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I.

INTRODUÇÃO À HORTICULTURA

1. Definições

Horticultura (definição portuguesa)


Parte da agricultura que trata das culturas de plantas hortícolas, produção de hortaliças.

Horticultura (definição brasileira, inglesa)


Divide-se em:
- Olericultura (produção de hortaliças)
- Floricultura
- Fruticultura

Hortaliça: produtos (folhas, frutos, raízes, tubérculos, caules, etc.) proveniente de plantas
cultivadas que:

- servem para o consumo humano


- suplementam o alimento-base (cereais, tubérculos, etc.), enriquecem a dieta com
vitaminas e minerais e melhoram o sabor do alimento-base
- têm, normalmente, um teor de água elevado (mais do que 70%, os produtos das
culturas arvenses: 70% ou menos)
- são, normalmente, plantas erbáceas e anuais (excepções?)
- excluindo as plantas que produzem frutos doces; (as vezes as culturas anuais
produtoras de frutas são tratados junto com as hortícolas, em vez de serem tratadas
com as fruteiras, exemplos?)

2. Domesticação e tipos de cultivo

Aproximadamente há 10.000 anos passados, o homem começou a domesticar


hortícolas silvestres e podem-se distinguir 5 fases nesse processo:

a) A colecta de plantas silvestres na vegetação espontânea, usadas para suplementar os


alimentos base. (Aproximadamente 1500 espécies)

b) A protecção de um número limitado dessas espécies e selecção de cultivares


primitivas. (Apr. 500 espécies)

c) Dessas espécies as mais aptas foram cultivadas em hortas perto das casas e em
consociação junto com as culturas arvenses, para auto-consumo (Apr. 200 espécies)

d) Algumas dessas hortícolas cultivadas foram usadas para a produção em monocultura


num sistema intensivo de mão-de-obra e em pequena escala para o mercado. (Apr. 80
espécies)

e) Aproximadamente 20 espécies hortícolas são usadas em cultivo intensivo, em grandes


áreas, com cultivares modernas.
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Pergunta: Sabe alguns exemplos de cada categoria?

3. Importância

As hortícolas são de grande importância não só como alimento mas também como
produtos comerciais. As hortaliças podem fornecer uma parte significativa de minerais,
vitaminas e proteinas. Porém, tem que se ter em conta, que as espécies individuais diferem
muito nos valores nutricionais (tabela 1).
As hortaliças, especialmente, de folhas têm valores nutricionais elevadas, enquanto que
as hortaliças de frutos e de tubérculos contêm menos nutrientes, mas são importantes como
estimuladores de apetite devido ao sabor, aroma e cor atractiva. Especialmente na zona
tropical húmida, as hortícolas de folha são fontes importantes de proteinas, porque nesta
zona, as proteinas muitas vezes escasseiam na dieta alimentar.

A maior parte das proteinas no mundo encontram-se nas folhas. O rendimento anual de
uma cultura produtora de folhas, em termos de proteinas, é maior do que qualquer outro
sistema agrícola.
A enzima que cataliza a reacção de fixação do CO2, RuBP carboxilase, representa cerca
da metade da quantidade de proteina solúvel das folhas.

Tabela 1. Composição química de algumas hortaliças (por 100 g de porção comestível)

Espécies Água Prot. Fibra Carot. Vit.C Fe Ca


(g) (g) (g) (mg) (mg) (mg) (mg)
Hortaliças de folha
Mandioca-folhas 81 6,9 2,1 8,3 82 2,8 144
Batata-doce-folhas 87 3,2 1,6 2,7 21 4,5 86
Feijão nhemba-folhas 85 4,7 2,0 8,0 56 5,7 256
Abóbora-folhas 89 4,0 2,4 3,6 80 0,8 477
Amaranthus-folhas 89 3,6 1,3 6,5 23 2,9 154
Alface 94 1,4 0,6 2,0 17 2,1 56
Couve (*) 84 3,5 1,6 0,9 110 1,3 132
Repolho 93 1,6 0,8 0,3 46 0,8 55
Hortaliças de fruto
Tomate 94 1,2 0,7 0,5 23 0,6 7
Pimento (vermelho) 92 1,3 1,4 1,8 103 0,9 12
Beringela 92 1,6 1,0 0 6 0,9 22
Pepino 96 0,6 0,5 0,1 11 0,4 21
Feijão verde 90 2,0 1,0 0,1 20 1,4 50
Quiabo 90 1,8 0,9 0,1 18 1,0 90
Hortaliças de bolbo, raiz, tubérculo
Cebola 89 1,6 0,7 0 9 1,0 30
Cenoura 90 1,1 0,9 4,2 8 1,2 36
Batata reino (*) 77 1,7 0,6 0,025 21 1,1 13
Fonte: Grubben, 1977.
(*) Fonte: Tindall, 1983.
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Valor Nutritivo Médio ("Average Nutritive Value", ANV): muitos autores definiram fórmulas
para calcular o valor nutritivo das hortaliças. A fórmula de Rinno foi desenvolvida na
Europa, mas poderá também ser aplicada para as condições tropicais:

