Explorar E-books
Categorias
Explorar Audiolivros
Categorias
Explorar Revistas
Categorias
Explorar Documentos
Categorias
a ft
Circuitos Elétricos: Conceitos e exercícios
Dr
São Luís – MA
2020
Lista de ilustrações
a ft
Figura 4 – Corrente elétrica contínua e alternada, respectivamente. . . . . . . . . .
Figura 5 – Polaridade da tensão elétrica e sentido da corrente elétrica na definição
do sinal de potência. Fonte: Alexander,C.K.; Sadiku, M. N. O., Funda-
mentos de Circuitos Elétricos, 2013. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
Figura 6 – Característica da resistência elétrica a partir das relações entre tensão
e corrente. Fonte: Marakov, S.N.; Ludwig R.; Bitar, S. J., Practical
Electrical Engineering, 2016. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
Figura 7 – Definição de resistência elétrica a partir das leis de Ohm: (a) Primeira
lei de Ohm; (b)Segunda lei de Ohm. Fonte: Alexander,C.K.; Sadiku, M.
9
11
13
a ft
R.; Bitar, S. J., Practical Electrical Engineering, 2016. . . . . . . . . .
Figura 27 – Circuito elétrico para análise da LKT. Fonte: Marakov, S.N.; Ludwig
R.; Bitar, S. J., Practical Electrical Engineering, 2016. . . . . . . . . .
Figura 28 – Circuito elétrico para análise da LKT. Fonte: Marakov, S.N.; Ludwig
R.; Bitar, S. J., Practical Electrical Engineering, 2016. . . . . . . . . .
25
26
27
Dr
Lista de tabelas
a ft
Dr
Sumário
1 Conceitos Básicos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5
1.1 Variáveis em Circuitos Elétricos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 6
1.1.1 Carga Elétrica: Revisão . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 6
1.1.2 Tensão Elétrica: Revisão . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 6
1.1.3 Corrente Elétrica: Revisão . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 7
1.1.4 Potência e Energia: Revisão . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 10
1.1.5 Elementos em circuitos elétricos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 11
a ft
1.1.6 Resistência elétrica . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
1.1.6.1 Leis de Ohm . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
1.1.6.2 Relação da potência elétrica com a resistência elétrica
1.1.6.3 Resistores . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
2 Métodos para Análise de Circuitos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
2.1 Leis de Kirchhoff . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
12
12
15
15
20
22
Dr
5
1 Conceitos Básicos
a ft
comportamento aproximado a um sistema elétrico real. Sendo assim, o termo circuito
elétrico geralmente refere-se a um sistema elétrico propriamente dito, bem como ao
modelo que representa.
Podemos observar a aplicação de circuitos elétricos em nosso cotidiano, tais como:
nas reações fisiológicas dos seres vivos; nas inovações tecnológicas (computadores, celulares,
tráfego de informações via internet); nos meios de transporte (em controle, sensores e
dispositivos eletrônicos integrados, também usados em testes antes de ser fabricado e
comercializado); em nossa casa com a gama de aparelhos eletroeletrônicos e eletrodomésticos
utilizados.
Dr
Graças a natureza dos circuitos elétricos, uma descoberta importante no ramo
da Neurociência foi realizada por Guillaume-Benjamin-Amand Duchenne de Boulogne
(1806-1875). Este médico neurologista francês - considerado o pai da Eletroterapia (recurso
terapêutico utilizado por fisioterapeutas no tratamento, reabilitação e cura de diversas
doenças) devido seus estudos sobre os efeitos da eletricidade no ser humano - submeteu
um paciente com paralisia de Bell (doença que causa paralisia facial) a mais de 100
sessões com aplicação de eletrodos em várias partes do rosto, a fim de extrair uma gama
variada de emoções, as quais foram fotografadas. Duchenne provou que o estímulo dos
músculos provocava reações emocionais no indivíduo (ainda que a experiência cause espanto
para nós). Os resultados foram publicados no seu trabalho intitulado Mecanisme de la
Physionomie Humaine. A obra foi apreciada por muitos intelectuais da época, entre eles
Charles Darwin (cientista que decreveu a teoria da evolução pela seleção natural). Esses
estudos também representam um marco para a história da evolução fotográfica.
