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6º Grupo

Graças Luís Chipoce Parafino

Chaquila Felisberta Lima

Emelita Douglas Chapepa

Provas de Auditoria

Licenciatura em Contabilidade com Habilitações em Auditoria

3º Ano – pós laboral

Universidade púnguè
Extensão de Tete
2020
6º Grupo

Graças Luís Chipoce Parafino

Chaquila Felisberta Lima

Emelita Douglas Chapepa

Provas de Auditoria

Trabalho de investigação a ser


apresentado no curso de Contabilidade
com Habilitação em Auditoria na
Faculdade de ESCOGE na cadeira de
Auditoria Interna com requisitos parciais
avaliativos recomendado pelo Docente:
Dr.Tirso Reinato de Andrade.

Universidade Púnguè

Extensão de Tete

2020
Índice

Introdução.................................................................................................................................3
1. Prova em auditoria...............................................................................................................4
1.1 Conceitos..........................................................................................................................4
1.2 Asserções das demonstrações financeiras..................................................................5
1.2.1 Asserções relacionadas com transacções................................................................7
Provas mais credível:..............................................................................................................10
Provas menos credível:...........................................................................................................10
1.3 Tipos de prova de auditoria.............................................................................................10
1.4. Procedimentos de auditoria............................................................................................12
1.4.1 Procedimentos analíticos e potenciais erros:...........................................................13
1.5. Papéis de trabalho............................................................................................................13
1.5.1. Os principais objectivos dos papéis de trabalho são:.............................................14
1.6. Tipos de papéis de trabalho.....................................................................................14
2. Conclusão.............................................................................................................................16
3. Referencia Bibliografia.......................................................................................................17
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Introdução

O presente trabalho, visa abordar sobre Prova em Auditoria. Prova ou Evidência em auditoria,
é entendida como um conjunto de fatos comprovados, suficientes, competentes e pertinentes,
que serve como base para a sustentar um dado facto e opinião.

O trabalho tem como objectivo geral: Explanar acerca da Prova em Auditoria. Para que este
objectivo seja alcançado, o trabalho traz consigo os seguintes objectivos específicos:
Conceituar a Prova em Auditoria; Indicar os Tipos de Provas; e Abordar acerca dos papeis de
trabalho.

A metodologia usada para a realização deste trabalho foi à de consulta bibliográfica, que
constitui na leitura, críticas e analises das informações das informações de várias obras que
estão devidamente citados dentro do trabalho e na bibliografia.
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1. Prova em auditoria

1.1 Conceitos

Segundo ALMEIDA (2014:188), Prova em auditoria é toda a documentação recolhida pelo


auditor que serve de suporte à formulação de uma opinião sobre as DF.

Para MAUTZ (1985), prova é a forma do auditor obter informações suficientes a fim de dar
uma opinião independente.

A DRA 510 – define prova de auditoria como todas as informações utilizadas pelo auditor que
lhe possibilitam chegar às conclusões sobre as quais baseia a sua opinião. Segundo a mesma
directriz, o auditor deve obter prova quer em quantidade, quer em qualidade, mas que na sua
obtenção deverá ponderar a relação custo/benefício.

Diante dos conceitos acima arrolados pode se perceber que prova em auditoria é um
documento que o auditor usa/ no qual se baseia para sustentar a sua opinião independente.

Na sua abordagem a obtenção de prova o auditor necessita de ter em atenção factores que
podem afectar a credibilidade dessa prova, coma e o caso da integridade do órgão de gestão,
do risco económico do cliente, da qualidade do sistema de informação do cliente, da
envolvente e do sistema de controlo interno implementado.

O auditor deve obter prova em quantidade apropriada que lhe permita avaliar se as
demonstrações financeiras apresentam, ou não, uma imagem verdadeira e apropriada da
empresa. Estas provas são obtidas através do conhecimento do negócio, da empresa e da sua
envolvente, da realização de procedimentos analíticos, da realização de testes aos controlos e
da realização de testes substantivos - as transacções e aos saldos. Assim, a quantidade de
prova necessária e afectada pelo risco de distorções (quanta maior e o risco, maior e a
necessidade de prova) e pela qualidade da mesma (prova de menos qualidade, requer mais
quantidade (ALMEIDA,2014:182).