ANV (por 100 g de hortaliça) = proteinas (g) + fibras (g) + (Ca (mg))/100 + (Fe (mg))/2 +
caroteno (mg) + (Vit. C (mg))/40

No caso de hortaliças consumidas a cru, tem que se substituir "Vit.C/40" em "Vit.C/20"

Fonte: Grubben, 1977

Por várias razões, as hortícolas são de interesse económico. Onde existem boas
oportunidades de venda, as hortícolas são entre os produtos agrícolas mais rendáveis.
Horticultura para o mercado é feita em todo o mundo, usando instrumentos tradicionais ou
máquinas. São culturas intensivas, e precisa-se de muita experiência considerando
variedades aptas, datas de sementeira, métodos de cultivo, adubação, irrigação e controlo
fitossanitário. As cidades em crescimento do terceiro mundo apresentam um mercado grande
para a venda de hortaliças frescas a nível local. Os países industrializados mostram uma
necessidade crescente de importar hortaliças dos países em desenvolvimento, por causa de
altos custos da mão-de-obra e custos cada vez mais altos para a aquecimento das estufas.
Por causa do custo de transporte, época de produção e a possibilidade limitada de
transportar os vários tipos de hortaliças, as hortaliças desidratadas e também as enlatadas
são muitas vezes de maior interesse para a exportação do que as hortaliças frescas. Desta
maneira, a horticultura pode formar a base de industrias secundárias, que podem criar
empregos e gerar divisas.

Exercícios:
1. Calcula o ANV (por 100g) das hortaliças mencionadas na tabela 1.

2. Calcula o ANV das mesmas hortícolas calculada por m2, usando os dados na tabela 2.

3. Calcula o ANV das mesmas hortícolas calculada por m2, por dia, usando os dados na
tabela 2.

4. Calcula as quantidades das várias hortícolas que um homem adulto tem que consumir
diariamente para satisfazer as suas necessidades em:
a) Caroteno (Vit.A).
b) Vit.C.
c) Ferro.

(As necessidades diárias para um adulto são: 1,5 mg caroteno; 30 mg Vit.C; 9 mg ferro; 46 g
proteinas; 2530 Kcal. Fonte: Grubben,1977).

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Tabela 2. Rendimentos e ciclo de algumas hortícolas

Espécies Rend. Ciclo Espécies Rend. Ciclo


(t/ha) (dia) (t/ha) (dia)
Mandioca-folha 60 270 Tomate 45 160
Bat.doce-folha 20 180 Pimento 30 130
F.nhemba-folha 15 60 Beringela 25 200
Amaranthus 30 50 Pepino 50 150
Alface 20 50 Feijão verde 8 90
Couve 35 90 Quiabo 15 90
Repolho 40 90 Cebola 40 150
Cenoura 20 90
Fonte: Grubben, 1977.

4. Espécies

A classificação de espécies na categoria de hortícolas é opcional, especialmente no


