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UNIVERSIDADE LICUNGO

FACULDADE DE LETRAS HUMANIDADE

Curso de História

Preciosa Artur Magalo

Desafio de Globalização para África

Quelimane
2021
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Preciosa Artur Magalo

Desafio de Globalização para África

Trabalho de carácter avaliativo, a ser a entregue

na Faculdade de Letras e Humanidade,

na cadeira de África-VI, leccionada por


PhD. Cassimo Manuel Jamal.

Quelimane
2021
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Índice
1.0. Introdução...........................................................................................................................4

1.2. Objectivo geral:...................................................................................................................4

1.2.1. Objectivo específico:........................................................................................................4

1.3. Metodologia........................................................................................................................4

1.0. Desafio de Globalização para África..................................................................................5

1.2. Contextualização.................................................................................................................5

1.3. Conceito de Globalização...................................................................................................5

1.4. Impactos de Globalização...................................................................................................5

3. O impacto em Moçambique...................................................................................................6

1.5. Desafio de Globalização para África..................................................................................7

1.5.1. Contextualização..............................................................................................................7

1.6. Os debates realizados em torno de Desafios param Globalização de áfrica.......................7

1.8. África Globalizado..............................................................................................................8

2.0. Conclusão..........................................................................................................................10

3.0. Bibliografia.......................................................................................................................11
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1.0. Introdução

O presente trabalho tem como tema, (globalização) dentro deste tema vamos falar de
Desafios da Globalização, impactos e outros itens que fara parte deste trabalho. A
globalização como compreensão é tomada de consciência do mundo como um todo, é tão
antiga como a história da humanidade e das culturas, que se pode considerar como uma
sequência de globalização. A sistematização e transformação do processo de globalização em
verdadeiro projecto começaram praticamente a partir do século XVI, com o expansionismo
europeu, que tinha como objectivo a ocidentalização do mundo, visando impor a cosmovisão
europeia da natureza, da pessoa, da sociedade.

1.2. Objectivo geral:

 Compreender os desafios da globalização para africa.

1.2.1. Objectivo específico:

 Descrever o processo de globalização em África;


 Identificar os impactos de globalização;
 Explicar as consequências de Globalização para África.

1.3. Metodologia

Como metodologia para a efectivação do trabalho fez-se a revisão bibliográfica


consubstanciada em artigos de diversos autores.
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1.0. Desafio de Globalização para África

1.2. Contextualização

Segundo KI-ZERBO (2010:131), O processo de globalização que hoje domina o cenário da


economia internacional caracteriza-se pelo investimento dos grandes capitais em países de
economia emergente, onde a possibilidade de lucro mostra-se maior. No entanto, nem todas
as economias nacionais são alvo de interesse por parte dos principais investidores.

Nesse contexto, encaixa-se a maior parte dos países africanos, que está à margem desse
processo. Actualmente, o capital disponível para investimento tem como preferência a
América Latina, os países do Leste Europeu e asiáticos. Isso é um problema para a África,
pois, sem esse capital, dificilmente se desenvolverá, devido à precariedade estrutural em que
se encontra.

1.3. Conceito de Globalização

O processo de globalização se pode definir como a tendência de fenómenos económicos,


culturais e mais outros a assumir uma dimensão mundial. R. Robertson explica que a
globalização se refere ao mesmo tempo à compreensão do mundo e a intensificação da
consciência do mundo comum todo. KI-ZERBO, (2010: 321).

A globalização como compreensão é tomada de consciência do mundo como um todo, é tão


antiga como a história da humanidade e das culturas, que se pode considerar como uma
sequência de globalização. A sistematização e transformação do processo de globalização em
verdadeiro projecto começaram praticamente a partir do século XVI, com o expansionismo
europeu, que tinha como objectivo a ocidentalização do mundo, visando impor a cosmo visão
europeia da natureza, da pessoa, da sociedade.

1.4. Impactos de Globalização

A globalização alcançou um ponto bem definido, estabelecendo determinados padrões de


comportamento. O processo se realiza, segundo L. Boff, em três vertentes:

1. Vertente económica

As economias hoje são interdependentes, desenvolvendo-se em mercados regionais que estão


integrados mundialmente. Esta vertente é dinamizada: a) ma conglomerados e corporações de
toda a ordem, que ultrapassam o controlo dos estados; b) continentalizaçao das economias:
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um contexto maior da globalização, que tem como consequências directas conflitos


económicos, concorrências que estimulam os avanços da tecnologia a crise ecológica e a
desigualdade entre os povos.