Na Engenharia Elétrica, a natureza dos circuitos elétricos representa um ponto em
comum no vasto e abrangente campo de estudo que esta engenharia possui. Na geração,
transmissão, distribuição e consumo de energia elétrica; codificação, decodificação, sinais de
sensores e atuadores para processamento de informações, entre outras aplicações, observa-se
a aplicação do modelo matemático de circuitos elétricos. Por conseguinte, para engenheiros
Capítulo 1. Conceitos Básicos 6
A carga elétrica é uma propriedade elétrica das partículas atômicas que compõem a
a ft
matéria. Constitui-se a base para descrever todos os fenômenos elétricos, sendo a quantidade
mais elementar em um circuito elétrico, medida em coulombs (C).
A carga elétrica existe em quantidades discretas, ou seja, múltiplos inteiros de
1, 6022 × 10−19 C (carga elétrica fundamental), tem como característica a bipolaridade
(pode ser positiva ou negativa). Efeitos elétricos são atribuídos tanto à separação entre
cargas quanto ao movimento das mesmas.
A Lei da conservação das cargas afirma que as cargas não podem ser criadas nem
destruídas, apenas transferidas, por consequência, a soma algébrica das cargas elétricas
em um sistema não se altera.
Dr
1.1.2 Tensão Elétrica: Revisão
dw
v=
dq
Na figura 1 observa-se uma tensão vab com os sinais positivo e negativo indicando a
polaridade desta tensão, ou seja, o sentido referencial. Neste caso, o ponto a se encontra em
um potencial mais alto que o ponto b. Na figura 2, o ponto b se encontra em um potencial
Capítulo 1. Conceitos Básicos 7
mais alto que o ponto a. Sendo assim, temos a seguinte relação matemática associada à
referência adotada em relação ao potencial elétrico:
a ft
Figura 1 – Tensão elétrica de um elemento genérico. Fonte: Alexander,C.K.; Sadiku, M. N.
O., Fundamentos de Circuitos Elétricos, 2013.
Dr
dq
I=
dt
a ft
estabilidade ou ao gasto de energia. Se uma energia é transferida a uma partícula, a mesma
irá realizar algum trabalho, explicação compreensível para o movimento dos elétrons, ou
seja, partirão de um nível de energia alta para um nível de energia baixa. No caso das
partículas de carga elétrica, as mesmas percorrerão o condutor na direção do potencial
elétrico de maior energia para o de menor energia, conferindo o sentido real da corrente
elétrica, potencial negativo para o potencial positivo (para fins de entendimento, deve-se
recordar que os elétrons são cargas elétricas negativas, portanto estão relacionadas ao
potencial negativo e precisam de energia para sair deste potencial em direção ao potencial
oposto). No entanto, para fins de cálculo, utiliza-se a direção contrária do fluxo dos elétrons,
conhecida como sentido convencional da corrente elétrica, ou seja, do potencial maior para
Dr
o potencial menor, lembrando que o potencial está relacionado a referência da polaridade
da tensão elétrica, conforme visto na secção anterior. Na figura 3, observa-se o fluxo
ordenado de elétrons, após a aplicação de uma ddp (representada por uma bateria). A
corrente I indica o sentido convencional da corrente elétrica, do potencial maior em direção
ao potencial menor.
Em relação à forma da correte elétrica em relação ao tempo, a mesma pode
ser contínua (CC, corrente contínua), assumindo um único valor durante todo o tempo
analisado, ou pode ser alternada (CA, corrente alternada), quando os valores mudam
com o tempo. O gráfico desta última pode ser obtido através de várias formas de onda,
como cossenóides, dente de serra, quadrada, entre outras. Na figura 4, observam-se os dois
tipos de corrente elétrica: a contínua e a alternada, respectivamente. A corrente elétrica
alternada, neste caso, é representada por uma senóide.
Capítulo 1. Conceitos Básicos 9
a ft
Figura 3 – Corrente elétrica percorrendo um condutor. Fonte: Alexander,C.K.; Sadiku, M.