O auditor deve obter prova suficiente para manter o risco de auditoria num nível baixo, pelo
que quando o risco de auditoria aumenta, o auditor aumenta a extensão da prova, ou seja,
recolhe mais prova, para assim reduzir esse risco. No entanto para evitar a recolha de uma
elevada quantidade de prova, o auditor, sempre que possível, opta pela realização de
procedimentos de auditoria mais eficazes. Por exemplo, o auditor pode recorrer a prova
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gerada externa mente em detrimento da prova gerada internamente, ou a prova pode ser
recolhida realizando mais procedimentos perto ou depois do fim do exercício, em detrimento
de Procedimentos ao longo do ano.

O Auditor deve reforçar o cepticismo profissional, isto é, encontrar um equilibro entre a


desconfiança e absoluta confiança no órgão de gestão e para isso deve sustentar a sua opinião
em prova suficiente e apropriada. Ao realizar o seu trabalho deve estar em alerta para
quaisquer circunstâncias que possam aumentar o seu cepticismo, como é o caso de indícios de
fraude, situações que resultem num aumento do risco inerente (como é o caso da empresa ter
intenções de ser admitida a cotação em bolsa), prova de auditoria que contradiga outra prova
de auditoria obtida, circunstancias que sugiram a necessidade de procedimentos de auditoria
adicionais e informação que ponha em causa a fiabilidade de documentos (ALMEIDA,
2014:182-83).

1.2 Asserções das demonstrações financeiras

Por cada uma das principais componentes das demonstrações financeiras: (1) classes de
transacções, (2) saldos e (3) apresentação e divulgação - o órgão de gestão e vista com
estando, implicitamente ou explicitamente, fazendo afirmações relacionadas com a
propriedade, com a valorização, com o reconhecimento, com a apresentação e divulgação, etc.
que se tomam por verdadeiras. As asserções subjacentes as demonstrações financeiras, de
acordo com a·ISA 315, são as seguintes (ALMEIDA,2014:183):

Quadro 5.1. - Asserções subjacentes as demonstrações financeiras (ALMEIDA,2014:184).

Relativas a classes de Relativas aos saldos finais. Relativas a apresentação e


transacções. divulgação.

Ocorrência (ocorrence) - as Existência (existence) Ocorrência (ocorrence)


transacções a acontecimentos - Activos, passivos e - Os acontecimentos e as
que se encontram registados Interesses no capital próprio transacções divulgadas
ocorreram e estão existem ocorreram.
relacionados com a entidade
Direitos e Obrigações Direitos e Obrigacoes (rights
(rights and obligations) - a and obrigacoes)
entidade possui ou controla Os eventos divulgados estão
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os direitos sabre os activos, e relacionados com a entidade.


os passivos representam
obrigações da entidade.
Plenitude (completeness) - Plenitude (completeness) - Plenitude (completeness) -
todas as operações e todos as activos, passivos e todas as divulgações que
acontecimentos estão interesses no capital próprio deveriam ter sido divulgadas
registados. foram registados. foram de facto divulgadas
Rigor (accuracy) - valores e Valorização e imputação Rigor e valorização
outros dados relacionados (valuation and imputação) - (accuracy and valuation) - a
com transacções e Activos, passivos e Interesses informação esta
acontecimentos foram no capital próprio estão adequadamente divulgada e
apropriadamente registados. registados nas demonstrações pelas quantias apropriadas.
financeiras pela
quantiaapropriada.
Os rendimentos e os gastos
foram correctamente
imputados
Corte (cut-off) - Transacções
e acontecimentos foram
registados no período
contabilístico a que dizem
respeito
Classificação Classificação e
{classification) - transacções Compreensibilidade
e acontecimentos foram {classification e
registados nas contas understandability) - a
apropriadas. informação financeira foi
apresentada e relatada de
forma apropriada, e as
divulgações no ABDR
encontram-se descritas com
clareza.
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Nem todas as asserções se aplicam a todos os itens das demonstrações financeiras. O auditor
deve ter em atenção as asserções relevantes, ou seja, aquelas que podem ter uma influencia
significativa ou na classe de transacções, ou nos saldos finais ou na apresentação e
divulgação.

O objectivo da recolha de prova e ode testar as asserções acima descritas, de modo a valida-
las. Por exemplo, o inventario, a 31 de Dezembro, e o culminar de uma série de transacções
que ocorreram durante o ano, reflectindo as suas varias componentes (matérias-primas,
matérias subsidiarias, mercadorias), bem como a sua respectiva valorização (custo de
aquisição ou valor realizável liquido, dos dois o mais baixo). Assim, existe o risco das
quantidades que suportam o inventário não estarem correctas, bem como o risco deste não
estar correctamente valorizado.

