. Isto gera dificuldades no ensino de aprendizagem uma vez que os
docentes devem para além de lecionar a matéria que cabe ao módulo dele, deve
também fazer certas induções das TICs;

 Material ruim, um material didático de ma qualidade que, devido ao seu armazenamento


e, muitas das vezes não eletrónico, leva o aluno a desmotivação, já que suas expectativas
deixam de ser alcançadas.

2.4.3. Tecnológico

 Falta de recursos/recursos mal utilizados, a falta de uso ou o uso inadequado das TICs
atrapalha o bom desempenho do aluno. O projeto pedagógico precisa delimitar o uso e
justificar a estratégica pedagógica para cada ferramenta, caso contrário, o aluno sente-se
perdido;

 Familiarização com a internet, não estar familiarizado com os recursos da web pode fazer
com que o aluno se sinta deslocado, tanto na utilização das TICs como na compreensão
da linguagem utilizada virtualmente.

2.5. Formação do Professor no ensino a distância em Moçambique


A formação de professores aponta para a necessidade de programas, de estratégias na
gestão institucional e projetos de formação continuada de professores, como prática reflexiva
sobre o saber docente. No ensino a distancia o professor tem papel fundamental. Para o
professor/tutor que atua no ensino a distancia e necessário base pedagógica e metodológica,
assim como novas habilidades e competências que atendam as exigências desta modalidade
de ensino.

Domínios das novas tecnologias de informação e comunicacao TICs e capacidade de


potencializar a interação dessas tecnologias no campo educacional são alguns exemplos que
devem ser contemplados na formação desse profissional para que ele responda as necessidades
da demanda em que actua.

2.6. Expansão do sistema educativo moçambicano

Segundo Brito (2010, p.98) a expansão do sistema educativo moçambicano é resultado de uma
evolução caracterizada por quatro grandes épocas. A primeira, que corresponde ao período

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colonial até 1975, e caracterizada por um sistema de educação restrito a uma camada muito
reduzida, definida em termos raciais e culturais. Esta etapa continuou a influenciar os parâmetros
centrais do sistema nas épocas posteriores.

A segunda começa com a independência nacional e caracteriza-se por um esforço gigantesco no


sentido de abranger a educação para todos os moçambicanos. Esse processo foi interrompido
pela guerra de desestabilização que abalou o país a partir de 1976 e resultou na morte de muitos
professores, rapto de alunos, e destruição de infraestruturas, principalmente na década de 1980.
Tem-se ai a terceira época. Já a quarta época inicia-se com o Acordo Geral de Paz e as eleições
de 1994. Foi um período de estabilidade social e crescimento económico, caracterizado por uma
retomada do investimento na educação.

Conforme podemos testemunhar através de vários relatos, a melhoria do processo de ensino e


aprendizagem, sempre foi uma prioridade para o governo moçambicano, contudo, por causa de
várias adversidades, este e outros sectores não cresceram ao ritmo desejado. Entretanto, nos
últimos dez anos o governo do dia evidenciou esforços para que o cenário mudasse, e uma das
apostas foi a modalidade de Educação à Distância, e por via disso é notório é nota-se uma ligeira
mudança no cenário.

Brito (2010, p.46) salienta que o sector do Ensino Superior em Moçambique cresceu
consideravelmente nos últimos anos, o que denota uma expectativa e perceção do cidadão
moçambicano na busca pelo conhecimento, não só presencial como também à distância. A
garantia da qualidade no ensino superior em Moçambique e um objeto central do governo e uma
questão premente para estudantes, empregadores e sociedade em geral. A seguir são
apresentados dados estatísticos que dão conta do crescimento da IES dos anos 2014 para

2015.

2.7. Experiência de EAD em Moçambique


A experiência de EAD em Moçambique é de recente implantação. A criação do Instituto
Nacional de Educação a distância (INED) de Moçambique, em 2006, foi sinal claro de
compromisso e desafios que o País tem pela frente, relativamente à implementação de sistemas
de EAD, que atendam às necessidades de desenvolvimento do capital humano, num contexto de

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globalização, competitividade, mudanças tecnológicas e conhecimento, como principal fonte de
desenvolvimento. Brito (2010, p105).