caso de raízes, tuberculos e temperos, mas também no caso de frutos. Assim, a cebola
normalmente é classificada como hortícola, enquanto o alho é classificado como especaria. O
milho, que é normalmente classificado como cereal, pode ser classificado como hortícola
quando o uso principal é a maçaroca verde, sobretudo no caso do milho doce. Os feijões são
considerados hortícolas quando o uso principal é a vagem verde ou as folhas. No caso da
espécie Phaseolus vulgaris, o conjunto de variedades cultivadas para vagem verde ("feijão
verde") é uma cultura hortícola, enquanto o grupo de cultivares para grão seco ("feijão
manteiga", "feijão vulgar") pertence às culturas arvenses.
Muitas culturas que são principalemente cultivadas para outros fins, também são
utilizadas para produção de folhas (mandioca, batata-doce, abóbora, feijão nhemba). Existe
um grande número de espécies silvestres e infestantes cujas folhas são consumidas
(Amaranthus, cacana).
O grande número de culturas hortícolas é uma relíquia dos dias em que alimentos
vegetais foram predominantemente colhidas na vegetação espontâneas. Muitas espécies não
têm sabor agradável quando consumidas a cru, e até podem ser venenosas, por isso têm
que ser cozidas para torna-las comestíveis. Algumas espécies vão desaparecer da dieta
alimentar, enquanto que outras, que são melhoradas no processo de melhoramento, vão
ganhando importância. Muitas vezes neste processo, hortaliças de folha são substituidas por
hortaliças "modernas" com um valor nutricional muito menor. (Compare o valor nutritivo de
repolho ou alface com as de folhas de abóbora, mandioca ou feijão nhemba na tabela 1).
Há várias maneiras de classificar as culturas hortícolas. A classificação botânica (tabela
3) é muito útil não só para melhorar a comunicação cientifica, mas também para fins de
fitossanidade e rotação das culturas (porquê ?). Há casos de culturas diferentes que se
encontram na mesma espécie, por exemplo, o pimento e o piri-piri pertencem a Capsicum
annuum; couve-flor, repolho, couve-de-bruxellas pertencem a Brassica oleracea. Por outro
lado, o nome vernacular "espinafre" pode indicar plantas pertencentes a 2 espécies
diferentes (Spinacia oleracea, família Chenopodiaceae e Tetragonia tetragonioides, família
Tetragoniaceae), espécies superficialmente parecidas, sobretudo no uso, mas com
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diferenças muito básicas.
Um outro sistema de classificação é o baseado na parte comestível: raíz, tubérculo,
bolbo, caule, pecíolo, folha, flor, fruto, grão ainda não maduro. (Dá exemplos de cada
categoria).

Exercicio:
1. Também se pode classificar as hortícolas como culturas anuais, bienais ou perenes? Dá
exemplos.

Tabela 3. Lista de espécies de hortícolas, agrupadas por família

Família ALLIACEAE

- Allium cepa L.var.cepa: cebola.


- Allium cepa L. var. aggregatum G.Don.: chalota
- Allium ampeloprasum L. var. porrum (L.) Gay.: alho porro
- Allium sativum L.: alho

Família AMARANTHACEAE

- Amaranthus cruentus (L.) Sauer: Amarantus


- Amaranthus tricolor L.

Família CHENOPODIACEAE

- Beta vulgaris L. subsp. vulgaris: beterraba hortícola


- Beta vulgaris L. var. cicla Moq.: acelga (beterraba de folha)
- Spinacia oleracea L.: espinafre

Família COMPOSITAE

- Lactuca sativa L.: alface

Família CRUCIFERAE

- Brassica chinensis L.: couve chinesa


- Brassica oleracea L. var. acephala (DC) Alef.: couve, couve de folhas
- Brassica oleracea L. var. capitata L.: repolho
- Brassica oleracea L. var. botrytis L.: couve-flor
- Raphanus sativus L.: rabanete, rábano

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Família CUCURBITACEAE

- Cucumis sativus L.: pepino


- Cucurbita moschata (Duch. ex Lam.) Duch. ex Poir.: abóbora
- Lagenaria siceraria (Molina) Standl.: cabaça, abóbora branca
- Momordica balsamina L.: cacana

Família GRAMINEAE

- Zea mays L. var. saccharata Sturt.: milho-doce

Família LEGUMINOSAE

- Phaseolus vulgaris L.: feijão verde


- Pisum sativum L.: ervilha
- Vigna radiata (L.) Wilczek: feijão holoco

Família LILIACEAE

- Asparagus officinalis L.: asparagus

Família MALVACEAE

- Hibiscus esculentus L.: quiabo, "mandande"

Família SOLANACEAE

- Capsicum annuum L.: piri-piri, pimento


- Capsicum frutescens L.: (piri-piri), "sacana"
- Lycopersicon esculentum Mill.: tomate
- Solanum melongena L.: beringela
- Solanum tuberosum L.: batata reno

Família TETRAGONIACEAE

- Tetragonia tetragonioides (Pall.) O. Kuntze: tetragónia, espinafre da Nova Zelândia

Família UMBELLIFERAE

- Apium graveolens L.: aipo, aipo nabo


- Daucus carota L.: cenoura
- Petroselinum crispum (Mill.) Nym. ex A. W. Hill: salsa
- Coriandrum sativum L.: coentro