1.2.1 Asserções relacionadas com transacções

Segundo ALMEIDA (2014:185) as asserções relacionadas com transacções são.

Ocorrência: Todas as transacções e acontecimentos realmente ocorreram e estão


relacionados com a empresa. Por exemplo, o órgão de gestão afirma que todas as vendas
contabilizadas no exercício são transacções validas. Assim esta asserção e relevante em
relação as vendas, pois o órgão de gestão pode ter interesse em contabilizar vendas fictícias;

Plenitude: Todas as operações e acontecimentos que ocorreram durante o período foram


contabilizados. Por exemplo, se um cliente não contabiliza uma venda, esta conta estará
subavaliada. De referir que a preocupação do auditor em relação a esta asserção e oposta a
preocupação do auditor com a asserção da ocorrência: enquanto a plenitude se traduz numa
subvalorização das vendas, a ocorrência, uma venda que o órgão de gestão diz que ocorreu
uma venda quando de facto não ocorreu, traduz-se numa sobrevalorização das vendas;

Rigor: Todos os valores e outros dados relativos a transacções e acontecimentos foram


contabilizados adequadamente e os seus valores acumulados estão correctos, ou seja, foram
adequadamente contabilizados de acordo com os princípios contabilísticos. Por exemplo, o
normativo contabilístico diz que os activos fixes tangíveis devem ser contabilizados pelo seu
custo de aquisição, acrescido de todos os gastos suportados para entrarem em funcionamento,
se, Tal acontecer confirma-se a asserção do rigor. Se uma venda esta contabilizada sem o
respectivo desconto, pode confirmar a asserção da ocorrência, mas não se confirma a asserção
do rigor;
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Corte: O corte e uma afirmação que atesta que as transacções e acontecimentos foram
contabilizados no exercício correcto. Os procedimentos do auditor devem assegurar que as
transacções ocorridas antes e após o final do exercício foram contabilizadas no respectivo
período contabilístico. Por exemplo, ao efectuar o teste de corte as vendas a data de 31 de
Dezembro de 2013, o auditor Pode examinar uma amostra de guias de remessa e de facturas
emitidas antes do final do ano e após o início do ano seguinte, para assim verificar se as
vendas foram registadas no período seguinte (ALMEIDA,2014:186):

ALMEIDA (2014:183) apresentasse uma abordagem a recolha de prova:

Quadro1: abordagem para recolha de prova

Passo Preocupações Acção


1. Compreender o cliente e a • Características da indústria •Avaliar a integridade do
Indústria onde-se insere • Integridade do órgão de órgão de gestão
gestão e pressões que possam • Avaliar o sistema de
influenciar a credibilidade informação do cliente
das demonstrações • Identificar factores de risco
financeiras. • Realizar procedimentos
• Natureza e qualidade do analíticos preliminare
sistema de informação
• Influência da envolvente
2. Avaliar o risco de • Risco inerente • Identificar factores que
distorções materiais, asserção • Risco de controlo possam colocar em causa
para risco do cliente. • Sistema informático a confiança na informação
fornecida pelo cliente
• Fazer um levantamento e
avaliação do sistema de
controlo interno.
3. Testes aos saldos e • Que quantidade? Efectuar procedimentos
transacções. • Que procedimento? analíticos e testes aos saldos
• Quando devera ser e as transacções,
realizado? corroborando a informação
financeira e outras
informações sabre o
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desempenho da empresa
4. Avaliar se a prova • Necessidade de • Realizar procedimentos
recolhida e adequada e emitir ajustamentos analíticos finais e
o relatório de auditoria • A eficiência dos sistemas procedimentos adicionais se
necessário
• Decidir qual o tipo de
relatório a emitir tendo por
base a prova recolhida
Grande parte do trabalho, do auditor consiste na recolha e avaliação de provas que atestem as
asserções do órgão de gestão. A necessidade de recolha de prova esta relacionada com a
diminuição do risco de auditoria, ou seja, o risco do auditor expressar uma opinião
inadequada sobre as demonstrações financeiras.

A prova deve ser suficiente e apropriada. A suficiência esta relacionada com a quantidade de
prova que deve ser obtida, dependendo esta do julgamento do auditor (neste campo o auditor
pode utilizar ferramentas estatísticas que o ajudem a determinar a quantidade necessária).