Contudo, é importante recordar que os primeiros registros de implantação da modalidade de


ensino à distância no país verificaram-se na década de 70. Neeleman & Nhavoto (2003) relatam
que “em cumprimento das orientações saídas do Terceiro Congresso da FRELIMO foi criado em
1977, dentro do Instituto Nacional de Desenvolvimento da Educação (INDE), um Departamento
de Ensino à Distância (DED).

Este Departamento produziu um documento (Ministério de Educação e Cultura 1980) que foi
uma tentativa de estudo de viabilidade. O documento ampliou o conceito de ensino por
correspondência e introduziu no país o termo "Ensino à Distância". O estudo recomendou que os
professores primários fossem considerados o primeiro grupo alvo do ensino à distância.
Neeleman & Nhavoto (2003, p3) Como primeira medida a ser implementada, estes autores
sustentam que o DED selecionou vinte pessoas para constituírem o primeiro núcleo de
especialistas em ensino à distância no país, pois segundo ele, este grupo começou a ser formado
a partir de 1983. Já em 1984 teve lugar no país um curso de formação com a duração de cerca de
seis meses, dado peloInstituto de Radiodifusão Educativa da Bahia (IRDEB), com financiamento
do Governo do Brasil e da UNESCO. Os participantes no curso foram treinados em três áreas:
elaboração de material radiofónico, elaboração de material escrito e planificação e avaliação.

Os relatos de Neeleman & Nhavoto (2003, p.3) dão conta de uma falha sistémica no processo ora
implantado pois que, segundo estes autores “ o curso iniciou enquanto a formação dos
especialistas responsáveis pelo mesmo ainda estava a decorrer, o que resultou em frequentes
atrasos na expedição dos materiais e na emissão dos programas radiofónicos. A isto acresce que
ainda com este curso a decorrer em fase experimental, o Ministério de Educação decidiu
introduzir o novo Sistema Nacional de Educação (SNE), alterando os programas e obrigando o
curso a reescrever os materiais que acabavam de ser elaborados”.

Essa fase embrionária da Educação a distância não teve o desenvolvimento e a evolução


esperada, pois que nesse mesmo período o país mergulhou numa guerra civil que viria a durar
dezasseis anos, Neeleman & Nhavoto (2003) referem que:

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Com as comunicações cortadas, com as escolas funcionando com dificuldades cada vez maiores
e com muitos professores, principalmente nas zonas rurais, enfrentando perigo de vida, a
formação de professores à distância teve que ser interrompida.

O DED deixou de existir como departamento do INDE, em 1987, e foi integrado no


Departamento de Formação em Exercício de Professores do Ministério da Educação. Essa
reorganização mostrou que se tinha perdido a perspetiva de educação a distância para todos, que
tinha sido a filosofia do DED. Em vez disto, a Educação a distância passou a ser uma
modalidade apenas na formação dos professores. Grande parte dos originais dos materiais
escritos e das bobinas com os programas radiofónicos foram perdidos. Neeleman & Nhavoto
(2003, p.4).

Foram várias as tentativas de implementação desta modalidade de ensino em Moçambique e


naturalmente nem todas elas foram bem-sucedidas por motivos de vária ordem, contudo houve
sempre a noção de que apostar nesta modalidade de educação era também apostar na educação.
O quadro seguinte mostra o panorama geral do EAD em Moçambique.

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CAPITULO III: METODOLOGIA DE PESQUISA

3.0. Metodologia

Nesta parte da pesquisa, abordaremos sobre a questão das metodologias, o tipo de pesquisa, as
técnicas e instrumentos de colecta de dados usadas na materialização do trabalho. Que na visão
de (Marconi & Lakatos, 2003), falar de “methodos significa organização, e logos, estudo
sistemático, pesquisa, investigação; ou seja, metodologia é o estudo da organização, dos
caminhos a serem percorridos, para se realizar uma pesquisa ou um estudo, ou para se fazer
ciência. Etimologicamente, significa o estudo dos caminhos, dos instrumentos utilizados para
fazer uma pesquisa científica” (p. 201).

Segundo (Freitas & Predanov, 2013) por método podemos entender o caminho, a forma, o modo
de pensamento. É a forma de abordagem em nível de abstracção dos fenómenos. É o conjunto de
processos ou operações mentais empregados na pesquisa, (p. 26).

