Propriedades sólidos cristalinos QUÍMICA 12º
PROPRIEDADES CRISTAIS IONICOS
Apresentam grandes pontos de
fusão e pontos de ebulição, grandes
energias de fusão e vaporização e
baixas pressões de vapor.
Os cristais iónicos são duros e
quebradiços.
No estado sólido, os cristais iónicos
não conduzem a corrente eléctrica
mas fundidos são bons condutores.
Os cristais iónicos dissolvem-se em
água e em outros solventes em que
as moléculas são polares; as
soluções resultantes conduzem a
corrente eléctrica. Os cristais iónicos
não se dissolvem em solventes de
moléculas apolares.
PROPRIEDADES CRISTAIS COVALENTES
Os sólidos covalentes apresentam,
em geral, densidades pouco
elevadas.
Os cristais covalentes, tal como os
sólidos iónicos, são extremamente
pouco voláteis e têm pontos de
fusão e ebulição elevados; os calores
de fusão e vaporização são
apreciáveis
Os sólidos covalentes são, de entre
todos os sólidos, os mais duros e
incompressíveis
Os sólidos covalentes não conduzem
a corrente eléctrica nem no estado
sólido nem no estado líquido.
Os sólidos covalentes não são
solúveis em solventes polares e não
se solubilizam apreciavelmente em
solventes não polares.
As ligações entre iões, de natureza eléctrica, são particularmente fortes.
Para distorcer um cristal são necessárias forças muito intensas já que é
necessário deslocar um plano de iões em relação a outro obrigando à quebra
de ligações que são muito fortes.
Nestes deslocamentos, ocorre a aproximação de iões de carga do mesmo
sinal, que geram forças repulsivas responsáveis pela fractura do cristal.
Na fase sólida, os iões estão firmemente ligados em determinadas posições,
não adquirindo, por isso, movimento apreciável por acção de um campo
eléctrico.
No estado líquido, muitas das ligações que unem os iões estão quebradas
e estes podem deslocar-se, deslizando uns sobre os outros, apresentando
assim mobilidade apreciável e sendo deslocados por acção de um campo
eléctrico.
À superfície do cristal, os iões são atraídos pelas moléculas polares (ião
negativo-pólo positivo; ião positivo-pólo negativo). A resultante destas
acções é uma força capaz de arrancar os iões da estrutura cristalina. Uma vez
em solução, os iões são rodeados pelas moléculas do solvente – solvatação.
Os iões solvatados movem-se com relativa facilidade por acção de um
campo eléctrico, deslocando-se através da solução conduzindo a corrente
eléctrica.
No caso de moléculas apolares, não se geram forças de atracção intensas
capazes de arrancar os iões da estrutura cristalina. Os sólidos não se
solubilizam
Devido ao carácter direccional que apresenta a ligação covalente, as
estruturas que se formam são muito abertas e, consequentemente, pouco
densas.
As ligações covalentes são fortes e necessitam de grande energia para serem
quebradas.
O carácter acentuadamente direccional das ligações covalentes implica que
qualquer distorção significativa no cristal envolva quebra de ligações e,
portanto, dispêndio apreciável de energia.
Nos cristais covalentes todos os electrões presentes estão comprometidos
nas ligações; quando fundidos, a rotura das ligações não conduz à formação
de partículas carregadas, susceptíveis se serem postas em movimento por
acção de um campo eléctrico.
Entre os átomos neutros do sólido e os pólos das moléculas do solvente, não
se geram forças de interacção intensas, capazes de quebrar as ligações entre
os átomos; do mesmo modo, entre moléculas apolares de um solvente e os
átomos neutros do sólido, também se não estabelecem forças intensas,
capazes de levar à rotura as ligações entre os átomos do cristal.
 Propriedades sólidos cristalinos QUÍMICA 12º
PROPRIEDADES CRISTAIS MOLECULARES
Os cristais moleculares são em geral
moles, relativamente compressíveis
e podem distorcer-se com facilidade.
Os sólidos moleculares são, de entre
todos os cristais, os mais voláteis.
Por exemplo o naftaleno.
Os cristais moleculares são maus
condutores eléctricos e maus
condutores do calor.
Cada sólido molecular pode
solubilizar-se em certos e
determinados solventes.
PROPRIEDADES CRISTAIS METALICOS
Cor e brilho
Valores elevados para as
condutividades eléctrica e térmica.
Elevadas densidades
Os metais são pouco duros
Os metais apresentam elevados
pontos de fusão e ebulição
As forças de interacção no cristal são fracas e não direccionais; assim, cada
molécula experimenta, por parte das outras, uma atracção débil e
independente da orientação relativa que possam ter. Nestas condições, dois
planos de um cristal molecular podem deslocar-se, um em relação ao outro,
sem diminuição apreciável das forças atractivas e sem necessidade de um
grande dispêndio de energia.
As forças de interacção fracas fazem com que, à temperatura ambiente,
muitas das moléculas constituintes tenham energia cinética suficiente para
vencer as atracções das moléculas vizinhas e passar à fase gasosa.
As moléculas não têm carga e os electrões estão comprometidos em
ligações interatómicas; não há, portanto, partículas que se desloquem por
acção de um campo eléctrico.
Em substâncias onde os electrões estão fixos, como acontece com os
cristais moleculares, o calor transmite-se por transferência de pequenas
quantidades de energia cinética, de um átomo ao outro imediato, sendo o
processo lento.
As moléculas do solvente, de um dado cristal molecular, têm de ser capazes
de exercer sobre as moléculas do sólido forças suficientemente intensas para
vencerem as que sujeitam as moléculas no cristal.
Se as moléculas são polares, é natural que um solvente polar seja capaz
de exercer essas forças; se as moléculas são apolares também serão apolares
os solventes; embora moléculas polares fossem capazes de arrancar
moléculas apolares do cristal, nunca se gerariam forças capazes de separar as
moléculas polares do solvente, através do qual as partículas do sólido teriam
de abrir caminho.
A presença de electrões livres permite aos metais a reflexão da luz
- se o metal reflectir todas as cores do espectro electromagnético, a sua
coloração será prateada
- se o metal não reflectir todas as cores, reflectirá a cor que não absorve
Electrões livres  grande mobilidade das cargas eléctricas por acção de um
campo eléctrico.
Electrões deslocalizados podem facilmente adquirir energia cinética.
O movimento por toda a estrutura  rapidamente atinge o equilíbrio
térmico entre todos os pontos.
A energia cinética é transferida por condução (colisão entre partículas).
estrutura densamente empacotada
Os metais são dúcteis e maleáveis, deformando-se sem que sofram fracturas.
A ductibilidade  obtenção de fios
A ductibilidade do ouro: 30g /85m de fio
A maleabilidade  obtenção de folhas
 A distorção não rompe a ligação metálica
 A aplicação de uma força obriga as camadas de átomos a deslizarem
umas sobre as outras.
As forças de atracção entre as partículas são intensas.