N. O., Fundamentos de Circuitos Elétricos, 2013.
Dr Corrente (A)
10
-10
0 5 10 15 20 25
Tempo (s)
Corrente (A)
4
0 5 10 15 20 25
Tempo (s)
Z t
Q= i dt (1.2)
t0
dw
p= → 1 watt=1 joule/s
a ft dt
! !
dw dq
p= → p = v.i → 1 watt = 1volt.ampère
Dr
dq dt
a ft
Figura 5 – Polaridade da tensão elétrica e sentido da corrente elétrica na definição do
sinal de potência. Fonte: Alexander,C.K.; Sadiku, M. N. O., Fundamentos de
Circuitos Elétricos, 2013.
Dr
1.1.5 Elementos em circuitos elétricos
1. Resistência;
4. Capacitância;
5. Indutância;
7. interruptor ideal;
8. Diodo ideal;
Capítulo 1. Conceitos Básicos 12
a ft
• Descrito matematicamente em termos de corrente elétrica e/ou tensão elétrica;
v = RI (1.3)
Capítulo 1. Conceitos Básicos 13
A expressão foi estabelecida por Ohm, em 1827, contudo, não foi bem recebida
pela comunidade científica na época. Somente 14 anos depois, o Royal Society de Londres
reconheceu este trabalho tão relevante.
A resistência elétrica, portanto, constitui-se em uma constante de proporcionalidade.
Na figura 6, observa-se a característica da resistência elétrica a partir das relações entre
a ft
tensão e corrente.
Dr
Figura 6 – Característica da resistência elétrica a partir das relações entre tensão e corrente.
Fonte: Marakov, S.N.; Ludwig R.; Bitar, S. J., Practical Electrical Engineering,
2016.
l
R=ρ (1.4)
A
a ft
Figura 7 – Definição de resistência elétrica a partir das leis de Ohm: (a) Primeira lei
de Ohm; (b)Segunda lei de Ohm. Fonte: Alexander,C.K.; Sadiku, M. N. O.,
Fundamentos de Circuitos Elétricos, 2013.
Dr
É importante observar algumas peculiaridades em relação às leis de Ohm. A primeira
lei somente é válida para resistores ôhmicos. Já a segunda lei, apesar de relacionar apenas
três propriedades físicas de um corpo condutor uniforme, conforme equação 1.4, considera
a temperatura ambiente, sendo um dado válido, uma vez que a temperatura também é
uma variável que influencia no valor da resistência elétrica e não consta na equação 1.4.
Ainda na segunda lei, tem-se o conceito de resistividade elétrica, a qual constitui-se uma
propriedade intrínseca ao material e, portanto, é tabelada.
Na figura 7, em (a) a resistência elétrica é representada pela simbologia do compo-
nente de circuito chamado resistor, o qual será detalhado na próxima subseção. A depender
do valor da resistência elétrica, a mesma pode representar um curto-circuito ou um circuito
aberto, conforme a figura 8.
Capítulo 1. Conceitos Básicos 15
p = v ∗ i ⇒ v = R ∗ i ⇒ p = R ∗ i2 (1.5)
p = v ∗ i ⇒ i = v/R ⇒ p = v 2 /R (1.6)
a ft
Dr
Figura 8 – Transformação da resistência elétrica em curto-circuito e circuito aberto, respec-
tivamente. Fonte: Marakov, S.N.; Ludwig R.; Bitar, S. J., Practical Electrical
Engineering, 2016.
1.1.6.3 Resistores
Tomando o resistor da figura 9 como exemplo, podemos encontrar seu valor através do
código de cores:
Cor
Preto
Tabela 1 – Código de cores.
Marrom
Vermelho
Laranja
Valor
0
1
2
3
Tolerância
1%
2%
Amarelo 4
Verde 5
Dr
Azul 6
Violeta 7
Cinza 8
Branco 9
Dourado 5%
Prata 10%
Sem a quarta faixa 20%
Figura 11 – Resistor 1
Capítulo 1. Conceitos Básicos 18
Figura 12 – Resistor 2
a ft Figura 13 – Resistor 3
Figura 14 – Resistor 4
Dr
Figura 15 – Resistor 5
Figura 16 – Resistor 6
Figura 17 – Resistor 7
Capítulo 1. Conceitos Básicos 19
Exemplo 2: Encontre o valor Vab equivalente para cada circuito da figura 18.
a ft
Figura 18 – Circuito para o exemplo 2. Fonte: Alexander,C.K.; Sadiku, M. N. O., Funda-
mentos de Circuitos Elétricos, 2013.