O facto de a prova ser apropriada esta relacionada com a qualidade da mesma, ou seja, se a
prova recolhida é relevante e fiável. A relevância está relacionada com a asserção que se
pretende testar {ex. a resposta a um pedido de confirmação de um saldo de um fornecedor,
fornece-nos prova sobre a asserção da existência, mas não nos fornece prova sobre a asserção
da plenitude). A fiabilidade da prova depende das circunstancias em que e obtida.

Quadro2 - Fiabilidade da prova em auditoria (ALMEIDA,2014:189)

Maior confiança Menor confiança


Prova observada directamente Prova observada indirectamente (ex. listagem
(ex. observação da contagem de stocks) da contagem de stocks enviada para o
auditor)
Documentos gerados externamente Documentos gerados internamente (guias de
(ex. facturas, guias de remessa) entrada, notas de encomenda)
Prova documenta Provas remetidas pela empresa ao auditor
Documentos originais Prova verbal
Prova gerada internamente através de um Fotocopias
sistema eficaz de controlos
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Provas mais credível:

 Prova gerada externamente, enviadas directamente para o auditor;


 Prova gerada externamente, mantida na empresa.

Provas menos credível:

 Prova gerada internamente, confirmada por terceiros;


 Prova gerada internamente, não confirmada por terceiros.

1.3 Tipos de prova de auditoria

Os auditores recolhem prova através de vários procedimentos de modo a reduzirem o risco de


auditoria a um patamar aceitável.

Segundo ALMEIDA (2014: 190) Os tipos de prova mais relevantes podem ser sumariados
como se segue:

 Sistema de informação contabilístico: O sistema de informação contabilístico


consiste nos métodos utilizados pela empresa para registar, processar sintetizar e
relatar as transacções por si efectuadas, bem como para manter um controlo sobre os
activos, passivos e sobre o capital próprio. Uma vez que as demonstrações financeiras
são preparadas tendo por base os registos contabilísticos, ao auditor e requerido que,
nos seus papéis de trabalho, evidencie se os valores constantes nas demonstrações
financeiras coincidem ou não com os valores evidenciados no balancete.

 Documental: A prova documental e constituída por uma variedade de documentos


que servem de suporte aos registos contabilísticos efectuados pela empresa, incluindo:
facturas, contratos, extractos bancários, requisições, actas de reuniões dos órgãos
sociais, etc. A credibilidade da prova depende de onde esta e gerada, se dentro da
empresa (ex. facturas de vendas) ou fora da empresa (ex. facturas de compras).

Os documentos gerados externamente são considerados mais fiáveis uma vez que tem origem
em terceiros independentes. Dentro dos documentos gerados externamente deveremos
efectuar a seguinte divisão em matéria de fiabilidade:

Documentos gerados externamente e enviados directamente para os auditores (ex. pedidos de


conformações aos bancos) e documentos gerados externamente mas mantidos nas instalações
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da empresa (ex. facturas de fornecedores, extractos bancários, notas de encomenda de


clientes, contratos). Grande parte dos documentos gerados externamente são mantidos na
empresa, portanto o auditor, ao decidir qual o grau de confiança que deve depositar nessa
prova tem que ter em atenção a susceptibilidade do documento poder ser adulterado,
induzindo-o em erro.

Dada a possibilidade dos funcionários da empresa criarem documentos internos para


suportarem transacções fictícias, a relevância destes documentos sai reforçada quando existe
evidência de terem sido confirmados por terceiros (ex. uma guia de remessa produzida pela
empresa assinada pelo cliente, atesta que a mercadoria foi recepcionada e fornece uma forte
prova de que a mercadoria foi entregue).

 Confirmações externas (secularização): Confirmações externas e o processo de obter


e avaliar prova de auditoria por meio de uma comunicação escrita, recebida
directamente de um terceiro, em resposta a um pedido de informação acerca de um
dado item que afecta as asserções das demonstrações financeiras, incluindo as
constantes nas respectivas divulgações (ALMEIDA,2014:191).