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5. Produção

No caso de culturas hortícolas não existem dados exactos sobre a produção de


hortícolas de todos os países do mundo, porque parte das hortícolas é produzido nas hortas
das pessoas para auto-consumo. As quantidades vendidas só são registadas onde existem
mercados controlados, normalmente só em cidades grandes. Mesmo para as hortícolas
comerciais mais importantes, os dados não são completos. A maior proporção de hortícolas
comerciais é produzida na zona temperada. Das duas espécies mais aptas para a
exportação, tomate e cebola, aproximadamente metade da quantidade exportada vêm dos
países com um clima subtropical. Também o repolho, a couve-flor, o feijão verde e o
asparagus são produzidos em quantidades cada vez maiores nos países quentes, onde a
distância aos países de importação não é tão longe. Ainda há uma série de hortícolas
subtropicais e tropicais que não são bem adaptadas as zonas temperadas, com mercados
regulares nos países industrializadas, como pimento, beringela, quiabo e zuchettas (um tipo
de abóbora, colhida ainda verde).
No caso dos países situados longe dos países de importação, são especialmente
interessante as hortícolas que podem ser enlatadas: tomate, feijão verde, ervilha verde,
asparagus, cenoura e cogumelos. Para hortaliças desidratadas, existe um bom mercado para
a cebola, feijão verde, cenoura, cogumelos, tomate e alho-porro.

6. Ecofisiologia

As exigências de temperatura estão compiladas na tabela 4. Em muitas espécies há


uma grande variação de tolerância de temperatura das cultivares, especialmente no caso das
espécies na categoria de "intermediário". Também a escolha da data de sementeira pode ser
decisiva para um cultivo com successo, especialmente nas regiões com uma estação
chuvosa e outra estação seca. Algumas espécies precisam de temperaturas baixas para a
indução floral: beterraba, cebola, cenoura e as couves. Com estas espécies não é possível
uma produção de sementes nas zonas tropicais. As melhores regiões para a produção de
sementes de hortícolas encontra-se normalmente nas zonas subtropicais com uma estação
chuvosa.

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Tabela 4. Adaptação das culturas hortícolas a factores ambientais

Cultura Temperatura Temperatura Tolerância Tolerância a


# @
optimal (C) optimal a acidez* salinidade**
Abóbora 17 - 27 +++ +
Aipo 14 - 24 + -
Alface 17 - 27 ++ - 2,1
Alho-porro ++ -
Asparagus ++ -
Batata doce 21 - 32 +++ ++ 2,5
Batata reino 17 - 27 ++ 2,5
Beringela 21 - 32 +++ +
Beterraba hortícola ++ - 4,5
Cebola 17 - 27 ++ 1,8
Cenoura 17 - 27 ++ + 1,9
Chalota ++
Couve-broccoli 3,7
Couve-china 14 - 24 +++ -
Couve-flor 14 - 24 ++ -
Ervilha 13 - 21 + +
Espinafre 13 - 21 +
Espinafre da N. Z. +++ -
Feijão verde 18 - 29 +++ + 1,5
Milho-doce +++ + 2,5
Pepino 17 - 27 +++ + 2,9
Pimento 18 - 29 +++ + 2,2
Quiabo 21 - 32 +++
Rabanete 18 - 29 ++ + 2,1
Repolho 14 - 24 ++ - 2,9
Salsa +
Tomate 18 - 29 +++ + 3,4

#
Fonte: FAO, 1988.
@
Fonte: Rehm, Espig (+ temperaturas baixas; ++ temperaturas intermediarias; +++
temperaturas altas)
* - não tolerante (pH mínimo 6,0)
- tolerante (pH mínimo 5,5)
- muito tolerante (pH mínimo 5,0)
** Conductividade eléctrica (milimhos/cm, 25C) da água de irrigação, com perda de
rendimento esperada de 25%.

Na maioria das espécies hortícolas o fotoperíodo não joga um papel muito importante
no rendimento, com excepção da cebola e da batata reno. Porém, algumas espécies de
hortícolas são sensíveis ao fotoperíodo no processo de floração, que tem consequências
para a produção de sementes, (quais ?) (ver tabela 5). Muitas espécies exigem uma boa
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quantidade de luz solar para um bom desenvolvimento, enquanto que outras toleram sombra
e por isso podem ser cultivadas em consociação, por exemplo, com fruteiras (alface,
espinafres, feijão verde, pepino e rabanete).

