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CENTRO DE EMPREGO E FORMAÇÃO PROFISSIONAL DE ÉVORA

Técnico/a de contabilidade

Clc7 - Fundamentos de cultura, língua e


comunicação
CENTRO DE EMPREGO E FORMAÇÃO PROFISSIONAL DE ÉVORA

UFCD CLC7 – FUNDAMENTOS DE CULTURA, LÍNGUA E COMUNICAÇÃO

Início do módulo: 06 de Janeiro de 2015

Fim do módulo: 08 de Maio de 2015

Duração do módulo: 50 horas

Formadora: Maria João Marques

Formanda: Susana Almeida

OBJETIVOS:

 Intervém de forma pertinente, convocando recursos diversificados das


dimensões cultural, linguística e comunicacional.
 Revela competências em cultura, língua e comunicação adequadas ao
contexto profissional em que se inscreve.
 Formula opiniões críticas, mobilizando saberes vários e competências
culturais, linguísticas e comunicacionais.
 Identifica os principais fatores que influenciam a mudança social,
reconhecendo nessa mudança o papel da cultura, da língua e da
comunicação.

REFLEXÃO

Iniciámos esta UFCD abordando o mundo atual, mais concretamente a 3ª vaga,


que envolve a informação, a tecnologia e o conhecimento.

A nossa formadora Maria João Marques em conjunto connosco, mobilizou


conhecimentos culturais, competências de leitura, interpretação, análise, tomada
de notas, síntese das fontes apresentadas, comunicação oral e escrita, reflexões
e opiniões críticas através da expressão de opinião e fundamentação ou
argumentação da mesma, para que ao longo destes dias nos fosse possível a
realização dos trabalhos escritos e orais, pois todas elas são ferramentas
indispensáveis para essa finalidade.
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Também abordámos a construção da identidade e as suas características, assim


como o tipo de identidade. Neste tema deixou-nos uma frase que muito me
marcou e que aqui deixo como exemplo.

“O que nos identifica é também o que nos diferencia.”

Ainda falámos um pouco da construção do “Eu”, no Individualismo e da anulação


do “Eu” no todo, ou seja coletivismo.

Dentro da interpretação ouvimos uma música de um poema de David Mourão –


Ferreira, intitulado “Escada sem corrimão”, onde nos foi pedido num trabalho
escrito, que mencionássemos a interpretação de alguns pontos do mesmo. De
facto, é um poema lindíssimo que muito nos diz da nossa existência.

Também ouvimos um fado de Mariza “O tempo não pára”. Este fado faz-me
sempre chorar, pois eu sei que ela canta cada palavra na saudade e na dor de
estar longe do filho e da sua cidade. Quando canta:

“Não sei se andei depressa demais

Mas sei, que algum sorriso eu perdi

Vou pedir ao tempo que me dê mais tempo

Para olhar para ti

De agora em diante, não serei distante

Eu vou estar aqui…”

Estas palavras fazem o meu coração disparar, porque em tempos tive uma das
minhas filhas internadas com nove meses e quase a perdi…nessa altura também
pedi a Deus e ao tempo que por tudo me desse mais tempo para olhar para ela…

E durante os dias seguintes, entre aquelas quatro paredes de um quarto de


hospital, pensei e pedi-lhe perdão pelas ausências, dizendo-lhe que não sabia
se teria deixado os nossos momentos passarem depressa demais, que sabia
que havia perdido algumas brincadeiras, sorrisos e descobertas, mas que a partir
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daquele momento estaria sempre presente nas coisinhas dela, que nunca mais
passaria uma manhã ou uma hora de deitar em que não dissesse às minhas
filhas “Amo-te muito meu anjo…” e que estaria sempre ali…

É impossível não chorar. Mas passemos adiante, e continuemos a nossa viagem


pela UFCD. Também lemos “O Papalagui” que é muito interessante, uma visão
cultural completamente diferente da nossa em relação ao tempo, entre outros
aspetos. Dá que pensar. Baseados nestes suportes realizámos um trabalho de
intertextualidade e de expressão da opinião crítica.

Ainda ouvimos um outro fado, no âmbito dos textos autobiográficos, da intérprete


Mariza, intitulado “Chuva”, a partir do qual falámos um pouco e escrevemos uma
reflexão sobre alguns acontecimentos de vida que nos marcaram. Neste trabalho
muito choro surgiu na nossa sala, mas foi bom, faz parte da vida.

Considerando a importância da comunicação no contexto das relações pessoais


e das duas funções fundamentais que cumpre, “o fazer saber” e o “fazer crer”,
abordámos o texto argumentativo e realizámos alguns textos nossos, baseados
em temas escolhidos por nós, nos quais defendemos uma tese e argumentámo-
la e, posteriormente, partilhámos uns com os outros durante a aula, em
comunicação oral.

Respondemos ainda a um questionário sobre o nosso estilo comunicativo. Eu


sou, no que ao estilo comunicativo diz respeito, assertiva e agressiva. Diverti-me
com este trabalho e pude tomar consciência das minhas caraterísticas
comunicativas, o que me será importante, nomeadamente, em contexto
profissional.

Ainda foram abordadas as novas dinâmicas de família, de trabalho e de interação


social e ainda falámos de Kant, de Stolnitz e de Dickie quando abordámos o tema
da experiência estética.

Visitámos a exposição que se encontrava no Fórum Eugénio de Almeida, “Tão


alto quanto os olhos alcançam”, e tal como o próprio título nos pode transmitir,
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trata-se de uma exposição de arte. Não um só género de arte, mas vários, cada
um deles com a sua particularidade e o seu quê de existência ou criação.

A arte é isso mesmo, criar tão alto quanto os olhos alcançam, pois o pensamento
de um artista pode viajar por todos os recantos do real ao transcendente…como
a própria exposição o dizia, “uma noção de transcendência”…

Depois realizámos um trabalho individual relacionado com a exposição que


visitámos, no qual opinámos sobre o que é a arte para nós.

Para terminar a UFCD, abordámos a globalização sob outra perspetiva, através


dos temas do “Cante”, “fado” e “dieta mediterrânica” que são nos dias de hoje
considerados património imaterial da humanidade pela Unesco. Refletimos e
concluímos que Globalização não significa obrigatoriamente a anulação da
identidade cultural de um povo, como recorrentemente se faz crer.

Foi uma UFCD interessante e gostei de conhecer a nossa formadora Maria João
Marques, uma mulher forte mas sensível, preenchida de determinação, coragem
e muita garra.

Validei a UFCD com o sucesso pretendido.

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