Exemplo 3: Encontre o valor de i para o circuito da figura 19, para a chave na posição 1
Dr
e na posição 2.
a ft
às partes que compõem um circuito elétrico. Na figura 20, observa-se um circuito elétrico
característico, no qual A, B, C e D, representam os elementos que o compõe. Os números
1, 2 e 3 representam nós no circuito - um nó é um ponto de conexão entre elementos de
um circuito.
Dr
Figura 20 – Circuito elétrico genérico. Fonte: Marakov, S.N.; Ludwig R.; Bitar, S. J.,
Practical Electrical Engineering, 2016.
circuito considerado. Um ramo corresponde à uma parte do circuito entre dois terminais.
No circuito da figura 21 são observados os dois ramos em evidência, os quais correspondem
às partes do circuito entre os nós 12 e 13.
a ft
Dr
Figura 21 – Ramos em um circuito elétrico. Fonte: Marakov, S.N.; Ludwig R.; Bitar, S. J.,
Practical Electrical Engineering, 2016.
a ft
Figura 22 – Malhas em um circuito elétrico. Fonte: Marakov, S.N.; Ludwig R.; Bitar, S.
J., Practical Electrical Engineering, 2016.
Dr
2.1 Leis de Kirchhoff
portanto, leva em consideração os sentidos das correntes, sendo assim, a Lei de Kirchhoff
dos nós também pode ser enunciada da seguinte forma: “a soma das correntes que entram
em um nó é igual a soma das correntes que saem deste mesmo nó”. Da mesma maneira, na
equação 2.3, observa-se a relação das correntes IA , IC e ID , que possuem o mesmo sentido
em relação ao nó 3.
a ft
Dr
Figura 23 – Circuito elétrico para análise da LKC. Fonte: Marakov, S.N.; Ludwig R.; Bitar,
S. J., Practical Electrical Engineering, 2016.
IA + IB = 0 (2.1)
IB − IC − ID = 0
(2.2)
IB = IC + ID
IA + IC + ID = 0 (2.3)
a ft
Figura 24 – Circuito elétrico para análise da LKC. Fonte: Marakov, S.N.; Ludwig R.; Bitar,
S. J., Practical Electrical Engineering, 2016.
Lei de Kirchhoff das Tensões ou Lei de Kirchhoff das Malhas - LKT: “A soma
algébrica de todas as tensões ao longo de qualquer caminho fechado é igual a zero.”
Na figura 26, observam-se os nós 1, 2 e 3. Segundo a LKT, as tensões do circuito,
a saber, VA , VB , VC e VD podem ser relacionadas através da soma algébrica das mesmas
em determinada malha.
Observam-se que as tensões VA , VB e VC , presentes na malha dependente formada
pelos nós 1231, tomando o sentido horário para análise e considerando a soma algébrica,
ou seja, as polaridades das tensões, as mesmas serão somadas, conforme equação 2.4.
Considerando a malha independente formada pelos nós 232, e tomando o sentido horário
de análise, resulta na equação 2.5. Da mesma maneira, na equação 2.6, observa-se a relação
a ft
das tensões VA , VB e VD , assumindo o sentido horário para a malha independente formada
pelos nós 1231.
Dr
Figura 26 – Circuito elétrico para análise da LKT. Fonte: Marakov, S.N.; Ludwig R.; Bitar,
S. J., Practical Electrical Engineering, 2016.
VA − VB − VC = 0
(2.4)
VA = VB + VC
Capítulo 2. Métodos para Análise de Circuitos 26
VD − VC = 0
(2.5)
VD = VC
VA − VB − VD = 0
(2.6)
VA = VB + VD
a ft
Dr
Figura 27 – Circuito elétrico para análise da LKT. Fonte: Marakov, S.N.; Ludwig R.; Bitar,
S. J., Practical Electrical Engineering, 2016.
a ft
Dr
Figura 28 – Circuito elétrico para análise da LKT. Fonte: Marakov, S.N.; Ludwig R.; Bitar,
S. J., Practical Electrical Engineering, 2016.