Tabela 5. Classificação das principais espécies vegetais de acordo com a resposta ao


fotoperíodo

Espécies de culturas de Fases de desenvolvimento Importância prática


acordo com a resposta ao sensíveis ao fotoperíodo
fotoperíodo
Espécies de dias curtos:
Batata reino Formação de tuberculos Produção da cultura
Amaranthus Floração Produção de semente
Quiabo Floração Produção da cultura e
semente
Espécies de dias longos:
Beterraba Floração Produção de semente
Cenoura Floração Produção de semente
Couve china Floração Produção de semente
Espinafre Floração Produção de semente
Alface Floração Produção de semente
Cebola Formação do bolbo Produção da cultura
Rabanete Floração Produção de semente
Espécies neutras:
Asparagus, pepino, couve-flor,
couve, feijão verde, piri-piri,
pimento, tomate, milho, ervilha

A maioria das hortícolas crescem rápidamente e têm um sistema radicular pouco


profundo (tabela 6), por isso, eles precisam de uma fácil disponibilidade de nutrientes e uma
irrigação regular. Culturas comerciais têm que ser irrigadas em quase todas as regiões. Os
melhores solos são franco-arenoso ou arenoso-franco, com um pH de aproximadamente 6,
porém, pode-se cultivar hortícolas em muitos tipos de solos. As culturas diferem na tolerância
às condições adversas como acidez ou salinidade (ver tabela 3). Muitas vezes, o factor
aproximidade do mercado, é mais importante do que o tipo de solo.

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Tabela 6. Profundidade das raízes de algumas hortícolas

Pouco profundo (45-60 cm) Moderadamente profundo Profundo ( > 120)


(90-120 cm)
Repolho Feijão verde Asparagus
Couve-flor Beterraba Abóbora
Couve-china Cenoura (Batata doce)
Aipo Pepino Tomate
Milho Beringela (Melancia)
Alho Ervilha
Cebola
Salsa
Batata reno
Rabanete
Espinafre
Fonte: Peirce, 1987.

7. Cultivo

7.1. Sementeira

Muitas hortícolas têm sementes pequenas e por isso, costuma-se exprimir o peso da
semente na unidade de peso de mil sementes (PMS), em gramas, ao contrário, nas culturas
arvenses, costuma-se usar o peso de cem sementes (PCS), em gramas.
Nos países quentes recomenda-se a sementeira das espécies de semente pequena em
alfobres ou caixas em vez de semear directamente no lugar definitivo, porque a camada
superior do solo (1-2 cm) é altamente aquecida e seca rapidamente, por isso, a germinação
fica negativamente afectada. Com espécies que têm que ser semeadas directamente, como
a cenoura e a beterraba pode-se utilizar, por exemplo, uma cobertura morte de capim, para
que a superfície do solo fique suficientemente húmido e fresco durante vários dias. Também
pode-se usar equipamento de irrigação com micro aspersão e regar alguns minutos por dia
para obter uma boa germinação. Espécies de semente grande, como o quiabo, os feijões e a
abóbora, normalmente não têm problemas com a sementeira directa. Em períodos quentes e
secos recomenda-se uma irrigação completa do solo antes da sementeira, e uma sementeira
mais profunda do que a normal, logo depois da secagem da superfície do solo. Desta
maneira as sementas encontram humidade suficiente para germinar e as plântulas não vão
encontrar dificuldades em quebrar a superfície do solo que é poroso (fofo). Ao contrário,
quando se semeia menos profundo, uma segunda irrigação, pouco antes da germinação,
podia ser necessária e como consequência a camada superficial pode formar uma crosta.
Especialmente no caso de espécies com uma germinação epigeia as plântulas não
conseguem quebrar a crosta em muitos dos casos.
Quando se semeia em alfobres pode-se obter uma boa germinação com uma irrigação
diária e com as plântulas sombreadas, também para as espécies que se semeiam
superficialmente. Porém, é necessário que as plântulas recebam luz solar em pleno quanto
mais cedo possível, para fortalecer-lhes para o transplante. Em climas quentes o transplante
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é sempre um choque severo. Nos primeiros dias, as plântulas podem ser socorridas
cobrindo-as com capas de papel, ou ervas ou materiais semelhantes até as plantas terem o
sistema radicular bem fixo ao solo. A cultivação em blocos de solo, vasos pequenos de
germinação ou caixas é altamente recomendável porque dessa forma as raízes ficam dentro
do solo durante o transplante e o crescimento pode continuar sem interrupção. Há espécies
em que a única maneira de transplantar é o uso de recipientes, por exemplo, todos os tipos
de abóbora.

7.2. Preparação do solo

Os trabalhos de solo dependem do clima e do sistema de irrigação. Em climas húmidos


planta-se sempre em camalhões ou canteiros elevados, porque praticamente não existem
hortícolas que toleram o alagamento. Ao contrário, em climas secos é melhor plantar em
sulcos ou canteiros encovados, porque dessa maneira o fornecimento de água é mais
favorável, especialmente durante as primeiras semanas depois do transplante.