O quadro seguinte mostra os itens das demonstrações financeiras que são alvo de pedido de
confirmações:

Quadro3 - Confirmações de terceiros

Itens Confirmação de terceiros


Meios Líquidos Financeiros Instituições financeiras e Banco de Portugal
Contas a receber Clientes e outros devedores
Inventários em poder de terceiros Terceiros que tem a sua guarda as
mercadoria
Contas a pagar Fornecedores e outros credores
Locações Locadoras
Emprestarmos Instituições financeiras e Banco de Portugal
Cobertura de seguros Seguradoras
Processos movidos contra a empresa Advogados
(provisões)
Justo valor (Activos fixos tangíveis, Relatórios de especialistas
Propriedades de investimento, etc.)
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Como vemos pelo quadro acima os pedidos de confirmação são utilizados para testar os
saldos de uma variedade de rubricas. No entanto, as confirmações não constituem prova para
todas as asserções, regra geral são mais eficientes não obtenções de prova para testar a
asserção da existência, não sendo tão eficientes para testar as asserções da plenitude e da
valorização, Por exemplo: a resposta a um pedido de confirmação de saldos de clientes
fornece prova em relação a existência dessa divida, mas não prova se o cliente tem capacidade
para a saldar, ou seja, não prova que se deveria ter registado uma perda por imparidade. Os
pedidos de confirmação devem ser enviados pelo auditor e as respostas devem-lhe ser
directamente remetidas, evitando que sejam interceptada e adulteradas pela empresa.

1.4. Procedimentos de auditoria

O auditor executa procedimentos de auditoria de modo a obter prova que lhe permita, com
uma certeza aceitável, pronunciar-se sabre se as demonstrações financeiras estão apresentadas
de uma forma verdadeira e apropriada em tendo atenção os princípios contabilísticos
geralmente aceites. Concretamente, o auditor pode efectuar três tipos de procedimentos
(ALMEIDA,2014:196).

 Procedimentos de avaliação do risco do cliente: desenvolvidos com o intuito de


compreender o cliente, a sua envolvente, o controlo interno bem como avaliar o risco
de existência de distorções materialmente relevantes
 Testes aos controlos: destinados a testar a operacionalidade e a eficiência, na
prevenção e detecção de distorções materiais, dos controlos implementados pela
empresa.
 Procedimentos substantivos: destinados a detectar distorções materialmente
relevantes que não tenham sido prevenidas ou detectadas pelo sistema de controlo
interno da empresa. Estes procedimentos dividem-se em procedimentos analíticos, em
testes de detalhe aos saldos e as transacções e a apresentação e divulgação.

Os testes de detalhe aos saldos são orientados para verificar se os saldos finais possuem ou
não distorções materialmente relevantes; os testes de detalhe as transacções destinam-se a
verificar se as transacções ocorridas ao longo do ano foram adequadamente contabilizadas;
par último, os testes de detalhe a apresentação e divulgação destinam-se a verificar são as
demonstrações financeiras estão correctamente apresentadas, bem coma verificar se todas as
divulgações estão espelhadas de forma apropriada.
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Os procedimentos substantivos podem ser realizados ao longo do ano (interinos) após a data
das demonstrações financeiras. A realização de Procedimentos substantivos internos aumenta
o risco de auditoria, uma vez que distorções materialmente relevantes podem ocorrer entre a
data do trabalho interino e o final do ano.

1.4.1 Procedimentos analíticos e potenciais erros:

Procedimentos analíticos Potenciais Erros


Comparação das quantidades em inventário Erros nos inventários.
no ano corrente com as do ano anterior. Possibilidade de inventários obsoletos.
Comparação das despesas incorridas com Erro na classificação destas despesas.
investigação e desenvolvimento, com o Erro nas vendas ou nas contas a receber.
montante previsto no orçamento. Erro na imparidade de clientes.
Comparar os saldos em dívidas de clientes, Erro nas vendas e nas dívidas a receber.
com o volume de negócios. Erro nos inventários e no CMVMC.
Comparação da margem bruta da empresa, Erro nas vendas, erro nos inventários.
com a margem bruta do sector. Subavaliação do passível, erro nos gastos
Comparar as quantidades vendidas com os financeiros.
valores contabilizados Comparar as juros
suportados com a media anual do saldo em
dividas a instituições financeiras

1.5. Papéis de trabalho

Nos papéis de trabalho estão documentados os procedimentos empreendidos pelo auditor, as


provas recolhidas e as conclusões a que chegou. O termo papéis de trabalho abrange não só o
suporte de papel como outros meios de armazenamento de dados, designadamente os
electrónicos.