3.0. Método de pesquisa

Para a pesquisa em epígrafe será usada o método indutivo. Pois é um método responsável pela
generalização, isto é, partimos de algo particular para uma questão mais ampla, mais geral,
segundo (Freitas & Predanov, 2013).

3.1. Tipo de pesquisa

3.1.1. Quanto a abordagem

Realizaremos uma pesquisa qualitativa, que segundo (Freitas & Predanov, 2013) considera que
há uma relação dinâmica entre o mundo real e o sujeito, isto é, um vínculo indissociável entre o
mundo objectivo e a subjectividade do sujeito que não pode ser traduzido em números. A
interpretação dos fenómenos e a atribuição de significados são básicas no processo de pesquisa
qualitativa. Esta não requer o uso de métodos e técnicas estatísticas. O ambiente natural é a fonte
directa para colecta de dados e o pesquisador é o instrumento-chave. Tal pesquisa é descritiva.
Os pesquisadores tendem a analisar seus dados indutivamente. O processo e seu significado são
os focos principais de abordagem.

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3.1.2. Quanto a natureza
Será realizada a pesquisa aplicada, que segundo (Freitas & Predanov, 2013) objectiva gerar
conhecimentos para aplicação prática dirigidos à solução de problemas específicos. Envolve
verdades e interesses locais, (p. 51).

3.1.3. Quanto aos Objectivos

Será usada a pesquisa é explicativa, pois o objectivo é exigir ao investigador uma série de
informações sobre o que se deseja pesquisar. Segundo (Freitas & Predanov, 2013), o pesquisador
apenas registará e descrevera os fatos observados sem interferir neles. Visa a descrever as
características de determinada população ou fenómeno ou o estabelecimento de relações entre
variáveis. Envolve o uso de técnicas padronizadas de colecta de dados: questionário e observação
sistemática. Assume, em geral, a forma de Levantamento.

3.1.4. Quanto aos Procedimentos Técnicos

A pesquisa será de experimental, segundo (Freitas & Predanov, 2013) consiste em determinar
um objecto de estudo, seleccionar as variáveis que seriam capazes de influenciá-lo, definir as
formas de controlo e de observação dos efeitos que a variável produz no objecto.

3.2. Técnica e instrumento de recolha de dados

O instrumento de recolha de dados que utilizaremos nesta pesquisa é o questionário, que segundo
(Marconi & Lakatos, 2003) é um instrumento de colecta de dados, constituído por uma serie
ordenada de perguntas, que podem ser respondidas por escrito e sem a presença do entrevistador,
sendo este um instrumento de avaliação da satisfação dos utentes, que permite comparações da
satisfação com a qualidade dos software. O questionário será desenvolvido por Mercito
Francisco Armando Ordem, com o objectivo de aferir o nível de satisfação entre o software e o
pessoal que fazer o uso do mesmo.

3.3. Técnica e instrumento de análise e validação de dados

Após a colecta dos dados, realizada de acordo com os procedimentos indicados anteriormente,
eles são elaborados e classificados de forma sistemática. Antes da análise e interpretação, os
dados devem seguir os seguintes passos: selecção e codificação.

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Segundo (Marconi & Lakatos, 2003), a análise de dados é uma actividade de transformar um
conjunto de dados com objectivo de poder verifica-los melhor, dando-lhes ao mesmo tempo uma
razão de ser uma análise racional.

De acordo com Gil (2008), a validação dos dados é a interpretação de dados que visa procurar o
sentido mais amplo das respostas, que é feito mediante sua ligação com os conhecimentos
obtidos.

Na referente análise e validação de dados será utilizada a técnica de triangulação de dados, que
consiste na combinação de diferentes fontes e métodos de colecta de dados, sendo: Entrevista,
Análise Bibliográfica e Análise Documental.

3.3.1. Selecção dos Dados


Realizar-se-á um exame minucioso dos dados. De posse do material colectado, o pesquisador
submeterá a uma verificação crítica, a fim de detectar falhas ou erros, evitando informações
confusas, distorcidas, incompletas, que podem prejudicar o resultado da pesquisa.