7.3. Compassos

Em climas quentes, o aquecimento do solo descoberto entre as plantas tem um efeito


desfavorável no crescimento, especialmente com espécies com raízes superficiais. Por isso,
recomenda-se plantar ou semear o mais denso possível, para que uma canopia fechada de
folhas seja formada rápidamente. Desta forma, o solo abaixo da cobertura mantem-se fresco
e húmido. Muitas vezes a distância entre linhas é demasiado larga por causa dos sulcos de
irrigação e a necessidade de sachar as infestantes. Por isso, a densidade óptima,
normalmente, é só practicável quando as hortícolas são cultivadas com uso de herbicidas e
rega por aspersão. De qualquer modo, a formação de uma canopia fechada de folhas o mais
rápido possível é extremamente importante.

7.4. Rotação de culturas

A rotação de culturas é o processo agrícola que tem a finalidade de evitar a repetição


continuada de uma mesma cultura e no mesmo lugar.
No início, deve-se utilizar uma cultura de raíz profunda, em seguida, uma de raíz
superficial; deve-se também, ter como regra geral, o cultivo de uma espécie exigente em
elementos minerais e, em seguida, aproveitar a mesma parcela do terreno, para outra cultura
menos exigente aproveitar os restos dos adubos não utilizados pela primeira cultura.
Outra regra a ser observada na rotação, é a de não cultivar, seguidamente, plantas
pertencentes à mesma família botânica (ver tabela 3), pois são geralmente atacadas pelas
mesmas pragas e doenças. Essas pragas e doenças só tendem a aumentar. Nesse sentido,
destaca-se o nemátodo de galhas, que pode ser um problema sério na horticultura intensiva,
porque muitas das espécies hortícolas importantes são susceptíveis a essa praga: tomate,
pimento, beringela, batata reno, batata-doce, couve, repolho, feijões, cenoura, abóbora,
pepino, melancia, quiabo. Em algumas destas espécies foram desenvolvidas cultivares
resistentes a nemátodos: tomate, pepino e batata-doce. Uma rotação com culturas menos
susceptíveis, como cereais, cebola, alho-porro ou morango, é muito importante. Também
pode-se considerar a sementeira de gramíneas ou a alternância com um período de pousio.
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8. Doenças e pragas

A protecção de plantas é um dos aspectos mais difíceis do cultivo de hortícolas em


países quentes. Em condições quentes e húmidas, as doenças da folha causadas por fungos
originam muitos danos e requerem frequentes pulverizações com fungicidas. Em zonas
secas, os insectos podem causar danos catastróficos. Em todo lugar, existe a ameaça de
doenças que causam a murcha na planta e que habitam no solo e também de nemátodos,
especificamente espécies de nemátodos de galha (Meloidogyne spp.). Em empresas
pequenas e na agricultura familiar o controlo eficaz de várias pragas e doenças é difícil por
causa do número elevado de espécies hortícolas e a necessidade de muita experiência e
vigilância. O desenvolvimento de cultivares resistentes e a escolha correcta do cultivar é de
grande importância na horticultura tropical. No caso da cultura de tomate já foram obtidos
grandes sucessos (resistência a nemátodos, Fusarium e outras doenças) e no caso de
muitas outras culturas hortícolas, cultivares resistentes são disponíveis. Além disso,
insecticidas sistémicos de libertação lenta, que podem ser aplicados no solo na forma
granular, por exemplo, phorate, disulfoton, oferecem boas possibilidades de controlo, mesmo
em cultivo de pequena escala em condições primitivas.

9. Uso de reguladores de crescimento na horticultura

9.1. Os reguladores
(Ver também a disciplina de Fisiologia Vegetal)

Os grupos mais importantes de reguladores de crescimento e desenvolvimento são as


auxinas, as citoquininas, as giberelinas, o etileno e os inibidores e retardadores.

Auxinas: causam o alongamento das células e estimulam a divisão celular. Estão


envolvidas na dominância apical e estimulam a actividade do câmbio. Em muitas
espécies de plantas estão envolvidas na iniciação floral, na iniciação de formação
dos frutos e também podem aumentar o tamanho dos frutos.
A auxina mais importante que ocorre nas plantas é o ácido indolilacético (AIA,
Inglês: IAA).
Auxinas sintéticas: o ácido 2,4 - diclorofenoxiacético ( 2,4-D), o ácido indolbutírico
(AIB, Inglês: IBA) e o ácido naftalenacético (ANA, Inglês: NAA), entre outros.