De acordo com a ISA 230, papéis de trabalho devidamente preparados demonstram que a
auditoria foi efectuada de acordo com as normas de auditoria, quem foi adequadamente
planeada e executada, que teve uma adequada supervisão, que o trabalho foi revisto e que as
provas recolhidas são suficientes e suportam a opinião do auditor (ALMEIDA,2014:208).
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1.5.1. Os principais objectivos dos papéis de trabalho são:

 Auxiliar a equipa de auditoria no planeamento e na execução da auditoria, servindo


igualmente como arquivo de matérias que poderia afectar auditorias futuras ou de
matérias recorrentes;
 Ajudar na coordenação, supervisão e análise do trabalho de auditoria;
 Registar a prova de auditoria resultante dos trabalhos executados com o objectivo de
suportar a opinião e comprovar que tais trabalhos foram realizados de acordo com as
normas de auditoria;
 Assistir o controlo interno, o controlo de qualidade e o auditor sucessor na realização
das suas tarefas.

Os papéis de trabalho não são mais do que a história da auditoria, permitindo ao leitor a
compreensível rápida das questões e dos riscos, das asserções testadas, dos procedimentos de
auditoria empreendidos com vista obtenção de prova e das conclusões alcançadas pelo
auditor. No decorrer de uma auditoria e importante o auditor documentar as suas descobertas
ou acontecimentos com impacto nas demonstrações bem como as acções empreendidas para
os abordar.

1.6. Tipos de papéis de trabalho

Uma vez que os papéis de trabalho documentam uma grande variedade de informações,
existem varia categorias. No entanto, podemos referir que, regra geral, estes podem ser
agrupados nas seguintes (ALMEIDA,2014:211).

a) Papéis de trabalho administrativos: A realização do trabalho de auditoria requer


planeamento, supervisão, controlo e coordenação. Alguns papéis de trabalho são
desenvolvidos para ajudar o auditor no planeamento e na administração do
compromisso assumido. Estes papéis de trabalho incluem toda a documentação
relacionada com o planeamento da auditoria, programas de auditoria, questionários de
controlo interno, carta de compromisso, duração do trabalho, orçamentos etc.

b) Demonstrações financeiras ajustadas/reclassificadas: É um papel de trabalho onde


constam as demonstrações financeiras preparadas pela empresa, bem come colunas
onde o auditor introduz os ajustamentos/reclassificações originando as demonstrações
financeiras ajustadas/ reclassificadas. Podemos designar este papel de trabalho como a
15

espinha dorsal de todos os papéis de trabalho, uma vez que concentra todos os
ajustamentos e reclassificações que foram detectados pelo auditor.

c) Programas de trabalho: Os programas de trabalho contem uma lista de procedimentos


de auditoria a serem efectuados. Os programas de trabalho silo utilizados para os
testes aos controlos e para os testes substantivos (analíticos e de detalhe).

d) Papéis de trabalho de testes e análises: Estes papéis de trabalho contem as provas que
suportam os ajustamentos e reclassificações que estão patentes nas demonstrações
financeiras ajustadas/reclassificadas e estão normalmente organizados por rubricas do
balanço, com uma última secção relacionada com os rendimentos e os gastos.
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2. Conclusão

Após uma abordagem sobre a prova em auditoria, compreendemos que ela é dividia em três
tipos: a de sistema de informação contabilístico que pode ser entendida como física que
consiste em avaliar os métodos usados para os registos das operações contabilísticas.
Documental: É aquela obtida dos exames de ofícios, contratos, documentos comprobatórios
(notas fiscais, recibos, duplicatas quitadas, etc.) e informações prestadas por pessoas de dentro
e de fora da entidade auditada, sendo que a evidência obtida de fontes externas adequadas é
mais fidedigna que a obtida na própria organização sob auditoria. E confirmações externas, ou
seja a testemunhal É aquela decorrente da aplicação de entrevistas e questionários.

Os papéis de trabalhos são documentos históricos que registam os acontecimentos e factos


detectados pelos auditores durante as suas actividades. E este esta dividido em 4 tipos: (1)
Papéis de trabalho administrativos, (2) Demonstrações financeiras ajustadas/reclassificadas
(3), Programas de trabalho e (4) Papéis de trabalho de testes e análises.
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3. Referencia Bibliografia

ALMEIDA, B. J.). Manual de Auditoria Financeira – uma Análise integrada baseada no risco.
Editora Escolar, (2014.

Hayes. et al., Principles of Auditing: na introduction to international standars auditing, 2nd,


Prentice Hall, 2005.

MAUTZ, R. K. Tradução e adaptação técnica de Franco, Hilário “ Princípios de Auditoria.


Editora Atlas, (1985).

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