3.3.2. Codificação dos Dados


Para categorizar os dados que se relacionam. Mediante a codificação, os dados são
transformados em símbolos. A codificação será feita da seguinte forma:

 Atribuição de um código, número ou letra, tendo cada um deles um significado.

3.3.3. Análise (ou Explicação) dos Dados


Será evidenciada a relação existente entre o fenómeno estudado e outros factores. Essas relações
serão estabelecidas em função de suas propriedades relacionais de causa - efeito, de correlações,
de análise de conteúdo.

Em síntese, a elaboração da análise, será realizada em três níveis:

a) Que será feita com base na explicitação sobre até que ponto as relações entre as variáveis
independente e dependente, são válidas (como, onde e quando).

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3.4. População e amostra

3.4.1. População ou universo


Qualquer investigação pressupõe uma recolha de dados. Essa recolha assentara no conjunto dos
casos sobre os quais se pretende retirar conclusões, e o objectivo da investigação que define a
natureza e a dimensão do universo a ser estudado. Para (Marconi & Lakatos, 2003) população
"(...) e o conjunto de todos os sujeitos ou outros elementos de um grupo bem definido tendo em
comum uma ou varias características semelhantes sobre a qual assenta a investigação." Para o
mesmo autor, a amostra e" (...) o conjunto de sujeitos retirados de uma população, sendo que,
para que a amostra seja representativa, deve reflectir os aspectos relevantes da população."
A população alvo deste estudo serão os Estudantes e docentes do ISCED de Quelimane.
3.4.2. Amostra
(Marconi & Lakatos, 2003) “a amostra é uma parcela convenientemente seleccionada do
universo (população); é um subconjunto do universo” (p. 163).
Para a presente pesquisa foi retirada uma amostra de quarenta e seis (46) estudantes e quinze (15)
docentes do ISCED de Quelimane.
3.4.2.1. Técnica de amostragem
A técnica de amostragem que será utilizada é a não probabilística por não apresentar
fundamentos matemáticos e estatísticos, pois os elementos que farão parte da amostra serão
seleccionados de forma de conveniência.
3.4.4. Limitações do estudo
Em qualquer campo científico, a realização de uma pesquisa implica desafios de vária ordem,
entre os quais os constrangimentos decorrentes a quando da pesquisa.
Nessa vertente, uma vez estando comprometida com a produção de um trabalho científico, a
autora deparar-se-á com inúmeras dificuldades.
3.5. Aspectos éticos

O projecto será aprovado pelo Comité de Ética e desenvolvido segundo as recomendações.


De forma a salva guardar o respeito as questões éticas, as identidades dos entrevistados não serão
reveladas, de modo a preservar a integridade dos mesmos, estes serão identificados por códigos
(letra ou numero).

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3.3. Cronograma de actividades

Tarefas a serem Realizadas Responsável Março Abril Maio Junho Julho

Elaboração e finalização do
Autor          
protocolo e a revisão da literatura
Directora do
Autorização das autoridades Locais          
ISCED
Compilação dos dados do registos
Autor          
das entrevistas
Análise dos registos e selecção de
Autor          
estudos
Entrevista aos Estudantes e
Autor          
Docentes
Análise preliminar dos dados Autor          
Retro-Informação a ISCED Autor          
Análise dos dados e elaboração do
Autor          
relatório final
Terminar o Relatório Autor          
Discussão dos resultados com a
Autor          
autoridades da Faculdade
Monitória do Projecto/ Estudo Autor          

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3.4. Orçamento do Projecto

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Referências

GUELPELI, A.C.P, GUELPELI M.V.C., MAIA R. M. Centro de Capacitação do Docente no uso


de Ferramentas Computacionais para auxílio no Desenvolvimento de Conteúdos Didático V
Pedagógicos ¨. IX Taller Internacional de Software Educativo, anais p89-94, Santiago do Chile, Chile,
2004.
Gomes, S. G. S. (2008). Evolução histórica da EAD;
Habert, A. Desterritorialização do saber. In: BOLETIM FUNDACAO VANZOLINI. São
Paulo. Ano IV - No. 18. p. 10-11, Jul./Ago. 1995.
Tiffin, John, Rajasingham, Lalita. Search of the virtual class. London : Routledge, 1995.
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