2. Vertente política

A democracia assumida como valor universal no relacionamento entre indivíduos e entre as


diversas instituições sociais e como forma de organização dos estados. Os fenómenos que
acompanham esta vertente são os médios, as armas nucleares e químicas e a crise ecológica.

“O impacto cultural da globalização em Moçambique foi alvo de muita atenção. Imagens,


ideias, produtos e estilos disseminam-se hoje em dia pelo mundo inteiro de uma forma muito
mais rápida o mesmo acontece hoje no nosso país.

O comércio, as novas tecnologias de informação, os meios de comunicação internacionais e a


migração global fomentaram um fluxo, sem restrições, de cultura que transpõe as fronteiras
das diversas nações. Muitas pessoas defendem que vivemos hoje numa única ordem de
informação – uma gigantesca rede mundial, onde a informação é partilhada rapidamente, em
grande quantidade e por muitas pessoas, comparando com o modo como os nossos
antepassados se comunicavam.

3. O impacto em Moçambique

De acordou com SERRA, (2010) O impacto cultural da globalização em Moçambique foi


alvo de muita atenção. Imagens, ideias, produtos e estilos disseminam-se hoje em dia pelo
mundo inteiro de uma forma muito mais rápida o mesmo acontece hoje no nosso país.

O comércio, as novas tecnologias de informação, os meios de comunicação internacionais e a


migração global fomentaram um fluxo, sem restrições, de cultura que transpõe as fronteiras
das diversas nações. Muitas pessoas defendem que vivemos hoje numa única ordem de
informação uma gigantesca rede mundial, onde a informação é partilhada rapidamente, em
grande quantidade e por muitas pessoas, comparando com o modo como os nossos
antepassados se comunicavam.
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1.5. Desafio de Globalização para África

1.5.1. Contextualização

Na fase contemporânea da história, o interesse europeu volta-se para a expansão capitalista na


forma de um neocolonialismo que submeterá o continente aos interesses exploratórios de
recursos naturais e de mercado

Na prespectiva de KI-ZERBO, (2010: 311), Quando o colonialismo termina, a independência


pouco altera a situação da população, uma vez que a maior parte dos Estados Nacionais é
opressora e perdulária, dominada seja por civis, seja por militares. Além disso, os constantes
conflitos étnicos colaboram para agravar a situação, gerando gastos e instabilidade política
que retardam ainda mais o desenvolvimento. Os efeitos de quase cinco séculos de exploração
e estagnação justificam o isolamento africano. A desfasagem de seu desenvolvimento social e
económico é imensa, inviabilizando sua inserção no processo de globalização.

1.6. Os debates realizados em torno de Desafios param Globalização de áfrica

1. A necessidade da adequação da racionalidade económica e da inovação tecnológica à


criatividade dos valores culturais autóctones.

O conceito de identidade é um conceito confuso que se refere, simultaneamente, à cultura e à


sua interpretação ideológica, aos sentimentos vividos, às fontes objectivas, como a história e
o território, de que se alimentam, à unidade psicológica do sujeito e ao princípio de unidade
colectiva do grupo.

2. O segundo desafio consistiu na reavaliação da globalização e das identidades


colectivas.

O objecto de debates entre africanistas consiste, por um lado, em contribuir para situar esta
confusão e, por outro lado, para analisar, tão claramente quanto possível, as condições nas
quais se elaboram e se desenvolvam as reivindicações de identidades, assim como o seu
carácter eminentemente relacional.

A mestiçagem intercultural de sociedades, culturas e civilizações é uma constante na história


humana. O paradoxo da nova globalização consiste no facto de que em vez de tornar a
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identidade mais fluida parece fazer justamente o contrário, atendendo ao facto de que há
identidades que se convertem em fundamentalismos étnicos, nacionais e religiosos.
O processo da recomposição política na África Subsariana, nomeadamente na África Central,
é essencialmente transnacional, o que significa que as fronteiras políticas actuais são
artificiais e que revelam a importância da continuidade das realidades pré-coloniais.
FERREIRA, (2007)

3. O terceiro desafio convocou a emergência e a urgência do papel decisivo da sociedade


civil na construção da liberalização política e da cultura democrática;

Convocou, igualmente, a análise das novas problemáticas da relação entre poder individual e
poder social, entre poder único e poder múltiplo, entre consenso e autocracia.