Giberelinas: estimulam a divisão e o alongamento das células e estão envolvidas


na indução floral em plantas que requerem vernalização como a cenoura, as
couves e as plantas de reacção ao fotoperíodo de dias longos (ver tabela 5).
Também estão envolvidas na dominância apical e ajudam no aumento do
tamanho dos frutos.
As, aproximadamente 84, giberelinas são todas de origem vegetal. Exemplo: ácido
giberélico (AG3).
As giberelinas são sintetizadas em várias partes da planta, mas sobretudo nas
folhas novas e nas sementes imaturas.

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Citoquininas: induzem a divisão celular e ajudam no fenómeno de mobilização nas
plantas. No processo de germinação de sementes de alface podem substituir a
necessidade de luz e na cultura de batata reno estão envolvidas na indução de
formação de tubérculos. As citoquininas participam na quebra da dominância
apical; quando em maior disponibilidade, promovem o desenvolvimento das
gemas laterais. As citoquininas promovem um retardamento na senescência foliar.
Na planta, as citoquininas são sintetizadas principalmente nas raízes e
transportadas, provavelmente pelo xilema, para outras partes da planta.
Uma citoquinina natural é a zeatina que foi obtida em grãos de milho.
Citoquininas sintéticas: cinetina, BA, PBA.

Etileno: é um gás e um produto normal da maturação de muitos frutos. O etileno é


considerado tanto a fitohormona que inicia a maturação como um produto desse
processo. O início da produção de etileno seria parte indispensável do processo de
maturação. Após esse início, a produção autocatalítica do gás teria como objectivo
acelerar e tornar mais uniforme a maturação dos frutos.
O etileno também estimula o brotamento e a germinação, causa abscissão
prematura, induz a floração e pode iniciar a formação do bolbo da cebola durante
um fotoperíodo que não induz a formação do bolbo. Em algumas espécies o
etileno estimula a formação de raízes adventícias.
Ethrel ou Etephon é um produto sintético que em contacto com a água se
decompõe rapidamente em etileno e outros compostos.

Inibidores: são compostos orgânicos que inibem ou retardam o crescimento do


meristema apical, jogam um papel importante na dormência de botões e
sementes.
Um inibidor importante nas plantas é o ácido abscíssico (ABA). O ABA é produzido
nos cloroplastos e noutros plastidos da célula da planta.
A hidrazida maléica (Inglês: MH) é um inibidor sintético bastante utilizado para
impedir a brotação da batata reno, cebola e alho, durante o transporte e
armazenamento.

Retardadores: os retardadores são substâncias sintéticas que retardam o


crescimento do meristema subapical. Os retardadores mais utilizados actualmente
são o ácido succínico-2,2-dimetildrazida (SADH ou Alar) e o cloreto (2-cloroetil)
trimetilamonio, conhecido por CCC ou Cycocel. Vários retardadores causam o
retardamento do crescimento através da inibição da síntese de giberelinas, por
exemplo, Phosphon D.

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9.2. Uso de reguladores de crescimento

a) Indução floral

As vezes as giberelinas (sobretudo GA3) são usadas para induzir a floração em culturas
que necessitam de vernalização ou/e plantas de reacção ao fotoperíodo de dias longos.
Exemplos de culturas hortícolas que precisam ser vernalizadas antes de florir são as couves,
a cenoura, o rabanete e a beterraba. A vernalização pode ser substituida por pulverizações
com giberelinas. Esse tratamento é só eficaz quando as plantas atingem um certo tamanho
mínimo.
Inibidores e retardadores, em baixas concentrações, às vezes são utilizadas para
estimular a floração através da inibição do crescimento do caule. O inibidor hidrazida maléica
pode ser utilizado na cultura do feijão nhemba para aumentar a produção de vagens através
do impedimento da dominância apical.

b) Regulação da expressão do sexo

Várias espécies da família de Cucurbitaceae são espécies monoícas (flores unissexuais


de sexos diferentes na mesma planta). Nessas espécies podem-se utilizar reguladores de
crescimento para regular a razão entre flores femininas e masculinas na planta.
Na cultura de pepino usa-se linhas ginoícas (só com flores femininas) para a produção
de sementes híbridas. Pode-se manter essas linhas pulverizando com giberelinas que
induzem à formação de flores masculinas na planta.
Ethephon (uma fonte de etileno; pulverização com 500 ppm na fase de 1-3 folhas) é
usado na cultura de pepino para aumentar a proporção de flores femininas. Na cultura de
abóbora esse tratamento prevê totalmente a formação de flores masculinas.

c) Uso na formação e desenvolvimento de frutos

Citoquininas, giberalinas e auxinas são importantes nos processos de formação e


desenvolvimento de frutos; citoquininas sobretudo na formação; giberelinas mais no
desenvolvimento; auxinas em ambos processos.
Muitas auxinas sintéticas podem ser usadas para a estimulação da formação de frutos,
por exemplo, nas culturas de tomate, beringela, pimento, pepino e feijão verde.

d) Partenocarpia

Partenocarpia: fruto produzido por desenvolvimento do ovário sem que, previamente,


tenha ocorrido fecundação.
Citoquininas, giberelinas e auxinas são responsáveis pelo desenvolvimento de frutos
partenocarpias. Várias auxinas sintéticas foram eficazes na produção de frutos
partenocarpicos nas culturas de tomate, pimento, beringela e cucurbitaceae.

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e) Inibição do brotamento

No armazenamento da batata reno e da cebola pode-se usar MH para impedir o


brotamento. NAA, MeNa e TCNB também podem ser usadas no armazenamento da batata.
Na cultura da cebola, o MH é eficaz quando é pulverizado no campo, quando os bolbos estão
maduros, 1-2 semanas antes da colheita, numa concentração de 2500-3000 ppm.

f) Formação de raízes adventícias

A aplicação de Ethephon (fonte de etileno) nas plântulas de tomate antes do transplante


estimula a formação de raízes adventícias e melhora o estabelecimento no campo depois do
transplante.

g) Controlo de infestantes

O 2,4-D é usado principalmente como herbicida selectivo, sendo capaz de matar as


ervas daninhas do grupo das dicotiledoneas sem afectar as monocotiledoneas.

10. Colheita e comercialização

Nos países quentes a armazenagem limitada das hortícolas ainda é um problema mais
sério do que nos países da zona temperada. Pode-se distinguir três tipos de danos causada
por altas temperaturas: desenvolvimento de bolores causado por fungo, perda rápida de
qualidade causada pela respiração e processos bioquímicos de catálise e murcha. As
hortícolas de folha, fonte de hortaliças mais valiosas sob o ponto de vista nutricional,
geralmente são mais susceptíveis a esses três problemas do que as hortícolas de raíz, bolbo
ou fruto. Pode-se tomar as seguintes precauções para reduzir o dano sem entrar em
soluções tecnologicas elevadas (p.e. refrigeração):

- a decomposição e perdas de qualidade podem ser reduzidas quando se colhe apenas


hortaliças de boa qualidade;
- prevenir injúrias durante o manuseamento na colheita e empacotamento;
- os produtos colhidos têm que ser protegidos das altas temperaturas (colheita cedo de
manhã ou ao fim da tarde, a classificação e o empacotamento à sombra, o transporte
à noite);
- uso de uma ventilação adequada durante armazenamento e transporte.

Perdas de transpiração podem ser reduzidas borrifando com áqua, ou, no caso de
hortaliças de raíz (cenoura e beterraba) cortar as folhas na altura da colheita e ainda podem
ser usados materiais de embalagem que impedem a evaporação (folhas de bananeira,
laminas de plástico).
A escolha correcta da cultivar joga um papel importante nos problemas de marketing.
No caso de uma fábrica de enlatamento, a fábrica normalmente fornece as sementes. Ao
contrário, no caso de um mercado para o consumo a fresco, cultivares inferiores com boas
características de armazenagem são muitas vezes mais aptas do que cultivares de alta
qualidade. Exemplos: tomate com casca espessa é mais apropriado para o transporte do que
tomate com casca fina; o feijão verde com fios na sutura têm uma camada subepidermica
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mais dura do que o feijão verde sem fios e consequentamente armazena-se melhor. Os
melhoradores têm tambêm que ter em conta estes aspectos.
Evidentemente, hortaliças com um bom aspecto vendem-se mais facílmente do que
hortaliças de boa qualidade.

11. Referências bibliográficas

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Plant Production and Protection Paper 89. 434 pp.

Grubben, G.J.H., (1977). Tropical vegetables and their genetic resources. IBPGR, Roma. 197
pp.

Hadfield, J., (1992). The A-Z of vegetable gardening in South Africa. Cape Town. 153 pp.

Mathai, P.J. (sem ano). Vegetable growing in Zambia. Zambia: Seed Company Limited. 204
pp.

Murayama, S., (1973). Horticultura. Campinas: Instituto Campineiro de Ensino Agrícola. 321
pp.

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Wiley and Sons. 433 pp.

Poncini, S., (1986). Manual de horticultura. Lisboa. 462 pp.

Rehm, S.; Espig, G. (1991). The cultivated plants of the tropics and subtropics. Cultivation,
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