1.8. África Globalizado

Quais são as consequências da Globalização para o continente africano?

Em primeiro lugar, a África torna-se muito menos importante no sistema internacional. E fica
também, em função disto, isolada e sozinha com seus problemas.

Nada demonstra isto melhor do que a postura da comunidade internacional junto ao


genocídio em Ruanda em 1994 e aos massacres que aconteceram já há muito tempo no país
vizinho de Burundi e o desinteresse absoluto dos Estados Unidos em assumir um papel na
pacificação da Libéria, país que durante quase 150 anos viveu sob a tutela dos americanos.
Em segundo lugar, diminuíram-se os recursos financeiros e de assistência para
desenvolvimento.

De acordou com FAGE, D (2010:121), Existe consenso entre os observadores, que, em


função do colapso do comunismo e a abertura da Europa Oriental aos investimentos, a África
está recebendo menus recursos através dos vários programas de assistência financeira.
Estima-se que entre 1990 e 1996 o valor da assistência financeira e técnica para a África sub-
sahariana se reduziu em 20%. Em terceiro lugar, observa-se que o impacto político directo
era muito menor do que o esperado. O fim do comunismo na União Soviética e a
revalorização da ideia de democracia não provocaram na África democratizações mais
sustentáveis.

Era um resultado inicial, sim, com a queda de alguns regimes sustentados pelos recursos da
Guerra Fria. Também foi abalada a legitimidade de qualquer tipo de regime autocrático e o
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ocidente exerceu pressões sob os países africanos, em várias formas e intensidades de


democratizar os seus sistemas políticos.

Resumindo o argumento:

Segundo ALI, A. Mazrui (2010), É importante destacar, que a globalização não alterou o
tipo de inserção internacional económica do continente africano. Pelo contrário, agravou o
processo de marginalização. E piorou as condições políticas desta inserção na medida em que
limita até mais o espaço de manobra para os Estados africanos, já quase não-existente no
período anterior.

Acelera a tendência de perda de controlo do processo político e económico pelos Estados


africanos. Também, certamente, a liberalização do comércio internacional não vai ajudar os
países africanos a enfrentar os seus problemas estruturais. O fim da Guerra Fria, inseparável
dos efeitos da globalização, deixa a África numa posição extremamente vulnerável. A África
é muito menos importante na comunidade internacional do que antes e é deixada sozinha com
os seus graves problemas.

As respostas até então articuladas pelos Estados africanos para enfrentar este abismo pós-
Guerra Fria, como por exemplo a ”African Renaissance”, a ideia da segurança colectiva ou o
regionalismo, são inadequadas, pouco realistas e, as vezes, contraditórias.
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2.0. Conclusão

Podemos concluir que, O processo de globalização que hoje domina o cenário da economia
internacional caracteriza-se pelo investimento dos grandes capitais em países de economia
emergente, onde a possibilidade de lucro mostra-se maior. No entanto, nem todas as
economias nacionais são alvo de interesse por parte dos principais, para áfrica, Nos actuais
conflitos, armamento é fornecido principalmente por países vizinhos ou adquirido no
mercado internacional. As guerras, muito mais do que antes, se autofinanciam, resultando
numa luta feroz pelo controle de riquezas e recursos que facilmente são comercializados,
como ouro e diamantes (Angola, Serra Leoa, Guiné e Congo, Moçambique), isso tudo
consequência de Globalização.
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3.0. Bibliografia

ALI, A. Mazrui e CHRISTOPHE Wondji, Historia geral de África, vol. VIII, África desde
1935, Brasília, Unesco, 2010.

FAGE, D. História de África, 1ª ed., Lisboa, 2010.

FERREIRA, Alexandre A., Moçambique 1989-1975, edições de livros e revistas, Lisboa,


2007.

KI-ZERBO, J., História de África, vol. II, 3ª ed. Portugal, 2002.

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